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Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br COMUNICAÇÕES DE DEFICIÊNCIAS NO CONTROLE INTERNO (NBC TA 265) Deficiências de Controle Interno Deficiência de controle interno ocorre quando o controle projetado e implementado não consegue, de forma tempestiva, prevenir ou detectar e corrigir as distorções nas demonstrações financeiras ou não existe tal controle, ou seja, falta um controle que seria necessário para prevenir ou detectar e corrigir as distorções. Uma deficiência pode ser ou não ser significativa. Para determinar se é significativa, deve- se avaliar a probabilidade de que ela provoque distorção relevante nas DC; possibilidade de provar perda ou fraude; o volume das transações ou magnitude dos saldos contábeis que estão sujeitos à deficiência etc. Objetivo do auditor para os fins da NBC TA 265 O objetivo do auditor é comunicar apropriadamente, aos responsáveis pela governança e à administração, as deficiências de controle interno que o auditor identificou durante a auditoria e que, no seu julgamento profissional, são de importância suficiente para merecer a atenção deles. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br Identificação de deficiências e determinação se elas são significativas O auditor deve determinar se, com base no trabalho de auditoria executado, ele identificou uma ou mais deficiências de controle interno. Se o auditor identificou uma ou mais deficiências de controle interno, o auditor deve determinar, com base no trabalho de auditoria executado, se elas constituem, individualmente ou em conjunto, deficiência significativa. A importância de uma deficiência ou de uma combinação de deficiências de controle interno não depende somente se a distorção realmente ocorreu, mas, também, da probabilidade de que a distorção poderia ocorrer e a possível magnitude da distorção. Portanto, podem existir deficiências significativas mesmo que o auditor não tenha identificado distorções durante a auditoria. Exemplos de indicadores de deficiência significativa do controle • evidência de aspectos ineficazes do ambiente de controle (existência de fraude perpetrada pela administração, indicações de que transações significativas não estão sendo apropriadamente analisadas pelos responsáveis pela governança, falta de implementação de medidas corretivas apropriadas para as deficiências significativas anteriormente comunicadas); • ausência de processo de avaliação de risco ou evidência de processo de avaliação de risco ineficaz; • evidência de resposta ineficaz a riscos significativos identificados; • distorção detectada pela auditoria que não foi prevenida ou detectada e corrigida, pelo controle interno da entidade; Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br • reapresentação de demonstrações contábeis emitidas anteriormente para refletir a correção de distorção relevante devido a erro ou a fraude; • evidência da incapacidade da administração de supervisionar a elaboração das demonstrações contábeis. Exemplos de assuntos que o auditor pode considerar ao determinar se a deficiência de controle interno é significativa: • a probabilidade das deficiências levarem a distorção relevante nas demonstrações contábeis no futuro; • a susceptibilidade à perda ou à fraude do respectivo ativo ou passivo; • a subjetividade e a complexidade da determinação de valores estimados, como estimativas contábeis a valor de mercado; • os valores das demonstrações contábeis expostos às deficiências; • o volume de atividade que ocorreu ou poderia ocorrer nos saldos contábeis ou na classe de transações expostas à deficiência ou às deficiências; • a importância dos controles para o processo de elaboração de demonstrações contábeis; • a causa e a frequência das exceções detectadas em decorrência das deficiências de controle; (grifo meu) • a interação da deficiência com outras deficiências do controle interno. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br Comunicação por escrito das deficiências O auditor deve comunicar tempestivamente por escrito as deficiências significativas de controle interno identificadas durante a auditoria aos responsáveis pela governança. O auditor também deve comunicar tempestivamente à administração no nível apropriado de responsabilidade, por escrito, as deficiências significativas de controle interno que o auditor comunicou ou pretende comunicar aos responsáveis pela governança, a menos que não seja apropriado nas circunstâncias comunicar diretamente à administração. Independentemente da época da comunicação por escrito de deficiências significativas, o auditor pode comunicá-las verbalmente em primeira instância à administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela governança para auxiliá-los a tomar tempestivamente as medidas corretivas para minimizar os riscos de distorção relevante. Contudo, isso não isenta o auditor da responsabilidade de comunicar as deficiências significativas por escrito. QUESTÕES SOBRE COMUNICAÇÕES DE DEFICIÊNCIAS DE CONTROLES INTERNOS 1) (ESAF/AFRFB/2012) auditor externo, ao realizar seu trabalho na empresa Expansão S.A., identificou vários pontos com não conformidades nos controles internos. Com relação a esses pontos, deve o auditor a) documentá-los em seus papeis de trabalho, para apresentação à administração quando solicitado. b) evidenciá-los no relatório de auditoria, demonstrando os efeitos nas demonstrações contábeis. c) exigir a elaboração de notas explicativas, evidenciando o impacto nas demonstrações contábeis. d) encaminhar às diretorias responsáveis das áreas onde foram apontadas as não conformidades, determinando a correção dos erros, antes da emissão do relatório de auditoria. e) comunicar à administração por meio de carta, relatando os pontos de deficiências encontradas. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br 2) (FUNDATEC/SEFAZ/RS/2014) São exemplos de deficiências significativas nos controles internos e que requerem comunicação por parte da auditoria independente, conforme estabelece a NBC TA 265 – Comunicação deficiências no controle interno: A) Avaliação de risco e evidência de que o processo é eficaz. B) Distorção detectada pela auditoria, que foi prevenida ou detectada e corrigida pelo controle interno. C) Controles sobre riscos identificados. D) Incapacidade da administração em elaborar demonstrações financeiras de acordo com a estrutura que seja aplicável. E) Implementação de medidas corretivas para deficiências comunicadas anteriormente pela auditoria. 3) (CEBRASPE/SEFAZ/RS/2018)No controle interno, embora classificar uma deficiência como significativa seja uma questão de julgamento profissional, há indicadores que definem se uma deficiência deve ser assim considerada. De acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, os indicadores que permitem classificar uma deficiência como significativa incluem a A) frequência de comprovações fiscais para comprovar os números fiscais. B) ausência de transações. C) diferença de valores entre transações. D) causa e frequência das exceções encontradas em decorrência da deficiência. E) existência de saldo igual à zero. 4) (CEBRASPE/SEFAZ/RS/2018) O auditor deve comunicar aos responsáveis e à administração as deficiências significativas de controle interno identificadas na auditoria e que, no seu julgamento profissional, são de importância suficiente para merecer a atenção deles. Conforme a NBC TA 265 – Comunicação de Deficiências de Controle Interno, em caso de deficiência, é apropriada a comunicação A) por denúncia escrita ao conselho diretor. B) por carta aos administradores. C) em reunião do conselho diretor, se verbal. D) por meio do relatório de auditoria. E) verbal, sendo, porém, indispensável a comunicação por escrito. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br Gabarito: Comunicações de deficiência de controles internos Dez/Unid 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 X E D D E - - - - - EVENTOS SUBSEQUENTES EVENTOS SUBSEQUENTES (NBC TA 560) Eventos subsequentes (negativos ou positivos) são: • eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente e • fatos que chegaram ao conhecimento do auditor após a data do seu relatório. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br Alguns eventos requerem ajustes e também atualização das divulgações: § Um exemplo da necessidade de atualização de divulgações é quando fica disponível, após a data do balanço, alguma evidência de uma contingência passiva que existia na data do balanço. Além de considerar se deve reconhecer ou modificar uma provisão, a entidade deve atualizar suas divulgações sobre a contingência passiva à luz daquela evidência. Eventos ocorridos entre a data das DC e a data do relatório do auditor § O auditor é responsável por aplicar procedimentos e solicitar ajustes ou divulgação. Os procedimentos devem ser executados tão próximos da data do parecer quanto praticável e incluem: – revisão dos procedimentos da administração; – leitura de atas de reuniões; – leitura das DC intermediárias posteriores; – indagação, escritas ou verbais, aos advogados; – indagação à administração e obtenção de carta de responsabilidade. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das DC Se, após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele deve: a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança; b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo; c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. Eventos entre a data do relatório de auditoria e a data de divulgação das DC Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br Eventos entre a data do relatório de auditoria e a data de divulgação das DC Caso a administração altere as DC: Para certos eventos subsequentes, o trabalho de auditoria adicional necessário pode ser restrito unicamente à alteração das DC. Nessas situações (supondo que leis ou regulamentos locais permitam), a data original do relatório do auditor independente seria mantida, mas uma nova data é adicionada (dupla data) para informar aos leitores que os procedimentos do auditor subsequentes à data original foram restritos à alteração subsequente. Exemplo de situação envolvendo dupla data • A data do relatório do auditor independente original era 15/4/2015. • Em 22/5/2015, a entidade anunciou a venda de uma grande parte dos seus negócios. Uma nova nota explicativa (Y) descrevendo o evento foi preparada pela administração para ser incluída nas demonstrações contábeis. • O trabalho de auditoria realizado detalhado na nota explicativa Y foi concluído em 3/6/2015. O texto revisado para o relatório do auditor com dupla data seria: “15 de abril de 2015, exceto para a nota explicativa Y, cuja data é 3 de junho de 2015.” Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br Eventos entre a data do relatório de auditoria e a data de divulgação das DC Inclusão de parágrafo de ênfase no relatório do auditor § O auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente (NBC TA 560.16). Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br QUESTÕES SOBRE EVENTOS SUBSEQUENTES 1) (FCC/TCE/SE/2011) Segundo a NBC TA 560, evento subsequente é aquele ocorrido entre a data: (A) de elaboração das demonstrações contábeis e a data de sua aprovação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório. (B) das demonstrações contábeis e a data de sua aprovação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de divulgação das demonstrações contábeis. (C) das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório. (D) de aprovação das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis. (E)de aprovação das demonstrações contábeis e a data da de sua divulgação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis. 2) (FGV/TCE/BA/2013) Quanto às transações e eventos subsequentes, analise as afirmativas a seguir. I. A decisão ou pagamento em processo judicial após o final do período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, confirmando que a entidade já tinha a obrigação presente ao final daquele período contábil, é um exemplo de evento subsequente que origina ajuste. II. A falência do cliente ocorrida após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, confirmando que já existia uma inadimplência na conta a receber ao final daquele período, não habilita o ajuste no valor contábil da conta a receber Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br III. O evento subsequente à redução do valor de mercado de investimentos ocorrida no período entre a data do balanço e a data de autorização de conclusão da elaboração das demonstrações contábeis, não é passível de ajuste. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas 3) (FCC/TRT/15ª REG/2013) A empresa Union S.A. após ter publicado suas demonstrações contábeis e o relatório de auditoria externa percebeu que o inventário físico de bens patrimoniais, encerrado após a publicação das demonstrações, constatou a necessidade de contabilizar a baixa de R$ 4.500.000,00 de bens que já não tinham mais utilidade ou condições de uso e estavam registrados no Ativo Imobilizado. A direção determinou a abertura das demonstrações e a contabilização dos ajustes. O ajuste, representa do lucro líquido 50%. Nestas condições, deve o auditor externo (A) divulgar ao mercado que seus trabalhos foram realizados até data anterior aos novos fatos e as demonstrações contábeis, juntamente com o respectivo relatório foram emitidos com os fatos apresenta dos até esta data. (B) executar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações e emitir relatório restrito à Administração sobre potenciais reflexos, cabendo a Administração decidir se deve republicar as demonstrações e o novo relatório de auditoria. (C) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações, revisar as providências tomadas pela Administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório foram informados da situação e, se necessário, apresentar novo relatório de auditoria. (D) restringir-se aos trabalhos executados no período entre o início dos trabalhos e a divulgação das demonstrações contábeis, sendo de responsabilidade da Administração da Empresa o não reconhecimento dos fatos tempestivamente. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br (E) emitir comunicado ao mercado que os trabalhos foram executados conforme informações apresentadas pela empresa e que não foi possível refazer os trabalhos em função da empresa não ter concordado com a complementação de honorários para execução do trabalho complementar. 4) (FCC/ISS/SP/2012) A empresa Delta Petróleo S.A. está encerrando, em fevereiro de 2012, o processo de auditoria de suas demonstrações financeiras pertinentes ao ano de 2011. Os trabalhos da auditoria estão em fase de finalização e a empresa informa ao mercado a ocorrência de um grande vazamento que afetará a continuidade de suas operações no Brasil, uma vez que a multa recebida inviabiliza a empresa. Nesse caso, o auditor deve: (A) exigir da empresa a elaboração de demonstrações contábeis específicas para atender às demonstrações exigidas nessa situação de descontinuidade. (B) emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião por não ter tempo hábil para reconduzir a auditoria para uma demonstração financeira pelos critérios de realização dos ativos e passivos. (C) manter o seu relatório de auditoria, evidenciando em notas explicativas a descontinuidade. (D) abster-se de emitir opinião, uma vez que conjunturalmente a situação da empresa se modificou, alterando todo o planejamento da auditoria. (E) ressalvar o parecer, evidenciando a possibilidade de descontinuidade e mantendo as demonstrações financeiras. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br 5) (FCC/ICMS/PI/2015) Suponha que a Organização XYZ S.A. teve a data das demonstrações contábeis em 31/12/2013, a data da aprovação dessas demonstrações em 25/01/2014, a data de relatório do auditor em 25/02/2014 e a data programada para a divulgação das demonstrações em 25/03/2014 e que, no segundo período de eventos subsequentes, uma ocorrência que se tivesse chegado a conhecimento dos auditores após a data do relatório poderia levar o auditor a modificar seu parecer e que, diante da relevância do evento, os membros da governança decidissem alterar as Demonstrações Contábeis. Neste caso, (A) não se espera que o auditor execute procedimentos adicionais de auditoria para assuntos para os quais os procedimentos de auditoria anteriormente aplicados tenham fornecido conclusões insatisfatórias. (B) o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subsequentes do primeiro período, caso a legislação não proíba a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração e que os responsáveis pela aprovação das demonstrações contábeis não estejam proibidos de restringir a aprovação a essa alteração. (C) o auditor deve aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias da alteração, estender os procedimentos até a data do novo relatório e fornecer novo relatório sobre as demonstrações contábeis alteradas. (D) o auditor deve solicitar à administração ou membros da governança, uma representação formal de que todos os eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis que requerem ajuste ou divulgação sejam ajustados e divulgados, intempestivamente. (E) o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br 6) (FGV/CUIBÁ/FAZENDA/AUDITOR/2014) Uma empresa auditada, após a divulgação de suas demonstrações contábeis, obteve a confirmação de que seu principal cliente não honraria seus compromissos, o que representava saldo significante do ativo. Se o fato fosse do conhecimento do auditor na data do relatório, este teria diferente opinião sobre as demonstrações contábeis. A administração da empresadecidiu alterar as demonstrações contábeis já divulgadas, de modo a não incluir o valor a receber do cliente. Nesse caso, o auditor (A) deve emitir um relatório sem ressalvas. (B) deve incluir em seu relatório parágrafo de ênfase com referência à nota explicativa, esclarecendo a razão da alteração. (C) deve incluir em seu relatório parágrafo de ênfase clarificando que os outros clientes irão honrar seus compromissos. (D) deve comunicar o fato ao órgão regulador. (E) não deve se pronunciar, já que as demonstrações já estavam divulgadas. 7) (AFRFB/ESAF/2014) A administração da empresa Elevação S.A. restringiu a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento subsequente que causou a alteração. A legislação vigente, à qual a empresa está subordinada, não proíbe a empresa de proceder desta forma. Nesta situação, o auditor deve alterar o relatório de auditoria para: a) retificar a data definitiva em que a empresa deverá fazer a publicação, ressalvando essa alteração nas demonstrações contábeis, sem emitir posição sobre o evento subsequente. b) incluir data adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do auditor independente, sobre os eventos subsequentes, estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis descritas na respectiva nota explicativa. c) substituir a data do término dos trabalhos, ressalvando o evento subsequente, mencionando a impossibilidade de avaliação dos impactos. d) adicionar parágrafo de outros assuntos, evidenciando o evento subsequente, mencionando a responsabilidade dos administradores sobre os efeitos desse novo evento. e) determinar a data de término dos trabalhos, evidenciando a reavaliação das demonstrações contábeis de forma completa e evidenciando que não há impactos nas demonstrações anteriormente apresentadas. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br 8) (FGV/CUIABÁ/FISCAL/2016) A Cia. W é auditada pelo auditor independente João. A Cia. W publicou suas demonstrações contábeis, em 05/03/2016, com relatório sem ressalva assinado por João. Em 10/03/2016, João tomou conhecimento de que o principal cliente da Cia. W havia pedido concordata em dezembro e não pagaria sua dívida. João discutiu o assunto com a administração da Cia. W e determinou que as demonstrações fossem alteradas, o que foi feito. Assinale a opção que indica o procedimento de João em seu relatório reemitido. (A) Manter o relatório sem ressalva. (B) Adicionar um parágrafo de ênfase. (C) Adicionar uma ressalva em relação à concordata do cliente. (D) Adicionar uma ressalva em relação à omissão da informação pela Cia W. (E) Abster-se de dar uma opinião. Gabarito: Eventos subsequentes Dez/Unid 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 X C D C A C B B B - Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br CONTINUIDADE OPERACIONAL CONTINUIDADE OPERACIONAL (NBC TA 570) • De acordo com a base contábil de continuidade operacional, as demonstrações contábeis são elaboradas com base no pressuposto de que a entidade está operando e continuará a operar em futuro previsível. • Quando o uso do pressuposto de continuidade operacional é apropriado, ativos e passivos são registrados considerando que a entidade será capaz de realizar seus ativos e liquidar seus passivos no curso normal dos negócios. • Quando a base de continuidade operacional é um princípio fundamental na elaboração das demonstrações contábeis, a elaboração das demonstrações contábeis requer que administração avalie a capacidade de continuidade operacional da entidade, mesmo se a estrutura de relatório financeiro não incluir exigência explícita para isso. A avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade operacional da entidade envolve exercer julgamento, em determinado momento, sobre resultados futuros inerentemente incertos de eventos ou condições. Os seguintes fatores são relevantes para esse julgamento: § o grau de incerteza associado ao resultado de evento ou condição aumenta, significativamente, quanto mais distante no futuro ocorrer o evento ou a condição, ou o correspondente resultado. § o tamanho e a complexidade da entidade, a natureza e a condição de seu negócio e o grau em que ela é afetada por fatores externos impactam o julgamento em relação ao resultado de eventos ou condições; § qualquer julgamento sobre o futuro é baseado em informações disponíveis na época em que o julgamento é feito. Eventos subsequentes podem produzir resultados inconsistentes com julgamentos que eram razoáveis na época em que foram feitos. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br OBJETIVO DO AUDITOR • A responsabilidade do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão sobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade operacional. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA § Avaliação do risco de distorção relevante. O auditor deve verificar se existem eventos ou condições que possam levantar dúvidas quanto à capacidade de continuidade operacional da entidade. Alguns procedimentos: • obter e analisar a avaliação feita pela administração quanto à capacidade da entidade de continuar operando; • análise de indicadores financeiros e operacionais; • leitura de atas de reuniões de sócios, diretoria e de comitês relevantes; • indagação a consultores jurídicos sobre a existência de litígios e processos; • inspeção de relatórios de órgãos reguladores e troca de correspondências entre estes e a administração da entidade. INDICADORES DE RISCO E INCERTEZA • Financeiros: patrimônio líquido negativo ou capital circulante líquido negativo; indicações de retirada de suporte financeiro por credores; fluxos de caixa operacionais negativos; incapacidade de pagar credores etc. • Operacionais: intenções da administração de liquidar a entidade ou interromper as operações; perda de pessoal chave da administração sem reposição; perda de mercado importante, clientes importantes; dificuldades trabalhistas etc. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br • Outros: descumprimento de exigências de capital, incluindo outras exigências legais; processos legais ou regulatórios pendentes contra a entidade; mudança de legislação; catástrofe não segurada ou segurada por valor inferior, quando de sua ocorrência. CARACTERIZAÇÃO DA CONTINUIDADE PERÍODO DE AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO § Muitas das estruturas de relatórios financeiros, que exigem uma avaliação explícita da administração, especificam para qual período a administração develevar em consideração todas as informações disponíveis. § Por exemplo, a NBC TG 26 define esse período em, pelo menos, mas não limitado a, doze meses da data do balanço. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br QUESTÕES SOBRE CONTINUIDADE OPERACIONAL 1) (ESAF/AFRFB/2009) No processo de análise da continuidade dos negócios da empresa Extensão S.A., o auditor constatou que a empresa estava com passivo a descoberto. Os diretores financeiro e de produção pediram demissão, estando a empresa com dificuldades para substituí-los. A entidade foi autuada por impostos não recolhidos, sem grandes chances de sucesso em sua defesa. Esses fatos representam respectivamente indicadores: a) de operação, de operação e financeiro. b) financeiro, financeiro e financeiro. c) de outras indicações, de operação e financeiro. d) financeiro, financeiro e de operação. e) financeiro, de operação e de outras indicações. 2) (ESAF/SUSEP/ANALISTA/2010) O auditor externo, ao avaliar as demonstrações contábeis da empresa Evolution S.A., identificou que a empresa está discutindo a similaridade de seus produtos com produtos de concorrentes que possuem isenção de tributação. A empresa não vem recolhendo o referido tributo há mais de 5 anos e o valor relativo a essa contingência é significativo. Caso a decisão vier a ser contrária à empresa, a mesma entrará em processo de descontinuidade. A decisão deve ter seu mérito julgado em quatro anos. Dessa forma deve o auditor emitir parecer: a) negativa de opinião, por não poder firmar opinião sobre as demonstrações contábeis. b) com ressalva, evidenciando o fato como restritivo às demonstrações contábeis. c) adverso, por não permitir avaliar as demonstrações contábeis. d) sem ressalva, visto que há incerteza no desdobramento da causa. e) sem ressalva, com introdução de parágrafo de ênfase fazendo referência à nota explicativa que deve descrever detalhadamente o evento. Gabarito: Continuidade operacional Dez/Unid 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 X E E - - - - - - - Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br FORMAÇÃO DA OPINIÃO E RELATÓRIO DOS AUDITORES Objetivos do auditor (NBC TA 700.6): Os objetivos do auditor são: (a) formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões atingidas pela evidência de auditoria obtida; e (b) expressar claramente essa opinião por meio de relatório de auditoria por escrito. Estruturas de Relatórios Financeiros: A opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis será expressa no contexto de uma estrutura de relatório financeiro “para fins gerais” aplicável (para satisfazer as necessidades de informações financeiras comuns de uma ampla gama de usuários). Estruturas de relatórios financeiros aceitáveis incluem: • normas internacionais de relatório financeiro para entidades de pequeno e médio portes; • normas internacionais de relatório financeiro; e • normas internacionais de contabilidade do setor público. Em alguns casos, pode ser que o auditor deva conduzir uma auditoria de acordo com as duas estruturas de relatórios financeiros. Nessas situações, a opinião do auditor faz referência à estrutura de apresentação adequada e às exigências legais ou regulatórias aplicáveis. Normas Nacionais - Uma referência às normas de auditoria brasileiras e internacionais no relatório do auditor independente é apropriada quando não há nenhum conflito entre as exigências dos dois conjuntos de normas. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br No caso de haver algum conflito, o relatório do auditor independente refere-se somente às normas de auditoria (internacionais ou nacionais) de acordo com as quais foi elaborado o relatório do auditor independente. NBC TA 700.12: O auditor deve avaliar se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável. Essa avaliação deve incluir a consideração dos aspectos qualitativos das práticas contábeis da entidade, incluindo indicadores de possível tendenciosidade nos julgamentos da administração. NBC TA 700.13: O auditor especificamente deve avaliar, segundo os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável, se: (a) as demonstrações contábeis divulgam adequadamente as práticas contábeis selecionadas e aplicadas; (b) as práticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório financeiro aplicável e são apropriadas; (c) as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis; (d) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis; (e) as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas demonstrações contábeis; e (f) a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil, é apropriada. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br Opinião Não Modificada (sem ressalva): • Para formar a opinião, o auditor deve concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes, independentemente se causadas por fraude ou erro. • Quando o auditor está satisfeito quanto à apresentação das demonstrações contábeis e que foram atendidos todos os requisitos relevantes, ele pode expressar uma opinião não modificada, também denominada de opinião sem ressalvas, cuja conclusão é que as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br NOVO RELATÓRIO DO AUDITOR COM A REVISAO DAS NBC TAS EM 07/2016: 1ª Seção: OPINIÃO DO AUDITOR 2ª Seção: BASE PARA OPINIÃO Seção: INCERTEZA SIGNIFICATIVA RELACIONADA À CONTINUIDADE OPERACIONAL Seção: PRINCIPAIS ASSUNTOS DE AUDITORIA (NBC TA 701) Parágrafo: ÊNFASE Parágrafo: OUTROS ASSUNTOS Seção: RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO Seção: RESPONSABILIDADES DO AUDITOR OBSERVAÇÕES IMPORTANTES QUANTO AO NOVO RELATÓRIO DO AUDITOR (NRA): q O novo relatório passou a ser mais informativo e robusto, visando a dar mais segurança aos usuários. q As alterações no relatório não significam uma alteraçãonas normas ou escopo de uma auditoria; não existem procedimentos adicionais de auditoria com as referidas alterações. q As alterações visam a uma maior transparência do resultado dos trabalhos que o auditor executa e quais foram as principais áreas de risco e de importância em seu trabalho, que antes ficavam restritas a discussões internas e registro em papéis de trabalho e agora ganham maior visibilidade e transparência. q A opinião agora vem no início do relatório. O texto da opinião é uma mescla do início do relatório anterior com o antigo parágrafo da opinião. Auditoria Curso Fiscal 2018 Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão Professor: Marcelo Aragão www.silviosande.com.br q A seção “Opinião” do relatório do auditor também deve: a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas; b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas; c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis; d) fazer referência às notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis; e e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. q O relatório do auditor deve incluir uma seção, logo após a seção “Opinião”, com o título “Base para opinião”, que: a) declare que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas de auditoria); b) referencie a seção que descreve as responsabilidades do auditor segundo as normas de auditoria; c) inclua a declaração de que o auditor é independente da entidade de acordo com as exigências éticas relevantes relacionadas com a auditoria e que ele atendeu às outras responsabilidades éticas do auditor de acordo com essas exigências; e d) declare se o auditor acredita que a evidência de auditoria obtida por ele é suficiente e apropriada para fundamentar sua opinião.
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