Trabalho-de-Antropologia (2)

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Grupo: Gabriel Misse, Leandro Braga, Marcelo Ferreira, Marcos Marcarini,
 Marialice Souza, Mirela Ramos
DA NATUREZA DA CULTURA OU DA NATUREZA À CULTURA 
A sociedade de maneira geral é toda diferenciada , de acordo com uma série de fatores que vão interferir diretamente na criação dos indivíduos.
A antropologia em geral, mostra que as crenças, a educação , a influencia de pensamentos e os comportamentos adquiridos ao longo da vida, influenciarão diretamente nos valores culturais dos povos.
INTRODUÇÃO
1. O DETERMINISMO BIOLÓGICO
Segundo Felix Keesing, "não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado".
Em 1950, quando o mundo se refazia da catástrofe e do terror do racismo nazista, antropólogos físicos e culturais, geneticistas, biólogos e outros especialistas, se reuniram e elaboraram uma declaração a qual diz, de forma direta, que :
“Não foi ainda provada a validade da tese segundo a qual os grupos humanos diferem uns dos outros pelos traços psicologicamente inatos, quer se trate de inteligência ou temperamento. As pesquisas científicas revelam que o nível das aptidões mentais é quase o mesmo em todos os grupos étnicos.” 
Essas características são comuns a todos os seres humanos. Ela constitui, de fato, características específicas do Homo sapien, havendo assim nenhuma diferença a não a cultural entre as pessoas. 
Diferentes geneticamente, porém seres humanos!
Diferentes, porém Homo sapiens sapiens... 
A espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente através do dimorfismo sexual, mas é falso que as diferenças de comportamento existentes entre pessoas de sexos diferentes sejam determinadas biologicamente. A antropologia tem demonstrado que muitas atividades atribuídas às mulheres em uma cultura podem ser atribuídas aos homens em outra. 
A verificação de qualquer sistema de divisão sexual do trabalho mostra que ele é determinado culturalmente e não em função de uma racionalidade biológica 
A tenente-coronel Cynthiane Maria da Silva Santos, foi a primeira mulher a assumir o Batalhão da tropa de Choque do Distrito Federal em outubro de 2012.
Resumindo, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um uni processo que chamamos de endoculturação. Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada. 
2. O DETERMINISMO GEOGRÁFICO 
 Os lapões e os esquimós habitam ambos na calota polar norte, os primeiros no norte da Europa e os segundos no norte da América. Vivem, pois, em ambientes geográficos muito semelhantes porém tem respostas culturais diferentes.
Os Lapões e os Esquimós
 Lapões
 Os lapões vivem em tendas de peles de rena. Quando desejam mudar os seus acampamentos, necessitam realizar um árduo trabalho que se inicia pelo desmonte, retirada do gelo e secagem das peles, ate o transporte para o novo sitio. São excelentes criadores de renas.
Esquimós
 Os esquimós constroem suas casas (iglus) cortando blocos de neve e amontoando-se no formato de colméia e com auxílio do fogo conseguem manter o seu interior suficientemente quente. Quando o esquimó deseja abandonar a casa tende que carregar apenas os seus pertences e vai construir um novo retiro. Os esquimós limitam-se à caça de mamíferos.
Duas tribos indígenas do sudoeste americano e que possuem essencialmente o mesmo hábitat. Os grupos Pueblo são aldeões, com uma economia agrícola baseada principalmente no milho. 
Índios Pueblo e Navajo
Pueblos
Os Navajo são descendentes de apanhadores de sementes, se alimentavam de castanhas selvagens, sementes de capins e de caça. Os Navajo são hoje mais pastoreadores, vivendo espalhados com seus rebanhos em grupos de famílias.
Navajos
Navajos
Os xinguanos (Kamayurá, Kalapalo, Trumai, Waurá, etc.) desprezam toda a reserva de proteínas existentes nos grandes mamíferos, cuja caça lhes é interditada por motivos culturais, e se dedicam mais intensamente à pesca e caça de aves. 
Xinguanos e Kayabi
Os Kayabi, que habitam o Norte do Parque, são excelentes caçadores e preferem justamente os mamíferos de grande porte, como a anta, o veado, o caititu etc. 
Com esses exemplos é possível perceber que o meio em que o ser humano se encontra não dita como ele deve se comportar e nem como será a sua cultura. Portanto povos que vivem na mesma região podem ter culturas extremamente diferentes.
3. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO CONCEITO DE CULTURA
A ideia de cultura é algo que denota de muito tempo atrás.
Kultur (germânico) – simbolizava a espiritualidade de uma comunidade.
Civilication (francês) – utilizado para realizações materiais de um povo.
Edward Tylor (1832-1917), antropólogo inglês, sintetizou todas as denominações do termo como “culture”, englobando todos os conceitos de cultura conhecidos hoje em dia. Cultura inclui todo conhecimento, crenças, artes, costumes ou hábitos que os homens podem possuir durante a vida.
John Locke (1632-1704) – diz que “a mente humana não passa de uma caixa vazia que tem capacidade de adquirir conhecimento”.
Jean Jacques Rousseau (1712- 1778) – atribui um grande papel à educação, chegando ao exagero de acreditar que esse processo completava a transição entre os grandes macacos (chimpanzés, gorilas) e os homens.
Em 1871, Tylor define que, cultura é todo comportamento aprendido, tudo que independe de uma transmissão genética.
Alfred Kroeber (1876-1960) – confirma essa denominação rompendo todos os laços que poderiam existir entre cultura e o meio biológico.
 O que determina é o meio em que se habita. O homem se adapta ao meio pela cultura e não por modificações biológicas.
 
Sendo assim, a cultura é o meio de adaptação do ser humano em diferentes ambientes.
Processo de afastamento do cultural e do natural.
O homem foi diferenciado dos demais animais por poder fabricar instrumentos.
A maior realização da antropologia na primeira metade do século XX foi à ampliação e classificação do conceito de cultura.
A reconstrução deste momento conceitual, a partir dos fragmentos teóricos é uma das tarefas primordiais da antropologia moderna.