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INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS AULA 5 (2ª PARTE) INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO; DIMENSIONAMENTO DE DISPOSITIVOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES. Profº LUÍS FÁBIO ESGOTAMENTO SANITÁRIO RECORDANDO... 2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO RECORDANDO... De acordo com a contribuição diária de carga orgânica, poderá ser exigido: Fossa séptica (ou tanque séptico), apenas (eficiência de remoção da DBO ≥ 30%); Fossa séptica + filtro anaeróbio (eficiência de remoção da DBO ≥ 65%); Fossa séptica + ETE compacta (eficiência de remoção da DBO ≥ 80%). 3 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO O filtro anaeróbio consiste em um reator biológico onde o esgoto é depurado por meio de micro-organismos não aeróbios, dispersos tanto no espaço vazio do reator quanto nas superfícies do meio filtrante; O filtro anaeróbio é uma unidade de tratamento complementar à fossa séptica na qual, somada à eficiência desta última, deve-se atingir uma redução mínima de 65% da DBO; Os parâmetros de projeto e dimensionamento são definidos pela norma NBR 13.969/1997. 4 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO Lembre-se: o filtro não pode ser utilizado sem a fossa!!! 5 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO 6 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO 7 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO 8 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO 9 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO 10 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO 11 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO - DIMENSIONAMENTO 12 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO - DIMENSIONAMENTO Equação para cálculo do volume útil do leito filtrante: VFILTRO = 1,60 N x C x T Onde: V – volume útil do leito filtrante em litros; N – número de contribuintes; C – Contribuição de despejo em litros x habitantes/dia (Tabela 1 da norma); T – Tempo de detenção hidráulica em dias (Tabela 2 da norma). 13 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FOSSA SÉPTICA - DIMENSIONAMENTO Fonte: NBR 7229/1993 14 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FOSSA SÉPTICA - DIMENSIONAMENTO Fonte: NBR 7229/1993 15 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO - DIMENSIONAMENTO O volume útil mínimo do leito filtrante deve ser de 1.000 litros; A altura útil do leito filtrante, já incluindo a altura do fundo falso, deve ser limitada em 1,20m; A altura do fundo falso deve ser limitada a 0,60 m, já incluindo a espessura da laje; A perda de carga hidráulica a ser prevista entre o nível mínimo no tanque séptico e o nível máximo no filtro anaeróbio é de 0,10 m; O material filtrante deve ser brita nº 4 ou nº 5 (com dimensões o mais uniformes possíveis), peças de plástico (em anéis ou estruturados) ou outros materiais resistentes ao meio agressivo. 16 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO - DIMENSIONAMENTO A altura total do filtro anaeróbio, em metros, é obtida pela equação: H = h + h1 + h2 onde: H é a altura total interna do filtro anaeróbio; h é a altura total do leito filtrante; h1 é a altura da calha coletora; h2 é a altura sobressalente (variável). 17 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO - DIMENSIONAMENTO Leito filtrante h = 1,20m h1 h2 18 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO - DIMENSIONAMENTO O filtro anaeróbio deve ser limpo quando for observada a obstrução do leito filtrante; Para a limpeza do filtro deve ser utilizada uma bomba de recalque, introduzindo-se o mangote de sucção pelo tubo-guia; O filtro anaeróbio deve possuir uma cobertura em laje de concreto, com a tampa de inspeção localizada em cima do tubo-guia para drenagem. 19 ESGOTAMENTO SANITÁRIO FILTRO ANAERÓBIO - EXERCÍCIO Dimensionar o filtro anaeróbio cilíndrico para um edifício residencial (padrão médio) com três pavimento, sendo dois apartamento por pavimento e cada apartamento com 3 quartos sociais. 20 ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO O sumidouro é uma unidade de depuração e de disposição final do efluente proveniente da fossa séptica ou do filtro anaeróbio; O efluente é infiltrado no próprio solo, pois este dispositivo possui paredes vazadas e sem fundo; É um dispositivo verticalizado, sendo, devido a esta característica, seu uso recomendável somente nas áreas onde o aquífero é profundo; Deve-se garantir a distância mínima de 1,50 m entre o seu fundo e o nível aquífero máximo (exceto em solos arenosos); Em solos arenosos, para garantir a proteção do aquífero, a distância do fundo do sumidouro ao seu nível máximo deve ser superior a 1,50 m. Além disto, deve ser prevista uma camada filtrante que envolva o sumidouro com outro solo (com k > 500min/m). 21 ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO Caso de solos arenosos – camada filtrante com esp. ≥ 0,30m 22 SISTEMA INDIVIDUAL SISTEMA INDIVIDUAL ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO 23 ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO 24 ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO - DIMENSIONAMENTO Para seu dimensionamento, primeiramente, deve ser determinada a área de infiltração do sumidouro; A área de infiltração depende do volume total diário estimado de esgoto e da capacidade de percolação do solo (tipo de solo); Cálculo do volume total de esgoto: V = N x C Onde: V – volume total diário estimado de esgoto (m³/dia); N – número de contribuintes; C – Contribuição de despejo em litros x habitantes/dia (Tabela 1 da norma). 25 ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO - DIMENSIONAMENTO A determinação da capacidade de percolação do solo (k) pode ser realizada de acordo com os procedimentos descritos no Anexo A da NBR 13969/1997; A partir da determinação de k (em min/m), obtém-se a Taxa Máxima de Aplicação Diária (em m³/m².dia), a partir da Tabela A.1: 26 ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO - DIMENSIONAMENTO A área de infiltração é determinada pela seguinte equação: Ai = V / Taplic. Onde: Ai – área de infiltração do sumidouro (m²); V – volume total diário estimado de esgoto (m³/dia); Taplic. – taxa máxima de aplicação diária (m³/m².dia). 27 ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO - DIMENSIONAMENTO A área de infiltração é computada considerando a área do fundo e a superfície das paredes (abaixo da cota inferior do tubo de entrada do esgoto); A disposição do esgoto pode ser realizada por sumidouros múltiplos, evitando poços profundos ou com grande seção transversal; Neste caso, a distância mínima entre as paredes dos poços deve ser de 1,50m (de acordo com a nova norma); O diâmetro interno mínimo do sumidouro é de 0,30m; 28 ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUMIDOURO - EXERCÍCIO Calcular a área de infiltração de um sumidouro que atende um edifício residencial (padrão médio) com três pavimento, com dois apartamento por pavimento, cada apartamento com 3 quartos sociais. Sabe-se que, após realizar o ensaio de percolação no solo, obteve-se k = 600 min/m. E se quiséssemos projetar um sumidouro cilíndrico com altura útil de 2,50m, qual seria o raio deste sumidouro? 29 A NBR 13969/97 sugere também as seguintes soluções para a disposição do esgoto: VALA DE INFILTRAÇÃO CANTEIRO DE INFILTRAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTRAS SOLUÇÕES PARA DISPOSIÇÃO DO ESGOTO 30 ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTRAS SOLUÇÕES PARA DISPOSIÇÃO DO ESGOTO Vala de infiltração - é o processo detratamento/disposição final do esgoto que consiste na percolação do mesmo no solo, onde ocorre a depuração devido aos processos físicos (retenção de sólidos) e bioquímicos (oxidação). Como utiliza o solo como meio filtrante, seu desempenho depende grandemente das características do solo, assim como do seu grau de saturação por água. 31 ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTRAS SOLUÇÕES PARA DISPOSIÇÃO DO ESGOTO 32 ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTRAS SOLUÇÕES PARA DISPOSIÇÃO DO ESGOTO 33 ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTRAS SOLUÇÕES PARA DISPOSIÇÃO DO ESGOTO Canteiro de infiltração e evapotranspiração - É o processo que consiste na disposição final do esgoto, tanto pelo processo de evapotranspiração através das folhas de vegetação, quanto pelo processo infiltrativo no solo; Também é conhecido como canteiro bio-séptico. 34 ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTRAS SOLUÇÕES PARA DISPOSIÇÃO DO ESGOTO 35 ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTRAS SOLUÇÕES PARA DISPOSIÇÃO DO ESGOTO 36
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