Buscar

APOSTILA 1 - TEP.doc

Prévia do material em texto

CURSOS: Medicina Veterinária/Nutrição
TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA
TEXTO 1
ESTRUTURA E FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS
	
	Os trabalhos acadêmicos estruturam-se em elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, que subdividem-se, considerando suas especificidades.	
	A apresentação de trabalhos acadêmicos, por sua vez, deve seguir as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, e deverão ser utilizadas rigorosamente no decorrer da formação profissional.
	O objetivo do texto é apresentar tais elementos e as respectivas normas de formatação, de acordo com a ABNT.
1- FORMATAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO
As margens superior e esquerda devem ter 3 cm e as margens inferior e direita 2 cm
A letra pode ser Arial ou Times New Roman
O tamanho da letra 12 para Times ou 11 para Arial.
Títulos e subtítulos devem ter letras diferenciadas. Em geral, usa-se maiúscula com negrito em títulos (tamanho 12) e maiúscula sem negrito em subtítulos (tamanho 12).
O trabalho deve ser digitado e impresso em folha A4.
Os parágrafos do texto devem ser digitados com espaço de 1,5pt entre linhas. Podem ter recuo na primeira linha de até 2cm ou espaçamento de 12pt entre eles. 
PAGINAÇÃO
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas seqüencialmente, mas não numeradas, 
As folhas pré-textuais são contadas, mas não numeradas. 
A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual.
2- ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS E FORMATAÇÃO
	Pré-textos são as páginas que antecedem o corpo (introdução, desenvolvimento, conclusão e referências) do trabalho. São pré-textos indispensáveis à maioria dos trabalhos acadêmicos, sendo obrigatórias: a capa, a folha de rosto e o índice (ou sumário)
	Em trabalhos como monografias, dissertações e teses constam outros itens: ficha catalográfica; errata; folha de aprovação; dedicatória; agradecimentos, resumo e listas de abreviaturas, de tabelas, de figuras e de gráficos.
	São elementos pré-textuais: 
Capa (obrigatório);
Lombada (opcional)
Folha de Rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória(s) (opcional)
Agradecimento(s) (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações, tabelas e símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
2.1- NORMATIZAÇÃO DE CAPA DE TRABALHO ACADÊMICO
Todos os elementos textuais deverão estar centralizados, digitados em letra maiúscula
No cabeçalho constam o nome da instituição e o curso (no início da folha) (tamanho 12);
Em seguida, aparece o nome do(s) autor(es) (tamanho 12);
Abaixo do nome do autor está o título do trabalho (no meio da folha), tamanho 14, negritado e centralizado;
Segue-se local e ano de realização do trabalho (no final da folha).
2.2- NORMATIZAÇÃO DE FOLHA DE ROSTO DE TRABALHO ACADÊMICO
O nome do autor aparece no topo da página (início da folha), centralizado, em negrito e maiúsculo (tamanho 12)
Segue-se o título do trabalho (tamanho 14, negritado, centralizado);
Após o título, formatado à direita (10 cm), há um texto de apresentação com a indicação do nome do orientador (ou professor)
Encerra-se a capa com indicação de local e ano de realização do trabalho.
2.3- RESUMO
O resumo indicativo ou descritivo acontece quando se faz referência às partes mais importantes, componentes do texto. Utiliza frases curtas, cada uma correspondendo a um elemento importante da obra. Não é simples enumeração do sumário ou índice do trabalho. Não dispensa a leitura do texto completo, pois apenas descreve sua natureza, forma e propósito.
Exemplo:
Este artigo trata basicamente das REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE/DOENÇA de um segmento da classe trabalhadora que vive em favelas do Rio de Janeiro. Mais especificamente, discute-se aqui a visão etiológica das doenças, a partir da perspectiva popular, em confronto com os modelos biomédicos e com as interpretações correntes da antropologia e da sociologia médica. Fundado em trabalho de campo, esse estudo aponta para o fato de que, como fragmento da cultura popular, a visão de saúde-doença é pluralista, ecológica e holística. A base de concepções populares é a sua própria inserção no mundo material, histórico, vivo e repleto de contradições. O modo de pensar saúde-doença que é, ao mesmo tempo, o modo de pensar a vida e a morte, remete às raízes tradicionais desses grupos mas também à sua inserção no mundo industrial; faz parte do imaginário social que ultrapassa os limites de tempo, do espaço e das classes, mas se projeta de forma específica, contribuindo tanto para definir como para questionar as políticas e os serviços oficiais de saúde. 
2.3- FORMATAÇÃO DE SUMÁRIO/
	O sumário índica uma única redação dividida em partes ( itens ou capítulos), sendo utilizado em trabalhos com texto partido em seções, como monografias, dissertações e teses. 
	Deve apresentar o número da página de cada conteúdo nele especificado.
3-ELEMENTOS TEXTUAIS (corpo do trabalho)
	O corpo do trabalho acadêmico pode consistir em resumo, resenha, artigo, projeto, relatório de estágio, monografia, dissertação de mestrado, tese de doutorado entre outros. Localiza-se entre o pré-texto (apresentado acima) e o pós-texto (apêndices e anexos). 
	O texto tem início com uma introdução, seguido pelo desenvolvimento do tema pesquisado e das conclusões alcançadas, e encerra-se com as referências bibliográficas dos autores citados.
3.1- INTRODUÇÃO
	“A Introdução é a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho” (NBR 14724:2002 4.2.1). 
	Deve situar a especificidade do assunto estudado, apresentando de forma concisa o que já foi estudado por outros autores. Ao mesmo tempo, deve justificar a presente comunicação científica, assinalando sua importância e interesse.
	Pode fornecer outras informações sobre o tema proposto, o propósito, os limites, os métodos e o referencial teórico que norteia o conteúdo do trabalho. 
	Embora venha a constituir a primeira parte do trabalho, recomenda-se que seja a última a ser redigida em forma definitiva.
3.2- DESENVOLVIMENTO
O Desenvolvimento é a “parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método” (NBR 14724:2002 4.2.2). 
O objetivo do desenvolvimento é a exposição da ideia principal do trabalho, sua fundamentação racional e os resultados obtidos na investigação do assunto. Em outras palavras, o corpo do trabalho desenvolve os tópicos indicados na introdução, analisa-os, destaca seus pormenores mais significativos, discute as diferentes abordagens e apresenta a hipótese do autor.
Este deve se dar de forma simétrica (mesmo espaço e mesma qualidade entre si e entre os capítulos), interdependente (os capítulos devem sempre deixar evidente sua ligação com o todo do trabalho) e lógica (fazer sentido naturalmente). A argumentação deve ser clara, objetiva, bem fundamentada e bem documentada. 
A divisão do texto em capítulos ou subtítulos ajuda o/a leitor/a a compreender as várias fases da pesquisa e da discussão, bem como a evolução dos raciocínios do/a autor/a. As divisões devem ser: exclusivas (não devem se confundir), exaustivas (não devem omitir abordagens fundamentais), necessárias (deve-se eliminar tudo o que não é absolutamente relevante), simétricas (as partes devem ser proporcionais tanto na quantidade quanto na qualidade), coerentes (não se deve usar categorias diferentes) e consequentes (uma divisão deve surgir da anterior e desembocar naturalmente na seguinte).
3.3- CONCLUSÃO
	A Conclusão é a “parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses” – “é opcional apresentar os desdobramentos relativos à importância, síntese, projeção, repercussão, encaminhamentos e outros” (NBR14724:2002 4.2.3).
	Sendo o arremate da comunicação, antes de tudo deve conter uma resposta (a mais inequívoca possível) para a problematização do assunto proposta na introdução. É o ponto para o qual convergem a análise, a argumentação e a demonstração elaboradas no corpo do trabalho. E por ser uma síntese final, deve ser breve e concisa.
	Muitos iniciantes confundem a conclusão com um apêndice ou um resumo. É um engano. A conclusão é uma decorrência lógica e natural de tudo que foi exposto anteriormente. Ela corresponde ao objetivo final da comunicação, é sua razão de ser. Sem ela o trabalho não tem valor.
	Em verdade, toda a investigação, análise, dissertação e argumentação só se justificam em função da conclusão, ou seja, daquilo que se quer provar. Os elementos anteriores, introdução e desenvolvimento, só tem sua presença assegurada no trabalho se contribuírem para a composição desta parte final.
 
4- A TÉCNICA DA REDAÇÃO
	A linguagem científica tem como característica essencial a precisão e a objetividade. Sendo expressão do conhecimento racional, ela é informativa por excelência, por isso não aceita expressão ambígua ou obscura. Seus argumentos, conclusões e interpretações partem da realidade objetiva, ao contrário da expressão literária, que é fruto da criatividade subjetiva do autor, sendo essa diferença fundamental.
	Alguns pontos fundamentais norteiam o estilo que compõe uma redação científica, sendo eles: objetividade, concisão, clareza, precisão, imparcialidade, encadeamento, impessoalidade e coerência.
	Objetividade – Como característica básica de todo texto no qual se prevalece o sentido denotativo da linguagem, a objetividade é elementar ao discurso da modalidade em questão, visto que os assuntos deverão ser retratados de maneira simples, de modo a evitar dúbios significados, tampouco hermetismo excessivo, demarcado pelo excesso de palavras difíceis de serem compreendidas pelo interlocutor.
	Concisão – Um texto conciso é aquele em que você diz muito em poucas palavras, ou seja, o excesso de palavras e de ideias repetitivas só contribui para a falta de clareza acerca do que se pretende dizer.
	Clareza – Como já expresso, uma das qualidades que distingue o texto científico do literário, jornalístico e do publicitário é tão somente a clareza expressa pela mensagem. Assim sendo, torna-se fundamental que não haja comentários redundantes e irrelevantes.
	Precisão – Para que o emissor atinja seu verdadeiro objetivo, faz-se necessário que ele seja preciso no que escreve ou fala. Portanto, rebuscamentos exagerados, bem como a prolixidade, são elementos que ofuscam tal intenção. Sendo assim, para ser entendido, faça-se entender.
	Imparcialidade – Toda e qualquer pesquisa científica deve estar amparada em evidências concretas, sejam estas oriundas de uma pesquisa de campo ou até mesmo por argumentos que sustentem as conclusões do estudo. Daí a necessidade de o pesquisador manter uma postura unilateral.
	Encadeamento – Ao mencionarmos tal vocábulo, podemos associá-lo à coesão – expressa pelo encadeamento de frases, orações e períodos, que resulta na perfeita articulação das ideias expressas. Nesse sentido é fundamental que os parágrafos, os tópicos e os capítulos estejam em perfeita sintonia, de modo a caracterizar uma sequência lógica de posicionamentos.
	Impessoalidade – Tendo em vista um dos requisitos que nutrem a linguagem escrita, sobretudo quando se trata de argumentos, posição assumida pelo autor em relação a um determinado assunto, afirma-se que a impessoalidade é elementar. Sendo assim, todo o texto deve ser redigido em terceira pessoa, no intuito de evitar determinadas expressões tais como: meu artigo, meu estudo, minhas conclusões, etc, uma vez que o conveniente é “o referido artigo”, “o estudo em questão”, “ficou evidenciado”, etc.
	Coerência – A coerência está relacionada ao conteúdo propriamente dito, ou seja, um texto somente pode ser considerado coerente se suas ideias, fatos e opiniões estiverem expostos de forma ordenada. Assim ocorre na redação científica, na qual essa sequência se repete em cada etapa do trabalho, ou seja, a sequência expressa no resumo deve estar detalhada na introdução, bem como deve prosseguir no desenvolvimento. As considerações finais devem abordar os aspectos essenciais do estudo na mesma ordem e forma apresentadas no desenvolvimento.
	Como orientação básica para o estilo a ser seguido no trabalho, observe o seguinte esquema:
Exponha as ideias com clareza e objetividade
Utilize linguagem direta
Redija com simplicidade, sem resvalar para o supérfuto e sem descambar para o excessivamente coloquial. Enfoque a matéria e particularize os pontos necessários para a comunicação sem recorrer a um estilo prolixo, retórico ou confuso.
Use vocabulário técnico somente para o estritamente necessário. Seja rigoroso e preciso no seu uso, a fim de evitar que seu texto se torne hermético.
Evite escrever períodos muito longos. Prefira as frases curtas.
Use a terceira pessoa do singular. Evite referências pessoais como “minha tese”, “neste meu estudo”. É mais elegante utilizar expressões como “a presente tese”, “no presente estudo”. É também desaconselhável usar a primeira pessoa do plural para indicar impessoalidade, como “nossa tese”, “neste nosso estudo”.
5- CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS NO CORPO DO TEXTO
	A citação é a referência à ideia de outro autor no texto. O escritor cita ideias de outro autor em seu texto para relacioná-las com as suas. Deve-se indicar a fonte de onde foi extraída a citação. Entre as fontes mais comuns de onde se extraem citações estão livros, revistas, jornais, anais e leis. 
	Os dados das fontes das citações devem ser completos para viabilizar a localização de quem nelas queira buscar aprofundamento. Os dados completos das fontes devem ser colocados em notas de rodapé ou listados no fim do texto sob o título de “Referências Bibliográficas”. 
	Observando-se as ultimas folhas de livros e artigos científicos, verifica-se, em geral, a presença dos dados completos das fontes citadas pelo seu autor. As fontes devem ser indicadas ou pelo sistema autor-data ou pelo sistema numérico.
	Há três tipos de citação: citação direta; citação indireta; citação de citação.
5.1- CITAÇÃO DIRETA
	Citação direta é a transcrição literal de um texto ou de parte dele e pode ser: a) curta; b) longa; c) com omissão de trechos por que as transcreve; d) com destaques a trechos por quem as transcreve; e) acrescidas de explicações por quem as transcreve.
	A indicação das citações no texto é feita pelo sobrenome do autor ou pela instituição responsável, seguido da data de publicação e a página cuja citação foi retirada.
5.1.1-Citação com até três linhas (curta)
	As citações curtas, de, no máximo três linhas, são aquelas inseridas entre aspas dentro dos parágrafos. Por estarem dentro do parágrafo, devem seguir a estrutura da letra do mesmo, em forma e tamanho. Portanto não devem ser colocadas em itálico, negrito, sublinhado ou com qualquer outro destaque além das aspas delimitantes. Se existirem aspas dentro do texto citado, estas devem ser substituídas por apóstrofo para não se confundirem com as aspas que delimitam a citação:
Exemplo:
	A globalização é o “resultado da multiplicação da intensificação das relações que se estabelecem entre 'agentes econômicos' situados nos mais diferentes pontos do espaço mundial,constituindo um processo que, para avançar, requer a abertura dos mercados nacionais”. (ANDERSEN, 1997, p.45).
5.1.2- Citação com mais de três linhas (longa)
	Citações com mais de três linhas devem aparecer em parágrafo distinto, sem aspas, com letra menor que a do parágrafo que a antecede. Costuma-se usar fonte 10 e espaço simples entre linhas. Além da fonte e do espaçamento menor, as citações destacadas do parágrafo devem ter recuo de 4cm da margem direita do papel. O recuo não deve se dar apenas na primeira linha da citação, mas em todas, ou seja, a segunda linha e as subseqüentes da citação são alinhadassob a primeira letra do trecho citado. 
Exemplo:
A importância da produção paranaense de algodão no cenário nacional já foi destacada no estudo Indústria Têxtil Brasileira, concluído em 1985. Um caso singular é o Estado do Paraná: considerando o período como um todo, sua participação na área cultivada total praticamente não se altera (8,6% em 1965; 9,0% em 1980); no entanto, este estado aumenta o seu nível de produção em cerca de 60%, tornando-se o principal produtor de algodão do país (33,5% da produção nacional em 1980). Dessa forma, os Estados de São Paulo e Paraná, com apenas 16,2% da área dedicada ao cultivo de algodão no Brasil, eram responsáveis por 62,3% da produção nacional em 1980. (TELLES, 2004. p.24).
5.1.3-Omissões em citação
	Não é necessário copiar todo o trecho de um texto que se deseja citar. Pode-se suprimir parte de sua seqüência, desde que a parte retirada não altere o seu sentido. A parte suprimida é indicada pelo uso de reticências, entre colchetes [...]. 
Exemplo:
	As transformações na base técnica da produção agropecuária “[...] trazem como conseqüência uma alteração na organização da produção, na medida em que, com o uso dessas técnicas, há um aumento na produtividade da terra e do trabalho”. (TELLES, 2005, p.98).
5.1.4-Ênfase ou destaque em citações
Pode-se dar destaque a palavras ou frases em citações desde que o leitor seja informado de que o destaque não aparece no texto original. Para tanto, usa-se negrito seguido da expressão sem grifo no original, entre colchetes, imediatamente após a palavra ou frase destaca. 
Exemplo:
	“A existência de um mercado consumidor diferenciado [sem grifo no original] e de atividades de comercialização de produtos agrícolas com operações conexas criaram as bases da urbanização regional.”(TELLES, 2005, p.99) 
5.1.5- Acréscimos, explicações, incorreções e/ou incoerências e dúvidas em citações
	Deve-se utilizar as seguintes convenções: 
a) acréscimos e/ou explicações em citações devem aparecer entre colchetes;
Exemplo:
	"Não podemos desconsiderar a crise [refere-se aos incidentes] instalada." 
b) incorreções e incoerências no texto citado são indicadas pela sigla [sic], entre colchetes, imediatamente após sua ocorrência; A sigla “sic” é uma expressão latina que significa “assim mesmo” e serve para que o leitor entenda que o erro não foi cometido por quem a copiou e sim pelo autor da obra original. 
Exemplo:
	"Alguns país [sic] latino-americanos divergem da política econômica dos EUA."
c) para dúvidas em citação usa-se o ponto de interrogação [?] entre colchetes, logo após a palavra ou frase que as gerou.
Exemplo: 
	"Homens são inculpados [?] de suas mazelas."
5.2- CITAÇÃO INDIRETA
	A citação indireta é a reprodução não literal das idéias de outro autor no teto, ou seja, ao invés de copiar literalmente a idéia apresentada por um autor consultado, o autor do texto usa suas próprias palavras ou faz uma síntese das idéias do autor consultado. Por esse motivo, citação indireta não é colocada entre aspas nem em parágrafo distinto. Porém, deve-se indicar a fonte de onde foi extraída, e o ano da publicação. Chama-se de paráfrase a reprodução das idéias do autor com palavras próprias e de condensação a síntese, sem alteração, das idéias do autor. 
Exemplo:
	Segundo Gomes (1995), o país atravessa um crescimento econômico refletido no aumento de consumo da população de baixa renda.
ou
	O país atravessa um crescimento econômico refletido no aumento de consumo da população de baixa renda (GOMES, 1995)
.
5.3- CITAÇÃO DE CITAÇÃO
	Quando extraímos da obra de um autor uma citação que ele tenha feito de um outro autor, fazemos, assim, citação de citação. A citação de citação é a referência a um documento ao qual não se teve acesso, mas do qual se tomou conhecimento. A indicação é feita pelo nome do autor original, seguido da expressão “citado por” ou “apud” e do nome do autor da obra consultada. Entretanto, apenas o autor da obra consultada é mencionado como fonte. 
Exemplos:
Segundo Brian (1997 citado por KOLIN, 2000, p. 27), “as sociedades que experimentaram o socialismo expressam uma capacidade solidária mais aguçada que as sociedades capitalistas...”. 
ou
Segundo Brian (1997apud KOLIN, 2000, p. 27), “as sociedades que experimentaram o socialismo expressam uma capacidade solidária mais aguçada que as sociedades capitalistas...”. 
6- ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS
	São elementos complementares ao trabalho que devem estar, como o próprio nome diz, após o texto. São elementos pós-textuais: referências, glossário, apêndices, anexos e índice.
6-1- REFERÊNCIAS
	Conforme a NRB NBR 6023, 2002, 3.9, referência é o “conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a sua identificação individual”. Constitui uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto. Não devem ser referenciados documentos não citados. Caso haja conveniência de referenciar material bibliográfico não citado, deve-se fazer uma lista própria após a lista de referências sob o título: Bibliografia recomendada.
As referências podem ter uma ordenação alfabética, cronológica e sistemática (por assunto). Entretanto neste modelo, sugerimos a adoção da ordenação alfabética ascendente. 
Autor repetido: Quando se referencia várias obras do mesmo autor, substitui-se o nome do autor das referências subseqüentes por um traço equivalente a seis espaços. 
6.1.1- ASPECTOS GRÁFICOS
Espacejamento: as referências devem ser digitadas, usando espaço simples entre as linhas e espaço duplo para separá-las. 
Margem: As referências são alinhadas somente à margem esquerda. 
Pontuação: 
Usa-se ponto após o nome do autor/autores, após o título, edição e no final da referência; 
Os dois pontos são usados antes do subtítulo, antes da editora e depois do termo In:; 
A vírgula é usada após o sobrenome dos autores, após a editora, entre o volume e o número, páginas da revista e após o título da revista; 
O Ponto e vírgula seguido de espaço é usado para separar os autores; 
O hífen é utilizado entre páginas (ex: 10-15) e, entre datas de fascículos seqüenciais (ex: 1998-1999); 
A barra transversal é usada entre números e datas de fascículos não seqüenciais (ex: 7/9, 1979/1981); 
O colchetes é usado para indicar os elementos de referência, que não aparecem na obra referenciada, porém são conhecidos (ex: [1991]); 
O parêntese é usado para indicar série, grau (nas monografias de conclusão de curso e especialização, teses e dissertações) e para o título que caracteriza a função e/ou responsabilidade, de forma abreviada. (Coord., Org., Comp.). Ex: BOSI, Alfredo (Org.) 
As Reticências são usadas para indicar supressão de títulos. Ex: Anais...
Maiúsculas: usa-se maiúsculas ou caixa alta para: 
Sobrenome do autor 
Primeira palavra do título quando esta inicia a referência (ex.: O MARUJO) 
Entidades coletivas (na entrada direta) 
Nomes geográficos (quando anteceder um órgão governamental da administração: Ex: BRASIL. Ministério da Educação); 
Títulos de eventos (congressos, seminários etc.) 
Grifo: usa-se negrito para: 
Título das obras que não iniciam a referência 
Título dos periódicos; 
Nomes científicos, conforme norma própria. 
6.1.2- MODELOS DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a) Livros (um autor)
FRIGOTTO, G. Educação e a crise do capitalismo real. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
b) Livros (dois autores)
BABIN, P.; KOULOUMDJIAN, M. Os novos modelos de compreender: a geração do audiovisual e do computador. São Paulo: Paulinas, 1989.
c) Capítulos de livros
OLIVEIRA, F. Neoliberalismo à brasileira. In: GENTILI, P. (Org.). Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o estado democrático. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1995. p. 29-34.
d) Artigos de periódicos (com mais de três autores)
PODSAKOFF, P.M. et al. Transformational leader behaviors and their effects on followers’ trust in leader, satisfaction, and organizational citizenship behaviors. Leadership Quarterly, Greenwich,Conn., v. 1, n. 2, p. 107-142, 1990.
e) Teses
CARVALHO, W.L.P. O ensino das ciências sob a perspectiva da criatividade: uma análise fenomenológica. 1991. 302f. Tese (doutorado) – Faculdade de Educação. Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
f) Artigo de periódico (formato eletrônico)
AQUINO, J.G.; MUSSI, M.C. As vicissitudes da formação docente em serviço: a proposta reflexiva em debate. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 211-227, jul. 2001. Disponível em: Acesso em 14 ago. 2002.
g) Livro em formato eletrônico 
SÃO PAULO (Estado). Entendendo o meio ambiente. São Paulo, 1999. v. 1. Disponível em: Acesso em 8 mar. 1999.
h) Artigo de jornal assinado
DIMENSTEIN, G. Escola da vida. Folha de S. Paulo, São Paulo, 14 jul. 2002. Folha Campinas, p. 2.
i) Artigo de jornal não assinado
FUNGOS e chuva ameaçam livros históricos. Folha de S. Paulo, São Paulo, 5 jul. 2002. Cotidiano, p. 6.
j) Decretos, Leis
BRASIL. Decreto n. 2.134, de 24 de janeiro de 1997. Regulamenta o art. 23 da Lei n. 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a categoria dos documentos públicos sigilosos e o acesso a eles, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 18, p. 1435-1436, 27 jan. 1997. Seção 1.
k) Constituição federal
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
l) Relatório oficial
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Relatório 1999. Curitiba, 1979.
(mimeogr.)
m) Gravação de vídeo
VILLA-LOBOS: o índio de casaca. Rio de Janeiro: Manchete Vídeo, 1987. 1 videocassete (120 min.):VHS, son., color.
n) Trabalho publicado em Anais de Congresso
PARO, V.H. Administração escolar e qualidade do ensino: o que os pais ou responsáveis têm a ver com isso? In: SIMPOSIO BRASILEIRO DE POLITICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO, 18., 1997, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre, EDIPUCRS, 1997. p.303-314.
o) Tabelas e figuras
As tabelas devem ser numeradas, consecutivamente, em algarismo arábico, na ordem em que foram citadas no texto e encabeçadas por um título. Recomenda-se a não repetição dos mesmos dados em gráficos. Na montagem das tabelas, recomenda-se seguir as “Normas de apresentação tabular”, publicadas pelo IBGE.
Quadros são identificados como tabelas, seguindo uma única numeração em todo o texto. As ilustrações (fotografias, desenhos, gráficos etc.) são consideradas figuras. Devem ser numeradas, consecutivamente, com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. 
6.2- GLOSSÁRIO
	Elemento opcional, constituído por uma relação de termos usados no trabalho, seguido de seus significados. Deve ser apresentado em ordem alfabética.
6.3- APÊNDICE
	Elemento opcional, elaborado para o desenvolvimento do trabalho, porém não faz parte do mesmo. Colocar a palavra apêndice centralizada, caixa alta, no meio da página, se tiver mais de um apêndice usar no plural. Cada apêndice deve ser identificado por letras maiúsculas seguida por travessão e seus respectivos títulos. Quando ultrapassar as 23 letras do alfabeto usa-se letras dobradas (AA).
Exemplo:
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO 1
6.4- ANEXO
	Elemento opcional, texto ou documento não elaborado pelo autor. É incorporado ao trabalho para fundamentar, ilustrar ou confirmar ideias. Deve ser identificado por letras maiúsculas, seguida por travessão e seus respectivos títulos. Quando ultrapassar as 23 letras do alfabeto usa-se letras dobradas (AA). A forma de apresentação é igual a do apêndice.
6.5- ÍNDICE
	Elemento opcional, elaborado conforme NBR 6034 que constitui-se de um conjunto de palavras ou frases, normalmente ordenadas alfabeticamente, e que remetem às informações contidas no texto.

Outros materiais