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,rIU 1'1 /, (j do pelo "Cura-te a ti mesmo" :ItruV~N <IUN 1'111I'1'" <lI' iludi, INSTITUTO OR. EOWARD I!JACH AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE {DWARD BACH MÉDICO AS '" I,OIlIiU"'AS MÉDICAS 01\ I 11\1 I{I> BACII, MÉDICO , I "'> I Flol' 'S fazem ao Corpo Humano NORAWEEKS Tradução: Sílvia Branco Sarzana Revisão: Carmen Monari Instituto Dr. Edward Bach Rua Coronel Quirino, 303 Cambuí Campinas - São Paulo - SP Cep 13025-000 BRASIL Afotografia na página anterior é do Studio de Dr. Bach. © The Dr. Edward Bach Healing Centre 1973 Publicado na Grã Bretanha por: The C. W. Daniel Co., Saffron Walden, Essex CB10 1JP 1 a edição do Inglês - 1940 Bach, Dr, Edward Bach, Bach Flower Remedies, o logo da Flor, a fotografia do Dr, Bach, 39, Rescue e Rescue Remedy são marcas registradas de Bach Flower Remedies, Ltd. Oxfordshire, Inglaterra. 1" edição em Português - 1998 SUMÁRIO CAPíTlJI.O PÁGINA l. Edward Bach. Primeiros Anos 9 11. 1903-1906. Experiência na fundição de Cobre Bach 12 lU. Trei namento Médico J 5 IV. Patologista e bacteríologísta J 9 V. Homeopatia. Nosódios de Bach 25 VI. 1922·1928 Os Sete Nosódios de Bach 32 VII. 1928-1930. O início do novo trabalho e a descoberta dos três primeiros remédios herbáceos 39 VIII. 1930. As últimas semanas em Londres 44 IX. Maio-julho de 1930. Gales. A descoberta do "método solar" de preparação dos novos remédios 48 X. J 930. Junho e Julho. A escrita do livro "Cura-te a timesmon...•.....• ............•••.............•....•............. 53 XI. 1930. Agosto. Crorner. Os princípios do novo método de tratamento 57 XII. 1930. Agosto e Setembro. A descoberta e a preparação de sete dos novos remédios .. 64 XlII. O inverno de 1930. A publicação do livro "Cura-te a ti mesrno ". Alguns resultados obtidos com os novos remédios, retirados do arquivo de Edward Bach 70 XlV. 1931-1932. A descoberta e preparação dos últimos três remédios da série. OsDozeRemédios Curadores. A escrita do livro Liberte-se 80 XV. Inverno de 1932. Crorner. A correspondência com o Conselho Geral de Meclicina. Relatos de casos tratados com os três remédios: Water Violet, Rock Rose e Gentian 85 XVI. 1933. Marlow. Crorner. A publicação do panfleto Os Doze Remédios Curadores e a descoberta e preparação dos-remédios denominados "Os Quatro Auxiliares" 94 XVII. 1933-1934. O último ano em Cromer. A publicação de Os Doze Remédios Curadores e os Quatl'o Auxiliares. A preparação dos remédios Wild Oat, Olive e Vine J O J XVIII. Cromer. 1930-1934 106 SUMÁRIO(, CAl'fTIII,O , ' XIX 19:'14-19:;5, Sorwel l. O livro Os Doze NemedlOs C/'{'l'adures e os Sete Arcxiliares. A descoberta dos novos dezenove remédios florais , , XX Sotwell. O livro Os Doze Nelllédíos Curadures.~ Outros teemédios. A palestra "As EI":L~ Curadoras , A doença final e a morte de Edward Bach . XXI Resultados obtidos pelos trinta e oíto Remédios Florais XXII Edward Bach: Impressões Pessoais 1 11 119 124 134 EDWARDBACH Impetuoso e ardente, como uma chama viva, Sem qualquer pensamento egoísta, sempre desejando Não a riqueza nem o poder, não a influência nem a fama, Exceto aquilo que poderia levar adiante o seu esforço Para ajudar a humanidade. Tão veloz para compreender Todas as dúvidas, medos e falhas, contudo tão lento Para julgar ou condenar, sozinho pôs mãos à obra Para CUrar, ajudar tais poderes a crescer O que faz por solidariedade e para banir o ódio E ajudar todo o imenso mundo a alcançar O contato com o Infinito. Nas sombras esperamos Tanto pela luz, tão freqüentemente isso parece vão, Mas houve uma vida que muito rapidamente acendeu Fogos excitantes que lentamente morrerão. C.E.W. "A única e elevada missão do médico é restabelecer a saúde do doente, curar ...". - ..Hahnemann CAPÍTULO I EDWARDBACH. PRIMEIROS ANOS. EDWARD BACH nasceu em 24 de setembro de 1886, em Moseley, uma vila distante três milhas de Birmingham, em WalWickshire, e foi o filho mais velho de uma família de dois rapazes e uma garota. Foi um bebê delicado e foi só através de muitos cuidados que ultrapassou os primeiros anos difíceis de sua vida, embora, conforme fosse ficando mais velho, sua saúde tenha melhorado. Enquanto garoto, sua determinação e firmeza de propósito foram proeminentes; possuía tal poder de concentração, que ficava absorvido em qualquer coisa que Ointeressasse, não permitindo que nada distraísse sua atenção Ou interferisse com seu propósito. Era cheio de vitalidade e amava a aventura; era bom em jogos e estava sempre pronto a fazer alguma travessura e, graças à linhagem galesa em seu sangue, agudamente Intuitivo e sensível. Tudo o que pertencesse a Gales o atraia imensamente; sua própria família, conforme se deduz do nome Bach, chegou IL essa terra muitos anos atrás e sua natureza intuitiva, idealista, seu amor por tudo o que é belo, sua bela voz ao falar marcaram-no como um verdadeiro filho dessa terra mística. Howard Fisher, o diretor da Winterloe School, Moseley, onde foi educado, era galês e por ele Edward Bach Unha uma grande afeição, que durou anos. Freqüentemente fulava do meio feriado que ganhou como prêmio por pronunciar Caemarvon com um "e" e a alegria que isso deu 11 seu mestre galês. Esse amor por Gales arrastava Edward Bach de volta a essa terra sempre. Quando estudante, passava seus ~ rlados fazendo longas caminhadas pelas vilas galesas e I .las montanhas, dormindo onde podia, feliz com a 'ompanhia de seus amigos, os pássaros, as árvores e as 9 10 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH flores silvestres, pois seu amor pela Natureza mostrou-se desde os primeiros anos de sua,vida. Posteriormente ele encontrou, próximo a um dos rios da montanha, oprímeíro dos remédios herbáceos, através dos quais tomou-se famoso; tempos depois, na paz e quietude de uma vila galesa, desenvolveuos princípios do novo sistema da medicina à base de ervas. Tinha uma natureza multifacetada. Independente e positivo desde a mais tenra idade, dotado de grande senso de humor e alegria, tomava-se às vezessilencioso e meditativo, perambulando sozinhopelos campos ou sentando-se e olhando fixamente para as maravilhas de um pequeno gramado ou para a casca de alguma grande árvore por horas a fio. .Qualquer ser humano, ou pássaro, ou criatura, que estivessepassando por algumaafliçãoou sofrimento despertava nele uma tal compaixão e desejo de ajudar, que se determinou, enquanto ainda estudante, a ser médico. Essa compaixão esmagadora pelos outros, que lhe deu uma imensa compreensão de suas aflições, era uma de suas qualidades mais notáveis e aquela que o fez ser amado por todos os que entraram em contato com ele. Inúmeras vezes sentava-se na sala de aula da escola e sonhava com o tempo em que poderia ser iniciado o seu trabalho. Sonhava que tinha encontrado uma forma simples de cura, que pudesse curar todas as formas de doenças. Também sonhava que o poder de curar fluía de sua mão e que tudo o que tocava era-curado e esses não eram os vôos da imaginação de um estudante, mas o conhecimento interior daquilo pelo que passaria, pois encontrou essa forma símples de cura entre as flores silvestres e, nos anos vindouros, soube que, de fato,,tinha o poder de curar e foram muitos os doentes que curou através do toque de suas mãos. Seu ideal de um modo simples de curar todas as doenças persistiu e, conforme foi amadurecendo, tal ideal tomou-se uma convicção e a.força ativadora do trabalho de toda a sua vida, pois, ao longo dos aIlOS,praticou como patologista, bacteriologista e homeopata; seu único objetivo .;\S DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 11 era descobrir remédios puros, uma forma simples de tratamento para substituir os meios científicos complicados, que não ofereciam qualquer certeza de cura. Mas o garoto, Edward Bach, não era um simples sonhador. Sua certeza, sua firmezade propósito; seu interesse em todas as coisas, contudo pequeno, combinaram-se para compor o caráter de um grande gênio, embora, como é comum com os gênios,' estivesse destinado a ficar sozinho, pois poucos poderiam seguír.e compreender a determinação de alguém que conhecia o trabalho de sua vida desde o início e não permltiria que nada interferisse com esse grande desígnio. Houve dois grandes interesses em sua vida: uma compaixão imensa por todos os que sofrem, fossem eles seres humanos, pássaros ou outros animais, e seu amor pela Natureza, por suas árvores e plantas. Esses dois interesses eombínados levaram-no ao conhecimento da cura que ele buscava. Um desses amores auxiliou o outro, pois ele encontrou no armazém da Natureza as flores do campo que CUramos que sofrem e os doentes. CAPÍTULO II 1903-1906. EXPERIÊNCIA NA FUNDIÇÃO DE COBRE BACH Ao deixar a escola aos dezesseis anos, Edward Bach, embora determinado a ser médico, decidiu antes de tudo trabalhar na fundição de cobre de seu pai, pois sentia que não poderia pedir a seus pais que pagassem as desp;sas do longo treinamento médico. Assim, durante os tres anos seguintes, de 1903 a 1906, trabalhou nas usinas Bach, em Birmingham. , Esses anos, embora longos e difíceis para alguem com a sua natureza livre e sensível, não foram considerados por ele um desperdício, pois ali, entre os ~eus colegas operários, obteve um "ínsight" e urna compreensao da natureza humana, que constituíram a base de toda a sua obra fut~lra. Ele não gostava da vida dentro de casa e de ficar fechado horas dentro da fábrica, mas, como era da sua natureza, se propôs a aprender completamente o trabalho, trabalhando com os tornos mecânicos nas oficinas, em todos os vários departamentos e pôs seu talento à prova, durante um período, como caixeiro viajante da empresa. Nos anos vindouros, contaria suas aventuras nessa área com um grande bom humor. Sua natureza generosa e ausência de tino comercial não lhe permitiam discutir preços e ele retornava de suas viagens com um livro cheio de pedidos, que a empresa, incapaz de produzir os bens com os.desenhos a respeito dos quais ele havia concordado, pOSSlvelmente não poderia realizar. De modo que ele logo encontrou um outro trabalho para fazer. Em 1903, ele se juntou ao Worcestershire Yeomanry, onde, com os cavalos foi capaz de ceder ao seu grande amor pelos animais; também a vida ao ar livre foi um alívi? b~m- vindo depois do barulho e do confínamento na fabnca. . Mas seu principal interesse era ainda o estudo da natureza em todas as suas ramificações. Para ele, árvores e 12 AS DESCOBERTAS MÉDICAS. DE EDWARD BACH 13 plantas constituíam um mundo de interesse absorvente e ele teria preferido trabalhar todas as noites na fábrica do que perder a luz do dia em suas perambulações. As horas de trabalho foram sempre aborrecidas para ele, pois sabia, então, que a inspiração viria de momentos inesperados e que era em tais momentos que todo o verdadeiro trabalho era realizado e ele foi tão fortemente guiado pela inspiração, que qualquer coisa que interferisse com a ação intuitiva não apenas lhe dava uma sensação de insatisfação e frustração, como também o deixavam fisicamente esgotado e doente. Isso fez com que os três anos na fábrica lhe parecessem, de fato, muito longos e, finalmente, ele não onseguiu resistir à urgência em iniciar seu verdadeiro trabalho, o que foi fortalecido por seu conhecimento de que o medo da doença estava sempre presente na mente de seus olegas operários. Para eles, a doença significava perda do .mprego, com o acréscimo de pesadas despesas médicas e .les trabalhariam, mesmo quando deveriam ficar na cama, em casa. Viu também que pouco se fazia em relação ao número crescente de queixas, além da prescrição de paliativos e a supressão dos sintomas, e ele se determinou a encontrar uma maneira de tranquilizar as mentes e os corpos, pois ainda estava convencido de que havia um método simples de cura .1 ser encontrado, aquele que curaria todas as doenças, incluindo aquelas chamadas crônicas e incuráveis. Parecia-lhe que essa forma de curar talvez li irtencesse mais à Igreja do que à profissão médica, pois Cristo, o Grande Curador, curava o corpo, a mente e a alma " ele debatia consigo mesmo a respeito da profissão que d"veria seguir. Mas pareceu-lhe que não interpretava completamente 0:-; seus ideais e começou a perceber que precisaria encontrar pura si mesmo novas verdades ou, talvez, verdades há muito ", quecidas sobre as doenças e a cura da humanidade . Primeiro, ele decidiu, estudaria todos os métodos I onhecidos de cura e, para isso, era necessário um treinamento f t 14 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE. EDWARD BAÇH médico, mas a questão dos custos ainda? própria inclinação e que pagaria as despesas e lhe daria uma ~esad~, de modo que poderia iniciar seu treinamento ímedtaramente- Depois da conversa com o pai, ele não perdeu tempo e começou a estudarpara a matrícula e o ingr.esso, çomo estudante, na Universidade de Birmingham aos vinte anos de idade. CAPÍtúLO 111 TREJN~TO MÉDIcb Da Universidadé de Birmingham, Edward Bach foi para Londres, para terminar seu treinamento no Uníversíty CollegeHospital, onde se graduou em 1912. . . , Obteve oDíplorna Conjunto' de M.R.O.S,eL.R.C.P., em 1912; os graus de M.B..e B.,S.em,1913 e o Diploma,dé Saúde Pública (D.P.H.Camb.) em 1914;. . Desde o seu primeiro dia no Uníversity College Hospital,como estudante, até 1930,raramente deixou Londres. Seu entusiasmo e desejo intenso de encontrar a verdadeira cura preencheu sua vida, excluindo tudo o mais. Nãogostavada vidana cidade.O barulho interminável do tráfego, as ruas apinhadas, que deixavam ver tão pouco do céu, tornavam-no saudoso da paz e tranqüilidade do campo e da beleza das árvores e plantas e essa saudade tornava, às vezes, aqueles anos na cidade uma agonia. Ele até evitavaos parques de Londres, temendo que o chamado da Natureza se mostrasse muito forte e o distraísse de seú trabalho, que precisava, parecia-lhe, estar naquele momento onde tivesse' a oportunidade de· estudar muitos pacientes, achando que apenas nas alas e laboratórios do hospital descobriria como aliviar verdadeiramente os sofrimentos daqueles pacientes. Não sabia então que o amor à.Natureza, que ele fazia o possível para sufocar.o guiava em suas pesquisas e que as flores silvestres possuíam em suas pétalas ·um poder de cura muito maior do que qualquer remédio preparado em laboratório através de métodos científicos. .: . . , Aqueles anos como estudante não foram fáceis para ele de muitas maneiras. Sua "timideze o conceito que tinha de seu pai fizeram-nopedir uma mesada que era, ele verificou, apenas suficiente para fornecer-lhe os livros necessários aos seus estudos e freqüentemente.era difícil comprar alimento 15 16 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH bastante para satisfazersua fome nos finais de semana. Muitos foram os meios por ele empregados para aumentar sua mesada e ele corrigiu provas e exames e trabalhou todas as horas da noite para viverdentro de seu orçamento. Some-se a isso o fato de que sua saúde não era muito boa e sua paixão pelo trabalho permítía-Ihe pouco lazer; mas suafirmeza de propósito sobrepujava todas as suas limitações físicas, como ocorreu ao longo de toda a sua vida. Como estudante de medicina, Edward Bach passou pouco tempo com seus livros; mesmo então sentia que o conhecimento teórico não constituía o melhor equipamento para um médico, nem o método perfeito de se tratar os seres humanos, que diferiam tanto em suas reações às doenças que afetavam seus corpos. Para ele, o verdadeiro estudo da doença reside em assistir cada paciente, o modo pelo qual cada um era afetado por sua doença e ver como tais reações diferentes influenciavamo curso, a severidade e a duração dessa doença. , Atravésde suas observações, aprendeuque o mesmo tratamento nem sempre curava a mesma doença em todos os pacientes; pois, embora talvezquinhentas pessoas, afetadas por uma queixa semelhante, reagissem da mesma maneira, contudo havia milhares que reagiram de maneira diferente e o mesmo remédio, que aparentemente cura alguns, não tinha qualquer efeito sobre outros. Isso o levava a questionar a administração de determinados remédios para doenças definidas e ele revisava seu estudo dos pacientes na enfermarias, buscando uma iluminação maior. Então, percebeu que pacientes com um temperatpento ou personalidade semelhante freqüentemente , respondiam ao mesmo remédio, enquanto outros, com um tipo diferente de personalidade, precisavam de um outro tratamento para a sua cura, embora sofressem da mesma enfermidade. Assim, no início de sua pesquisa, alcançou o conhecimento de que apersonalidade do indivíduo era até AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 17 mesmo mais importante do que o corpo no tratamento de Isua doença. ' Apersonalidade do paciente, o ser humano enfermo, era para Bach a principal indicação do tratamento exigido;o panorama da vidado paciente, suas emoções, seus sentimentos; eram todos pontosde importância fundamental no tratamento das incapacidades físicas. ' EdwardBachpassou horas nas enfermarias,assistindo os pacientes, desejando encontrar a cura para as suas doenças, em vezde um alíviotemporário. Viucomo o processo de cura era freqüentementedoloroso, algumasvezesquasemaisdoloroso do que a própria doença, e isso serviu para fortalecer sua convicção de que a verdadeira cura deveria ser suave, indolor e benigna. 'Mesmo em seus dias de estudante, começou a aprender muito sobre a verdade relativaà doença e sua cura, e observou que o tempo iria se tomar a pedra fundamental do novo sistema de medícína que ele descobriria vinte anos mais tarde.Apenasgradualmentefoi-lhepermitidoaprender a respeito de,tais verdades. Passo a passo, conforme os anos passavam, ele aumentou seu conhecimento, fazendodescobertas em cada ramo da medicina, descartando ou aperfeiçoando essas descobertas, enquanto provava o valor das mesmas, sempre com um único objetivopor trás de seus esforços, a purificação da medicina existente e a descoberta de uma cura certa e simples para as doenças. Aolongo de toda a sua vida, fezpouco uso das teorias aceitas até que elas lhe fossem provadas.Aexperiência prática e a observação foram, para ele, o único caminho verdadeiro da aprendizagem. De fato, dizia-se que el,eera conhecido por ter dito, ao ser apresentado com todos os seus diplomas, "Levareicinco anos para esquecer tudo o que me foiensinado." Obteve seu conhecimento e sua experiência a partir da vida e de sua própria intuição, de modo que os resultados de sua obra foram todos práticos e, finalmente, no término do trabalho de sua vida, deixou o 18 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE 'EDWARD BACH registro dele num pequeno livro" de trinta páginas, escrito de modo claro e simples para que todos compreendessem . .• Os Doze Remédios Cur~dores e'Outros Remédios (The Twelve . Healers and Other Remedies), Edward Bach, M.B., B.S., D.P.H. CAPÍTULON PATOLOGISTA E BACTERIOLOGISTA Em 1913, Edward Bach manteve o cargo de Médico Ohefe de Pronto Socorro do University College Hospital e posteriormente, no mesmo ano, aquele de Círurgíão Residente de Pronto Socorro no National Temperance Hospital, mas foi forçado a desistirdesse posto depois de alguns meses, devido a um p-roblema de saúde. Quando sé recuperou, montou um consultório próximo à Harley Street, onde logo se tornou muito ocupado. Conforme aumentava a sua prática, tornava-se cada vezmais Insansfeíto-com os resultados do tràtamento ortodoxo, pois, embora-muitos deseus pacientes tivessemmelhorado e muitos e$tlvessemapáréntémente'dIrados,asaúde deles nem sempre' er;Á mantída, Havíafnuítos casos crônicosede 'longa duração tarhoém,que pareciam não receber benefício de qualquer' f0Fma de tratamento. I »« Parecia-lhe que a medicina moderna falhava de alguma maneira e que a cirurgia 'raramente podia ser mais do que um paliativo e um alívio e ísso o'entrístecía.tpoís ele nãe' tinha, como podia ver, nenhum modo de' remediar tal situação. A falha aparente devia-se, ele sentia, ao fato de que a maioria dos médicos tinha pouca oportunidade de estudar seus pacientes'; Estavam sempre muito ocupados para' pensar no lado humano, concentrando-se muito no' corpo físico é; assim, esquecendo que cada indivíduo' não era construído segundo um padrão. -- Ensinaram-Ihestanm a se relacionar com a doença, que' ignoravam a personalidade do ser humano e ele estava convericidode que, desse modo, eles estavam neglígencíando os siritomas mais importantes do paciente. . , , . Isso fez com que ele buscasse' outros métodos de cura e se interessasse por um outro ramo' da' medícína: a Escola-de' Imunología. " . Consequentemente tornou-se bacteriologista 19 20 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH assistente no UniversityCollegeHospital e esperava encontrar na bacteriologia a resposta para seu problema. Apartir dos resultados de seu trabalho, começou a sentir que, de fato, estava na pista de um método de tratamento, que curaria até mesmo casos crônicos refratários, que até então tinham desafiado todos os esforços da profissão médica, pois ele descobriu que certos germes intestinais, que na época tinham sido considerados de pouca ou nenhuma importância, estavam intimamente ligados às doenças crônicas e à sua cura. ESsesgermes estavampresentes no intestino de todas as pessoas suspeitas de sofrerem de doença crônica e também estavam presentes em indivíduos saudáveis; mas, no primeiro caso, definitivamente aumentavam em número e no segundo, em menor proporção. Seu trabalho, portanto, residia em estudar esses bacilos e -descobr ír que relação mantinham com as enfermidades crônicas presentes nos pacientes; por que é que estavam presentes em número tão elevado e se estavam lá para ajudar ou impedir a recuperação da saúde. Segurram-se semanas e meses de pesquisa e, conforme esta progredia, ele se convencia de que uma vacina, feita a partir dessas bactérias intestinais, injetada na corrente sangüfnea do paciente teria o efeito de limpar o sistema dos venenos causadores da doença crônica. Os resultados que obteve ao fazer isso estavam além de suas expectativas. Não apenas a saúde geral melhorou muito, de maneira que os pacientes nunca tinham se sentido tão bem antes, como também a enfermidade crônica -- a artrite, o reumatismo, as dores de cabeça etc. -- desaparecia para sempre. Embora tivesse obtido tais resultados encorajadores a partir dessas vacinas, Edward Bach não gostava do método ' de injetá-Ias através da pele, com as resultantes reações dolorosas no paciente e a dor local, o inchaço e o desconforto seguiam o uso da agulha da seringa. Ele se propôs a descobrir um método mais simples de.aplícação. Resolveu parcialmente este problema através de sua AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 21 descoberta seguinte, pois observou que, se apenas uma dose de vacina não fosse' repetida até que os efeitos benéficos daquela anterior tivessem se esgotado ou as condições do paciente tivessem se tornado estacionárias, os resultados eram melhores do que quando as doses eram administradas em intervalos estabelecidos e havia um número muito menor de reações severas no paciente. Isso o alegrou, pois eram necessárias poucas injeções; freqüentemente semanas, meses, até mesmo um ano, passariam antes de o paciente precisar de uma segunda dose, pois quanto mais tempo durasse a melhora, nenhum tratamento precisaria ser administrado. Tais descobertas importantes revolucionaram o tratamento de' doenças crônicas e, poucos anos depois, em outra escola de medicina -- a homeopática -- ele continuou suas pesquisas sobre as descobertas, melhorando-as e Implífícando-as, com um aumento desucesso e até mesmo resultados melhores do que antes. Sua própria saúde nesse período não era boa e ao romper da Grande Guerra de 1914, para sua tristeza, foi recusado seguidamente para o serviço militar. Porém ele tinha muito o que fazer.Foi o encarregado d mais de quatrocentos leitos de feridos de guerra no UniversityColIegeHospital, além do seu trabalho de pesquisa no departamento de bacteriologia e também foi o onstrador e assistente clínico de Bacteriologia do Hospital dical School, de 1915 a 1919. Trabalhou incessantemente, não se permitindo alquer descanso, até que ficou tão doente que teria maiado sobre a bancada do laboratório. Sua grande terminação não lhe permitia pensar em seus próprios blemas e, enquanto houvesse tanto a ser feito e tantos clsando de auxilio, ele continuaria. Mas, em julho de 7, teve uma hemorragia severa e ficou inconsciente. transportado para uma das enfermarias do hospital, cado sobre uma cama com todo o seu pessoal ao r, pois tal era a sua condição que uma operação seria 22 AS DESCOBERTAS 'MÉDICAS 'DE ,EDWARD BACH necessáriapara salvarsuavida;de tato , os cirurgiõesduvidavam ,muito deq~e tivessem chegado-a tempo. ." _ ' " , ,'Se\ls pais deram o consentimento e a operaçao ~Ol realizada sem o conhecimentp,de Edward Bach, que nao tinha recuperado a conscÍência,' ",: ' , 'Sobre:Vive,u à cirurgia, mas seu estado ainda era b~tante grave e, quando foi possível; di,sseram-lhe que a doença, embora localmente removida, provavelmente se espalharia; que poucos se, recl.}peraram per~anentemen~e ,de uma doença assim e, no máximo, ele terra apenas tres meses de vida. Então seguiram-se,para EdwardBach,dias e semanas na cama dias e semanas de dor indescritível e agonia tanto para o~o.rpo quanto para a mente. Para alg~é~ com ~ua ativa natureza sensível, com uma ardente urgencia de Viver e reali;ar seu propósito de vida, aquelas primeir3,Ssemanas estiveram,quase além do que podeda suportar. T~ha só três meses para terminar o trabalho, que ele sabia estar apenas no início! , ' Gradualmente apaziguou seus pensamentos, mas determinou-~e a, se tivessede deixar seu trabalho inacabado, ele o tornaria o mais completo possível nas poucas semanas d~ vida que lhe restavam. Ainda muito fraco, capaz apenas de andar, retornou aos labprató,rios do hospital, onde, por algumas semanas"encarregou-,setotalm<:nte.dodepartamento. , Imediatamente tornou-se tao rrnerso em seus, experimentos, que perdeu toda a noção do te~po, trab~ando , dia e noite até o ponto em que a luz que brilhava nas Janelas de seu laboratório era chamada de "a luz que nunca se apaga". . Conforme as semanas e meses passavam, ele se esqueceu' dos próprios problemas e verificou que estava se tornando mais forte e, quando os três meses se passaram, repentiname,nte percebeu <l;ue.sua saúde era melhor do que aquela que teve por alguns anos: , , Os homens que o tinham visto em seus plOres niomentosficaram'atônit~s ~om sua recuperação, tanto que u~ amigo médico, que tinh~ assístído li,sua cirurgia e, então, AS· DESCOBERtAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 23 partiu imediatamente para a frente de batalha, ao encontrá- 10 repentinamente, algum tempo depois, exclamou: "Mas, bom Deus! Bach, você está morto!" Isso o fez parar para considerar a razão de sua maravilhosa recuperação, de seu retorno à vida como ela era e chegou à conclusão de que um interesse absorvente, um grande amor, um propósito definido na vida constituíam um fator decisivo na felicidade do homem na Terra e eram" de fato, o incentivo que o fizeram.atravessar suas dificuldades e o tinham ajudado a recuperar a própria saúde. Em seu último trabalho, esta grande verdade foi enfatizada, pois ele descobriu que os remédios à base de ervas tinham o poder de revitalizar tanto a mente quanto o CQDpO, que o desejo de viver e realizar o trabalho de uma vida é' recuperado e com ele a boa saúde retorna. As vacinas, que preparava a partir de bactérias intestinais,estavamsendo cada,vezmais usadas no tratamento de doenças crônicas e com resultados tão excelentes que o método foi amplamente adotado pelos médicos.' Durante a epidemia de gripe de 1918, foi permitido a Edward Bach, não ofícíalrnente, inocular as tropas dos acampamentosmilitares com suas vacinas, salvando, assim, muitos milhares de vidas; e ele ansiava por ser capaz de stender seu trabalho para. outros campos, onde a taxa de mortalidade era assustadora. Sabia que poderia impedir um ofrimento indizível apenas se tivesse a oportunidade. Como retorno à saúde, revisou suas pesquisas com grande atividade e sua reputação como bacteríologísta trouxe um J.1lMmerOcada vez maior de pacientes ao seu consultório da Harley Street. Ficou enormemente encorajado com os resultados seu trabalho neste estágio,sentindo que estavagradualmente Iliproximando do método mais suave, mais seguro de I uamento que desejava encontrar. Atéagora tinha sido capaz I I numa larga extensão, eliminar a necessidade de drogas médios desagradáveis e, acima de tudo, dar esperança oaêorto a' muitos que tinham perdido a esperança de uperação. 24 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH Seu trabalho ligado à toxemia intestinal estava se tornando cada vez mais conhecido e os resultados de suas e conforto a muitos que tinham perdido a esperança de recuperação. Seu trabalho ligado à toxemia intestinal estava se tornando cada vez mais conhecido e os resultados de suas descobertas foram publicados nas revistas médicas e estão registrados no Proceedings of the Royal Society of Medicine do ano de 1920.* Embora tais descobertas constituíssem um grande avanço sobre. os métodos antigos de tratamento de doenças crônicas, Bach ainda não estava completamente satisfeito. Existiam certas doenças que não respondiam-ao tratamento, onde mesmo às vacinas não tinham qualquer serventia e o método aceito de diagnóstico ~ra, para a sua mente, muito prolongado.Treqüenternente dias, semanas e até meses eram gastos em investigações, observações e exames antes que o nome da doença pudesse ser decidido e o tratamento prescrito. Durante esse tempo, o paciente ainda sofria e tornava-se mais fraco e mais necessitado de ajuda. Ele começou a sentir que seu trabalho ainda estava na infância e se determinou a redobrar seus esforços. Procedimentos da Real Sociedade de Medicina (N.T.) * "A Natureza o Soro Antitripsina e sua Relação com a Autólise e a Formação de Toxinas" (The Nature of Serum Antitrypsin and its Relation to Autolysis and the FormationofToxins) - F.H. Teale e E.Bach (Proc. Roy. SocoMed., 1920) . "A Relação da Titulo Autotríptico de Sangue à Infecção Bacteria.t~a e àAnafilase" (The Relation of the Autotryptíc Titre of 8100d to Bactena Infection and Anaphylaxis) -- F.H. Teale e E. Bach (Proc. Roy. Soco Med.,1920) "O destino de "espóros lavados" na inoculação em animais, com especial referência à Natureza da Toxemia Bacteriana" (The fate of "washed spores"on ínociilatíon into anirnals, with specíal reference to the Nature of Bateria! Toxaemia) -- F.H. Teale e E. Bach (Journalof Patbology and Bacteriology, 1920) CAPÍTULO V HOMEOPATIA. OS NOSÓDIOS DE BACII A parte final do ano de 1918 viu uma nova fase da obra de Edward Bach. .. As autoridades do lJniversity ColJege Hospital ~eCI(~r<un que seu corp? docente deveria trabalhar em tempo Illtegl al no HOspItal e deixar de lado qwtlquer trabalho externo que pu?esse ter, Isso não teve nenhum atrativo para Edward Bach. Seu forte desgosto em relação a horas estabelecidas de tr.ab~lO, a regras e reguhunenlos, levanun-no a pedir sua denllssao ali e naquela hora. . , Mas determinou-se a continuar com SU,L<;pesquisas Iigadas a toxernía inteslinal e, para tal Um, estabeleceu um peque~lO laboratódo próprto em Nollingham Place, W.i., onde POdet·~a tanto examinar pacientes quanto proceder às suas pesquisas. . . Nessa época foi muito pressionado pelafalta de dlllhel~o: pois tinha gasto tudo o que possuía em seu laboratono expenmcms] e foi forçado a viver, comer e dormir num peq.ueno aposento. Mas estava feliz, pois estava livre para continuar suas pesquisas seguindo suas próprias diretivas, nunca duvidando que obteria novos conhecimentos e faria descobe:tas pat·~ o benefício dos que sofrem. , .1ouco depol~,. o posto de patolOgista e bactetiologista do HosP.llal H~meopatlco de Londres tornou-se vago e, com uma sollcIlaçao, foi aceito. Começou seu novo trabalho lá em m a r ç o de 1919, permanecendo até 1922. ~nk'io OCOtTeuque lhe deram para ler o Organon; o livro escrrto por Hahnemann, o fundador da homeopalia. ASSIm, c.omeçou a ler com dúvidas na mente mas Já a primeiI~a página o fez mudar de opinião, pois reconheceu () granda gemo de l-Ialmem<Ulll e ele passou o resto da noite sentado lendo o Livro de ponta a ponta. 25 ,., Quanto mais lia, mais interessado se tornava, pois havia uma grande semelhança entre as descobertas de Hahnemann e as suas próprias. Hahnemann, parecia, conheceu, aproximadamente cem anos antes, aquilo que ele recentemente descobrira por si mesmo através de métodos diferentes. Hahriernaun descobrira a relação íntima entre doença crônica e envenenamento íntestínal e também provara que as doses eram mais benéficas, se fossem repetidas apenas quando a melhora resultante da dose anterior tivesse cessado. Edward Bach ficou profundamente impressionado. Aqui estava um homem que, há muitos anos, tinha descoberto esses fatos sem a ajuda do aparato científico moderno e que, provando-os primeiro em si mesmo e em seus poucos assistentes, tinha sido suficientemente corajoso para doar seu conhecimento ao mundo sem ninguém para apoiá-Io. As curas que.Hahnemm111 obteve foram duplamente maravilhosas para a mente de Edward Bach pelo fato de que ele não tinha usado germes, os produtos da doença, mas remédios colhidos principalmente na Natureza, suas plantas e ervas e musgos, Venenos e metais também tinham sido empregados, é verdade, mas em quantidades diminutas e preparadas de uma tal maneira que seus efeitos prejudiciais eram neutralizados. Aqui estava uma outra pessoa semelhante a ele que tinha descoberto que cada' caso de doença exigia um tratamento individual, não de massa. Nas palavras de Hahnemann: "Portanto o médico racional julgará cada caso de doença sob os seus cuidados de acordo com suas características individuais... ele o tratará segundo sua índividualídade.. ... com um remédio individual apropriado". (Organon, par. 48) Hahnemann percebera, como ele próprio há muito acreditava, que o princípio da verdadeira cura era tratar o paciente e não a doença; tratar as características, o lado temperamental do paciente, o "mental" como Halmemann o chamava, usando este como guia para o remédio necessário, sem considerar a queixa física. 26 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH AS DESCOBERTAS M'ÉDICAS DE EDWAR:Ú BACH 27 Com este método' de 'diagnose, ó rernédtó 'seria prescrito e o tratamento iniciado imediatamente, sem qualquer perda de tempo para pesquisas e freqüenrernerue' exames dolorosos. ' ',; I' Este princípio do "trate o pacíente e não lidóença" tomou-se a base do novo sistemá de medicina herbácea que Edward Bach estava para descobrir 'poucos anos depois. Verificou que muitos dos ideais de Hahnernann eràm idênticos aos seus; o motivo que o tinha inspirado desde o início de sua carreira médica e o conduziu 'ao' longo de toda a sua vida: de modo a não permitir que nada 'o'parasse ou impedisse de continuar a sua missão, 'estava' expresso pelo próprio Hahnemann no primeiro parágrafo do Organon: "A missão elevada e única do médico é restabelecer a saúde' do doente, é curar ..... " . ..' li: li' Um ideal assim fez com que, algumasvézes'ele tenha sido.mal interpretado e seu trabalho questionado pela ortodóxíã e mais de uma vez foi avisado que seu nome poderíá' serfetíradó do Registro de Médicos; mas isso não o afetava; pois' quando se convencia da existência de uni modo melhor de curar aqueles que sofrem, nunca se conformava em aceitar regras e teorias. Depois de ler o Organon, Bach sentiuque.r'sê pudesse, de algum modo, combinar as descobertas de Hahnemann com as suas próprias, seria capaz deampliar e melhorar arnbas. . . '" Não desejava alterar ou prejudicar a obra de t. Haluiemann, mas sabia que, como os tempos tinham mudado, O mesmo ocorrera com as condições e circunstâncias ao redor dos pacientes e, assim, de fato, ocorrera com as própriàs .,) doenças, pois constantemente novos nomes, novas queixas, stavarn em evidência e, além disso, o tipo de doença chamado de "incurável" tinha sido amplamente neglígencíado , O trabalho no departamento de bacteriologia doHospital Homeopático de Londres tinha sido deixado de lado por muito tempo e Bach primeiro voltou sua atenção no sentido ele fazê-Io crescer e sobrepujar o preconceito entre os homeopatas contra misturar, como eles pensavam, 28 A8 DE8COBERTA8 M~DICA8 DE EDWARD liA H a ortodoxia com os princípios puros de .Hahnernann. Isso não lhe tomou muito tempo e logo o trabalho do departamento aumentou numa tal extensão, que ele pediu assistentes e lhe deram homens, que se tornaram tão interessados em suas próprias partes do trabalho, que ele se demorava para iniciar seus próprios experimentos. Então, voltou sua atenção para a relação entre suas .prõprías descobertas e aquelas de Hahnemann relativas às doenças crônicas. Vários anos antes, suas pesquisas na Escola de Imunología da University College Hospital levaram-no a descobrir o fato de que o envenenamento proveniente de certos organismos no trato intestinal era a causa da doença crônica e que, quando essas toxinas eram removidas, a assim chamada enfermidade crônica desaparecia. Hahnemann, a partir de suas pesquisas realizadas muitos anos antes, tinha compreendido o mesmo fato. Sua teoria era que havia um ou mais de três venenos -- syphilis, sycose, psora -- que tinham de ser eliminados, antes que a cura de uma- doença crônica pudesse ser efetuada. Ernbo ra os dois primeiros venenos fossem conhecidos e explicáveis, pouco se sabia do terceiro -- psora -- além dos sintomas presentes no paciente afetado. Bach chegou à conclusão de que a toxemia intestinal, o veneno produzido por certos organismos encontrados nos intestinos, era idêntica à psora de Hahnemann. Então, passou a preparar vacinas a partir desses organismos pelo método homeopático de preparação e administrou-as aos pacientes pela boca, como os remédios, somente repetindo uma dose quando os efeitos da anterior tinham cessado. Os resultados o deixaram deliciado e a partir de então raramente aplicou injeções. Jamais gostara da agulha hipodérmica e agora dava as boas-vindas à maneira melhor e mais simples de administrar vacinas pela boca, um método que a maioria dos pacientes preferia, pois não apenas se evitava a reação local, como também, na maioria dos casos, a reação geral era, de longe, menor. I \1 I 'I AS DESCOllEtrl'l\S M(WICAS DE EDWAHD 131\CII z'9 Tais vacinas orais, ou nosódíos, assim preparadas , administradas, [ustífícararn completamente seu trabalho; centenas dos assim chamados casos crônicos foram tratados COIll excelentes resultados e ele achou que tinha dado mais um passo em direção a uma medicina melhor e mais suave, que ele sabia que era tão necessária para a felicidade, o conforto e a recuperação mais rápida de todas as pessoas doentes. Classificou a enorme variedade de tais organismos presentes nos intestinos em certos grupos através de sua ação de fermentação do açúcar e dividiu-os em sete grupos principais, que incluíam a maioria dos organismos encontrados. Os sete grupos de bacilos foram assim denominados: 1. Proteus 2. Dysentery 3. Morgan 4. Faecalis alkalígenes 5. Coli mutabíle 6. Gaertner 7. Número 7. . Verificou que a propriedadedas vacinas preparadas a partir desses grupos era a de purificar o trato intestinal e de limpar e manter puro tudo o que era ingerido, de modo que aquilo que deixava o corpo era salutar, limpo e inofensivo. Este processo de limpeza resultava numa melhora notável na saúde geral do paciente e na cura da condição local sem qualquer tratamento local, Cada paciente era testado em relação aos grupos bacterianos predominantes no intestino e um nosódio autógeno ou um polívalentc era administrado. Pelo método autógcno, fazia-se uma vacina do organismo isolado de um determinado paciente, que era administrada pela boca ao mesmo paciente; enquanto que, p~u'a cobrir um número maior de casos, administrava-se um nosódio polivalente , [cito a partir da coleta de organismos 30 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWAIW I3ACI-I provenientes de alguma.<;centenas de casos, potencializ;Uldo- se o todo. Ao mesmo tempo, Bach trabalhava o "mental" ou tipo de personalidade dos pacientes, em cada um dos quais um dos sete grupos de bactérias predominava e descobriu que havia tipos definidos pertencentes a cada grupo. Os sete grupos bacterianos correspondiam às sete diferentes e definidas personalidades humanas. Seu entusiasmo foi imenso e sentiu que tinha justificado sua convicção, pois, ao tratar os pacientes com esses sete nosódios, de acordo com seus sírnornas tempenullentais, obtinha resultados além de suas expectativas. Havia ainda uma enOl-me quantidade de pesquisa a ser realizada com os nosódios e os tipos e incontáveis observações e classificações de pacientes, mas, conforme o trabalho progredia, ele logo se tOll10Ucapaz, para sua gnU1de alegria, de prever em larga extensão, a partir unicamente do tipo de paciente e seus sintomas, o organismo a ser encontrado. Esse método de diagnose o atraía acima de qualquer outro; os pacientes seriam salvos do desconforto e do embaraço dos exames físicos e de investigações que apenas serviam para cansá-Ios e, posteriormente, enfraquecê-Ios. Mais tarde, desenvolveu este método de diagnose e prescrição num grau muito mais completo no novo sistema de medicina herbácea que descobriu. Mesmo naquele tempo, não íícava contente se não conseguisse reconhecer o remédio que o paciente necessitava, no tempo que este levava para caminhar da porta do consultório até a sua mesa. Aumentava o número de bons resultados obtidos por suas vacinas e nosódios em enfermidades crônicas. As sete vacinas orais, chamadas de "Os Sete Nosódios de Bach" , eram entusiasticamente bem recebidas pela profíssão médica e estavam sendo ,unplamente usadas não apenas na Inglaterra, mas até mesmo na América e na Alemanha e muitos outros países, tanto por alopatas quanto pelos homeopatas. Bach não media esforços para tornar conhecido em todos os cantos esse grande benefício aos doentes, dando AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 31 palestras e escrevendo trabalhos para revistas médicas. Em seu trabalho "A Relação da Terapia de Vacinas com a Homeopatia't+, lido na Sociedade Homeopática de Londres, em abril de 1920, mostrou aos horneopatas a semelhança entre o ramo mais moderno da ci A •. IenCIa e o ensmamento de Hahnemann, não apenas em relação ao tamanl:o da dose, mas também na composição, método de ~so e tipo de remédio. Esse discurso causou um tremendo interesse entre os membros daquele ramo da medicina. . Durante os anos seguintes, o trabalho de classífícar maI~ completame~te os sintomas peculiares de cada grupo particular de orgarusmos continuou. Edward Bach empenhava- se em dar a es.s,: classificação uma tal perfeição de detalhes, q~e a prescnçao seria possível apenas com bas e na s ín to m ato lo gí a, sem o auxílio 'do laboratório. 1"The Relation ofVaccine Therapy to Homoeopathy" Edw d B h M B B S D P H . bli d . . ,ar ac, b . :' .., .. ., pu ca o em The Britisb Homoeopatbic Iournal. a rii de 1920. J' . , CAPÍTULO VI 1922-1928. OS SETE Nos6D10S DE BACH (continuação) Em 1922, o lrabalho de seu departamento no Hospital Homeopático de Londres aumentou tanto que Edward Bach tinha pouco tempo para as suas próprias pesquisas. Sua fama crescente trouxe-lhe quase mais trabalho do que aquele que tivera em seu consultório da Harley street e, além disso, aínda mlllltinha seu pequeno consulLóIio em Notlingham Place, W.I, onde tratava os pobres, dando-Ihes o benefício de sua experiência e não lhes cobrando nada. Embora houvesse ainda uma grande quantidade de trabalho a ser realizada com os sete nosódios, desistiu de seu cargo de bacteriologista e patologista do Hospital Homeopático de Londres e, depois, rapidamente se mudou para um grande laboratório em Park Crescent, PorlhUld Place, O seu gênio era então gemlmente reconhecido num círculo diferenciado e os horneopatas o chamavam de "o segundo HahnemlUln". Em 1926, publicou seu livro Doença Crô11ica: Uma HijJótese Que punciona, escrito em colaboração com o Dr. C.E. Wheeler, de Londres, que o assistiu em suas pesquisas no Hospital Homeopático de Londres e depois. O livro teve ampla circulação e foi bem recebido pela classe médica, tanto alopática quanto homeopática, e os resultados obtidos por todos os que usaram seus métodos [icararn tão satisfeitos que, numa ampla extensão, as vacinas orais tornaram o lugar daquelas injetáveis. Os anos que se seguiram foram incrivelmente atarefados. Ele dividia seu trabalho entre o consultório da Harley Street e os laboratórios em Park Crescenl. Tinha tanto trabalho, que precisava manter um grupo permanente de as.<;istentes,mas ele próprio, pessoalmente, preparava as vacinas a partir de espécimes que lhe eram enviados por mais 32 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD ·BACH de setecentos médicos. ,. Além disso, médicos de outros países vinham fazer es~aglO: CO~lle~e no labo raró rio, para aprenderem S;llS ~lelodos, pOISfOIsempre seu desejo espalhar o conhecimento de SUlL<;descobertas, de modo que urn número cada vez maior e pessoas pudessem ser beneficiadas. . Nessa ép~ca, a sua renda era grande, mas lodo cenl,~v~ .~u.~ possuia era gasto em instrumentos e utensílios lle~e.s~ru,lo~as SUlL'ipesquisas e nos salários de seus assistentes. G.U~~Idava t,l~ pouco para si que, ao deixar Londres, em 19:-\0, d P'ualcoll:eç'lr um novo trabalho, tinha apenas pOUGL<;cédulas e ( inheiro em seu bolso. . . .. E~ward .Bach era il~cansável em seus esforços para slll~plIf~caI e purificar os métodos e os remédios usados na c~ll.a, tl,abalhava mcessantemente durante todo o dia e grande IMIte da norte, fazendo outros experimentos, mais descobertas, pcsquisando e testando outros métodos de CUI"acientífica -- eletricidade raios X ' Cai d cc " s. ' a. aixa e Abrarns -- mas nunca íícando completamente satisfeito com os resultados. , Estudava os efeitos da alimentação em relação à doença e ao mesmo tempo defendia 'I íncestão de ,.1· t. . f c o+- ,uIllJen os CIUS, rutas, nozes, .cereais e vegetais para reduzir a quantidade de toxinas produzidas nos intestinos. ., , O :feito de tal alimentação, combinado com o u ,[I~Ullento a base de vacinas, foi o assunto de uma palestra dada por ele no Congresso Homeopático Britânico ocorrido em Londres, em 1924, num trabalho entitulado· "Toxe . Intestinal em sua Relação com o Câncer" . di . d~ xenua b fiei b id .', 111 ican o que "o ene ICIOo li o se deve à melhora geral e não ao tratamento local". c <U .. ,~dward I3ach estava então provando cientificamente o pllllClplO que, intuitivamente, há muito conhecia -- o fato d~ ~ue o temperamento do paciente era a indicação importante para o t.ra~amenlo requerido. As vacinas melhoravam tanto a condição geral do paciente que os sintomas locais desapareciam. . , ., DE EOWARO BACI-I AS DESCOIJEHTAS MEDlCAS _, ,dios à base dc ervas, posteriormentc, com os leme . , >1' . " , " 'lciente do "não completamente e e verificou que levar o p, 'I -óprio" é que efetua a , ''o"Il'll"lO "comlllet:lmente e e plpropll ,< cura". '" I-Iomeollático Internacional, emNo Conoresso. . , , '" Edw'u'd Bach e os médicos que o scglll,:m Londres, em 1927," "" _r' t "ünlhos sobre a pesqlllsa e a..ssistiam em Sll,LSpesqlllSa..S Iam I, 1 . ';'r 11'Lsido provada. realizada e que J,L mn; I d L dres em sua palestra de () DI' C E. Whcc cr, e on . " . ,. ,. '. f " rdo-se :-..descoberta do DI.d conoresso I e ei \I ' abertura o"' "t' "Il~es hhrá daqui a minutos, mas posso Bach, lltsse: Seu au 0\ I~ 'l~r ser muito modesto, não diria dizer por ele aql\llo que c I.'t~'\b'tlhado com ele por anos me de si mesmo. O fato de lCI :' t confi'lIlça e o fato de, f' I, 'com con iecirncn °f' .capaCIta a à ai _ .s • o meu nomc estej:l blicaçao dc sua teorra , Ii. que, na pu _ . d de declarar que o que lZ . I '\O dele nao me írnpe e e IassoCl(\( o, _ à d > 'ObCI'l'1 original e que a e e foi secundário em relaçao a esc 'd' 'd" ,c crédito dela. . I lertence o ver ,I cn o e somcntc 't, e e I .. ,"llmente que ele é um bactctiologista "Observel~l, II1lCI, , ,,' S(uisas bactctiológicas e chegou à sua tcona por un d 1<lI.ota dedl~l~elObservem depois, f Jroblemas c IlllUlll, " ,-- de ato, aos I I - .. bia nada de homeopatia.- I t -ÜYllll'LV'Lnc a nao S,I , c ,que, quanc o I; , " .. ' . '.. ente e ele pront<Ullcntc _I . 110desta veIo postenollllSeu cOlu1ecmlel. '. -'d de seu valor. De fato,, cnnanecc convcnCI o, , se convenceu, e P I' I esit'lç'lo em fazer a. ,. l1'io teve qua quel 1 , , ' desde o 11lICIO, c ( ente lhes será formulada. d ídéi - lle presen em ~ .associação :Je I elas q , '. D' B'lch ele repetiu que de I 1 ' dada pelo propno 1. ' , dNa pa es ra " I d _ das v,tcinas prepara as a- ' "LS e dos reSll ta os , , , - Isuas pesqUls, , '. 1 . I cheg'ldo à conclusao c e partir da toxemia intestll1<l , tll.11a . "I' ·dêniícas. , psora e a toxemia Intesttn,1 e r arn I que ,I . .. d .. ) P'Ilestra dada por Edward * "TheHealíngHerbs" (As ErvasCUI'b\~['dlS'19'ry6 r 11' f -d Berks serem 10 e :J. , ,. )Bach em \\ a IIlgoru, . '.: " (O problema da Doença Crolllca . 1. "TheProbll'1IlofChrolllc ol~~as~eop'iticO Internacional, 1927, por OiSClIl'SOSlido no conBgL~ss~S~IEdw~rd Bach, M.B., I3.S.,D.P.H. e C. E. Wheeler, M.D., .,., . , T.M.DishinglOn,M.B., Ch.B.. I .. " (Ooença Crônica: Uma O· . A\Vorluno HypotleSls 9'16'1 "Chronic ísease: ~ I C E wheelcr I ~ . ~' F -'011'1) Ed\Vard l3ac L e . . , , . ) Hipótese que '\III~1 " '0'" > _" (O Problema da DoençaCromca 3. "TlteProblem 01 Chrouíc ísease 34 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 35 No último parágrafo, ele disse: "O nosódio, o remédio preparado a partir do material da doença, antecede a bacteriologia e a vacina; mas a relação entre a última e o primeiro é óbvia. "Para a escola de vocês, pioneiros no uso clínico da doença para curar a doença, ofereço um remédio que é, creio, potente contra a mais 'profunda de todas as doenças, essa toxemia crônica, que o gênío de Hahnemann pressentiu e nomeou. Se acredito que posso tornar a natureza dela mais clara do que lhe foi possível, não quero tirar nenhuma vírgula de sua glória -- antes, creio que posso confirmar e ampliar o seu trabalho e, assim, render-lhe a única homenagem que ele desejaria," * O Dr. T, M, Dishington, de Glasgow, em sua palestra disse: "Minhas experiências me convenceram da grande descoberta, que marca uma época, do trabalho do DI'. Bach." Ao mesmo tempo, Edward Bach tornava sua descoberta conhecida dos alopatas, que já estavam usando amplamente as vacinas. Um trabalho entitulado: "Um Método Eficaz de Combate à Toxernia Intestinal" foi publicado no The Medical World, de março de 1928, e um outro, na mesma revista, em janeiro de 1920 ("Um Método Eficaz de Preparação de Vacinas para Administração Oral"). A despeito do sucesso dos nosódios e do método oral de administração, ele percebeu que .os Sete Nosódios de Bach representavam apenas um ramo da doença -- aquele incluído por Hahnemann sob o nome de psora -- e que eles não curavam todas as doenças crônicas. Também estava insatisfeito com o tipo de remédios empregados. Sempre foi seu desejo substituir os produtos da doença (as bactérias intestinais usadas como vacinas) por remédios mais puros e determinou que suas futuras pesquisas voltar-se-iam para tal objetivo. Propôs-se a descobrir os novos remédios entre as plantas e ervas da Natureza e descobriu que certas plantas tinham efeitos semelhantes àqueles dos grupos de bactérias, Experimentou tais plantas, mas verificou que estava faltando *.Ibid, 36 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE'" EDWARD BACH algo que impedia que os resultados fossem tão bons quanto aqueles obtidos pelos nosódios bacterianos. . . A • No discurso feito à Sociedade Bntal1lca de Homeopatia, em Londres, em 1 de novembro de 1928, ele se refere a esse fato. " . Essa palestra, "A Redescoberta da Psora , fOI posteriormente publicada no Britis~ n.0me01!athiC]OUrnal, de janeiro de 1929, e é de importanCla, pOISnela ele ~a~o primeiro pronunciamento público da novae melhor n?edicma que estava para descobrir e aperfeiçoar num período de poucos anos. ._ Com relação a isso, os .segumtes extratos sao de grande valor: "Gostaria que fosse possível lhes apresentar sete ervas em vez de sete grupos de bactérias, porque sempre parece haver alguma relutância nas mentes de muitos em relação ao uso de qualquer coisa relacionada com doença no tratamento de condições patológicas". Referindo-se a Hahnemann, na mesma palestra, disse: "Eleviuque novasdoenças surgiriam devidoà alte~a~ão das circunstâncias da civilização e que novoS reme~l~s teriam de ser pesquisados. Novamente seu gemo compreendeu o fatode que na Naturezapoder-se-i.aencontrar um número infinito de remédios, que se ajustanam a todas as ocasiões que surgissem." . . Foi nesse mesmo ano (1928) que Bach descobnu os três primeiros dos trinta e oito remédios à ~ase de ervas, que substituíram os sete nosódios bactenanos. Esses remédios curariam qualquer doença e serviriam para todas as ocasiões, pois, como finalmente descobriu, ao tratar o temperamento ou humor do paciente e nã..?a ~oe~ça, a espécie de doença, seu tipo, nO~le e duraçao nao tínham qualquer conseqüência. "The Reruscovely of Psora". Edward Bach, M.B., B.S., D.P.H. lido para a Sociedade Homeopática Britânica, em 1 de nov~mbro de 1928, publicado em The British Homoeopathic fou.rnal, Janeiro de 1929. AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACII 57 Em outro parágrafo ele prossegue: "Ternos de faz 'r todo () esforço para substituir o nosódio bacteriano por plantas ' temos, de fato, encontrado alguns deles quase exatam I1t ; por exemplo: ornitholgalum, em suas vibrações, . quas idêntico ao grupo Morgan e descobrimos uma alga qu t 'm quase todas as propriedades do tipo dysentery; mas ainda está faltando alguma coisa e esse ponto nos mantém paralisados no esforço de evitar o uso dos nosódios bacterianos. Esse ponto vital é a polaridade. "Osremédios das campinas e da Natureza, quando potencializados, possuem polaridade positiva; enquanto aqueles associados às doenças são do tipo inverso e, atualmente, parece que essa polaridade inversa é que é tão essencial aos resultados que estão sendo obtidos pelos nosódios bacterianos ... "Talvez, em alguma data futura, uma nova forma de potencíalízação possa ser descoberta." Foi apenas dois.anos depois que ele descobriu essa nova forma de potencíalízação, uma pela qual a dificuldade da polaridade era totalmente removida. A definição de doença que ele deu no mesmo discurso* também mostrou a linha de suas novas idéias: "A ciência está tendendo a mostrar que vida é harmonia -- um estado de ser afinado -- e que a doença é discórdia ou uma condição em que uma parte do todo não ,y está vibrando em uníssono." Embora a pesquisa sobre as vacinas orais não tivesse de modo algum terminado, a classe médica já as estava usandoamplamente, pois Edward Bach, como era seu costume, tornava públicas as suas descobertas passo a passo conforme progrediam, nunca deixando para trás qualquer conhecimento que pudesse ser de uso imedíato por seus colegas em sua luta contra a doença, dizendo: * ibid. 38 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE E~WARD BAC~ . b Iício deva ser negado a "Não parece certo que este ene humanidade."'" '11 lí mente o seu conhecimento Ele comparti 10U ivre 1 ão não tinham qualquer ape o o tempo tod?; fam~ ~ re~:~eçJ'o era restabelecer a saúde dos para ele, pOISseu Ul1lCO doentes. * íbid. 1928-1930. O INÍCIO DO NOVO TRABALHO l~A DESCOBERTA . f DOS TRÊS PRIMEIROS REMÉDIOS HERBÁCEOS CAPÍTULO VII Embora a maioria de suas descobertas daquele tempo tenham sido feitas através de pesquisa científica, Edward Bach confiava em sua intuição, quando a.cíêncía não conseguia lhe dar qualquer resposta satisfatória para os seus problemas e.ele descobriu que tal conhecimento interior sempre o levava ao caminho correto. Na nova pesquisa que ele muito rapidamente estava conduzindo, sua intuição, seu gênio inspirado sozinho o estava guiando para as verdades não descobertas pelo intelecto e pela ciência .. O ano de 1928 foi memorável, pois foi o ano de nascimento do novo trabalho. ., .' ' Cada momerito que ele podia isolar de sua prática médica e do trabalho de laboratório, gastavá na pesquisa de plantas e ervas com as quais esperava substituir os sete nosódios bacterianos. Retornava de um dia no campo ou no mar, após algumas horas em Kewou nos parques, Com muitos espécimes qu~ ele potencíalízava e testava, comparando resultados deles com aqueles dos nosódios, mas nenhum deles o satisfazia plenamente. Ponderava profundamente sobre a razão disso. Convencido de que os verdadeiros agentes de cura seriam descobertos entre as plantas e árvores da Natureza, buscava uma compreensão maior da própria doença, sua causa e seu efeito sobre a mente e o corpo. . Então, certa noite, jantando num grande restaurante, foi lhe dada a-resposta para esse problema. Bach tinha comparecido ao jantar um pouco a contragosto e não estava se divertindo muito. Para passar o tempo, olhava-despreocupadamente para as pessoas ao seu redor, quando repentinamente percebeu que o todo da 39 t 40 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDW.'\RD BACH humanidade consistia de um número de grupos definido de tipos; que todo indivíduo naquele grande restaurante perten~ia a um ou outro desses grupos e ele passou o resto da noite olhando todas as pessoas que conseguia ver, observando como comiam, como sorriam e movimentavam as mãos' e a cabeça, as atitudes de.'seus corpos, as expressões de ~~as faces e, quando estava suficientemente perto para OUVIr,o tom de voz que usavam. \ Tão próxima era a semelhança entre cert:s pe~s~a..<;, que poderiam pertencer àmesma fanúlia, embora nao exístísse qualquer relação sanguínea. , _. Descobriu que essa era uma ocupaçao muito absorvente e, quando o jantar terminou, ele tinha classíficado uma sérre de grupos e estava com. a mente oc~pada comparando tais grupos com os seus sete grupos bacte~anos. Descobriu que tinha acrescentado mais grupos-tipo aquela série e percebeu que, quando se aplicasse seriamente a este estudo descobriria até mesmo mais. , Seria uma continuação numa escala gigantesca do trabalho já realizado com os nosódios e ele se perguntava como essa teoria de grupos ampliada aplicar-se-ia à doença e à sua cura -- se as doenças que afetavam esses grupos também teriam alguma semelhança entre si. Então, veio-lhe a inspiração de que os indivíduos de cada grupo não sofreriam dos mesmos tipos de doenças, mas que todos aqueles de qualquer grupo reagiri~ da mesma maneira ou aproximadamente da mesma ~anelra a qualquer tipo de doença. , . Não conseguia esperar pelo te rmrno desse entretenimento noturno, para que pudesse pensar sobre essas novas idéias. Porém, só quando deixou Londres, em 1930, e foi capaz de dar atenção total ao estudo, que ele as desenvolveu detalhadamente. Cada paciente que vinha a ele era intimam~nt~ observado; cada característica, cada humor, cada reaçao a doença, cada rnaneirismo e hábito era observa~o .e, dent~~ da capacidade que possuía em relação aos remédios que Ja tinha, ele os prescrevia nessas indicações. AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH 41 ," '. Os resultados foram tão encorajadores que ele ficou satIsfeIto Com o fato de que sua intuição o tivesse levado nova~.ente ao caminho certo. O princípio de HahnemanJl amphfJ~ou-se e esse método tinha se aproximado mais de seus propnos ideais de Cura do que qualquer outro método que tIvesse empregado. Um dia, em setembro daquele mesmo ano, ele teve :Ima vontade repentina de ir para Gales e, obedecendo ao lIupulso, foi premiado com a descoberta de duas lindas plantas -- a malva-pálido lmpatiens e a Mimulus de flores d.ouradas -- crescendo em grande profusão perto de um nacho da montanha. . Ele as trouxe para Londres e as preparou da mesma man;l1'a que preparava as vacinas orais. Quando começou a usa-l~<;, prescrevendo-as de aCOl'do com a personalidade do pacienu-, para sua grande alegria, os resultados obtidos foram notáveis e imediatos. Naquele ano ele descobriu e potencializou mais urna ~ pl~1ta. -- a Clematis silvestre, e esses três remédios foram os pnmeI:os das trinta e oito ervas que ele descobriu e usou no novo SIstema de medicina herbácea. . Com.esses poucos remédios começou a tratar seus paCIen.tes ul1lcamente segundo os seus tipos e, pOI' causa deles, Junto com um ou dois outros que descobrira e usara co~ bons resultados, publicou no The HomeojJathic World, de fe;e.reiro de 1930, o trabalho entitulado "Alguns Novos RemedlOs e Seus Usos". .' ,:ão conven.ci~o estava ~dward Bach de que agora sel~a cap~ de substítun- os nosodios bacterianos por ervas puras e Simples do campo, que decidiu, perto do final do ano de 1929, desistir de todos os outros métodos de tratamento e usar esses três remédios -- Mimulus, Impatiens e Clernaus silvestre -- sozinhos, enquanto procurava outros para juntar a eles. Sabia que estava à beira de descobrir um sistema de medicina inteiramente novo, embora ainda não tivesse nenhuma :oncepção real da forma.exata deste novo método. Tao grande era a necessidade de começar" a pesquisa, _ .. ' 1t'DICAS DE EDWARO I3I\CII 42 AS D ESCO B I: \{ t AS ~ >' , . llc's'calls'lr nem continuar com o I ão consCOllltl ~ (. ~c , •que c e na '''''' ele e seus amigos Illeclicos trabalho com os nosodlOs, que e ., II d t' lLOpara completa\.tinham traba ia o at '. . . ele 'iclnV"l era apenas Tudo o que tinha leito antes, '."',., ... " um passo para essa nova cura e estava impaCIente P,lI a II1ICI,lI seriamente essas novas teorias. r uuos que iria desistir Finalmente contou a seus an ': : ..•f' de descobrir I d -es e se devotar a t,lI e ,l ' de seu trabalho .em .on I . ,'. . uc Jlldcsscl11 curar esses. , ' remedlOs q I " tipos gerais e pesqllls,ll .,,' todas as doenças que eles tipos e, assim o la7.endo, eUI,lI . \)udessc\l1 ter. , . sem \Jre o , , í e o s ficaram su rp i esos, ' Seus am ," :, s uisa cientíüca, um gênio que consideraram um lidei da pe'bq .t· CSS'lramo da medicina. . . Iari l. 'as desco Ct ;L<;n .. , , Linha leito c ana ou I" ri as vacinas orais; nada Estavam muito contentcs COI ,. I' ' e eles 111.0 . . " des I crto se comparava a e ,i::' " que tivesse sido escou . l ", s flue eles achavam, I suas novas ic el,l, , " poderiam scglll- o em, c 'en u e n ouso P rá li co . .' 1 'l\Jenas um p "ser í d cai s CO\1 '.,. .. d'ssuadi-Io de partir e Fizeram o maximo pai a 1., . l ' 'leia .. ,1\ ainela não termlllac o, mas \1, abandonar seu IIaba 10 . _ ou enfl"lqueccr SU;i dcri . -hrar sua eleterml\1açao c • po e ria que " . , d lles'cobert;L<;muito maiores.- I est.'lV'ln'l pista e 'convicçao e e que_. , "':d 13' h de desistirde todo o seu A dccísao de Edwai ac . dccí ';-lOfácil de, ' 1'10 Ioi uma eCIS, ctrabalho anterior e recomeç,ll I , ser tomada. , . 11' .ley strect estava lhe tra7.endo uma SU'l pr'luca em ,\I II I' , .' 00 libras por ano; o u-aba 10 c e renda de mais de 5.0 '. 'd'cos de LOdo o- d ,', s IYlra CllVlar aos IllC I . prepa. raçao e vaCln,l, c , Ç;-lOde tempo integral . llesmo urna OCUPA, ' mundo era em SI I . I '. I COl1l0um oêllio proeminente I' di .. cle el"l 'lCm\l a( o o .e, a em ISSO, . ' 'd .. l lho com um futuro muito em sua própria linha c li ana , grande pela frente.. Iez r rsidcrar ou se arrepender M,L<;nada diSSOo ez Iccot , em momento algum. . ." era a certeza que se Tudo o que lhe uuei eSS,lva . . Ior rn o passar dos dias: que seu tornava cada vez mais o rte co .. di .eção e flue ele I' )'lra uma outra II , trabalho se vo t ava \, '. 1 'e as árvores e planlas da descobri ria o que procul ava en I , AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWAHD BACII . natureza; remédios que a própria Natureza já unha 1'1''" li' \(11 para o homem e que só estavam esperando ser d ser h~'I'I() , Sabia também que possuía aquele dom divino ti • curar com a mão -- o sonho de sua infância tinha se tornado realidade -- pois, em várias ocasiões, durante aqueles anos de muito trabalho, repentinamente sentia-se impelido a colocar sua mão sobre o ombro ou o braço de um pacíent e tal paciente instantaneamente se curava, Bach nunca sabia quando isso iria acontecer. Sentia, como costumava dizer, uma repentina e irresistível compaixão, um tremendo desejo de aliviar a aflição de alguém que chegasse a ele sofrendo e ele sentia a vida curadora fluindo de sua mão para o paciente, que imediatamente ficava bem. Assim, na primavera de 1930, Edward Bach, então com quarenta e três anos, estava se preparando para começar todo o seu trabalho novamente e em linhas totalmente diferentes. Seus grandes poderes intelectuais tinham-no levado a fazer muitas descobertas científicas, cujo uso trouxe e ainda traz, tanto através da medicina ortodoxa quanto através da horneopatia, alívio e cura para muitos enfermos; mas agora ele sentia despertar dentro de si mesmo aquela inspiração divina que é a intuição, a verdadeira sabedoria, Guiado por isso, estava pronto para abandonar todos os métodos científicos e artificiais de cura e retornar aos meios simples da Natureza. CAPÍTULO VIII 1930. AS ÚLTIMASSEMANASEM LONDRES No começo de 193'0, Edward Bach decidiu deixar tondres e devotar todo o seu tempo ao novo trabalho e à descoberta de novos remédios herbáceos. Para ele a decisão foi uma ação instantânea e num prazo de duas se:nanas e tinha dividido sua extensa clie~t~la entre seus colegas médicos e fechado seu laboratono. Fez uma grande fogueira de todos os panfletos e papéis que tinha escrito sobre seu antigo trabalho,e esmagou seringas e garrafas de vacinas, vertendo seu conteudo no ralo da pia do laboratório. Não fazia nada pela metade. O trabalho que ainda precisava ser feito para completar o método de prescrição dos Sete Nosódios ~e ~ach deixou nas mãos de seus médicos assistentes dos últírnos anos. A aparelhagem do laboratório e a mobília ~e s.eu consultório foram rapidamente vendidas e, com esse dmh.elro no bolso, tudo o que ele possuía, pois cada centavo que tinha era gasto em suas pesquisas, deixou Londres no começo de uma manhã de março de 1930, depois de dizer .adeus a seus amigos e, o mais difícil de tudo para ele, dos membros das Lojas Maçônicas, às quais pertencia. Partiu para sua grande aventura sem um pensamento de retomo ou arrependimento pela riqueza e fama que estava deixando para trás e viajou para o coração de Gales: onde esperava encontrar e preparar remédios a partir de SImples flores do campo. . . Na noite anterior à sua partida de Londres, fOI enormemente encorajado pelas palavras de um médico, o Dr. john H. Clarke, que lhe disse: "Meu rapaz, esqueça tud~ o que aprendeu, esqueça o passado e vá ~m frente. Voce descobrirá o que está procurando e, quando tiver encontra~o, eu o receberei de volta de bom grado e lhe darei o meu apoio. 44 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACII Não tenho muito tempo para viver, mas posso viver para v 'I' o dia de sua volta, pois sei que aquilo que descobrir trará grande alegria e conforto àqueles para os quais nós, atualmente, podemos fazer tão pouco. Estarei preparado para atirar meu trabalho às chamas e iniciar tudo outra vez como um praticante da nova e melhor medicina que você descobrirá. " O Dr. Clarke viveu para ouvir falar da descoberta dos remédios chamados "Os Doze Remédios Curadores" e, antes de morrer, publicou o primeiro relato deles em sua revista The Homeopatbic World . Agora que chegara a hora de dizer adeus a Londres, Edward Bach estava cheio de excitação e alegria ao deixar para trás o barulho do tráfego, as multidões e as casas que o faziam sentir-se trancaftado e incapaz de respirar. Seu temperamento sensível tinha ansiado pelos caminhos silenciosos e pelos campos e bosques e, agora, enquanto viajava para o centro de seu desejo, estava tão feliz quanto um garoto libertado de uma sala de aula abafada. Sua natureza entusiástica e sua tremenda vitalidade faziam-no parecer mais jovem do que os seus quarenta e três anos. Sua coragem -- uma coragem que poucos possuem -- era inquebrantável, pois ele iniciou sua pesquisa sabendo que precisava ficar sozinho, com nada além de sua convicção interior do novo grande trabalho a ser feito para ajudá-lo através dos anos que tinha pela frente. Levando umas poucas malas com ele e o dinheiro da venda da aparelhagem do laboratório, iniciou sem planos ou conhecimento do que poderia estar reservado a ele ou qual seria o resultado de sua pesquisa ou, de fato, do que estava buscando, stbendo apenas que descobriria uma cura que seria o mais prático de todos os métodos e que daria resultados nunca conhecidos anteriormente, pois a própria Natureza seria o médico. Em sua chegada a Gales, fez uma descoberta que lhe causou algum desapontamento. Descobriu que tinha trazido com ele uma mala cheia de sapatos em vez de uma com almofarízes e pilões para o preparo dos novos remédios, 46 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH que esperava descobrir. Porém logo agradeceu pelo erro. Muito pouco tempo depois, descobriu que o novo método de preparação dos remédios dispensava o uso de almofarizes e pilões, mas ele iria precisar muito dos sapatos, Eles se tornaram uma parte muito valiosa de seu equipamento, pois, durante os anos que se seguiram, caminhou muitas centenas de quilômetros, vagueando por todo o campo, em Gales, os condados do sudeste e do nordeste da Inglaterra, por rio e mar, observando as pessoas e a Natureza, vendo e obtendo uma compreensão de ambas que o levou a descobrir o novo sistema de medicina herbácea. Edward Bach sempre buscou a cura não como uma profissão, mas como uma arte divina e ele cada vez mais sentia que aqueles que tinham o privilégio de realizar esse trabalho de cura deveriam estar preparados para doar seus serviços, pois a saúde não era uma comodidade comercial, mas algo que era direito de todo indivíduo; portanto, desde que deixou Londres até o fim de sua vida terrestre, não cobrava nada por seu trabalho e ajudava tanto ricos quanto pobres. Novamente, nos anos de pesquisa que se seguiram, passou por grandes necessidades físicas e privações, devido à falta de dinheiro, mas isso pouco lhe importava e não interferiu em momento algum com seu trabalho . .Sua imensa bondade nunca lhe permitiu deixar os outros passarem necessidade e do pouco que tinha sempre descobria o suficiente para compartilhar com eles, até que dele se dizia: "Ele deu mais do que tinha." Com contribuições de pacientes agradecidos e presentes de amigos compreensivos, doados de tempos em tempos, foi capaz de continuar seu grande trabalho. E sempreque contemplava uma nova jornada ou alguma nova partida para o trabalho, descobria que tinha o suficiente para si e para compartilhar com todos que precisassem. AS D,ESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACII ., Isso confirmou sua crença de que estava no camJnho certo e que tudo ? que tinha a fazer era ir em frente com completa confIança na Divina Fonte do T do o. CAPÍTULO lX , DESCOBERTA DO "MÉTODO MAIO-JULHO DE 1930. GALESç-:'ÜADOSNOVOS REMÉDIOS SOLAR" DE PREPARA ..n Edward Bach, estabeleceudse nU;t~a~q~~l:~ :::::1: galês, não longe de Bettws-y-co~s~~:;s noVOS remédios. d o e para pesqUl , teoria o grup ''', d uais plantas pOssUlam as Não tinha Idel,ls e q lé do fato de que sabia . d d ele procurava a empropne a es que bastante alto pois estava d . benéficas num grau , , .que to as senam ~. I tas venenosas não tenam convencido de que substanCla.<;e P an al -a do corpo humano.função re, na cura - causariam quaisquer Os remédios c~rreto~el::~iciaiS ou 'desagradáveis reações severas nem se~l~m p . J suave e seguro resultando d S' seu eLeitOsena ' béde serem toma o , t do corpo Sentiu tam em numa cura tanto da mente quan o método de preparação . descobnr um novo 1que seria precIso . simples do que aque es desses remédios, um processo mais . já conhecidos. . 1 1 egou tarde. As primeiras Aprimavera daque ~ atl~ C ~amente com suas irmãs flores do verão desabrochalam [un 'nas cercas vivas e . e os bosques e campI , da estação antenor acarpetados de flores. d . dos rios estavam dbancoS e areia di todo examinando a gran e Bach passava o Ia d onde cresciam que solo d d d flores observatl o ' ,varie a e e , 1 a cor a forma e o numero escolhianl para se desenvo vere~, ules' raízes ou sementes; de pétalas, se propagavam por ca. ' uma única planta, 1 - s para exanunarsentava-se por 10Ia brei subindo até o topo das d ântanos e retos. penetran o em p. uilômetros ao longo de trilhas e mont~nhas e cammhatldOc;ndo espécimes, aprendo tudo o atraves dos campos, bus t 'sticas de cada flor, planta que podia dos hábitos e carac eri e árvore. .do de que as plantas com Embora eS,tivessec~o:;:~~sc~evessem ser descobertaS as propriedades medJC~ d ampo sabia que poderia . 1 flores silvestres o c ,entre as srmp es . . ariedades primitivas, eliminar de imediato as v 48 AS DI;:SCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BAClI 9 tais como o dodder, o cactus, as algas e as plantas venenosas, o henbane, a beladona, o acônito; também o grande grupo de plantas utilizadas pelo homem como alimento. Aquelas que continham o verdadeiro poder de cura eram de uma ordem diferente e seu número era pequeno. Muitas plantas possuíam propriedades medicinais que suavizavam e aliviavam o sofrimento do corpo. humano e algumas delas já estavam sendo usadas pela medicina; mas a verdadeiras plantas curadoras possuíam um poder maior do que este .. O trabalho delas não era o de ser um paliativo, mas, , sim, curar, restabelecer a saúde da mente e do corpo. Conforme continuava sua pesquisa dia a dia, Bach chegou a conclusão de que essas plantas deveriam ser descobertas posteriormente naquele ano. Elas desabrochariam quando os dias fossem mais longos e o sol estivesse no auge de seu poder e força e obteriam suas propriedades medicinais na totalidade que ele necessitaria para usar apenas as flores, pois "a vida da planta estava concentrada em suas flores -- que possuíam a semente em potencial". As plantas escolhidas seriam as mais perfeitas de lia espécie, seu desabrochar lindo na forma e na coloração l', como a Natureza era sempre pródiga em Suas dádivas ao homem, seriam descobertas crescendo em profusão. Muito cedo numa certa manhã de maio, conforme .arninhava pelo campo sobre o qual o orvalho ainda era -spesso, o pensamento que relampeava em sua mente era de que cada gota de orvalho precisava conter algumas das propriedades da planta sobre a qual repousava; pois o calor do sol, agindo através do fluido, serviria pat-a absorver essas propriedades até que cada gota estivesse magnetizada com O poder. Então Bach percebeu que, se pudesse obter desse modo as propriedades medicinais das plantas que estava procurando, os remédios resultantes conteriam o poder total perfeito e não contaminado das plantas e elas certamente, omo nenhuma preparação médica anteriormente conhecida urara, 50 AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE EDWARD BACH O processo de extração dos poderes de cura das plantas seria, desse modo, simples -- tão simples quanto a maneira pela qual o mel, o mais perfeíto de todos os alimentos, é coletado das flores pelas abelhas. Decidiu testar sua teoria coletando o orvalho de certas flores antes que o solo evaporasse e tentar utilizá-Io em si mesmo. Antes de tudo, coletou as gotas de orvalho de várias flores, colocando-as em pequenas garrafas, enchendo algumas com o orvalho de flores que tinham estado em plena luz do sol e outras com orvalho proveniente daquelas ainda na sombra. Durante seus últimos anos em Londres e particularmente durante as poucas semanas em que estivera em Gales, Bach tornou-se consciente de que todos 'os seus sentidos estavam se acelerando, tornando-se mais completamente desenvolvidos. Descobriu que era capaz de sentir, ver e ouvir coisas das quaís não tinha consciência anteriormente. Através de seu tato finamente desenvolvido, era capaz de sentir as vibrações e o poder emitido por qualquer planta que desejasse testar e seu corpo estava tão exageradamente receptivo a tais vibrações, que reagia instantaneamente. Se segurasse a pétala ou a inflorescência de alguma planta na palma da mão ou a colocasse em sua língua, sentia no corpo os efeitos das propriedades existentes naquela planta. Algumas tinham um efeito fortalecedor, vitalizante sobre a mente e o corpo; outras lhe davam dores, vômitos, febres, físsuras e coisas semelhantes. Ele dizia que em seu laboratório ele tinha tido instrumentos para fazer a obra que agora era capaz de fazer sozinho; que ele estava melhor equipado do que qualquer laboratório, pois nenhum instrumento científico poderia trabalhar tão bem ou dar uma resposta verdadeira como os instrumentos que o Criador deu ao corpo do homem -- seus sentidos e sua intuição. Através desses meios, foi capaz de testar o orvalho coletado das flores por ele. Nenhuma das flores continha as propriedades AS DESCOBERTAS MÉDICAS DE "OWA)• a.: 1,1) /I I /I , curativas que busca d pro . d va, mas escobrlu qUI' (I 111 11'111vemente e cada I - I algum tipo. p anta possuia um pod 'I' dlll/lI/do til O fato importante btid d que o calor do I 0.0 esse expetim ruo 1(11 111>"1 pois all so era essencíal ao processo d 'XII'II' II I o orv 10 recolhido d 1 I não ' C as p antas em locais sornbr 'a(/o ela oaopotente quanto aquele das plantas ao sol pl '110 estado altanlente se ibilí d d ' necessidade para o Propósito de ~:~ atu~ tr~b~~a~!l era U;1111 dm as, às vezes, isso lhe causava a mais aguda angú~~:ianu St~(l), a mente quanto do B I . - . corpo. arulhos repentinos, multidões OCaISnao ventilados o exauriam e dei , de colapso; seu rosto ficava pálido su~ e~av~l ""?' estado pernas balan avam ,..' . ' maos tremiam e suas ai I, ç e, ft equentemente, eram necessárias 'egunti?d1as~ol~bPar~ que ele ajustasse delicadatnente os seus os as Vl raçoes mais b . . redor. aixas, mais grosseiras, ao seu ~emelJla:ss~ pode, ~a~vez, Ser melhor entendido pela ~~~~'~:;:0~~1~:::L~:~~~a::~:~~~~re~~~~~~~;i~~~~~ Somente sua grande fi S 'U extraordinários poderes c~:agem e rn:eza de propósito, Illumor inqu~s:ionável conduZirat~~~~P:;r:~~ ~::s~:~:o de ( aguda aflição pos Tendo provado que o orvalho a uecíd nbsorvía as propriedades d I q o pelo sol 1"'OpÔS-Séa aperfeiçoar o :o~o~~~t~o:;'~ a qual repo_usava, J'C'lIlédioscuradores. e prepaI'açao dos Coletar orvalho suficiente de flores índívíduaí . 1I1111totraballlOso e levaria muít .' ..
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