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ESTRUTURA E FUNÇÕES DO TÁLAMO, SUBTÁLAMO E EPITÁLAMO CAPÍTULO 23

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ESTRUTURA E FUNÇÕES DO TÁLAMO, SUBTÁLAMO E EPITÁLAMO 
CAPÍTULO 23. 
 
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO TÁLAMO, SUBTÁLAMO E EPITÁLAMO 
CAPÍTULO 23. 
A- ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO TÁLAMO……………………………………. 
 
1.0 GENERALIDADES……………………………………………………………….... 
 
2.0 NÚCLEOS DO TÁLAMO…………………………………………………………… 
 
2.1 NÚCLEOS DO GRUPO ANTERIOR……………………………………………….. 
 
2.2 NÚCLEOS DO GRUPO POSTERIOR………………………………………………. 
 
2.3 NÚCLEOS DO GRUPO MEDIANO…………………………………………………. 
 
2.4 NÚCLEOS DO GRUPO MEDIAL……………………………………………………. 
 
2.5 NÚCLEOS DO GRUPO LATERAL…………………………………………………… 
 
3.0 RELAÇÕES TALAMOCORTICAIS………………………………………………….. 
 
4.0 FUNÇÕES DO TÁLAMO……………………………………………………………….. 
 
5.0 CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS…………………………………………… 
 
A- ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO SUBTÁLAMO…………………………………….... 
 
A- ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO EPITÁLAMO………………………………………. 
 
1.0 GENERALIDADE………………………………………………………………………... 
 
2.0 GLÂNDULA PINEAL…………………………………………………………………… 
 
2.0 GENERALIDADE………………………………………………………………………... 
 
2.2 ESTRUTURA E 
INERVAÇÃO…………………………………………………………... 
 
2.3 SECREÇÃO DE MELATONINA RITMO CIRCADIANO………………………….... 
 
2.4 FUNÇÕES DA PINEAL………………………………………………………………….. 
 
2.4.1 FUNÇÃO ANTIGONADOTRÓPICA………………………………………………… 
 
2.4.2 SINCRONIZAÇÃO DO RITMO CIRCADIANO DE VIGÍLIA-SONO 
 
2.4.3 REGULAÇÃO DA GLICEMIA……………………………………………………….. 
 
2.4.4 REGULAÇÃO DA MORTE CELULAR POR APOPTOSE……………………….... 
 
2.4.5 AÇÃO ANTIOXIDANTE………………………………………………………………. 
 
2.4.6 REGULAÇÃO DO SISTEMA IMUNITÁRIO…………………………………….... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO TÁLAMO, SUBTÁLAMO E EPITÁLAMO 
CAPÍTULO 23. 
 
A- ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO TÁLAMO 
 
1.0 GENERALIDADES 
 
O tálamo está situado no diencéfalo, acima do sulco hipotalâmico (Figura 23.1). 
É constituído de duas grandes massas ovoides de tecido nervoso, com uma extremidade 
anterior pontuda, ​o tubérculo anterior do tálamo, ​e outra posterior, bastante 
proeminente, ​o Pulvinar do tálamo​ ​(travesseiro do tálamo)​ (Figura 5.2). Os dois ovoides 
talâmicos estão unidos pela ​aderência intertalâmica​ e relaciona-se medialmente com o 
III ventrículo​ e lateralmente com a ​cápsula interna​. Consideramos como pertencendo o 
tálamo os dois corpos geniculados, ​o corpo geniculado lateral e o corpo geniculado medial 
que alguns autores consideram como parte independente do diencéfalo denominado 
metatálamo​. 
 
O tálamo é fundamentalmente constituído de substância cinzenta, na qual se 
distinguem vários núcleos. Contudo, sua superfície dorsal é revestida por uma lâmina 
de substância branca, o extrato zonal do tálamo, que se estende à sua face lateral onde 
recebe o nome ​de lâmina medular externa​. Entre esta e a cápsula interna, situando 
lateralmente, localiza-se ​o núcleo​ ​reticular do tálamo​. O extrato zonal penetra no tálamo 
formando um verdadeiro septo, a lâmina medular interna, que o percorre 
longitudinalmente. Em sua extremidade anterior esta lâmina bifurca-se em Y, 
delimitando anteriormente uma área onde se localizam os núcleos talâmicos anteriores 
(Figura 23.2). No interior da lâmina medular interna existem pequenas massas de 
substância cinzenta que constituem os núcleos intralaminares do tálamo. Esta lâmina é 
um importante ponto de referência para a divisão dos núcleos do tálamo em grupos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.0 NÚCLEOS DO TÁLAMO 
 
Os núcleos do tálamo são muitos numerosos, tendo sido identificados mais de 50 
núcleos. Estudaremos somente os principais que podem ser divididos em cinco grupos, 
de acordo com a posição, a saber: anterior; posterior; mediano; medial e lateral. 
 
2.1 NÚCLEOS DO GRUPO ANTERIOR 
 
Compreende núcleos situados no ​tubérculo anterior ​do tálamo, sendo limitados 
posteriormente pela bifurcação em Y da lâmina medular interna (Figura 23.2). Estes 
núcleos recebem fibras dos núcleos mamilares pelo ​fascículo mamilo talâmico​ (Figura 
23.2) e projetam fibras para o córtex do giro do cíngulo e lobo frontal, ​integrando o 
circuito de Papez​ (Figura 27.2) relacionado com a memória e comportamento emocional. 
NÚCLEO DO GRUPO ANTERIOR 
 
 
Tubérculo anterior do tálamo: 
Função 
● Memória 
● Comportamento emocional 
 
 
 
2.2 NÚCLEOS DO GRUPO POSTERIOR 
 
Situado na parte posterior do tálamo, compreende o ​Pulvinar do tálamo​ e os 
corpos geniculados lateral e medial ​ (Figura 23.2). 
 
a) Pulvinar do tálamo​- tem conexões recíprocas com as chamadas áreas de 
associação temporoparietal do córtex cerebral​ situadas nos ​giros angular e 
supramarginal. ​ Apesar de ser o maior núcleo do tálamo do homem, suas funções 
ainda não são bem conhecidas. Embora existam relatos ocasionais de problemas 
de linguagem associados à lesão do Pulvinar do tálamo, nenhuma síndrome 
particular e nenhum déficit sensorial resultam dessa lesão. Parece está envolvido 
nos processos de atenção seletiva 
 
FUNÇÕES DO PULVINAR DO TÁLAMO 
● LINGUAGEM 
● ESQUEMA CORPORAL 
 
a) Corpo geniculado medial ​- recebe pelo braço do colículo inferior fibras 
provenientes do colículo inferior ou diretamente do lemnisco lateral. Projeta 
fibras para a área auditiva do córtex cerebral no ​giro temporal transverso 
anterior​, sendo, pois, um componente da via auditiva;(função audição) 
b) Corpo geniculado lateral ​- a rigor não é um núcleo, pois é formado de camadas 
concêntricas de substância branca e cinzentas. Recebe pelo tracto óptico fibras 
provenientes da retina. Projeta fibras pelo tracto geniculo-calcarino para a área 
visual primária do córtex situada nas ​bordas do sulco calcarino​. Faz parte, 
portanto, das ópticas. (função visão) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 NÚCLEOS DO GRUPO MEDIANO 
 
São núcleos localizados próximo ao plano sagital mediano, ​na aderência 
intertalâmica ​ (Figura 23.2) ou na substância cinzenta periventricular. Muito 
desenvolvidos nos vertebrados inferiores, os núcleos do grupo mediano são pequenos e 
de difícil delimitação no homem. Têm conexões principalmente com o hipotálamo e, 
possivelmente, relaciona-se com funções viscerais. 
 
 
FUNÇÃO DOS NÚCLEOS DO GRUPO MEDIANO 
● Funções viscerais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 NÚCLEOS DO GRUPO MEDIAL 
 
O grupo medial (Figura 23.2) compreende os núcleos situados dentro da lâmina 
medular interna (núcleos intralaminares) e o ​núcleo dorsomedial​, situados entre essa 
lâmina e os núcleos do grupo mediano. Os núcleos intralaminares, entre os quais se 
destaca o ​núcleo centromediano​ (Figura 23.2), recebem um grande número de fibras de 
formação reticular e têm importante papel ativador sobre o córtex cerebral integrando 
o Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). 
 
A via que liga a formação reticular ao córtex, através dos núcleos intralaminares, 
proporciona uma vaga percepção sensorial sem especificidade, mas com reações 
emocionais especialmente para estímulos dolorosos. Lesões no núcleo centromediano já 
foram feitas para aliviar dores intratáveis. 
 
O núcleo dorsomedial recebe fibras principalmente do corpo amigdaloide e tem 
conexões recíprocas com a parte anterior do lobo frontal, denominada área pré-frontal. 
Sua funções relacionam-se com as funções desta área, que serão estudadas no Capítulo 
26 (item 4.1). 
 
NÚCLEOS DO GRUPO MEDIAL 
 
Núcleos centromediano 
● Têm importante papel ativador sobre o córtex cerebral integrando O sistema 
Ativador Reticular Ascendente (SARA) 
 
2.5 NÚCLEOS DO GRUPO LATERAL 
 
Este grupo é o mais importante e o mais complicado. Compreende núcleos 
situados lateralmente à lâmina medular interna, que podem ser divididos em dois 
subgrupos ventral e dorsal.(Figura 23.2) são mais importantes os núcleos do subgrupoventral, ou seja: 
 
a) Núcleo ventral anterior (VA)-​ recebe a maioria das fibras do globo pálido de 
dirigem para o tálamo. Projetam-se para as áreas motoras do córtex cerebral e 
tem função ligada ao planejamento e execução da motricidade somática; 
b) Núcleo ventral lateral (VL ​)- também chamado ventral intermédio, recebe as 
fibras do cerebelo e projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral. Íntegra, 
pois a via cerebelo-cortical, já estudada a propósito do cerebelo. Além disto, o 
núcleo ventral lateral (VL) recebe parte das fibras que o globo pálido se dirige ao 
tálamo; 
 
c) Núcleo ventral posterolateral ​- é um núcleo das ​vias sensitivas (sensibilidade 
somática geral)​, recebendo fibras dos ​lemniscos medial e lateral.​ Lembre que o ​lemnisco 
medial​ leva os impulsos ​de tato Epicrítico e propriocepção consciente​. Já ​o lemnisco 
espinhal​, formado pela união dos ​tratos espinotalâmicos lateral e anterior ​, transporta 
impulsos de ​temperatura e dor,​ ​pressão e tato protopático​. O núcleo ventral posterior 
projeta fibras para o córtex do ​giro pós- central​, onde se localiza a área somestésica; 
 
d) ​Núcleo ventral posteromedial ​- é também um núcleo das ​vias sensitivas ​. Recebe 
fibras do ​lemnisco trigeminal ​, trazendo ​sensibilidade somática geral​ ​da cabeça e fibras 
gustativas​ proveniente do trato solitário (fibras solitário-talâmicas). Projeta fibras 
para a área somestésica situada no ​giro pós-central ​e para a ​área gustativa​ situada na 
parte posterior da insula ​. 
 
 
Núcleo ventral posterolateral​- sensibilidade geral (somestesia) do pescoço para baixo 
incluindo a nuca, do lado oposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Núcleo ventral posteromedial​ - sensibilidade geral (somestesia) da face e gustação, do 
lado oposto. 
 
 
 
e) Núcleo reticular​- é constituído por uma fina calota de substância cinzenta 
disposta lateralmente entre a massa principal de núcleos que constitui o ovoide talâmico 
e a cápsula interna. Nesta posição ele é atravessado pela quase totalidade das fibras 
tálamo-corticais que passam pela ​cápsula interna​ e que ao atravessá-lo dão colaterais 
que nele estabelecem sinapse. O núcleo reticular diferente dos demais núcleos talâmicos 
por utilizar como neurotransmissor o ​GABA ​(​é um neurotransmissor importante, 
atuando como inibidor neurossináptico), que é inibidor, enquanto a maioria dos outros 
usa ​GLUTAMATO​ Difere também por não ter conexões diretas com o córtex e sim com 
os outros núcleos talâmicos. Estes também fornecem aferências para ele representadas 
principalmente pelos ramos colaterais das fibras tálamo-corticais que o atravessam. 
Com base no fluxo de informações dessas colaterais, o núcleo reticular modula a 
atividade dos núcleos talâmicos, atuando como um porteiro que barra ou deixa passar 
informações para o córtex cerebral. O núcleo reticular recebe também aferências dos 
núcleos intralaminares que por sua vez recebem as fibras do ​SARA,​ influenciando no 
nível de vigília e alerta. No início do sono as fibras gabaérgicas do núcleo reticular 
inibem os núcleos talâmicos de transmissão, como a chegada de impulsos sensitivos ao 
córtex cerebral durante o sono. 
 
3.0 RELAÇÕES TALAMOCORTICAIS 
 
O tálamo é um elo essencial entre os receptores sensoriais e o córtex para todas 
as modalidades sensoriais e o córtex cerebral para todas as modalidades sensoriais 
exceto a olfação​. É mais que um simples receptor. Através do núcleo reticular ele age 
como comporta, facilitando ou impedindo a passagem de informações para o 
córtex. Todos os núcleos talâmicos com ​exceção do núcleo reticular​ têm conexões com o 
córtex. Essas conexões são recíprocas, ou seja, fazem-se através de fibras ​talamocorticais 
e corticotalâmicas​. Essas fibras constituem uma grande parte da cápsula interna, sendo 
que a maioria contingente delas se destina às áreas sensitivas do córtex. Através de suas 
conexões com ​o lobo frontal,​ mais especificamente com área pré-frontal, participa ​nas 
funções cognitivas. 
 
Quando se estimulam certos núcleos do tálamo, podem-se tomar potenciais 
evocados apenas em certas ​áreas específicas do córtex,​ relacionadas com ​funções 
específicas​. Estes núcleos são denominados ​núcleos talâmicos específicos​ ou ​núcleos de 
transmissão​. Entre eles temos, por exemplo, ​Núcleo ventral posterolateral​ e o ​corpo 
geniculado medial​, cuja estimulação evoca potenciais, respectivamente, na ​área 
somestésica​ e ​área auditiva​ do córtex. Neste grupo estão os núcleos intralaminares. Em 
especial o ​núcleo centromediano​ que medeiam o alerta cortical. 
 
Eles recebem muitas fibras da formação reticular e sabe-se que o ​Sistema 
Ativador Reticular Ascendente​ (SARA) exerce sua ação sobre o córtex através desses 
núcleos. Os núcleos talâmicos inespecíficos, com suas conexões corticais, compõem o que 
muitos autores denominam de sistema talâmico de projeção difusa. 
 
4.0 FUNÇÕES DO TÁLAMO 
 
Do que foi visto, é fácil concluir que o tálamo é, na realidade, um agregado de 
núcleos de conexões muito diferente, o que indica funções também diversas. Assim. As 
funções mais conhecidas do tálamo relacionam-se: 
 
FUNÇÕES DO TÁLAMO 
 
● Sensibilidade 
● Motricidade 
● Comportamento emocional 
● Memória 
● Ativação do córtex cerebral 
 
 
 
a) Com a sensibilidade- as funções sensitivas do tálamo são as mais conhecidas e as 
mais importantes. Todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex, param em 
um núcleo específico do tálamo, fazendo exceção apenas os impulsos olfatórios (exceto 
o olfato). O tálamo tem assim o papel de distribuir às áreas específicas do córtex 
impulsos que recebem das vias sensoriais. Entretanto, o papel do tálamo não é 
simplesmente de retransmitir os impulsos sensitivos ao córtex, senão de integrá-los. 
Acredita-se que mesmo que o córtex só seria capaz de interpretar corretamente 
impulsos já modificados pelo tálamo. Entretanto, a sensibilidade talâmica, ao contrário 
da cortical, não é discriminativa e não permite, por exemplo. O reconhecimento de um 
objeto pelo tato (estereognosia); 
 
b) Com a motricidade ​- através dos núcleos ​ventral anterior e ventral lateral,​ interpostos, 
respectivamente, em circuito palidocorticais e cerebelocorticais; 
 
c)​ ​Com o comportamento emocional​- através do ​núcleo dorsomedial​ com suas conexões 
com a área pré-frontal; 
d)​ ​Com a memória​- através dos núcleos talâmicos inespecíficos e suas conexões com os 
núcleos mamilares do hipotálamo; 
e) Com ativação do córtex​- através dos núcleos talâmicos inespecíficos e suas conexões 
com a formação reticular fazendo parte do ​Sistema Ativador Reticular Ascendente 
(SARA). 
 
RESUMO 
O tálamo é constituído de ​duas massas ovoides de tecido nervoso​. O tálamo é 
fundamentalmente constituído de substâncias cinzenta, na qual se distinguem vários 
núcleos , ​núcleos talâmicos específicos​ e ​núcleos talâmicos inespecíficos​. Os núcleos 
específicos são ao mais importante, são divididos em grupos, tem nome, tem localizações 
e tem funções. 
Os ​núcleos talâmicos específicos ​- estimulam áreas específica do córtex cerebral, 
relacionada com funções específicas 
Os ​núcleos talâmicos inespecíficos​- cuja a estimulação modifica os potenciais 
elétricos de territórios muito grande do córtex cerebral e não apenas de áreas 
específicas deste córtex. Exemplo os núcleos intralaminares. 
O tálamo é uma região de grande importância funcional e atua como estação de 
retransmissão para os principais sistemas sensitivos (exceto a via olfatória). Está ainda 
implicado no controle da motricidade (extrapiramidal), no comportamento emocional no grau 
de ativação do córtex. As atividades do tálamo estão, portanto, estreitamente relacionadas com o 
córtex cerebral.5.0 CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
 
Afecções do tálamo decorrente, em geral, de lesões de vasos, podem resultar na 
síndrome talâmica​ na qual se manifestam dramáticas alterações da sensibilidade. Uma 
delas é o aparecimento de crises de chamada de ​dor central​, dor espontânea e pouco 
localizada, que frequentemente se irradia a toda a metade do corpo situado do lado 
oposto ao tálamo comprometido. Apesar de ser mais difícil desencadear qualquer 
manifestação sensorial, uma vez que o limiar de excitabilidade talâmica está 
aumentado, certos estímulos térmicos ou táteis desencadeiam sensações 
desproporcionalmente intensas, geralmente muito desagradáveis e não facilmente 
caracterizada pelo doente. Há casos em que até mesmo estímulos auditivos se tornam 
desagradáveis, citando-se o caso de um paciente que não podia ir à igreja porque os 
hinos religiosos que lá ouvia causavam sensações pouco definidas, mas muito 
desagradáveis, na metade do corpo situado do lado oposto ao tálamo lesado. 
 
A síndrome de Déjérine-Roussy, também conhecida como síndrome talâmica de 
Dejerine-Roussy, trata-se de uma condição que surge após o derrame talâmico, um 
acidente vascular cerebral ​ (AVC) que causa danos ao ​tálamo​. 
 
Foi descrita pela primeira vez no ano de 1906, por Joseph Jules Déjérine e 
Gustave Roussy e caracteriza-se por leve hemiplegia, hemianestesia superficial, 
hemitaxia leve e Estereognosia, dores no lado hemiplégico e movimentos 
córeo-atetósicos. Em 1911, foi observado que os pacientes apresentavam dor e 
hipersensibilidade a estímulos durante a recuperação. Portanto, acreditava-se que a dor 
ligada ao processo de recuperação de um AVC estava relacionada ao processo de 
recuperação das lesões cerebrais decorrentes deste transtorno. 
 
Inicialmente, as lesões cerebrais, comumente encontradas em um hemisfério do 
cérebro​, causa uma ausência de sensibilidade e formigamento no lado oposto. Tempos 
após (semanas ou meses) a dormência pode evoluir para dor severa e crônica, 
desproporcional a um estímulo ambiental, conhecida como disestesia (dor devido à lesão 
talâmica) ou alodinia (hipersensibilidade a sensações relacionadas a um estímulo que 
comumente não gera dor). Infrequentemente, o paciente pode desenvolver dor severa, 
na presença de pouco ou nenhum estímulo. Também pode haver perda de visão ou 
perda de equilíbrio. 
O diagnóstico é feito por meio da evidenciação em exames imagiológicos do 
cérebro de infarto ou tumor no tálamo. 
 
O tratamento pode incluir uso de medicamentos e terapias de estimulação. O 
primeiro inclui opiáceos, anti-depressivos e anti-convulsivos. A segunda forma de 
tratamento engloba fisioterapia, estimulação elétrica do cérebro e da medula espinhal e 
uso de fontes de calor. 
NÚCLEOS TALÂMICOS ESPECÍFICOS COM AS ÁREAS ESPECÍFICAS DO 
CÓRTEX CEREBRAL. 
 
A- ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO SUBTÁLAMO 
 
1.0 SUBTÁLAMO 
O subtálamo compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o Tegmento do 
mesencéfalo. É de difícil visualização nas peças de rotina, pois não se relaciona com as 
paredes do III ventrículo, podendo mais facilmente ser observado em cortes frontais do 
cérebro (Figura 6.1). Verifica-se, então, que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo 
limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. O subtálamo 
tem função motora. 
 
 
Figura 6.1 Secção frontal do cérebro passando pelo III ventrículo 
 
É uma pequena área situada na parte posterior do diencéfalo na transição com o 
mesencéfalo, limitando-se superiormente com o tálamo, e lateralmente com a cápsula 
interna e medialmente com o hipotálamo (Figura 32.4). As formações subtalâmicas só 
podem ser observadas em secções do diencéfalo, uma vez que não se relacionam com a 
superfície externa ou com as paredes do III ventrículo. Estando situado na transição 
com o mesencéfalo, algumas estruturas mesencefálicas estendem-se até o subtálamo, 
com o núcleo rubro, a substância negra e a formação reticular, constituindo esta a 
chamada ​zona incerta​ do subtálamo. Contudo o subtálamo (Figura 32.5). Este núcleo 
tem conexões nos dois sentidos com o globo pálido através do circuito 
pálido-subtálamo-palidal ​, importante para a regulação da motricidade somática. Lesões 
do núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, 
caracterizada por movimentos anormais das extremidades. Estes movimentos são 
muitos violentos e muitas vezes não desaparecem nem com o sono, podendo levar o 
doente à exaustão. Em razão de importância de suas conexões com os núcleos da base, 
alguns autores consideram o núcleo subtalâmico como parte desse núcleo o que, do 
ponto de vista embriológico e anatômico, não é correto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A- ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO EPITÁLAMO 
1.0 GENERALIDADE 
 
EPITÁLAMO 
 
O epitálamo limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, 
já na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a ​glândula pineal, ou 
epífise​, glândula endócrina ímpar e mediana de forma piriforme, que repousa sobre ​o 
teto do mesencefálico​ (Figura 5.2). A base do corpo pineal prende-se anteriormente a 
dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano, ​a comissura posterior​ e ​a 
comissura das habênulas​ (Figura 7.1). A comissura posterior situa-se no ponto em que o 
aqueduto cerebral ​ se liga ao III ventrículo e é considerado como limite entre o 
mesencéfalo e diencéfalo. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas 
eminências triangulares, os ​trígonos das habênulas​ (Figura 5.2), situados entre a 
glândula pineal e o tálamo; continua anteriormente, de cada lado, com as estrias 
medulares do tálamo. A tela corioide do III ventrículo insere-se lateralmente nas estrias 
medulares do tálamo e posteriormente na comissura das habênulas (Figura 7.1), 
fechando, assim, o teto do III ventrículo. As funções da glândula pineal e de seu 
hormônio, a melatonina será estudada a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7.1 Face medial do hemisfério cerebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
A- ESTRUTURAS E FUNÇÕES DO EPITÁLAMO 
 
1.0 ​GENERALIDAD​E 
O epitálamo está localizado na parte superior e posterior do diencéfalo e contém 
formações importantes, a habênulas e a glândula pineal (Figura 5.2). A habênulas está 
situada de cada lado no trígono da habênulas e participa da regulação dos níveis de 
dopamina na via mesolímbica, principal área do prazer do cérebro. Ela pertence ao 
sistema límbico onde será estudada a seguir: 
 
2.0 GLÂNDULA PINEAL 
 
2.1 GENERALIDADE 
 
A glândula pineal foi durante muitos séculos um órgão misterioso, geralmente 
considerado um resíduo filogenético do chamado terceiro olho encontrado em alguns 
lagartos e, por conseguinte, desprovido de função. A descoberta por Lener (1958) do 
hormônio da pineal, ​a melatonina​, mudou este quadro e mostrou o envolvimento da 
pineal na reprodução e nos ritmos circadianos. Na última década houve uma verdadeira 
explosão de trabalhos mostrando a participação da melatonina em um grande número 
de processos fisiológicos, o que aumentou consideravelmente a importância da pineal. 
Embora a principal fonte de melatonina seja a pineal, ela é sintetizada também 
na retina, no intestino, nas células do sistema imunitário e na placenta​ onde é responsável 
pelo aumento da melatonina circulante durante a gravidez, 
 
2.2 ESTRUTURA E INERVAÇÃO 
 
A pineal é uma ​glândula endócrina​ compacta constituída de um estroma de 
tecido conjuntivo contendo também neurologia e de células secretoras denominadas 
pinealócitos.​ Estas ​células são ricasem serotonina​ (Figura 23.4) que é utilizada para 
síntese dos hormônios da pineal, a melatonina. No homem e em alguns animais a pineal 
apresenta concentrações calcárias que aumentam com a idade. Elas podem diminuir, 
mas não impedem a produção de melatonina. A pineal é muito vascularizada e seus 
capilares fenestrações. Devido a isto ela não possui barreira hematoencefálica, 
enquadrando-se entre os órgãos circuventriculares (Capítulo 9, item 6). A ​inervação da 
pineal se dá por fibras simpáticas pós-ganglionares​, oriundas do gânglio cervical superior 
que entram no crânio pelo plexo carotídeo e terminam em relação com os pinealócitos e 
com os vasos (Figura 23.4). Esta inervação simpática tem importante papel na 
regulação da melatonina. 
 
 
 
 
2.3 SECREÇÃO DE MELATONINA RITMO CIRCADIANO 
 
A melatonina é responsável pelas funções atribuídas à glândula pineal. Ela é 
sintetizada pelos pinealócitos a partir da serotonina e o processo de síntese é ativado 
pela noradrenalina liberada pelas fibras simpáticas, ​Durante o dia, essas têm pouca 
atividade e os níveis de melatonina na pineal na circulação são muito baixos​. Entretanto, 
durante ​a noite, a inervação simpática da pineal é ativada, liberando noradrenalina, e os 
níveis de melatonina circulante aumentam carga de dez vezes​. Deste modo, a 
concentração de melatonina no sangue obedece a um ritmo circadiano, com pico 
durante a noite. Entretanto, esse ritmo não é intrínseco à pineal, pois decorre da 
atividade rítmica do núcleo supraquiasmático do hipotálamo, transmitida à pineal 
através da inervação simpática. Este ritmo é importante para a compreensão de alguns 
aspectos da fisiologia dessa glândula. 
 
2.4 FUNÇÕES DA PINEAL 
As funções da pineal devem-se à secreção de ​único hormônio, a melatonina​. 
Durante muito tempo pensou-se que, nos mamíferos, a pineal estaria relacionada 
apenas com a reprodução através de uma atividade antigonadotrópica e aos ritmos 
circadianos. Entretanto, pesquisas realizadas na última década mostraram que a 
melatonina tem uma enorme versatilidade funcional, estando ela relacionada com 
grande número de processos fisiológicos em várias células e órgãos. As principais 
funções da pineal e da melatonina são resumidamente descritas a seguir. 
 
2.4 FUNÇÕES DA PINEAL 
 
As funções da pineal devem-se à secreção de ​único hormônio, a melatonina​. 
Durante muito tempo pensou-se que, nos mamíferos, a pineal estaria relacionada 
apenas com a reprodução através de uma atividade antigonadotrópica e aos ritmos 
circadianos. Entretanto, pesquisas realizadas na última década mostraram que a 
melatonina tem uma enorme versatilidade funcional, estando ela relacionada com 
grande número de processos fisiológicos em várias células e órgãos. As principais 
funções da pineal e da melatonina são resumidamente descritas a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4.1 Função antigonadotrópica 
 
Sabe-se a pineal tem um efeito inibidor sobre as gônadas via hipotálamo. Sabe-se 
também que a luz inibe a pineal e o escuro a ativa. Assim, ratas colocados em luz 
permanente entram em estro permanente porque cessa a ação inibitória que a pineal 
tem sobre os ovários (gônadas feminina). Demonstrou-se que no hamster os testículos 
atrofiam quando o animal é colocado em um regime de 23 horas de escuro e uma hora 
de luz por dia. Esta atrofia, entretanto, não ocorre quando o animal é previamente 
pinealectomizado. Admite-se, neste caso, que o escuro estimula a pineal, que, então 
aumenta sua ação inibitória sobre os testículos, causando a sua atrofia. Natureza, as 
gônadas desse animal atrofiam-se quando entra o inverno e o animal inicia seu período 
de hibernação. A pineal está, pois envolvida neste fenômeno, sendo estimulada pelos 
períodos escuros cada vez maiores no início do inverno. Assim a pineal regula o ritmo 
sazonal dos mamíferos que hibernam. No homem, a evidência de uma ação da luz sobre 
os órgãos reprodutores, mediada pela pineal, é ainda pequena. Contudo, certas 
alterações da época de aparecimento da puberdade em meninas cegas de nascença 
poderiam ser explicadas pela ausência da luz. Puberdade precoce também ocorre em 
casos de tumores da pineal de crianças quando há destruição dos pinealócitos, cessando 
assim a ação frenadora que a pineal tem sobre as gônadas. 
 
2.4.2 SINCRONIZAÇÃO DO RITMO CIRCADIANO DE VIGÍLIA-SONO 
 
Como foi visto no Capítulo anterior, o ritmo vigílias-sono no homem é 
sincronizado com o ciclo dia-noite pelo núcleo supraquiasmático que para isto recebe 
informações sobre a luminosidade do ambiente pelo trato retino-hipotalâmico. A 
melatonina tem uma ação sincronizadora suplementar sobre este ritmo agindo 
diretamente sobre os neurônios do núcleo supraquiasmático que têm receptores para 
melatonina. Esta ação é especialmente importante quando há mudanças acentuadas no 
ciclo natural de dia-noite. Isto ocorre, nos voos intercontinentais em aviões a jato de 
repente o indivíduo é deslocado para uma região onde é dia quando seu ritmo 
circadiano está em fase de sono. O mal-estar e a sonolência (Jet-lag) observados nesta 
situação melhoram rapidamente com administração de melatonina. Este hormônio 
começa a ter aplicação clínica como cronobiótico, ou seja, uma substância usada como 
agente profilático ou terapêutico em caso de desordem do ritmo circadiano de sono e 
vigília. 
 
 
 
 
 
 
 
2.4.3 Regulação da glicemia 
 
Um grande número de pesquisa mostrou que, nos mamíferos, inclusive no 
homem, a melatonina está envolvida na regulação de glicemia, inibindo a secreção de 
insulina nas células beta das ilhotas pancreáticas. Como os pinealócitos têm receptores 
de insulina, postulou-se a existência de uma alça de retroalimentação (feedback) entre 
pinealócitos e células-beta. 
 
2.4.4 Regulação da morte celular por apoptose 
 
A apoptose tem papel importante em vários processos fisiológicos como, por 
exemplo, a diferenciação do tubo neural e a involução do timo com a idade. Sua 
regulação é muito importante. Sabe-se, hoje, como a melatonina inibe o aparecimento 
de células em apoptose enquanto os corticoides ativam este processo. A pinealectomia 
em ratos acelera a involução normal do timo e a melatonina atrasa este processo. 
Pesquisas recentes mostram que, ao contrário do que ocorre com as células normais, 
nas células cancerosas a melatonina aumenta a apoptose, contribuindo para regressão 
de certos tipos de tumores. 
 
2.2.5 Ação antioxidante 
 
A melatonina é um dos mais potentes antioxidantes conhecidos, superando a 
ação de antioxidantes mais tradicionais como a vitamina A, C, E. Ela não só remove os 
radicais livres, como também aumentam a capacidade antioxidante das células. 
 
2.4.6 Regulação do sistema imunitário 
 
A melatonina, por mecanismo diversos, aumentam a resposta imunitárias agindo 
sobre as células do baço, timo, medula óssea, magrófagos, neutrófilos e células T. A ação 
da melatonina no sistema imunitário se faz não só pela melatonina da pineal mas pela 
produzida por células do próprio sistema imunitário. A melatonina tem também efeito 
benéfico sobre vários processos inflamatórios por mecanismo diversos de atuação.

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