Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA DE CONTABILIDADE CONTABILIDADE - OBRIGATORIEDADE E VANTAGENS Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, em seus aspectos quantitativos e qualitativos. Por aspecto qualitativo do patrimônio entende-se a natureza dos elementos que o compõem, como dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda, máquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. A delimitação qualitativa desce, em verdade, até o grau de particularização que permita a perfeita compreensão do componente patrimonial. Assim, quando falamos em "máquinas" ainda estamos a empregar um substantivo coletivo, cuja expressão poderá ser de muita utilidade em determinadas análises. OBRIGATORIEDADE A contabilidade para as pessoas jurídicas é obrigatória por Lei, no Brasil. Atualmente essa obrigatoriedade está contida no Código Civil (Lei 10.406/2002), na Lei das S/A (Lei 6.404/1976) e no Regulamento do Imposto de Renda. Somente estão desobrigadas de elaboração de contabilidade as empresas individuais que estejam enquadradas como MEI – Microempreendedor Individual, registradas sob a égide da Lei Complementar 128/2008. VANTAGENS DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL Podemos listar as seguintes vantagens de uma entidade manter escrituração contábil: 1. Oferece maior controle financeiro e econômico à entidade. 2. Comprova em juízo fatos cujas provas dependam de perícia contábil. 3. Contestação de reclamatórias trabalhistas quando as provas a serem apresentadas dependam de perícia contábil. 4. Imprescindível no requerimento de recuperação judicial (Lei 11.101/2005). 5. Evita que sejam consideradas fraudulentas as próprias falências, sujeitando os sócios ou titulares ás penalidades da Lei que rege a matéria. 6. Base de apuração de lucro tributável e possibilidade de compensação de prejuízos fiscais acumulados. 7. Facilita acesso ás linhas de crédito. 8. Distribuição de lucros como alternativa de diminuição de carga tributária. APOSTILA DE CONTABILIDADE 9. Prova a sócios que se retiram da sociedade a verdadeira situação patrimonial, para fins de apuração de haveres ou venda de participação. 10. Prova, em juízo, a situação patrimonial na hipótese de questões que possam existir entre herdeiros e sucessores de sócio falecido. 11. Para o administrador, supre exigência do Novo Código Civil Brasileiro quanto à prestação de contas (art. 1.020). BALANÇO PATRIMONIAL Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior, para fins de comparação. COMPOSIÇÃO O Balanço Patrimonial é constituído pelo: - Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos. - Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. - Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. AGRUPAMENTO Os elementos da mesma natureza e os saldos de reduzido valor quando agrupados, e desde que seja indicada a sua natureza e nunca devem ultrapassar, no total, um décimo do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos como "diversas contas" ou "contas correntes". PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO BALANÇO APOSTILA DE CONTABILIDADE Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do razão e conferir sua exatidão. No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimoniais quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos. As contas do balancete, no fim do exercício, sejam patrimoniais ou de resultado, nem sempre representam, entretanto, os valores reais do patrimônio, naquela data, nem as variações patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve. Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e despesas, recebidas ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao custo do período. Daí a necessidade de se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balanço, para que elas representem, em realidade, os componentes do patrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício. CONCILIAÇÕES DOS SALDOS CONTÁBEIS A conciliação consiste, basicamente, na comparação do saldo de uma conta com uma informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto à exatidão do saldo em análise. As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis são os livros fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa, etc. AJUSTES E RECLASSIFICAÇÕES PATRIMONIAIS Para elaboração do balanço devem ser efetuados vários ajustes e reclassificações nas contas patrimoniais, como estoques, empréstimos, etc. Calcula-se também a provisão para o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de acordo com as normas tributárias vigentes, fazendo-se a respectiva contabilização. LANÇAMENTOS DE ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO Para apuração do resultado do exercício, faz-se os lançamentos de encerramento, debitando-se as contas de receitas e creditando-se uma conta transitória, chamada de “apuração do resultado do exercício”. APOSTILA DE CONTABILIDADE O inverso é efetuado nas contas de despesas e custos, debitando-se a conta “Apuração do Resultado do Exercício” e creditando-se as contas de custos ou despesas. O saldo da conta “Apuração do Resultado do Exercício” será então transferida para a conta de “Resultados a Destinar”, sendo esta distribuída para outras contas patrimoniais, conforme proposta da administração. CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS PATRIMONIAIS Após os ajustes pertinentes e lançamentos de encerramento das contas de resultado, as contas remanescentes são apenas as contas patrimoniais, que devem ser separadas e classificadas em grupos para elaboração do balanço patrimonial, sendo que o saldo do ativo deve ser igual ao do passivo. OBRIGAÇÕES PERANTE A LEGISLAÇÃO COMERCIAL, FISCO FEDERAL E MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL ESTATUTO OU CONTRATO SOCIAL O estatuto social, utilizado pelas sociedades em ações, cooperativas e entidades sem fins lucrativos, ou o contrato social, utilizado pelas demais sociedades, é a certidão de nascimento da pessoa jurídica. Pelas cláusulas do seu conteúdo se disciplina o relacionamento interno e externo da sociedade, atribuindo-se identidade ao empreendimento. Em suas cláusulas identificam-se a sua qualificação, tipo jurídico de sociedade, a denominação, localização, seu objeto social, forma de integralização do capital social,prazo de duração da sociedade, data de encerramento do exercício social, foro contratual, etc... Seu registro dar-se-á na Junta Comercial do Estado, ou nos Cartórios de Registro de Pessoas Jurídicas, conforme a natureza jurídica da sociedade. Nos casos de sociedade de advogados, o registro será feito na OAB. ESTATUTO SOCIAL Na sociedade anônima, a assembleia de constituição instalar-se-á, em primeira convocação, com a presença de subscritores que representem, no mínimo, metade do capital social e, em segunda convocação, com qualquer número. APOSTILA DE CONTABILIDADE Observadas as formalidades legais e não havendo oposição de subscritores que representem mais da metade do capital social, o presidente da assembleia geral de constituição declarará constituída a companhia. Conteúdo O estatuto social deverá conter, necessariamente, o seguinte: a) denominação social (art. 3º , Lei nº 6.404/76 e art. 1.160, CC/2002); b) prazo de duração; c) sede: município; d) objeto social, definido de modo preciso e completo (§ 2º , art. 2º , Lei 6.404/64); e) capital social, expresso em moeda nacional (art. 5º , Lei nº 6.404/76); f) ações: número em que se divide o capital, espécie (ordinária, preferencial, fruição), classe das ações e se terão valor nominal ou não, conversibilidade, se houver, e forma nominativa (art. 11 e seguintes, Lei nº 6.404/76); g) diretores: número mínimo de dois, ou limites máximo e mínimo permitidos; modo de sua substituição; prazo de gestão (não superior a três anos); atribuições e poderes de cada diretor (art. 143, Lei 6.404/76); h) conselho fiscal, estabelecendo se o seu funcionamento será ou não permanente, com a indicação do número de seus membros - mínimo de três e máximo de cinco membros efetivos e suplentes em igual número. (art. 161, Lei nº 6.404/76); i) término do exercício social, fixando a data. A sociedade anônima é designada por denominação acompanhada das expressões companhia ou sociedade anônima, expressas por extenso ou abreviadamente, mas vedada a utilização da primeira ao final. A denominação pode conter o nome do fundador, acionista ou pessoa que, por qualquer outro modo, tenha concorrido para o êxito da empresa, sendo necessário constar indicação do objeto da sociedade. CONTRATO SOCIAL O documento que pactua as normas de constituição e funcionamento de uma sociedade com fins lucrativos, não anônima, denomina-se contrato social. O contrato social não poderá conter emendas, rasuras e entrelinhas, admitida, porém, nesses casos, ressalva expressa no próprio instrumento, com assinatura das partes. APOSTILA DE CONTABILIDADE Nos instrumentos particulares, não deverá ser utilizado o verso das folhas do contrato, cujo texto será grafado na cor preta ou azul, obedecidos os padrões de indelebilidade e nitidez para permitir sua reprografia, microfilmagem e/ou digitalização. O nome empresarial obedecerá ao princípio da veracidade e da novidade, incorporando os elementos específicos ou complementares exigidos ou não proibidos em lei. O nome empresarial pode ser de dois tipos: DENOMINAÇÃO SOCIAL ou FIRMA SOCIAL. A denominação social deve designar o objeto da sociedade, de modo específico, não se admitindo expressões genéricas isoladas, como: comércio, indústria, serviços. Havendo mais de uma atividade, deverá ser escolhida qualquer delas. É permitido figurar na denominação social o nome de um ou mais sócios. O contrato social deverá indicar com precisão e clareza as atividades a serem desenvolvidas pela sociedade, sendo vedada a inserção de termos estrangeiros, exceto quando não houver termo correspondente em português ou já incorporado ao vernáculo nacional. Poderá constar do contrato social que “a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social”. O contrato social deverá conter o visto de advogado, com a indicação do nome e número de inscrição na Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. Fica dispensado o visto de advogado no contrato social de sociedade que, juntamente com o ato de constituição, apresentar declaração de enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte. LIVRO DIÁRIO O livro Diário é obrigatório pela legislação comercial, e registra as operações da empresa, no seu dia-a-dia, originando-se assim o seu nome. A escrituração do Diário deve obedecer as Normas Brasileiras de Contabilidade. Sua inexistência, para as empresas optantes pelo Lucro Real, ou sua escrituração em desacordo com as normas contábeis sujeitam a empresa ao arbitramento do Lucro, para fins de apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro. AUTENTICAÇÃO APOSTILA DE CONTABILIDADE O livro Diário deverá ser autenticado no órgão competente do Registro do Comércio, e quando se tratar de Sociedade Simples ou entidades sem fins lucrativos, no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede. Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo na forma digital, autenticado pelo registro público competente, deve ser mantido pela entidade. A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão competente e por averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de contabilidade a comunicação formal dessas exigências à entidade. LANÇAMENTOS No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. Observada esta disposição, admite-se: · a escrituração do livro por meio de partidas mensais; · a escrituração resumida ou sintética, com valores totais que não excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros auxiliares. · No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro. TERMO DE ABERTURA E ENCERRAMENTO De acordo com os artigos 6º e 7º do Decreto 64.567, de 22 de maio de 1969, o livro Diário deverá conter, respectivamente, na primeira e na última páginas, tipograficamente numeradas, os termos de abertura e de encerramento. Do termo de abertura constará a finalidade a que se destina o livro, o número de ordem, o número de folhas, a firma individual ou o nome da sociedade a que pertença, o local da sede ou estabelecimento, o número e data do arquivamento dos atos constitutivos no órgão de registro do comércio e o número de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). O termo de encerramento indicará o fim a que se destinou o livro, o número de ordem, o número de folhas e a respectiva firma individual ou sociedade mercantil. APOSTILA DE CONTABILIDADE Os termos de abertura e encerramento serão datados e assinados pelo comerciante ou por seu procurador e por contabilista legalmente habilitado. Na localidade em que não haja profissional habilitado, os termos de abertura e encerramento serão assinados, apenas, pelo comerciante ou seu procurador. Conheça também outras obras relacionadas à escrituração contábil: LIVRO RAZÃO (OU RAZÃO AUXILIAR) O Livro Razão (também denominado "Razão Auxiliar") é obrigatório pela legislação comercial e tem a finalidade de demonstrar a movimentação analítica das contas escrituradas no diário e constantes do balanço. Exemplo: Razão Analítico XPTO ComércioLtda. Data: 02.01.2018 CNPJ: 01.342.575/0001-87 Período: 01 a 02.01.2018 Conta: Bancos Cta. Movimento - Bradesco S/A Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo 01.01.2018 Saldo Inicial 1.000,00 D 02.01.2018 Depósito 500,00 1.500,00 D 02.01.2018 Cheque nº 050070 200,00 1.300,00 D Totais 500,00 200,00 1.300,00 D As formalidades da escrituração contábil estão expressas no Decreto Lei 486/1969. Não há necessidade de registro do Livro Razão. Entretanto, o mesmo deve conter termo de abertura e encerramento, com a assinatura do contabilista e do responsável pela empresa. DECLARAÇÃO DE CAPITAIS BRASILEIROS NO EXTERIOR - DBE/CBE Independentemente das declarações a serem apresentadas à Receita Federal do Brasil, as pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no País, assim conceituadas na legislação tributária, detentoras de bens e direitos no exterior, cujos APOSTILA DE CONTABILIDADE valores somados, em 31 de dezembro, sejam iguais ou superiores a US$ 100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos da América), ou seu equivalente em outras moedas, devem informar ao Banco Central do Brasil - BACEN - os ativos em moeda e os bens e direitos possuídos fora do território nacional. A partir da posição de 31 de março de 2011 e sem prejuízo da DBE/Anual, as pessoas descritas ficam obrigadas a prestar declaração nas datas-base de 31 de março, 30 de junho e 30 de setembro de cada ano, quando os bens e valores do declarante no exterior totalizarem, nessas datas, quantia igual ou superior a US$ 100.000.000,00 (cem milhões de dólares dos Estados Unidos da América), ou seu equivalente em outras moedas. PRAZOS E FORMA DE ENTREGA As declarações de bens e valores, deverão ser prestadas ao Banco Central do Brasil, por meio do formulário de declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), disponível no sítio do Banco Central do Brasil na internet, no endereço http://www.bcb.gov.br. Para a declaração DBE/CBE Anual, o período de entrega com data-base em 31 de dezembro de 2016, é de 10h de 15 de fevereiro às 18h de 5 de abril de 2017. Para a declaração trimestral, os prazos são: - a declaração trimestral referente à data-base de 31 de março, no período compreendido entre 30 de abril e as 18 horas de 5 de junho; - a declaração trimestral referente à data-base de 30 de junho, no período compreendido entre 31 de julho e as 18 horas de 5 de setembro; - a declaração trimestral referente à data-base de 30 de setembro, no período compreendido entre 31 de outubro e as 18 horas de 5 de dezembro. O QUE DEVE SER INFORMADO As informações solicitadas estão relacionadas às modalidades a seguir indicadas, podendo ser agrupadas quando forem coincidentes o país, a moeda, o tipo e a característica do ativo: I - depósito; II - empréstimo em moeda; III - financiamento; IV - arrendamento mercantil financeiro; APOSTILA DE CONTABILIDADE V - investimento direto; VI - investimento em portfólio; VII - aplicação em instrumentos financeiros derivativos; e VIII - outros investimentos, incluindo imóveis e outros bens. As aplicações em Brasilian Depositary Receipts (BDR) devem ser prestadas pelas instituições depositárias, de forma totalizada por programa. Os fundos de investimento, por meio de seus administradores, devem informar o total de suas aplicações, discriminando tipo e características. Retificação Durante o prazo de entrega, é possível enviar declaração retificadora, sem incidência de multa. GUARDA DE DOCUMENTOS Os responsáveis pela prestação de informações devem manter, pelo prazo de cinco anos contados a partir da data-base da declaração, a documentação comprobatória das informações prestadas para apresentação ao Banco Central do Brasil, quando solicitada. DÚVIDAS Para esclarecimento de dúvidas sobre a Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior ou para a solução de problemas relativos ao seu preenchimento, o atendimento ao declarante será feito por meio do endereço eletrônico cbe.desig@bcb.gov.br. MULTA A entrega da declaração fora do prazo sujeita o infrator à aplicação de multa pelo Banco Central do Brasil. A Medida Provisória 2.224, de 04.09.2001, estabelece, em seu art. 1º, multa de até R$ 250.000,00 no caso de não-fornecimento de informações regulamentares exigidas pelo Banco Central do Brasil relativas a Capitais Brasileiros no Exterior, bem como da prestação de informações falsas, incompletas, incorretas ou fora dos prazos e das condições previstas na regulamentação. O art. 8º da Resolução CMN/BACEN 3.854/2010, define os critérios para aplicação dessas multas, da seguinte forma: APOSTILA DE CONTABILIDADE I - prestação de declaração fora do prazo: 10% (dez por cento) do valor previsto no art. 1º da Medida Provisória nº 2.224, de 2001, ou 1% (um por cento) do valor sujeito a declaração, o que for menor; II - prestação de declaração contendo informação incorreta ou incompleta: 20% (vinte por cento) do valor previsto no art. 1º da Medida Provisória nº 2.224, de 2001, ou 2% (dois por cento) do valor sujeito a declaração, o que for menor; III - não prestação da declaração ou não apresentação da documentação comprobatória ao Banco Central do Brasil das informações fornecidas: 50% (cinquenta por cento) do valor previsto no art. 1º da Medida Provisória nº 2.224, de 2001, ou 5% (cinco por cento) do valor sujeito a declaração, o que for menor; IV - prestação de declaração falsa ou de informação falsa sobre os valores sujeitos à declaração: 100% (cem por cento) do valor previsto no art. 1º da Medida Provisória nº 2.224, de 2001, ou 10% (dez por cento) do valor sujeito a declaração, o que for menor. DIRF 2018 e 2019 - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte A Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF – é uma obrigação tributária acessória devida por todas as pessoas jurídicas - independentemente da forma de tributação perante o imposto de renda, e também por pessoas físicas quando obrigadas a prestar as informações. Através da DIRF, prestam-se informações relativas aos beneficiários, valores dos pagamentos, créditos, e retenções do IRF - Imposto de Renda na Fonte. A DIRF conterá a identificação por espécie de retenção (código DARF) e deduções na base de cálculo, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de Renda e as instruções baixadas pela Receita Federal do Brasil - RFB. Ficam também obrigadas à entrega da DIRF as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção, ainda que em único mês do ano-calendário a que se referir a DIRF, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para o PIS/Pasep sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurídicas. A DIRF 2018, relativa ao ano-calendário de 2017, deveria ser apresentada até às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, de 28 de fevereiro de 2018. A DIRF 2019, relativa ao ano-calendário de 2018, deverá ser apresentada até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, de 28 de fevereiro de 2019. APOSTILA DE CONTABILIDADE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE O Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF ou IRF - é uma obrigação tributária principal em que a pessoa jurídica ou equiparada, está obrigada a reter do beneficiário da renda,o imposto correspondente, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de Renda. CARACTERÍSTICAS O sistema de retenção do Imposto de Renda na Fonte tem as seguintes características: 1 – Atribuição a fonte pagadora do rendimento ou encargo de determinar a incidência; 2 – Esta mesma fonte pagadora calcula o imposto devido pelo beneficiário do rendimento; 3 – Dedução do Imposto do rendimento a ser pago; 4 – Recolhimento mediante documento específico e; 5 – Regimes de retenção exclusiva na fonte ou antecipação do devido no ajuste anual. FALTA DE RETENÇÃO OU RECOLHIMENTO DO IRF A falta de retenção ou recolhimento, pela fonte pagadora, fará com que sejam devidos da mesma o imposto, a multa de ofício e os juros de mora. Desta forma, o contabilista deve alertar os responsáveis pelos pagamentos da empresa que se atente à legislação, visando cumprir o dever de reter o imposto, nos casos legalmente devidos. Destaque-se, ainda, que a retenção do imposto de renda na fonte sem o correspondente recolhimento aos cofres públicos caracteriza crime tributário conforme art. 2º da Lei 8.137/90, adiante reproduzido: Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: I - ... II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos; APOSTILA DE CONTABILIDADE Entende-se que, se a fonte pagadora deixar de reter o valor do IRF e não o recolher, não está caracterizado o crime de apropriação indébita, estando o sujeito passivo apenas sujeito a sanção administrativa (multa e juros sobre o valor não retido). EXTINÇÃO DA RESPONSABILIDADE Conforme Parecer Normativo SRF 01/2002, quando a incidência na fonte tiver a natureza de antecipação do imposto a ser apurado pelo contribuinte, a responsabilidade da fonte pagadora pela retenção e recolhimento do imposto extingue-se, no caso de pessoa física, no prazo fixado para a entrega da declaração de ajuste anual, e, no caso de pessoa jurídica, na data prevista para o encerramento do período de apuração em que o rendimento for tributado, seja trimestral, mensal estimado ou anual. FALTA DE RETENÇÃO ANTES E APÓS DA DATA DA DECLARAÇÃO Constatada a falta de retenção do imposto, que tiver a natureza de antecipação, antes da data fixada para a entrega da declaração de ajuste anual, no caso de pessoa física, e, antes da data prevista para o encerramento do período de apuração em que o rendimento for tributado, seja trimestral, mensal estimado ou anual, no caso de pessoa jurídica, serão exigidos da fonte pagadora o imposto, a multa de ofício e os juros de mora. Verificada a falta de retenção após as datas referidas acima serão exigidos da fonte pagadora a multa de ofício e os juros de mora isolados, calculados desde a data prevista para recolhimento do imposto que deveria ter sido retido até a data fixada para a entrega da declaração de ajuste anual, no caso de pessoa física, ou, até a data prevista para o encerramento do período de apuração em que o rendimento for tributado, seja trimestral, mensal estimado ou anual, no caso de pessoa jurídica. Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte A pessoa física ou jurídica que houver pago a pessoa física rendimentos com retenção do imposto sobre a renda na fonte durante o ano-calendário, ainda que em um único mês, deverá lhe fornecer o Comprovante Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, conforme modelo específico. É permitida a disponibilização, por meio da Internet, do comprovante para a pessoa física que possua endereço eletrônico e, neste caso, fica dispensado o fornecimento da via impressa. PRAZO DE ENTREGA APOSTILA DE CONTABILIDADE Os comprovantes deverão ser encaminhados ao endereço eletrônico do beneficiário, por meio da Internet, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao do pagamento dos rendimentos. No caso de documento físico, a entrega poderá ser feita pessoalmente (mediante recibo) ou envio através de correio, lembrando que o prazo final não é relativo à postagem, e sim, ao do recebimento. Portanto, a empresa que optar por envio por correio, deverá fazê-lo com devida antecedência. Observar ainda que o prazo de entrega é antecipado para a de rescisão do contrato de trabalho, se esta ocorrer antes o último dia de fevereiro. No caso de rendimentos não sujeitos à retenção do imposto sobre a renda na fonte, pagos por pessoa jurídica, o comprovante deverá ser entregue, até o último dia útil do mês de fevereiro, ao beneficiário que o solicitar até o dia 15 de janeiro do ano subsequente ao dos rendimentos. Para 2018 o prazo final de entrega é 28.02.2018. DISPONIBILIZAÇÃO PELA INTERNET É facultada, mediante acesso restrito, a disponibilização do comprovante ao beneficiário no endereço eletrônico da fonte pagadora dos rendimentos e da pessoa jurídica ou equiparada recebedora dos pagamentos. CONTEÚDO O comprovante será fornecido com a indicação da natureza e do montante dos rendimentos, das deduções e do imposto sobre a renda retido na fonte (IRRF) no ano- calendário, pelo valor total anual, expresso em reais, bem como de informações complementares. MULTA A fonte pagadora que deixar de fornecer aos beneficiários, dentro do prazo fixado ou fornecer, com inexatidão, o documento, ficará sujeita ao pagamento de multa de R$ 41,43 (quarenta e um reais e quarenta e três centavos) por documento. LIVRO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO O Livro de Inspeção do Trabalho é obrigatório para todas as pessoas jurídicas e equiparadas, conforme Portaria METPS 3.158/1971. Deve permanecer no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho, nos termos estabelecidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas. APOSTILA DE CONTABILIDADE Os Agentes da Inspeção do Trabalho, quando de sua visita ao estabelecimento empregador, autenticarão o Livro de Inspeção do Trabalho que ainda não tiver sido autenticado, sendo desnecessária a autenticação pela unidade regional do Ministério do Trabalho. As empresas ou empregadores que mantiverem mais de um estabelecimento, filial ou sucursal, deverão possuir tantos livros "Inspeção do Trabalho" quantos forem seus estabelecimentos. Tamanho do Texto + | tamanho do texto - LIVRO DE REGISTRO DE DUPLICATAS O Livro de Registro de Duplicatas foi estabelecido pelo artigo 19 da Lei 5.474/1968, sendo obrigatório para o vendedor que efetuar vendas com prazo de pagamento igual ou superior a 30 (trinta) dias. No Registro de Duplicatas serão escrituradas, cronologicamente, todas as duplicatas emitidas, com o número de ordem, data e valor das faturas originárias e data de sua expedição; nome e domicílio do comprador; anotações das reformas; prorrogações e outras circunstâncias necessárias. Os Registros de Duplicatas, que não poderão conter emendas, borrões, rasuras ou entrelinhas, deverão ser conservados nos próprios estabelecimentos. O Registro de Duplicatas poderá ser substituído por qualquer sistema mecanizado, desde que os requisitos previstos sejam observados. Para fins de apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas, sua escrituração é dispensada (artigos 259 e 260 do RIR/99). EFD ICMS/IPI "SPED FISCAL" Equipe Portal Tributário O Convênio ICMS 143/2006, posteriormente substituído pelo Ajuste SINIEF 02/2009, instituiu a Escrituração Fiscal Digital – EFD, de uso obrigatório para os contribuintes do ICMS ou do IPI. A escrituração prevista na forma deste convênio substitui a escrituração e impressão dos seguinteslivros: I - Livro Registro de Entradas; II - Livro Registro de Saídas; APOSTILA DE CONTABILIDADE III - Livro Registro de Inventário; IV - Livro Registro de Apuração do IPI; V - Livro Registro de Apuração do ICMS; VI - documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP; VII - Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque. CONTRIBUINTES - OBRIGATORIEDADE A EFD é de uso obrigatório para todos os contribuintes do ICMS ou do IPI, podendo os mesmos serem dispensados dessa obrigação, desde que a dispensa seja autorizada pelo fisco da unidade federada do contribuinte e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A Escrituração Fiscal Digital é uma das partes do SPED Fiscal - como a Escrituração Contábil Digital (ECD) e a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). O contribuinte deverá manter o arquivo digital da EFD, bem como os documentos fiscais que deram origem à escrituração, na forma e prazos estabelecidos para a guarda de documentos fiscais na legislação tributária, observados os requisitos de autenticidade e segurança nela previstos. Considera-se a EFD válida para os efeitos fiscais após a confirmação de recebimento do arquivo que a contém. DISPENSA Ficam dispensados da utilização da EFD as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte, previstas na Lei Complementar 123/06, de 14 de dezembro de 2006, com as exceções previstas em alguns estados da federação. Base: Protocolo ICMS 3/2011, cláusula 2ª e parágrafo único. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL - ECD A Escrituração Contábil Digital - ECD - foi instituída para fins fiscais e previdenciários e deverá ser transmitida pelas pessoas jurídicas a ela obrigadas, ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), e será considerada válida após a confirmação de recebimento do arquivo que a contém e, quando for o caso, após a autenticação pelos órgãos de registro. Abrangência Estão compreendidos nesta versão digital os seguintes livros: APOSTILA DE CONTABILIDADE a) Livro Diário e seus auxiliares, se houver; b) Livro Razão e seus auxiliares, se houver; c) Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos. Os livros contábeis emitidos em forma eletrônica devem ser assinados digitalmente, utilizando-se de certificado de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a autoria do documento digital. Periodicidade e Prazo de Entrega A partir de 2016, a ECD será transmitida anualmente ao Sped até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. Até 2015, a ECD deveria ser transmitida até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se referisse a escrituração. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL (ECF) A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma obrigação acessória imposta às pessoas jurídicas estabelecidas no Brasil, com vigência a partir de 2015. O sujeito passivo deverá informar, na ECF, todas as operações que influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). OBRIGATORIEDADE Através da Instrução Normativa RFB 1.422/2013 ficou estabelecido que a partir do ano-calendário de 2014 (ECF a ser entregue em 2015), todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada pela matriz. A obrigatoriedade da entrega da ECF não se aplica: I – às pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei Complementar nº 123/2006; II – aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; e III – às pessoas jurídicas inativas; e IV - até 2015, às pessoas jurídicas imunes e isentas que, em relação aos fatos ocorridos no ano-calendário, não tenham sido obrigadas à apresentação da Escrituração Fiscal APOSTILA DE CONTABILIDADE Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD- Contribuições), nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012. PRAZO A partir de 2016, a ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira. Até 2015, a ECF deveria ser transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) até o último dia útil do mês de setembro do ano seguinte ao ano- calendário a que se refira. Portanto, o primeiro prazo de entrega encerrou-se em 30.09.2015. LIVRO REGISTRO DE INVENTÁRIO O livro Registro de Inventário é obrigatório para todas as empresas, e tem o objetivo de registrar todas as mercadorias em estoques quando do levantamento do balanço da empresa. As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão escriturar o Livro Registro de Inventário ao final de cada período: trimestralmente ou anualmente quando houver opção pelos recolhimentos mensais durante o curso do ano- calendário, com base na estimativa (RIR/1999, art. 261). As demais empresas (optantes pelo Lucro Presumido ou Simples Nacional) escrituram o livro no final de cada ano calendário. Devem ser arrolados, pelos seus valores e com especificações que permitam sua perfeita identificação, as mercadorias, as matérias-primas, os produtos intermediários, os materiais de embalagem, os produtos manufaturados e os produtos em fabricação, existentes no estabelecimento à época de balanço. AUSÊNCIA DE ESCRITURAÇÃO DO LIVRO A lei fiscal determina que, além dos livros de contabilidade previstos em leis e regulamentos, as pessoas jurídicas devem possuir um livro de registro de inventário das matérias-primas, das mercadorias, dos produtos em fabricação, dos bens em almoxarifado e dos produtos acabados existentes na época do balanço. Nessas condições estará a autoridade tributária autorizada a arbitrar o lucro da pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real, quando esta não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais (RIR/1999, art. 530). APOSTILA DE CONTABILIDADE A ausência de escrituração do Livro de Inventário implica também em infração, perante a legislação do IPI e do ICMS de cada estado, sujeita às penalidades dos respectivos regulamentos. PRAZO A escrituração deverá ser efetivada dentro de 60 (sessenta) dias, contados da data do balanço ou, no caso de empresa que não mantém escrita contábil, do último dia do ano civil. IVRO REGISTRO DE EMPREGADOS O Livro Registro de Empregados é obrigatório para todas as pessoas jurídicas e equiparadas que possuam funcionários, podendo a critério da pessoa jurídica ser substituído por fichas, nos termos estabelecidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas. FOLHA DE PAGAMENTO (OU DE SALÁRIOS) O empregador é obrigado a elaborar, mensalmente, a folha de pagamento (ou "folha de salários") relativas às remunerações pagas, devidas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, devendo manter em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamento. Base: art. 225 do Decreto 3.048/1999 (Regulamento da Previdência Social). Substituição de Elaborar a Folha de Pagamento pelo eSocial Mediante o envio, com sucesso, dos eventos S-1200, S-1202 e S-1210ao eSocial e observado os demais atos normativos pertinentes, será cumprida a obrigação acessória de elaborar mensalmente a folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a serviço da empresa, de forma coletiva por estabelecimento, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo geral, nela constando os requisitos legais exigidos. Base: Instrução Normativa RFB 1.767/2017. DISCRIMINAÇÃO Na folha de pagamento, deverão estar discriminados: O nome do segurado: empregado, trabalhador avulso, autônomo e equiparado, empresário, e demais pessoas físicas sem vínculo empregatício. APOSTILA DE CONTABILIDADE Cargo, função ou serviços prestados. Parcelas integrantes da remuneração. Parcelas não integrantes da remuneração (diárias, ajuda de custo, etc.). O nome das seguradas em gozo de salário-maternidade. Os descontos legais (INSS, IRF e outros). A indicação do número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso. GPS A Guia da Previdência Social – GPS – é uma obrigação tributária principal devida por todas as pessoas jurídicas e equiparadas, que possuam funcionários. É utilizada também para o recolhimento devido pelas empresas sobre remunerações a trabalhadores autônomos e profissionais liberais, para a contribuição de sócios ou administradores a título de pró-labore, e para importâncias retidas de terceiros, nos termos estabelecidos pela Lei Orgânica da Previdência Social. GFIP - GUIA DE RECOLHIMENTO DO FGTS E DE INFORMAÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL A GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social - é de entrega obrigatória para todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas ao recolhimento do FGTS ou às contribuições/informações à Previdência Social. A GFIP deverá ser entregue mensalmente, a partir de 01 de fevereiro de 1999, quando houver : recolhimento ao FGTS e informações à Previdência Social; apenas recolhimento ao FGTS; apenas informações à Previdência Social. A GFIP deverá ser entregue até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. Caso não haja expediente bancário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia de expediente bancário imediatamente anterior. As informações deverão ser apresentadas por meio magnético, gerado pelo programa SEFIP - disponível para download no site da Caixa Econômica Federal - CEF (www.cef.gov.br). GRFC APOSTILA DE CONTABILIDADE A GRFC - Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e da Contribuição Social é o documento destinado ao recolhimento para o FGTS e da Contribuição Social, nos casos de dispensa do empregado sem justa causa, inclusive a indireta, por culpa recíproca, por força maior e na rescisão do contrato firmado nos termos da Lei 9.601/98. CAGED O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED – é uma obrigação trabalhista preparada por todas as pessoas jurídicas e equiparadas, mensalmente, por ocorrência de admissão, transferência ou demissão de empregados. RAIS A Relação Anual de Informações Sociais – RAIS – é uma obrigação trabalhista preparada anualmente por todas as pessoas jurídicas e equiparadas que possuam ou possuíram empregados. As empresas que não tenham funcionários também devem entregar a RAIS, que nesse caso denomina-se RAIS NEGATIVA. É utilizada para fins estatísticos pelo governo, e no cálculo de crédito e pagamento do abono anual do PIS aos empregados. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A Contribuição Sindical é uma obrigação tributária principal, devida por todas as pessoas jurídicas, autônomos, profissionais liberais e empregados, aos respectivos sindicatos da categoria a que se enquadrem, nos termos estabelecido pela Consolidação das Leis Trabalhistas. NR 7 Todos os empregadores e instituições que admitam empregados estão obrigados a elaborar e implementar o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – visando à promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. São parâmetros mínimas e diretrizes gerais a serem observados, que podem ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho NR 9 Todos os empregadores e instituições que admitam empregados, estão obrigados a elaborar e implementar o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. O PPRA visa a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de APOSTILA DE CONTABILIDADE riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. INFORMES DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS FÍSICAS O Informe de Rendimentos das Pessoas Físicas é o documento que deverá ser fornecido pela fonte pagadora pessoa Física ou Jurídica, que tenha pago à pessoa Física ou Jurídica rendimentos sujeitos à retenção do imposto de renda na fonte. INFORMES DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS JURÍDICAS Os Informes de Rendimentos das Pessoas Jurídicas é o documento que deverá ser fornecido pela fonte pagadora Jurídica, que tenha pago a outra pessoa Jurídica rendimentos sujeitos à retenção do imposto de renda na fonte. PUBLICAÇÕES OBRIGATÓRIAS NAS SOCIEDADES LIMITADAS Equipe Portal de Contabilidade PUBLICAÇÕES SOCIETÁRIAS Com o advento do Novo Código Civil - CC - Lei 10.406/2002, as sociedades limitadas ficaram obrigadas a publicar suas atas de reunião ou as assembleia dos sócios, em alguns casos específicos. Referidas sociedades devem publicar no órgão oficial e em jornal de grande circulação da sede da sociedade os anúncios de convocação das assembleias de sócios (salvo se todos os sócios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia). Também são obrigadas a arquivar na Junta Comercial do respectivo estado e publicar as atas das reuniões ou assembleias de sócios nos casos de aprovação da redução do capital social (quando considerado excessivo em relação ao objeto da sociedade), incorporação, fusão, cisão, dissolução e extinção da sociedade. Entretanto, as microempresas e empresas de pequeno porte estão dispensadas da publicação de qualquer ato societário (conforme artigos 70 e 71 da Lei Complementar 123/2006). PUBLICAÇÕES CONTÁBEIS - EXERCÍCIOS ENCERRADOS A PARTIR DE 01.01.2008 O artigo 3º da Lei 11.638/2007, determina que aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei 6.404/1976, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários. APOSTILA DE CONTABILIDADE Para os efeitos desta determinação, considera-se de grande porte, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). Segundo o Art. 176 da Lei Societária, ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; e V – se companhia aberta,demonstração do valor adicionado. Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv) O Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e de Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv), foi instituído pela Portaria RFB/MF 1.908/2012, para registro das informações relativas às transações realizadas entre residentes ou domiciliados no Brasil e residentes ou domiciliados no exterior que compreendam serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados. Estão obrigados ao registro de operações no Sisoserv: I - o prestador ou o tomador do serviço residente ou domiciliado no Brasil; II - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no Brasil, que transfere ou adquire o intangível, inclusive os direitos de propriedade intelectual, por meio de cessão, concessão, licenciamento ou por quaisquer outros meios admitidos em direito; e III - a pessoa física ou jurídica ou o responsável legal do ente despersonalizado, residente ou domiciliado no Brasil, que realize outras operações que produzam variações no patrimônio. APOSTILA DE CONTABILIDADE A obrigação do registro estende-se ainda: I - às operações de exportação e importação de serviços, intangíveis e demais operações; e II - às operações realizadas por meio de presença comercial no exterior relacionada à pessoa jurídica domiciliada no Brasil, conforme a alínea "d" do Artigo XXVIII do GATS (Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços), aprovado pelo Decreto Legislativo nº 30, de 15 de dezembro de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 30 de dezembro de 1994. DISPENSA Ficam dispensadas da obrigação de prestar as informações através do Siscoserv, nas operações em que não tenham utilizado mecanismos públicos de apoio ao comércio exterior de serviços, de intangíveis e demais operações de que trata o art. 26 da Lei 12.546/2011: - as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional e os microempreendedores individuais (MEI); e - as pessoas físicas residentes no País que, em nome individual, não explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, desde que não realizem operações em valor superior a US$ 30.000,00, ou o equivalente em outra moeda, no mês (limite de valor estabelecido pela Portaria MDIC 261/2013, anteriormente, o limite era de US$ 20.000,00). PRAZOS A prestação das informações deve observar os seguintes prazos: a) último dia útil do 3º (terceiro) mês subsequente à data de início da prestação de serviço, da comercialização de intangível, ou da realização da operação que produza variação no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados (prazo estabelecido pela Portaria MDIC 385/2015); Até 31 de dezembro de 2013, o prazo estabelecido será, excepcionalmente, o último dia útil do 6º (sexto) mês subsequente à data de início da prestação de serviço, da comercialização de intangível ou da realização da operação que produza variação no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados. Notas: anteriormente estavam previstos os seguintes prazos: - 30 (trinta) dias contados da data de início da prestação de serviço, da comercialização de intangível, ou da realização da operação que produza variação no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados. APOSTILA DE CONTABILIDADE Excepcionalmente, o prazo seria de 180 (cento e oitenta) dias até o dia 31 de dezembro de 2013. De 1º de janeiro de 2014 até 31 de dezembro de 2015, o último dia útil do terceiro mês subsequente à data de início da prestação de serviço, da comercialização de intangível, ou da realização da operação que produza variação no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados - período estabelecido pela IN RFB 1.526/2014. b) último dia útil do mês de junho do ano subsequente ao da realização de operações por meio de presença comercial no exterior relacionada à pessoa jurídica domiciliada no Brasil. Nota: nestas circunstâncias a prestação das informações será realizada anualmente a partir de 2014 em relação ao ano-calendário anterior. COMPOSIÇÃO DO SISCOSERV O Siscoserv é composto por 2 (dois) módulos: I - Módulo Venda: para registro de vendas efetuadas por residentes ou domiciliados no País a residentes ou domiciliados no exterior, relativas às transações que compreendam serviços, intangíveis e registro de outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados; e II - Módulo Aquisição: para registro de aquisições efetuadas por residentes ou domiciliados no País de residentes ou domiciliados no exterior relativas às transações que compreendam serviços, intangíveis e registro de outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados. OBRIGAÇÕES ESPECIAIS As pessoas jurídicas e equiparadas, conforme classificação abaixo, estão obrigadas a cumprir com as obrigações ou normas legais descritas neste quadro sinótico: a) Empresas tributadas pelo Lucro Real, quer as com encerramento trimestral, quer as empresas com encerramento anual, com pagamento mensal por estimativa ou balanços de suspensão; b) Empresas tributadas pelo Lucro Presumido; APOSTILA DE CONTABILIDADE c) Empresas optantes pelo Simples Nacional, quer sejam ME ou EPP, independentemente da alíquota em que se encontrem; d) Pessoas Jurídicas isentas, assim definidas na legislação, como por exemplo, as Associações Civis, Culturais, Filantrópicas e Recreativas, os Sindicatos, etc.; e) Pessoas jurídicas imunes, assim definidas na legislação, como por exemplo, as Instituições de Educação ou Assistência Social; f) As organizações dispensadas, também definidas na legislação, como por exemplo os condomínios, que embora possuam inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas), recebem um tratamento fiscal diferenciado. Ressaltamos ainda a figura do contribuinte inativo (sem movimento) e do arbitrado. O primeiro é aquele que não efetuou nenhuma operação com sua empresa em um determinado período. O segundo é aquele que teve a sua escrita desclassificada pelo fisco, sofrendo tributação arbitrada. As duas exceções continuam obrigadas a cumprir suas obrigações principais e acessórias, nos moldes determinados pelos quadros desta página. OBRIGAÇÃO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO SIMPLES ISENTAS IMUNES DISPENSADAS ECF SIM SIM NÃO SIM (1) (1) (1) IRPJ SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO CSLL SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO PIS s/Receitas SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO Pis s/Folha NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM COFINS SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO DCTF SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO eSocial (vide cronograma) SIM SIM SIM SIM SIM SIM DeSTDA NÃO NÃO SIM (2) NÃO NÃO NÃO (1) Até 2015, a obrigatoriedade da entrega da ECF não se aplicava às pessoas jurídicas imunes e isentas que, em relação aos fatos ocorridos no ano-calendário, não tenham sido obrigadas à apresentação da EFD-Contribuições. Porém, a partir de 2016 todas as entidades deverão entregar a ECF, independentemente do porte. APOSTILA DE CONTABILIDADE (2) Entrega obrigatória a partir de 2016. OBRIGAÇÕES PARA AS INDÚSTRIAS As indústrias ou as empresasequiparadas a esta, estão obrigadas a cumprir com as obrigações ou normas legais descritas neste quadro sinótico: OBRIGAÇÃO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO SIMPLES IPI SIM SIM NÃO Registro de Apuração IPI SIM SIM NÃO Registro de Entradas SIM SIM * Registro de Saídas SIM SIM * Registro Controle da Produção e Estoques SIM SIM NÃO * Observar a legislação do Estado onde se localiza a indústria, sobre esta obrigação. OBRIGAÇÕES PARA OS AUTÔNOMOS E PROFISSIONAIS LIBERAIS Os Autônomos e Profissionais Liberais estão sujeitos às seguintes obrigações: OBRIGAÇÃO Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas DIRF Imposto de Renda Retido na Fonte Livro de Inspeção do Trabalho Livro Registro de Empregados Folha de Pagamento GPS GFIP GRFC CAGED RAIS NR 7 APOSTILA DE CONTABILIDADE NR 9 Informes de Rendimentos das Pessoas Físicas Livro Caixa OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS ESPECÍFICAS Simples Nacional - Obrigações Acessórias ICMS Imposto de Renda - Pessoa Jurídica Imposto de Renda - Pessoa Física ISS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS Além do registro dos empregados e retenção e recolhimento das contribuições previdenciárias respectivas, os empregadores precisam estar atentos às exigências trabalhistas específicas, tais como o eSocial (SPED Trabalhista). CONTABILIDADE COMERCIAL ADIANTAMENTOS PARA DESPESAS DE VIAGENS É comum as empresas adiantarem valores para despesas de viagem aos funcionários ou diretores que viajem a serviço da empresa. Tais operações não devem ficar como “vale” em caixa, e sim, serem devidamente contabilizadas em conta própria, para controle. REGISTRO CONTÁBIL No momento do adiantamento, contabiliza-se este valor a débito de uma conta do ativo circulante de adiantamento para despesas de viagem, e a crédito da conta oriunda dos recursos entregues. Exemplo: Diretor de uma empresa recebeu, a título de adiantamento de viagens, o valor de R$ 2.000,00 em dinheiro para pagamento de suas despesas. Quando do seu retorno, apresentou o relatório e os comprovantes de despesas no valor de R$ 1.200,00, restituindo à empresa R$ 800,00 em dinheiro: 1. Pelo registro do adiantamento: APOSTILA DE CONTABILIDADE D - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) C - Caixa (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 2. Pelo registro da prestação de contas quando do retorno: D - Despesas de Viagens (Conta de Resultado) C - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) R$ 1.200,00 3. Pela restituição do saldo não utilizado: D - Caixa (Ativo Circulante) C - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) R$ 800,00 Caso o valor do relatório de despesas apresentasse um valor de R$ 2.600,00, a empresa teria que reembolsar ao diretor R$ 600,00, referente aos gastos excedentes; neste caso, teremos os seguintes lançamentos contábeis: 1. Pelo registro do adiantamento: D - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) C - Caixa (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 2. Pelo registro da prestação de contas quando do retorno: D - Despesas de Viagens (Conta de Resultado) C - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 3. Pelo reembolso do valor excedente: D - Despesas de Viagens (Conta de Resultado) C - Caixa (Ativo Circulante) R$ 600,00 ADIANTAMENTOS A EMPREGADOS A conta "Adiantamento a Empregados", de natureza devedora, é debitada quando a empresa efetua as seguintes operações: 1. paga adiantamento de salário; 2. paga verbas relativas à férias; 3. paga convênios relativos a vale-farmácia, vale-supermercado, planos de saúde, e outros. APOSTILA DE CONTABILIDADE Por sua vez, referida conta é creditada quando os valores são compensados na folha de pagamento mensal. PAGAMENTO DE ADIANTAMENTO DE SALÁRIO A maioria das empresas, por força de Convenção Coletiva de Trabalho, estão obrigadas a pagar, mensalmente, a seus empregados adiantamento salarial correspondente a um percentual sobre o salário nominal. Exemplo: Determinada empresa efetuou adiantamento salarial no montante de R$ 15.000,00. Com base nos dados do exemplo, o registro contábil poderá ser efetuado da seguinte maneira: D – Adiantamento Salarial (Ativo Circulante) C – Banco Bradesco S.A (Ativo Circulante) R$ 15.000,00 O histórico poderá ser feito do seguinte modo: a) conta devedora - valor adiantamento salarial n/mês conforme relação nominal; b) conta credora - valor aviso de débito referente adiantamento salarial conforme relação nominal. Por ocasião da compensação do adiantamento salarial na respectiva folha de pagamento do mês, o lançamento contábil poderá ser feito da seguinte forma: D – Salários a Pagar (Passivo Circulante) C – Adiantamento Salarial (Ativo Circulante) R$ 15.000,00 O histórico poderá ser feito do seguinte modo: a) conta devedora - Valor relativo compensação adiantamento salarial n;/mês; b) conta credora - Valor relativo adiantamento salarial n/mês, ora compensado. PAGAMENTO DE VERBAS RELATIVAS A FÉRIAS A forma mais simples de se fazer a contabilização do recibo de férias consiste em considerar o valor pago a esse título como adiantamento. A apropriação do valor das férias nas respectiva conta de custo ou de despesas operacionais é feita com base na folha de pagamento. As férias incorridas no mês de setembro, por exemplo, deverá ser apropriada na folha de pagamento do referido mês. O restante das férias do mês de outubro deverá ser APOSTILA DE CONTABILIDADE apropriado na folha de pagamento desse mês, permanecendo, portanto, em conta específica do ativo circulante como adiantamento. Exemplo: Período de Gozo das Férias: 16/09 a 15/10 Valor bruto das férias R$ 1.000,00 INSS Retido R$ 80,00 Valor líquido das férias R$ 920,00 Registro contábil no pagamento das férias: 1. Valor do pagamento líquido efetuado: D – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante) C – Banco Bradesco S.A (Ativo Circulante) R$ 920,00 2. Valor da retenção do INSS: D – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante) C – INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 80,00 O valor das férias, apropriado na folha de pagamento de setembro, corresponde a: Férias (15 dias) R$ 500,00 INSS proporcional R$ 40,00 Valor líquido proporcional: R$ 460,00 Encargos previdenciários correspondente a parte da empresa, relativos ao mês: a) parte da empresa: R$ 500,00 x 20,00% = R$ 100,00 b) seguro acidente do trabalho: R$ 500,00 x 3,00% = R$ 15,00 c) terceiros: R$ 500,00 x 5,8% = R$ 29,00 Total dos encargos previdenciários/INSS = R$ 144,00 FGTS: R$ 40,00 Registro contábil da folha de pagamento correspondente às férias e respectivos encargos sociais: APOSTILA DE CONTABILIDADE 1. Registro do valor das férias proporcionais, no mês: D – Férias (Conta de Resultado) C – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante) R$ 500,00 2. Registro dos valores dos encargos sociais no mês: D – INSS (Conta de Resultado) C – INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 144,00 D – FGTS (Conta de Resultado) C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 40,00 Nota: caso seja constituída mensalmente provisão de férias, o débito do valor respectivo e encargos será debitado nesta conta. No mês de outubro será adotado o mesmo procedimento contábil relativo ao mês de setembro. PAGAMENTO DE CONVÊNIOS DE VALE-FARMÁCIA, VALE-SUPERMERCADO, PLANO DE SAÚDE E OUTROS Mediante convênios firmados com o comércio e/ou planos de saúde, é comum ocorrerem aquisições deprodutos e serviços, por parte dos empregados, no sistema de vale-farmácia, vale-supermercado e assistência à saúde. Nesta modalidade, a empresa autoriza despesas efetuadas pelos empregados com farmácia, supermercado e/ou planos de saúde. Posteriormente, mediante autorização prévia destes, procede ao desconto na folha de pagamento. Para o registro contábil da operação contabiliza-se os gastos efetuados em conta de adiantamento a empregados para posterior compensação na folha de pagamento. Exemplo: Compras autorizadas de empregados em convênios, efetuados no mês, de R$ 8.000,00 de supermercado e R$ 1.000,00 de farmácia: D – Adiantamentos – Vale Supermercado (Ativo Circulante) C – Contas a Pagar – Supermercado X (Passivo Circulante) R$ 8.000,00 D – Adiantamentos - Vale-Farmácia (Ativo Circulante) C – Contas a Pagar – Farmácia YZ (Passivo Circulante) APOSTILA DE CONTABILIDADE R$ 1.000,00 Por ocasião do desconto na folha de pagamento dos respectivos valores: D – Salários a Pagar (Passivo Circulante) R$ 9.000,00 C – Adiantamentos – Vale Supermercado (Ativo Circulante) R$ 8.000,00 C – Adiantamentos - Vale-Farmácia (Ativo Circulante) R$ 1.000,00 ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES Os adiantamentos a fornecedores ocorrem na aquisição de matérias-primas, mercadorias, imobilizado, serviços, etc, sendo necessários classificá-los contabilmente de maneira correta, segundo sua origem, conforme a seguir exposto. CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL Quando o adiantamento se referir a matérias-primas, materiais de embalagens, mercadorias, insumos, materiais de uso e consumo e serviços relativos à industrialização, o valor correspondente deverá ser classificado em conta específica de "estoque" no grupo Ativo Circulante. Por sua vez, quando o adiantamento for feito para aquisição de bens fixos, o valor correspondente será classificado no subgrupo Imobilizado do Ativo Não Circulante. A classificação em conta específica de "estoque" será feita quando a empresa possuir controle permanente de estoque. Caso contrário, ou seja, quando o controle do estoque for feito de forma periódica, o adiantamento será classificado no grupo Ativo Circulante, em conta específica de "Adiantamentos a Fornecedores". Na hipótese de adiantamento a fornecedores de serviços, se os mesmos não se relacionarem à industrialização por encomenda para formação dos estoques, serão classificados como "Adiantamentos a Fornecedores" - realizável a curto prazo ou longo prazo, conforme o prazo de execução dos mesmos. Exemplo 1: Determinada empresa, sem controle permanente de estoque, efetuou adiantamento para fornecedores no valor de R$ 100.000,00. APOSTILA DE CONTABILIDADE Referido adiantamento refere-se à futura aquisição de matérias primas. Registro contábil: D – Adiantamentos a Fornecedores – Ind. XYZ (Ativo Circulante) C – Banco do Brasil S/A – Cta. Movimento (Ativo Circulante) R$ 100.000,00 Quando do recebimento das matérias-primas: Valor das matérias-primas: R$ 100.000,00 ICMS recuperável: R$ 12.000,00 PIS recuperável: R$ 1.650,00 COFINS recuperável: R$ 7.600,00 Valor do custo das matérias-primas adquiridas: R$ 100.000,00 - R$ 12.000,00 - R$ 1.650,00 - R$ 7.600,00 = R$ 78.750,00. Teremos então: D – Matérias Primas em Estoque (Ativo Circulante) R$ 78.750,00 D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.000,00 D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 1.650,00 D - COFINS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 7.600,00 C – Adiantamentos a Fornecedores - Ind. XYZ (Ativo Circulante) R$ 100.000,00 Exemplo 2: Adiantamento para futura aquisição de 1 (uma) máquina industrial no valor de R$ 20.000,00: D – Adiantamentos a Fornecedores (Imobilizado) C – Banco do Brasil S/A - Cta. Movimento (Ativo Circulante) R$ 20.000,00 Por ocasião da entrega da máquina: Valor da máquina R$ 120.000,00 ICMS R$ 14.400,00 APOSTILA DE CONTABILIDADE PIS recuperável R$ 1.980,00 COFINS recuperável R$ 9.120,00 1. Contabilização da aquisição: D – Máquinas e Equipamentos (Imobilizado) C – Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 120.000,00 2. Transferência do valor adiantado ao fornecedor: D – Fornecedores (Passivo Circulante) C – Adiantamentos a Fornecedores (Imobilizado) R$ 20.000,00 3. Registro do ICMS recuperável: Valor recuperável a curto prazo (12 parcelas x R$ 14.400,00 : 48 meses) R$ 3.600,00 Valor recuperável a longo prazo (36 parcelas x R$ 14.400,00 : 48 meses) R$ 10.800,00 D – ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 3.600,00 D – ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a Longo Prazo) R$ 10.800,00 C – Máquinas e Equipamentos (Imobilizado) R$ 14.400,00 Nota: Para maiores detalhes sobre a contabilização do ICMS sobre as compras de ativo imobilizado, leia o tópico “ICMS na Aquisição do Imobilizado” 4. Registo do PIS/COFINS quando recuperável: D – PIS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 1.980,00 D – COFINS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 9.120,00 C – Máquinas e Equipamentos (Imobilizado) R$ 11.100,00 Nota: Para maiores detalhes sobre a contabilização do PIS e COFINS sobre as compras de ativo imobilizado, leia o tópico “PIS e COFINS sobre Imobilizado". ADIANTAMENTOS PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL (AFAC) Os adiantamentos para futuro aumento de capital correspondem a valores recebidos pela empresa de seus acionistas ou quotistas destinados a serem utilizados como futuro aporte de capital. APOSTILA DE CONTABILIDADE O contabilista deve estar atento na classificação contábil de tais valores - se como passivo ou como patrimônio líquido. Isto porque pode existir a possibilidade da não- incorporação ao capital e de sua devolução ao investidor. CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL De Acordo com a Lei das Sociedades Anônimas e o CFC A Lei das S/A (Lei 6.404/1976) é omissa no tratamento dos valores recebidos por conta de futuros aumentos de capital. A Resolução CFC 1.159/2009, que aprova o Comunicado Técnico CTG 2000 - estipula que os adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados, sem que haja a possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Patrimônio Líquido, após a conta de capital social. Caso haja qualquer possibilidade de sua devolução, devem ser registrados no Passivo Não Circulante. Posicionamento Fiscal O Fisco firmou entendimento através dos Pareceres Normativos CST nº 23, de 26.06.81, e CST nº 28, de 21.12.84, que, em síntese, estabelecem o seguinte: Ocorrendo a eventualidade de adiantamento para futuro aumento de capital, qualquer que seja a forma pela qual os recursos tenham sido recebidos, mesmo que sob a condição para utilização exclusiva em aumento de capital, esses ingressos deverão ser mantidos fora do patrimônio líquido, por serem esses adiantamentos considerados obrigação para com terceiros, podendo ser exigidos pelos titulares enquanto o aumento de capital não se concretizar. O patrimônio líquido fica definitivamente aumentado quando, após a subscrição, ocorrer o recebimento de cada parcela de integralização. Assim sendo, o Fisco determina a classificação dos adiantamentos para futuro aumento de capital como exigibilidades. De Acordo com a Técnica Contábil Quando os adiantamentos para aumento de capital são recebidos com cláusula de absoluta condição de permanência na sociedade, não há porque considerá-los como exigíveis, admitindo-se que esses adiantamentos sejam classificados como parte integrante do patrimônio líquido. Por outro lado, se os recursos entregues pelos sócios a título de adiantamentos para aumento de capital vierem a ser devolvidos ao investidor ounão-incorporados ao APOSTILA DE CONTABILIDADE capital, não se deve, na existência de tal dúvida, classificá-los no patrimônio líquido, devendo, então, figurar no passivo. Da mesma forma, os recursos recebidos de acionistas ou quotistas que estejam destinados e vinculados a aumento de capital, por força de disposições contratuais irrevogáveis ou legais, não devem ser tratados como exigibilidades, mas como conta integrante do patrimônio líquido. A destinação dos adiantamentos recebidos com a intenção de capitalização deve estar documentada por instrumentos formais irrevogáveis dos acionistas, quotistas e órgãos diretivos da empresa e não somente por intenções declaradas verbalmente. CONCLUSÃO Na hipótese dos adiantamentos para aumento de capital terem destinação líquida e certa para incorporação ao capital social, tais devem ser classificados como parte integrante do patrimônio líquido, em conta distinta. Caso pairem dúvidas de que os adiantamentos irão se incorporar ao capital, tais valores serão classificados como passivo. Exemplos: 1) Recebimento de R$ 100.000,00 dos sócios de Ltda, a título de adiantamento para futuro aumento de capital, com cláusula de irrevogabilidade: D – Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante) C - Adiantamentos para Aumento de Capital (Patrimônio Líquido) R$ 100.000,00 Na formalização do aumento de capital (mediante alteração contratual), o registro contábil será: D - Adiantamentos para Aumento de Capital (Patrimônio Líquido) C - Capital Social (Patrimônio Líquido) R$ 100.000,00 2) Recebimento de R$ 150.000,00 dos sócios de Ltda, a título de adiantamento para futuro aumento de capital, sendo inexistente contrato ou termo escrito sobre as condições de futura capitalização: D – Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante) C - Adiantamentos para Aumento de Capital (Passivo Não Circulante) R$ 150.000,00 APOSTILA DE CONTABILIDADE Na formalização do aumento de capital (mediante alteração contratual), o registro contábil será: D - Adiantamentos para Aumento de Capital (Passivo Não Circulante) C - Capital Social (Patrimônio Líquido) R$ 150.000,00 Nota: a classificação do Passivo Não Circulante se dá por entendimento de que há intenção, mesmo não formal, de futura capitalização. Na eventual existência de contrato (escrito) estipulando hipótese de devolução em prazo inferior a 12 meses, a classificação deverá ser no Passivo Circulante. ADIANTAMENTO DE VIAGEM EM MOEDA ESTRANGEIRA As pessoas jurídicas que realizam adiantamentos em moeda estrangeira, para o pagamento de despesas de viagem dos funcionários ou diretores a serviço da empresa, deverão contabilizar estes valores devidamente convertidos para a moeda nacional corrente com base na cotação de venda vigente na data da aquisição. Tais operações não devem ficar como “vale” em caixa, e sim, serem devidamente contabilizadas em conta própria de adiantamento, para controle. No caso da disponibilização dos recursos ser realizada em data posterior à aquisição da moeda estrangeira, cabe a este montante a atualização com base na variação cambial ocorrida no período em questão, sendo a diferença devidamente contabilizada nas contas de variação cambial no grupo de resultado. REGISTRO CONTÁBIL Exemplo 1: Diretor de uma empresa recebeu, a título de adiantamento de viagens, o valor de US$ 2.000,00 para pagamento de suas despesas na viagem realizada ao exterior. A moeda foi comprada em instituição financeira e disponibilizada ao viajante em numerário físico na mesma data à cotação de venda de R$ 3,70. Quando do seu retorno, foi apresentado o relatório e os respectivos comprovantes de despesas no valor total de US$ 1.500,00, restituindo à empresa US$ 500,00. A moeda no dia do acerto de contas estava cotada para compra em R$ 3,50. Contabilização: Pelo registro da compra em moeda estrangeira mediante débito na instituição financeira vendedora: APOSTILA DE CONTABILIDADE D - Numerário em Moeda Estrangeira (Ativo Circulante) C - Bancos Cta Movimento - Banco ABC (Ativo Circulante) R$ 7.400,00 = (US$ 2.000,00 x R$ 3,70) Pelo registro da entrega do numerário ao viajante: D - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) C - Numerário em Moeda Estrangeira (Ativo Circulante) R$ 7.400,00 = (US$ 2.000,00 x R$ 3,70) Pelo registro da prestação de contas quando do retorno: D - Despesas de Viagens (Conta de Resultado) C - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) R$ 5.250,00 (US$ 1.500,00 x R$ 3,50) Pela restituição do saldo não utilizado: D - Numerário em Moeda Estrangeira (Ativo Circulante) C - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) R$ 1.750,00 (US$ 500,00 x R$ 3,50) Pela variação cambial da moeda (mediante o zeramento do saldo do valor adiantado, na conta Adiantamento para Despesas de Viagens): D - Variação Cambial Passiva (Conta de Resultado) C - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) R$ 400,00 (R$ 7.400,00 - R$ 5.250,00 - R$ 1.750,00) Exemplo 2: Admitindo-se os mesmos valores do exemplo 1, porém com a diferença que o valor do relatório de despesas apresentasse um valor de US$ 2.300,00, a empresa teria que reembolsar ao diretor US$ 300,00 (U$$ 2.300,00 do total gasto - US$ 2.000,00 adiantados), referente as despesas excedentes. Observe-se, então, que o reembolso deverá ser feito com base no valor de venda da moeda estrangeira no dia do acerto. Admitindo-se que o valor de venda neste dia do dólar norte-americano seja igual a R$ 3,75, teremos os seguintes lançamentos contábeis: Pelo registro da compra em moeda estrangeira mediante débito na instituição financeira vendedora: APOSTILA DE CONTABILIDADE D - Numerário em Moeda Estrangeira (Ativo Circulante) C - Bancos Cta Movimento - Banco ABC (Ativo Circulante) R$ 7.400,00 = (US$ 2.000,00 x R$ 3,70) Pelo registro da entrega do numerário ao viajante: D - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) C - Numerário em Moeda Estrangeira (Ativo Circulante) R$ 7.400,00 = (US$ 2.000,00 x R$ 3,70) Pelo registro da prestação de contas quando do retorno: D - Despesas de Viagens (Conta de Resultado) C - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) R$ 8.050,00 (US$ 2.300,00 x R$ 3,50) Pelo pagamento do excedente: D - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) C - Caixa (Ativo Circulante) R$ 1.125,00 (US$ 300,00 x R$ 3,75) Pela variação cambial da moeda (mediante o zeramento do saldo do valor adiantado, na conta Adiantamento para Despesas de Viagens): D - Variação Cambial Passiva (Conta de Resultado) C - Adiantamento para Despesas de Viagens (Ativo Circulante) R$ 475,00 (R$ 7.400,00 - 8.050,00 + 1.125,00) ÁGIO E DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS A PARTIR DE 01.01.2015 A Lei 12.973/2014 alterou diversos procedimentos contábeis, com vigência obrigatória a partir de 01.01.2015. Observe-se que a pessoa jurídica poderia optar pela aplicação das novas disposições contábeis para o ano-calendário de 2014 (artigo 75 da Lei 12.973/2014). DESDOBRAMENTO DO CUSTO DE AQUISIÇÃO O contribuinte que avaliar investimento pelo valor de patrimônio líquido deverá, por ocasião da aquisição da participação, desdobrar o custo de aquisição em: I - valor de patrimônio líquido na época da aquisição: APOSTILA DE CONTABILIDADE II - mais ou menos-valia, que corresponde à diferença entre o valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da porcentagem da participação adquirida, e o valor de que trata o item I acima; e III - ágio por rentabilidade futura
Compartilhar