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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
1º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 2 
I. Compreensão e Interpretação de Textos ............................................................................................................................... 2 
II. Vícios de Leitura..................................................................................................................................................................... 2 
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 3 
I. Organização da Leitura .......................................................................................................................................................... 3 
II. Dicas para Organização ......................................................................................................................................................... 3 
3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 4 
I. Continuação de Dicas para Organização ............................................................................................................................... 4 
II. O Que Você Não Deve Fazer ................................................................................................................................................ 4 
III. “Malandragem” ....................................................................................................................................................................... 5 
4º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 7 
I. Continuação de “Malandragem” ............................................................................................................................................. 7 
II. Paráfrase ................................................................................................................................................................................ 8 
5º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 10 
I. Exercícios Relativos ao Encontro ......................................................................................................................................... 10 
 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
 
I. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
É bastante comum e compreensível que os concursandos tenham algum tipo de dificuldade nas questões de 
compreensão e interpretação de textos. Isso é oriundo do próprio histórico de leituras que o candidato possui, uma 
vez que grande parte dos concursandos querem gabaritar na prova, ou mesmo conseguir um cargo público, sem 
possuir o menor hábito de leitura. Sim, sim senhor. Estou falando mesmo que você, meu aluno, precisa adquirir (se 
ainda não possui) o bom costume de ler. 
Por “ler”, entende-se buscar os meandros de um texto, de uma canção, de qualquer coisa com que entremos em 
contato. Mesmo um discurso ou um diálogo podem ser “lidos”. O grande problema fica a cargo de que o bom 
brasileiro gosta de fazer qualquer coisa, menos de ler. Parece até que aquilo que era uma diversão, um bom 
entretenimento virou um pesadíssimo “fardo”. Tudo bem, vou parar com o discurso moralizante e vou direto ao ponto. 
Com um bom regime de leitura, tudo fica mais fácil. 
E na hora do concurso? Como proceder? 
Há três elementos fundamentais para a boa interpretação: 
 Eliminação dos vícios de leitura; 
 Organização; 
 “Malandragem”. 
II. VÍCIOS DE LEITURA 
A pior coisa que pode acontecer com o concursando, quando recebe aquele texto “capetótico” para ler e 
interpretar, é cair num vício de leitura. Veja se você possui algum deles. Caso possua, tente eliminar o quanto antes. 
O Movimento: como tudo inicia. O cara pega o texto para ler e não para quieto. Troca a maneira de sentar, troca 
a posição do texto, nada está bom, nada está confortável. Meu Deus! Que celeuma! Em casa, senta para estudar e o 
que acontece? Fome. Depois? Sede. Então a criatura fica se mexendo para pegar comida, para tomar água, para 
ficar mais sossegado e o fluxo de leitura vai para o espaço. FIQUE QUIETO! O negócio é militar! Sente bonitinho e 
permaneça lá até acabar a leitura. Do contrário, vai acabar com a possibilidade de entender o que está escrito. 
Estudar com televisão, rádio, msn e qualquer coisa dispersiva desse gênero só vai atrapalhar você. 
O Apoio: não é aconselhável utilizar apoios para a leitura, tais como: réguas, acompanhar a linha com a caneta, 
ler em voz baixa, passar o dedo pelo papel etc. Basta pensar que seus olhos são muito mais rápidos que qualquer 
movimento ou leitura em voz alta. Gaguejou, escorregou no papel, dançou. 
O Garoto da Borboleta: se você possui os vícios “a” e “b”, certamente é um “garoto da borboleta” também. Quero 
dizer, é um desatento, fica facilmente (fatalmente) disperso. Tudo chama sua atenção: caneta batendo na mesa, o 
concorrente “ranhento”, a pessoa estranha que está em sua frente, o tempo passando etc. Você vai querer ficar 
voltando ao início do texto porque não conseguiu compreender nada e, finalmente, vai perder as questões de 
interpretação. 
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I. ORGANIZAÇÃO DA LEITURA 
Para que ocorra organização, é necessário compreender que todo texto possui: 
 Posto: aquilo que é dito no texto. O conteúdo expresso. 
 Pressuposto: aquilo que não está dito, mas que é facilmente compreendido. 
 Subentendido: o que se pode interpretar por uma soma de dito com não-dito. 
Veja um exemplo: 
Se eu proferisse a sentença “felizmente, meu tio parou de beber.” É certo que o dito se compõe pelo conteúdo da 
mensagem: o homem parou de beber. O não-dito, ou pressuposto fica a cargo da ideia de que meu tio “bebia”, agora, 
não bebe mais. Por sua vez, o subentendido pode ser abstraído como “meu tio possuía problemas com a bebida e eu 
assumo isso por meio da sentença que profiro”. Não é difícil! Precisa-se, no entanto, possuir certa “malandragem 
linguística” para perceber isso de início. Veremos isso ao longo da aula. 
II. DICAS PARA ORGANIZAÇÃO 
As dicas de organização não são novas, mas são eficazes, vamos lá: 
1) Ler duas vezes o texto. 
A primeira para tomar contato com o assunto, a segunda para observar como o texto está articulado. 
Dica: Ao lado de cada parágrafo escreva a principal ideia (tópico frasal) ou argumento mais forte do trecho. Isso 
ajuda você a ter clareza da temática e como ela está sendo desenvolvida. 
2) Observar as relações entre parágrafos. 
Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou uma conclusão ou, ainda, uma 
falsa oposição. 
Dica: ficar de olho aberto para as conjunções adversativas: no entanto,contudo, entretanto, etc. 
3) Atentar para o comando da questão. 
Ler com muito cuidado os enunciados das questões para entender direito a intenção do que foi pedido. 
Dica: ater-se ao texto e suas ideias principais. 
4) Palavras de alerta. 
Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto e exceto, para não se confundir no momento de responder a 
questão. 
Atenção: Inaceitável, incompatível e incongruente também podem aparecer. 
5) Limitar os horizontes. 
Não imaginar que você sabe o que o autor quis dizer, mas sim entender o que ele disse: o que ele escreveu. Não 
extrapolar a significação do texto. Para isso é importante prestar atenção no significado das palavras. 
Dica: pode até ser coerente o que você concluiu, mas se não há base textual, descarte. 
Por exemplo: 
 O homem pode morrer de infarto. 
 O homem deve morrer de infarto. 
6) Tema central. 
Se o enunciado mencionar tema ou ideia principal, deve-se examinar com atenção a introdução e/ou a conclusão, 
para reconhecer a posição defendida pelo autor do texto. 
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I. CONTINUAÇÃO DE DICAS PARA ORGANIZAÇÃO 
7) Desenvolvimento 
Se o enunciado mencionar argumentação, deve preocupar-se com o desenvolvimento. 
Verificar se ocorre por: 
 Causa e consequência; 
 Enumeração de fatos; 
 Retrospectiva histórica; 
 Fala de especialista. 
8) Relatores. 
Atentar para os pronomes relativos e demonstrativos no texto. Eles auxiliam o leitor a entender como se 
estabelece a coesão textual. 
Exemplo: 
 Que; 
 Cujo; 
 O qual; 
 Onde; 
 Esse; 
 Este; 
 Isso; 
 Isto. 
9) Reconhecendo o tipo de questão. 
 Interpretação - parte do texto para uma conclusão. 
As questões que solicitam uma inferência apresentam as seguintes estruturas: 
 O texto possibilita o entendimento de que... 
 Com apoio no texto, infere-se que... 
 O texto encaminha o leitor para... 
 Pretende o texto mostrar que o leitor... 
 O texto possibilita deduzir que... 
 Compreensão - buscam-se as informações solicitadas pela questão no texto. 
As questões dessa natureza possuem as seguintes estruturas: 
 De acordo com o texto, é possível afirmar.... 
 Segundo o texto... 
 Conforme o autor,... 
10) Tomar cuidado com as generalizações. 
Na maior parte das vezes, o elaborador da prova utiliza a generalização para tornar a questão incorreta. 
Dica: atenção para as palavras “sempre, nunca, exclusivamente, unicamente, somente”. 
II. O QUE VOCÊ NÃO DEVE FAZER 
 Extrapolação: É o fato de se fugir do texto, interpretar demais. Ocorre quando se interpreta o que não está 
escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão expressos no texto. Deve-se ater somente ao que está 
relatado. 
 Redução: É o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade, interpretar de 
menos. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
 Contradição: É o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito. É bom que se tome cuidado 
com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”, verbo “ser”, etc. 
III. “MALANDRAGEM” 
Talvez seja essa a característica mais difícil de se desenvolver no concursando, pois ela envolve o conhecimento 
do tipo de interpretação e dos limites estabelecidos pelas bancas. Só há uma maneira de ficar “malandro” estudando 
para concurso público: realizando provas! Pode parecer estranho, mas depois de resolver 200 questões da mesma 
banca, você já consegue prever como será a próxima questão. Prever é garantir o acerto! Então, faça exercícios até 
cansar e, quando cansar, faça mais um pouco. Assim você fica “malandro” na banca! 
Exemplo 1: 
Entre os maiores obstáculos ao pleno desenvolvimento do Brasil, está a educação. Este é o próximo grande 
desafio que deve ser enfrentado com paciência, mas sem rodeios. É a bola da vez dentro das políticas públicas 
prioritárias do Estado. Nos anos 90 do século passado, o país derrotou a inflação — que corroía salários, causava 
instabilidade política e irracionalidade econômica. Na primeira década deste século, os avanços deram-se em direção 
a uma agenda social, voltada para a redução da pobreza e da desigualdade estrutural. Nos próximos anos, a questão 
da melhoria da qualidade do ensino deve ser uma obrigação dos governantes, sejam quais forem os ungidos pelas 
decisões das urnas. 
Jornal do Brasil, Editorial, 21/1/2010 (com adaptações). 
Agora o mesmo texto, devidamente marcado. 
Entre os maiores obstáculos ao pleno desenvolvimento do Brasil, está a educação. Este é o próximo grande 
desafio que deve ser enfrentado com paciência, mas sem rodeios. É a bola da vez dentro das políticas públicas 
prioritárias do Estado. Nos anos 90 do século passado, o país derrotou a inflação — que corroía salários, causava 
instabilidade política e irracionalidade econômica. Na primeira década deste século, os avanços deram-se em direção 
a uma agenda social, voltada para a redução da pobreza e da desigualdade estrutural. Nos próximos anos, a questão 
da melhoria da qualidade do ensino deve ser uma obrigação dos governantes, sejam quais forem os ungidos pelas 
decisões das urnas. 
Comentário: 
Observe que eu destaquei para você elementos que podem surgir, posteriormente como questões. O texto inicia 
falando que há mais obstáculos além da educação. Também argumenta, posteriormente, que já houve outros 
desafios além desse que ele chama de “próximo grande desafio”. Utilizando uma expressão de sentido 
CONOTATIVO (bola da vez), o escritor anuncia que a educação ocupa posição de destaque quando o assunto se 
volta para as políticas públicas prioritárias do Estado. 
No decorrer do texto, que se desenvolve por um tipo de retrospectiva histórica (veja o que eu marquei em verde) o 
redator traça um panorama dessas políticas públicas ao longo da história do país, fazendo uma previsão para os 
anos vindouros (o que eu destaquei em azul). 
Viu só? Esse foi muito fácil! 
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Exemplo 2: 
Um passo fundamental para que não nos enganemos quanto à natureza do capitalismo contemporâneo e o 
significado das políticas empreendidas pelos países centrais para enfrentar a recente crise econômica é 
problematizarmos, com cuidado, o termo neoliberalismo: “começar pelas palavras talvez não seja coisa vã”, escreve 
Alfredo Bosi em Dialética da Colonização. 
A partir da década de 1980, buscando exprimir a natureza do capitalismo contemporâneo, muitos, principalmente 
os críticos, utilizaram esta palavra que, por fim, se generalizou. Mas o que, de fato, significa? O prefixo neo quer dizer 
novo; portanto, novo liberalismo. Ora, durante o século XIX deu-se a construção de um liberalismo que viria encontrar 
a sua crise definitiva na I Guerra Mundial em 1914 e na crise de 1929. Mas desde o período entre guerras e, 
sobretudo, depois, com o término da II Guerra Mundial, em 1945, tomou corpo um novo modelo, principalmente na 
Europa, que de certa forma se contrapunha ao velho liberalismo: era o mundo da social-democracia, da presença do 
Estado na vida econômica, das ações políticas inspiradas na reflexão teórica do economista britânico John Keynes, 
um crítico do liberalismo econômico clássico que viveu na primeira metade do século XX. Quando esse modelotambém entrou em crise, no princípio da década de 1970, surgiu a perspectiva de reconstrução da ordem liberal. Por 
isso, novo liberalismo, neoliberalismo. 
(Grupo de São Paulo, disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5158/9/, acesso em 28/10/2010) 
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I. CONTINUAÇÃO DE “MALANDRAGEM” 
Exemplo 3: 
EM DEFESA DO VOTO OBRIGATÓRIO 
O voto, direito duramente conquistado, deve ser considerado um dever cívico, sem o exercício do qual o direito se 
descaracteriza ou se perde, afinal liberdade e democracia são fins e não apenas meios. Quem vive em uma 
comunidade política não pode estar desobrigado de opinar sobre os rumos dela. Nada contra a desobediência civil, 
recurso legítimo para o protesto cidadão, que, no caso eleitoral, se pode expressar no voto nulo (cuja tecla deveria 
constar na máquina utilizada para votação). Com o voto facultativo, o direito de votar e o de não votar ficam inscritos, 
em pé de igualdade, no corpo legal. Uma parte do eleitorado deixará voluntariamente de opinar sobre a constituição 
do poder político. O desinteresse pela política e a descrença no voto são registrados como mera “escolha”, sequer 
como desobediência civil ou protesto. A consagração da alienação política como um direito legal interessa 
aos conservadores, reduz o peso da soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal. 
Para o cidadão ativo, que, além de votar, se organiza para garantir os direitos civis, políticos e sociais, o enfoque 
é inteiramente outro. O tempo e o trabalho dedicados ao acompanhamento continuado da política não se apresentam 
como restritivos da liberdade individual. Pelo contrário, são obrigações autoassumidas no esforço de construção e 
aprofundamento da democracia e de vigília na defesa das liberdades individuais e públicas. A ideia de que a 
democracia se constrói nas lutas do dia a dia se contrapõe, na essência, ao modelo liberal. O cidadão escolado na 
disputa política sabe que a liberdade de não ir votar é uma armadilha. Para que o sufrágio continue universal, para 
que todo poder emane do povo e não, dos donos do poder econômico, o voto, além de ser um direito, deve conservar 
a sua condição de dever cívico. 
Exemplo 4: 
MADRUGADA NA ALDEIA 
Madrugada na aldeia nervosa, 
com as glicínias escorrendo orvalho, 
os figos prateados de orvalho, 
as uvas multiplicadas em orvalho, 
as últimas uvas miraculosas. 
O silêncio está sentado pelos corredores, 
encostado às paredes grossas, 
de sentinela. 
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o 
sono: 
poderosos animais benfazejos, encarnados e negros. 
Antes que um sol luarento 
dissolva as frias vidraças, 
e o calor da cozinha perfume a casa 
com lembrança das árvores ardendo, 
a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua 
antiquíssima, antiquíssima, 
e o pescador oferece aos recém-acordados 
os translúcidos peixes, 
que ainda se movem, procurando o rio. 
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p.311) 
 
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II. PARÁFRASE 
Um recurso precioso: 
Parafrasear, em sentido lato, significa reescrever uma sequência de texto sem alterar suas informações originais. 
Isso quer dizer que o texto resultante deve apresentar o mesmo sentido do texto original, modificando, 
evidentemente, apenas a ordem frasal ou o vocabulário. Há algumas exigências para uma paráfrase competente. 
São elas: 
 Fazer uso da mesma ordem das ideias que aparecem no texto original. 
 Em hipótese alguma é possível omitir informações essenciais. 
 Não tecer comentários acerca do texto original, apenas parafrasear, sem frescura. 
 Usar construções sintáticas e vocabulares que, apesar de manterem o sentido original, sejam distintas das do 
texto base. 
Os passos da paráfrase: 
Vamos entender que há alguns recursos para parafrasear um texto. Apresentarei alguns com a finalidade 
de clarear mais o assunto em questão. 
1) A utilização de termos sinônimos. 
 O presidente assinou o documento, mas esqueceu de pegar sua caneta. 
 O presidente assinou o documento, contudo esqueceu de pegar sua caneta. 
2) O uso de palavras antônimas, com apoio de uma palavra negativa. 
 José era um covarde. 
 José não era um valente. 
3) Emprego de termos anafóricos, isto é, que remetem a outros já citados no texto. 
 São Paulo e Palmeiras são dois times brasileiros. O São Paulo venceu o Palmeiras na semana 
passada. 
 São Paulo e Palmeiras são dois times brasileiros. Aquele (São Paulo) venceu este (Palmeiras) na 
semana passada. 
4) Permuta de termo verbal por nominal, e vice-versa. 
 É importante que chegue cedo. 
 Sua chegada é importante. 
5) Deixar termos elípticos. 
 Eu preciso da colaboração de todos. 
 Preciso da colaboração de todos. 
6) Alteração da ordem frasal. 
 Adalberto venceu o último desafio de sua vida ontem. 
 Ontem, Adalberto venceu o último desafio de sua vida. 
7) Mudança de voz verbal. 
 Joel cortou a seringueira centenária. 
 A seringueira centenária foi cortada por Joel. 
8) Troca de discurso. 
 Naquela manhã, Oséas dirigiu-se ao pai dizendo: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto) 
 Naquela manhã, Oséas dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto) 
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9) Troca de palavras por expressões perifrásticas. 
 O Rei do Futebol esteve presente durante as celebrações. 
 Pelé esteve presente durante as celebrações. 
10) Troca de locuções por palavras de mesmo sentido. 
 A turma da noite está comprometida com os estudos. 
 A turma noturna está mais comprometida com os estudos. 
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I. EXERCÍCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO 
Primeiras estórias é, certamente, o melhor livro para começar a entender Guimarães Rosa. Com uma variedade 
de temas e situações onde se encontram exemplares de vários tipos de conto - do fantástico ao anedótico, passando 
pelo psicológico, o autobiográfico e o satírico - Guimarães Rosa mantém seu estilo próprio com uma estrutura mais 
assimilável pelo leitor, em consequência do próprio gênero conto. O tratamento que é dado aos temas também é 
diversificado: ora patético, ora jocoso, ora sarcástico, lírico, erudito e popular. 
A maioria dos contos desenrola-se numa região não especificada, mas reconhecível como a das obras anteriores, 
embora seu cenário seja apenas esboçado. E isso porque, como há um estilo Guimarães Rosa, há também um 
mundo, um universo Guimarães Rosa perfeitamente identificável, no sentido de que sua obra criou um âmbito 
próprio, um espaço geográfico e temporal que não se demarca por latitudes e longitudes, nem pelo calendário. É o 
espaço que circunscreve seus míticos personagens, e tão amplo como aquele outro, o mundo real, de cujos 
habitantes esses personagens são outras tantas facetas. 
(Adaptado do texto de apresentação de Primeiras estórias, 
de Guimarães Rosa, retirado da quarta capa da 26ª edição - Ed. Nova Fronteira) 
1. De acordo com o texto, é correto afirmar: 
a) Ao qualificarde míticos os personagens do livro, o autor sugere não terem eles qualquer vínculo com as pessoas 
que de fato existem. 
b) Primeiras estórias é considerado pelo autor do texto como o melhor dos livros publicados por Guimarães Rosa. 
c) A diversidade presente em Primeiras estórias não se restringe à temática, mas se estende à composição dos 
próprios contos. 
d) Ainda que não tragam uma precisa demarcação geográfica - latitudes e longitudes -, todos os contos do livro se 
passam em torno da cidade onde nasceu Guimarães Rosa. 
e) A linguagem de Primeiras estórias é mais intrincada do que aquela utilizada nos outros livros de Guimarães 
Rosa. 
2. Leia o texto abaixo e as afirmações I, II e III feitas em seguida. 
Panorama é o nome dado, grosso modo, a qualquer vista abrangente de um espaço físico, ou seja, é uma ampla 
vista geral de uma paisagem, território, cidade ou de parte destes elementos, normalmente vistos de um ponto 
elevado ou relativamente distante. A palavra foi originalmente cunhada na segunda metade do século XVIII pelo 
pintor irlandês Robert Barker para descrever suas pinturas "panorâmicas" de Edimburgo. O vocábulo é formado por 
dois termos do grego antigo – pan, que significa "total", e órama, que significa "vista". 
(Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Panorama, acessado em 09/03/2011) 
I. A expressão grosso modo equivale a de modo genérico. 
II. O segmento originalmente cunhada poderia ser substituído, preservando-se o sentido e a correção, por gravada 
de modo original. 
III. Em normalmente vistos de um ponto elevado ou relativamente distante, a utilização do termo normalmente 
indica serem os pontos de observação mencionados os únicos que permitem caracterizar uma imagem como 
panorâmica. 
Tendo como base o texto acima, está correto o que consta em: 
a) I, somente. 
b) I e II, somente. 
c) II e III, somente. 
d) III, somente. 
e) I, II e III. 
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Leia os quadrinhos da tirinha abaixo. 
NÍQUEL NÁUSEA FERNANDO GONSALES 
 
(Folha de S. Paulo, ilustrada, 24/03/2011, p. E13) 
3. É correto afirmar que o humor da tira provém principalmente: 
a) do fato de o cavalo concordar com a observação do homem de chapéu de que um cavalo assistindo à corrida de 
cavalo é mesmo um absurdo. 
b) do uso equivocado da palavra absurdo, pois o leitor sabe que não há nada de inusitado ou incomum no 
envolvimento com o trabalho de quem está de férias. 
c) da posição dos dois personagens, que conversam sobre a corrida de cavalos, mas estão voltados de costas para 
ela, o que só é revelado no último quadrinho. 
d) da quebra das expectativas do leitor ao dar-se conta, no último quadrinho, de que o absurdo aludido no primeiro 
tem sentido diverso do imaginado. 
e) do jogo de palavras que se estabelece entre o absurdo referido no primeiro quadrinho e a última frase dita pelo 
cavalo, no último - Faz sentido! 
ELECTRA II* 
(...) 
Electra II é 
para mim 
ponte-aérea 
Rio-S. Paulo 
é cartão 
de embarque 
na mão e vento 
nos cabelos 
é 
subir a escada 
e voar 
Electra II 
para mim 
é a cidade 
do alto a ponte 
e a salgada 
baía 
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e a Ilha 
Fiscal 
antes de pousar 
(...) 
Natural pois 
encontrá-lo no 
aeroporto 
Santos Dumont 
mas nunca 
na rua Paula Matos 
ainda que 
acima da minha 
cabeça (e 
das casas) 
espiando 
entre os ramos 
como se me buscasse 
pela cidade 
(...) 
* O mais famoso avião a operar, durante muitos anos, a ponte aérea Rio-São Paulo. 
FERREIRA GULLAR 
(Muitas vozes. 2.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999, p. 4-8) 
4. Os segmentos Natural pois e mas nunca aludem, respectivamente: 
a) ao que é próprio da natureza e ao que é artificial. 
b) à Ilha Fiscal e ao Electra II. 
c) ao acidental ou episódico e ao acontecimento previsto, rotineiro. 
d) ao previsto ou esperado e à súbita e inesperada aparição. 
e) à ponte aérea Rio-S. Paulo e ao aeroporto Santos Dumont. 
Ingres é o mais contraditório dos pintores. Defendia valores eternos, imutáveis e, num certo sentido, retrógrados. 
Mas, de maneira involuntária, perverteu os princípios clássicos que proclamava e foi essencial para artistas da 
modernidade, como Picasso ou Matisse. Quando houve, em 1911, uma exposição de Ingres em Paris, Degas 
prestou-lhe uma homenagem única: já velho e cego, foi, ainda assim, para pelo menos passar a mão sobre a 
superfície das telas do grande mestre. 
Ingres concedia tanta intensidade formal ao estampado de um vestido, a um leque ou a um vaso, quanto aos 
braços, às espáduas, aos rostos. Nessa ausência de hierarquia, nesse universo de eternidades estáticas e 
objetivadas, instala-se o descompasso, o bizarro, o desconforto para o olhar. Não há pintor tão enigmático quanto 
esse mestre, que se queria conservador, claro e clássico. 
(Adaptado de Jorge Coli. Ponto de Fuga, 
Um estranho mestre. São Paulo, Perspectiva, 2004, p. 189) 
... se queria conservador, claro e clássico. (2º parágrafo) 
5. Com a afirmativa acima, o autor: 
a) explica a razão por que nas obras de Ingres há excesso de intensidade formal, tendendo para o bizarro. 
b) reitera a observação feita anteriormente de que Ingres era adepto de valores eternos, imutáveis, que, no entanto, 
não se refletiam em suas obras. 
c) ironiza preceitos difundidos por escolas de Belas Artes do passado, que tolhiam a criatividade de artistas que 
cultivavam um relativo desconforto para o olhar. 
d) indica as principais qualidades formais da obra de Ingres, que, opondo-se aos modernistas, criava em suas obras 
um universo de eternidades estáticas. 
e) esclarece o fato de Ingres ter sido apenas tardiamente consagrado e reconhecido como grande mestre por 
artistas como Picasso e Matisse. 
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O modo de ser da personagem Ricardo II, da peça A tragédia do rei Ricardo II, de William Shakespeare, parece 
elaborado para ilustrar a oscilação entre a pessoa e a sua função política. Em Ricardo a divisão interior é 
consubstancial, isto é, algo inerente ao seu modo de ser, podendo representar com maior clareza a dicotomia entre o 
eu e o outro, pressuposta na estrutura do mando. Quando alguém assume papel político, incorpora esse outro, que é 
quem precisa dos critérios de legitimação do mando. Mandar é tê-lo em si; quando ele se anula o sujeito fica reduzido 
à condição comum. Ao mesmo tempo arrogante e humilhado, Ricardo alterna a prepotência com a submissão e 
passa da confiança cega ao desalento, a ponto de abdicar antes que a abdicação lhe seja imposta. O processo se 
resolve na cena da abdicação, porque a dualidade da face e do seu reflexo é desfeita pela destruição do espelho. O 
homem absorveu o rei, como antes o rei absorvera o homem. 
(Adaptado de Antonio Candido. "A culpa dos reis: mando e transgressão 
no Ricardo II”. Ética. São Paulo, Companhia das Letras, 1992, p. 98) 
6. Depreende-se da análise de Antonio Candido da peça de Shakespeare que o eu e o outro mencionados são, 
respectivamente, o: 
a) rei que é deposto de seu trono e o rei que é alçado ao poder. 
b) sujeito que detém a autoridade e o mando, e o sujeito submisso que obedece àquele. 
c) monarca autoritário e prepotente, e aquele que é fraco e submisso aos súditos. 
d) homem equilibrado e seguro, e o sujeito deprimido e entregue às circunstâncias adversas.e) homem dotado de humanidade e o sujeito revestido da autoridade decorrente de sua posição. 
(L.1) Em meio à multidão de milhares de manifestantes, rapazes vestidos de preto e com a cabeça e o rosto 
cobertos por capuzes ou capacetes caminham dispersos, tentando manter-se (L.4) incógnitos. A atitude muda 
quando encontram um alvo: um cordão de isolamento policial, uma vitrine ou uma agência bancária. Eles, então, 
agrupam-se e, armados com porretes, (L.7) pedras e garrafas de coquetel molotov, quebram, incendeiam e agridem. 
Quando a polícia reage, os vândalos voltam a se misturar à massa de gente que protesta pacificamente, na (L.10) 
esperança de, com isso, provocar um tumulto e incitar outros manifestantes a entrar no confronto. É a tática do black 
bloc (bloco negro, em inglês), cujo uso se intensificou nos protestos (L.13) de rua que dominaram a Europa este ano. 
Quase sempre, a minoria violenta é formada por anarquistas — que, de seus análogos do início do século XX, imitam 
os métodos violentos (L.16) e o ódio ao capitalismo e ao Estado. 
Diogo Schelp. In. Veja, 22/12/2010 (com adaptações). 
No que se refere aos aspectos morfossintáticos e semânticos do texto acima, julgue o item seguinte. 
7. Os complementos elípticos da formas verbais “quebram” (L.7), “incendeiam” (L.7) e “agridem” (L.8) possuem o 
mesmo referente no texto. 
(L.1) O interesse fundamental do dono de escravos era obter destes o maior rendimento possível, visando ao 
maior lucro. Como maximizar a produção de um escravo? Imagine-se um (L.4) caso simples: a produção consistiria 
em cavar buracos, e cada escravo poderia cavar, digamos, cinco buracos por hora. Para obter o máximo de 
produção, bastaria garantir que cada (L.7) operário trabalhasse o maior número possível de horas. No caso da mão 
de obra escrava, esse objetivo poderia ser facilmente atingido por um feitor que organizasse e controlasse (L.10) a 
produção. Pela coação do chicote, ele faria que os escravos trabalhassem o número de horas desejado, com a 
intensidade desejada. De fato, era comum que os escravos tivessem (L.13) jornadas de trabalho próximas do 
máximo biológico — algo como dezoito horas —, nos engenhos e cafezais brasileiros, especialmente em picos de 
produção, como na colheita. Isso (L.16) aponta para uma lógica do tratamento coercitivo. Pode ser difícil obter de um 
assalariado rendimento equivalente ao de um trabalhador escravo — a não ser mediante um salário tão (L.19) alto 
que prejudicasse o lucro do patrão. Assim, em igualdade de condições, o trabalho escravo é mais produtivo que o 
trabalho livre, em determinados tipos de tarefa. A coerção (L.22) garante esse resultado e tem, portanto, um 
significado econômico. 
Flávio Versiani. A lógica econômica do trabalho escravo. 
In. Darcy, nov-dez/2010, nº 5 (com adaptações). 
8. O autor do texto argumenta que, sob certas condições, o trabalho livre poderia ser tão ou mais produtivo que o 
trabalho escravo. 
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(L.1) Os dados chocam: metade dos jovens de 15 a 17 anos de idade estão fora do ensino médio, informa 
reportagem publicada na Folha, em março deste ano. Parte desse (L.4) contingente estuda, com atraso, no ensino 
fundamental; outra parte, a face mais preocupante dessa estatística, deixou para trás os bancos escolares. 
(L.7) "Os alunos encontram um ensino médio organizado em torno de um número muito grande de disciplinas, 
sobrecarregadas de conteúdos mais voltados para vestibulares, (L.10) muitos deles sem significado para suas vidas", 
diz o presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. 
(L.13) O Conselho Nacional de Educação discute, atualmente, a atualização das diretrizes curriculares para o 
ensino médio. Um dos programas que tem servido de base para (L.16) a discussão é o Ensino Médio Inovador, 
criado e financiado pelo Ministério da Educação e implementado em 357 escolas do país em 2010. De acordo com o 
programa, que se baseia em (L.19) quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, cada escola criaria seu plano 
de ação pedagógica, podendo eleger um desses eixos como principal ou misturá-los em atividades (L.22) 
complementares, a serem desenvolvidas até fora da sala de aula. Outros focos são leitura, artes e atividades em 
laboratórios. Para isso, a carga horária passaria das 2.400 horas (L.25) anuais obrigatórias para 3.000 e a dedicação 
dos professores passaria a ser integral. 
Internet <www.folha.uol.com.br> (com adaptações). 
9. Com base nas informações do texto, é correto afirmar que: 
a) a exigência de dedicação integral dos professores no ensino médio constitui garantia de qualidade das aulas 
ministradas. 
b) a maior parte dos jovens entre 15 e 17 anos de idade não frequenta a escola. 
c) a sobrecarga de conteúdos que não fazem sentido para o aluno é o fator primordial da evasão escolar no ensino 
médio. 
d) há necessidade de mudança no ensino médio para torná-lo mais atrativo e significativo para os jovens. 
e) as atividades complementares propostas pelas escolas devem ser realizadas fora da sala de aula. 
(L.1) Que tipo de gente joga lixo na rua pela janela do carro ou deixa a praia emporcalhada quando sai? Uma das 
respostas corretas é: um tipo que está se tornando mais raro. Sim. A atual (L.4) geração de adultos foi criança em um 
tempo em que jogar papel de bala ou caixa vazia de biscoitos pela janela do carro quase nunca provocava uma 
bronca paterna. Foi adolescente (L.7) quando amassar o maço vazio de cigarros e chutá-lo para longe não 
despertava, na audiência, nenhuma reação especial, além de um "vai ser perna de pau assim na China". Chegou à 
idade (L.10) adulta dando como certo que aquelas pessoas de macacão com a sigla do serviço de limpeza urbana 
estampada nas costas precisam trabalhar e, por isso, deve contribuir sujando as ruas. (L.13) Bem, isso mudou. O 
espirito do nosso tempo pode não impedir, mas, pelo menos, não impele mais ninguém com algum grau de conexão 
com o atual estágio civilizatório da humanidade a se (L.16) livrar de detritos em lugares públicos sem que isso tenha 
um peso, uma consequência. É feio. É um ato que contraria a ideia tão prevalente da sustentabilidade do planeta e 
da preciosidade (L.19) que são os mananciais de água limpa, as porções de terra não contaminadas e as golfadas de 
ar puro. E, no entanto, as pessoas ainda sujam, e muito, as cidades impunemente. 
Veja, 9/3/2011, p 72-3 (com adaptações). 
10. Com base na leitura do texto, é correto afirmar que: 
a) sujar ruas, calçadas ou praias, no estágio civilizatório atual, gera implicações financeiras. 
b) o comportamento atual do brasileiro, pautado na ideia de sustentabilidade e preservação do planeta, tem 
impedido o descarte de lixo em lugares inapropriados. 
c) as novas gerações são mais conscientes da necessidade de preservar o meio ambiente. 
d) jogar lixo nas ruas sempre foi alvo de recriminação, seja no âmbito familiar, seja no governamental. 
e) a profissão de gari deixaria de existir se não houvesse lixo nas ruas. 
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(L.1) Cartão-postal brasileiro, o vasto litoral do Rio de Janeiro, um patrimônio natural de 246 quilômetros de areias 
pontilhado por montanhas, virou um caso emblemático de (L.4) regressão a estágios civilizacionais mais primitivos. 
Para se ter uma ideia, 3.000 toneladas de lixo, só no mês de janeiro, foram recolhidas das praias cariocas — 
guimbas de cigarro, palitos de (L.7) picolé, cocô de cachorro e restos de alimento. Empilhadas, essas evidências de 
vida poucointeligente lotariam cinco piscinas olímpicas. Resume o historiador Marco Antonio Villa: (L.10) "Ao 
contrário do cidadão dos países desenvolvidos, o brasileiro só vê como responsabilidade sua própria casa e não 
nutre nenhum senso de dever sobre os espaços que compartilha (L.13) com os outros — um claro sinal de atraso". 
Idem, ibilem. 
11. Considerando as ideias e a estruturação sintática do texto, assinale a opção correta. 
a) Atribui-se ao turismo intenso na cidade do Rio de Janeiro a responsabilidade pela grande quantidade de lixo 
retirada das praias cariocas. 
b) Na opinião do historiador Marco Antonio Villa, o povo brasileiro não se sente responsável pelo cuidado dos 
espaços que compartilha com os outros. 
c) Na linha 6, a substituição do travessão por dois-pontos prejudicaria a correção gramatical do texto. 
d) É possível afirmar que, em países desenvolvidos, as pessoas preocupam-se mais com a limpeza de locais 
públicos do que com suas próprias casas. 
e) O sujeito da oração “Resume o historiador Marco Antonio Villa” (l.9) está oculto. 
(L.1) D1urante o período imperial, os Correios do Brasil foram reorganizados, dando-se início ao processo de 
criação de administrações de correios nas províncias. Sob as ordens de (L.4) D. Pedro II, as reformas postais 
instituíram o pagamento prévio de franquia unificada, lançaram os primeiros selos postais, criaram o quadro de 
carteiros, as caixas postais e de coleta e o (L.7) serviço de distribuição domiciliária de correspondência na corte e 
nas províncias. Foi estabelecido o serviço telegráfico, e o Brasil aderiu, por tratados, aos organismos internacionais 
(L.10) de telecomunicações recém-criados. 
Idem, ibilem. 
12. Com base nas informações do texto, assinale a opção correta. 
a) A criação, no Brasil, do quadro dos carteiros resultou das reformas postais implementadas ainda no período 
imperial. 
b) As inovações no serviço de distribuição domiciliar de correspondência contribuíram para a autonomia das 
províncias brasileiras. 
c) Embora os Correios brasileiros datem do período imperial, é recente a adesão do Brasil aos organismos 
internacionais de comunicações. 
d) Com as reformas postais, surgiu o primeiro modelo de correspondência na corte portuguesa. 
e) A criação do serviço telegráfico foi determinante para a adesão do Brasil aos organismos internacionais de 
comunicações. 
(L.1) Para atender a um país com dimensões continentais como o Brasil e fazer a entrega dos 83 bilhões de 
objetos por ano, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) (L.4) emprega mais de 56 mil carteiros, o que 
representa mais da metade do efetivo da empresa. Desse total, cerca de 10% são mulheres. Juntos, os carteiros do 
Brasil percorrem, por dia, (L.7) cerca de 390 mil quilômetros, o equivalente a quase 10 voltas completas ao redor da 
Terra. Antes de sair às ruas para entregar as correspondências, os carteiros realizam uma parte do seu (L.10) 
trabalho em centros de distribuição domiciliária (local onde a carga postal é separada por ordem de ruas e de 
numeração) e em agências de correio com distribuição domiciliária (agências (L.13) pequenas). 
Idem, ibilem. 
13. Depreende-se das ideias do texto que: 
a) os carteiros entregam as correspondências nos centros de distribuição domiciliária. 
b) os carteiros exercem outras funções além da entrega de correspondências. 
c) cada carteiro percorre, diariamente, quase 400 quilômetros. 
d) menos de 50% dos funcionários da ECT são carteiros. 
e) a maior proporção de carteiros da ECT é formada de mulheres. 
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14. Em “Para atender”, o termo “Para” introduz oração que expressa, no período, sentido de: 
a) oposição. 
b) causa. 
c) conclusão. 
d) finalidade. 
e) condição. 
GABARITO 
1 - C 
2 - A 
3 - D 
4 - D 
5 - B 
6 - E 
7 - ERRADO 
8 - CORRETO 
9 - D 
10 - C 
11 - B 
12 - A 
13 - B 
14 - D 
 
 
 
 
 
	1º BLOCO
	I. Compreensão e Interpretação de Textos
	II. Vícios de Leitura
	2º BLOCO
	I. Organização da Leitura
	II. Dicas para Organização
	3º BLOCO
	I. Continuação de Dicas para Organização
	II. O Que Você Não Deve Fazer
	III. “Malandragem”
	4º BLOCO
	I. Continuação de “Malandragem”
	II. Paráfrase
	5º BLOCO
	I. Exercícios Relativos ao Encontro

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