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PROJETO DE CLOUD COMPUTING 1 
 
 
Projeto de Cloud Computing 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 2 
Projeto de Cloud Computing 
1. Projeto de Cloud Computing 
 
1.1 TI e universo digital 
 
Nos dias de hoje, estamos inseridos em um mundo totalmente globalizado, no qual é 
impossível imaginar que as empresas conseguiriam sobreviver sem o efetivo uso de 
tecnologia. A informação é um fator-chave para o sucesso de toda organização, visto 
que num mercado totalmente competitivo a informação bem tratada e disseminada na 
organização se torna vantagem competitiva. 
 
A tecnologia da informação (TI) é o resultado do perfeito casamento entre tecnologia 
e informação. A tecnologia suporta a informação, tornando-se responsável pelo seu 
armazenamento e processamento efetivo. 
 
 
Tecnologia da informação nas empresas 
 
De acordo com Veras (2013, p. 5): 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 3 
No Brasil, por exemplo, de acordo com a consultoria IDC, a indústria de Tecnologia da 
Informação emprega 600 mil pessoas e movimentou o equivalente a US$ 39 bilhões 
em hardware, software e serviços no ano de 2011. Computada a TI utilizada pelo 
governo e em outras atividades da economia, o setor tem um peso relativo a 3,2% do 
PIB, com um mercado total de cerca de US$ 68 bilhões já em 2011. 
 
As empresas buscam investir em tecnologia não apenas por modismo, mas porque 
necessitam de recursos de ponta para conseguirem se manter competitivas no 
mercado, automatizando os seus processos organizacionais e seus setores de 
produção, visando gerar produtos com valor agregado para que na percepção do 
cliente a empresa possua certo diferencial. 
 
É importante enfatizar que a tecnologia da informação está presente em diversos 
estágios dentro das empresas. Empresas que enxergam a tecnologia da informação 
como custo, e não como necessidade inerente ao processo de globalização, 
dificilmente irão sobreviver por muito tempo no mercado. No entanto, não só 
sobreviverá como também se destacará no mercado toda empresa que vê a tecnologia 
da informação como estratégia corporativa e geradora de valor. 
 
Naturalmente, os processos de negócios das organizações são modificados em função 
de suas estratégias, em vistas de um ambiente de mercado altamente competitivo e 
mutável. 
 
Conforme afirma Conway (2001, p. 20): 
Tecnologias e organizações se afetam mutuamente de diferentes maneiras, 
dependendo em grande parte das características específicas das tecnologias escolhidas 
e de como as organizações decidem pela sua adoção. Desta forma, é importante 
distinguir adotar determinada tecnologia de formação de imagem digital para a solução 
de um problema específico e adotá-la como uma estratégia de gerenciamento da 
informação. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 4 
As organizações decidem o quanto irão investir em tecnologia da informação de acordo 
com os seus propósitos. Em sua grande maioria, possuem um conjunto de aplicativos 
que se comunicam de forma precária e comunicam, muitas das vezes, dados 
duplicados, o que é inconcebível nos dias de hoje. Ainda, têm aquelas que se dizem 
automatizadas, mas, na verdade, só apresentam dois ou três computadores 
independentes, sem qualquer tipo de conexão e compartilhamento de dados e 
recursos sequer, ligados a um dispositivo de impressão. 
 
De acordo com Boente, Gomes e Felício (2015, p. 12), hoje a gestão da tecnologia da 
informação é reconhecida como Gestão de TIC, ou seja, tecnologia da informação e 
comunicação, em vistas do uso de recursos de redes e internet, principalmente do uso 
de tecnologias como Big Data e Cloud Computing. 
 
Quando uma empresa resolve investir em TI ou TIC, ela precisa abarcar quatro partes 
essenciais: 
 
(1) A arquitetura de TI: formada pela arquitetura da infraestrutura e pela 
arquitetura dos aplicativos utilizados na organização. 
 
(2) A infraestrutura de TI: formada pela rede de computadores e 
dispositivos que permitem a conexão da unidade de negócio, 
organização e setor de atuação do mercado. 
 
(3) Os sistemas de informação: formados por um conjunto de aplicativos 
(sistemas de informações gerenciais, sistemas de informação executivos, 
sistemas transacionais, sistemas de apoio à decisão, dentre outros) 
utilizados pela organização, com o objetivo de otimização dos processos 
de negócios, gerando, tratando e disseminando informações no âmbito 
organizacional. 
 
(4) A gestão da TI: formada pelo planejamento de ação e gerenciamento 
dos recursos de TI e da informação propriamente dita. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 5 
 
A estratégia empresarial depende das condições da infraestrutura e dos sistemas de 
informações. O segredo é ajustar a TI, sua infraestrutura e arquitetura, sistemas e 
forma de gestão para que ela possa suportar os processos de negócios e, por sua vez, 
a estratégia da organização. A figura abaixo ilustra a relação entre os componentes da 
tecnologia da informação, os processos empresariais e o desempenho empresarial. 
(VERAS, 2013) 
 
 
TI e o desempenho empresarial 
 
A partir de então, surge outro conceito fundamental, a governança de TI, como parte 
integrante da gestão da tecnologia da informação, perfazendo um alinhamento da TIC 
com a estratégia organizacional. 
 
De acordo com Fernandes e Abreu (2014, p. 13), o instituto da governança de TI 
afirma que “a governança de TI é de responsabilidade da alta administração, na 
liderança, nas estruturas organizacionais e nos processos que garantem que a TI da 
empresa sustente e estenda as estratégias e objetivos da organização”. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 6 
É importante lembrar que a estrutura de governança merece uma atenção especial 
por parte da organização, pois é necessário considerar o papel estratégico da 
informação e da tecnologia que esta suporta. 
 
Segundo o IDC (2018), numa visão de futuro não muito distante, em 2020, no universo 
digital, toda informação criada será 44 vezes maior que no ano de 2009, que marcou 
0.8 ZB. 
 
 
Expansão do universo digital (2009-2020) 
 
Atualmente, o universo digital é caracterizado pelo uso do Big Data, cuja definição se 
refere a um grande conjunto de dados armazenados em dispositivos remotamente 
conectados. O Big Data se baseia na teoria dos 5 Vs (velocidade, volume, variedade, 
veracidade e valor). 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 7 
 
Teoria dos 5 Vs do Big Data 
 
 A maioria das organizações utiliza um modelo de governança de TI baseado no padrão 
norte-americano, destacando a importância do CFO (Chief Financial Officer), 
responsável pelas ações de investimentos de toda a organização. 
 
Uma dúvida é sempre eminente nas organizações: O quanto a empresa deve investir 
em TI? 
 
Financiamento em tecnologia da informação e comunicação, TIC, não é barato. No 
entanto, é extremamente necessário para a sobrevivência de qualquer organização 
que pretende se manter competitiva num mercado altamente mutável e totalmente 
globalizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 8 
1.2 Financiamento da TI 
 
Quando uma empresa resolve investir em TI, deve estar preparada para a 
manutenções decorrentes de problemas ocasionais e também para mudanças 
necessárias em virtude dos avanços tecnológicos, buscando melhoria da infraestrutura 
e arquitetura da TI empregada pela organização. 
 
O custo operacional consome 80% dos recursos, enquanto o custo para novos projetos 
tangem a casa de 20%. De acordo com que o afirmam Weill & Ross (2009), as 
abordagens utilizadas para mudar a TI se mostraram inadequadasnos últimos anos, 
destacando-se as seguintes: 
- Investir mais dinheiro nos problemas de TI: essa opção, em muitos casos, só 
gera mais gastos, e não benefícios; 
- Cortar drasticamente os gastos com TI: força a revisão das prioridades da 
empresa, podendo minar a competitividade em longo prazo; 
- Demitir o CIO (Chief Information Officer): quando identificamos que o CIO não 
realizou o seu papel na empresa; 
- Terceirizar o problema de TI: não é encarado como uma real solução, se não se 
não tiver mudanças nos hábitos em relação à TI; 
- Substituir sistemas legados por um grande ERP: o sistema integrado de gestão 
(ERP) resolve parte do problema, mas, se não houver mudança na forma de gestão, 
o sistema por si só não mudará o rumo da empresa. 
 
Na verdade, a transformação começa na forma de mudar o modelo de financiamento 
da TI. No novo modelo, sugere-se a construção de uma organização com 
conhecimento em TI, adquiridos através de plataformas digitalizadas. As TICs, neste 
novo modelo, seriam a base da capacidade competitiva das organizações, que é 
composta de três componentes importantes: 
(1) Altos executivos devem estabelecer prioridades e critérios claros para os 
investimentos em TI; 
(2) A gerência deve desenvolver um processo transparente para avaliar os 
projetos considerados potenciais; 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 9 
(3) Recursos devem ser alocados com o devido monitoramento de seus 
impactos na organização. 
 
Os investimentos de TI estão voltados para: 
a) Arquitetura de Data Centers; 
b) Arquitetura de Cloud Computing; 
c) Arquitetura de sistemas computacionais. 
 
O projeto de Cloud Computing apresenta um forte impacto no modelo de 
financiamento da TI nas organizações. 
 
1.3 Governança de TI e 
alinhamento estratégico 
 
A governança de TI está relacionada ao desenvolvimento de um conjunto estruturado 
de competências e habilidades estratégicas para profissionais de TI responsáveis pelo 
planejamento, pela implantação, pelo controle e pelo monitoramento de programas e 
projetos de governança, requisito fundamental para as organizações, seja sob os 
aspectos operacionais, seja sob suas implicações legais. (FERNANDES; ABREU, 2014) 
 
De acordo com Veras (2013, p. 11): 
Um dos conceitos-chave de transformação da TI é o conceito de alinhamento 
estratégico, que é um componente central da governança de TI e permite, quando 
bem-feito, executar os projetos que são priorizados de acordo com a estratégia. Com 
o alinhamento estratégico, a ideia é deixar de lado o tradicional método de tentativa 
e erro, muito comum nos ambientes em que não é utilizado o planejamento como 
ferramenta de gestão. Mas realizar na prática o alinhamento estratégico não é uma 
tarefa trivial. 
 
A ligação dos planos de negócio e de TI decorre do alinhamento estratégico, tornando-
se, portanto, um componente central da governança de TI. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 10 
Na área de TI, é comum a apresentação de três planos, a saber: 
(I) Plano estratégico de TI: busca a definição dos objetivos e projetos 
estratégicos; 
(II) Plano tático de TI: busca definir os planos de execução dos 
projetos prioritários e a alocação de recursos (financeiros, pessoal, 
tecnologia etc.) necessários; 
(III) Plano diretor de TI: busca estabelecer todas as diretrizes para a 
TI. 
 
O conceito de portfólio de projetos é adotado para fazer o alinhamento estratégico nas 
organizações. O portfólio de projetos nada mais é que uma coleção de projetos 
decorrentes de um mesmo objetivo, o que permite ao tomador de decisão escolher, 
dentre um conjunto de alternativas de projeto, aquele que melhor se encaixar no 
contexto apresentado. 
 
 
Alinhamento estratégico perfeito 
 
 
O alinhamento estratégico permite apresentar dois conjuntos de projetos, o portfólio 
de projetos da organização e o portfólio de projetos de TI de forma otimizada. 
 
A abordagem de portfólio de investimentos em TI, segundo Veras (2013), define 
quatro classes de investimentos para TI: 
1) Infraestrutura de TI: provê serviços compartilhados e integrados; 
2) Aplicações estratégicas: provê vantagem competitiva; 
3) Aplicações informacionais: provê informações analíticas; 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 11 
4) Aplicações transacionais: provê o processamento de transações e o corte 
de custos desnecessários. 
 
 O maior problema das empresas é definir quanto dos investimentos para a TI irá para 
cada parte. Isso se torna um problema maior quando nos referimos a projetos de 
Cloud Computing, por apresentar uma maior complexidade. 
 
Boa parte das aquisições de TI acerca de projetos de Cloud Computing será substituída 
por contratação de serviços pagos pelo uso de todo o aparato tecnológico necessário. 
Torna-se muito caro para as empresas terem sua própria estrutura de TI para Cloud 
Computing, e, como existem inúmeros serviços que requerem autodisponibilidade, não 
é economicamente viável. Por isto, grande parte dos investimentos é voltada ao 
pagamento de serviços de terceiros. 
 
1.4 Arquitetura empresarial 
 
Toda empresa deve construir uma arquitetura empresarial ou arquitetura corporativa 
que reflita os requisitos de padronização e integração dos processos de negócios, 
caracterizando, portanto, o chamado “modelo operacional”. 
 
A arquitetura de Ti de muitas empresas não é bem-estruturada, pois apresenta, em 
sua grande maioria, uma confusão de aplicações, dados, infraestrutura e tecnologias 
distintas. Dessa forma, as empresas necessitam de um modelo operacional, e a 
arquitetura empresarial seria o perfeito reflexo desse modelo. Existem quatro tipos de 
modelos operacionais, conforme ilustração a seguir: 
1) Diversificação (D): envolve a construção de plataforma de serviços 
compartilhados para suportar entidades autônomas de negócio. Tem baixa 
padronização e baixa integração; 
2) Coordenação (C): envolve a construção de uma plataforma de 
informações compartilhadas a fim de suportar as decisões administrativas 
integradas. Tem baixa padronização e alta integração; 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 12 
3) Réplica (R): envolve a construção de plataforma de tecnologias e 
processos de negócios padrão para definir uma marca comum. Tem alta 
padronização e baixa integração; 
4) Unificação (U): envolve a construção de uma plataforma de tecnologia, 
processo de negócios e dados compartilhados padronizados a fim de 
suportar os requisitos globais de qualquer tipo de cliente. Tem alta 
padronização e alta integração. 
 
 
Tipos de modelos operacionais 
 
Um modelo operacional, portanto, tem por objetivo suportar a estratégia empresarial 
em função da estratégia corrente da empresa. 
 
A arquitetura empresarial, como fundação para obtenção de vantagem competitiva, 
busca o entendimento da visão de Barney & Hesterly (2006), baseada em recursos 
(VBR – Resource Based View), modelo de desempenho com foco nos recursos e 
capacidade controlados por uma empresa como fontes de vantagem competitiva. 
 
Recursos e capacidades podem ser classificados em quatro categorias: financeira, 
física, humana e organizacional. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 13 
 
Tipos de recursos 
 
No processo de construção da arquitetura empresarial, as empresas passam por alguns 
processos de aprendizado. Existem quatro processos, conforme descrito a seguir: 
(a) Arquitetura dos silos de negócio (localização): caracteriza-se pela 
busca das empresas por maximizar as necessidades de cada unidade 
comercial ou as necessidades funcionais; 
(b) Arquitetura da tecnologia padronizada (padronização): 
caracteriza-sepela padronização tecnológica a fim de alcançar a 
eficiência da TI; 
(c) Arquitetura de núcleo otimizado (otimização): caracteriza-se pela 
padronização de dados e processos da empresa como um todo; 
(d) Arquitetura de modularidade dos negócios (reutilização): 
caracteriza-se pelo fato de as empresas administrarem e reaproveitarem 
componentes livremente associados aos processos de negócios 
habilitados pela TI com o intuito de preservar padrões globais e habilitar 
diferenças locais. 
 
De acordo com Veras (2013), “os possíveis benefícios de adotar uma arquitetura 
empresarial seriam conseguir”: 
- Custos reduzidos de TI; 
- Maior responsabilidade da TI; 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 14 
- Melhor gestão do risco; 
- Maior satisfação da administração; 
- Melhores resultados de negócios. 
 
Neste viés, pode-se afirmar que a arquitetura empresarial deve orientar a terceirização 
da TI, pois o processo de terceirização depende exclusivamente da maturidade da 
arquitetura empresarial. 
 
1.5 Arquitetura de TI 
 
 Embora a arquitetura de TI 
deva ser embasada na arquitetura empresarial, os conceitos se diferem claramente. 
Arquitetura empresarial trata da lógica de alto nível dos processos de negócios e da 
capacidade de TI. Arquitetura de TI trata das arquiteturas das aplicações e da 
infraestrutura necessária para qualquer projeto de TI. 
 
Arquitetura empresarial e arquitetura de TI 
 
A figura anterior mostra a relação existente entre as arquiteturas empresarial e de TI, 
evidenciando que a arquitetura de TI deva suportar a arquitetura empresarial. A 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 15 
evolução da arquitetura de TI pode ser mais bem compreendida através da próxima 
figura: 
 
Centralização e descentralização da arquitetura de TI 
 
Pode-se observar que enquanto a arquitetura de TI para mainframes era centralizada, 
aquela adotada para Cliente/Servidor é totalmente descentralizada. A arquitetura de 
Cloud Computing, a mais recente delas, é baseada em grandes processadores e 
grandes repositórios de dados denominados data centers. É um meio termo entre as 
outras duas apresentadas. (FERNANDES; ABREU, 2014) 
 
A arquitetura de Cloud Computing é caracterizada por apresentar uma TI com grande 
crescimento da base de dados, mobilidade acentuada por parte dos usuários e diversas 
formas de dispositivos de acesso, com ampla disponibilidade de aplicativos online. 
 
 
 
1.6 Arquitetura de negócios 
 
A arquitetura de negócios pode ser definida como um conjunto de elementos 
organizados que se relacionam entre si e representam a estrutura organizacional e 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 16 
comportamental de um sistema de negócio, permitindo a visualização das possíveis 
abstrações dos processos e das estruturas-chave do negócio. 
 
 
Contexto da arquitetura de negócios 
 
A arquitetura de negócio nada mais é que uma descrição dos aspectos significativos 
da organização. A arquitetura do aplicativo é uma descrição dos aplicativos de 
software que suportam o negócio, incluindo como esses aplicativos são utilizados e 
como interagem uns com os outros. A arquitetura técnica é uma descrição da 
infraestrutura de hardware que suporta os aplicativos de software. 
 
A figura a seguir mostra a semelhança do contexto da arquitetura de negócios para 
projetos de Cloud Computing. 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 17 
 
Contexto da arquitetura de negócios para Cloud Computing 
 
De acordo com Petterson & Hennessy (2012), a arquitetura de negócio deve controlar 
a arquitetura do aplicativo, que, por sua vez, deve controlar a arquitetura técnica. E 
isso não é diferente para projetos de Cloud Computing. 
 
Referências 
 
BARNEY, J. B., & HESTERLY, W. S. (2006). Strategic management and 
competitive advantage: concepts and cases. Pearson/Prentice Hall, 2006. 
BOENTE, Alfredo Nazareno Pereira; GOMES, Isabelly Camilly Cairo; FELÍCIO, Soraia 
Pacheco de Almeida Silva. Proposta de uma metodologia híbrida para sistemas de 
recomendação web. Revista EDU.TEC, 2015. 
CONWAY, Paul. Preservação no universo digital. 2. ed. Projeto Conservação Preventiva 
em Bibliotecas e Arquivos: Arquivo Nacional, 2001. 
FERNANDES, Aguinaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz de. Implantando a 
governança de TI: da estratégia à gestão dos processos e serviços. Rio de Janeiro: 
Brasport, 2014. 
IDC Brasil. IDC Analyse the future. Disponível em: http:// http://br.idclatin.com/. 
Acesso em: 06 jan. 2018. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 18 
LECHETA, Ricardo R. AWS para desenvolvedores: aprenda a instalar aplicações na 
nuvem da Amazon. São Paulo: Novatec, 2014. 
PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Arquitetura de computadores: uma 
abordagem quantitativa. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
PATTERSON, D. A., & HENNESSY, J. L. Computer organization and design: the 
hardware/software interface. Morgan Kaufmann, 2012. 
RADFAHRER, Luli. Enciclopédia da nuvem. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
STALLINGS, William; BROWN, Lawrie. Segurança de computadores: princípios e 
práticas. Rio de Janeiro: Campus, 2013. 
VERAS, Manoel. Arquitetura de nuvem: Amazon Web Services (AWS). Rio de 
Janeiro: Brasport, 2013. 
WEILL, Peter; ROSS, Jeanne. IT savvy: what top executives must know to go from 
pain to gain. Boston: Harvard Business School Publishing, 2009. 
 
 
Projeto de Cloud Computing 
2. O impacto de Cloud Computing nas organizações 
 
Alfredo Boente 
professor@boente.eti.br 
 
2.1. Mudanças organizacionais 
 
Já que estamos inseridos hoje num mundo totalmente globalizado e num mercado 
altamente mutável, empresas devem sempre estar dispostas a realizar novas 
mudanças visando uma melhor forma de adequação de suas estratégias junto a um 
mercado altamente competitivo. 
 
As empresas também passam por transformações crescentes ligadas ao advento da 
evolução tecnológica e científica. Tais transformações levam a modificações 
necessárias, não apenas de equipamentos, mas também nos processos de trabalho, 
na gestão de pessoas e na reestruturação de seu parque tecnológico. No entanto, 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 19 
como todo o ser humano é altamente resistente a mudanças, nem sempre é tão fácil 
de implantar tais adequações. (SANTOS, 2011) 
 
A implantação de projetos de Cloud Computing requer um redesenho organizacional 
ditado por uma redefinição necessária de hardware, software, network e peopleware, 
já que existe uma eminente conexão estratégica entre pessoas, capital intelectual e 
um conjunto de novas tecnologias. 
 
Cloud Computing é um conjunto de recursos virtuais facilmente utilizáveis e acessíveis, 
tais como hardware, software, plataformas de desenvolvimento e serviços. (VERAS, 
2013) 
 
Computação em nuvem 
 
Segundo Mell & Grance (2011), para o NIST (Instituto Nacional de Padrões e 
Tecnologia), o modelo de Cloud Computing é formado por cinco características 
essenciais, quatro modelos de implantação e três modelos de serviços. 
 
Dessa forma, quando uma empresa implanta um novo tipo de tecnologia, em particular 
Cloud Computing, a utilização desta estará sujeita às influências do clima e da cultura 
organizacional, requerendo-se, portanto, que seja analisado o novo tipo de tecnologia 
em questão como peça fundamental na gestão estratégica de qualquer empresa, 
independentemente do seu porte. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 20 
2.2 Modelos de Cloud Computing 
 
As cinco características essenciais de modelos de Cloud Computing são as seguintes: 
 
• Sob demanda (On-demand self-service): fornecedores de serviçosem nuvem 
oferecem diversos recursos como armazenamento e processamento, são habilitados e 
configurados segundo as necessidades da empresa, sem nenhum tipo de intervenção 
por parte de especialistas com o servidor, perfazendo, portanto, certa economia 
financeira, já que o cliente paga apenas pelos serviços que são efetivamente 
contratados; 
• Acesso à rede (Broad network access): para fornecer ou utilizar um serviço em 
nuvem, é preciso acessar uma rede padrão através de dispositivos que possuam uma 
plataforma específica. Tal acesso pode ser feito por meio de laptops, tablets, 
smartphones, computadores pessoais, dentre outros; 
 
 
As cinco características essenciais de Cloud Computing 
 
• Compartilhamento de recursos (Resource pooling): os provedores de serviços 
em nuvem utilizam um modelo de compartilhamento de recursos conhecido como 
multi-inquilino (Multi-tenancy), que permite o compartilhamento dos recursos físicos 
com vários usuários virtualmente, expansíveis de acordo com a demanda requerida 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 21 
por cada usuário, de modo que cada recurso fique isolado em sua máquina. A 
localização dos dados de cada usuário não é exata, dificultando, portanto, o seu 
controle total. Entretanto, alguns provedores de serviços em nuvem já permitem que 
o usuário escolha a localização do data center (país, estado etc.); 
• Controle de serviços (Measured service): implica o controle de todos os recursos 
contratados pelo usuário com a possibilidade de monitoramento, controle e relatórios 
de todos os recursos utilizados, dando maior transparência para quem contrata os 
serviços e para o próprio fornecedor de nuvem. 
• Elasticidade imediata (Rapid elasticity): capacidade de aumentar ou diminuir 
recursos físicos não utilizados dos servidores. Esta, na maioria das vezes, é realizada 
de modo automático. Em alguns casos, é controlada pelos funcionários do provedor. 
Essa elasticidade imediata evita serviços ociosos, possibilitando, portanto, serviços 
mais baratos para os clientes, já que o provedor procura utilizar todos os recursos 
físicos do data center. 
 
2.3 Modelos de implantação 
 
Os quatro modelos de implantação de Cloud Computing são definidos como: 
 
• Público (Public cloud): as infraestruturas estão disponíveis para o uso do público 
em geral e são gerenciadas pelas empresas fornecedoras de serviços de nuvem, de 
forma que o usuário paga pelo que usar. A infraestrutura da nuvem pública é instalada 
nas empresas fornecedoras e, muitas vezes, os usuários não possuem conhecimento 
da localização dos dados; 
• Privado (Private cloud): as infraestruturas são criadas para o uso exclusivo e 
particular de uma empresa, permitindo um maior controle sobre os dados. As nuvens 
privadas são gerenciadas pelo departamento de TI, terceirizadas ou de forma 
combinada, permitindo, portanto, que esses recursos sejam utilizados para fornecer 
serviços internos ou utilizados como mecanismo de regras de negócio da empresa. A 
infraestrutura da nuvem privada pode estar localizada dentro ou fora da empresa; 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 22 
 
Os quatro modelos de implantação de Cloud Computing 
 
• Comunitário (Community cloud): as infraestruturas são compartilhadas por várias 
organizações que possuem propósitos e interesses comuns. Por exemplo, ela pode ser 
gerenciada pelo departamento de TI das empresas, por empresas terceirizadas ou de 
forma combinada. A sua infraestrutura pode ainda estar localizada dentro ou fora das 
empresas. 
• Híbrido (Hybrid cloud): as infraestruturas são compostas por dois ou mais modelos 
de implantação (nuvem privada, nuvem comunitária, nuvem pública). Em uma nuvem 
híbrida, os modelos de implantação trabalham como se fossem uma única nuvem. Em 
linha gerais, as empresas buscam utilizar esse modelo para ter maior controle sobre 
os dados. 
 
 
2.4 Modelos de serviços 
 
Os três modelos de serviços de Cloud Computing são os seguintes: 
 
• Software como Serviço (Software as a Service – SaaS): modelo de serviço em 
que o fornecedor disponibiliza aplicativos que são acessados por meio de web browsers 
(navegadores web) ou via desktop. Esse modelo vem revolucionando a forma de como 
os aplicativos são comercializados, uma vez que o usuário não compra a licença do 
aplicativo, como normalmente acontece, mas paga apenas pelo serviço que utiliza. 
Existem diversos serviços disponíveis, como Google Docs, Google Tradutor, Photoshop 
Express Editor, dentre outros, alguns gratuitos e outros pagos. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 23 
 
Os três serviços de computação em nuvem 
 
• Plataforma como Serviço (Platform as a Service – PaaS): modelo de serviço 
destinado a desenvolvedores de soluções para Cloud Computing, pois fornece um 
ambiente com sistema operacional, frameworks para desenvolvimento de aplicativos 
em nuvem, controle de transações, serviços e também hospedagem para os aplicativos 
desenvolvidos (cloud apps). Cada provedor fornece suas próprias bibliotecas de 
desenvolvimento, banco de dados e infraestrutura para o desenvolvedor. Aqui, o 
usuário não pode administrar ou controlar os recursos da infraestrutura como 
processamento, armazenamento, memória entre outros recursos, mas tem controle 
sobre os aplicativos desenvolvidos e as configurações no ambiente de hospedagem do 
servidor. 
• Infraestrutura como Serviço (Infrastructure as a Service – IaaS): modelo de 
serviço que oferece controle sobre processamento, armazenamento, redes e outros 
recursos básicos da computação em nuvem. Aqui, o usuário poderá instalar o sistema 
operacional e as aplicações para o funcionamento da máquina virtual, além do total 
acesso para administrar ou controlar a infraestrutura do servidor, e terá controle sobre 
o sistema operacional, armazenamento das informações, controle de memória, 
aplicativos implantados e, em alguns casos, o controle do firewall do host e recursos 
da rede pelo painel de administração do fornecedor. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 24 
 
Mudança no perfil dos serviços 
 
Dessa forma, existe uma mudança significativa no perfil dos serviços quando estamos 
trabalhando com Cloud Computing. 
 
2.5 Modelos de segurança 
 
 Adotar projeto de Cloud 
Computing significa colocar dados particulares em servidores (data center) espalhados 
até mesmo ao redor do mundo de forma que estes dados transitem pela internet, 
requerendo, portanto, um maior controle e segurança acerca de seus dados. 
 
 O modelo de referência para 
segurança desenvolvido pela CSA Brazil (Cloud Security Alliance Brazil) mostra de 
forma abrangente as relações e dependências entre os modelos de serviços de Cloud 
Computing. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 25 
 
Modelo de referência para segurança de Cloud Computing 
 
O modelo serve para entender os riscos envolvidos com Cloud Computing 
independentemente da forma com que os data centers implementem os seus serviços. 
 
O modelo IaaS inclui os recursos de infraestrutura desde a instalação até as 
plataformas de hardware que ali residem. (VERAS, 2013). Ele incorpora a capacidade 
de abstrair recursos e oferecer conectividade física e lógica para estes recursos. 
 
O modelo PaaS disponibiliza uma camada de integração com frameworks de 
desenvolvimento de aplicativos, recursos de middleware e funções como banco de 
dados, mensagens e filas, permitindo aos desenvolvedores de aplicações criarem 
aplicativos que serão suportados pela pilha. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 26 
O modelo SaaS disponibiliza um ambiente operacional usado para entregar recursos 
do usuário, incluindoo conteúdo, a apresentação, as aplicações e a capacidade de 
gestão. 
 
2.6 Fornecedores de nuvem 
 
Existem diversas empresas que oferecem os serviços de Cloud Computing. A seguir, 
serão apresentadas as dez empresas mais poderosas em termos de serviços de nuvem. 
(COMPUTERWORLD, 2016): 
 
1. Amazon: IaaS como padrão – A varejista online surgiu em 2006 oferecendo 
infraestrutura ociosa como um serviço. Desde então, não surgiu ainda no mercado 
nenhuma empresa com disposição para assumir o posto conquistado pela Amazon com 
configuração Elastic Compute Cloud (EC2). 
Com o tempo, a Amazon adicionou diversas ofertas de armazenamento em nuvem e 
está entrando no mercado de Plataforma como Serviço (PaaS). A empresa também 
está vendendo tablets (Kindle Fire) e desafiando a Apple e a Google na arena de 
música armazenada e disponibilizada na nuvem. 
2. Google: tudo na nuvem – Como a Amazon, a Google não é um fornecedora 
tradicional de TI. Assim como o varejista online, a companhia de busca faz parte da 
nova geração de primeiras empresas de web e não tem medo de colocar no mercado 
ofertas como o Android, o navegador Chrome e um tablet ChromeOS-based. Todos os 
seus aplicativos na nuvem baseados no Gmail, Google Docs e Google Spreadsheets 
desafiam diretamente o domínio da Microsoft no terreno de PCs. Como se isso não 
bastasse, a Google também é um player no mercado de PaaS, com o Google App 
Engine. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 27 
 
As dez empresas mais poderosas em Cloud Computing 
 
3. Microsoft: visão de longo alcance – A Microsoft pode chegar um pouco tarde 
para a festa, mas nunca subestime a sua capacidade de acertar. As peças certamente 
não estão todas nos lugares certos, mas os especialistas dizem que a Microsoft tem 
provavelmente a abordagem mais ambiciosa para a computação em nuvem. 
Considere esses ativos: centros de estado da arte de dados e os produtos de 
virtualização Hyper-V, de PaaS (Windows Azure), de IaaS (Windows Azure Controlador 
Tecido), uma oferta de SaaS (SharePoint Online, Office 365, CRM Online), mecanismo 
de busca (Bing), navegador (IE) e uma plataforma de desenvolvimento pré-existente 
(.NET). Com 90% do mundo no Outlook/Windows/Office, a Microsoft tem um potencial 
vasto para atrair lentamente clientes para nuvem. 
4. VMware: mais que virtualização – A VMware passou de uma empresa de um 
só produto, que mudou o mundo da computação corporativa, para um fornecedor com 
uma estratégia de nuvem altamente ambiciosa baseada em sua tecnologia de 
virtualização vSphere. 
A VMware tem feito uma série de aquisições importantes e agora é um player forte no 
mercado PaaS, com uma variedade de ofertas, incluindo vFabric e CloudFoundry. 
Trata-se uma plataforma de PaaS aberta hospedada em www.CloudFoundry.org, na 
qual os desenvolvedores podem contribuir com projetos de colaboração open 
source. Além disso, a VMware está fazendo alianças com empresas importantes, como 
o Google, Salesforce e Cisco. 
5. Salesforce.com: além de SaaS – A Salesforce.com é líder indiscutível em 
software como serviço. A empresa traçou uma estratégia de nuvem agressiva, que 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 28 
inclui tanto o Software como serviço (SaaS) como PaaS. Seu portfólio inclui nuvem 
Force.com para desenvolvimento personalizado de aplicativos; Heroku, para 
aplicativos sociais e móveis, Database.com, Data.com Salesforce, o Salesforce Chatter, 
Salesforce Sales Cloud e o Service Cloud. 
6. Rackspace: líder do OpenStack – Em 2010, a Rackspace e a Nasa lançaram o 
OpenStack para fornecer uma nuvem privada altamente escalável. Desde então, mais 
de 100 organizações aderiram ao movimento OpenStack, oferecido sem fins lucrativos. 
OpenStack é basicamente um padrão aberto para construção de nuvens. 
A Rackspace acredita que os serviços básicos de IaaS (Infraestrutura como serviço) 
estão se tornando uma commodity, e que os clientes estão dispostos a pagar por 
serviços adicionais, como o aplicativo de implantação, monitoramento e gestão do 
sistema de nuvem híbrida. 
7. Verizon: aquisições agressivas – A Aquisição da Terremark por US$ 1,4 bilhão, 
no início deste ano, fez a Verizon saltar para o escalão superior de fornecedores de 
IaaS. O data center era um alvo convidativo para a operadora de telefonia, tanto para 
seus centros de dados ao redor do mundo quanto por sua experiência de hospedagem 
gerenciada. 
Além de núcleo de IaaS e hospedagem, a Verizon oferece serviços de segurança e 
gerenciamento de identidade e de serviços. E está chegando a outros fornecedores 
para estabelecer alianças. Uma delas é uma parceria com a Cisco para oferecer 
serviços baseados em nuvem de comunicações unificadas. A empresa se juntou 
também com a IBM para entregar um serviço de armazenamento em nuvem: a oferta 
com infraestrutura da IBM de backup e gerenciamento para ajudar a monitorar e 
proteger os dados armazenados. 
8. Cisco: comunicação unificada – 
Você pode não achar que a Cisco é um dos maiores fornecedores de SaaS, mas é. O 
WebEx da Cisco é um grande player no mundo SaaS. Porém, a estratégia da 
companhia de cloud envolve muito mais do que serviços de conferência. Com uma 
participação dominante no mercado de rede, a Cisco também quer ser um forte player 
na nuvem. 
Sua estratégia é a Unified Computing System (UCS), plataforma blade que se integra 
perfeitamente servidor e funções de rede. A Cisco também está atacando nuvem por 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 29 
outro ângulo. A empresa tem parceria estratégica com formação uma joint venture 
com a EMC, VMware e Intel. 
9. AT&T: estratégia Synaptic – 
Como Verizon, a AT&T tem todos os pré-requisitos para a construção de uma oferta 
de nuvem forte com centros de dados, relacionamentos de longo prazo com os clientes 
corporativos, uma rede mundial, experiência em serviços gerenciados e hospedagem. 
AT&T oferece IaaS (Synaptic Compute as a Service), armazenamento como serviço e 
lançou recentemente oferta de PaaS, direcionada a profissionais. Como Verizon, a 
operadora também está tentando alavancar sua enorme base instalada de clientes de 
telefonia celular. 
10. Citrix: nuvem com padrão aberto – 
A Citrix tem se expandido para fora de seu core business VDI (Virtual Desktop 
Infrastructure) e assumiu um papel de liderança no movimento de nuvem open source 
nuvem. A empresa já tinha uma participação no mundo nuvem com seu hipervisor 
Xen, usado pela Amazon para construir sua plataforma de nuvem. 
A Citrix também foi uma das primeiras entusiastas do projeto da Rackspace OpenStack. 
A empresa lançou o Projeto Olimpo, que combina OpenStack com a plataforma de 
virtualização XenServer. Em seguida, comprou Cloud.com, que havia desenvolvido 
uma fonte aberta para operar em nuvem. 
 
O ponto culminante de todos esses esforços é CloudStack 3, que incorpora elementos 
de Cloud.com e OpenStack em uma nuvem poderosa para construção e gestão de 
solução. A CloudStack 3 suporta todos os principais hipervisores, mas também adiciona 
uma versão otimizada do XenServer. 
 
Referências 
 
COMPUTER WORLD. Quais são as dez empresas de nuvem mais poderosas? Computer 
World Magazine. Setembro/2012. Disponível em: 
http://computerworld.com.br/tecnologia/2012/09/10/as-10-empresas-de-nuvem-
mais-poderosas. Acesso em: 12 fev. 2016. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 30 
FERNANDES, Aguinaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz de. Implantando a 
governança de TI: da estratégia à gestão dos processos e serviços. Rio de Janeiro: 
Brasport, 2014. 
LECHETA, Ricardo R. AWS para desenvolvedores: aprenda a instalar aplicações na 
nuvem da Amazon. São Paulo: Novatec, 2014. 
MELL, P.; GRANCE,T. The NIST Definition of Cloud Computing. “Recommendations of 
the National Institute of Standards and Technology”, National Institute of Standards 
and Technology, Information Technology Laboratory, Gaithersburg, Publication 800-
145, 2011. 
PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Arquitetura de computadores: uma 
abordagem quantitativa. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
RADFAHRER, Luli. Enciclopédia da nuvem. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
SANTOS, M. B. Mudanças organizacionais: métodos e técnicas para a inovação. 3 
ed. São Paulo: Juruá, 2011. 
STALLINGS, William; BROWN, Lawrie. Segurança de computadores: princípios e 
práticas. Rio de Janeiro: Campus, 2013. 
VERAS, Manoel. Arquitetura de nuvem: Amazon Web Services (AWS). Rio de 
Janeiro: Brasport, 2013. 
 
 
Projeto de Cloud Computing 
3. Governança e migração de serviços 
 
Alfredo Boente 
professor@boente.eti.br 
 
3.1. Governança da TI da Cloud Computing 
 
Num mundo totalmente globalizado, a tecnologia está cada vez mais presente nas 
empresas. Com a ampliação dos serviços baseados em Cloud Computing, novos 
serviços foram criados. A governança de TI, responsável pela administração dos 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 31 
recursos tecnológicos de uma empresa, passou a atender a esses novos desafios em 
nuvem. 
 
 
Governança de TI 
 
Cloud Computing não é um conceito novo, embora tenha surgido na década de 50. 
Contudo, foi apenas na última década que o uso de recursos remotos começou a 
ganhar popularidade internacional devido ao aumento de usuários da internet de alta 
velocidade Também a quantidade de dados coletados em meios digitais permitiu a 
criação de novas soluções em TI, cada vez mais rápidas e baratas, que mudaram a 
forma com que as empresas lidam com os seus processos internos operacionais de 
venda e de marketing, requerendo, portanto, que os profissionais de governança de 
TI se especializem cada vez mais neste novo universo tecnológico e passem a adotar 
um modelo de melhores práticas em governança corporativa de TI. 
 
O COBIT (Control Objectives for Information and related Technology) é o principal 
modelo de melhores práticas utilizadas em termos de governança de TI. Ele oferece 
uma série de ferramentas, atuando como um guia, permitindo que a empresa ganhe 
tempo, principalmente quando da adoção de uma governança de TI para Cloud 
Computing. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 32 
 
 
Princípios básicos do COBIT 
 
O COBIT define a governança de TI como uma estrutura de relacionamento entre 
processos para direcionar e controlar uma empresa de modo a atingir os objetivos 
corporativos com maior eficiência. Para tal gerenciamento e controle, o COBIT propõe 
métodos que utilizam 34 objetivos de controle de alto nível. O método inclui: 
elementos de medida de desempenho, fatores críticos de sucesso e modelos de 
maturidade. (VERAS, 2013) 
 
O COBIT foi concebido para ser utilizado em quatro domínios: 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 33 
 
O COBIT e seus domínios 
 
⚫ Planejamento e organização 
- Define um plano estratégico de TI; 
- Define a arquitetura da informação; 
- Determina a direção tecnológica; 
- Define a organização e os relacionamentos de TI; 
- Gerencia os investimentos de TI; 
- Comunica os objetivos e a direção gerencial; 
- Gerencia recursos humanos; 
- Garante aderência com os requisitos externos; 
- Gerencia projetos; 
- Gerencia riscos; 
- Gerencia qualidade. 
 
⚫ Aquisição e implementação 
- Identifica soluções automáticas; 
- Adquire e mantém aplicações; 
- Adquire e mantém infraestrutura de TI; 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 34 
- Desenvolve e mantém procedimentos; 
- Implementa e aprova sistemas; 
- Gerencia mudanças. 
 
⚫ Entrega e suporte 
- Define e gerencia níveis de serviço; 
- Gerencia serviços de terceiros; 
- Gerencia desempenho e capacidade; 
- Garante continuidade de serviço; 
- Garante segurança de sistemas; 
- Identifica e aloca custos; 
- Educa e treina usuários; 
- Provê serviço a clientes; 
- Gerencia a configuração; 
- Gerencia problemas e incidentes; 
- Gerencia dados; 
- Gerencia funcionalidades; 
- Gerencia operações. 
 
⚫ Monitoração e avaliação 
- Monitora processos; 
- Avaliar a adequação de controle interno; 
- Obtém garantia independente; 
- Utiliza auditoria independente. 
 
Os controles definidos pelo COBIT são políticas, procedimentos, práticas e estrutura 
organizacional que servem de diretrizes para assegurar que os objetivos do negócio 
sejam efetivamente alcançados e que possíveis problemas com riscos sejam 
prevenidos, detectados e corrigidos. 
 
3.2 Terceirização da TI e Cloud Computing 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 35 
Cloud Computing permite que serviços sejam utilizados com maior escalabilidade, mais 
rapidez e com menores custos de investimento. Isso acontece de forma independente 
da estrutura dos computadores do cliente. 
 
Muitas das vezes, para lidar com os desafios que a implantação de projetos de Cloud 
Computing e sua efetiva operação trazem para uma empresa, uma nova abordagem 
deve ser feita acerca da governança de TI. Reestruturar-se é necessário. Devemos 
buscar uma nova governança, com maiores desafios, melhor controle de informações 
e sistemas, visando à redução de falhas, permitindo, portanto, um acesso a recursos 
de rede mais consistente, rede nas nuvens. 
 
A computação em nuvem, Cloud Computing, contribui para a redução da necessidade 
das empresas em contratar, operar e manter estruturas de TI completas e complexas. 
 
Por se tratar de um serviço muito caro, ter sua própria infraestrutura de nuvem requer 
muito investimento. Grandes empresas preferem investir na terceirização dos serviços 
de Cloud Computing em vez de simplesmente ter que implantar a sua própria 
infraestrutura e serviços. 
 
De acordo com Veras (2013), a terceirização da TI pode ocorrer tecnicamente de várias 
maneiras, a saber: 
 
⚫ Quanto ao número de provedores utilizados 
- Terceirização com provedor único; 
- Terceirização seletiva com conjunto de provedores; 
- Terceirização com consórcio de provedores. 
 
⚫ Quanto à estratégia de implantação 
- Terceirização total: atividades são terceirizadas de uma só vez; 
- Terceirização incremental: atividades são terceirizadas progressivamente. 
 
⚫ Quanto ao tipo de relacionamento 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 36 
- Parcerias estratégicas: terceiro assume a responsabilidade por um conjunto integrado 
de operações do cliente; 
- Co-Soursing: cliente e fornecedor compartilham a responsabilidade administrativa 
pelo sucesso do projeto de Cloud Computing; 
- Transação: terceiro executa para o cliente um processo repetível e bem-definido de 
TI. 
 
3.3 Governança e terceirização da TI e arquitetura 
empresarial 
 
Com a opção de terceirização da infraestrutura e serviços de Cloud Computing, setores 
da empresa contratante, em especial a governança de TI, passam a ter um trabalho 
mais desafiador ainda: controlar a estrutura interna de TI e também administrar e 
verificar todos os serviços terceirizados de Cloud Computing contratados. 
 
 
Sugere-se a criação de mecanismos de vinculação que cuidem do modelo operacional 
e da arquitetura empresarial (projeto de construção do alicerce da empresa). Existem 
três principais mecanismos de vinculação para o modelo de governança de TI 
(FERNANDES; ABREU, 2014): 
 Vinculações arquitetônicas: estabelecem a atualizam padrões, examinam 
projetos e sua relevância e aprovam exceções; 
 Vinculações de negócios: asseguram que asmetas comerciais se traduzam em 
metas de projeto; 
 Vinculações de alinhamento: asseguram a comunicação e as negociações 
constantes entre questões de negócios e de TI. 
 
3.4 O impacto da migração de serviços para Cloud Computing 
 
O processo de migração de um ambiente de TI tradicional para o ambiente de Cloud 
Computing já começou em ritmo bem acelerado. De acordo com Lecheta (2014), a 
estratégia do governo americano para projetos de Cloud Computing é denominada 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 37 
“Cloud First”, o que determina que o uso de nuvem é prioridade em qualquer novo 
desenvolvimento de TI. 
 
Certamente que o processo de migração não pode e nem deve ocorrer no estilo “Big 
Bang”. Naturalmente, existem inúmeras barreiras que vão desde a cultura da 
organização e seu nível de maturidade de TI até a abrangência do seu portfólio legado, 
que muitas vezes pode ser um empecilho. 
 
As estratégias de cada empresa vão variar, embora exista um modelo de nuvem 
bastante comum adotado pelas organizações, aquele denominado “nuvens híbridas”, 
com parte das aplicações rodando em nuvens privadas e parte em nuvens públicas. 
 
 
Migração de serviços para as nuvens 
 
O impacto da migração dos serviços tradicionais de TI para ambientes de Cloud 
Computing é significativo, requerendo, portanto, um controle efetivo da governança 
de TI acerca desses projetos de computação em nuvem. 
 
Para Fernandes & Abreu (2014), nunca é demais repetir a fórmula adotada pela Cloud 
Computing: virtualização + padronização + automatização + self-service. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 38 
Visando a uma minimização dos impactos sofridos acerca da implantação de projetos 
de Cloud Computing, as empresas mais convencionais buscam fazer este processo de 
migração gradualmente, ou seja, aos poucos, mas qualquer que seja o setor de 
indústria estará usando nuvens nos próximos anos. Algumas delas mais concentradas 
em nuvens privadas, como bancos, por exemplo; e outras mais voltadas para nuvens 
públicas, como pequenas e médias empresas. 
 
Portanto, um projeto de Cloud Computing, embora apresente impactos na migração 
de serviços tradicionais de TI para as nuvens, não deve ser visto como uma adoção 
por modismo, uma iniciativa de simples cunho tecnológico, de melhoria de 
infraestrutura, mas deve estar subordinada a uma visão maior, estratégica e de 
reposicionamento da própria empresa no mercado atual. 
 
Referências 
 
FERNANDES, Aguinaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz de. Implantando a 
governança de TI: da estratégia à gestão dos processos e serviços. Rio de Janeiro: 
Brasport, 2014. 
LECHETA, Ricardo R. AWS para desenvolvedores: aprenda a instalar aplicações na 
nuvem da Amazon. São Paulo: Novatec, 2014. 
PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Arquitetura de computadores: uma 
abordagem quantitativa. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
RADFAHRER, Luli. Enciclopédia da nuvem. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
STALLINGS, William; BROWN, Lawrie. Segurança de computadores: princípios e 
práticas. Rio de Janeiro: Campus, 2013. 
VERAS, Manoel. Arquitetura de nuvem: Amazon Web Services (AWS). Rio de 
Janeiro: Brasport, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 39 
Projeto de Cloud Computing 
4. Migração de servidores para Cloud Computing 
 
Alfredo Boente 
professor@boente.eti.br 
 
4.1 Aspectos gerais de data center 
 
Um data center é um conjunto integrado de componentes de alta tecnologia cujo 
objetivo é oferecer serviços de infraestrutura de TI de valor agregado, incluindo 
armazenamento e processamento de dados em larga escala. 
 
Em um projeto de data center, a carga de TI define as instalações e a energia 
necessária a ser adquirida da empresa concessionária. Os data centers são divididos 
em dois grandes grupos: 
 
⚫ Data center empresarial (eDC): caracteriza-se por estar fisicamente construído 
dentro das instalações da empresa, que será a responsável direta pelos serviços de 
Cloud Computing. 
 
⚫ Data center de internet (iDC): caracteriza-se por estar fisicamente construído 
nas instalações da empresa provedora de serviços de nuvem. A responsabilidade do 
gerenciamento dos serviços de Cloud Computing fica a cargo da empresa provedora. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 40 
 
Serviços de cloud oferecidos pela conexão de data center 
 
Os data centers são compostos de três grandes blocos, conforme ilustração da figura 
abaixo: (1) instalações físicas, projetadas com as devidas fontes de energização e 
refrigeração adequada, a fim de permitir um (2) gerenciamento qualitativo da (3) TI. 
 
 
Componentes do data center 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 41 
Hoje em dia, constantemente as empresas provedoras de serviços de Cloud Computing 
estão repensando a sua arquitetura e planejamento dos data centers devido às altas 
demandas de armazenamento e processamento de dados nas nuvens. Outro fator 
responsável por este advento é a rigorosa fiscalização e o aumento das normas sobre 
a recuperação dessas estruturas. 
 
A consolidação de data center em uma empresa se refere ao processo de migração de 
todos os ativos de TI da forma tradicional para o ambiente de nuvem. 
 
Grandes empresas provedoras de serviços de Cloud Computing estão investindo 
pesado em ampliação da infraestrutura, arquitetura e serviços de nuvem, através da 
construção de novos data centers, considerando o ganho de escala e performance em 
busca de oferecer um melhor serviço a seus clientes, pois os papéis a serem 
considerados em um projeto de data center são: 
(a) Desempenho; 
(b) Disponibilidade; 
(c) Escalabilidade; 
(d) Segurança; 
(e) Gerenciabilidade. 
 
Os critérios devem ser usados como parâmetros para a construção de novos data 
centers, definindo-se, portanto, a qualidade dos serviços a serem providos para os 
clientes de nuvem. 
 
Os principais serviços de data center que permitem atingir os níveis de serviços 
necessários para as aplicações, segundo Veras (2013), são: 
 
⚫ Serviços de rede: serviço de conexão entre os componentes internos com o mundo 
exterior. São utilizados switches para realizar este controle. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 42 
⚫ Serviços de segurança: envolve o serviço de firewall, que permite o controle da 
navegação dos usuários, restringindo acesso a aplicações e sites desnecessários ou 
aqueles cuja permissão não seja concedida. 
 
 
Serviços de infraestrutura de TI e serviços de data center 
 
⚫ Serviços de armazenamento: trata do armazenamento dos dados em unidades 
storage. Redes de armazenamento e dispositivos de conexão ao storage são partes 
importantes dessa arquitetura. 
 
⚫ Serviços de processamento: responsável diretamente pelo desempenho do data 
center. Utilizam como dispositivos os servidores, sistema operacional e os 
processadores. 
 
⚫ Serviço de virtualização: permitem que servidores físicos rodem diversas 
aplicações em diversos sistemas operacionais, otimizando, portanto, a utilização dos 
recursos de processamento e memória. 
 
⚫ Serviços de aplicação: envolvem os serviços de load-balancing (balanceamento 
de carga), secure socket layer – SSL (ferramenta de encriptografia para segurança de 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 43 
dados), offloading (acelerador de aplicações) e caching (área de memória para 
armazenamento temporário). 
 
⚫ Serviço de alta disponibilidade e recuperação de desastres: também tratam 
das políticas, software e dispositivos de backup/restore e replicação. 
 
⚫ Serviço de monitoramento, gerenciamento e automação: envolve toda amalha de monitoramento (hardware e software). O gerenciamento deve possibilitar 
uma operação assistida 24 horas por dia, 7 dias por semana, e executada até 
remotamente. O planejamento e o controle da produção devem garantir a execução 
dos processos de TI como paradas programadas, execução de jobs e rotinas 
periódicas. 
 
4.2 Custo do data center 
 
Sabe-se que implantação de projetos de data center não é nada barata. Na verdade, 
o custo é bem alto. Para cálculo do custo total de propriedade do data center não 
existe uma padronização de metodologia específica. De forma geral, pode-se afirmar 
que o custo total de propriedade de um data center é dado pela seguinte fórmula: 
 
TITIDCDCTCO OpexDeprOpexDeprDC +++= 
 
Em que: 
TCODC = Custo total de propriedade do data center 
DCDepr = Custo de depreciação do data center 
DCOpex = Custo de operação do data center 
TIDepr = Custo de depreciação da TI 
TIOpex = Custo de operação da TI 
 
Na fórmula, os custos do data center relacionados às instalações, aos equipamentos 
de energia e aos equipamentos de refrigeração (Data Center Depreciação e Data 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 44 
Center Opex) estão claramente separados dos custos de carga de TI (TI Depreciação 
e TI Opex), que envolve servers, storage, network e software. 
 
O custo de capital (Capex) do data center varia largamente e depende de localização, 
projeto, velocidade de construção etc. A depreciação utilizada em data center é 
tipicamente adotada como 10 a 15 anos de vida. 
 
Determinantes do custo de construção de data center são: 
(a) Energia e capacidade de refrigeração; 
(b) Funcionalidade; 
(c) Tamanho da sala de computadores reservada para armazenar 
fisicamente os data centers. 
 
4.3 Padronização do data center 
 
Os principais form-factors utilizados em data centers são o Chassi, o Rack e o 
Conteiner. 
 
A construção de data centers baseada em blocos do tipo Chassi utiliza servidores em 
lâmina (blades). 
 
 
Chassis Blade da IBM 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 45 
A construção de data center na forma tradicional em bloco de Rack de servidores 
permite obter modularidade média sem o compromisso de usar Chassis Blade para o 
form-factor de todos os servidores. Os Racks também podem ser construídos por 
encomenda. 
 
 
Racks padrão Dell 
 
Os Racks de servidores podem ser embutidos em contêineres, que permitem o fácil 
deslocamento entre os prédios, facilitando o processo de montagem e permitindo a 
escalabilidade de equipamentos de energia, armazenamento e processamento. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 46 
 
Data center contêiner da Cisco 
 
4.4 Instalação e construção 
 
Para instalação e construção de data centers, é necessária uma avaliação detalhada 
de diversos aspectos importantes. O local de instalação do data center deve incluir um 
estudo detalhado acerca da localização geográfica, fornecimento de energia, 
disponibilidade de telecomunicações, água, gás e qualidade do ar. A construção do 
data center envolve o cálculo da necessidade de energia e refrigeração, 
cabeamento, controle de temperatura e umidade, sistema de prevenção contra 
incêndios e também se deve considerar a segurança física, incluindo espaços 
reservados para a instalação de Racks. 
 
A segurança física é um aspecto crucial da segurança do data center que requer um 
acesso controlado, buscando-se minimizar, portanto, o número de pessoas que podem 
entrar no data center, perfazendo-se um melhor controle de riscos. 
 
Referências 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 47 
 
FERNANDES, Aguinaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz de. Implantando a 
governança de TI: da estratégia à gestão dos processos e serviços. Rio de Janeiro: 
Brasport, 2014. 
LECHETA, Ricardo R. AWS para desenvolvedores: aprenda a instalar aplicações na 
nuvem da Amazon. São Paulo: Novatec, 2014. 
PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Arquitetura de computadores: uma 
abordagem quantitativa. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
RADFAHRER, Luli. Enciclopédia da nuvem. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
STALLINGS, William; BROWN, Lawrie. Segurança de computadores: princípios e 
práticas. Rio de Janeiro: Campus, 2013. 
VERAS, Manoel. Arquitetura de nuvem: Amazon Web Services (AWS). Rio de 
Janeiro: Brasport, 2013. 
 
 
Projeto de Cloud Computing 
5. Arquiteturas customizadas 
 
Alfredo Boente 
professor@boente.eti.br 
 
5.1 Modelos de hospedagem 
 
Na tipologia de data center, as principais áreas presentes são: 
 
- Entrance Room (ER): dita como sala de entrada, trata-se de um espaço destinado 
à interconexão entre o cabeamento estruturado do data center e o cabeamento 
proveniente das operações de telecomunicação. 
 
- Main Distribution Area (MDA): inclui o cross-net principal, que é o ponto principal 
de distribuição do cabeamento estruturado do data center. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 48 
- Horizontal Distribution Area (HDA): área destinada para a conexão com as áreas 
do equipamento, incluindo os equipamentos intermediários. 
 
- Zone Distribution Area (ZDA): ponto de interconexão opcional do cabeamento 
horizontal. Posicionado entre HDA e EDA, permite uma configuração rápida e 
frequente, provendo flexibilidade no data center. 
 
- Equipment Distribution Area (EDA): espaço destinado aos equipamentos 
terminais (servers, storages) e os equipamentos de comunicação de dados ou voz 
(switches, centers). 
 
A classificação de um modelo de hospedagem de data center depende do atendimento 
de cada uma dessas áreas. No entanto, é sempre considerado o menor nível para se 
classificar o data center. 
 
A norma TIA-942, que indica os requerimentos desde a construção até a ativação do 
data center, trata de quatro disciplinas intimamente relacionadas com projetos de data 
center: arquitetura, mecânica, elétrica e comunicação. 
 
 
Classificação de data center segundo a norma TIA-942 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 49 
A norma classifica os data centers em quatro níveis (Tiers), numerados de um a quatro, 
caracterizando-se, portanto, os chamados modelos de hospedagem. 
 
 
Modelos de hospedagem de data center 
 
Tier 1: Data center básico 
- A infraestrutura de comunicação será distribuída da sala de entrada (ER) para a área 
de distribuição principal (MDA) e para a área de distribuição horizontal (HDA) através 
de um caminho único; 
- Não existe redundância de rotas físicas ou lógicas; 
- Prevê um nível mínimo de distribuição de energia elétrica para atender exigências de 
carga elétrica, com pequena ou nenhuma redundância. 
- Deve prever um sistema de acondicionamento de ar simples/múltiplos com a 
capacidade de resfriamento combinada para manter a temperatura e a umidade 
relativa das áreas críticas nas condições projetadas, sem unidades redundantes. 
 
Tier 2: Data center com componentes redundantes 
- Os equipamentos de telecomunicação do data center e os equipamentos da 
operadora de telecomunicações devem apresentar módulos redundantes; 
- O cabeamento do backbone principal LAN e SAN nas áreas de distribuição horizontal 
devem ter, preferencialmente, fibra óptica ou, em último caso, par trançado 
redundante; 
- Os sistemas de ar-condicionado devem ser projetados para a operação contínua, ou 
seja, 24 horas por dia, 7 dias na semana, 365 dias no ano. 
 
Tier 3: Data center que permite a manutenibilidade sem paradas 
- Deve ser atendido por pelo menos duas operadoras de telecomunicações; 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 50 
- Deve observar que não é permitido que os cabos de uma mesma operadoraprestem 
serviços a uma segunda operadora, para se evitar ponto único de falha; 
- A sala não se deve compartilhar equipamentos de telecomunicações; 
- A sala deve estar em zonas de proteção contra incêndio; 
- Deve apresentar sistemas de energia e ar-condicionado distintos; 
- Devem-se prover caminhos redundantes entre as salas de entra (ER) as salas de 
conexão principal (MDA) e as salas/áreas de cabeamento horizontal (HDA). 
 
Tier 4: Data center sem tolerante a falhas 
- Todo o cabling do backbone deve ser redundante, além disso, ele deve ser protegido 
através de caminhos/dutos fechados; 
- Os equipamentos ativos (roteadores, modens das operadoras, comutadores 
LAN/SAN) devem ser redundantes; 
- O edifício deve ter pelo menos duas alimentações de energia de empresas públicas 
a partir de diferentes subestações para fins de redundância; 
- Os sistemas de HVAC da instalação de camada 4 incluem múltiplas unidades de ar-
condicionado com a capacidade de resfriamento combinada para manter a 
temperatura e umidade relativa de áreas críticas nas condições projetadas, com 
unidades redundantes suficientes para permitir uma falha de ou serviço de 
manutenção para um painel elétrico; 
- É requerida a utilização de duas fontes de energia para cada unidade de ar e/ou 
dividindo o equipamento de ar-condicionado entre 
as múltiplas fontes de energia. 
 
5.2 Arquitetura de data center 
 
O data center é construído com base em uma arquitetura tecnológica hierárquica que 
segue o modelo sugerido pela Cisco, que é utilizado em projetos de redes com 
alteração apenas da camada de distribuição pela camada de agregação. 
 
Independentemente da arquitetura do data center, ele tecnicamente pode ser 
apresentado como físico, virtual e industrial. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 51 
 
 
Tipos de data center 
 
O data center físico representa os servidores fisicamente dispostos para uso das 
empresas (geralmente ele está fisicamente instalado dentro da organização). Eles 
geralmente são instalados separadamente (por exemplo: servidor de aplicativo, 
servidor de dados, servidor de internet, servidor de backup etc.). 
 
 
Data center físico – Isolado e independente 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 52 
Esse tipo de data center permite ao gestor de TI manipular os seguintes recursos: 
memória e processamento, incluindo servidores e clusters, armazenamento e 
conectividade. 
 
O data center virtual traz para a cloud recursos que vão além de um data center 
físico ou de cloud servers isolados. Isso porque no VDC não apenas os servidores são 
virtuais como também os recursos de storage e rede são virtualizados em um pool de 
recursos em ambiente de Cloud Computing com total isolamento de rede. 
 
O gestor de TI tem o controle completo do seu data center virtual pelo vCloud Director 
em que os servidores são criados, removidos ou duplicados. O aumento de memória 
e vCPU é feito com a máquina ligada e em produção graças ao recurso de hot add. 
 
 
Data center virtual – Cloud Computing 
 
É um o tipo de data center ideal para adoção em projetos de Cloud Computing. 
 
O data center industrial traz para o mercado de data centers uma grande variedade 
de produtos visando minimizar o tempo de inatividade, aumentar a eficiência e reduzir 
o impacto ambiental causado pela alta demanda de energia. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 53 
 
Data center industrial – Contêiner 
 
Nessa gama de produtos, estão incluídos equipamentos e componentes para proteção 
e distribuição elétrica, além de uma variedade de opções na linha de Critical Power, 
fornecendo energia ininterrupta e garantindo que suas operações continuem 24 horas 
por dia, 7 dias por semana. 
 
Esse tipo de data center tem como característica o armazenamento dos servidores 
dentro de contêineres. O gestor de TI tem controle completo sobre o data center 
industrial. 
 
5.3 Virtualização 
 
Podemos conceituar virtualização como o particionamento de um servidor físico em 
diversos servidores lógicos, ou seja, vários servidores virtuais. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 54 
 
Virtualização de 5 servidores físicos em 1 servidor virtualizado (5:1) 
 
A partir das máquinas virtuais criadas em cada um dos servidores físicos, criou-se um 
servidor virtualizado denominado 5:1, ou seja, um servidor virtualizado criado a partir 
de cinco servidores físicos, quando são utilizadas suas máquinas virtuais como 
referência. 
 
O processo de virtualização permite que a camada de software seja isolada da camada 
de hardware, facilitando, portanto, o gerenciamento, flexibilizando e ampliando o 
poder de processamento do servidor. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 55 
 
Arquitetura da virtualização 
 
Podemos observar na figura anterior que a camada de abstração entrega ao sistema 
operacional um conjunto de instruções de máquina equivalente ao servidor físico. Com 
a virtualização, cada VM (virtual machine – máquina virtual) utiliza um sistema 
operacional específico de cada aplicação respectiva, e diversas VMs podem coexistir 
num mesmo servidor físico. 
 
Um projeto de virtualização traz implicações para os demais componentes de TI e para 
a própria arquitetura disponível no data center, impactando este tipo de projeto, visto 
que ele altera o mapa de densidade de energia e também o esquema de refrigeração 
do data center. 
 
 
5.4 Clusterização 
 
A clusterização é uma técnica que consiste em agrupar dois ou mais servidores a fim 
de aumentar a capacidade de processamento da nova arquitetura do data center. Ela, 
portanto, resolve o problema de falta de recursos do servidor físico. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 56 
Tecnicamente, os clusters podem ser classificados como alta disponibilidade, 
balanceamento de carga, alta performance e grid: 
 
 Cluster de alta disponibilidade (High Availability – HA): mantém-se em 
disponibilidade constante devido ao fato que endereça redundâncias com capacidade 
de failover automático. 
 
 
Cluster de alta disponibilidade 
 
 Cluster de balanceamento de carga (Load Balancing – LB): São clusters que 
endereçam a melhoria da capacidade para a execução da carga de trabalho 
(WorkLoad). 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 57 
 
Cluster de balanceamento de carga 
 
 Cluster de alta performance: Esse tipo de cluster endereça um aumento de 
performance da aplicação. 
 
 
Cluster de alta performance 
 
 Cluster em grid (grade): são clusters que endereçam alta disponibilidade e alto 
desempenho. Podem ser classificados como globais, empresarias ou grid cluster. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 58 
 
Cluster em grid 
 
Esta categoria representa uma evolução natural do conceito de data center em cluster. 
Os grids são caracterizados como uma organização virtual que permite a aglomeração 
de recursos distantes geograficamente. 
 
As nuvens e os grids compartilham visões bem similares, pois ambos reduzem o custo 
de computação, aumentando a flexibilidade e otimizando o uso de recursos. (VERAS, 
2013) 
 
5.5 Blocos de construção da TI 
 
 A tendência natural é que os 
grandes blocos de TI formados pelos servidores, equipamentos de rede e storage 
sejam entregues em blocos pré-testados em configurações predefinidas, garantindo, 
portanto, uma melhor interoperabilidade entre produtos de diversos fabricantes 
diferentes. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 59 
 
Bloco de construção da TI do data center 
 
A criação desses blocos de construção de TI para data center é idealpara projetos de 
Cloud Computing. 
 
 
Referências 
 
FERNANDES, Aguinaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz de. Implantando a 
governança de TI: da estratégia à gestão dos processos e serviços. Rio de Janeiro: 
Brasport, 2014. 
LECHETA, Ricardo R. AWS para desenvolvedores: aprenda a instalar aplicações na 
nuvem da Amazon. São Paulo: Novatec, 2014. 
PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Arquitetura de computadores: uma 
abordagem quantitativa. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
RADFAHRER, Luli. Enciclopédia da nuvem. Rio de Janeiro: Campus, 2012. 
STALLINGS, William; BROWN, Lawrie. Segurança de computadores: princípios e 
práticas. Rio de Janeiro: Campus, 2013. 
VERAS, Manoel. Arquitetura de nuvem: Amazon Web Services (AWS). Rio de 
Janeiro: Brasport, 2013. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 60 
 
Projeto de Cloud Computing 
6. Uso de tecnologias 
 
Alfredo Boente 
professor@boente.eti.br 
 
6.1 Plataforma como um 
Serviço – PaaS 
 
A Plataforma como um Serviço (Plataform as a Service – PaaS) se trata de um 
serviço que objetiva trocar a filosofia de um modelo de software baseado em venda 
de licenças de uso por um modelo baseado no uso de software como serviço 
disponibilizado através da Cloud. 
 
 
Plataforma como um Serviço – PaaS 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 61 
Este novo conceito está vinculado a disponibilização e uso de ferramentas de 
desenvolvimento de software oferecidas por provedores de serviço, através de uma 
plataforma de desenvolvimento disponível em Cloud, 24 horas por dia, 7 dias por 
semana. 
 
Na IaaS, aplicativos são armazenados e rodados (runtime) na nuvem. A diferença-
chave do modelo convencional para o modelo em Cloud está no fato de a plataforma 
rodar em data centers de provedores externos, como é o caso do Windows Azure, da 
Microsoft, que é acessado via internet. 
 
 
Plataforma de Cloud Computing 
 
Servidores físicos representam altíssimos custos de operação devido ao mau 
aproveitamento de todos os recursos disponíveis e pelo fato de ter um gerenciamento 
muito complexo. O IaaS faz a estruturação e a configuração das máquinas virtuais, e 
o armazenamento de dados e redes. 
 
A plataforma Windows Azure entrega uma plataforma de serviços para 
desenvolvedores onde as aplicações são distribuídas de acordo com o melhor 
desempenho, alta disponibilidade ou balanceamento de carga. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 62 
 
 
Gerenciamento de tráfego do Windows Azure 
 
O objetivo-chave do Microsoft Windows Azure é disponibilizar uma plataforma que 
possa ser utilizada para executar aplicações Windows e o armazenamento de dados 
na nuvem, que apresenta logicamente uma divisão em quatro partes: 
 
 Windows Azure: ambiente operacional Windows disponibilizado para rodar 
aplicações e armazenar dados em data centers Microsoft na nuvem. 
 
 SQL Azure: trata-se de um serviço de banco de dados relacionais na nuvem 
baseado na filosofia do SQL Server. 
 
 Windows Azure AppFabric: disponibilização de serviço de infraestrutura para 
rodar aplicações na nuvem, incluindo hospedagem, controle de acesso e segurança de 
dados. 
 
 Windows Azure Marketplace: serviço online disponibilizado na nuvem pela 
Microsoft para compra de dados e aplicações de Cloud Computing. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 63 
6.1 Infraestrutura como um 
Serviço – IaaS 
 
A Infraestrutura como Serviço (Infrastructure as a Service – IaaS), na verdade, 
trata-se de um serviço disponibilizado pelo servidor para processamento e 
armazenamento dos dados. Os clientes que optam por este tipo de serviço não têm 
acesso ao controle da infraestrutura física. Não obstante, eles podem controlar, através 
do processo de virtualização, as máquinas virtuais, o armazenamento, os aplicativos 
instalados e possivelmente uma administração limitada dos recursos de rede. 
 
 
Infraestrutura como um Serviço – IaaS 
 
A Infraestrutura como um Serviço, tecnicamente, é a possibilidade de deixar de 
adquirir hardware e software básicos e passar a desenvolver aplicações sobre uma 
infraestrutura virtual baseada na internet e paga como um serviço. Este serviço é 
denominado de Cloud Computing Infrastructure. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 64 
O serviço de nuvem oferecidos pela Amazon, Amazon Web Service (AWS), desde 
2006, é baseado no foco da IaaS, criado com base na experiência da Amazon no 
suporte de sua plataforma de e-commerce. 
 
 
Serviço AWS da Amazon 
 
Os serviços IaaS oferecidos pela Amazon, através do AWS Amazon, permitem maior 
flexibilidade, efetividade, escalabilidade, elasticidade e segurança. 
 
 
Cloud AWS 
 
Os elementos centrais dos serviços de infraestrutura da Amazon, disponibilizados 
através dos blocos de construção da TI, necessários às aplicações, são os seguintes: 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 65 
◼ Computação: o Amazon Elastic Compute Cloud (EC2), uma máquina virtual 
dedicada, permite aumentar ou diminuir os recursos de computação a partir da 
demanda requerida. 
 
 
Amazon EC2 
 
◼ Storage: o Amazon Simple Storage Service (S3) permite que sejam guardados 
arquivos, documentos, downloads de usuários e backups de dados. Apresenta como 
diferencial o armazenamento escalável, confiável, disponível 24 horas, 7 dias por 
semana e de baixo custo. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 66 
 
Amazon S3 
 
◼ Armazenamento de dados: o Amazon SimpleBD (SBD) permite o 
armazenamento, o processamento e o enfileiramento para conjunto de dados a serem 
armazenados na nuvem. 
 
 
Amazon SBD 
 
◼ Sistema de mensagens: o Amazon Simple Queue Service (SQS) permite 
desacoplar componentes das aplicações usando-se um sistema próprio de mensagens. 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 67 
 
Amazon SQS 
 
6.2 Software como um 
Serviço – SaaS 
 
O software como um serviço (Software as a Service – SaaS), na verdade, trata-se 
de um serviço de nuvem em que os aplicativos de interesse para uma grande 
quantidade de usuários passam a ser hospedado na cloud como uma alternativa 
econômica de armazenamento e processamento. 
 
 
Software como um Serviço – SaaS 
 
Na modalidade de licenciamento por unidade de computador (licença de uso), o 
usuário deve pagar para cada computador uma licença específica para uso. Na 
modalidade SaaS é bem diferente, pois os aplicativos SaaS são comercializados de 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 68 
acordo com a necessidade de cada cliente contratante, caracterizando-se, portanto, 
um modelo de assinatura exclusiva. 
 
A grande vantagem na adoção desse tipo de serviço na nuvem está na facilidade de o 
usuário pagar por uma modalidade de serviço que se encaixa literalmente no perfil da 
empresa contratante. 
 
 
6.3 Frameworks para 
gerenciamento de infraestrutura em projetos de Cloud Computing 
 
As empresas que desejam implementar a sua própria infraestrutura de Cloud 
Computing podem optar por usar como solução frameworks de gerenciamento de 
nuvem. Estes cloud frameworks permitem controlar as máquinas virtuais, gerenciar a 
rede, controlar armazenamento e segurança, entre outros recursos disponíveis. 
 
Alguns exemplos de framework para cloud Computing: 
 
⚫ Eucalyptus 
O Eucalyptus (Elastic Utility Computing Architecture for Linking Your Programs to 
Useful Systems) é um framework para a construção e o gerenciamento de nuvens 
privadas e nuvens híbridas sem que haja a necessidade de nenhum tipo de hardware 
especial para Cloud Computing. 
 
 
 
PROJETO DE CLOUD COMPUTING 69

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