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As Descobertas médicas de Bach - Nora Weeks

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,rIU 1'1 /, (j do
pelo "Cura-te a ti mesmo" :ItruV~N <IUN 1'111I'1'" <lI' iludi,
INSTITUTO OR. EOWARD I!JACH
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE
{DWARD BACH MÉDICO
AS
'" I,OIlIiU"'AS MÉDICAS
01\
I 11\1 I{I> BACII, MÉDICO
, I "'> I Flol' 'S fazem ao Corpo Humano
NORAWEEKS
Tradução: Sílvia Branco Sarzana
Revisão: Carmen Monari
Instituto Dr. Edward Bach
Rua Coronel Quirino, 303 Cambuí
Campinas - São Paulo - SP
Cep 13025-000 BRASIL
Afotografia na página anterior é do Studio de Dr. Bach.
© The Dr. Edward Bach Healing Centre 1973
Publicado na Grã Bretanha por:
The C. W. Daniel Co.,
Saffron Walden, Essex CB10 1JP
1 a edição do Inglês - 1940
Bach, Dr, Edward Bach, Bach Flower Remedies, o logo da Flor,
a fotografia do Dr, Bach, 39, Rescue e Rescue Remedy são
marcas registradas de Bach Flower Remedies, Ltd.
Oxfordshire, Inglaterra.
1" edição em Português - 1998
SUMÁRIO
CAPíTlJI.O PÁGINA
l. Edward Bach. Primeiros Anos 9
11. 1903-1906. Experiência na fundição de Cobre Bach 12
lU. Trei namento Médico J 5
IV. Patologista e bacteríologísta J 9
V. Homeopatia. Nosódios de Bach 25
VI. 1922·1928 Os Sete Nosódios de Bach 32
VII. 1928-1930. O início do novo trabalho e a descoberta
dos três primeiros remédios herbáceos 39
VIII. 1930. As últimas semanas em Londres 44
IX. Maio-julho de 1930. Gales. A descoberta do "método
solar" de preparação dos novos remédios 48
X. J 930. Junho e Julho. A escrita do livro "Cura-te a
timesmon...•.....• ............•••.............•....•............. 53
XI. 1930. Agosto. Crorner. Os princípios do novo método
de tratamento 57
XII. 1930. Agosto e Setembro. A descoberta e a
preparação de sete dos novos remédios .. 64
XlII. O inverno de 1930. A publicação do livro "Cura-te
a ti mesrno ". Alguns resultados obtidos com os
novos remédios, retirados do arquivo de
Edward Bach 70
XlV. 1931-1932. A descoberta e preparação dos últimos
três remédios da série. OsDozeRemédios Curadores.
A escrita do livro Liberte-se 80
XV. Inverno de 1932. Crorner. A correspondência com o
Conselho Geral de Meclicina. Relatos de casos tratados
com os três remédios: Water Violet, Rock Rose e
Gentian 85
XVI. 1933. Marlow. Crorner. A publicação do panfleto Os
Doze Remédios Curadores e a descoberta e
preparação dos-remédios denominados "Os Quatro
Auxiliares" 94
XVII. 1933-1934. O último ano em Cromer. A publicação
de Os Doze Remédios Curadores e os Quatl'o
Auxiliares. A preparação dos remédios Wild Oat,
Olive e Vine J O J
XVIII. Cromer. 1930-1934 106
SUMÁRIO(,
CAl'fTIII,O , '
XIX 19:'14-19:;5, Sorwel l. O livro Os Doze NemedlOs
C/'{'l'adures e os Sete Arcxiliares. A descoberta dos
novos dezenove remédios florais , ,
XX Sotwell. O livro Os Doze Nelllédíos Curadures.~
Outros teemédios. A palestra "As EI":L~ Curadoras ,
A doença final e a morte de Edward Bach .
XXI Resultados obtidos pelos trinta e oíto Remédios Florais
XXII Edward Bach: Impressões Pessoais
1 11
119
124
134
EDWARDBACH
Impetuoso e ardente, como uma chama viva,
Sem qualquer pensamento egoísta, sempre desejando
Não a riqueza nem o poder, não a influência nem a fama,
Exceto aquilo que poderia levar adiante o seu esforço
Para ajudar a humanidade. Tão veloz para compreender
Todas as dúvidas, medos e falhas, contudo tão lento
Para julgar ou condenar, sozinho pôs mãos à obra
Para CUrar, ajudar tais poderes a crescer
O que faz por solidariedade e para banir o ódio
E ajudar todo o imenso mundo a alcançar
O contato com o Infinito. Nas sombras esperamos
Tanto pela luz, tão freqüentemente isso parece vão,
Mas houve uma vida que muito rapidamente acendeu
Fogos excitantes que lentamente morrerão.
C.E.W.
"A única e elevada missão do médico é restabelecer a
saúde do doente, curar ...". - ..Hahnemann
CAPÍTULO I
EDWARDBACH. PRIMEIROS ANOS.
EDWARD BACH nasceu em 24 de setembro de 1886, em
Moseley, uma vila distante três milhas de Birmingham, em
WalWickshire, e foi o filho mais velho de uma família de dois
rapazes e uma garota.
Foi um bebê delicado e foi só através de muitos
cuidados que ultrapassou os primeiros anos difíceis de sua
vida, embora, conforme fosse ficando mais velho, sua saúde
tenha melhorado.
Enquanto garoto, sua determinação e firmeza de
propósito foram proeminentes; possuía tal poder de
concentração, que ficava absorvido em qualquer coisa que
Ointeressasse, não permitindo que nada distraísse sua atenção
Ou interferisse com seu propósito.
Era cheio de vitalidade e amava a aventura; era bom
em jogos e estava sempre pronto a fazer alguma travessura
e, graças à linhagem galesa em seu sangue, agudamente
Intuitivo e sensível.
Tudo o que pertencesse a Gales o atraia imensamente;
sua própria família, conforme se deduz do nome Bach, chegou
IL essa terra muitos anos atrás e sua natureza intuitiva, idealista,
seu amor por tudo o que é belo, sua bela voz ao falar
marcaram-no como um verdadeiro filho dessa terra mística.
Howard Fisher, o diretor da Winterloe School,
Moseley, onde foi educado, era galês e por ele Edward Bach
Unha uma grande afeição, que durou anos. Freqüentemente
fulava do meio feriado que ganhou como prêmio por
pronunciar Caemarvon com um "e" e a alegria que isso deu
11 seu mestre galês.
Esse amor por Gales arrastava Edward Bach de
volta a essa terra sempre. Quando estudante, passava seus
~ rlados fazendo longas caminhadas pelas vilas galesas e
I .las montanhas, dormindo onde podia, feliz com a
'ompanhia de seus amigos, os pássaros, as árvores e as
9
10 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH
flores silvestres, pois seu amor pela Natureza mostrou-se
desde os primeiros anos de sua,vida.
Posteriormente ele encontrou, próximo a um dos
rios da montanha, oprímeíro dos remédios herbáceos, através
dos quais tomou-se famoso; tempos depois, na paz e quietude
de uma vila galesa, desenvolveuos princípios do novo sistema
da medicina à base de ervas.
Tinha uma natureza multifacetada. Independente e
positivo desde a mais tenra idade, dotado de grande senso
de humor e alegria, tomava-se às vezessilencioso e meditativo,
perambulando sozinhopelos campos ou sentando-se e olhando
fixamente para as maravilhas de um pequeno gramado ou
para a casca de alguma grande árvore por horas a fio.
.Qualquer ser humano, ou pássaro, ou criatura, que
estivessepassando por algumaafliçãoou sofrimento despertava
nele uma tal compaixão e desejo de ajudar, que se determinou,
enquanto ainda estudante, a ser médico.
Essa compaixão esmagadora pelos outros, que lhe
deu uma imensa compreensão de suas aflições, era uma de
suas qualidades mais notáveis e aquela que o fez ser amado
por todos os que entraram em contato com ele.
Inúmeras vezes sentava-se na sala de aula da escola
e sonhava com o tempo em que poderia ser iniciado o seu
trabalho. Sonhava que tinha encontrado uma forma simples
de cura, que pudesse curar todas as formas de doenças.
Também sonhava que o poder de curar fluía de sua mão e
que tudo o que tocava era-curado e esses não eram os vôos
da imaginação de um estudante, mas o conhecimento interior
daquilo pelo que passaria, pois encontrou essa forma símples
de cura entre as flores silvestres e, nos anos vindouros, soube
que, de fato,,tinha o poder de curar e foram muitos os doentes
que curou através do toque de suas mãos.
Seu ideal de um modo simples de curar todas as
doenças persistiu e, conforme foi amadurecendo, tal ideal
tomou-se uma convicção e a.força ativadora do trabalho de
toda a sua vida, pois, ao longo dos aIlOS,praticou como
patologista, bacteriologista e homeopata; seu único objetivo
.;\S DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 11
era descobrir remédios puros, uma forma simples de
tratamento para substituir os meios científicos complicados,
que não ofereciam qualquer certeza de cura.
Mas o garoto, Edward Bach, não era um simples
sonhador. Sua certeza, sua firmezade propósito; seu interesse
em todas as coisas, contudo pequeno, combinaram-se para
compor o caráter de um grande gênio, embora, como é
comum com os gênios,' estivesse destinado a ficar sozinho,
pois poucos poderiam seguír.e compreender a determinação
de alguém que conhecia o trabalho de sua vida desde o início
e não permltiria que nada interferisse com esse grande
desígnio.
Houve dois grandes interesses em sua vida: uma
compaixão imensa por todos os que sofrem, fossem eles
seres humanos, pássaros ou outros animais, e seu amor pela
Natureza, por suas árvores e plantas. Esses dois interesses
eombínados levaram-no ao conhecimento da cura que ele
buscava. Um desses amores auxiliou o outro, pois ele
encontrou no armazém da Natureza as flores do campo que
CUramos que sofrem e os doentes.
CAPÍTULO II
1903-1906. EXPERIÊNCIA NA FUNDIÇÃO DE COBRE BACH
Ao deixar a escola aos dezesseis anos, Edward Bach,
embora determinado a ser médico, decidiu antes de tudo
trabalhar na fundição de cobre de seu pai, pois sentia que
não poderia pedir a seus pais que pagassem as desp;sas do
longo treinamento médico. Assim, durante os tres anos
seguintes, de 1903 a 1906, trabalhou nas usinas Bach, em
Birmingham. ,
Esses anos, embora longos e difíceis para alguem
com a sua natureza livre e sensível, não foram considerados
por ele um desperdício, pois ali, entre os ~eus colegas
operários, obteve um "ínsight" e urna compreensao da natureza
humana, que constituíram a base de toda a sua obra fut~lra.
Ele não gostava da vida dentro de casa e de ficar
fechado horas dentro da fábrica, mas, como era da sua
natureza, se propôs a aprender completamente o trabalho,
trabalhando com os tornos mecânicos nas oficinas, em todos
os vários departamentos e pôs seu talento à prova, durante
um período, como caixeiro viajante da empresa.
Nos anos vindouros, contaria suas aventuras nessa
área com um grande bom humor. Sua natureza generosa e
ausência de tino comercial não lhe permitiam discutir preços
e ele retornava de suas viagens com um livro cheio de pedidos,
que a empresa, incapaz de produzir os bens com os.desenhos
a respeito dos quais ele havia concordado, pOSSlvelmente
não poderia realizar. De modo que ele logo encontrou um
outro trabalho para fazer.
Em 1903, ele se juntou ao Worcestershire Yeomanry,
onde, com os cavalos foi capaz de ceder ao seu grande amor
pelos animais; também a vida ao ar livre foi um alívi? b~m-
vindo depois do barulho e do confínamento na fabnca.
. Mas seu principal interesse era ainda o estudo da
natureza em todas as suas ramificações. Para ele, árvores e
12
AS DESCOBERTAS MÉDICAS. DE EDWARD BACH 13
plantas constituíam um mundo de interesse absorvente e ele
teria preferido trabalhar todas as noites na fábrica do que
perder a luz do dia em suas perambulações.
As horas de trabalho foram sempre aborrecidas para
ele, pois sabia, então, que a inspiração viria de momentos
inesperados e que era em tais momentos que todo o verdadeiro
trabalho era realizado e ele foi tão fortemente guiado pela
inspiração, que qualquer coisa que interferisse com a ação
intuitiva não apenas lhe dava uma sensação de insatisfação
e frustração, como também o deixavam fisicamente esgotado
e doente.
Isso fez com que os três anos na fábrica lhe
parecessem, de fato, muito longos e, finalmente, ele não
onseguiu resistir à urgência em iniciar seu verdadeiro
trabalho, o que foi fortalecido por seu conhecimento de que
o medo da doença estava sempre presente na mente de seus
olegas operários. Para eles, a doença significava perda do
.mprego, com o acréscimo de pesadas despesas médicas e
.les trabalhariam, mesmo quando deveriam ficar na cama,
em casa.
Viu também que pouco se fazia em relação ao número
crescente de queixas, além da prescrição de paliativos e a
supressão dos sintomas, e ele se determinou a encontrar uma
maneira de tranquilizar as mentes e os corpos, pois ainda
estava convencido de que havia um método simples de cura
.1 ser encontrado, aquele que curaria todas as doenças,
incluindo aquelas chamadas crônicas e incuráveis.
Parecia-lhe que essa forma de curar talvez
li irtencesse mais à Igreja do que à profissão médica, pois
Cristo, o Grande Curador, curava o corpo, a mente e a alma
" ele debatia consigo mesmo a respeito da profissão que
d"veria seguir.
Mas pareceu-lhe que não interpretava completamente
0:-; seus ideais e começou a perceber que precisaria encontrar
pura si mesmo novas verdades ou, talvez, verdades há muito
", quecidas sobre as doenças e a cura da humanidade .
Primeiro, ele decidiu, estudaria todos os métodos
I onhecidos de cura e, para isso, era necessário um treinamento
f t
14 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE. EDWARD BAÇH
médico, mas a questão dos custos ainda? própria inclinação
e que pagaria as despesas e lhe daria uma ~esad~, de modo
que poderia iniciar seu treinamento ímedtaramente-
Depois da conversa com o pai, ele não perdeu tempo
e começou a estudarpara a matrícula e o ingr.esso, çomo
estudante, na Universidade de Birmingham aos vinte anos de
idade.
CAPÍtúLO 111
TREJN~TO MÉDIcb
Da Universidadé de Birmingham, Edward Bach foi
para Londres, para terminar seu treinamento no Uníversíty
CollegeHospital, onde se graduou em 1912. . .
, Obteve oDíplorna Conjunto' de M.R.O.S,eL.R.C.P.,
em 1912; os graus de M.B..e B.,S.em,1913 e o Diploma,dé
Saúde Pública (D.P.H.Camb.) em 1914;. .
Desde o seu primeiro dia no Uníversity College
Hospital,como estudante, até 1930,raramente deixou Londres.
Seu entusiasmo e desejo intenso de encontrar a verdadeira
cura preencheu sua vida, excluindo tudo o mais.
Nãogostavada vidana cidade.O barulho interminável
do tráfego, as ruas apinhadas, que deixavam ver tão pouco
do céu, tornavam-no saudoso da paz e tranqüilidade do
campo e da beleza das árvores e plantas e essa saudade
tornava, às vezes, aqueles anos na cidade uma agonia.
Ele até evitavaos parques de Londres, temendo que
o chamado da Natureza se mostrasse muito forte e o distraísse
de seú trabalho, que precisava, parecia-lhe, estar naquele
momento onde tivesse' a oportunidade de· estudar muitos
pacientes, achando que apenas nas alas e laboratórios do
hospital descobriria como aliviar verdadeiramente os
sofrimentos daqueles pacientes. Não sabia então que o amor
à.Natureza, que ele fazia o possível para sufocar.o guiava em
suas pesquisas e que as flores silvestres possuíam em suas
pétalas ·um poder de cura muito maior do que qualquer
remédio preparado em laboratório através de métodos
científicos. .: . . ,
Aqueles anos como estudante não foram fáceis para
ele de muitas maneiras. Sua "timideze o conceito que tinha
de seu pai fizeram-nopedir uma mesada que era, ele verificou,
apenas suficiente para fornecer-lhe os livros necessários aos
seus estudos e freqüentemente.era difícil comprar alimento
15
16 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH
bastante para satisfazersua fome nos finais de semana. Muitos
foram os meios por ele empregados para aumentar sua
mesada e ele corrigiu provas e exames e trabalhou todas as
horas da noite para viverdentro de seu orçamento. Some-se
a isso o fato de que sua saúde não era muito boa e sua paixão
pelo trabalho permítía-Ihe pouco lazer; mas suafirmeza de
propósito sobrepujava todas as suas limitações físicas, como
ocorreu ao longo de toda a sua vida.
Como estudante de medicina, Edward Bach passou
pouco tempo com seus livros; mesmo então sentia que o
conhecimento teórico não constituía o melhor equipamento
para um médico, nem o método perfeito de se tratar os seres
humanos, que diferiam tanto em suas reações às doenças
que afetavam seus corpos.
Para ele, o verdadeiro estudo da doença reside em
assistir cada paciente, o modo pelo qual cada um era afetado
por sua doença e ver como tais reações diferentes
influenciavamo curso, a severidade e a duração dessa doença.
, Atravésde suas observações, aprendeuque o mesmo
tratamento nem sempre curava a mesma doença em todos
os pacientes; pois, embora talvezquinhentas pessoas, afetadas
por uma queixa semelhante, reagissem da mesma maneira,
contudo havia milhares que reagiram de maneira diferente
e o mesmo remédio, que aparentemente cura alguns, não
tinha qualquer efeito sobre outros.
Isso o levava a questionar a administração de
determinados remédios para doenças definidas e ele revisava
seu estudo dos pacientes na enfermarias, buscando uma
iluminação maior.
Então, percebeu que pacientes com um
temperatpento ou personalidade semelhante freqüentemente ,
respondiam ao mesmo remédio, enquanto outros, com um
tipo diferente de personalidade, precisavam de um outro
tratamento para a sua cura, embora sofressem da mesma
enfermidade.
Assim, no início de sua pesquisa, alcançou o
conhecimento de que apersonalidade do indivíduo era até
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 17
mesmo mais importante do que o corpo no tratamento de
Isua doença. '
Apersonalidade do paciente, o ser humano enfermo,
era para Bach a principal indicação do tratamento exigido;o
panorama da vidado paciente, suas emoções, seus sentimentos;
eram todos pontosde importância fundamental no tratamento
das incapacidades físicas. '
EdwardBachpassou horas nas enfermarias,assistindo
os pacientes, desejando encontrar a cura para as suas doenças,
em vezde um alíviotemporário. Viucomo o processo de cura
era freqüentementedoloroso, algumasvezesquasemaisdoloroso
do que a própria doença, e isso serviu para fortalecer sua
convicção de que a verdadeira cura deveria ser suave, indolor
e benigna.
'Mesmo em seus dias de estudante, começou a
aprender muito sobre a verdade relativaà doença e sua cura,
e observou que o tempo iria se tomar a pedra fundamental do
novo sistema de medícína que ele descobriria vinte anos mais
tarde.Apenasgradualmentefoi-lhepermitidoaprender a respeito
de,tais verdades. Passo a passo, conforme os anos passavam,
ele aumentou seu conhecimento, fazendodescobertas em cada
ramo da medicina, descartando ou aperfeiçoando essas
descobertas, enquanto provava o valor das mesmas, sempre
com um único objetivopor trás de seus esforços, a purificação
da medicina existente e a descoberta de uma cura certa e
simples para as doenças.
Aolongo de toda a sua vida, fezpouco uso das teorias
aceitas até que elas lhe fossem provadas.Aexperiência prática
e a observação foram, para ele, o único caminho verdadeiro
da aprendizagem. De fato, dizia-se que el,eera conhecido por
ter dito, ao ser apresentado com todos os seus diplomas,
"Levareicinco anos para esquecer tudo o que me foiensinado."
Obteve seu conhecimento e sua experiência
a partir da vida e de sua própria intuição, de modo que os
resultados de sua obra foram todos práticos e,
finalmente, no término do trabalho de sua vida, deixou o
18 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE 'EDWARD BACH
registro dele num pequeno livro" de trinta páginas, escrito
de modo claro e simples para que todos compreendessem .
.• Os Doze Remédios Cur~dores e'Outros Remédios (The Twelve
. Healers and Other Remedies), Edward Bach, M.B., B.S., D.P.H.
CAPÍTULON
PATOLOGISTA E BACTERIOLOGISTA
Em 1913, Edward Bach manteve o cargo de Médico
Ohefe de Pronto Socorro do University College Hospital e
posteriormente, no mesmo ano, aquele de Círurgíão Residente
de Pronto Socorro no National Temperance Hospital, mas foi
forçado a desistirdesse posto depois de alguns meses, devido
a um p-roblema de saúde.
Quando sé recuperou, montou um consultório
próximo à Harley Street, onde logo se tornou muito ocupado.
Conforme aumentava a sua prática, tornava-se cada vezmais
Insansfeíto-com os resultados do tràtamento ortodoxo, pois,
embora-muitos deseus pacientes tivessemmelhorado e muitos
e$tlvessemapáréntémente'dIrados,asaúde deles nem sempre'
er;Á mantída, Havíafnuítos casos crônicosede 'longa duração
tarhoém,que pareciam não receber benefício de qualquer'
f0Fma de tratamento.
I »« Parecia-lhe que a medicina moderna falhava de
alguma maneira e que a cirurgia 'raramente podia ser mais
do que um paliativo e um alívio e ísso o'entrístecía.tpoís ele
nãe' tinha, como podia ver, nenhum modo de' remediar tal
situação. A falha aparente devia-se, ele sentia, ao fato de que
a maioria dos médicos tinha pouca oportunidade de estudar
seus pacientes'; Estavam sempre muito ocupados para' pensar
no lado humano, concentrando-se muito no' corpo físico é;
assim, esquecendo que cada indivíduo' não era construído
segundo um padrão.
-- Ensinaram-Ihestanm a se relacionar com a doença,
que' ignoravam a personalidade do ser humano e ele estava
convericidode que, desse modo, eles estavam neglígencíando
os siritomas mais importantes do paciente. . , , .
Isso fez com que ele buscasse' outros métodos de
cura e se interessasse por um outro ramo' da' medícína: a
Escola-de' Imunología. " .
Consequentemente tornou-se bacteriologista
19
20 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH
assistente no UniversityCollegeHospital e esperava encontrar
na bacteriologia a resposta para seu problema. Apartir dos
resultados de seu trabalho, começou a sentir que, de fato,
estava na pista de um método de tratamento, que curaria até
mesmo casos crônicos refratários, que até então tinham
desafiado todos os esforços da profissão médica, pois ele
descobriu que certos germes intestinais, que na época tinham
sido considerados de pouca ou nenhuma importância, estavam
intimamente ligados às doenças crônicas e à sua cura.
ESsesgermes estavampresentes no intestino de todas
as pessoas suspeitas de sofrerem de doença crônica e também
estavam presentes em indivíduos saudáveis; mas, no primeiro
caso, definitivamente aumentavam em número e no segundo,
em menor proporção.
Seu trabalho, portanto, residia em estudar esses
bacilos e -descobr ír que relação mantinham com as
enfermidades crônicas presentes nos pacientes; por que é
que estavam presentes em número tão elevado e se estavam
lá para ajudar ou impedir a recuperação da saúde.
Segurram-se semanas e meses de pesquisa e,
conforme esta progredia, ele se convencia de que uma vacina,
feita a partir dessas bactérias intestinais, injetada na corrente
sangüfnea do paciente teria o efeito de limpar o sistema dos
venenos causadores da doença crônica. Os resultados que
obteve ao fazer isso estavam além de suas expectativas.
Não apenas a saúde geral melhorou muito, de
maneira que os pacientes nunca tinham se sentido tão bem
antes, como também a enfermidade crônica -- a artrite, o
reumatismo, as dores de cabeça etc. -- desaparecia para
sempre.
Embora tivesse obtido tais resultados encorajadores
a partir dessas vacinas, Edward Bach não gostava do método '
de injetá-Ias através da pele, com as resultantes reações
dolorosas no paciente e a dor local, o inchaço e o desconforto
seguiam o uso da agulha da seringa. Ele se propôs a descobrir
um método mais simples de.aplícação.
Resolveu parcialmente este problema através de sua
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 21
descoberta seguinte, pois observou que, se apenas uma dose
de vacina não fosse' repetida até que os efeitos benéficos
daquela anterior tivessem se esgotado ou as condições do
paciente tivessem se tornado estacionárias, os resultados
eram melhores do que quando as doses eram administradas
em intervalos estabelecidos e havia um número muito menor
de reações severas no paciente.
Isso o alegrou, pois eram necessárias poucas
injeções; freqüentemente semanas, meses, até mesmo um
ano, passariam antes de o paciente precisar de uma segunda
dose, pois quanto mais tempo durasse a melhora, nenhum
tratamento precisaria ser administrado.
Tais descobertas importantes revolucionaram o
tratamento de' doenças crônicas e, poucos anos depois, em
outra escola de medicina -- a homeopática -- ele continuou
suas pesquisas sobre as descobertas, melhorando-as e
Implífícando-as, com um aumento desucesso e até mesmo
resultados melhores do que antes.
Sua própria saúde nesse período não era boa e ao
romper da Grande Guerra de 1914, para sua tristeza, foi
recusado seguidamente para o serviço militar.
Porém ele tinha muito o que fazer.Foi o encarregado
d mais de quatrocentos leitos de feridos de guerra no
UniversityColIegeHospital, além do seu trabalho de pesquisa
no departamento de bacteriologia e também foi o
onstrador e assistente clínico de Bacteriologia do Hospital
dical School, de 1915 a 1919.
Trabalhou incessantemente, não se permitindo
alquer descanso, até que ficou tão doente que teria
maiado sobre a bancada do laboratório. Sua grande
terminação não lhe permitia pensar em seus próprios
blemas e, enquanto houvesse tanto a ser feito e tantos
clsando de auxilio, ele continuaria. Mas, em julho de
7, teve uma hemorragia severa e ficou inconsciente.
transportado para uma das enfermarias do hospital,
cado sobre uma cama com todo o seu pessoal ao
r, pois tal era a sua condição que uma operação seria
22 AS DESCOBERTAS 'MÉDICAS 'DE ,EDWARD BACH
necessáriapara salvarsuavida;de tato , os cirurgiõesduvidavam
,muito deq~e tivessem chegado-a tempo. ." _ '
" , ,'Se\ls pais deram o consentimento e a operaçao ~Ol
realizada sem o conhecimentp,de Edward Bach, que nao
tinha recuperado a conscÍência,' ",: '
, 'Sobre:Vive,u à cirurgia, mas seu estado ainda era
b~tante grave e, quando foi possível; di,sseram-lhe que a
doença, embora localmente removida, provavelmente se
espalharia; que poucos se, recl.}peraram per~anentemen~e
,de uma doença assim e, no máximo, ele terra apenas tres
meses de vida.
Então seguiram-se,para EdwardBach,dias e semanas
na cama dias e semanas de dor indescritível e agonia tanto
para o~o.rpo quanto para a mente. Para alg~é~ com ~ua
ativa natureza sensível, com uma ardente urgencia de Viver
e reali;ar seu propósito de vida, aquelas primeir3,Ssemanas
estiveram,quase além do que podeda suportar. T~ha só três
meses para terminar o trabalho, que ele sabia estar apenas
no início! , '
Gradualmente apaziguou seus pensamentos, mas
determinou-~e a, se tivessede deixar seu trabalho inacabado,
ele o tornaria o mais completo possível nas poucas semanas
d~ vida que lhe restavam. Ainda muito fraco, capaz apenas
de andar, retornou aos labprató,rios do hospital, onde, por
algumas semanas"encarregou-,setotalm<:nte.dodepartamento.
, Imediatamente tornou-se tao rrnerso em seus,
experimentos, que perdeu toda a noção do te~po, trab~ando ,
dia e noite até o ponto em que a luz que brilhava nas Janelas
de seu laboratório era chamada de "a luz que nunca se apaga".
. Conforme as semanas e meses passavam, ele se
esqueceu' dos próprios problemas e verificou que estava se
tornando mais forte e, quando os três meses se passaram,
repentiname,nte percebeu <l;ue.sua saúde era melhor do que
aquela que teve por alguns anos: ,
, Os homens que o tinham visto em seus plOres
niomentosficaram'atônit~s ~om sua recuperação, tanto que
u~ amigo médico, que tinh~ assístído li,sua cirurgia e, então,
AS· DESCOBERtAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 23
partiu imediatamente para a frente de batalha, ao encontrá-
10 repentinamente, algum tempo depois, exclamou: "Mas,
bom Deus! Bach, você está morto!"
Isso o fez parar para considerar a razão de sua
maravilhosa recuperação, de seu retorno à vida como ela era
e chegou à conclusão de que um interesse absorvente, um
grande amor, um propósito definido na vida constituíam um
fator decisivo na felicidade do homem na Terra e eram" de
fato, o incentivo que o fizeram.atravessar suas dificuldades
e o tinham ajudado a recuperar a própria saúde.
Em seu último trabalho, esta grande verdade foi
enfatizada, pois ele descobriu que os remédios à base de
ervas tinham o poder de revitalizar tanto a mente quanto o
CQDpO, que o desejo de viver e realizar o trabalho de uma
vida é' recuperado e com ele a boa saúde retorna.
As vacinas, que preparava a partir de bactérias
intestinais,estavamsendo cada,vezmais usadas no tratamento
de doenças crônicas e com resultados tão excelentes que o
método foi amplamente adotado pelos médicos.'
Durante a epidemia de gripe de 1918, foi permitido
a Edward Bach, não ofícíalrnente, inocular as tropas dos
acampamentosmilitares com suas vacinas, salvando, assim,
muitos milhares de vidas; e ele ansiava por ser capaz de
stender seu trabalho para. outros campos, onde a taxa de
mortalidade era assustadora. Sabia que poderia impedir um
ofrimento indizível apenas se tivesse a oportunidade.
Como retorno à saúde, revisou suas pesquisas com
grande atividade e sua reputação como bacteríologísta trouxe
um J.1lMmerOcada vez maior de pacientes ao seu consultório
da Harley Street.
Ficou enormemente encorajado com os resultados
seu trabalho neste estágio,sentindo que estavagradualmente
Iliproximando do método mais suave, mais seguro de
I uamento que desejava encontrar. Atéagora tinha sido capaz
I I numa larga extensão, eliminar a necessidade de drogas
médios desagradáveis e, acima de tudo, dar esperança
oaêorto a' muitos que tinham perdido a esperança de
uperação.
24 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH
Seu trabalho ligado à toxemia intestinal estava se
tornando cada vez mais conhecido e os resultados de suas
e conforto a muitos que tinham perdido a esperança de
recuperação.
Seu trabalho ligado à toxemia intestinal estava se
tornando cada vez mais conhecido e os resultados de suas
descobertas foram publicados nas revistas médicas e estão
registrados no Proceedings of the Royal Society of Medicine
do ano de 1920.*
Embora tais descobertas constituíssem um grande
avanço sobre. os métodos antigos de tratamento de doenças
crônicas, Bach ainda não estava completamente satisfeito.
Existiam certas doenças que não respondiam-ao
tratamento, onde mesmo às vacinas não tinham qualquer
serventia e o método aceito de diagnóstico ~ra, para a sua
mente, muito prolongado.Treqüenternente dias, semanas e
até meses eram gastos em investigações, observações e exames
antes que o nome da doença pudesse ser decidido e o
tratamento prescrito. Durante esse tempo, o paciente ainda
sofria e tornava-se mais fraco e mais necessitado de ajuda.
Ele começou a sentir que seu trabalho ainda estava
na infância e se determinou a redobrar seus esforços.
Procedimentos da Real Sociedade de Medicina (N.T.)
* "A Natureza o Soro Antitripsina e sua Relação com a Autólise e
a Formação de Toxinas" (The Nature of Serum Antitrypsin and its
Relation to Autolysis and the FormationofToxins) - F.H. Teale e E.Bach
(Proc. Roy. SocoMed., 1920) .
"A Relação da Titulo Autotríptico de Sangue à Infecção Bacteria.t~a
e àAnafilase" (The Relation of the Autotryptíc Titre of 8100d to Bactena
Infection and Anaphylaxis) -- F.H. Teale e E. Bach (Proc. Roy. Soco
Med.,1920)
"O destino de "espóros lavados" na inoculação em animais, com
especial referência à Natureza da Toxemia Bacteriana" (The fate of
"washed spores"on ínociilatíon into anirnals, with specíal reference to
the Nature of Bateria! Toxaemia) -- F.H. Teale e E. Bach (Journalof
Patbology and Bacteriology, 1920)
CAPÍTULO V
HOMEOPATIA. OS NOSÓDIOS DE BACII
A parte final do ano de 1918 viu uma nova fase da
obra de Edward Bach.
.. As autoridades do lJniversity ColJege Hospital
~eCI(~r<un que seu corp? docente deveria trabalhar em tempo
Illtegl al no HOspItal e deixar de lado qwtlquer trabalho externo
que pu?esse ter, Isso não teve nenhum atrativo para Edward
Bach. Seu forte desgosto em relação a horas estabelecidas
de tr.ab~lO, a regras e reguhunenlos, levanun-no a pedir sua
denllssao ali e naquela hora.
. , Mas determinou-se a continuar com SU,L<;pesquisas
Iigadas a toxernía inteslinal e, para tal Um, estabeleceu um
peque~lO laboratódo próprto em Nollingham Place, W.i., onde
POdet·~a tanto examinar pacientes quanto proceder às suas
pesquisas.
. . Nessa época foi muito pressionado pelafalta de
dlllhel~o: pois tinha gasto tudo o que possuía em seu
laboratono expenmcms] e foi forçado a viver, comer e dormir
num peq.ueno aposento. Mas estava feliz, pois estava livre
para continuar suas pesquisas seguindo suas próprias diretivas,
nunca duvidando que obteria novos conhecimentos e faria
descobe:tas pat·~ o benefício dos que sofrem.
, .1ouco depol~,. o posto de patolOgista e bactetiologista
do HosP.llal H~meopatlco de Londres tornou-se vago e, com
uma sollcIlaçao, foi aceito. Começou seu novo trabalho lá
em m a r ç o de 1919, permanecendo até 1922.
~nk'io OCOtTeuque lhe deram para ler o Organon; o
livro escrrto por Hahnemann, o fundador da homeopalia.
ASSIm, c.omeçou a ler com dúvidas na mente mas
Já a primeiI~a página o fez mudar de opinião, pois reconheceu
() granda gemo de l-Ialmem<Ulll e ele passou o resto da noite
sentado lendo o Livro de ponta a ponta.
25
,.,
Quanto mais lia, mais interessado se tornava, pois
havia uma grande semelhança entre as descobertas de
Hahnemann e as suas próprias.
Hahnemann, parecia, conheceu, aproximadamente
cem anos antes, aquilo que ele recentemente descobrira por
si mesmo através de métodos diferentes. Hahriernaun
descobrira a relação íntima entre doença crônica e
envenenamento íntestínal e também provara que as doses
eram mais benéficas, se fossem repetidas apenas quando a
melhora resultante da dose anterior tivesse cessado.
Edward Bach ficou profundamente impressionado.
Aqui estava um homem que, há muitos anos, tinha descoberto
esses fatos sem a ajuda do aparato científico moderno e que,
provando-os primeiro em si mesmo e em seus poucos
assistentes, tinha sido suficientemente corajoso para doar
seu conhecimento ao mundo sem ninguém para apoiá-Io.
As curas que.Hahnemm111 obteve foram duplamente
maravilhosas para a mente de Edward Bach pelo fato de que
ele não tinha usado germes, os produtos da doença, mas
remédios colhidos principalmente na Natureza, suas plantas
e ervas e musgos, Venenos e metais também tinham sido
empregados, é verdade, mas em quantidades diminutas e
preparadas de uma tal maneira que seus efeitos prejudiciais
eram neutralizados.
Aqui estava uma outra pessoa semelhante a ele que
tinha descoberto que cada' caso de doença exigia um
tratamento individual, não de massa. Nas palavras de
Hahnemann: "Portanto o médico racional julgará cada caso
de doença sob os seus cuidados de acordo com suas
características individuais... ele o tratará segundo sua
índividualídade.. ... com um remédio individual apropriado".
(Organon, par. 48)
Hahnemann percebera, como ele próprio há muito
acreditava, que o princípio da verdadeira cura era tratar o
paciente e não a doença; tratar as características, o lado
temperamental do paciente, o "mental" como Halmemann o
chamava, usando este como guia para o remédio necessário,
sem considerar a queixa física.
26 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH AS DESCOBERTAS M'ÉDICAS DE EDWAR:Ú BACH 27
Com este método' de 'diagnose, ó rernédtó 'seria
prescrito e o tratamento iniciado imediatamente, sem qualquer
perda de tempo para pesquisas e freqüenrernerue' exames
dolorosos. ' ',; I'
Este princípio do "trate o pacíente e não lidóença"
tomou-se a base do novo sistemá de medicina herbácea que
Edward Bach estava para descobrir 'poucos anos depois.
Verificou que muitos dos ideais de Hahnernann eràm
idênticos aos seus; o motivo que o tinha inspirado desde o
início de sua carreira médica e o conduziu 'ao' longo de toda
a sua vida: de modo a não permitir que nada 'o'parasse ou
impedisse de continuar a sua missão, 'estava' expresso pelo
próprio Hahnemann no primeiro parágrafo do Organon: "A
missão elevada e única do médico é restabelecer a saúde' do
doente, é curar ..... " . ..' li: li'
Um ideal assim fez com que, algumasvézes'ele tenha
sido.mal interpretado e seu trabalho questionado pela ortodóxíã
e mais de uma vez foi avisado que seu nome poderíá' serfetíradó
do Registro de Médicos; mas isso não o afetava; pois' quando
se convencia da existência de uni modo melhor de curar aqueles
que sofrem, nunca se conformava em aceitar regras e teorias.
Depois de ler o Organon, Bach sentiuque.r'sê
pudesse, de algum modo, combinar as descobertas de
Hahnemann com as suas próprias, seria capaz deampliar e
melhorar arnbas. . . '"
Não desejava alterar ou prejudicar a obra de t.
Haluiemann, mas sabia que, como os tempos tinham mudado,
O mesmo ocorrera com as condições e circunstâncias ao redor
dos pacientes e, assim, de fato, ocorrera com as própriàs .,)
doenças, pois constantemente novos nomes, novas queixas,
stavarn em evidência e, além disso, o tipo de doença chamado
de "incurável" tinha sido amplamente neglígencíado ,
O trabalho no departamento de bacteriologia
doHospital Homeopático de Londres tinha sido deixado de lado
por muito tempo e Bach primeiro voltou sua atenção no sentido
ele fazê-Io crescer e sobrepujar o preconceito entre os
homeopatas contra misturar, como eles pensavam,
28 A8 DE8COBERTA8 M~DICA8 DE EDWARD liA H
a ortodoxia com os princípios puros de .Hahnernann.
Isso não lhe tomou muito tempo e logo o trabalho
do departamento aumentou numa tal extensão, que ele pediu
assistentes e lhe deram homens, que se tornaram tão
interessados em suas próprias partes do trabalho, que ele se
demorava para iniciar seus próprios experimentos.
Então, voltou sua atenção para a relação entre suas
.prõprías descobertas e aquelas de Hahnemann relativas às
doenças crônicas.
Vários anos antes, suas pesquisas na Escola de
Imunología da University College Hospital levaram-no a
descobrir o fato de que o envenenamento proveniente de
certos organismos no trato intestinal era a causa da doença
crônica e que, quando essas toxinas eram removidas, a assim
chamada enfermidade crônica desaparecia.
Hahnemann, a partir de suas pesquisas realizadas
muitos anos antes, tinha compreendido o mesmo fato. Sua
teoria era que havia um ou mais de três venenos -- syphilis,
sycose, psora -- que tinham de ser eliminados, antes que a
cura de uma- doença crônica pudesse ser efetuada.
Ernbo ra os dois primeiros venenos fossem
conhecidos e explicáveis, pouco se sabia do terceiro -- psora
-- além dos sintomas presentes no paciente afetado.
Bach chegou à conclusão de que a toxemia intestinal,
o veneno produzido por certos organismos encontrados nos
intestinos, era idêntica à psora de Hahnemann.
Então, passou a preparar vacinas a partir desses
organismos pelo método homeopático de preparação e
administrou-as aos pacientes pela boca, como os remédios,
somente repetindo uma dose quando os efeitos da anterior
tinham cessado. Os resultados o deixaram deliciado e a partir
de então raramente aplicou injeções.
Jamais gostara da agulha hipodérmica e agora dava
as boas-vindas à maneira melhor e mais simples de administrar
vacinas pela boca, um método que a maioria dos pacientes
preferia, pois não apenas se evitava a reação local, como
também, na maioria dos casos, a reação geral era, de longe,
menor.
I
\1
I
'I
AS DESCOllEtrl'l\S M(WICAS DE EDWAHD 131\CII z'9
Tais vacinas orais, ou nosódíos, assim preparadas
, administradas, [ustífícararn completamente seu trabalho;
centenas dos assim chamados casos crônicos foram tratados
COIll excelentes resultados e ele achou que tinha dado mais
um passo em direção a uma medicina melhor e mais suave,
que ele sabia que era tão necessária para a felicidade, o
conforto e a recuperação mais rápida de todas as pessoas
doentes.
Classificou a enorme variedade de tais organismos
presentes nos intestinos em certos grupos através de sua ação
de fermentação do açúcar e dividiu-os em sete grupos
principais, que incluíam a maioria dos organismos
encontrados.
Os sete grupos de bacilos foram assim denominados:
1. Proteus
2. Dysentery
3. Morgan
4. Faecalis alkalígenes
5. Coli mutabíle
6. Gaertner
7. Número 7.
. Verificou que a propriedadedas vacinas preparadas
a partir desses grupos era a de purificar o trato intestinal e
de limpar e manter puro tudo o que era ingerido, de modo
que aquilo que deixava o corpo era salutar, limpo e inofensivo.
Este processo de limpeza resultava numa melhora
notável na saúde geral do paciente e na cura da condição
local sem qualquer tratamento local,
Cada paciente era testado em relação aos grupos
bacterianos predominantes no intestino e um nosódio autógeno
ou um polívalentc era administrado.
Pelo método autógcno, fazia-se uma vacina do
organismo isolado de um determinado paciente, que era
administrada pela boca ao mesmo paciente; enquanto que,
p~u'a cobrir um número maior de casos, administrava-se um
nosódio polivalente , [cito a partir da coleta de organismos
30 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWAIW I3ACI-I
provenientes de alguma.<;centenas de casos, potencializ;Uldo-
se o todo.
Ao mesmo tempo, Bach trabalhava o "mental" ou
tipo de personalidade dos pacientes, em cada um dos quais
um dos sete grupos de bactérias predominava e descobriu
que havia tipos definidos pertencentes a cada grupo.
Os sete grupos bacterianos correspondiam às sete
diferentes e definidas personalidades humanas. Seu entusiasmo
foi imenso e sentiu que tinha justificado sua convicção, pois,
ao tratar os pacientes com esses sete nosódios, de acordo
com seus sírnornas tempenullentais, obtinha resultados além
de suas expectativas.
Havia ainda uma enOl-me quantidade de pesquisa a
ser realizada com os nosódios e os tipos e incontáveis
observações e classificações de pacientes, mas, conforme o
trabalho progredia, ele logo se tOll10Ucapaz, para sua gnU1de
alegria, de prever em larga extensão, a partir unicamente do
tipo de paciente e seus sintomas, o organismo a ser encontrado.
Esse método de diagnose o atraía acima de qualquer
outro; os pacientes seriam salvos do desconforto e do
embaraço dos exames físicos e de investigações que apenas
serviam para cansá-Ios e, posteriormente, enfraquecê-Ios.
Mais tarde, desenvolveu este método de diagnose e
prescrição num grau muito mais completo no novo sistema
de medicina herbácea que descobriu.
Mesmo naquele tempo, não íícava contente se não
conseguisse reconhecer o remédio que o paciente necessitava,
no tempo que este levava para caminhar da porta do
consultório até a sua mesa.
Aumentava o número de bons resultados obtidos
por suas vacinas e nosódios em enfermidades crônicas. As
sete vacinas orais, chamadas de "Os Sete Nosódios de Bach" ,
eram entusiasticamente bem recebidas pela profíssão médica
e estavam sendo ,unplamente usadas não apenas na Inglaterra,
mas até mesmo na América e na Alemanha e muitos outros
países, tanto por alopatas quanto pelos homeopatas.
Bach não media esforços para tornar conhecido em
todos os cantos esse grande benefício aos doentes, dando
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 31
palestras e escrevendo trabalhos para revistas médicas.
Em seu trabalho "A Relação da Terapia de Vacinas
com a Homeopatia't+, lido na Sociedade Homeopática de
Londres, em abril de 1920, mostrou aos horneopatas a
semelhança entre o ramo mais moderno da ci A •. IenCIa e o
ensmamento de Hahnemann, não apenas em relação ao
tamanl:o da dose, mas também na composição, método de
~so e tipo de remédio. Esse discurso causou um tremendo
interesse entre os membros daquele ramo da medicina.
. Durante os anos seguintes, o trabalho de classífícar
maI~ completame~te os sintomas peculiares de cada grupo
particular de orgarusmos continuou. Edward Bach empenhava-
se em dar a es.s,: classificação uma tal perfeição de detalhes,
q~e a prescnçao seria possível apenas com bas e na
s ín to m ato lo gí a, sem o auxílio 'do laboratório.
1"The Relation ofVaccine Therapy to Homoeopathy" Edw d B h
M B B S D P H . bli d . . ,ar ac,
b
. :' .., .. ., pu ca o em The Britisb Homoeopatbic Iournal.
a rii de 1920. J' . ,
CAPÍTULO VI
1922-1928. OS SETE Nos6D10S DE BACH (continuação)
Em 1922, o lrabalho de seu departamento no Hospital
Homeopático de Londres aumentou tanto que Edward Bach
tinha pouco tempo para as suas próprias pesquisas. Sua fama
crescente trouxe-lhe quase mais trabalho do que aquele que
tivera em seu consultório da Harley street e, além disso, aínda
mlllltinha seu pequeno consulLóIio em Notlingham Place, W.I,
onde tratava os pobres, dando-Ihes o benefício de sua
experiência e não lhes cobrando nada.
Embora houvesse ainda uma grande quantidade de
trabalho a ser realizada com os sete nosódios, desistiu de
seu cargo de bacteriologista e patologista do Hospital
Homeopático de Londres e, depois, rapidamente se mudou
para um grande laboratório em Park Crescent, PorlhUld Place,
O seu gênio era então gemlmente reconhecido num
círculo diferenciado e os horneopatas o chamavam de "o
segundo HahnemlUln".
Em 1926, publicou seu livro Doença Crô11ica: Uma
HijJótese Que punciona, escrito em colaboração com o Dr.
C.E. Wheeler, de Londres, que o assistiu em suas pesquisas no
Hospital Homeopático de Londres e depois. O livro teve ampla
circulação e foi bem recebido pela classe médica, tanto alopática
quanto homeopática, e os resultados obtidos por todos os que
usaram seus métodos [icararn tão satisfeitos que, numa ampla
extensão, as vacinas orais tornaram o lugar daquelas injetáveis.
Os anos que se seguiram foram incrivelmente
atarefados. Ele dividia seu trabalho entre o consultório da
Harley Street e os laboratórios em Park Crescenl. Tinha tanto
trabalho, que precisava manter um grupo permanente de
as.<;istentes,mas ele próprio, pessoalmente, preparava as vacinas
a partir de espécimes que lhe eram enviados por mais
32
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD ·BACH
de setecentos médicos.
,. Além disso, médicos de outros países vinham fazer
es~aglO: CO~lle~e no labo raró rio, para aprenderem S;llS
~lelodos, pOISfOIsempre seu desejo espalhar o conhecimento
de SUlL<;descobertas, de modo que urn número cada vez maior
e pessoas pudessem ser beneficiadas.
. Nessa ép~ca, a sua renda era grande, mas lodo
cenl,~v~ .~u.~ possuia era gasto em instrumentos e utensílios
lle~e.s~ru,lo~as SUlL'ipesquisas e nos salários de seus assistentes.
G.U~~Idava t,l~ pouco para si que, ao deixar Londres, em 19:-\0,
d
P'ualcoll:eç'lr um novo trabalho, tinha apenas pOUGL<;cédulas
e ( inheiro em seu bolso.
. . .. E~ward .Bach era il~cansável em seus esforços para
slll~plIf~caI e purificar os métodos e os remédios usados na
c~ll.a, tl,abalhava mcessantemente durante todo o dia e grande
IMIte da norte, fazendo outros experimentos, mais descobertas,
pcsquisando e testando outros métodos de CUI"acientífica --
eletricidade raios X ' Cai d cc " s. ' a. aixa e Abrarns -- mas nunca íícando
completamente satisfeito com os resultados.
, Estudava os efeitos da alimentação em relação à
doença e ao mesmo tempo defendia 'I íncestão de ,.1· t. . f c o+- ,uIllJen os
CIUS, rutas, nozes, .cereais e vegetais para reduzir a quantidade
de toxinas produzidas nos intestinos.
., , O :feito de tal alimentação, combinado com o
u ,[I~Ullento a base de vacinas, foi o assunto de uma palestra
dada por ele no Congresso Homeopático Britânico ocorrido
em Londres, em 1924, num trabalho entitulado· "Toxe .
Intestinal em sua Relação com o Câncer" . di . d~ xenua
b fiei b id .', 111 ican o que "o
ene ICIOo li o se deve à melhora geral e não ao tratamento
local". c <U
.. ,~dward I3ach estava então provando cientificamente
o pllllClplO que, intuitivamente, há muito conhecia -- o fato
d~ ~ue o temperamento do paciente era a indicação importante
para o t.ra~amenlo requerido. As vacinas melhoravam tanto
a condição geral do paciente que os sintomas locais
desapareciam. .
, ., DE EOWARO BACI-I
AS DESCOIJEHTAS MEDlCAS
_, ,dios à base dc ervas,
posteriormentc, com os leme . , >1'
. " , " 'lciente do "não completamente e e
verificou que levar o p, 'I -óprio" é que efetua a
, ''o"Il'll"lO "comlllet:lmente e e plpropll ,<
cura". '" I-Iomeollático Internacional, emNo Conoresso. .
, , '" Edw'u'd Bach e os médicos que o scglll,:m
Londres, em 1927," "" _r' t "ünlhos sobre a pesqlllsa
e a..ssistiam em Sll,LSpesqlllSa..S Iam I, 1 .
';'r 11'Lsido provada.
realizada e que J,L mn; I d L dres em sua palestra de
() DI' C E. Whcc cr, e on . " . ,. ,. '. f " rdo-se :-..descoberta do DI.d conoresso I e ei \I '
abertura o"' "t' "Il~es hhrá daqui a minutos, mas posso
Bach, lltsse: Seu au 0\ I~ 'l~r ser muito modesto, não diria
dizer por ele aql\llo que c I.'t~'\b'tlhado com ele por anos me
de si mesmo. O fato de lCI :' t confi'lIlça e o fato de, f' I, 'com con iecirncn °f' .capaCIta a à ai _ .s • o meu nomc estej:l
blicaçao dc sua teorra , Ii. que, na pu _ . d de declarar que o que lZ
. I '\O dele nao me írnpe e e IassoCl(\( o, _ à d > 'ObCI'l'1 original e que a e e
foi secundário em relaçao a esc 'd' 'd" ,c crédito dela.
. I lertence o ver ,I cn o
e somcntc 't, e e I .. ,"llmente que ele é um bactctiologista
"Observel~l, II1lCI, , ,,' S(uisas bactctiológicas
e chegou à sua tcona por un
d
1<lI.ota dedl~l~elObservem depois,
f Jroblemas c IlllUlll, " ,-- de ato, aos I I - .. bia nada de homeopatia.- I t -ÜYllll'LV'Lnc a nao S,I , c ,que, quanc o I; , " .. ' . '.. ente e ele pront<Ullcntc
_I . 110desta veIo postenollllSeu cOlu1ecmlel. '. -'d de seu valor. De fato,, cnnanecc convcnCI o, ,
se convenceu, e P I' I esit'lç'lo em fazer a. ,. l1'io teve qua quel 1 , , '
desde o 11lICIO, c ( ente lhes será formulada.
d ídéi - lle presen em ~ .associação :Je I elas q , '. D' B'lch ele repetiu que de
I 1 ' dada pelo propno 1. ' , dNa pa es ra " I d _ das v,tcinas prepara as a- ' "LS e dos reSll ta os , , , - Isuas pesqUls, , '. 1 . I cheg'ldo à conclusao c e
partir da toxemia intestll1<l , tll.11a . "I' ·dêniícas.
, psora e a toxemia Intesttn,1 e r arn I
que ,I . .. d .. ) P'Ilestra dada por Edward
* "TheHealíngHerbs" (As ErvasCUI'b\~['dlS'19'ry6
r 11' f -d Berks serem 10 e :J. , ,. )Bach em \\ a IIlgoru, . '.: " (O problema da Doença Crolllca .
1. "TheProbll'1IlofChrolllc ol~~as~eop'iticO Internacional, 1927, por
OiSClIl'SOSlido no conBgL~ss~S~IEdw~rd Bach, M.B., I3.S.,D.P.H. e
C. E. Wheeler, M.D., .,., . ,
T.M.DishinglOn,M.B., Ch.B.. I .. " (Ooença Crônica: Uma
O· . A\Vorluno HypotleSls 9'16'1 "Chronic ísease: ~ I C E wheelcr I ~ .
~' F -'011'1) Ed\Vard l3ac L e . . , , . )
Hipótese que '\III~1 " '0'" > _" (O Problema da DoençaCromca
3. "TlteProblem 01 Chrouíc ísease
34
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 35
No último parágrafo, ele disse: "O nosódio, o remédio
preparado a partir do material da doença, antecede a
bacteriologia e a vacina; mas a relação entre a última e o
primeiro é óbvia.
"Para a escola de vocês, pioneiros no uso clínico da
doença para curar a doença, ofereço um remédio que é,
creio, potente contra a mais 'profunda de todas as doenças,
essa toxemia crônica, que o gênío de Hahnemann pressentiu
e nomeou. Se acredito que posso tornar a natureza dela mais
clara do que lhe foi possível, não quero tirar nenhuma vírgula
de sua glória -- antes, creio que posso confirmar e ampliar
o seu trabalho e, assim, render-lhe a única homenagem que
ele desejaria," *
O Dr. T, M, Dishington, de Glasgow, em sua palestra
disse: "Minhas experiências me convenceram da grande
descoberta, que marca uma época, do trabalho do DI'. Bach."
Ao mesmo tempo, Edward Bach tornava sua
descoberta conhecida dos alopatas, que já estavam usando
amplamente as vacinas. Um trabalho entitulado: "Um Método
Eficaz de Combate à Toxernia Intestinal" foi publicado no The
Medical World, de março de 1928, e um outro, na mesma
revista, em janeiro de 1920 ("Um Método Eficaz de Preparação
de Vacinas para Administração Oral").
A despeito do sucesso dos nosódios e do método
oral de administração, ele percebeu que .os Sete Nosódios de
Bach representavam apenas um ramo da doença -- aquele
incluído por Hahnemann sob o nome de psora -- e que eles
não curavam todas as doenças crônicas. Também estava
insatisfeito com o tipo de remédios empregados.
Sempre foi seu desejo substituir os produtos da
doença (as bactérias intestinais usadas como vacinas) por
remédios mais puros e determinou que suas futuras pesquisas
voltar-se-iam para tal objetivo.
Propôs-se a descobrir os novos remédios entre as
plantas e ervas da Natureza e descobriu que certas plantas
tinham efeitos semelhantes àqueles dos grupos de bactérias,
Experimentou tais plantas, mas verificou que estava faltando
*.Ibid,
36 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE'" EDWARD BACH
algo que impedia que os resultados fossem tão bons quanto
aqueles obtidos pelos nosódios bacterianos. . . A •
No discurso feito à Sociedade Bntal1lca de
Homeopatia, em Londres, em 1 de novembro de 1928, ele
se refere a esse fato. " .
Essa palestra, "A Redescoberta da Psora , fOI
posteriormente publicada no Britis~ n.0me01!athiC]OUrnal,
de janeiro de 1929, e é de importanCla, pOISnela ele ~a~o
primeiro pronunciamento público da novae melhor n?edicma
que estava para descobrir e aperfeiçoar num período de
poucos anos. ._
Com relação a isso, os .segumtes extratos sao de
grande valor:
"Gostaria que fosse possível lhes apresentar sete
ervas em vez de sete grupos de bactérias, porque sempre
parece haver alguma relutância nas mentes de muitos em
relação ao uso de qualquer coisa relacionada com doença
no tratamento de condições patológicas".
Referindo-se a Hahnemann, na mesma palestra,
disse: "Eleviuque novasdoenças surgiriam devidoà alte~a~ão
das circunstâncias da civilização e que novoS reme~l~s
teriam de ser pesquisados. Novamente seu gemo
compreendeu o fatode que na Naturezapoder-se-i.aencontrar
um número infinito de remédios, que se ajustanam a todas
as ocasiões que surgissem." . .
Foi nesse mesmo ano (1928) que Bach descobnu
os três primeiros dos trinta e oito remédios à ~ase de ervas,
que substituíram os sete nosódios bactenanos. Esses
remédios curariam qualquer doença e serviriam para todas
as ocasiões, pois, como finalmente descobriu, ao tratar o
temperamento ou humor do paciente e nã..?a ~oe~ça, a
espécie de doença, seu tipo, nO~le e duraçao nao tínham
qualquer conseqüência.
"The Reruscovely of Psora". Edward Bach, M.B., B.S., D.P.H. lido para
a Sociedade Homeopática Britânica, em 1 de nov~mbro de 1928,
publicado em The British Homoeopathic fou.rnal, Janeiro de 1929.
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACII 57
Em outro parágrafo ele prossegue: "Ternos de faz 'r todo ()
esforço para substituir o nosódio bacteriano por plantas '
temos, de fato, encontrado alguns deles quase exatam I1t ;
por exemplo: ornitholgalum, em suas vibrações, . quas
idêntico ao grupo Morgan e descobrimos uma alga qu t 'm
quase todas as propriedades do tipo dysentery; mas ainda
está faltando alguma coisa e esse ponto nos mantém
paralisados no esforço de evitar o uso dos nosódios
bacterianos. Esse ponto vital é a polaridade.
"Osremédios das campinas e da Natureza, quando
potencializados, possuem polaridade positiva; enquanto
aqueles associados às doenças são do tipo inverso e,
atualmente, parece que essa polaridade inversa é que é tão
essencial aos resultados que estão sendo obtidos pelos
nosódios bacterianos ...
"Talvez, em alguma data futura, uma nova forma
de potencíalízação possa ser descoberta."
Foi apenas dois.anos depois que ele descobriu essa
nova forma de potencíalízação, uma pela qual a dificuldade
da polaridade era totalmente removida.
A definição de doença que ele deu no mesmo
discurso* também mostrou a linha de suas novas idéias:
"A ciência está tendendo a mostrar que vida é
harmonia -- um estado de ser afinado -- e que a doença é
discórdia ou uma condição em que uma parte do todo não ,y
está vibrando em uníssono."
Embora a pesquisa sobre as vacinas orais não
tivesse de modo algum terminado, a classe médica já as
estava usandoamplamente, pois Edward Bach, como era
seu costume, tornava públicas as suas descobertas passo a
passo conforme progrediam, nunca deixando para trás
qualquer conhecimento que pudesse ser de uso imedíato
por seus colegas em sua luta contra a doença, dizendo:
* ibid.
38 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE E~WARD BAC~
. b Iício deva ser negado a
"Não parece certo que este ene
humanidade."'" '11 lí mente o seu conhecimento
Ele comparti 10U ivre 1
ão não tinham qualquer ape o
o tempo tod?; fam~ ~ re~:~eçJ'o era restabelecer a saúde dos
para ele, pOISseu Ul1lCO
doentes.
* íbid.
1928-1930. O INÍCIO DO NOVO TRABALHO l~A DESCOBERTA
. f DOS TRÊS PRIMEIROS REMÉDIOS HERBÁCEOS
CAPÍTULO VII
Embora a maioria de suas descobertas daquele
tempo tenham sido feitas através de pesquisa científica, Edward
Bach confiava em sua intuição, quando a.cíêncía não conseguia
lhe dar qualquer resposta satisfatória para os seus problemas
e.ele descobriu que tal conhecimento interior sempre o levava
ao caminho correto.
Na nova pesquisa que ele muito rapidamente estava
conduzindo, sua intuição, seu gênio inspirado sozinho o
estava guiando para as verdades não descobertas pelo intelecto
e pela ciência ..
O ano de 1928 foi memorável, pois foi o ano de
nascimento do novo trabalho. ., .' '
Cada momerito que ele podia isolar de sua prática
médica e do trabalho de laboratório, gastavá na pesquisa de
plantas e ervas com as quais esperava substituir os sete
nosódios bacterianos. Retornava de um dia no campo ou no
mar, após algumas horas em Kewou nos parques, Com muitos
espécimes qu~ ele potencíalízava e testava, comparando
resultados deles com aqueles dos nosódios, mas nenhum
deles o satisfazia plenamente.
Ponderava profundamente sobre a razão disso.
Convencido de que os verdadeiros agentes de cura seriam
descobertos entre as plantas e árvores da Natureza, buscava
uma compreensão maior da própria doença, sua causa e seu
efeito sobre a mente e o corpo. .
Então, certa noite, jantando num grande restaurante,
foi lhe dada a-resposta para esse problema.
Bach tinha comparecido ao jantar um pouco a
contragosto e não estava se divertindo muito. Para passar o
tempo, olhava-despreocupadamente para as pessoas ao seu
redor, quando repentinamente percebeu que o todo da
39
t
40 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDW.'\RD BACH
humanidade consistia de um número de grupos definido de
tipos; que todo indivíduo naquele grande restaurante perten~ia
a um ou outro desses grupos e ele passou o resto da noite
olhando todas as pessoas que conseguia ver, observando
como comiam, como sorriam e movimentavam as mãos' e a
cabeça, as atitudes de.'seus corpos, as expressões de ~~as
faces e, quando estava suficientemente perto para OUVIr,o
tom de voz que usavam. \
Tão próxima era a semelhança entre cert:s pe~s~a..<;,
que poderiam pertencer àmesma fanúlia, embora nao exístísse
qualquer relação sanguínea. , _.
Descobriu que essa era uma ocupaçao muito
absorvente e, quando o jantar terminou, ele tinha classíficado
uma sérre de grupos e estava com. a mente oc~pada
comparando tais grupos com os seus sete grupos bacte~anos.
Descobriu que tinha acrescentado mais grupos-tipo aquela
série e percebeu que, quando se aplicasse seriamente a este
estudo descobriria até mesmo mais.
, Seria uma continuação numa escala gigantesca do
trabalho já realizado com os nosódios e ele se perguntava
como essa teoria de grupos ampliada aplicar-se-ia à doença
e à sua cura -- se as doenças que afetavam esses grupos
também teriam alguma semelhança entre si.
Então, veio-lhe a inspiração de que os indivíduos de
cada grupo não sofreriam dos mesmos tipos de doenças, mas
que todos aqueles de qualquer grupo reagiri~ da mesma
maneira ou aproximadamente da mesma ~anelra a qualquer
tipo de doença. , .
Não conseguia esperar pelo te rmrno desse
entretenimento noturno, para que pudesse pensar sobre essas
novas idéias. Porém, só quando deixou Londres, em 1930,
e foi capaz de dar atenção total ao estudo, que ele as
desenvolveu detalhadamente.
Cada paciente que vinha a ele era intimam~nt~
observado; cada característica, cada humor, cada reaçao a
doença, cada rnaneirismo e hábito era observa~o .e, dent~~
da capacidade que possuía em relação aos remédios que Ja
tinha, ele os prescrevia nessas indicações.
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 41
," '. Os resultados foram tão encorajadores que ele ficou
satIsfeIto Com o fato de que sua intuição o tivesse levado
nova~.ente ao caminho certo. O princípio de HahnemanJl
amphfJ~ou-se e esse método tinha se aproximado mais de
seus propnos ideais de Cura do que qualquer outro método
que tIvesse empregado.
Um dia, em setembro daquele mesmo ano, ele teve
:Ima vontade repentina de ir para Gales e, obedecendo ao
lIupulso, foi premiado com a descoberta de duas lindas
plantas -- a malva-pálido lmpatiens e a Mimulus de flores
d.ouradas -- crescendo em grande profusão perto de um
nacho da montanha.
. Ele as trouxe para Londres e as preparou da mesma
man;l1'a que preparava as vacinas orais. Quando começou
a usa-l~<;, prescrevendo-as de aCOl'do com a personalidade
do pacienu-, para sua grande alegria, os resultados obtidos
foram notáveis e imediatos.
Naquele ano ele descobriu e potencializou mais urna ~
pl~1ta. -- a Clematis silvestre, e esses três remédios foram os
pnmeI:os das trinta e oito ervas que ele descobriu e usou no
novo SIstema de medicina herbácea.
. Com.esses poucos remédios começou a tratar seus
paCIen.tes ul1lcamente segundo os seus tipos e, pOI' causa
deles, Junto com um ou dois outros que descobrira e usara
co~ bons resultados, publicou no The HomeojJathic World,
de fe;e.reiro de 1930, o trabalho entitulado "Alguns Novos
RemedlOs e Seus Usos".
.' ,:ão conven.ci~o estava ~dward Bach de que agora
sel~a cap~ de substítun- os nosodios bacterianos por ervas
puras e Simples do campo, que decidiu, perto do final do
ano de 1929, desistir de todos os outros métodos de tratamento
e usar esses três remédios -- Mimulus, Impatiens e Clernaus
silvestre -- sozinhos, enquanto procurava outros para juntar
a eles.
Sabia que estava à beira de descobrir um sistema
de medicina inteiramente novo, embora ainda não tivesse
nenhuma :oncepção real da forma.exata deste novo método.
Tao grande era a necessidade de começar" a pesquisa,
_ .. ' 1t'DICAS DE EDWARO I3I\CII
42 AS D ESCO B I: \{ t AS ~ >' ,
. llc's'calls'lr nem continuar com o
I ão consCOllltl ~ (. ~c , •que c e na '''''' ele e seus amigos Illeclicos
trabalho com os nosodlOs, que e .,
II d t' lLOpara completa\.tinham traba ia o at '. . . ele 'iclnV"l era apenas
Tudo o que tinha leito antes, '."',., ... "
um passo para essa nova cura e estava impaCIente P,lI a II1ICI,lI
seriamente essas novas teorias. r uuos que iria desistir
Finalmente contou a seus an ': : ..•f' de descobrir
I d -es e se devotar a t,lI e ,l '
de seu trabalho .em .on I . ,'. . uc Jlldcsscl11 curar esses. , ' remedlOs q I "
tipos gerais e pesqllls,ll .,,' todas as doenças que eles
tipos e, assim o la7.endo, eUI,lI .
\)udessc\l1 ter. , . sem \Jre o
, , í e o s ficaram su rp i esos, '
Seus am ," :, s uisa cientíüca, um gênio que
consideraram um lidei da pe'bq .t· CSS'lramo da medicina.
. . Iari l. 'as desco Ct ;L<;n .. , ,
Linha leito c ana ou I" ri as vacinas orais; nada
Estavam muito contentcs COI ,. I' ' e eles 111.0
. . " des I crto se comparava a e ,i::' "
que tivesse sido escou . l ", s flue eles achavam, I suas novas ic el,l, , "
poderiam scglll- o em, c 'en u e n ouso P rá li co .
.' 1 'l\Jenas um p "ser í d cai s CO\1 '.,. .. d'ssuadi-Io de partir e
Fizeram o maximo pai a 1., . l ' 'leia
.. ,1\ ainela não termlllac o, mas \1,
abandonar seu IIaba 10 . _ ou enfl"lqueccr SU;i
dcri . -hrar sua eleterml\1açao c •
po e ria que " . , d lles'cobert;L<;muito maiores.- I est.'lV'ln'l pista e 'convicçao e e que_. , "':d 13' h de desistirde todo o seu
A dccísao de Edwai ac . dccí ';-lOfácil de, ' 1'10 Ioi uma eCIS, ctrabalho anterior e recomeç,ll I ,
ser tomada. , . 11' .ley strect estava lhe tra7.endo uma
SU'l pr'luca em ,\I II I' , .' 00 libras por ano; o u-aba 10 c e
renda de mais de 5.0 '. 'd'cos de LOdo o- d ,', s IYlra CllVlar aos IllC I .
prepa. raçao e vaCln,l, c , Ç;-lOde tempo integral
. llesmo urna OCUPA, '
mundo era em SI I . I '. I COl1l0um oêllio proeminente
I' di .. cle el"l 'lCm\l a( o o .e, a em ISSO, . ' 'd .. l lho com um futuro muito
em sua própria linha c li ana ,
grande pela frente.. Iez r rsidcrar ou se arrepender
M,L<;nada diSSOo ez Iccot ,
em momento algum. . ." era a certeza que se
Tudo o que lhe uuei eSS,lva .
. Ior rn o passar dos dias: que seu
tornava cada vez mais o rte co .. di .eção e flue ele
I' )'lra uma outra II ,
trabalho se vo t ava \, '. 1 'e as árvores e planlas da
descobri ria o que procul ava en I ,
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWAHD BACII
. natureza; remédios que a própria Natureza já unha 1'1''" li' \(11
para o homem e que só estavam esperando ser d ser h~'I'I() ,
Sabia também que possuía aquele dom divino ti •
curar com a mão -- o sonho de sua infância tinha se tornado
realidade -- pois, em várias ocasiões, durante aqueles anos
de muito trabalho, repentinamente sentia-se impelido a
colocar sua mão sobre o ombro ou o braço de um pacíent
e tal paciente instantaneamente se curava,
Bach nunca sabia quando isso iria acontecer. Sentia,
como costumava dizer, uma repentina e irresistível compaixão,
um tremendo desejo de aliviar a aflição de alguém que
chegasse a ele sofrendo e ele sentia a vida curadora fluindo
de sua mão para o paciente, que imediatamente ficava bem.
Assim, na primavera de 1930, Edward Bach, então
com quarenta e três anos, estava se preparando para começar
todo o seu trabalho novamente e em linhas totalmente
diferentes.
Seus grandes poderes intelectuais tinham-no levado
a fazer muitas descobertas científicas, cujo uso trouxe e ainda
traz, tanto através da medicina ortodoxa quanto através da
horneopatia, alívio e cura para muitos enfermos; mas agora
ele sentia despertar dentro de si mesmo aquela inspiração
divina que é a intuição, a verdadeira sabedoria,
Guiado por isso, estava pronto para abandonar todos
os métodos científicos e artificiais de cura e retornar aos
meios simples da Natureza.
CAPÍTULO VIII
1930. AS ÚLTIMASSEMANASEM LONDRES
No começo de 193'0, Edward Bach decidiu deixar
tondres e devotar todo o seu tempo ao novo trabalho e à
descoberta de novos remédios herbáceos.
Para ele a decisão foi uma ação instantânea e num
prazo de duas se:nanas e tinha dividido sua extensa clie~t~la
entre seus colegas médicos e fechado seu laboratono.
Fez uma grande fogueira de todos os panfletos e
papéis que tinha escrito sobre seu antigo trabalho,e esmagou
seringas e garrafas de vacinas, vertendo seu conteudo no ralo
da pia do laboratório.
Não fazia nada pela metade.
O trabalho que ainda precisava ser feito para
completar o método de prescrição dos Sete Nosódios ~e ~ach
deixou nas mãos de seus médicos assistentes dos últírnos
anos. A aparelhagem do laboratório e a mobília ~e s.eu
consultório foram rapidamente vendidas e, com esse dmh.elro
no bolso, tudo o que ele possuía, pois cada centavo que tinha
era gasto em suas pesquisas, deixou Londres no começo de
uma manhã de março de 1930, depois de dizer .adeus a seus
amigos e, o mais difícil de tudo para ele, dos membros das
Lojas Maçônicas, às quais pertencia.
Partiu para sua grande aventura sem um pensamento
de retomo ou arrependimento pela riqueza e fama que estava
deixando para trás e viajou para o coração de Gales: onde
esperava encontrar e preparar remédios a partir de SImples
flores do campo. .
. Na noite anterior à sua partida de Londres, fOI
enormemente encorajado pelas palavras de um médico, o
Dr. john H. Clarke, que lhe disse: "Meu rapaz, esqueça tud~
o que aprendeu, esqueça o passado e vá ~m frente. Voce
descobrirá o que está procurando e, quando tiver encontra~o,
eu o receberei de volta de bom grado e lhe darei o meu apoio.
44
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACII
Não tenho muito tempo para viver, mas posso viver para v 'I'
o dia de sua volta, pois sei que aquilo que descobrir trará
grande alegria e conforto àqueles para os quais nós,
atualmente, podemos fazer tão pouco. Estarei preparado para
atirar meu trabalho às chamas e iniciar tudo outra vez como
um praticante da nova e melhor medicina que você
descobrirá. "
O Dr. Clarke viveu para ouvir falar da descoberta
dos remédios chamados "Os Doze Remédios Curadores" e,
antes de morrer, publicou o primeiro relato deles em sua
revista The Homeopatbic World .
Agora que chegara a hora de dizer adeus a Londres,
Edward Bach estava cheio de excitação e alegria ao deixar
para trás o barulho do tráfego, as multidões e as casas que
o faziam sentir-se trancaftado e incapaz de respirar.
Seu temperamento sensível tinha ansiado pelos
caminhos silenciosos e pelos campos e bosques e, agora,
enquanto viajava para o centro de seu desejo, estava tão feliz
quanto um garoto libertado de uma sala de aula abafada.
Sua natureza entusiástica e sua tremenda vitalidade
faziam-no parecer mais jovem do que os seus quarenta e três
anos. Sua coragem -- uma coragem que poucos possuem --
era inquebrantável, pois ele iniciou sua pesquisa sabendo
que precisava ficar sozinho, com nada além de sua convicção
interior do novo grande trabalho a ser feito para ajudá-lo
através dos anos que tinha pela frente.
Levando umas poucas malas com ele e o dinheiro
da venda da aparelhagem do laboratório, iniciou sem planos
ou conhecimento do que poderia estar reservado a ele ou
qual seria o resultado de sua pesquisa ou, de fato, do que
estava buscando, stbendo apenas que descobriria uma cura
que seria o mais prático de todos os métodos e que daria
resultados nunca conhecidos anteriormente, pois a própria
Natureza seria o médico.
Em sua chegada a Gales, fez uma descoberta que
lhe causou algum desapontamento. Descobriu que tinha
trazido com ele uma mala cheia de sapatos em vez de uma
com almofarízes e pilões para o preparo dos novos remédios,
46 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH
que esperava descobrir.
Porém logo agradeceu pelo erro. Muito pouco tempo
depois, descobriu que o novo método de preparação dos
remédios dispensava o uso de almofarizes e pilões, mas ele
iria precisar muito dos sapatos, Eles se tornaram uma parte
muito valiosa de seu equipamento, pois, durante os anos que
se seguiram, caminhou muitas centenas de quilômetros,
vagueando por todo o campo, em Gales, os condados do
sudeste e do nordeste da Inglaterra, por rio e mar, observando
as pessoas e a Natureza, vendo e obtendo uma compreensão
de ambas que o levou a descobrir o novo sistema de medicina
herbácea.
Edward Bach sempre buscou a cura não como uma
profissão, mas como uma arte divina e ele cada vez mais
sentia que aqueles que tinham o privilégio de realizar esse
trabalho de cura deveriam estar preparados para doar seus
serviços, pois a saúde não era uma comodidade comercial,
mas algo que era direito de todo indivíduo; portanto, desde
que deixou Londres até o fim de sua vida terrestre, não
cobrava nada por seu trabalho e ajudava tanto ricos quanto
pobres.
Novamente, nos anos de pesquisa que se seguiram,
passou por grandes necessidades físicas e privações, devido
à falta de dinheiro, mas isso pouco lhe importava e não
interferiu em momento algum com seu trabalho .
.Sua imensa bondade nunca lhe permitiu deixar os
outros passarem necessidade e do pouco que tinha sempre
descobria o suficiente para compartilhar com eles, até que
dele se dizia: "Ele deu mais do que tinha."
Com contribuições de pacientes agradecidos e
presentes de amigos compreensivos, doados de tempos em
tempos, foi capaz de continuar seu grande trabalho. E sempreque contemplava uma nova jornada ou alguma nova partida
para o trabalho, descobria que tinha o suficiente para si e
para compartilhar com todos que precisassem.
AS D,ESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACII .,
Isso confirmou sua crença de que estava no camJnho
certo e que tudo ? que tinha a fazer era ir em frente com
completa confIança na Divina Fonte do T do o.
CAPÍTULO lX
, DESCOBERTA DO "MÉTODO
MAIO-JULHO DE 1930. GALESç-:'ÜADOSNOVOS REMÉDIOS
SOLAR" DE PREPARA ..n
Edward Bach, estabeleceudse nU;t~a~q~~l:~ :::::1:
galês, não longe de Bettws-y-co~s~~:;s noVOS remédios.
d o e para pesqUl ,
teoria o grup ''', d uais plantas pOssUlam as
Não tinha Idel,ls e q lé do fato de que sabia
. d d ele procurava a empropne a es que bastante alto pois estava
d . benéficas num grau , , .que to as senam ~. I tas venenosas não tenam
convencido de que substanCla.<;e P an
al -a do corpo humano.função re, na cura - causariam quaisquer
Os remédios c~rreto~el::~iciaiS ou 'desagradáveis
reações severas nem se~l~m p . J suave e seguro resultando
d S' seu eLeitOsena ' béde serem toma o , t do corpo Sentiu tam em
numa cura tanto da mente quan o método de preparação
. descobnr um novo 1que seria precIso . simples do que aque es
desses remédios, um processo mais .
já conhecidos. . 1 1 egou tarde. As primeiras
Aprimavera daque ~ atl~ C ~amente com suas irmãs
flores do verão desabrochalam [un 'nas cercas vivas e
. e os bosques e campI ,
da estação antenor acarpetados de flores.
d . dos rios estavam dbancoS e areia di todo examinando a gran e
Bach passava o Ia d onde cresciam que solo
d d d flores observatl o ' ,varie a e e , 1 a cor a forma e o numero
escolhianl para se desenvo vere~, ules' raízes ou sementes;
de pétalas, se propagavam por ca. ' uma única planta,
1 - s para exanunarsentava-se por 10Ia brei subindo até o topo das
d ântanos e retos.
penetran o em p. uilômetros ao longo de trilhas e
mont~nhas e cammhatldOc;ndo espécimes, aprendo tudo o
atraves dos campos, bus t 'sticas de cada flor, planta
que podia dos hábitos e carac eri
e árvore. .do de que as plantas com
Embora eS,tivessec~o:;:~~sc~evessem ser descobertaS
as propriedades medJC~ d ampo sabia que poderia
. 1 flores silvestres o c ,entre as srmp es . . ariedades primitivas,
eliminar de imediato as v
48
AS DI;:SCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BAClI 9
tais como o dodder, o cactus, as algas e as plantas venenosas,
o henbane, a beladona, o acônito; também o grande grupo
de plantas utilizadas pelo homem como alimento.
Aquelas que continham o verdadeiro poder de cura
eram de uma ordem diferente e seu número era pequeno.
Muitas plantas possuíam propriedades medicinais que
suavizavam e aliviavam o sofrimento do corpo. humano e
algumas delas já estavam sendo usadas pela medicina; mas
a verdadeiras plantas curadoras possuíam um poder maior
do que este ..
O trabalho delas não era o de ser um paliativo, mas, ,
sim, curar, restabelecer a saúde da mente e do corpo.
Conforme continuava sua pesquisa dia a dia, Bach
chegou a conclusão de que essas plantas deveriam ser
descobertas posteriormente naquele ano. Elas desabrochariam
quando os dias fossem mais longos e o sol estivesse no auge
de seu poder e força e obteriam suas propriedades medicinais
na totalidade que ele necessitaria para usar apenas as flores,
pois "a vida da planta estava concentrada em suas flores --
que possuíam a semente em potencial".
As plantas escolhidas seriam as mais perfeitas de
lia espécie, seu desabrochar lindo na forma e na coloração
l', como a Natureza era sempre pródiga em Suas dádivas ao
homem, seriam descobertas crescendo em profusão.
Muito cedo numa certa manhã de maio, conforme
.arninhava pelo campo sobre o qual o orvalho ainda era
-spesso, o pensamento que relampeava em sua mente era de
que cada gota de orvalho precisava conter algumas das
propriedades da planta sobre a qual repousava; pois o calor
do sol, agindo através do fluido, serviria pat-a absorver essas
propriedades até que cada gota estivesse magnetizada com
O poder.
Então Bach percebeu que, se pudesse obter desse
modo as propriedades medicinais das plantas que estava
procurando, os remédios resultantes conteriam o poder total
perfeito e não contaminado das plantas e elas certamente,
omo nenhuma preparação médica anteriormente conhecida
urara,
50 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH
O processo de extração dos poderes de cura das
plantas seria, desse modo, simples -- tão simples quanto a
maneira pela qual o mel, o mais perfeíto de todos os alimentos,
é coletado das flores pelas abelhas.
Decidiu testar sua teoria coletando o orvalho de
certas flores antes que o solo evaporasse e tentar utilizá-Io
em si mesmo. Antes de tudo, coletou as gotas de orvalho de
várias flores, colocando-as em pequenas garrafas, enchendo
algumas com o orvalho de flores que tinham estado em plena
luz do sol e outras com orvalho proveniente daquelas ainda
na sombra.
Durante seus últimos anos em Londres e
particularmente durante as poucas semanas em que estivera
em Gales, Bach tornou-se consciente de que todos 'os seus
sentidos estavam se acelerando, tornando-se mais
completamente desenvolvidos. Descobriu que era capaz de
sentir, ver e ouvir coisas das quaís não tinha consciência
anteriormente.
Através de seu tato finamente desenvolvido, era capaz
de sentir as vibrações e o poder emitido por qualquer planta
que desejasse testar e seu corpo estava tão exageradamente
receptivo a tais vibrações, que reagia instantaneamente.
Se segurasse a pétala ou a inflorescência de alguma
planta na palma da mão ou a colocasse em sua língua, sentia
no corpo os efeitos das propriedades existentes naquela
planta. Algumas tinham um efeito fortalecedor, vitalizante
sobre a mente e o corpo; outras lhe davam dores, vômitos,
febres, físsuras e coisas semelhantes.
Ele dizia que em seu laboratório ele tinha tido
instrumentos para fazer a obra que agora era capaz de fazer
sozinho; que ele estava melhor equipado do que qualquer
laboratório, pois nenhum instrumento científico poderia
trabalhar tão bem ou dar uma resposta verdadeira como os
instrumentos que o Criador deu ao corpo do homem -- seus
sentidos e sua intuição.
Através desses meios, foi capaz de testar o orvalho
coletado das flores por ele.
Nenhuma das flores continha as propriedades
AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE "OWA)• a.: 1,1) /I I /I ,
curativas que busca d
pro . d va, mas escobrlu qUI' (I 111 11'111vemente e cada I - I
algum tipo. p anta possuia um pod 'I' dlll/lI/do til
O fato importante btid d
que o calor do I 0.0 esse expetim ruo 1(11 111>"1
pois all so era essencíal ao processo d 'XII'II' II
I o orv 10 recolhido d 1 I
não ' C as p antas em locais sornbr 'a(/o
ela oaopotente quanto aquele das plantas ao sol pl '110
estado altanlente se ibilí d d '
necessidade para o Propósito de ~:~ atu~ tr~b~~a~!l era U;1111
dm
as, às vezes, isso lhe causava a mais aguda angú~~:ianu St~(l),
a mente quanto do B
I . - . corpo. arulhos repentinos, multidões
OCaISnao ventilados o exauriam e dei ,
de colapso; seu rosto ficava pálido su~ e~av~l ""?' estado
pernas balan avam ,..' . ' maos tremiam e suas
ai I, ç e, ft equentemente, eram necessárias
'egunti?d1as~ol~bPar~ que ele ajustasse delicadatnente os seus
os as Vl raçoes mais b . .
redor. aixas, mais grosseiras, ao seu
~emelJla:ss~ pode, ~a~vez, Ser melhor entendido pela
~~~~'~:;:0~~1~:::L~:~~~a::~:~~~~re~~~~~~~;i~~~~~
Somente sua grande fi
S 'U extraordinários poderes c~:agem e rn:eza de propósito,
Illumor inqu~s:ionável conduZirat~~~~P:;r:~~ ~::s~:~:o de
( aguda aflição pos
Tendo provado que o orvalho a uecíd
nbsorvía as propriedades d I q o pelo sol
1"'OpÔS-Séa aperfeiçoar o :o~o~~~t~o:;'~ a qual repo_usava,
J'C'lIlédioscuradores. e prepaI'açao dos
Coletar orvalho suficiente de flores índívíduaí .
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