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PDCV AULA 1 2017 - CRONOGRAMA

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21/03/2017 
1 
PROF A . MS F AB IANA MARQUES 
PSICOLOGIA DO 
DESENVOLVIMENTO: CICLO 
VITAL 
HORÁRIO 
 19h10 – 21h40 
 Lista de presença 
 Participação / assíduidade 
 Comprometimento 
 
 
PORQUE A ESCOLHA DA PSICOLOGIA? 
QUAIS SÃO SUAS EXPECTATIVAS QUANTO 
AO CURSO? 
 
EMENTA 
 Principais fenômenos e processos do 
desenvolvimento humano do período pré-natal à 
velhice, concebidos de forma integrada 
(físico/motor, cognitivo, psicossocial) e dos 
processos de perdas, separações, morte e luto, em 
diferentes contextos sócio-históricos e culturais. 
 
OBJETIVOS 
 Reconhecimento e compreensão dos pressupostos 
epistemológicos relativos ao processo de 
desenvolvimento humano. 
 Identificação e compreensão dos fenômenos e 
processos psicológicos do desenvolvimento humano, 
ao longo do ciclo vital nas suas interfaces: biológica, 
cognitiva e psicossocial e nos diferentes contextos 
sócio-históricos e culturais em que se inserem. 
 Reconhecimento e compreensão dos processos de 
separações, perdas, morte e luto em todas as fases do 
ciclo vital e suas implicações psicossociais. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Identificar e caracterizar relações entre contextos e processos 
psicológicos/comportamentais nas diferentes fases de desenvolvimento 
humano. 
 Identificar, descrever e explicar os processos de mudanças biológicas e 
psicossociais ocorridos na infância, adolescência, vida adulta e velhice. 
 Identificar e descrever os processos de separações, perdas, aquisições e os 
processos de luto envolvidos na infância, adolescência, idade adulta e 
velhice. 
 Levantar informações a partir da observação de processos de 
desenvolvimento, para análise, descrição e interpretação, através do 
referencial teórico, estabelecendo relações entre os dados coletados e os 
processos psicológicos subjacentes. 
 Localizar informações bibliográficas em bases de dados, livros, periódicos e 
manuais técnicos através dos meios convencionais e de sítios na Internet. 
 Articular o conhecimento científico à realidade brasileira e mundial. 
 
21/03/2017 
2 
CONTEÚDO DA DISCIPLINA 
1º BIMESTRE 
1- Senso comum e Ciência: a Psicologia 
do Desenvolvimento como ciência 
(métodos de pesquisa) 
2- A família: a importância na 
formação da pessoa 
3- As Influências pré e perinatais no 
desenvolvimento 
4- Do nascimento ao ingresso na 
escola (0 _ 3 anos) 
Desenvolvimento físico, cognitivo e 
psicossocial. 
5- O desenvolvimentos das crianças 
em idade escolar (3 – 12 anos) 
Desenvolvimento físico, cognitivo e 
psicossocial. 
 
2º BIMESTRE 
1- A Puberdade e Adolescência (12 – 20 
anos) 
Mudanças físicas, cognitivas e 
psicossociais. 
2- O Adulto-Jovem (20 – 40 anos) 
Mudanças físicas, cognitivas e 
psicossociais. 
3- A Meia-Idade (40 – 65 anos ) 
Mudanças físicas, cognitivas e 
psicossociais. 
4- A Velhice (a partir dos 65 anos) 
Mudanças físicas, cognitivas e 
psicossociais. 
5- A Morte: visão histórica, social e 
cultural. 
A morte nas diferentes etapas do 
desenvolvimento humano. 
Morte, Separação, Perdas e o Processo 
de Luto. 
 
 
 
TRABALHO DE OBSERVAÇÃO DO 1º BIMESTRE 
 
OBJETIVO: Introduzir o aluno na prática da observação dos fenômenos do desenvolvimento da criança. Articular teoria e prática . 
 
JUSTIFICATIVA: Este trabalho tem como objetivo promover o contato do aluno com crianças de 0 - 12 anos através da técnica de observação permitindo que 
compreenda as dificuldades envolvidas na observação e no estudo de crianças. 
 
PROCEDIMENTO: Os alunos deverão se organizar em duplas ou trios e entrar em contato com escolas, creches, abrigos ou pais de crianças; esclarecer os objetivos 
do trabalho e obter a autorização para a execução do mesmo. É obrigatório que os pais ou responsável pela criança assinem o termo de 
consentimento em 2 (duas) vias, sendo que a prim eira deve ficar com o responsável pelo observado e a segunda deverá ser entre gue ao 
professor, para arquivá-la. 
 
SUJEITOS: crianças entre 0 meses a 12 anos (cada dupla ou trio de alunos irá escolher uma faixa etária: 0 -2 anos; 2-6 anos ou 6 a 12 anos). 
 
LOCAL: A observação deverá acontecer em um “ambiente natural” (escola, creches, abrigos, parque, playground ou outra situação que seja familiar à criança), por 
cerca de 20 (v inte) minutos. 
 
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS: Aspecto físico, perceptual, cognitivo, linguagem, personalidade e social. (os dados serão observ ados, anotados e devem ser 
livres de interpretações). 
 
METODO DE OBSERVAÇÃO: Os alunos devem ser orientados a fazer as anotações através do registro cursivo, garantindo assim uma menor interferência do 
observador. 
 
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: 
1- Questões de ordem prática: apresentar por escrito (digitado) os dados da observação. 
2- Questões de ordem teórica: redigir um texto, usando os conhecimentos científicos adquiridos na disciplina. Este instrumento será usado para compreende r os 
dados da observação (item 1). 
3- Questões teórico-práticas: relacionar os dados obtidos na observação (item 1) com os conhecimentos teóricos adquiridos (item 2) no curso. 
4- Critérios de avaliação do trabalho escrito: abrangência dos dados da observação, clareza, objetividade e coesão textual, permitindo que se identifiquem os aspectos 
teórico-práticos. 
5- Pôster interativo:os alunos poderão elaborar um pôster para apresentação aos demais alunos da turma, em data previamente agendada. 
 
Obs.: o aluno não poderá faltar a esta apresentação em nenhuma hipótese. 
 
 
 
 
TRABALHO TEÓRICO-PRÁTICO 2º BIMESTRE 
 Elaboração e realização de entrevistas 
 
OBJETIVOS: 
- Introduzir o aluno na prática do planejamento e realização de entrevistas. 
- Desenvolver a capacidade de observação e discutir o impacto da situação de entrevista, no entrevistador. 
 
JUSTIFICATIVA : 
Este trabalho possibilitará o contato do aluno com a situação de entrevista permitindo o reconhecimento 
de fatores de influência em seu próprio desenvolvimento e no de outros, assim como,desenvolver a 
capacidade de observação dos processos de mudança ocorridos na adolescência, vida adulta e velhice. 
 
PROCEDIMENTOS: 
Discussão do roteiro da entrevista (sugerido pelo líder e adequação do mesmo, se preciso, frente à 
realidade local). 
Discussão do termo de consentimento (é obrigatório que cada entrevistado assine o termo de 
consentimento em duas vias, a primeira fica com o entrevistado, a segunda é entregue 
ao professor que deve arquivá-la). 
 
 
AVALIAÇÃO 
 
Primeiro Bimestre - NP1 
A nota final de aproveitamento do aluno no primeiro bimestre será dada pela soma da notas 
provenientes de: 
Prova escrita individual, contendo 12 questões objetivas, nota total 10,0 (dez) com peso 8 
Trabalho de observação: equivale a 10,0 (dez) com peso 2. 
 
Atenção: O aluno que não tirar nota mínima 4,0 (quatro) na prova do 1º bimestre, ficará 
apenas com a nota da prova no bimestre, não sendo computada a nota do trabalho. 
 
Segundo Bimestre – NP2 
A nota final de aproveitamento do aluno no segundo bimestre será dada pela soma das notas 
provenientes de: 
Prova escrita individual contendo 12 questões objetivas, nota total 10,0 (dez) com peso 8. 
Trabalho de Entrevistas: equivale a nota 10,0 (dez) com peso 2. 
 
A média do semestre será calculada de acordo com o Regimento da UNIP. 
 
BIBLIOGRAFIA 
BÁSICA 
 
 GRIFFA, M. C. Chaves para a psicologia do desenvolvimento. Tomo 2. 8ª ed. 
São Paulo: Paulinas, 2011. 
 KOVÁCS, M. J. A Morte e o Desenvolvimento Humano. 4ª ed. São Paulo: Casa do 
Psicólogo, 2002. 
 TOURRETTE, C. Introdução à Psicologia do Desenvolvimento: do nascimentoà 
adolescência. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2013. 
 
COMPLEMENTAR 
 ARRIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2ªed. Rio de 
Janeiro: LTC, 1981. 
 BOCK, A.M.B Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 14ª ed. 
São Paulo: Saraiva, 2009. 
 MOURA, M. L. S. (org.) O bebê do século XXI e a Psicologia em 
Desenvolvimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. 
 PAPALIA, D. E. Desenvolvimento Humano. 12ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 
 
 
21/03/2017 
3 
PSICOLOGIA E AS PSICOLOGIAS 
 Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente 
não. Essa psicologia, usada no cotidiano pelas 
pessoas em geral, é denominada de psicologia do 
senso comum. 
Um dia ao viajar de táxi e a meio de uma conversa animada sobre um tema 
qualquer da atualidade, o motorista perguntou-me indiretamente qual era 
a minha profissão: “Você por acaso não é advogado?” 
“Não, — respondi eu — Sou professor de psicologia”. “Psicologia, grande 
curso!” — disse o motorista. E continuou, 
“Sabe, eu acho que tinha jeito para a psicologia. Uma pessoa na minha 
profissão não se safa se não tiver uns bons conhecimentos de psicologia”. 
 Se se considera a psicologia como o estudo do 
comportamento, então as observações do taxista 
sobre o comportamento das pessoas que conduz 
constitui uma parte potencialmente importante da 
sua profissão 
 A avaliação do taxista podia ser feita por qualquer 
pessoa, na medida em que a sobrevivência da espécie 
humana depende de uma interpretação adequada 
das reações dos nossos semelhantes quando 
interagimos uns com os outros. 
 As pessoas, normalmente, têm um domínio, mesmo 
que pequeno e superficial, do conhecimento 
acumulado pela Psicologia científica, o que lhes 
permite explicar ou compreender seus problemas 
cotidianos de um ponto de vista psicológico. 
 
 É a vida do cotidiano. 
SENSO COMUM 
 “As crianças que habitam em lares onde há mais 
livros têm uma melhor realização escolar” 
 “E daí? Isso é óbvio! Faz parte do senso comum!” 
 
 IMPORTÂNCIA: 
 Sem esse conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas 
e erros, a nossa vida no dia-a-dia seria muito complicada. 
 O senso comum, na produção desse tipo de conhecimento, 
percorre um caminho que vai do hábito à tradição, a qual, 
quando estabelecida, passa de geração para geração. 
SENSO COMUM 
 De acordo com Fletcher (1984), o senso comum é um corpo 
de crenças e conhecimentos culturais partilhados por um 
grupo ou comunidade acerca do funcionamento das 
pessoas e do mundo que as rodeia. 
O senso comum pode ser analisado segundo as três perspectivas 
seguintes: 
• O senso comum é constituído por um conjunto de crenças fundamentais 
sobre a natureza do mundo físico e social. 
• O senso comum é constituído por um conjunto de máximas e provérbios 
que as pessoas partilham sobre o mundo físico e social. 
• O senso comum é constituído por uma maneira comum de pensar sobre 
o mundo físico e social. 
Segundo Fletcher (1984) aprendemos a pensar dentro de uma cultura 
 A psicologia é ainda uma ciência, porque formula 
modelos e teorias consistentes para compreender, 
explicar e prever os fenômenos humanos e depois 
avalia, modifica, retém ou abandona tais modelos 
explicativos se não forem capazes de resistir às 
provas empíricas 
21/03/2017 
4 
APROPRIAÇÃO DA PSICOLOGIA pelo senso comum 
 'rapaz complexado; 
 'menina histérica'; 
 'ficar neurótico’; 
 ‘pessoa bipolar’ 
 
CIÊNCIA 
 A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos 
sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de 
estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e 
rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de 
maneira programada, sistemática e controlada, para 
que se permita a verificação de sua validade. 
 A CIÊNCIA AVANÇA: Negam-se, reafirmam-se, 
descobrem-se novos aspectos, e assim a ciência avança. 
Nesse sentido, a ciência caracteriza-se como um processo. 
 A CIÊNCIA aspira à objetividade. Suas conclusões devem 
ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para, 
assim, tornarem-se válidas para todos. 
Qual o objeto específico 
de estudo da Psicologia? 
 A diversidade de objetos da Psicologia é explicada pelo fato de este campo do conhecimento ter-se 
constituído como área do conhecimento científico só muito recentemente (final do século 19), a 
Observatório Nacional — Rio de Janeiro. 
 Estudar o fenômeno físico é pensar sobre algo externo ao homem. Estudar o homem é pensar 
sobre si mesmo. 
 Esse fato é importante, já que a ciência se caracteriza pela exatidão de sua construção teórica, e, 
quando uma ciência é muito nova, ela não teve tempo ainda de apresentar teorias acabadas e 
definitivas, que permitam determinar com maior precisão seu objeto de estudo. 
 Um outro motivo que contribui para dificultar uma clara definição de objeto da Psicologia é o fato de o 
cientista — o pesquisador — confundir-se com o objeto a ser pesquisado. 
No sentido mais amplo, o objeto de estudo da Psicologia é o homem, e neste caso o pesquisador está 
inserido na categoria a ser estudada. 
A concepção de homem que o pesquisador traz consigo “contamina” inevitavelmente a sua pesquisa em 
Psicologia. Isso ocorre porque há diferentes concepções de homem entre os cientistas (na medida em 
que estudos filosóficos e teológicos e mesmo doutrinas políticas acabam definindo o homem à sua 
maneira, e o cientista acaba necessariamente se vinculando a uma destas crenças). 
A identidade da Psicologia 
 é o que a diferencia dos demais ramos das ciências 
humanas, e pode ser obtida considerando-se que 
cada um desses ramos enfoca o homem de m 
 A Psicologia colabora com o estudo da 
subjetividade: é essa a sua forma particular, 
específica de contribuição para a compreensão da 
totalidade da vida humana maneira particular. 
SUBJETIVIDADE 
 A subjetividade é a síntese singular e individual 
que cada um de nós vai constituindo conforme 
vamos nos desenvolvendo e vivenciando as 
experiências da vida social e cultural 
 
 a subjetividade — é o mundo de idéias, 
significados e emoções construído internamente pelo 
sujeito a partir de suas relações sociais, de suas 
vivências e de sua constituição biológica; é, também, 
fonte de suas manifestações afetivas e 
comportamentais. 
SUBJETIVIDADE 
 O indivíduo constrói aos poucos a 
SUBJETIVIDADE, apropriando-se do material do 
mundo social e cultural, e faz isso ao mesmo tempo 
em que atua sobre este mundo, ou seja, é ativo na 
sua construção. Criando e transformando o mundo 
(externo), o homem constrói e transforma a si 
próprio. 
21/03/2017 
5 
SUBJETIVIDADE 
Estudar a subjetividade, nos tempos atuais, é tentar 
compreender a produção de novos modos de 
ser, isto é, as subjetividades emergentes, cuja 
fabricação é social e histórica. 
 
 “O importante e bonito do mundo é isso: que as 
pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram 
terminadas, mas que elas vão sempre mudando. 
Afinam e desafinam”. (Guimarães Rosa, Grande 
Sertão: Veredas) 
MENTE ABERTA 
 Não se deve misturar a Psicologia com práticas 
adivinhatórias ou místicas que estão baseadas em 
pressupostos diversos e opostos ao da Psicologia. 
 “Mente é como pára-quedas: melhor aberta.” É 
preciso estar aberto para o novo, atento a novos 
conhecimentos que, tendo sido estudados no âmbito 
da Ciência, podem trazer novos saberes, ou seja, 
novas respostas para perguntas ainda não 
respondidas. 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO 
A psicologia do desenvolvimento é um ramo da psicologia que se 
preocupa em responder 
 
como e por que 
 
as capacidades dos indivíduos vão se diferenciando ao longo da 
vida. 
Busca um entendimento sistemáticoda sequência de mudanças 
biológicas, cognitivas, psicossociais e seus desdobramentos ao 
longo do ciclo vital. 
OBJETIVO 
Estudar os principais processos de desenvolvimento 
humano do 
período pré-natal até a morte, 
ou seja, 
Possibilitar ao futuro profissional a compreensão dos 
fenômenos e processos psicológicos básicos envolvidos 
no desenvolvimento humano, enfatizando sua 
continuidade durante o ciclo evolutivo e os inter 
relacionamentos nas esferas 
física, cognitiva e psicossocial 
PENSE 
Foto aproximadamente dez anos de 
idade e uma recente. 
 Observe-as e tente fazer uma 
reflexão listando no que 
você mudou e o que foi mantido. 
Como você entende 
essas mudanças e continuidades? 
 Pense agora em suas 
experiências pessoais e 
profissionais. 
 Você consegue identificar as 
mudanças ao longo do 
desenvolvimento dos indivíduos com 
os quais se relacionou? 
 Como as entende? 
21/03/2017 
6 
SUZANA 
Alice é solteira, tem 33 anos e já está formada em sociologia. Sua idade é um detalhe cronológico que pode 
levar algumas pessoas a pensarem se ela vai se casar e se estabelecer. 
 
Mas, para a psicologia do desenvolvimento, é mais interessante compreender seu passado do que 
pensar em seu futuro. Como a maioria das pessoas, Suzana tem uma família que cuida dela desde 
que nasceu, passou por escolas e professores, teve uma vida social em sua comunidade. 
Enfim, é relevante conhecer e compreender seus primeiros anos de vida, sua infância, a adolescência e seu 
ingresso na fase adulta. 
Com isso estamos em busca de respostas para as seguintes questões: 
• Quais foram os padrões de desenvolvimento que nortearam o ciclo vital de Suzana? 
• Quais os principais fatores que influenciaram o seu desenvolvimento? 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO 
A psicologia do desenvolvimento é um ramo da 
psicologia que se preocupa em responder 
como e por que as capacidades dos indivíduos vão se 
diferenciando ao longo da vida. 
 Focaliza seus estudos nas mudanças e nas consistências 
(continuidades), na universalidade e na individualidade. 
 Busca um entendimento sistemático da sequência de mudanças físicas, 
cognitivas, psicossociais e seus desdobramentos ao longo do ciclo vital. 
 
“é a área de conhecimento da psicologia que busca compreender como e por que as 
pessoas se modificam, e como e por que elas permanecem as mesmas nos vários momentos 
de sua vida, à medida que envelhecem” (BERGER, 2001, p. 3). 
CICLO VITAL 
 Estudar o ciclo vital significa admitir que o 
desenvolvimento humano ocorre durante a 
vida inteira e cada período é influenciado pelo que 
aconteceu antes e irá afetar o que virá depois. 
 Sugere também que cada fase tem sua importância, 
características e valores especiais. 
DENISE BOYD. 
A CRIANÇA EM CRESCIMENTO 
 O campo da ciência do desenvolvimento 
humano é a aplicação de métodos científicos 
ao estudo das mudanças relacionadas à idade no 
comportamento, no pensamento, na emoção e na 
personalidade. 
 Como tal, a ciência do desenvolvimento utiliza 
teorias e pesquisas de várias perspectivas 
disciplinares diferentes. Estas incluem psicologia, 
sociologia, antropologia e economia, assim como 
biologia e medicina. 
ORIGENS FILOSÓFICAS E CIENTÍFICAS 
As ideias dos primeiros filósofos sobre desenvolvimento humano foram 
derivadas de autoridades espirituais, orientações filosóficas gerais e 
lógica dedutiva. 
 
OS FILÓSOFOS se preocupavam em saber por que os bebês, que são 
muito parecidos, se tornam muito diferentes quando crescem, e 
estavam preocupados com as dimensões morais do desenvolvimento. 
 
NO SÉCULO XIX, as pessoas que queriam compreender melhor o 
desenvolvimento humano se voltaram para a ciência. 
ADULTOS EM MINIATURAS? 
 
Até o século XVII, as crianças não eram vistas como qualitativamente diferentes 
dos adultos, eram consideradas “adultos em miniaturas”, menores, mais fracas e 
menos inteligentes (ARIÈS, 1978); a adolescência não era compreendida até o 
início do século XX como um estágio do desenvolvimento com características 
próprias, diferentes dos outros períodos. 
 
 
 
 
 
 
 
The Bavia Children – Figura 1 
a pintura de crianças e adolescentes com vestimentas de adultos, confirmando a 
ausência da noção de desenvolvimento mencionada. 
21/03/2017 
7 
ORIGENS 
PECADO ORIGINAL LOUSA VAZIA BONDADE INATA 
atribuída ao filósofo 
Agostinho de Hippo do 
século IV, ensinava que todos 
os 
seres humanos nascem com 
uma natureza egoísta. Os 
defensores 
da visão do pecado original 
afirmavam que, para reduzir 
a influência dessa tendência 
inata para o egoísmo, pais e 
professores 
devem ajudar as crianças a 
realizar sua necessidade de 
renascimento espiritual e 
prover-lhes uma educação 
religiosa. 
John Locke 
se utilizou de uma ampla 
abordagem filosófica 
conhecida como 
empirismo ao afirmar que a 
mente de uma criança é uma 
lousa 
vazia. Segundo o empirismo, 
os seres humanos não 
possuem 
tendências inatas e todas as 
diferenças entre as pessoas 
são atribuíveis 
à experiência. Sugere-se que 
os adultos podem moldar as 
crianças conforme o que 
quiserem que elas sejam. 
Portanto, as diferenças entre 
adultos podem ser explicadas 
em termos de diferenças em 
seus ambientes de infância 
era a visão da proposta pelo 
filósofo suíço do século XVIII 
Jean-Jacques Rousseau. Ele 
afirmava que todos os seres 
humanos são naturalmente 
bons e buscam 
experiências que os ajudem a 
crescer. Rousseau acreditava 
que as crianças 
só precisam de nutrição e 
proteção para realizarem seu 
pleno potencial. 
SÉCULO XIX 
Charles Darwin G. Stanley Hall Arnold Gesell 
Darwin propôs que estudar o 
desenvolvimento 
das crianças poderia ajudar os 
cientistas a melhor compreender 
a evolução 
da espécie humana. Para esse 
fim, Darwin e outros cientistas 
com ideias afins 
mantinham registros detalhados 
do desenvolvimento inicial de 
seus próprios 
filhos (denominados biografias 
de bebês), na esperança de 
descobrir evidências 
que respaldassem a teoria da 
evolução 
queria descobrir modos mais 
objetivos 
de estudar o desenvolvimento. 
Ele achava que os 
desenvolvimentistas 
deveriam identificar normas, 
ou idades médias nas quais 
os marcos do 
desenvolvimento 
são alcançados. As normas, 
segundo Hall, poderiam ser 
utilizadas para aprender sobre a 
evolução da espécie assim como 
acompanhar o desenvolvimento 
de crianças individuais. 
Adolescencia como periodo de 
desenvolvimento único. 
utilizou o termo maturação 
para 
descrever esse padrão de 
mudança. Ele achava que o 
desenvolvimento determinado 
pela maturação ocorria 
independentemente da prática, 
treinamento ou esforço. Por 
exemplo, os bebês não precisam 
ser ensinados a andar – eles 
começam a andar sozinhos 
quando atingem uma certa idade. 
Por sua forte 
crença de que muitas mudanças 
desenvolvimentistas importantes 
são determinadas pela 
maturação, Gesell passou 
décadas estudando crianças e 
normas de desenvolvimento. Ele 
foi o pioneiro no uso de 
câmeras de filmagem e 
dispositivos de observação de via 
única para estudar o 
comportamento das 
crianças 
DOMÍNIOS 
 Mudanças no desenvolvimento denominadas: 
 O domínio físico inclui mudanças no 
tamanho, forma e características do corpo. 
 domínio cognitivo - as mudanças no pensamento, 
na memória, na resolução de problemas e em outras 
habilidades intelectuais 
 o domínio socioemocional inclui mudanças 
em variáveis associadas ao relacionamento de um 
indivíduo consigo mesmo e com os outros 
PERÍODOS DE DESENVOLVIMENTO 
 Pré-natal 
 Primeira infância 
Segunda infância 
 Terceira infância 
 Adolescência 
 Vida adulta 
 Velhice 
QUESTÕES-CHAVE NO ESTUDO 
DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 
 Debate natureza-experiência 
 Debate entre as contribuições relativas dos processos 
biológicos (lado da natureza) dos fatores experienciais 
(lada da experiência) no desenvolvimento. 
 Debate continuidade-descontinuidade 
 Debate sobre se as mudanças relacionadas à idade são 
primordialmente uma questão de quantidade ou grau (lado 
da continuidade) ou envolvem mudanças de tipo ou 
espécie (lado da descontinuidade). 
Natureza versus experiência 
 Natureza 
 A mudança se deve a forças internas dentro do indivíduo. 
 Tendências inatas 
 As crianças nascem com tendências a responder de certas 
maneiras. 
 Experiência 
 A mudança se deve a forças fora do indivíduo. 
 O efeito do ambiente depende da interpretação do 
indivíduo. 
21/03/2017 
8 
Métodos e modelos de pesquisa 
 Objetivos da ciência do desenvolvimento 
 Produzir explicações e previsões. 
 Resultados devem poder ser generalizados para indivíduos 
que não participaram do estudo. 
 Variedade de métodos e desenhos 
 Métodos descritivos 
 Método experimental 
 Modelos para estudar mudanças relacionadas à idade 
 Pesquisa intercultural 
Os objetivos da ciência do 
desenvolvimento 
 
 Descrever 
 Dizer o que acontece 
 Prever 
 Explicar 
 Dizer por que um determinado evento acontece. 
 Os cientistas do desenvolvimento se baseiam em teorias 
 Conjuntos de enunciados que propõem princípios gerais 
de desenvolvimento. 
 Influenciar o desenvolvimento das crianças 
Ética na pesquisa 
 Proteção contra danos 
 Consentimento informado 
 Sigilo 
 Conhecimento dos resultados 
 Engano 
A R R I E S , P H I L I P P E . H I S T Ó R I A S O C I A L D A 
C R I A N Ç A E D A F A M Í L I A . 2 ª E D . R I O D E 
J A N E I R O : L T C , 1 9 8 1 . 
 
HISTÓRIA SOCIAL DA 
CRIANÇA E DA FAMÍLIA 
21/03/2017 
9 
 Pieter Bruegel 
 RETRATO DE BRINCADEIRAS 
 1560 
CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA 
 Infância 
 Infante (origem latina) ausência de fala 
 “Por não falar, a infância não se fala e não se falando, 
não ocupa a primeira pessoa nos discursos que dela 
se ocupam. [...] Por isso é sempre definida por fora” 
(LAJOLO, 1997,P. 226). 
 
 
 
 
 
 
CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA 
 
 INFÂNCIA : Categoria histórica que possui 
 vários significados, os quais dependem das relações 
sociais, econômicas, políticas, históricas, culturais 
entre outras. 
 
 CRIANÇAS: Nas leis brasileiras são consideradas 
crianças os indivíduos com até 12 anos de idade 
incompletos. 
 
 
HISTÓRIA DA CRIANÇA 
Sabemos que a história da criança é registrada a partir do olhar dos adultos, 
pois a criança não pode registrar sua própria história. 
 
Se fosse o caso de darmos voz a essas crianças, certamente ouviríamos histórias de 
crianças relatando momentos de alegria,encontrados no amor da família, no 
direito respeitado, nos espaços para brincadeiras,enfim, nos encantos de sua 
vida, a partir da vivência de situações agradáveis e felizes. 
De outro lado: histórias de incompreensões sofridas, tristezas, atos de injustiça, 
violência física e moral, desamparo, enfim, os desencantos com a vida a que um 
grupo grande de crianças está exposto. 
 
indicação de que a infância não acontece da mesma forma para todas 
as crianças e as histórias se diversificam a cada experiência. 
CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA 
 Período do ciclo da vida que têm dimensões 
biológicas e culturais. 
 Idade cronológica não constitui critério valido de 
manutenção física. 
 Vai do nascimento até a puberdade (0 a 12anos 
ECA). 
 
 
 
CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA 
 SANTOS, 1996 
 Desenvolvimento biológico é universal, mas o recorte 
desse continuum obedece às diferenças do ritmo 
fisiológico e varia de indivíduo para indivíduo de 
acordo com o sexo. 
 Mais apropriado “infâncias” 
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CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA 
 Infância como Categoria Social 
 Final do Século XVIII e começo do Século XIX 
 Sociedade burguesa começa a perceber a criança 
como ser coletivo. 
 “Ainda não se poderá falar em um reconhecimento 
generalizado da sua identidade e de sua 
importância, já que esse processo de autonomização 
não ocorre da mesma maneira em todos os Países 
[...] (FARIAS, 2005, p. 56). 
CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA 
 PHILIPPE ARIÈS (1973) 
 Historiador francês, nasceu em 1914, em Blois, 
na região central da França, e viveu a maior parte de 
sua vida em Paris. Morreu em 1984. 
 História Social da Criança e da Família 
 Este livro custou dez anos de pesquisas, entre 1950 e 
1960. 
CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA 
PHILIPPE ARIÈS (1973) 
ARIÈS é considerado o precursor da história da 
infância, pois foi através de estudos realizados por 
ele com variadas fontes, como a iconografia religiosa 
e leiga, diários de família, dossiês familiares, cartas, 
registros de batismo e inscrições em túmulos, que 
surgem os primeiros trabalhos na área de história, 
apontando para o lugar e a representação da criança 
na sociedade dos séculos XII ao XVII. 
 ARIÈS (1981, p. 26) afirma: 
(...) é sempre, quer ou não, uma história comparativa e regressiva. Partimos 
necessariamente do que sabemos sobre o comportamento do homem de hoje, 
como de um modelo ao qual comparamos os dados do passado . com, a condição 
de, a seguir, considerar o modelo novo, construído com o auxílio dos dados do 
passado, como uma segunda origem, e descer novamente até o presente, 
modificando a imagem ingênua que tínhamos no início. 
PHILIPPE ARIÈS 
 Crianças são adultos em miniatura (roupas, 
expressões faciais), 
 A arte medieval “desconhecia” a infância 
 O sentimento de infância surge entre os séculos 
XIII e XVIII (temas religiosos. A infância se 
introduz na iconografia medieval). 
 Século XIII não existem crianças caracterizadas 
por expressão particular, e sim homens de 
tamanho reduzido. 
INFÂNCIA NO SÉCULO XI 
 PHILIPPE ARIÈS 
 As crianças foram tratadas como adultos em miniatura: na sua maneira de 
vestir-se, na participação ativa em reuniões, festas e danças. Os adultos se 
relacionavam com as crianças sem discriminação, falavam vulgaridades, 
realizavam brincadeiras grosseiras, todos os tipos de assuntos eram 
discutidos. 
Partindo de relatos e textos dos século XII ao XVIII, demonstra que as 
pessoas definiam a idade da criança como .... A primeira idade é a infância 
que planta os dentes, e essa idade começa quando nasce e dura até os sete 
anos, e nessa idade aquilo que nasce é chamado de enfant (criança), que 
quer dizer não falante, pois nessa idade a pessoa não pode falar bem nem 
formar perfeitamente suas palavras.... (ARIÉS, 1981, p. 36). 
 Nessa perspectiva, a fase da infância seria caracterizada pela ausência da 
fala e de comportamentos esperados a passagem da vida infantil para a 
vida adulta seria uma condição a ser superada: .... a passagem da criança 
pela família e pela sociedade era muito breve e muito insignificante para 
que tivesse tempo ou razão de forçar a memória e tocar a sensibilidade.... 
(ARIÉS, 1981, p. 10). 
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SÉCULOS XV E XVI 
 A Cena de gênero se desenvolveu 
 A criança se torna uma personagem mais frequentes 
nas pinturas: crianças com seus companheiros, com 
sua família... 
 Na vida quotidiana as crianças estavam misturadas 
com os adultos, para o trabalho, o passeio, o jogo. 
 
SÉCULOS XV E XVI 
 Os pintores gostavam de representar a criança por 
sua graça ou por seu pitoresco e se compraziam em 
representar a presença da criança dentro do grupo 
ou da multidão. Século XV – o retrato e o Putto 
 Século XVI- retrato da criança morta (aparece nas 
sepulturas de seus mestres) 
 Durante esse Século- surge o retrato da criança 
morta. 
Século XVII 
Foram séculos de altos índices de mortalidade e de práticas de infanticídio. As crianças eram jogadas 
fora e substituídas por outras semsentimentos, na intenção de conseguir um espécime melhor, mais 
saudável, mais forte que correspondesse às expectativas dos pais e de uma sociedade que estava 
organizada em torno dessa perspectiva utilitária da infância. 
O sentimento de amor materno não existia, como uma referência à afetividade. A família era social 
e não sentimental. 
 
“uma vizinha, mulher de um relator, tranqüilizar assim uma mulher inquieta, mãe de cinco .pestes., e 
que acabara de dar à luz:.Antes que eles te possam causar muitos problemas, tu terás perdido a 
metade, e quem sabe todos..... (ARIÈS, 1981, p. 56).” 
 
Assim, as crianças sadias eram mantidas por questões de necessidade, mas a mortalidade também era 
algo aceito com bastante naturalidade. 
 
Outra característica da época era entregar a criança para que outra família a educasse. O retorno para casa 
se dava aos sete anos, se sobrevivesse. Nesta idade, estaria apta para ser inserida na vida da família e 
no trabalho. 
Século XVII 
Surge a preocupação da Igreja em não aceitar 
passivamente o infanticídio, antes secretamente 
tolerado. 
Preservar e cuidar das crianças seria um trabalho 
realizado exclusivamente pelas mulheres, no caso, as 
amas e parteiras, que agiriam como protetoras dos 
bebês, criando uma nova concepção sobre a 
manutenção da vida infantil, ....como se a 
consciência comum só então descobrisse que a alma 
da criança também era imortal. 
 Surgiram medidas para salvar as crianças. As 
condições de higiene foram melhoradas e a 
preocupação com a saúde das crianças fez com que 
os pais não aceitassem perdê-las com naturalidade. 
 
 No século XIV, devido ao grande movimento da 
religiosidade cristã, surge a criança mística ou 
criança anjo; ....essa imagem da criança associada ao 
Menino Jesus ou Virgem Maria, causa consternação, 
ternura nas pessoas.. 
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SÉCULO XVII 
 Nasce o sentimento da infância 
 Início do interesse pela criança 
 Retratos de crianças sozinhas e retrato de crianças 
em família em que a criança era o centro 
 Registro da linguagem infantil. 
TESE DE ARIÉS 
 A civilização medieval não percebia um período 
transitório entre a infância e a idade adulta. As 
crianças eram percebidas como adultos em 
miniatura. 
 
 A infância era apenas uma fase sem importância e 
não fazia sentido fixar lembranças. 
 
 Ausência do sentimento de Infância na Idade Média. 
 
 O que é natural é considerado normal. O normal 
correspondia à ideia de que a norma é o que há de 
comum, aceitável. O anormal é entendido como 
inaceitável. 
 Existem muitas infâncias distintas entre si por 
condição social, por idade, sexo, pelo lugar onde a 
criança vive, pela cultura, pela época, pelas relações 
com os adultos. 
A construção das infâncias REFERÊNCIAS 
 ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da 
Família. Rio de Janeiro: LTC, 1981. 
 HEYWOOD, Colin. Uma História da Infância: da 
Idade Média à Época Contemporânea no Ocidente, 
trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artemed, 
2004. 
 FARIAS, G; DERMATINI, Zelia de Brito Fabri; 
PRADO, Patricia Dias (orgs) Por uma cultura da 
infância : metodologia de pesquisa com criança. 
Campinas São Paulo : Autores Associados, 2005. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 BRUEGEL, Pieter, o Velho. Jogos Infantis. 1560. 
Óleo sobre madeira. 118 x 161 cm. 
 Kunsthistorisches Museum, Viena; 
 ________. O Banquete de casamento 
camponês. 1568. Óleo sobre madeira. 114 x 
 164 cm. Kunsthistorisches Museum, Viena;

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