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ANÁLISE CRÍTICA FILME O LAR DAS CRIANÇAS PECULIARES

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FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL
ANDRÉA APARECIDA ROSA - RM - 21817014007
ANÁLISE CRÍTICA DO FILME O LAR DAS CRIANÇAS PECULIARES
SÃO PAULO
2018
FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL
ANDRÉA APARECIDA ROSA - RM - 21817014007
ANÁLISE CRÍTICA DO FILME O LAR DAS CRIANÇAS PECULIARES
Trabalho mensal do curso de Psicopedagogia Clínica Institucional e Hospitalar pela Faculdade Paulista de São Caetano do Sul.
Prof.º Hamilton Telles Junior.
SÃO PAULO
2018
ANÁLISE CRÍTICA
RIGGS, Ransom. Produção: Peter Chernin, Jenno Topping. Direção: Tim Burtom. 2016. Miss Peregrine's Home for Peculiar Children. Filme (127 min). Estados Unidos: 20th Century Fox, 2016.
O filme conta a história de um jovem solitário, chamado Jake, que após a morte estranha do seu querido avô Abe, convence seu pai para ir ao País de Gales. Seguindo uma pista contada por seu avô, segundos antes de falecer, o jovem descobre uma ilha misteriosa, conhecida como o lar das crianças peculiares, onde vivem crianças com poderes especiais chamadas de peculiares, mas também inimigos ocultos perigosos. 
As crianças peculiares tinham habilidades especiais que não eram aceitas na época, fazendo que fossem incompreendidas e abandonadas pela sociedade, mas havia uma razão para que elas estivessem nesse lar especial.
A fim de descobrir as causas suspeitas da morte do seu avô e superar as paranoias após noites de pesadelos, lá ele pretende encontrar a senhorita Peregrine, atendendo ao último pedido do avô, que lhe disse que ela lhe contaria tudo. Só que, ao chegar, descobre que no local onde ela viveria existe uma mansão em ruínas, que foi atingida por um míssil durante a Segunda Guerra Mundial.
Jake passou a infância toda ouvindo as histórias do seu avô Abe sobre o orfanato da senhorita Peregrine e as crianças com habilidades sobrenaturais, como flutuar, ser invisível, ter um corpo cheio de abelhas e superforça (força descomunal). Quando enfim encontra o orfanato abandonado, após chegar num vilarejo do País de Gales, ele descobre que as histórias do seu avô eram verdadeiras, e que as criaturas que ele achava fictícias eram reais e posteriormente percebe que possui uma ligação com aquela realidade. 
Ao se aproximar dos moradores, logo lhe é revelado que a senhorita Peregrine (que possui poderes de mudar de forma e manipular o empo) e as crianças correm grande perigo e que ele precisa ajudá-las contra criaturas horrendas, monstros chamados de etéreos, que já foram peculiares, mas decidiram fazer o mal para se tornarem imortais e acólitos, comandadas por Barron. Em última análise, Jake descobre que apenas a sua própria peculiaridade especial pode salvá-los, pois ele e seu falecido avô eram os únicos que podiam ver os tais monstros.
Jake descobre muito mais sobre e sobre seu avô, arrependendo-se por um dia ter duvidado de suas histórias, e aceita sua peculiaridade, passando a ajudar aquele “estranho” grupo a sobreviver depois que a fenda se fecha e a senhorita Peregrine é raptada e ferida, não conseguindo voltar a ser humana.
 A atmosfera sombria e melancólica apresentada no filme causa inquietação com os mistérios envoltos e com as ações dos personagens no decorrer da história, além disso, o filme pontua questões interessantes, como a cumplicidade do neto e do avô, a distância individualista, egoísta e incompatível dos pais, que “internam seus próprios filhos” por não compreender seus “tempos” e dos “seres normais” que integram a sociedade.
O fato da senhorita Peregrine ter a responsabilidade de cuidar de um grupo de crianças peculiares que vivem segregadas por não se ajustarem aos limites demarcados pela sociedade, reflete a alusão das crianças peculiares com as crianças deficientes ou primordialmente “especiais” nos dias atuais. Os tipos de crianças especiais que se enquadram com o filme são crianças diagnosticadas com autismo, psicose, síndrome de down, paralisia cerebral, surdos, cegos, etc.
O filme remete a ideia de que somos todos peculiares, mesmo que não pareça, mas cada pessoa possui dons e diferenças, isso inclui habilidades, desvios e deficiências. Existem pessoas que quase flutuam na nossa frente, há quem não se faça notar, sendo invisível, e por isso mesmo é capaz de enxergar coisas que ninguém mais vê.
Pessoas que não possuem muita destreza motora são capazes de fazer muitas coisas, que às vezes acabam nos surpreendendo, e que a gente mesmo não consegue fazer ou desenvolver, porque não faz parte da nossa peculiaridade. No lar da senhorita Peregrine, cada um sabe fazer algo muito bem e cada um não sabe ou não consegue realizar várias coisas também, a diferença de cada um é extravagante, determina vantagem em certas circunstâncias e desvantagem em muitas outras.
Portanto, não existe ninguém que não tenha uma deficiência, por menor que seja, mas isso não significa que elas não tenham nenhum dom. Logo, ao tratar sobre diversidade e inclusão, o filme rotulou de peculiaridade talvez o que seja a própria condição humana, mostrando de forma fictícia quanta capacidade e beleza existe nessas crianças especiais.

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