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Resposta do questionário aplicado nos Centros de Saude – EN555 
 
Introdução de outros alimentos para um lactente em aleitamento materno 
exclusivo. Como se dá o processo e sua importância. 
 (Devem consultar o Manual do MS sobre Aleitamento materno e alimentação 
complementar) 
 
A introdução de novos alimentos deve acontecer após o sexto mês de vida 
(geralmente este processo se inicia entre o quinto e o sexto mês), oferecidos de forma 
lenta e gradual, introduzindo um alimento de cada vez (em pequenas quantidades e 
separados no prato) e observar se houve intolerância ou não (possíveis reações são 
observadas dentro de 3 a 7 dias). Deve-se buscar manter o leite materno até os dois anos 
de idade. 
As papinhas salgadas devem conter pelo menos um alimento pertencente aos 
principais grupos: carnes, hortaliças sem e com folhas, feculentos, cereais e 
leguminosas. Deve-se cozinhar os alimentos juntos e amassá-los com garfo, tentando 
deixar a papa o mais consistente que a criança aceitar. Não utilizar liquidificador, pois 
destrói as fibras dos alimentos e deixa a consistência liquida. Se a criança estiver 
recebendo leite materno, os alimentos devem ser dados cerca de três vezes por dia. Caso 
não esteja, deve receber cinco vezes por dia. No inicio oferecer duas papas de frutas + 
uma papa salgada, a partir do sétimo mês oferecer duas papas salgadas. 
Geralmente a introdução se dá com suco pela manhã, posteriormente suco + 
papa de frutas e depois é introduzida a papa salgada no almoço e, posteriormente, no 
jantar. No entanto, a seqüência na qual os alimentos são introduzidos não é tão 
importante, mas sim, como já dito, que seja oferecido um alimento de cada vez para que 
o bebê conheça os diferentes sabores e os pais possam identificar com facilidade 
alergias e intolerâncias. 
Oferecer o alimento a criança cerca de nove vezes, pois ela esta se acostumando 
com os novos sabores e texturas. 
O mel deve ser evitado no 1º ano de vida, pois pode comprometer o aleitamento 
materno e tem o risco de conter esporos do Clostriduim botulinium, responsável pelo 
Botulismo. 
A introdução de novos alimentos é importante por vários motivos: 
1. No segundo semestre o leite sozinho não é capaz de prover todos os nutrientes 
(particularmente proteínas, vitaminas A, D, C, acido fólico, ferro), energia (calorias) e 
fibras vegetais (indigeríveis). Daí a necessidade da introdução de alimentos não lácteos. 
2. É necessário para o desenvolvimento da criança entrar em contato com novos 
sabores, novas texturas, temperaturas e cores. 
3. O processo estimula a mastigação, promovendo o desenvolvimento dos músculos 
faciais e da fala; 
4. Há a introdução de fibras, as quais são importantes para a fisiologia intestinal. 
 
 
Quando a criança não mama no peito, como deve ser a diluição do leite de vaca ou 
do leite em pó oferecido a ela? 
Crianças menores de 2 meses: 
Leite em pó = 7,5% = 3 colheres de sopa rasa para cada 200ml de água previamente 
fervida. 
Leite de vaca = 50ml de leite para 50ml de água. 
Crianças maiores que 2 meses e menores que 5 meses 
Leite em pó = 10% = 2 colheres de sopa para cada 100ml de água. 
Leite de vaca = 2/3 de leite para 1/3 de água 
Crianças maiores que 5 meses: 
Leite em pó = 3 colheres de sopa para cada 100ml de água 
Leite de vaca = leite sem diluiçao 
 
Considerações a respeito do gráfico de crescimento e avaliação da criança. 
 Observa-se a curva de peso (após ter pelo menos três medidas), a qual deve estar 
ascendente e mantendo-se entre os percentis 10 e 90. 
Para a avaliação do crescimento individual de uma criança não se deve 
considerar apenas medidas isoladas, mas sim um comparativo entre medidas regulares e 
considerar acontecimentos importantes na vida da criança: adoecimento, mudanças, 
separação. Deve-se considerar também as medidas de estatura e perímetro cefálico. 
Sempre observar a posição do peso em relação aos percentis superior e inferior 
e o sentido/inclinação do traçado da curva: 
Posição do peso Inclinação da curva Condição do crescimento 
>P 97 Ascendente obesidade 
Entre P90 e P10 Ascendente Satisfatório 
Entre P90 e P10 Horizontal ou descendente Alerta 
Entre P 10 e P3 Ascendente Alerta 
Entre P 10 e P3 Horizontal ou descendente Insatisfatório: classificar 
como risco nutricional 
Entre P 3 e P 0,1 Ascendente, horizontal ou 
descendente 
Peso baixo 
Abaixo de P 0,1 sem 
presença de sinais clínicos de 
desnutrição 
Ascendente, horizontal ou 
descendente 
Peso muito baixo 
< P 0,13 com sinais clínicos 
de formas graves de 
desnutrição 
Ascendente, horizontal ou 
descendente 
Desnutrição proteico-
calórica: marasmo, 
Kwashiorkor ou formas 
mistas (encaminhamento 
para serviços de maior 
complexidade) 
 
Posição da linha: representa o traçado de crescimento da criança: entre os 
percentís 90 e 10, corresponde ao caminho da saúde. 
Sentido do traçado da curva da criança (ascendente, horizontal ou 
descendente): no preenchimento, deve ser desenhada em linha contínua a partir da 
ligação de dois ou mais pontos com intervalos não superiores a dois meses. Intervalos 
maiores devem ser desenhados com linha pontilhada para chamar a atenção. Nem 
sempre a linha ascendente significa que a criança esteja bem, pode ser que ela esteja 
com o peso abaixo do considerado normal. Pode ser devido infecção e outras doeças, 
mudança de ambiente, escola, separação dos pais. 
 
O que deve ser oferecido para prevenir anemia em uma criança em aleitamento 
materno exclusivo? 
O Ferro do leite materno humano é bem absorvido, não sendo necessária a 
complementação. Qualquer outro alimento que for introduzido prejudica essa absorção. 
Além disso, a ingestão de ferro suplementar satura a lactoferrina (proteína presente no 
leite humano que se liga ao ferro e assim não o deixa disponível para as bactérias 
intestinais, impedindo o crescimento de bactérias patogênicas) e assim bloqueia um dos 
mais poderosos fatores de proteção do leite humano. 
Bebês prematuros, cuja demanda de ferro é maior, têm necessidade de 
suplementação, geralmente com sulfato ferroso 2 mg/kg/dia, após a quarta semana de 
vida, mesmo em aleitamento materno exclusivo. 
Após o sexto mês é necessário a introdução de outros alimentos, que irão conter 
ferro. 
Obs: Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) - Para crianças com 
risco – Indicado para crianças de 6m a 18 m e quando a criança estiver com 4 meses e 
já ter inserido alimentaçao complementar. 
 
O que é anemia e quais os prejuízos acarreta para a criança. 
Anemia é um estado no qual uma deficiência no tamanho ou número de 
eritrócitos ou na quantidade de hemoglobina que eles contêm, o que limita a troca de 
oxigênio e gás carbônico entre o sangue e as células do tecido. Os prejuízos para as 
crianças são: alterações funcionais sobre a capacidade mental (linguagem e 
aprendizagem), imunológica, cardiovascular, endócrino e na atividade física 
(coordenação), bem como comprometimento de crescimento e desenvolvimento. 
Normalmente se apresenta descoramento, palidez das mucosas e pele, bem como 
fatigabilidade, astenia e palpitações. 
Observação: Acido ascórbico ou conhecida vitamina C = Aumenta a absorção de 
ferro quando oferecido junto com os alimentos. 
 
Por que uma criança fica anêmica? Descreva os tipos de anemia 
 
A criança está mais susceptível a apresentar anemia devido a ter uma demanda 
fisiológica aumentada de ferro (elevada velocidade de crescimento e necessidades 
metabólicas maiores) e, assim, ser mais sensível a questões relacionadas a alimentação 
(desmame precoce, introdução de dietas basicamente lácteas, baixa oferta de alimentos 
ricos em ferro heme, vegetarianismo, substituição de refeições por leite artificial, baixa 
oferta de vegetais). Alem disso, a alimentação saudável passa a ser substituída por 
alimentosde fast food, com baixo teor de ferro e alto de gordura. 
As anemias são classificadas com base no tamanho da célula e conteúdo de 
hemoglobina, sendo macrociticas, microciticas, hipocromicas e normociticas e 
normocromicas. Em sua maioria são causadas por falta de nutrientes exigidos para a 
sínteses normal dos eritrócitos, principalmente ferro, vitamina B12 e acido fólico. 
Outras resultam de um certo numero de estados tais como hemorragia, anormalidades 
genéticas, doenças crônicas, toxidade por drogas. 
Existe dois tipos de ferro: Heme – proveniente dos alimentos de origem animal, 
absorvido cerca de 15 a 35% pelo corpo; Não Heme – proveniente de alimentos de 
origem vegetal. 
Anemia Ferropriva: caracterizada pela produção de eritrócitos pequenos 
(microcitica) e um menor nível de hemoglobina circulante. Trata-se do ultimo estagio 
da deficiência de ferro em função de: 1) perda crônica de sangue, tal como casos de 
ulcera péptica que sangra, horroidas, parasitas; 2) Absorção e ingestão deficiente de 
ferro, resultando de uma dieta pobre neste ou de distúrbios gastrointestinais crônicos 
tais como diarréia, acloridia ou doença intestinal, alergia ao leite de vaca; 3) Maior 
requisito de ferro do volume de sangue aumentado, como se observa na infância, 
adolescência e gravidez. Doenças crônicas e quadros infecciosos agudos graves também 
podem levar a anemia. 
 Anemia Falsiforme: anemia hemolítica grave, na qual a hemoglobina 
defeituosa faz com que os eritrócitos tenham o formato de foice. Os eritrócitos tem vida 
curta e seu formato faz com que se tornem mais rígidos, alojando-se nos pequenos vasos 
e obstruindo o fluxo sanguíneo. Ocorre mais freqüentemente em certos grupos raciais 
(cor parda e negra) e se manifesta clinicamente em pessoas hemozigoticas para o gene. 
Trata-se de uma alteração sanguínea de caráter genético. Geralmente diagnostica no 
final do primeiro ano de vida e tem graus de gravidade que variam conforme a 
quantidade de hemoglobina anormal e numero de eritrócitos com o formato 
característico. 
 Anemia Expoliativa: Resultado da perda intestinal de ferro devido infestação 
de parasitas, verminoses e alergia ao leite de vaca. 
 Anemia Megaloblastica: Refletem síntese alterada do DNA, que resulta em 
mudanças funcionais e morfológicas nos eritrócitos, leucócitos, plaquetas e seus 
precursores no sangue e na medula óssea. Geralmente causada por uma deficiência de 
vitamina B12 ou acido fólico, sendo ambas essenciais na síntese das nucleoproteínas. 
As mudanças hematológicas são as mesmas nos dois casos, entretanto, a deficiência de 
acido fólico e a primeira a surgir. As reservas normais de folato do corpo ficam 
esgotadas dentro de 2 a 4 meses com uma dieta deficiente em folato, ao passo que as 
reservas de vitamina B12 se esgotam somente depois de vários anos. 
 
Alimentos ricos em ferro: fígado bovino e outros miúdos de carne, carnes, 
leguminosas (feijão e lentilha), verduras e legumes (espinafre, couve, folhas de abóbora, 
brócolis, ervilha seca, gema de ovo, cereais integrais (aveia). As frutas cítricas auxiliam 
na absorção. Camarão e ostras também são ricos em ferro, bem como vários vegetais 
com folha verde-escura. 
 
Qual é a dose diária de sulfato ferroso a ser oferecido a uma criança anêmica? Por 
quanto tempo deve ser este tratamento? (De acordo com Ministério da Saúde e 
Programa Nacional de Ferro - 2013) 
Bem, pessoal, aqui realmente é difícil ter uma resposta padrão, afinal, a literatura 
e os protocolos advindos dela são variados, embora semelhantes. 
Caso se tratasse de uma questão preventiva (prematuros ou desmame precoce), seria 
1mg/kg/dia após os dois meses de vida até 01 ano. Como a questão se trata de uma 
criança anêmica (quadro já instalado), a dose diária é de 5 mg/kg/dia. O tratamento deve 
ser feito por, no mínimo, 3 meses. 
Em caso de profilaxia em crianças a partir dos seis meses a 24 meses oferecer 
1mg/kg/dia ate completar 24 meses. 
Crianças em aleitamento materno exclusivo so devem receber suplementos a partir do 
sexto mês de idade. Se não estiver em aleitamento materno exclusivo a suplementação 
pode começar a partir dos quatro meses juntamente com alimentação complementar. 
- Recém nascido a termo, com peso adequado para IG em AM = 1mg/kg/dia a 
partir do sexto mês ate o 24º mês de vida. 
- Recém nascido pré-termo e recém nascido de baixo peso ate 1.500g = 2mg/kg/dia 
durante um ano. Após esse prazo oferecer 1mg/kg/dia por mais um ano. 
- Recém nascido pré-termo com peso entre 1500g e 1000g = 3 mg/kg/dia durante 
um ano. Posteriormente 1mg/kg/dia por mais um ano. 
- Recém nascido pré-termo com peso menor que 1000g = 4mg/kg/dia durante um 
ano. 
OBS: crianças menores de dois anos não pode ultrapassar 60mg de sulfato ferroso 
prescrito. 
Acompanhamento: Realizar controle laboratorial após dois meses de efetivo 
tratamento. Se a hemoglobina estiver normal, prosseguir com mais 30 dias de 
tratamento. Se houver elevação da hemoglobina, porém inferiores a 12 e persistirem as 
alterações morfológicas, administrar por mais 60 dias. Se não houver elevação 
significativa da hemoglobina, reavaliar o tratamento e o diagnóstico. 
 
 
Qual é o melhor modo de dar sulfato ferroso, efeitos colaterais e outra medicação 
que pode substitui-lo em caso de intolerância 
O sulfato ferroso pode ser diluído em água ou sucos de frutas cítricas e deve ser 
dado antes das refeições para melhor absorção (uma hora antes ou uma hora após as 
refeições). Os sucos de frutas cítricas bem como os vegetais cozidos facilitam a 
absorção de ferro, auxiliando no tratamento. Ao passo que a ingestão de chá mate ou 
preto e leite, após alimentação, diminuem a sua absorção. 
A dose diária pode ser oferecida/dividida em duas vezes para facilitar a 
aceitação da criança. Ou ainda, pode-se ir oferecendo gradativamente até atingir a dose 
prescrita, conforme a aceitação da criança (começar com menos gostas por dia até 
atingir a dose prescrita). 
É contra-indicado nos casos de hipersensibilidade ao componente ativo da 
fórmula, nos casos de pacientes portadores de hepatite aguda, hemosidirose, 
hemocromatose, anemia hemolítica aguda, ulceras gástricas duodenais, tuberculose 
ativa, gastrenterites e insuficiência hepática. O sulfato ferroso e outros sais de ferro não 
devem ser administrados aos pacientes recebendo repetidas transfusões de sangue. 
Pode apresentar como efeitos colaterais: diarréia, fezes escuras e escurecimento 
dos dentes. O que passa com um tempo, após a suspensão do uso. 
Caso o paciente tenha intolerância, podem ser indicados preparados à base de 
succinato ferroso, pois causa menos reações do que o sulfato ferroso (Noripurum - 
Medicamento de Hidróxido de Ferro III Polimaltosado – administrado após as refeições. 
Se for endovenoso e ocorrer extravasamento mancha a pele). 
Os sucos de frutas cítricas (devido vitamina C) bem como os vegetais cozidos 
facilitam a absorção de ferro, auxiliando no tratamento. Ao passo que a ingestão de chá 
mate ou preto e leite, após alimentação, diminuem a sua absorção. 
 
Crescimento 
Crescer significar aumentar a superfície. Crescimento é o aumento de massa que 
se consegue porque as células incorporam substâncias e aumentam o seu tamanho, se 
reproduzem e se multiplicam, aumentando o seu número total no organismo. Envolve, 
assim, processos de hipertrofia (aumento do tamanho celular) e hiperplasia (aumento do 
número de células). 
 
Como sabemos que uma criança está crescendo? 
Podemos identificar se uma criança está crescendo através do exame físico 
(peso, idade, estatura/comprimento) e avaliação da curva de crescimento (traçando uma 
trajetória ascendente). 
 
Desenvolvimento 
 Processo continuo, dinâmico, progressivo. Significa aquisição ou 
aperfeiçoamento de funções orgânicas, capacidade cognitiva, emocional ou social. O 
desenvolvimento é diferenciação,é aquisição de funções. Significa o aumento da 
capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas. Envolve o 
crescimento também. 
 
Como se consegue avaliar o desenvolvimento de uma criança 
 Deve-se observar as atitudes dessa criança levando em consideração: domínio 
psicomotor, ajustes psicossociais, conquista da capacidade de comunicar-se através da 
linguagem, bem como através da aplicação de testes específicos para cada faixa etária. 
Existem os marcos do desenvolvimento, os quais foram estabelecidos através de 
pesquisas que delimitaram as habilidades esperadas para cada faixa etária. 
 
15. Quais são os tipos de desenvolvimento que observamos em uma criança? 
! Desenvolvimento psicomotor: conquista do individuo sobre o meio ambiente (é 
produto do amadurecimento, estimulo, aprendizagem), adaptação social, 
comunicação e alimentação. 
! Desenvolvimento psicossocial: controle dos esfíncteres, aceitação de limites e 
brincadeiras, intelectual. 
! Capacidade de comunicação, aquisição de linguagem. 
Obs: Lembrar das características do desenvolvimento de Freud, Piaget e Gesell. 
 
 
Momentos de crescimento mais acelerado em um indivíduo/ Ganho de peso 
esperado no primeiro ano de vida: 
- São eles o estágio pré-natal, os dois primeiros anos de vida (não está incorreto 
considerar como os três primeiros anos, o que é trazido por algumas literaturas) e a 
adolescência. 
- Nos primeiros dias de vida, há uma perda normal de até 10% do peso do nascimento, o 
qual deve estar recuperado no décimo dia de vida. O peso dobra aos 4 para os 5 meses, 
triplica com 1 ano e quadruplica com 2 anos de idade. 
- Se um bebê que nasceu com 3 kg (média) ganhar 1 kg todos os meses, ao final de 1 
ano ele estará pesando... 15 kg. A média de peso esperada para 1 ano de idade é de 9 kg 
(em média, segundo a mais recente tabela de 2006 da OMS). Assim, em 1 ano, esse 
bebê tem que ganhar 6 kg. E se nos primeiros 3 meses ele ganhou 2 a 3 kg, sobram 3 a 4 
kg para ele ganhar nos próximos 9 meses. Assim, fica matematicamente comprovado 
que o bebê deve diminuir (e muito) seu ganho de peso mensal para que ele não inicie, 
desde muito cedo, seu processo de obesidade infantil. 
 
Quais são as respectivas freqüências respiratórias consideradas limítrofes para 
crianças de: 2 meses, 9 meses e 3 anos? 
Para as crianças de 2 meses a freqüência respiratória varia de 30 a 60rpm; 2 meses até 1 
ano: 35 a 50rpm e acima de 1 ano até 5 anos: 25 a 40 rpm. 
 
O que é parasitose: 
 Parasitose é a infestação de um organismo por parasitas, cuja patogenicidade 
pode variar dependendo da fase evolutiva do mesmo. Na doença que surge através de 
uma relação de parasitismo entre o homem e um parasita, o segundo se beneficia 
enquanto causa danos ao primeiro. 
 A ação patogênica dos parasitas é muito variável, resultando em danos ao 
hospedeiro que podem assim se manifestar: 
• ação expoliativa (o parasita absorve nutrientes ou sangue do hospedeiro); 
• ação tóxica (produção de enzimas ou metabólitos que podem lesar o 
hospedeiro); 
• ação mecânica (impedem o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar); 
ação traumática (provocada principalmente pelas formas larvárias); 
• ação irritativa (presença constante do parasita); 
• ação enzimática (ex: penetração da pele pelas cercárias) e 
• anóxia (qualquer parasita que consuma oxigênio ou produza anemia é capaz 
de causar anóxia generalizada). 
 As parasitoses podem ser disseminadas mais facilmente ou propiciadas por 
condições ambientais, pela presença de hospedeiros intermediários e vetores que tornam 
viáveis as transmissões. 
 
 Síndrome de Loefler: 
 Trata-se de um quadro pulmonar desencadeado pela passagem das larvas de 
alguns helmintos pelos alvéolos, causando pontos hemorrágicos, um processo 
inflamatório e repercutindo em sintomas pulmonares como tosse produtiva, com 
expectoração de muco (o qual pode ser sanguinolento e conter larvas), dispnéia, 
broncoespasmo e edema pulmonar. Além isso, pode ocorrer febre e manifestações 
alérgicas com infiltrado eosinofílico. Este quadro é chamado ainda de pneumonia 
eosinofílica simples, o que também pode ser desencadeado pode determinados 
medicamentos, fumaças químicas e infecções fúngicas, além das parasitárias. 
 Esse ciclo de desenvolvimento parasitário com fase pulmonar é chamado de 
“ciclo de Loss”. São exemplos de parasitas que realizam tal ciclo: A lumbricoides e 
Strongiloides stercoralis. 
 São ingeridos ovos dos parasita, estes podem eclodir no interior do intestino 
delgado, liberando larvas, que atravessam a parede intestinal, alcançando a veia cava 
inferior e migrando aos alvéolos pulmonares. Assim, sobem a árvore brônquica e 
traquéia, chegando até a faringe. 
Sintomas: Tosse seca, febre baixa, dispnéia e mais raramente pode ocorrer 
anorexia, urticaria, hemoptise e mialgia. Esses podem surgir entre 10 e 16 dias. 
Tratamento: Prednisona (Corticóide sistêmico), drogas anti-helmínticas. 
 
 
Por que orientamos as mães, nas consultas de Puericultura, quanto ao banho de sol 
das crianças? 
 Os raios ultravioletas A são benéficos porque ativam a pró-vitamina D existente 
na pele, transformando-a em vitamina D3 que será absorvida e distribuída pelo sangue 
(Os raios UVA são benéficos, proporcionando a ativação da vit D cutânea e o 
bronzeamento, enquanto que os UVB causam as queimaduras solares). Em caso de 
carência de vitamina D, não há absorção e incorporação suficientes dos sais minerais, 
especialmente cálcio e fósforo, contidos na dieta. Com isso os ossos e tecidos 
conjuntivos continuam moles e o esqueleto não atinge o amadurecimento e a 
consistência necessária. O aproveitamento da vitamina D cutânea é maior que o que se 
poderia oferecer através de dieta. Esta vitamina é de grande importância ao crescimento 
ósseo da criança, prevenindo o surgimento de raquitismo. 
 Logo, a exposição ao sol tem a função específica de favorecer, via 
transformação da pró-vitamina D em vitamina D, o metabolismo do Ca e F, 
possibilitando a adequada mineralização óssea, crescimento de esqueleto e, 
conseqüentemente, órgãos. 
 O banho de sol deve ser realizado no início da manhã (até as 10h) e final da tarde 
(após 16h), períodos em que a incidência de raios solares UVB é menor. As exposições 
deverão ser progressivas, inicialmente com um máximo de cinco minutos, sendo que a 
cada dia se aumentará um pouco, chegando ao máximo de 20 a 30 minutos. O tempo 
deve ser dividido de forma que fique metade de frente e a outra de costas. De 
preferência usar poucas roupas (melhor se não usá-las) ou apenas camiseta leve, 
protegendo olhos e cabeça. Excesso de poluição ambiental e vidros interferem na 
passagem dos raios solares. 
 Além disso, o sol atua como cicatrizante (dermatite de fralda), elimina 
microorganismos patogênicos na pele do bebê e auxilia a degradação e eliminação de 
bilirrubina impregnada na pele, em caso de icterícia fisiológica do recém-nascido. 
 
Tratamento de pediculose na rede básica de saúde: 
O tratamento para pediculose é o seguinte: 
 Benzoato de benzila em diluição 1:1. O que deve ser aplicado no couro cabeludo e 
mantido por uma hora. Após, enxaguar com água e em seguida aplicar vinagre morno 
ou salmora, passar o pente fino e aguardar. 
 Este processo deve ser refeito por 3 dias e o tratamento deve ser repetido após 7 
dias. 
 Orientações importantes: 
• Ao aplicar o medicamento, devem ser protegidos boca e olhos; 
• Retirar manualmente os piolhos e lêndeas com o pente fino; 
• Todas as pessoas que tiverem contato deverão ser examinadas e as que se 
apresentarem infestadas deverão ser tratadas; 
• Trocar roupas de cama, banho e pessoal diariamente, enquanto durar o 
tratamento. Lavar e ferver as roupas ou passar com ferro quente; 
• Orientar o usuário para lavagem das mãos antes e após a aplicação do 
medicamento;• Manter unhas curtas e limpas; 
• Para facilitar o tratamento é aconselhável cortar o cabelo; 
• Estar atento a possíveis reações de hipersensibilidade pelo uso do 
medicamento. 
 
Obs: Medicamento Permetrina (Kwell) – mais eficiente, mas não esta disponível na 
UBS . 
Medicamento Ivermectina – Também usado na rede básica de saúde. 
 
Tratamento de escabiose na rede básica de saúde: 
 Benzoato de benzila diluído em água, na proporção de 1:1 (menores de 10 anos, a 
diluição deve ser 1:4). Este deve ser aplicado em todo o corpo, do pescoço para baixo, 
após o banho, 3 noites seguidas. Repetir após uma semana. Algumas orientações são 
importantes: 
• Trocar roupas de cama, de banho e pessoal, diariamente, enquanto durar o 
tratamento. 
• Lavar e ferver roupas ou passar o ferro quente. 
• Crianças menores de um ano ou com infecção secundária associada devem 
ser encaminhadas ao médico. 
• Tratar os comunicantes domiciliares. 
• Lavagem das mãos antes e depois da aplicação do medicamento. 
• Manter as unhas curtas e limpas. 
• Estar atento a possíveis reações pelo uso do medicamento (tontura, fadiga, 
cefaléia e dermatites). 
• Crianças menores de 1 ano ou com infecção secundária devem ser 
encaminhadas ao médico. 
 
Obs: Medicamento Permetrina (Kwell) – mais eficiente, mas não esta disponível na 
UBS . Deve ser usado em todo o corpo, deixar agir por 8 a 12h e remover, em 
caso de crianças menores de 1m deixar por 6h. Recomendado repetir após uma 
semana. 
Medicamento Lindano – foi retirado do mercado devido neurotoxidade e 
hepatotoxidade. 
Medicamento Ivermectina – Também usado na rede básica de saúde. 
 
 
Tratamento para dermatite de fraldas e candidíase perineal 
Pode começar como dermatite de fralda, a expressão dermatite da área da fralda 
está relacionada a um conjunto de dermatoses inflamatórias que atingem a região do 
corpo coberta pela fralda (períneo, nádegas, abdômen inferior e coxas). Dentre as 
doenças relacionadas pelo uso da fralda são: dermatite irritativa primária da área das 
fraldas; dermatite de contato alérgica ao material plástico da fralda (muito rara); as 
dermatites exacerbadas pelo uso da fralda (como psoríase, dermatite atópica, dermatite 
seborréica, miliária, candidose, dermatite de contato alérgica). A primeira dermatite 
mencionada, consiste em uma irritação de pele causada pelo contato com a urina (possui 
uréia que se transforma em amônia e essa provoca a irritação) e/ou fezes retidas na 
fralda, que pode favorecer infecção secundária por Cândida albicans e Sthaphylococcus 
- complicação. Vale lembrar que a pele molhada causa fricção contra a fralda e permite 
crescimento de bactérias. Alguns outros fatores podem ser a causa dessa dermatite, 
como: fricção durante a troca de fralda e limpeza do períneo, alteração da camada de 
barreira transepidérmica (ocorre uma disfunção de lipídios que permite a perda 
excessiva de água pela epiderme), além da infecção mencionada acima pela Cândida e 
Sthaphylococcus. 
 As características das dermatites leves, identificadas no paciente em questão, 
são pequenas lesões em pápulas com hiperemia, de aspecto brilhante, edemaciadas e em 
descamação, ficando restrita a área da fralda, principalmente em área conhecida em 
“W”, ou seja, em locais de pregas. 
O tratamento: Troca das fraldas freqüentemente, limpando a região perineal com 
água morna e secar (de preferência com algodão devido a pele ser muito sensível – risco 
de fricção) e, após, aplicar Nistatina (creme vaginal) na região por 7 a 10 dias. Além 
disso, é importante manter higiene adequada, não utilizar lenços umedecidos a base de 
álcool (na linha “johnson’s baby” tem lenço umedecido sem álcool); a cada troca de 
fralda lavar o períneo mas sem utilizar sabonete (interfere na barreira de pele); usar 
cremes de barreira (óxido de zinco - simula a função da pele ao formar a barreira 
protetora contra os agentes irritantes e os microorganismos – deve ser retirado com o 
uso de óleos, pois a fricção causa irritabilidade na pele – Pode associar hidrocortisona a 
1% em caso do creme de barreira não ter efeito, porém se não obtiver resultado deve-se 
aplicar antes do creme de barreira a nistatina (antibiótico tópico perineal usado no caso 
de infecção) ou nitrato de miconazol, pois apresentam em sua composição ação 
antifúngica); cuidados com as fraldas (capacidade de absorção) e banho de sol na região 
perineal. 
 
 
Orientações que podem ser dadas às mães sobre cólicas do lactente 
 A mãe deve ser orientada a não oferecer chás à criança, já que não existe 
nenhuma base científica ou eficiência comprovada do uso de chá para o alívio das 
cólicas. Além disso, a ingestão de chás pode prejudicar o aleitamento materno seja pelo 
volume oferecido (o qual pode suprimir mamadas, diminuindo a freqüência da sucção 
ao seio) seja por provocar confusão de bicos quando oferecido em mamadeira. Além 
disso, ocorre o aumento do risco de infecções devido ao bico contaminado. 
A mãe pode ser orientada a mudar o bebê de posição, mantê-lo de barriga para 
baixo (colo ou deitado sobre o ventre de um adulto), massagear o abdome com 
movimentos circulares, fazer exercícios com os MMII do bebê (flexão e extensão em 
direção ao abdome), aquecimento do abdome com bolsa de água quente ou com uma 
fralda quente (aquecida com ferro), lembrando de manter a temperatura adequada à 
criança (dependendo da capacidade de entendimento da família, nem dar este tipo de 
orientação devido ao risco de queimaduras). Além disso, deve favorecer a eructação 
após as mamadas. 
Colocar o bebê em decúbito lateral direito, o que facilita o esvaziamento 
gástrico. 
Outra orientação seria dizer a mãe para manter-se calma, pois trata-se de algo 
transitório na vida do bebê, desaparecendo por volta de 3 ou 4 meses de vida. 
 
Orientações que podem ser dadas às mães sobre higiene pessoal e de vestuário do 
bebê/criança 
 
São muitas orientações, logo, não devem ser dadas de uma vez! De preferência, é 
sempre interessante ter algo por escrito para que a mãe leve para casa e/ou ter encontros 
frequentes com a mãe para conversar sobre suas dúvidas, reforçar orientações e oferecer 
novas informações: 
• A mãe deve ser orientada quanto à importância da higiene e vestuário 
adequado. Deve estimular a criança a realizar sua higiene, sempre que 
possível, e de acordo com a faixa etária e mostrar a ela essa importância 
(Crianças menores precisam ser acompanhadas, supervisionadas sempre! 
Algumas mães deixam, por exemplo, crianças de 3, 4 anos escovarem os 
próprios dentes sem supervisão, o que, em pouco tempo, leva ao 
desenvolvimento de cáries devido má higiene). 
• A cada troca de fraldas a mãe deve fazer a higienização do bebê com 
algodão ou fralda embebida em água morna e secar. 
• Para evitar o surgimento de assaduras, deve realizar a troca de fraldas 
periodicamente, evitando mantê-la suja ou úmida por muito tempo em 
contato com a pele do bebê. 
• Deve-se lavar (com sabonete – enfatizar) as mãos antes e depois da troca de 
fraldas. 
• Quando a criança já tem o controle dos esfíncteres, a mãe deve orientá-la a 
realizar a limpeza adequada da região perineal e lavar as mãos após o uso do 
banheiro/pinico. 
• Evitar o uso de sabão em pó ou amaciante nas fraldas e roupas do bebê 
porque podem desencadear hipersensibilidade (Algumas mães podem relatar 
o uso sem intercorrências). Dar preferência ao uso de sabão de côco, sol e 
ferro aquecido no cuidado das roupas do bebê. 
• Evitar uso de lenços umedecidos porque podem desencadear 
hipersensibilidade (Algumas mães, no entanto, podem relatar o seu uso sem 
observação de problemas. Também é algo bastante prático quando se vai sair 
de casa com um bebê). 
• Evitar uso de talcos devido ao risco de aspiração, hipersensibilidade cutânea 
e respiratória. 
• Deve ser evitadoo uso de sabonetes, perfumes, loções, hidratantes, etc. na 
pele do bebê, pois esta é delicada e pode apresentar hipersensibilidade. O 
melhor é usar sabonetes neutros ou glicerinados (uso exclusivo do bebê). 
• Preparar o material e o ambiente para o banho, evitando exposição 
desnecessária a variações de temperatura. Escolher, de preferência, horários 
mais quentes ao longo do dia para realizar o banho (entre 10 e 16h). Deixar a 
higiene da cabeça por ultimo, pois perde muito calor. 
• A temperatura da água para o banho deve ser testada com a região ventral do 
antebraço materno (em vez das mãos), pois, trata-se de região onde a pele é 
mais fina e mais sensível à temperatura (o que diminui o risco de dar banho 
em água muito quente para o bebê) 
• Realização de higiene oral do bebê desde o nascimento, usando fralda úmida 
com água fervida (manter tal fralda para este único fim). A partir do 
surgimento da dentição, orientar a criança quanto a escovação dos dentes 
após as refeições ou realizá-la. 
• Deve manter as unhas da criança cortadas e limpas, bem como cabelos 
higienizados e penteados. 
• A criança deve ser mantida calçada (conforto e segurança) e com roupas 
compatíveis à temperatura ambiente. Lembrando que os recém-nascidos 
necessitam de mais proteção ao frio, embora sem exageros. As roupas e 
calçados devem ser limpos e com tamanhos apropriados à criança. 
• Alertar a família que a conduta do adulto é imitada pela criança, por isso 
todos devem manter bons hábitos de higiene. 
• Não usar pomadas sem prescrição. Pode causar resistência e 
hipersensibilidade. 
• Higienização de coto umbilical com álcool a 70% e cotonete pelo menos 
quatro vezes por dia. Se o coto estiver úmido ou sangrante, a higienização 
deve ser realizada com maior freqüência (às trocas). O parâmetro deve ser o 
aspecto do cotonete utilizado (se ele se apresenta úmido ou não, com que 
tipo de secreção). A mãe deve ser orientada a realmente posicionar o 
cotonete entre a pele e o coto, fazendo movimentos de rotação ao redor de 
todo o coto e com certa fricção. 
 
 
Roteiro a ser seguido em uma consulta de puericultura preconizado pela rede 
básica de saúde do município de Campinas 
Roteiro para consulta de puericultura: 
1- Consultas anteriores (anotar se foram resolvidos ou se estão em resolução os 
problemas anteriores; se não, verificar o porquê.) 
2- Consulta atual (anotar os problemas atuais referidos pelo acompanhante ou 
encontrados durante a consulta; anotar as soluções propostas) 
a. Situação vacinal (solicitar o cartão de vacinas sempre que possível; 
encaminhar a criança para completar o quadro vacinal quando 
necessário). 
b. Desenvolvimento neuro-motor (anotar os dados mais importantes para 
aquela faixa etária) 
c. Alimentação (anotar detalhadamente a alimentação oferecida à criança e 
dificuldades encontradas). 
d. Sono (como esta o período de sono da criança – Acorda durante a noite, 
dorme durante o dia). 
e. Eliminações fisiológicas (urina – cor, freqüência, odor; fezes – 
consistência, freqüência). 
f. Exame físico (anotar o peso, altura e p.c.; verificar alterações de pele, 
ausculta pulmonar, avaliação do abdome, examinar genitais, anotar 
sempre que algo chamar a atenção; se necessário, chamar o pediatra 
para tirar as dúvidas). 
g. Orientações à família (orientar higiene, estímulos à criança de acordo 
com sua idade, alimentação e solução dos problemas apresentados). 
 
 
O que é raquitismo? Como preveni-lo? 
 Raquitismo é uma doença do tecido ósseo, que ocorre durante a fase de 
crescimento, caracterizada por inadequada mineralização do osso. É uma decorrência da 
carência ou insuficiência de vitamina D, que pode ocorrer também em função de 
problemas renais ou ingestão de dieta pobre em cálcio e fósforo ou distúrbios 
relacionados à fosfatase alcalina. 
 A deficiência na ingestão de vitamina D nas crianças ou inadequada exposição à luz 
solar resulta no raquitismo carencial, que manifesta-se, geralmente, ao redor dos 6 
meses de idade (surgimento nas fases de maior crescimento: seis meses até três anos de 
idade) e a gravidade está diretamente relacionada com a rapidez do crescimento 
corporal, sendo mais intenso nas crianças nascidas prematuramente. Inicialmente 
manifesta-se por sinais e sintomas gerais como: irritabilidade; sono intranqüilo e 
escasso; sudorese abundante no segmento cefálico; diminuição do crescimento pondo-
estatural; hipotonia muscular; atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e 
predisposição para infecções. Os sinais tardios e específicos aparecem primeiramente no 
segmento cefálico, em função do sentido céfalo-caudal do crescimento e a seguir no 
tórax, extremidades, coluna vertebral e quadris. 
 O raquitismo pode ser prevenido pela exposição diária à luz solar, mantendo a 
criança com pouca roupa e não através de vidraças. Como é muito difícil identificar as 
famílias que realmente terão condições de expor os lactentes ao sol, recomenda-se o uso 
diário de vitamina D na dose de 400 UI/dia, por via oral, como profilaxia até dois anos 
de idade (fase de crescimento acelerado). 
 
 
 Os reflexos que continuam por toda a vida são: corneano; pupilar; espirro e 
tosse; deglutição e bocejo. 
 Os reflexos que desaparecem no primeiro ano de vida são: olhos de boneca; 
sucção; rotação ou busca (pontos cardiais); extrusão (língua); preensão palmar e plantar; 
Moro, Babinski,; marcha; tônico-cervical (reação do esgrimista). 
 
Que tipo de desenvolvimento está relacionado ao ato de se alimentar: 
 O ato de alimentar-se está relacionado ao desenvolvimento motor e psicossocial. 
 No que se refere ao desenvolvimento motor, a criança segura o talher, pega a 
comida, leva a até a boca, ou seja, realiza atividades que aperfeiçoam a destreza manual. 
Quanto ao desenvolvimento psicossocial, a alimentação é uma forma de interação 
social, o que faz com que estabeleça vínculo com quem a alimenta e aprenda a conviver 
com certas normas e costumes culturais e sociais. 
 
Quando se espera que uma criança queira e tente comer sozinha: 
Não há um consenso na literatura, mas é esperado que entre 13 e 18 meses a 
criança tente comer sozinha. Com cerca de dois anos de idade ela já tem maior domínio 
sobre a função motora, sendo uma fase em que a criança senta em cadeira de altura 
apropriada, corre por toda a parte, imita as atividades dos adultos e quer fazer as coisas 
sozinhas, entre elas alimentar-se, não aceitando que a ajudem. Inicialmente usa as mãos 
(9 meses), posteriormente colher e, por volta, de dois anos consegue usar garfo para se 
alimentar. 
 
 
Quando os pais percebem que seus filhos estão começando a querer controlar os 
esfíncteres? 
O controle do intestino geralmente é atingido antes que o da bexiga, mas existe 
tanto em um caso quanto em outro grande variação quanto à época em que este controle 
é conseguido. O controle dos intestinos tem uma margem existente no padrão normal 
que pode variar de 12 a 30 meses. 
Quanto ao controle da bexiga, não se pode esperar muito antes de 15 ou 18 
meses de idade e acidentes são freqüentes ainda muito tempo após este período, pois 
eles têm dificuldade para segurar a urina, o que vai melhorando por volta de 30 meses 
(2 anos e meio). Deve-se respeitar o tempo da criança e não supervalorizar os acidentes 
ou as recusas da criança. 
A criança pode manifestar verbalmente seu desejo de urinar e evacuar, tentando 
tirar a fralda ou a roupa e através de expressão facial ou comportamentos característicos, 
como levar a mão à genital. Estes são sinais através dos quais os pais podem perceber o 
desejo dos filhos de controlar os esfíncteres e podem ser observados em alguns horários, 
em que há maior possibilidade de micção ou evacuação: ao acordar, após as refeições, 
antes de dormir e após um período de 2 a 3 horas da última micção.Acidentes na infância: 
Os pais devem ser conscientizados de que os acidentes não estão relacionados 
com a casualidade e a imprevisibilidade e que podem ser evitados - prevenidos. Os 
riscos de acidentes modificam-se de acordo com a fase de desenvolvimento da criança, 
obrigando medidas diferentes. E cada faixa etária têm riscos específicos. 
Bebês: 
Inspiram determinados tipos de cuidados. Para prevenção de afogamentos, 
cuidado com o banho e baldes. Evitar deixar a criança em locais altos, berços sem 
grades ou colo, evitando as quedas. Cuidado com brinquedos que possam ser engolidos 
(moedas, peças pequenas). Para prevenção de queimaduras, cuidado com a temperatura 
de água do banho (avaliar se esta temperada com o uso do antebraço). Cuidado com 
roupas de cama, travesseiros, fitas e sacos, deixados no berço, evitando sufocação. 
Cuidado com medicamentos, antissépicos de pele, talcos e produtos de limpeza. 
Toodler: 
 Cuidados com afogamentos em baldes de água, banheira, piscina. Cuidados com 
as quedas de locais altos, que podem provocar traumatismos dentários e da queda de 
objetos sobre a criança. Observar a criança enquanto brinca (procurar brinquedos 
adequados) e procurar ambiente adequado, evitando que ela ingira/inale corpos 
estranhos. Prevenir queimaduras, não deixando cabos de panelas com alimentos quentes 
para fora do fogão. Cuidado com intoxicações (plantas venenosas, produtos de higiene e 
limpeza, inseticidas, entre outros). Cuidado com tomadas elétricas, protegendo-as. 
 
 Pré-escolar: 
 Cuidado com afogamentos em piscinas, rios, mar e lagos (ensinar a criança a 
nadar). Cuidado com intoxicações. Prevenir queimaduras, evitando o acesso ao fogão, 
fósforo, isqueiros, álcool, etc. Cuidado na prática de esportes, procurando atividades 
adequadas e com crianças de mesma faixa etária. Cuidado com acidentes no trânsito 
(segurar a criança firmemente ao atravessar a rua). Cuidado com as quedas, evitando 
traumatismos dentários. Ensinar à criança normas de segurança e educação no trânsito. 
 
Escolares: 
 Cuidados com atropelamentos, quedas, afogamentos, queimaduras, intoxicações 
(certificar-se que não foram propositais). Ensinar normas de segurança, educação no 
trânsito, ensinar a nadar, cuidado com medicamentos e outras substâncias que podem 
causar intoxicações. 
 
Adolescentes: 
 Cuidado com acidentes com veículos automotores, ingestão de drogas e álcool. 
Evitar manter armas brancas e de fogo em casa. Evitar envenenamentos, que podem ser 
propositais. Cuidado com afogamentos em piscinas, rios, mar e lagos. Cuidado com 
quedas e queimaduras. O adolescente compreende melhor as orientações, por isso, 
torná-las claras e objetivas, criando medidas que limitem a possibilidade de risco. 
 
Imunização 
Vacina é um produto farmacêutico que contém um ou mais agentes imunizantes 
(vacina isolada ou combinada), sob diversas formas biológicas: bactérias ou vírus 
atenuado, vírus inativados e bactérias mortas; componentes purificados e/ou 
modificados quimicamente ou geneticamente dos agentes causadores da doenças contra 
as quais a vacina é dirigida. O produto final elaborado pode conter, além do agente 
imunizante, proteínas ou outros componentes originados dos meios de cultura de células 
utilizados no processo de produção da vacina, bem como alguns componentes como 
líquidos de suspensão, conservantes, estabilizadores, antibióticos e adjuvantes. 
 
Tipos de microorganismos utilizados para a elaboração das vacinas: 
 Podem ser: 
• bactérias; 
• vírus atenuados; 
• vírus inativados, 
• bactérias mortas. 
• Podem estar presentes ainda componentes de agentes infecciosos purificados e/ou 
modificados quimicamente ou geneticamente. Ex: toxóides – toxinas modificadas. 
 
Calendário Vacinal – Houve uma grande confusão esse semestre em relação ao 
calendário vacinal, pois a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Ministério da 
Saúde determinaram calendários diferentes. Entretanto, o CS mantém o uso do 
calendário vacinal anterior, pois algumas vacinas seriam repetidas sem 
necessidade. O calendário abaixo esta de acordo com a Sociedade Brasileira de 
Pediatria, pois os sites que mostram o calendário do Ministério estão diferentes. 
 
Idade Vacinas 
Ao nascer BCG + Hep B 
2 meses Pentavalente + Rotavírus+ Poliomelite +Pneumo 
10 
3 meses Meningo C 
4 meses Pentavalente + Rotavírus+ Poliomelite + Pneumo 
10 
5 meses Meningo C 
6 meses Pentavalente + Poliomelite + Pneumo 10 + 
Influenza 
7 meses Influenza 
9 meses Febre amarela 
12 meses SCR + Varicela + Hep A 
15 meses Penta + Poliomelite + Pneumo 10 
18 meses Hep A 
4 a 6 anos Poliomelite + DTP + Meningo C 
9 a 10 anos HPV (três doses) 
11 anos Meningo C 
14 a 16 anos dT 
 
Processo de imunização 
O processo de imunização pelo qual se desenvolve a proteção conferida 
pelasvacinas compreende o conjunto de mecanismos através dos quais o organismo 
humano reconhece uma substância como estranha, para, em seguida metabolizá-la, 
neutraliza-la e/ou eliminá-la. 
O processo se dá com a administração da vacina (antígeno), a identificação pelo 
sistema imunológico do antígeno, como se o organismo tivesse sido infectado por ele. 
Aí ocorre a produção de anticorpos específicos para tal agente e a memorização pelo 
sistema imunológico. Assim, caso o indivíduo entre em contato com o microorganismo, 
o sistema imunológico terá condições de, rapidamente, “combater” a infecção. 
Este processo pode ser ativo ou passivo. A imunização ativa ocorre quando, a 
partir do contato com a substância estranha, o próprio sistema imune responde 
produzindo anticorpos e células imunes. Pode durar por vários anos ou por toda a vida. 
Pode-se adquirir imunização ativa através de processos infecciosos ou através de 
vacinas. A imunização passiva ocorre pela transferência de anticorpos produzidos por 
um animal ou por outro homem. Este tipo de imunização produz proteção rápida e 
eficiente, porém temporária (dura semanas ou meses). A imunidade passiva pode 
ocorrer através da placenta ou soros. 
Tríplice bacteriana e tríplice viral 
A vacina tríplice bacteriana – DTP (difteria, tétano e coqueluche) – contém 
toxóide diftérico, toxóide tetânico e Bordetella pertussis inativada em suspensão, tendo 
como adjuvante hidróxido ou fosfato de alumínio. É apresentada sob a forma líquida em 
ampola ou frasco- ampola com dose única, ou frasco-ampola com múltiplas doses. 
A vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) viral é uma vacina 
combinada de vírus atenuados, apresentada sob a forma liofilizada, em frasco-ampola 
com uma ou múltiplas doses. 
 
Por que aplicamos em algumas crianças a dT (dupla infantil – menor quantidade 
de toxoide diftérico) e não a DPT (tríplice bacteriana)? 
A DPT é contra-indicada em crianças com quadro neurológico em atividade e 
naquelas que tenham apresentado após sua aplicação qualquer uma das seguintes 
manifestações: convulsões até 72 horas após vacina; colapso circulatório até 48 horas 
após vacina (com estado tipo choque ou síndrome hipotônica e hiporresponsiva) e 
encefalopatia nos primeiros sete dias após a vacinação. O que indica o uso da DT – 
dupla infantil – para as crianças menores de sete anos que se encaixam nesta questão. 
O componente “pertussis” da vacina tríplice – DTP é altamente tóxico para o 
SNC, assim deve ser evitado para aquelas que já apresentam alterações. Na inexistência 
da vacina DT, pode ser utilizada a vacina tríplice com o componente ‘pertusis’ acelular. 
 
Quais são as orientações que devemos dar às mães que trazem seus filhos para 
tomar a vacina DPT? 
O profissional deve investigar junto à mãe história de quadro neurológico 
recente. Orientar sobre o esquema básico e número de doses. 
Deve-se orientar que a vacina poderá provocar reação adversa na criança 
desencadeando algumas manifestaçõesclínicas. Se ocorrer, explicar que os sinais e 
sintomas característicos são: dor local, vermelhidão e endurecimento local, febre, mal-
estar e irritabilidade nas primeiras 24 a 48 horas. 
Com menor freqüência pode ocorrer sonolência, choro prolongado e 
incontrolável. Em casos mais graves, convulsões e síndrome hiporresponsiva - Essa 
parte não precisa enfatizar para as mães. 
Primeiramente orientar a mãe a manter a calma, uma vez que a reação do 
organismo à vacina é comum. Em seguida explicar sobre a importância da observação 
da evolução dos sintomas. No caso de dores e febres orientar a administração de 
antitérmicos e analgésicos já prescritos pelo pediatra. Se, após algumas horas os sinais e 
sintomas não desaparecerem ou se agravarem, solicitar à mãe que leve a criança 
imediatamente ao médico ou ao Pronto-socorro – Pronto atendimento. 
Quais as informações necessárias às mães que trazem seus filhos para tomar a 
vacina BCG? 
Orientar a mãe que a vacinação deve ser adiada se a criança apresentar menos de 
2000g ou afecções dermatológicas extensas. 
As mães devem ser orientadas que após a aplicação será formado um nódulo no 
local que evoluirá para úlcera e crosta. Antes da crosta pode ocorrer formação de 
abscesso no local de aplicação. Tal quadro se resolve dentro de 6 a 10 semanas, 
aparecendo cicatriz. A lesão deve ser cuidada apenas com a higiene habitual, lavando o 
local com água e sabão, sem outras intervenções. Observar a cicatrização da ulceração e 
não retirar a crosta formada. Explicar para a mãe que essa reação do organismo à BCG é 
própria da vacina. Se dentro de 6 meses após a aplicação a mãe não observar a 
cicatrização no local, orientá-la à procurar um Centro de Saúde ou o pediatra para 
reavaliação. Provavelmente será necessária reaplicação. 
OBS: Importante que durante a aplicação os profissionais estejam usando luvas e 
óculos, pois o contato com o conteúdo pode causar: Pterígio, perfuração durante o 
preparo da vacina (causando vermelhidão, prurido, lesão, dor, hiperemia), conjuntivite 
tuberculosa, lesão, “areia nos olhos”. Sendo que os medicamentos usados são: 
isoniazida, cefalexina, corticóide. Não precisa de notificação compulsória, o que resulta 
em subnotificaçao e não orientação dos profissionais quanto ao risco da aplicação. 
Como devemos imunizar uma criança com sorologia positiva para AIDS? 
As pessoas com infecção assintomática pelo HIV, comprovada por testes 
sorológicos, poderão receber todas as vacinas incluídas no PNI. 
Em HIV – positivo sintomático, isto é, paciente com AIDS, deve-se evitar as 
vacinas com compostos vivos sempre que possível, especialmente a BCG, a qual é 
contra-indicada. Nestes pacientes, a vacina oral contra poliomielite (Sabin) não é 
contra-indicada, entretanto, havendo a disponibilidade da vacina de vírus inativados 
(Salk), deve-se dar preferência a esta última. 
Qual é a temperatura adequada para a manutenção das vacinas? 
As vacinas devem ser conservadas na geladeira. É imprescindível a cadeia fria. Em seu 
interior se conservam as vacinas entre +2°C a +8°C até o momento de sua utilização. 
Em ambas as geladeiras utilizadas (horizontal e vertical) deve-se manter essa 
temperatura, por isso evitar abrir e fechar sem necessidade. A geladeira horizontal serve 
para manter as vacinas que serão utilizadas no dia, para evitar que a outra geladeira seja 
aberta a todo o momento, já que armazena o estoque de vacinas que serão utilizadas no 
mês. 
Obs: Ter gelox (placas de água congelada) para em caso de falta de energia ou 
transporte das vacinas colocarem em caixas de isopor, com termômetro, para manter a 
temperatura adequada. 
 
Como deve ser a disposição das vacinas na geladeira de estoque? Por que? Para 
assegurar o bom funcionamento das vacinas é adequado que se respeite as seguintes 
recomendações para o estoque na geladeira: 
• as prateleiras deverão estar limpas e organizadas devendo ser retirados os vidros 
e caixas vazias; 
• arrumar as vacinas nas prateleiras centrais em bandejas perfuradas tipo porta 
talher de plástico e nunca em caixas térmicas ou sacos plásticos; 
• não guardar vacinas na porta e na parte baixa da geladeira (temperatura mais alta 
e inconstante); retirar as gavetas plásticas caso existam e, em seu lugar, colocar 
garrafas com água que contribuem para estabilizar a temperatura. 
• o congelador deve conter gelo reciclável ou recipiente de plástico. Esse gelo 
pode ser usado na caixa térmica da sala de vacinação ou no transporte das 
vacinas; 
• colocar o termômetro de máxima e de mínima na prateleira central, em pé, e 
verificar a temperatura duas vezes ao dia, em período diferente registrando no 
mapa de controle diário de temperatura; 
• as vacinas, na embalagem original, devem ser arrumadas de forma a manter uma 
distância entre si de aproximadamente 3 centímetros e também das paredes do 
refrigerador visando a livre circulação do ar frio; 
• as vacinas com prazo de validade mais próximo devem ser colocadas na frente 
para que sejam utilizadas primeiro. 
• Na primeira prateleira devem ser colocadas as vacinas contra vírus, na segunda 
vacinas contra bactérias e toxinas e na terceira prateleira os soros. 
• Vacinas contra pólio (Sabin), Sarampo, Tríplice viral e Febre amarela são 
vacinas que podem congelar e que não se deterioram. 
• Vacinas que não podem congelar, pois se deterioram: Hepatite B, BCG, tríplice 
bacteriana, dupla adulto e infantil, soros, vacina contra raiva, febre tifóide, 
vacina contra pólio do tipo Salk, vacina contra Haemophilus influenzae e 
pneumococos. 
• Os diluentes devem estar na mesma temperatura das vacinas no momento da 
aplicação e para isso, devem também ser conservados no refrigerador. 
 
Do que é constituída a vacina contra hepatite B? Quantas são as doses 
preconizadas para imunização? 
É uma vacina que contém antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (AgsHB). Há 
dois tipos de vacina contra hepatite B: a de primeira geração contém partículas virais 
obtidas do plasma de doadores do vírus, inativadas pelo formol; a de segunda geração é 
preparada por método de engenharia genética e obtida por tecnologia de recombinação 
do ácido desoxirribonucléico. As duas vacinas utilizam hidróxido de alumínio como 
adjuvante e o temerosal como conservante. 
O esquema contempla três doses, sendo a segunda e a terceira aplicadas, 
respectivamente, um e seis meses após a primeira. O intervalo mínimo para aplicação da 
segunda dose é de um mês após a primeira. O esquema ideal compreende vacinação em 
RN (ao nascimento, ainda na instituição de saúde), dois e seis meses de vida. 
 
Quais as medidas de prevenção contra tétano neonatal? 
Todas as mulheres em idade fértil devem ser vacinadas, ter acompanhamento 
pré-natal e assistência ao nascimento com uso de equipamentos e materiais adequados, 
bem como equipe capacitada. Além da higienização do coto umbilical com álcool a 
70% e orientações à mãe sobre não ser necessário fazer uso de faixas e colocação de 
substâncias baseadas em crendices. 
A única vacinação de rotina das gestantes é contra o tétano, geralmente 
combinada com a vacinação contra difteria. A vacinação na gestante é realizada para 
prevenção do tétano no recém-nascido e para a proteção da gestante, com a vacina na 
dupla do adulto – dT ou, na falta desta, com toxóide tetânico – TT. 
Para as gestantes não vacinadas há um esquema de três doses, podendo ser 
adotado um dos seguintes: 
• As primeiras duas doses com intervalo de dois meses (mínimo de um mês) – 
aplicando-se a primeira o mais precocemente possível e a terceira seis meses 
depois da segunda (a segunda dose deve ser aplicada até 20 dias antes da 
data provável do parto-DPP); 
• Três doses, de dois em dois meses (intervalo mínimo de um mês), aplicando-
se a primeira dose o mais precocemente possívele a terceira até 20 dias antes 
da DPP. Por motivos de ordem operacional, tem-se optado por um ou outro 
esquema nas diferentes regiões do país. 
• Reforços: de dez em dez anos. Antecipar a dose de reforço se ocorrer nova 
gravidez em cinco anos, ou mais, depois da aplicação da última dose. 
 
Para adequada proteção da mãe e prevenção do tétano em gestação futura, é 
importante a aplicação da terceira dose, que deve ocorrer seis meses após a segunda. 
Para gestantes vacinadas, que já tenham recebido duas doses de vacina contra 
tétano (DPT, DT, Dt ou TT), deve-se aplicar uma ou duas doses da vacina dT ou, na 
falta desta, TT, com o objetivo de completar as três doses. 
Como dito anteriormente, se a gestante já estiver adequadamente vacinada com 
pelo menos três doses, aplicar apenas uma dose de reforço caso já se tenha passado 
cinco anos desde a última dose. 
 
Durante uma consulta de puericultura no Centro de Saúde, a mãe de um lactente 
informa que o seu filho vem apresentando períodos febris há dois dias. Quais 
orientações não farmacológicas que você daria a mãe? 
Realizar banhos mornos; retirar o excesso de roupa; ambiente que tenha 
circulação de ar, ou seja, fresco; hidratação; repouso e diminuição da atividade física; 
compressas de água morna. 
 
Classificação da febre – de acordo com a duração: 
Febre sem sinais localizatorios (duração de ate 7 dias); Febre de origem 
indeterminada (duração superior a 7 dias). 
 
Drogas usadas para febre – Tratamento Sintomático: 
Aspirina, AAS, Melhoral, Ronal, Buferin, Dipirona, Novalgina, Magnopirol. 
 
Manifestações clinicas da desnutrição: 
Irritabilidade, apatia, hipotrofia, lesões de pele e mucosa, edema, lesões 
oculares. 
 
Graus de Desnutriçao: Frederico Gomes (< 5 anos): 
DEP I: Quando atinge 10 a 24% do peso da criança; 
DEP II: Quando atinge 40% do peso da criança; 
DEPII: Acima de 40% do peso da criança. 
De acordo com gráfico de crescimento NCHS: 
Moderada ou grave: Percentil igual ou menor que 2,5 ou 3 (depende do gráfico usado); 
Leve: Percentil igual ou menor que o percentil 10. 
Obs: Marasmo ou Kwashiorkor: Abaixo do percentil 0,1 
 
Diferenças entre Marasmo e Kwashiorkor: 
 
 
 
Desidratação 
 
Quadro Clinico: 
! Anorexia 
! Vomito 
! Alteração de humor 
! Febre – na presença de infecção 
! Eritema Perianal 
! Diminuição do turgor subcutâneo 
! Redução do tônus muscular 
! Depressão da fontanela 
! Perda de peso 
! Depressão da cavidade periorbitaria 
! Palidez 
! Ressecamento da mucosa – saliva grossa 
! Pulso fino e rápido 
! Choro sem lagrimas 
! Extremidades frias 
! Distúrbios Respiratórios 
 
 
Planos de Cuidado: 
 
Plano A: Hidratado 
Plano B: Com algum grau de Desidratação 
Pano C: Desidratado e com sinais de choque 
Plano A: Criança Hidratada 
! Manter dieta normal ou corrigir os erros alimentares e aumentar a oferta de 
líquidos 
Plano B: Criança com algum grau de Desidratação 
! Fase de Reparação 
! Hidratar oralmente com os sais de reidratação oral. 
! Na reposição, oferecer SRO em pequenos volumes, freqüentemente, à vontade, 
até a criança hidratar. 
! O término da reposição ocorre com o desaparecimento dos sinais de 
desidratação e presença de micção abundante. Passa-se então para a fase de 
manutenção. 
 
Soro de reidratação oral – SRO: 
! Composição isotônica (conteúdo do envelope); 
! Econômico e simples de usar; 
! Recupera a perda de líquidos; 
! Oferecida a cada evacuação – uma xícara; 
! Se a criança tiver EDEMA, suspender a solução e oferecer outros líquidos. (no 
organismo não será isotônico); 
! Quando correção de desidratação continuar a oferecer alternando com água para 
evitar excesso de sódio; 
! Em caso de amamentação, oferecer a SRO nos intervalos; 
! Água de arroz e leite de soja ajuda na reposição; 
! Em caso de vomito associado oferecer cerca de 5ml/min após o ultimo episodio; 
 
Qual a classificação da diarréia?/ Manifestação clinica / Quais os microrganismos 
podem estar envolvidos / Quais tipos de diarréia infecciosa e não infecciosa / Quais 
os fatores determinantes da diarréia / Tratamento: Calcular o volume de líquido 
perdido, o volume total a ser administrado / hora e o tempo de reidratação / 
a)Cálculo de perda hídrica de uma criança de 6kg que desidratou em 
aproximadamente 10% / b) Cálculo do volume a ser administrado / c)Quantidade 
a tomar por hora / d) Tempo de completar a reidratação 
 
Classificação: 
• Osmótico – alteração funcional ou anatômica (Ex: deficiência enzimática, 
alimentos inadequados para a idade da criança). – Não infecciosa. 
• Secretor – Resultado da liberação de enterotoxinas das bactéria, vírus e 
parasitas ou a redução da permeabilidade da mucosa devido a invasão dos 
microorganismos. – Infecciosa. 
• Aguda – período de ate 14 dias 
• Crônica – período de 14 a 30 dias 
Fatores que predispõe a diarréia: 
• Idade 
• Desnutrição 
• Clima quente 
• Falta de saneamento básico 
• Desinformação 
Manifestação: Irritabilidade, febre e vomito. 
a) Cálculo de perda hídrica 
Peso X grau de DHE X 10 (1ª grau: 2,5 a 5% + ou - 50ml/kg; 2º grau: 5 a 10% + ou _ 
50 a 100ml/kg ; 3ª grau: 15% 100 a 150ml/kg 
Ex Cálculo de perda hídrica de uma criança de 6kg que desidratou em aproximadamente 
10% 
Peso x grau de desidratação x 10 
6x10x10= 600ml 
b) Cálculo do volume a ser administrado 
Volume a ser administrado= Perda hídricax2 
Ex:criança perdeu 600 ml deve receber 600 x2= 1200 ml 
c) Quantidade a tomar por hora è calculada multiplicando-se a capacidade gástrica da 
criança que é de 30 a40 ml por cada quilo de peso. 
EX= 30ml x6kg+ 180 ml por hora 
180 +4 + 45ml/ a cada 15m 
- A quantidade a ser administrada por hora para uma criança de 6kg, varia de 180 a 240 
ml e pode ser administrada 45 a 60 ml a cada 15 minutos 
o desrespeito á capacidade gástrica pode provocar vômito 
d) Tempo de completar a reidratação 
Vol total s ser administrado= Tempo de reidratação 
Capacidade gástrica por hora 
EX= 1200ml = 7 horas / 1200= 5hs 
 180 240 
Desta forma para reidratar uma criança de 6kg que perdeu 10% de seu peso ou seja 
desidratação de 2º grau deve receber 1200 ml em +- 6hs.

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