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Aula_LucroMargemContribuicao

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Universidade Federal do Amazonas
Professora: Mariana Sarmanho de Oliveira Lima 
Lucro e Margem de Contribuição
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Custo Fixo, Lucro e Margem de Contribuição
Margem de contribuição por unidade é a diferença entre a Receita e o Custo Variável de cada produto, ou seja, ela representa o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro.
Margem de contribuição = Receita – Custo Variável
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Um exemplo específico
A empresa Vista S.A. produz três tipos de produtos: L, M e N. No mês de setembro de 2000, os Custos Unitários Variáveis (Diretos e Indiretos) e o Preço de Venda Unitário estão apresentados abaixo. Esses valores ajudam a calcular a Margem de Contribuição de cada produto.
Cada unidade de L contribui com R$ 770; não podemos dizer que isso seja lucro, já que faltam os Custos Fixos; trata-se de sua Margem de Contribuição Total. Desse montante, deduzindo os Custos Fixos, chegamos ao Resultado, que pode ser então o Lucro.
 Se existe um produto que deva ter sua venda incentivada é o M, que tem a maior margem de contribuição por unidade.
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Um exemplo específico
Sabe-se a quantidade dos produtos produzidos e vendidos pela Vista S.A. Além disso, sabe-se os Custos Indiretos Fixos por produto. Esses dados são apresentados pela tabela abaixo:
Agora é possível calcular o lucro total:
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Um exemplo específico
Para calcular o resultado do exercício faz-se o seguinte:
Demonstração do Resultado do Exercício
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Margem de Contribuição e Custos Fixos
 Após tudo o que foi dito sobre os custos fixos, talvez tenha permanecido a idéia de que devam eles sempre ser abandonados nos aspectos decisoriais. Essa hipótese não é totalmente correta. Afinal, eles existem, representam gastos e desembolsos e têm que ser sempre lembrados. De que adiantaria ter Margens de Contribuição positivas em todos os produtos se a soma de todas elas fosse inferior ao valor dos Custos Fixos?
 O que pretendemos mostrar até agora não é que eles devam ser omitidos, mas sim que precisam ser devidamente analisados, e não simplesmente rateados como custos realmente pertencentes a cada unidade de cada produto (para tomada de decisões).
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Um exemplo específico
A empresa Cinq. S.A. fabrica cinco produtos: A, B, C, D e E, e tem dois departamentos de produção trabalhando exclusivamente para alguns deles. O departamento X só é utilizado para A e B, e o departamento Y só para C,D e E. Estes são os dados relativos aos custos de fabricação:
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Um exemplo específico
Durante um determinado mês, a empresa produziu e vendeu:
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Um exemplo específico
Se a empresa tivesse rateado os custos fixos, talvez chegasse ao seguinte quadro:
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Com base nesses valores, talvez construísse uma DRE (pelo critério por absorção) assim:
Um exemplo específico
Já sabemos que o corte do produto A pode não ser uma solução muito indicada, já que, apesar de estar apresentando um “prejuízo” unitário de R$ 20 e global de R$ 21.000, talvez venha seu corte a reduzir mais o resultado global. Se for cortado, deixarão realmente de entrar receitas de R$ 903.000, mas não deixarão de existir R$ 924.000 de custos. Apenas deixarão de existir os custos variáveis de R$ 480 x 1.050 u = R$ 504.000, já que, provavelmente, nada se conseguirá reduzir dos custos fixos.
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Logo, se for cortado o produto A, o resultado cairá de R$ 399.000 (R$ 903.000 – R$ 504.000). Comparando com o lucro total de R$ 701.600, verifica-se a importância de uma decisão errada.
Esses R$ 399.000 nada mais são do que a Margem de Contribuição Total do Produto A:
Preço de Venda R$ 860/u
Custo Variável R$ 480/u
Margem de Contribuição Unitária R$ 380/u
Margem de Contribuição Total: 1.050 u x R$ 380 = R$ 399.000
Um exemplo específico
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Valores que integram o cálculo da margem de contribuição
 Completando o conceito de margem de contribuição
Tem-se utilizado, até aqui, o conceito de Margem de Contribuição como sendo a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos variáveis. Esse conceito é correto, mas não completo.
Para o cálculo completo da Margem de Contribuição devem também ser consideradas as Despesas Variáveis, quer de Vendas, Financeiras ou outras.
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Margem de contribuição e taxa de retorno
Conceito
Taxa de retorno é a divisão do lucro obtido antes do imposto de renda e antes das despesas financeiras pelo ativo total utilizado para a obtenção do produto.
A melhor maneira de se avaliar o grau de sucesso de um empreendimento é calculando o seu retorno sobre o investimento realizado.
Taxa de Retorno ou ROI= Lucro obtido antes do IR e antes das Desp. Financeiras
Ativo Total 
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Margem de contribuição e taxa de retorno
Um exemplo específico
A empresa Termini S.A. que fabrica os produtos L, M e N tem os seguintes custos de produção, despesas de funcionamento, preços de venda e investimentos:
Custos de Produção:
Variáveis:
L: R$ 1.500/u
M: R$ 2.800/u
N: R$ 2.100/u
Fixos:
Identificados com os produtos:
L: R$ 200.000/mês
M: R$ 100.000/mês
Não identificados (comuns a todos os três): R$ 700.000/mês
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Margem de contribuição e taxa de retorno
Despesas de Venda:
Variáveis: 10% do Preço de Venda
Fixas: R$ 200.000/mês (comuns)
Despesas Administrativas:
Fixas: R$ 400.000/mês (comuns)
Preços de Venda:
L: R$ 2.500/u
M: R$ 4.200/u
N: R$ 3.300/u
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Margem de contribuição e taxa de retorno
 A empresa vende a média de 1.000 unidades de cada produto por mês. Seu investimento (Ativo) total é assim composto:
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Margem de contribuição e taxa de retorno
 Trabalhando à base da seqüência de Margens de Contribuição e efetuando-se a análise dos retornos sobre os investimentos identificados, tem-se:
Demonstração do resultado do exercício (DRE)
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Análise do Retorno sobre o Investimento (ROI)
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Bibliografia consultada
1. BORNIA, A. C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. 1.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
CHING, H. Y. Gestão baseada em custeio por atividades. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
2. HANSEN, Don. R.; MOWEN, M. M. Gestão de custos: contabilidade e controle. Tradução Robert Brian Taylor; revisão técnica Elias Pereira. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
3. MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
4. REBELATTO, Daisy. Projeto de investimento. 1. ed. São Paulo: Manole, 2004.
5. SAKURAI, M. Gerenciamento Integrado de Custos. São Paulo, Atlas, 1997.
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