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Fundamentos Básicos de Sociologia

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Prévia do material em texto

TALITA SILVA BEZERRA 
FRANCISCO STENIO NOGUEIRA JÚNIOR 
JOÃO JOSÉ SARAIVA DA FONSECA 
 
 
 
 
 
Talita Silva Bezerra 
Francisco Stenio Nogueira Júnior 
João José Saraiva da Fonseca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOCIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª EDIÇÃO 
EGUS 2013 
 
 
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada 
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica 
 
Diretor-Presidente 
Oscar Rodrigues Júnior 
 
Pró-Diretor de Inovação Pedagógica 
João José Saraiva da Fonseca 
 
Coordenadora Pedagógica e de Avaliação 
Sonia Maria Henrique Pereira da Fonseca 
 
Assessor de Gestão Administrativo 
Éder Jacques Porfírio Farias 
Multimídia Impressa e Audiovisual 
Cícero Romário Lima Rodrigues 
Francisco Sidney Souza de Almeida 
Juliardy Rodrigues de Sousa 
Lee Aguiar Frota Araújo 
Luis Carlos de Souza Lima 
 
 
Manutenção e Suporte do Ambiente Virtual de 
Aprendizagem 
Rhomélio Anderson Sousa Albuquerque 
 
 
 
 
 
 
Equipe de Transposição Didática e Modelagem 
Pedagógica 
Anaisa Alves de Moura 
Evaneide Dourado Martins 
Licilange Gomes Alves 
Sonia Maria Henrique Pereira da Fonseca 
Produção e Desenvolvimento de Softwares para 
Aprendizagem em Ead 
Anderson Barbosa Rodrigues 
André Alves Bezerra 
Luís Neylor da Silva Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIP - Catalogação na Publicação 
Ficha Catalográfica Elaborada Pela Biblioteca Central 
Prof. Dr. Manfredo Araújo de Oliveira do Instituto Superior De Teologia 
Aplicada- Faculdades INTA 
 
B574f Bezerra, Talita Silva. 
Fundamentos básicos de sociologia./ Talita Silva 
Bezerra, Francisco Stenio Nogueira Júnior, João José da 
Fonseca. – Sobral, CE, 2013. 
101f. 
 
Inclui Bibliografia 
ISBN 978-85-61760-68-7 
 
 
1. Sociologia. 2. Correntes Sociológicas. 3. Sociologia - 
Globalização. 4. PRODIPE. I. Título. 
 
CDD 301 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras do Professor-Autor ............................................................................. 12 
Ambientação .......................................................................................................... 13 
Trocando ideias com os autores ................................................................... 14 
Problematizando .................................................................................................. 16 
Aprendendo a pensar ........................................................................................ 19 
1Surgimento da sociologia e seus objetivos 
A ciência como forma específica do conhecimento ................................. 23 
Organização Social: Fundamentos históricos e epistemológicos ........... 26 
A Revolução Industrial ..................................................................................... 27 
A Revolução Francesa ....................................................................................... 28 
Sociedade e Cultura .......................................................................................... 29 
O conceito de sociedade ....................................................................................................................... 29 
Recursos básicos de uma sociedade ............................................................................................. 29 
O conceito de sociedade considerando diversos níveis ..................................................30 
Tipos de categoria de sociedade ..................................................................................................... 30 
O conceito de cultura ........................................................................................................................31 
Características básicas da cultura ..............................................................................................32 
Elementos da cultura ........................................................................................................................33 
Variabilidade cultural ........................................................................................................................34 
Etnocentrismo, relativismo cultural e choque cultural ...................................................35 
Socialização ........................................................................................................ 36 
As metas de socialização...................................................................................................................... 37 
Padrões de socialização ........................................................................................................................ 37 
Principais tipos de socialização ........................................................................................................ 37 
Socialização primária ou socialização na infância ...........................................................37 
A socialização secundária ou socialização na idade adulta .......................................38 
Dessocialização e Ressocialização .................................................................................................. 38 
Socialização antecipatória ..............................................................................................................39 
Socialização reversa ...........................................................................................................................39 
Agentes e componentes de socialização ................................................................................... 39 
Múltiplas e contraditórias influências de socialização ................................................... 40 
 
 
Correntes Sociológicas 
A contribuição de Auguste Comte ................................................... 41 
Contribuição de Émile Durkheim ........................................................ 47 
O objeto de estudos de sociologia ................................................................................... 52 
Método de estudo: a coisificação do fato social .................................................. 53 
Contribuição de Max Weber .................................................................. 56 
Como o cientista deve tratar o objeto de estudo sociológico ...................... 59 
O tipo ideal: um instrumento de pesquisa do saber sociológico ............... 60 
A Ética protestante e o espírito do capitalismo ................................................... 62 
Contribuição de Karl Max ..................................................................... 63 
Alguns conceitos básicos: exploração, expropriação, 
ideologia, alienação ............................................................................................................ 66 
A contribuição de Louis Althusser ...................................................... 71 
Contribuição de Pierre Bourdieu e Jean Claude Passeron ............. 72 
3 Sociologia: Conceitos e disciplinas agregadas 
Conceitos .................................................................................................. 78 
Estrutura social ........................................................................................ 78 
Status e Papéis ....................................................................................................................... 78 
Relações sociais ............................................................................................................................ 79 
Grupo social ...................................................................................................................................79 
Instituições sociais ....................................................................................................................... 80 
Organizações formais ........................................................................................................ 81 
Leis sociais ........................................................................................................................................ 81 
4 Abordagem temática 
da sociologia e globalização 
Globalização ........................................................................................................................... 85 
A universalização do dinheiro como meio de troca ...................................... 87 
Leitura obrigatória .................................................................. 94 
Saiba mais ................................................................................. 96 
Revisando ................................................................................. 100 
Autoavaliação .......................................................................... 105 
Bibliografia ............................................................................... 107 
Referências da Web ...................................................................108 
S
u
m
á
ri
o
 
2 
INTA EAD Sociologia 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ambientação à disciplina 
Aqui o estudante irá observar que todo o texto do material didático tem um 
ícone que servirá de orientação para seu estudo, onde poderá ter uma visão 
panorâmica sobre o conteúdo a ser estudado. 
 
 
Trocando ideias com os autores 
A intenção é que seja feita a leitura de obras indicadas pelo professor-autor 
numa perspectiva de dialogar com os autores de relevo nacional e/ou mundial. 
 
 
Problematizando 
É apresentada uma situação problema onde será feito um texto expondo 
uma solução para o problema abordado, articulando a teoria e a prática 
profissional. 
 
 
Aprendendo a pensar 
O estudante deverá analisar o tema da disciplina em estudo a partir das ideias 
organizadas pelo professor-autor do material didático. 
 
 
Leitura obrigatória 
Este ícone apresenta uma obra indicada pelo professor-autor que será 
indispensável para a formação profissional do estudante. 
 
 
Saiba mais 
Neste ícone será encontrado sugestões de aprofundamento da disciplina em 
outro espaço. Pesquisas divulgadas, em formato de entrevistas, com o próprio 
autor da investigação. 
Veja a seguir os ícones que servirão de guia de 
estudo no projeto gráfico do material didático: 
 Sociologia INTA EAD 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisando 
É uma síntese dos temas abordados com a intenção de possibilitar uma 
oportunidade para rever os pontos fundamentais da disciplina e avaliar a 
aprendizagem. 
 
 
Autoavaliação 
Momento de parar e fazer uma análise sobre o que o estudante aprendeu 
durante a disciplina. 
 
 
Bibliografia 
Indicação de livros e sites que foram usados para a constituição do material 
didático da disciplina. 
Veja a seguir os ícones que servirão de guia de 
estudo no projeto gráfico do material didático: 
INTA EAD Sociologia 11 
 
 
O estudante virtual 
O que ser é estudante virtual? É ser uma pessoa que está inserida na sociedade 
contemporânea, no espaço real, utilizando os recursos das novas tecnologias em 
seu cotidiano. O fato de permanecer conectado em diversas redes, nas quais estão 
milhões de pessoas conectadas, principalmente através dos recursos das tecnologias 
digitais, transpõe a ideia que habitamos num mesmo espaço físico, isto é, confunde 
o real e o virtual. Este fenômeno é denominado realidade aumentada. 
Um curso a distância exige que o estudante vá além de saber navegar. As 
conexões do curso, ou de uma disciplina, estão vinculadas por um roteiro de estudo 
multilinear que se caracteriza pela narração, sobretudo em formato digital, a qual 
procura usar múltiplas linhas para registrar a produção do texto a partir das escolhas 
do autor. O hipertexto, ou seja, o texto em formato digital, é adequado ao ambiente 
hipermídia, que se configura como um leque de prováveis textos interligados, sem 
uma hierarquia de leitura pré-estabelecida. 
O estudante virtual, diante da tela do computador, assume a função de leitor 
decodificador da linguagem não verbal, que está nas figuras, desenhos, fotos de 
pessoas, objetos, animais e outros. Esses elementos presentes no material didático 
são chamados de ícones, ou seja, tudo que está além dos códigos da linguagem 
verbal. Por isso, a habilidade de leitura do estudante de ensino a distância deve ser a 
aquisição daquele “olhar com olhos de ver”, ou seja, compreender o texto e o contexto 
da informação do material didático na intenção de entender as informações textuais 
e construir novos conhecimentos. É desse modo que se caracteriza a aprendizagem 
colaborativa e a sociointeracionista na educação a distância. 
Para saber mais... 
Preparamos este Método de Estudo para que o estudante possa desenvolver a 
sua autonomia de estudar no ambiente virtual e no material impresso seguindo as 
orientações das vinhetas abaixo: 
• Ambientação 
• Trocando ideias com os autores 
• Problematizando 
• Leitura Obrigatória 
• Saiba Mais 
• Revisando 
• Autoavaliação 
• Bibliografia 
• Referências da Web 
 Sociologia INTA EAD 12 
 
 
Palavra do Professor-Autor 
Caro estudante, 
 
 
A vida do homem em sociedade tem sido questionada desde a Antiguidade. As 
primeiras tentativas de explicar a ação humana foram interpretadas pelas naturezas 
teológica ou mitológica. 
A sociologia surge no século XIX, no contexto da consolidação da sociedade 
capitalista e enquanto resultado de um contexto histórico que abrange um vasto 
conjunto de acontecimentos de natureza política, econômica, filosófica, científica, 
religiosa e artística, ocorridos ao longo dos séculos. Ela, a sociologia, é o resultado 
do esforço de um diversificado grupo de pensadores que procuraram compreender 
as novas realidades da vida social do ocidente, em curso na época. 
No entanto, a sociologia não considera o indivíduo objeto de observação. 
Enquanto ciência do social, ela se interessa pelo sujeito na medida em que este 
interage com os demais, constituindo-se, dessa forma, em um fato social. 
 
 
 
 
 
Autores 
Os Autores. 
 
 
 
Talita Silva Bezerra 
Mestra em Sociologia pela Universidade 
Federal do Ceará-UFC, bolsista CNPq. 
Tem experiência na área de Sociologia e 
Antropologia, com ênfase em Sociologia 
da Juventude, Sociologia Rural, Cidade e 
Práticas Culturais, atuando principalmente 
nos seguintes temas: mobilidade e processos de subjetivação, 
sociologia rural, grupos de idade e formas de sociabilidade. 
Atualmente é membro do Grupo de Pesquisa sobre Culturas 
Juvenis (GEPECJU - UVA/CE) vinculado ao Diretório dos Grupos 
de Pesquisas do CNPq, professora da Universidade Estadual 
Vale do Acaraú-UVA e da Faculdade Luciano Feijão - FLF. 
 
Francisco Stenio Nogueira Júnior 
Possui graduação em Ciências Sociais 
(Licenciatura) pela Universidade Estadual 
Vale do Acaraú (2011). Participou do 
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação 
à Docência (PIBID). Tem experiência nas 
áreas de Antropologia e Sociologia. 
João José Saraiva da Fonseca 
É Pós-Doutor em Educação pela Universidade 
de Aveiro em Portugal, Doutor em Educação 
pela Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte (2008), Mestre em Ciências da Educação 
pelaUniversidade Católica Portuguesa - Lisboa 
(1999) (validado no Brasil pela Universidade 
Federal do Ceará), Especialista em Educação Multicultural 
pela Universidade Católica Portuguesa - Lisboa (1994). 
Graduou-se em Ensino de Matemática e Ciências pela Escola 
Superior de Educação de Lisboa (validado no Brasil pela 
Universidade Estadual do Ceará). É pesquisador na área da 
produção de conteúdo para educação a distância. Atualmente 
desempenha a função de Pró-Diretor de Inovação Pedagógica 
das Faculdades INTA - Sobral CE. 
INTA EAD Sociologia 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ambientação 
 
A Sociologia é uma ciência que estuda a sociedade, sua organização social 
e os processos que ligam os indivíduos aos grupos. A sociedade atual exige que 
o indivíduo tenha acesso às questões sociais para exercer, com consciência e 
responsabilidade, a cidadania. 
O homem, ao nascer, adquire a natureza social através da interação com outros 
seres humanos e desenvolve sua personalidade e cultura, pois a família é que inicia o 
processo de socialização e permite que seus membros adquiram 
personalidade. Esse processo, posteriormente, irá ajudá-lo a 
conviver em grupo. 
Prezado estudante, com a intenção de aprofundar seus 
conhecimentos sobre a sociologia, convidamos você à leitura 
da obra Sociologia: Consensos e Conflitos, da autora Rita de 
Cássia da Silva Oliveira (org). 
Destinado aos acadêmicos das licenciaturas, o primeiro livro 
recomendado discute conceitos da sociologia e temas relevantes 
da realidade social, entre os quais destacamos: a formação do ser 
social, cultura e sociedade, a ideologia na concepção marxista, 
movimentos sociais, Estado, política e o desenvolvimento do 
capitalismo no Brasil e seus efeitos sociais. 
OLIVEIRA, Rita de Cássia da S. Sociologia: Consensos e Conflitos, 
Ponta Grossa: UEPG, 2001. 
 
 
Propomos também a leitura da obra de Carlos Benedito 
Martins, intitulada O que é sociologia. Neste livro o autor afirma 
que o surgimento da sociologia ocorreu no contexto da decadência 
do sistema feudal e da consolidação da sociedade capitalista. 
A história sociológica tem como principais marcos inspiradores 
as transformações econômicas, políticas e 
culturais motivadas pela Revolução Francesa 
e Revolução Industrial que alteraram a organização da vida 
social da época. 
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. 57ª Ed. 
São Paulo: Brasilense, 2006. 
 Sociologia INTA EAD 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trocando ideias 
com os autores 
 
Caro estudante, considerando as obras abaixo, propomos uma reflexão sobre 
a ciência enquanto forma de conhecimento diferenciado e sobre o surgimento da 
sociologia como uma ciência humana que rompe com as abordagens analíticas do 
senso comum e emprega métodos específicos para entender a 
vida em sociedade. 
 
 
Você conhecerá os aspectos fundamentais da constituição 
da sociologia a partir da obra Sociologia: introdução à ciência 
da sociedade, da autora Maria Cristina Castilho Costa. A obra 
leva o leitor a acompanhar o surgimento da ciência que tem por 
objeto de estudo a sociedade, bem como tomar conhecimento da 
multifacetada constituição teórica e metodológica da disciplina. 
Ao “passear” pela história e pelas bases teóricas mais fundamentais 
da sociologia, a obra propicia ao leitor um entendimento acerca do que é esta 
ciência e a que ela se propõe. É um caminho para a compreensão das abordagens e 
tendências conceituais e metodológicas da sociologia. 
COSTA, Maria C. C. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª ed. São 
Paulo: Moderna, 1997. 
 
Nesta obra, Roque de Barros, professor emérito da UnB e 
antropólogo, vai nos conduzir, por meio de uma linguagem fluente 
e clara, a um passeio pelos diversos significados acerca do termo 
cultura, sua origem e suas interpretações. Esta leitura será um 
ótimo recurso didático a partir do 6º capítulo, no qual veremos o 
tópico de Sociedade e cultura. 
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 24ª ed. [S.l.]: 
Jorge Zahar Ed., 2009. 
INTA EAD Sociologia 15 
 
 
 
 
 
 
 
Recomendamos ainda a leitura da obra As regras do método 
sociológico, a qual aborda conceitos básicos estudados na 
sociologia como os métodos sociológicos e suas regras para o 
estudo dos fatos sociais. 
 
 
“Os fatos sociais devem ser tratados como coisas”. Defendendo 
essa assertiva polêmica, Émile Durkheim orienta, de forma decisiva, 
uma disciplina que estava se formando. Para este sociólogo francês, 
existe uma ruptura entre a psicologia e a sociologia como existe entre a biologia e 
as ciências físico-químicas. O ser coletivo possui uma singularidade e a consciência 
coletiva é diferente da consciência individual. 
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. 2ª Ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
das riquezas. 
Leia também a obra O Manifesto do Partido Comunista 
que analisa as relações entre trabalho e capital, a forma como a 
sociedade se estruturou nesta fase e critica o modo de produção 
capitalista buscando organizar a classe dos trabalhadores e 
descrevendo os vários tipos de pensamento comunista. 
Seus argumentos desmancham a ideologia capitalista, 
demonstrando a ilusão à qual esta induz nações inteiras apenas 
para assegurar e perpetuar a diferença de classes e a má distribuição 
 
ENGELS, Friendrich; MARX, Karl. Manifesto do Partido Comunista. 10ª ed. São 
Paulo: Global, 2006. 
 
Após a leitura destas obras, propomos que você escolha 
dois livros e faça uma resenha comparando as ideias dos 
autores. 
 Sociologia INTA EAD 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problematizando 
 
A obra “O Peixinho arteiro”, de Oranice Franco, conta a história de um peixinho 
que, não obedecendo à mãe e à professora, é pescado. Ele se salva porque o pescador 
tropeça e deixa os peixes caírem do cesto para a água. 
 
“- Eu ia convidar você para fugir! – o Lambari riu apesar de sentir muitas dores na 
sua boquinha. Nunca mais! Chega a lição que aprendemos. Se prestássemos atenção 
às aulas de Dona Piranha, saberíamos que nadar perto de cachoeira é perigoso por 
causa da correnteza, das pedras... 
- E saberíamos também – completou o Peixinho – o que é anzol e não teríamos sido 
fisgados. Agora, vou para casa. Se você prometer ser bom peixinho, continuarei sendo 
seu amigo. Do contrário, não. 
- Pode ficar descansado. Nunca mais serei arteiro. Agora, vou também pedir perdão 
aos meus pais e amanhã cedo, se você concordar, iremos falar com Dona Piranha, 
contando tudo o que aconteceu. 
- Boa ideia – fez o Peixinho todo animado. Então, até amanhã na escola. 
- Até amanhã – disse o Lambari, nadando para sua casa. 
 
E o peixinho arteiro nunca mais foi arteiro. Ao contrário, passou a ouvir e a seguir 
os conselhos de seus pais e, juntamente com o Lambari, foi exemplar no colégio.” 
 
ARANHA, M. A.; MARTINS, Maria. Filosofando, introdução à filosofia. 2ª Ed. São 
Paulo: Moderna, 1993. 
 
A historinha apresentada encontra-se associada ao estudo das correntes 
sociológicas, com particular proximidade à de Émile Durkheim. Até que ponto a 
aceitação das regras sociais pode ser considerada condição fundamental para uma 
perfeita integração dentro da sociedade? Que consequências terá o desrespeito 
a essas regras? Poderá ser possível a existência de um indivíduo livre fora das 
organizações sociais? Haverá condições para alterar as regras sociais? 
 
Faça um paralelo entre a obra“O Peixinho arteiro” 
e a integração do indivíduo dentro da sociedade, após 
concluir, faça seus comentários. 
 
 
 
1 
 
 
SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA 
E SEUS OBJETIVOS 
 
 
 
 
Conhecimentos 
Compreender o contexto histórico que ocasionou o surgimento da Sociologia; 
Conhecer os objetivos da Sociologia. 
 
Habilidades 
Posicionar-se criticamente em relação ao conhecimento científico amparado na 
Sociologia com o intuito de compreender a vida social; 
Analisar os processos sociais e reconhecer a sociologia enquanto espaço de 
múltiplos olhares. 
 
Atitude 
Desenvolver o conhecimento científico, no âmbito sociológico, para análise dos 
processos sociais. 
 
 
 
INTA EAD Sociologia 19 
 
 
Aprendendo a pensar... 
Sociologia 
O estudo da sociologia tem como objeto o comportamento humano em 
sociedade. Esta, por sua vez, trata-se de um corpo orgânico cuja base reúne 
indivíduos que vivem sob determinado sistema econômico de produção, distribuição 
e consumo. Sociólogos pesquisam o comportamento do ser humano e as estruturas 
da sociedade como classes sociais, grupos étnicos, etc. 
Todos sabem que vivemos em uma sociedade. Mas o que isso significa? O 
que é viver em sociedade? Numa primeira instância, podemos dizer que viver em 
sociedade é ter a consciência de que o indivíduo precisa da sociedade e a sociedade 
precisa do indivíduo. Os seres humanos não conseguem viver isoladamente, por 
isso necessitam do convívio em sociedade. 
Viver em sociedade significa residir numa região sob as mesmas regras, leis e 
cultura. A cultura é composta de símbolos, valores e costumes; é, portanto, uma 
herança social que passa de geração a geração. 
A sociologia, enfim, estuda as ações sociais, as interações sociais e, muitas vezes, 
as mudanças sociais, sendo estas últimas consideradas um dos pontos altos da 
sociologia. 
Por que vivemos numa sociedade repleta de desigualdades? O que a 
globalização tem a ver com a sociedade? Como os indivíduos se relacionam entre si? 
Quais os elementos básicos da vida social? Quais são os tipos de sociedade e suas 
culturas? O que é etnocentrismo? Em que a sociologia contribui para o indivíduo? 
Questionamentos como estes serão respondidos no decorrer da disciplina e, aliados 
à outros, auxiliarão à você, estudante, no processo de aquisição de conhecimentos 
acerca do estudo da sociologia. 
 Sociologia INTA EAD 20 
 
 
Surgimento da sociologia 
e seus objetivos 
Etimologicamente, a sociologia tem a sua origem na palavra latina socius, que 
significa sócio, ou social, e na palavra grega logos, que significa estudo. A sociologia 
pode ser entendida como uma área de conhecimento que se preocupa em aplicar o 
ponto de vista científico à observação e à explicação dos fatos sociais. 
O estudo sociológico analisa e problematiza as atividades cotidianas. A simples 
tarefa de ir ao supermercado pode transformar-se numa experiência de interesse do 
ponto de vista sociológico. Mas como um sociólogo poderá fazer análise de uma 
ida ao supermercado? 
 
 
Apresentamos abaixo alguns pormenores que podem ser problematizados: 
• A enorme variedade de produtos dos mais diversos locais e de diferentes países, 
o que evidencia o processo de globalização em curso; 
• Os cereais à venda incluem soja transgênica; isso levanta a discussão sobre os 
organismos geneticamente modificados; 
• No ramo dos cosméticos são apresentados frequentes lançamentos de novos 
produtos, o que leva à discussão sobre novos hábitos de consumo diferenciados; 
• A promoção no preço da carne bovina relembra as disputas internacionais 
sobre embargos econômicos; 
• A apresentação de produtos livres de agrotóxicos levanta a discussão sobre 
a alimentação saudável, implicando em diferentes estilos de vida; 
• O funcionário que trabalha no supermercado tem nível superior completo, 
mas trabalha ali por não ter outra possibilidade de emprego e isso induz ao 
pensamento sobre as relações de trabalho hoje em dia. 
 
A sociologia permite-nos entender que muitas das ações aparentemente 
individuais, na verdade, refletem questões mais amplas. Ela pode ser considerada um 
projeto intelectual marcado por conflito de ideias, discussões, tensão e contradições, 
podendo servir como arma que atenda aos interesses dominantes e como expressão 
teórica dos movimentos revolucionários. 
A sociologia é, como qualquer ciência, predominantemente indutiva, isto é, 
parte da observação sistemática de situações particulares para chegar à formulação 
de generalizações teóricas a propósito da vida social. A observação sistemática 
dos fatos é, em último caso, a confirmação ou negação da qualidade científica de 
INTA EAD Sociologia 21 
 
 
qualquer tentativa de explicação da realidade. A sociologia transforma-se, dessa 
maneira, num meio para a compreensão da realidade social e torna inteligíveis os 
fenômenos sociais, apreendidos a partir de diferentes pontos de vista. 
 
 
A partir do texto apresentado, são levantados vários 
questionamentos tais como: 
- Qual o contexto de surgimento da sociologia? Qual a relação 
entre o surgimento da sociologia e os conflitos de ideias, discussões, 
tensão vivenciados em períodos marcados por conflito e debates 
acirrados? Quais as causas das transformações sociais que 
motivaram o aparecimento da sociologia? Qual a utilidade da 
sociologia nesse contexto histórico? 
 
A sociologia estuda os fenômenos de natureza social. Contudo, nem todo 
acontecimento que ocorre no interior de uma sociedade envolve uma natureza 
social. Por exemplo, os fatos relacionados ao indivíduo, isolado, acontecem dentro 
de uma sociedade, entretanto, não são fatos de interesse da sociologia, pois esta 
não considera o indivíduo como objeto de estudo. O indivíduo somente faz parte 
de um estudo sociológico quando sua ação individual interfere em qualquer grupo 
social. 
A sociologia surge da exigência de uma nova forma de conhecimento e de pensar 
a natureza e a sociedade, que se fez sentir a partir do século XV, quando ocorreram 
na Europa transformações sociais significativas, como o fim do Feudalismo e o início 
do Capitalismo. Até o século XV o povo europeu tinha uma concepção reduzida de 
mundo e seu conhecimento territorial restringia-se ao espaço local. Com as grandes 
navegações ocorridas a partir do século XV, o povo europeu percebeu um mundo 
mais amplo com novas nações e novas culturas. Isso exigiu a reformulação do modo 
de ver e pensar a natureza e a sociedade. 
 
 
Outros desenvolvimentos políticos, econômicos e sociais aconteceram nos 
séculos seguintes, tais como: 
• A Revolução Francesa e a Revolução Industrial ocasionaram o desmoronar 
das estruturas sociais. Isso foi evidente de tal maneira que essas alterações 
passaram a ser motivo de preocupação coletiva, sobretudo no que diz respeito 
às mudanças na sociedade e às possíveis soluções para as desigualdades que se 
apresentavam nesta; 
• Os avanços científicos e tecnológicos; 
 Sociologia INTA EAD 22 
 
 
• O desenvolvimento de uma nova economia industrial na sequência da mudança 
ocorrida na sociedade, com reflexos sentidos quando: diminuiu-se a terra 
cultivada; abandonou-se a forma de produção artesanal e passou-se à produção 
em grandes fábricas; as pessoas deixaram de laborar em suas casas para 
trabalhar sob as ordens de um supervisor; criou-se uma dissociação, de um lado 
os trabalhadores, de outro, os consumidores; 
• O crescimento das cidades ocasionado pela chegada dos camponeses que 
abandonaram o campo e se mudaram para a cidadeem busca de trabalho, 
com consequências evidentes, por exemplo, no aglomerado da população, na 
pobreza, no desemprego e na criminalidade. 
 
As ciências existentes na época mostraram-se insuficientes para explicar os 
novos fenômenos sociais. Surge então a necessidade de uma ciência que tente 
explicar essa nova realidade. 
A sociologia aparece no século XIX perante a necessidade de compreender 
os novos problemas sociais que surgiram na sequência do conjunto de causas 
sociais de caráter complexo. Surge com o objetivo de estudar sistematicamente o 
comportamento social dos grupos e as interações humanas, assim como os fatos 
sociais que provocam e sua inter-relação. 
Esta ciência procura explicar como as atitudes e os comportamentos das pessoas 
são influenciados, em geral, pela sociedade e, especificamente, pelos diferentes 
grupos humanos. Ela também tenta explicar qual a dinâmica social que mantém as 
sociedades estáveis ou provoca a mudança social. 
Segundo Lemos Filho (2004), o trabalho da sociologia tem como suas três 
grandes preocupações: a separação do social dos demais elementos inerentes à 
vida humana; a constatação dos efeitos do social e o modo de como estes são 
produzidos; a restituição do social ao conjunto da vida humana de maneira a 
possibilitar o entendimento das suas relações com esta. 
INTA EAD Sociologia 23 
 
 
A ciência como forma 
específica de conhecimento 
Em nossa sociedade, ainda nos primeiros anos do processo educativo, é comum 
termos acesso à informação de que a principal diferença entre o ser humano e 
os outros animais é a racionalidade, da qual é dotado o primeiro. Foi através da 
capacidade de pensar o mundo, de atribuir significado à realidade, que o homem 
formulou o conhecimento em suas diversas formas. 
Com a sua capacidade de raciocínio, o homem busca entender a si mesmo, a 
sociedade e a natureza, desde o começo da humanidade. Porém, este entendimento 
do mundo nem sempre foi científico. 
As primeiras tentativas de compreender os fenômenos naturais e sociais foram 
baseadas na fantasia, imaginação e especulação. Deuses e heróis eram acionados 
para explicar e justificar toda ordem de fenômenos – sejam naturais ou sociais. 
Como exemplo maior dessa tentativa de explicar o mundo, temos a mitologia grega 
com seus deuses. 
Todavia, foram os gregos os pioneiros que deram formas àquilo que passou 
a ser chamado de ciência. Foi na Grécia que surgiram os primeiros homens com 
a curiosidade de descobrir os segredos do universo. Nas obras de filósofos como 
Platão e Aristóteles podemos encontrar as primeiras sistematizações de ideias sobre 
a vida do homem em sociedade. 
Contudo, é importante ressaltar que na Idade Média (entre os séculos V e XV) 
a Igreja Católica passou a exercer uma influência grandiosa sobre a sociedade, pois 
não era dada ao homem a permissão de apresentar qualquer explicação sobre o 
mundo, a não ser na perspectiva religiosa. 
Todos os questionamentos deveriam ser respondidos através da imagem 
de um “Deus” todo poderoso que tudo criava, modificava e explicava. Apenas as 
instituições religiosas – como os mosteiros – podiam dispor do acesso às obras 
sobre o conhecimento da filosofia, astronomia, geometria e literatura. Entre estas 
existia uma lista proibida chamada Index Librorum Prohibitorum – Índice dos Livros 
Proibidos. 
Segundo a Igreja Católica, estas obras contradiziam seus dogmas, bem como as 
literaturas e conhecimentos científicos que pudessem ser considerados heresia, má 
postura política, moralidade desviada, sexualidade explícita, entre outros. 
 Sociologia INTA EAD 24 
 
 
Dessa forma, o conhecimento ficou por muito tempo “retido” nos porões dos 
mosteiros e muitos corpos arderam em fogueiras por se contrapor às explicações 
religiosas, ou infringirem as normas morais impostas. 
Após a Idade Média, surgiu o Renascimento, período em que os fenômenos 
sociais passaram a ser analisados de forma mais realista. Havia uma sistematização 
de valores burgueses que almejavam a constituição de uma sociedade laica e 
racionalista. 
No entanto, vivia-se uma fase de desejo por mudanças econômicas, políticas, 
culturais e de grande desenvolvimento científico. Foi no fervilhar desse despontar 
de ideias que surgiu uma ciência nova no século XIX: a Sociologia. 
 
 
Antes de qualquer coisa, precisamos entender que ciência 
não é somente a atividade praticada por “homens vestidos 
de branco” dentro de uma sala chamada laboratório, 
manipulando fórmulas esfumaçantes ou fazendo experiências 
com ratinhos. 
 
Contudo, aqui fazemos recorrência à ciência experimental com origem advinda 
do Renascimento e que vem se formando até os dias atuais. Apesar dos riscos das 
tentativas de definição, devemos entender que, neste caso, ciência consiste em um 
método de abordagem do mundo empírico, mundo que pode ser visualizado a 
partir da experiência humana. 
O conhecimento científico somente pode ser compreendido se entendermos o 
que é senso comum. Este último consiste no conhecimento adquirido no cotidiano 
sobre as coisas e causas; é toda forma de conhecimento não caracterizado pela 
investigação. Trata-se de um saber que não se utiliza de métodos e é formulado 
por sentimentos, opiniões, traduzindo os valores de quem o produz. Logo, o senso 
comum é um saber não sistematizado que guia o homem em suas atividades diárias. 
A partir do que foi citado acima, podemos dizer que do cotidiano é que surge 
o conhecimento científico, portanto, o senso comum não deve ser rejeitado em 
detrimento da ciência. 
Propomos aqui que você vá além do conhecimento comum sobre as questões 
referentes ao homem e à sociedade e tenha acesso a um saber elaborado, 
investigativo e controlado por métodos e técnicas de pesquisa. Para tanto, vamos 
esclarecer conceituações básicas sobre esse tipo especial de conhecimento que é o 
científico. 
INTA EAD Sociologia 25 
 
 
Uma das principais características do conhecimento científico é a utilização 
sistemática de métodos para analisar os fatos. O uso da palavra método vai ser 
frequente e desde já veremos o que isso significa: método é o caminho seguido 
para alcançar um objetivo. 
O ato do cientista observar e realizar a coleta de dados com base nas suas hipóteses 
e teorias é denominado método indutivo. Movimentos de indução envolvem o 
movimento do particular para o geral. Na abordagem dedutiva, o pesquisador tenta 
procurar afirmações e reivindicações específicas de um princípio teórico geral. 
Método indutivo, ou indução, é o raciocínio que, após considerar um número 
suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral. É importante que a 
enumeração de dados (que correspondem às experiências feitas) seja suficiente para 
permitir a passagem do particular para o geral. A indução pressupõe a probabilidade, 
ou seja, já que tantos se comportam de tal forma, é muito provável que todos se 
comportem assim. 
O resultado dessa situação é que há maior possibilidade de erro nos raciocínios 
indutivos, uma vez que basta encontrarmos uma exceção para invalidar a regra 
geral. Por outro lado, é essa procura do provável que torna possível a descoberta e 
a proposta de novos modos de compreender o mundo. Essa é uma das justificativas 
para que a indução seja o tipo de raciocínio mais usado em ciências experimentais. 
Existem dois tipos principais de pesquisa em sociologia: o estudo transversal, 
que visa descobrir as opiniões que os participantes da pesquisa têm sobre algum 
fenômeno em determinado momento; e o estudo longitudinal que é realizado no 
mesmo tipo de pessoas durante um longo período de tempo,às vezes de 20 a 30 
anos. Fornece-nos uma imagem das mudanças ao longo do tempo. 
Geralmente são usados alguns passos para realizar uma pesquisa sociológica. 
Tais passos não são, no entanto, apenas da sociologia. Também devemos ressaltar 
que esses passos não são fixos. Alguns podem não ser seguidos em determinados 
projetos de pesquisa e outros podem não ser seguidos, necessariamente, em ordem 
sequencial. 
Para cada ramificação do conhecimento, são aplicados métodos diferenciados, 
pois cada ciência possui um objeto de estudo. O objeto da ciência é constituído 
pela realidade que ela se propõe a estudar (exemplos: a biologia estuda o conjunto 
de seres vivos e a sociologia estuda o homem enquanto ser social). Logo, podemos 
entender que se o objeto da sociologia é o homem em sua vida social, o caminho 
que trilharemos para avaliar este fator será diferente do caminho dos cientistas que 
se interessam pelos fenômenos naturais, mas isso veremos detalhadamente mais 
adiante. 
 Sociologia INTA EAD 26 
 
 
O que é necessário saber neste momento é que estamos adentrando numa forma 
de conhecimento científico, cujo objeto é o homem em sociedade. E para entender 
esse conhecimento, é necessário compreendermos em que contexto ele surgiu. 
 
 
Organização Social: 
Fundamentos históricos 
e epistemológicos 
A sociologia é uma ciência relativamente nova, nasceu na Europa, no século XIX, 
com a chegada da modernidade. Surgiu após a constituição das ciências naturais e 
de diversas outras ciências sociais. 
Não devemos desconsiderar que a curiosidade em entender a sociedade data 
de centenas de anos antes de Cristo com as expressões da filosofia sofista que, por 
exemplo, tinha nos escritos de Platão e Aristóteles algumas ideias sobre a concepção 
do homem vivendo em sociedade. 
Contudo, o estudo científico da sociedade foi instituído no meio acadêmico 
através da sociologia que se constituiu reclamando para si objeto e método específico 
a fim de diferenciar seus estudos dos que competem às ciências da natureza. 
 
Como forma de conhecimento e saber, a sociologia acaba 
por refletir as preocupações dos homens de seu tempo. 
Mas, considerando que seu surgimento ocorreu nos 
últimos momentos da desagregação da sociedade feudal 
e consolidação da sociedade capitalista, quais eram essas 
preocupações? 
 
Revisitando a história, podemos lembrar que o século XIX foi palco de grandes 
transformações que vinham acontecendo gradualmente desde séculos anteriores. 
Para pensar a formação de uma ciência social encarregada de analisar a sociedade, 
dois processos revolucionários são frequentemente associados à necessidade de 
fundar a sociologia: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. 
INTA EAD Sociologia 27 
 
 
A Revolução Industrial 
 
Durante o século XIXhouveapassagem 
da atividade artesanal, passando pela 
atividade manufatureira até chegar ao 
mecanismo industrial. A partir de 1750, 
a máquina a vapor e demais máquinas 
fabris esfumaçavam o céu da Inglaterra 
e, consequentemente, os sistemas de 
produção passavam por um processo de 
mecanização. O sistema de transportes 
avançou, facilitando a travessia de pessoas 
e mercadorias. 
 
 
A exploração do trabalho infantil na Revolução 
Industrial 
Tanto a mecanização daproduçãocomoapossibilidadedetransportar mercadoria 
num tempo mais curto e com menores custos trouxeram modificações não apenas 
no campo econômico, mas também sociocultural. Desse modo, a sociedade assistia 
ao triunfo do capitalismo industrial. 
As cidades europeias, aos poucos, transformavam-se em centros urbanos e 
comerciais que abrigavam grande parcela da população. O empresário passou a 
concentrar terras, máquinas e ferramentas e transformou seres humanos em meros 
trabalhadores necessitados de bens materiais e saberes tradicionais. 
Foram estabelecidas relações desiguais de trabalho: homens, mulheres e 
crianças saiam do campo em busca de oportunidades na cidade e eram explorados 
em jornadas de trabalho que, pensadas atualmente, poderíamos classificar como 
“desumanas”. 
Entretanto, trabalhava-se entre doze e dezesseis horas e com a descoberta da 
iluminação a gás, a jornada de trabalho chegou a ser ampliada para dezoito horas, 
com salários baixos que variavam de acordo com sexo e idade, sendo as mulheres 
e as crianças a parcela de trabalhadores mais explorada. Aos poucos, as formas 
de interação humana foram alteradas, propiciando o aparecimento de duas classes 
distintas – a burguesia e o proletariado. 
Toda essa modificação no modo de vida dos homens fez com que emergissem 
fenômenos sociais inéditos, tais como: crescimento demográfico desordenado 
por conta do deslocamento em massa da população do campo para as cidades; 
falta de estrutura em termos de moradia, saúde e saneamento básico; aumento da 
prostituição e criminalidade; aumento do alcoolismo e suicídio. 
 Sociologia INTA EAD 28 
 
 
As cidades passavam a ser “epicentros de desordenamento” cada vez mais 
inchados e uma ordem de costumes era completamente modificada; como exemplo, 
citamos a família, tanto no que concerne ao status dos membros em relação ao sexo 
– lembremos que neste período predominava um modelo de família patriarcal – 
quanto às relações pessoais entre os membros familiares. 
O esforço para entender tal realidade impulsionou os questionamentos que 
mais tarde iriam consolidar-se na sociologia. 
 
 
 
A Revolução Francesa 
 
O mesmo século que assistiu a 
Revolução Industrial lançada na Inglaterra 
e com alcance mundial, assistiu também a 
uma série de fatos políticos que agitaram 
a França. O regime absolutista estava 
estabilizado, tendo como particularidade 
principal a forma concentrada de poder 
nas mãos do rei que era o soberano, o 
representante maior do homem. 
A população do país sofria com os 
 
 
Revolução Francesa 
abusos de poder exercidos pela autoridade monárquica (o rei). As críticas ao regime 
absolutista e à desigualdade promovida por este foram intensificadas no fim da 
década de 80 do século XVIII. 
Após uma série de atos contra o autoritarismo monárquico, a população 
composta por membros do terceiro estado (formado pelo campesinato e pela 
burguesia comercial – classe menos favorecida naquele período histórico) avança 
em direção à prisão política da época – Bastilha – destruindo-a. Isso ocorreu em 
julho de 1789, data que marca historicamente a Revolução Francesa. 
Com o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, os revolucionários tinham 
como objetivo promover transformações culturais, econômicas e políticas através 
da mudança na estrutura do Estado. Pretendiam derrubar o regime monárquico e 
instaurar a democracia; assim o fizeram. Em agosto de 1789, através da Assembleia 
Constituinte, o terceiro estado cancelou os absurdos direitos feudais e foi proclamada 
a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
Durante a Revolução Francesa, principalmente, intensificou-se um movimento, 
chamado Iluminismo, iniciado no século XVI. Consistia numa nova forma de pensar 
INTA EAD Sociologia 29 
 
 
e entender filosoficamente o mundo. As formas de conceber a natureza e a cultura 
(através do uso sistemático da razão) passaram do sobrenatural ao racional, ou seja, 
o pensamento começava a libertar-se do controle teológico e o Teocentrismo deu 
lugar ao Antropocentrismo. 
Através dessa atitude de dessacralização da natureza, o homem passou a 
trabalhar a racionalidade como objeto científico de pesquisa acreditando que pelo 
uso da razão a humanidade chegariaa um alto patamar de progresso. 
Essas revoluções, somadas a outras de menor visibilidade, marcam a transição 
da Idade Média para a Idade Contemporânea. A partir delas, os pilares que 
sustentam a modernidade foram construídos e assim o conjunto de transformações 
emergentes precisava ser explicado e entendido pela razão humana. O mundo 
parecia estar em crise e algo precisava ser feito. Assim surge a ideia de uma ciência 
para pensar os fenômenos sociais. 
 
 
 
Sociedade e Cultura 
 
O conceito de sociedade 
 
O termo significa associação, união, gregário, ou, simplesmente, vida em grupo. 
O conceito de sociedade refere-se a um agrupamento autônomo de pessoas que 
habitam um território comum, têm uma cultura comum (conjunto compartilhado de 
valores, crenças, costumes e assim por diante) e estão ligadas umas às outras através 
das interações sociais rotineiras, status e funções interdependentes. 
 
 
Recursos básicos de uma sociedade 
Uma sociedade, em geral, é um agrupamento, relativamente grande, de pessoas 
em termos de tamanho. Ela pode ser considerada o maior e o mais complexo grupo 
social estudado pelos sociólogos. 
É também definida como um espaço limitado ou território. As populações que 
compõem uma sociedade são, portanto, localizáveis em uma área geográfica. 
Outro recurso básico de uma sociedade corresponde às pessoas. Estas 
apresentam um sentimento de identidade e pertencimento. Essa identidade emana 
do padrão das interações sociais que existem entre as pessoas e os diversos grupos 
que compõem a sociedade. 
 Sociologia INTA EAD 30 
 
 
Os membros de uma sociedade são considerados portadores de origem e 
experiência históricas comuns. Podem também falar uma língua-mãe ou ter uma 
língua dominante que serve, possivelmente, como uma herança nacional. 
No entanto, a coisa mais importante sobre a sociedade é que seus membros 
compartilham, simultaneamente, uma cultura comum e distinta. Isso é que diferencia 
os grupos populacionais. 
A sociedade é autônoma e independente no sentido de que ela tem todas as 
instituições sociais e arranjos organizacionais necessários para sustentar o sistema. 
No entanto, uma sociedade não é uma ilha no sentido de que sociedades são 
interdependentes, as pessoas interagem social, economica e politicamente. 
É importante você notar que as características de uma sociedade não são 
exaustivas e não podem ser aplicadas a todas as sociedades. Por exemplo, o nível de 
desenvolvimento econômico e tecnológico de uma sociedade e seu tipo de economia 
ou sistema de subsistência podem criar algumas variações entre as sociedades no 
tocante às características básicas referidas. 
 
 
O conceito de Sociedade considerando diversos níveis 
De modo geral, e considerando um nível abstrato, todos os povos da terra 
podem ser tidos como sociedade. Eles partilham uma origem comum, habitam 
um mundo comum, têm uma unidade biopsicológica comum, exibem interesses, 
desejos e medos comuns e estão caminhando para um destino comum. 
Em outro nível, cada continente pode ser visto como uma sociedade. Assim, 
podemos falar da sociedade europeia, da sociedade africana, da sociedade asiática, 
da sociedade norte-americana e latina. Cada um desses continentes compartilha 
seu próprio território, experiências históricas, cultura e assim por diante. 
Cada estado-nação, ou país, é considerado uma sociedade, podendo haver 
grupos etnolinguisticamente distintos de pessoas que tenham um território e o 
consideram como seu. 
 
Você sabe como as sociedades são classificadas? Vejamos. 
 
Tipos e categorias de sociedades 
Os sociólogos classificam as sociedades em várias categorias dependendo de 
certos critérios. Um critério é o nível de desenvolvimento econômico e tecnológico 
alcançado pelos países. Assim, os países são classificados em: Primeiro Mundo, 
Segundo Mundo e Terceiro Mundo. 
INTA EAD Sociologia 31 
 
 
Países do Primeiro Mundo são aqueles industrialmente avançados e 
economicamente ricos como os EUA, Japão, Grã-Bretanha, França, Itália, Alemanha, 
Canadá e assim por diante. 
Os países do Segundo Mundo são também industrialmente avançados, mas não 
tanto como a primeira categoria. São países detentores de economias emergentes. 
Atualmente são denominados de países em desenvolvimento como China, Rússia, 
Brasil, Argentina, México e Índia. 
As sociedades do Terceiro Mundo correspondem aos países que possuem 
economia subdesenvolvida, ou em desenvolvimento. Alguns autores como Küng & 
Schmidt (2001) e Castells (1999) acrescentam uma quarta categoria, ou seja, Quarto 
Mundo. Estes países são considerados os mais pobres. 
Quanto ao tipo de sociedade, podemos citar a mais antiga que é a caça, a 
sociedade pastoral e hortícola e sociedades agrícolas. 
A sociedade da caça depende da caçada para sua sobrevivência, já as sociedades 
pastorais são aquelas cuja subsistência baseia-se em pastoreio de animais, tais como 
gado bovino, camelos, ovinos e caprinos. Sociedades hortícolas são aquelas cuja 
economia baseia-se no cultivo de plantas com o uso de ferramentas simples, como 
a escavação com paus, enxadas e machados. 
A sociedade agrícola é dominante na maior parte do mundo; baseia-se na 
agricultura de grande escala que depende de arados usando o trabalho animal. 
A Revolução Industrial que começou na Grã-Bretanha durante o século XVIII 
deu origem ao aparecimento de um quarto tipo de sociedade chamada Sociedade 
Industrial. É aquela em que os bens eram produzidos por máquinas movidas a 
combustível em vez de animais e energia humana. 
Por fim, há outro tipo de sociedade denominada pós-industrial. Esta é baseada 
na informação, serviços e alta tecnologia, em vez de matérias-primas e fabricação. 
 
 
Conceito de cultura 
 
É importante notar que as pessoas comuns fazem, muitas vezes, mau uso do 
conceito de cultura. Veremos alguns equívocos sobre a cultura: 
• Muitas pessoas no mundo ocidental usam o termo cultura quando referem-se 
às pessoas que são mais “cultas” do que outras. Isso basicamente emana da 
ideia associada à raiz da palavra cultura: Kultura, em alemão refere-se à “cultura”. 
Assim, quando se diz que alguém é “culto” significa dizer que é civilizado. Para 
 Sociologia INTA EAD 32 
 
 
sociólogos e antropólogos, a cultura inclui muito mais do que requinte, bom 
gosto, sofisticação, educação e valorização das artes plásticas. 
• Muitas pessoas passaram a pensar a cultura em termos de costumes, música, 
dança, roupas, joias e penteados. 
• Muitas pessoas pensam na cultura associada às coisas materiais do passado. De 
acordo com este ponto de vista, o cultural não pode incluir coisas (materiais ou 
não) que sejam modernas, comuns do dia a dia. Aqui, o comum é considerado 
não cultural ou “menos cultural”. 
 
O conceito de cultura é um dos mais utilizados na sociologia. Refere-se a todos 
os modos de vida dos membros de uma sociedade. Ele inclui o vestir, seus costumes, 
vida familiar, arte e padrões de trabalho, cerimônias religiosas, atividades de lazer 
e assim por diante. Este conceito também inclui os bens materiais que produzem: 
arcos e flechas, arados, fábricas e máquinas, computadores, livros, edifícios, aviões, 
etc. 
O conceito de cultura foi definido centenas de vezes por sociólogos e 
antropólogos, enfatizando diferentes dimensões. No entanto, na maioria das 
vezes os estudiosos focaram a dimensão simbólica da cultura. Ela está sempre se 
desenvolvendo, pois é influenciada pela maneira de pensar o desenvolvimento do 
ser humano no decorrer dos anos. 
 
 
Características básicas dacultura 
As características da cultura são denominadas em várias culturas. Vamos 
enumerar cada uma delas: 
Cultura orgânica e supraorgânica: é orgânica quando consideramos o fato de 
que não existe uma cultura sem uma sociedade humana. É supraorgânica porque 
vai muito além de qualquer vida individual (os indivíduos vêm e vão); a cultura 
permanece e persiste. 
Cultura aberta e encoberta: é geralmente dividida em material e não-material. A 
cultura material consiste de quaisquer objetos tangíveis feitos pelos humanos tais 
como ferramentas, automóveis, edifícios, etc. A não-material corresponde a todos 
os aspectos não físicos como a linguagem, crenças, ideias, conhecimentos, atitudes, 
valores, etc. 
Cultura explícita e implícita: é explícita quando considera as ações que podem ser 
explicadas e descritas facilmente por aqueles que as executam. É implícita quando 
consideramos as coisas que fazemos sem sermos capazes de explicá-las, porém 
acreditamos que elas sejam assim. 
INTA EAD Sociologia 33 
 
 
Cultura ideal e manifesta (real): cultura ideal envolve a maneira como as pessoas 
devem comportar-se ou o que elas devem fazer. A cultura manifesta envolve o que 
as pessoas realmente fazem. 
Cultura estável: é estável quando consideramos o que as pessoas têm de valor e 
estão entregando para a próxima geração a fim de manter suas normas e valores. 
No entanto, quando uma cultura entra em contato com outras, ela pode mudar, não 
somente através de contato direto ou indireto, mas também através da inovação e 
adaptação às novas circunstâncias. 
Cultura compartilhada e aprendida: é propriedade de um grupo social de pessoas 
(compartilhado). Os indivíduos obtêm conhecimento cultural do grupo através da 
socialização. No entanto, devemos notar que as coisas compartilhadas entre as 
pessoas podem não ser culturais, uma vez que existem muitos atributos biológicos 
que as pessoas compartilham entre si. 
 
 
Elementos da cultura 
A cultura inclui dentro de si elementos que compõem a essência de uma 
sociedade ou um grupo social. Os mais importantes incluem: símbolos, valores, 
normas e linguagem. 
• Símbolos: são os componentes centrais da cultura; referem-se a qualquer coisa 
para as quais as pessoas atribuem significado e usam para comunicar-se com os 
outros. Mais especificamente, os símbolos são palavras, objetos, gestos, sons ou 
imagens que representam algo maior do que eles. 
• Linguagem: definida como um sistema de símbolos verbais e, em muitos casos, 
escritos que podem ser organizados juntos para transmitir significados complexos; 
é a capacidade distintiva dos seres humanos e um elemento-chave da cultura. 
Cultura engloba linguagem e através da linguagem a cultura é comunicada e 
transmitida. Sem linguagem seria impossível desenvolver, elaborar e transmitir 
cultura para as gerações futuras. 
• Valores: Os valores são elementos essenciais da cultura não-material. Eles podem 
ser definidos como diretrizes abstratas para nossas vidas, decisões, objetivos, 
escolhas e ações. Eles compartilham as ideias de um grupo ou de uma sociedade 
sobre o que é certo ou errado, correto ou incorreto, desejável ou indesejável, 
aceitável ou inaceitável, ético ou antiético, etc. Os valores são, em geral, roteiros 
para nossas vidas. Os valores são compartilhados e aprendidos em grupo. Eles 
podem ser positivos ou negativos. 
Os valores são dinâmicos, ou seja, eles mudam ao longo do tempo. Eles também 
são estáticos, o que significa que tendem a persistir sem qualquer modificação 
 Sociologia INTA EAD 34 
 
 
significativa. São também diversificados, o que significa que variam de lugar para 
lugar e de cultura para cultura. Alguns valores são universais porque há unidade 
biopsicológica entre as pessoas em todos os lugares e em todos os tempos. 
• Normas: são elementos essenciais da cultura. Elas são princípios implícitos para 
a vida social, relacionamento e interação. As normas são regras detalhadas e 
específicas para situações determinadas. Elas nos dizem como fazer algo, o que 
fazer, o que não fazer, quando fazer, por que fazer, etc. Normas são derivadas de 
valores. Isso significa que, para cada norma específica, existe um valor geral que 
determina seu conteúdo. 
As normas fortes são consideradas as leis formais de uma sociedade ou grupo. 
Leis formais são escritas e codificam as normas sociais. 
As pessoas não podem agir de acordo com os valores definidos e as normas do 
grupo. As normas sociais podem ser divididas em: costumes e comportamentos. 
Costumes são regras importantes, que em geral ocorrem automaticamente sem 
qualquer base de suporte nacional e inspiram-se nos costumes passados de geração 
em geração. Eles não são impostos por lei, mas por controle social informal e sua 
violação não é gravemente sancionada. 
Já o comportamento é regido por convenções, isto é, regras estabelecidas e 
geralmente aceitas pela sociedade. Alguns comportamentos excepcionais são 
considerados excêntricos. 
 
 
Variabilidade Cultural 
Como você já viu, variabilidade cultural refere-se à diversidade de culturas 
nas sociedades e lugares. Como existem diferentes sociedades, existem diferentes 
culturas. A diversidade de cultura humana é notável. Valores e normas de 
comportamento variam muito de cultura para cultura, muitas vezes contrastando 
de forma radical. Por exemplo, os judeus não comem carne de porco, enquanto os 
hindus sim, mas evitam carne de gado. Se considerarmos sociedades como a Etiópia 
e a Índia, notamos que há entre elas grandes diversidades culturais. Por outro lado, 
dentro de ambas as sociedades, há também uma notável variabilidade cultural. 
Nós usamos o conceito de subcultura para chamar a variabilidade da cultura 
dentro de determinada sociedade. Subcultura é uma cultura distinta partilhada por 
um grupo dentro de uma sociedade. 
INTA EAD Sociologia 35 
 
 
Etnocentrismo, relativismo cultural e choque cultural 
Nós, muitas vezes, tendemos a julgar outras culturas comparando-as com a 
nossa. Não é logicamente apropriado subestimar, ou julgar, outras culturas na base 
de um padrão de cultura. O Etnocentrismo, em geral, é a atitude de tomar a sua 
própria cultura e modos de vida como os melhores. É a tendência para aplicar os 
próprios valores culturais a fim de julgar o comportamento e as crenças de pessoas 
de outras culturas. As pessoas consideram um comportamento diferente como 
estranho ou selvagem. 
No Relativismo Cultural cada sociedade tem sua própria cultura, que é mais ou 
menos única. Cada cultura possui seu padrão único de comportamento que pode 
parecer estranho para as pessoas de outras origens culturais. Nós não podemos 
compreender suas práticas e crenças separadamente da cultura mais ampla da qual 
faz parte. A cultura tem que ser estudada em termos de seus próprios significados 
e valores. 
O relativismo cultural descreve uma situação onde existe uma atitude de respeito 
às diferenças culturais em vez de condenar a cultura de outras pessoas como não 
civilizada ou atrasada. 
 
 
O respeito pelas diferenças culturais envolve: 
• Valorizar a diversidade cultural; 
• Aceitar e respeitar outras culturas; 
• Tentar entender cada cultura e seus elementos em termos do seu próprio 
contexto e lógica; 
• Aceitar que cada costume tem uma dignidade e significado inerente às formas 
de vida de um grupo que trabalha num determinado meio ambiente para 
satisfazer as necessidades biológicas dos seus membros e as relações grupais; 
• Saber que a cultura própria de uma pessoa é apenas uma entre muitas; 
• Reconhecer o que é imoral, ético e aceitável numa cultura. 
Relativismocultural pode ser considerado o oposto do etnocentrismo. Contudo, 
há algum problema com o argumento de que o comportamento de determinada 
cultura não deve ser julgado pelos padrões do outro. Isso ocorre porque considerando 
uma situação extrema, é possível afirmar, por exemplo, que não existe um limite 
superior no que se refere à moralidade em termos da internacional ou universal. 
O choque cultural (Culture Shock) é o psicológico e social desajuste no nível micro 
ou macro que é experimentado pela primeira vez quando as pessoas encontram 
novos elementos culturais, como coisas novas, ideias, conceitos, crenças e práticas 
aparentemente estranhas. 
 Sociologia INTA EAD 36 
 
 
Nenhuma pessoa está protegida de um choque cultural. No entanto, indivíduos 
variam em sua capacidade de adaptar-se e superar a influência do choque cultural. 
Pessoas altamente etnocêntricas estão mais suscetíveis ao choque cultural. Por outro 
lado, os relativistas culturais podem achar que é fácil adaptar-se a novas situações 
e superar o choque cultural. 
 
 
 
Socialização 
A socialização é um processo através do qual as pessoas aprendem e são 
treinadas nas normas básicas, valores, crenças, habilidades, atitudes, modos de fazer 
e agir de acordo com um grupo social ou sociedade específica. O indivíduo passa 
por várias fases de socialização, desde o nascimento até a morte. Assim, precisamos 
de socialização enquanto crianças, adolescentes, adultos e idosos. 
Do ponto de vista das pessoas individuais, especialmente um bebê recém- 
nascido, a socialização é um processo pelo qual um ser biológico ou organismo é 
transformado em um bem-estar social. 
Em termos de grupo, sociedade ou qualquer organização profissional, a 
socialização é um processo pelo qual as organizações, grupos sociais, a estrutura 
da sociedade e o bem-estar são mantidos e sustentados. É o processo em que a 
cultura, as habilidades, as normas, as tradições, os costumes, etc., são transmitidos 
de geração em geração – ou de uma sociedade para outra. 
Socialização pode ser formal ou informal: torna-se formal quando é conduzida 
por grupos e instituições sociais formalmente organizados, como escolas, centros 
religiosos, universidades, meios de comunicação, locais de trabalho, etc. É informal 
quando é realizada através de interações interpessoais ou interações informais em 
pequenos grupos sociais. 
A socialização mais importante para nós é a que temos através de agentes 
informais como a família, pais, vizinhança e influências do grupo de pares. Ela tem 
uma influência muito poderosa, negativa ou positiva, em nossas vidas. 
O processo de socialização, seja ele formal ou informal, é de vital importância 
para os indivíduos e sociedade. Sem algum tipo de socialização, a sociedade deixaria 
de existir. A socialização, portanto, pode ser rotulada como a maneira pela qual a 
cultura é transmitida e os indivíduos são instalados de acordo com os modos de 
vida da sociedade. 
INTA EAD Sociologia 37 
 
 
As metas de socialização 
 
Em termos de pessoas individuais, o objetivo da socialização é equipar o 
indivíduo com os valores básicos, as normas, as competências, etc., de modo que 
elas se comportem e atuem corretamente no grupo social ao qual pertencem. 
Socialização tem também os seguintes objetivos específicos: 
• incutir aspirações; 
• ensinar papéis sociais; 
• ensinar habilidades; 
• ensinar conformidade com as normas e construir as identidades pessoais. 
 
Apesar da importância da inculcação de valores e normas no processo de 
integração social, precisamos observar também que os valores sociais não são 
igualmente absorvidos por todos os membros de uma sociedade ou grupo. A 
integradora função de socialização também não é igualmente benéfica para todas 
as pessoas. 
 
Padrões de socialização 
Existem dois padrões amplamente classificados de socialização. São eles: a 
socialização repressiva e socialização participativa. Socialização repressiva é 
orientada para ganhar a obediência, enquanto a socialização participativa é 
orientada para ganhar a participação da criança. 
 
Principais tipos de socialização 
Existem diferentes tipos de socialização: tradicionais (primária ou socialização na 
infância, secundária ou socialização na idade adulta, dessocializaçãoeressocialização); 
socialização antecipatória e socialização reversa. 
 
Socialização primária ou socialização na infância 
É também chamada de socialização básica ou precoce. Os termos “primário”, 
“base” ou “cedo” significam a importância do período da infância para a socialização. 
Muito da personalidade dos indivíduos é forjada neste período da vida. Socialização 
nesta fase da vida é um marco, sem ela, estaríamos longe de nos tornarmos seres 
sociais. Por isso, as crianças devem ser devidamente socializadas desde o nascimento 
até cinco anos de idade, haja vista este período ser básico e crucial. 
 Sociologia INTA EAD 38 
 
 
Uma criança que não seja apropriadamente socializada nesta fase provavelmente 
será deficiente no âmbito do desenvolvimento social, moral, intelectual e de 
personalidade. 
 
 
A socialização secundária ou socialização na idade adulta 
A socialização secundária, ou socialização na idade adulta, é necessária quando 
o indivíduo assume novos papéis, reorientando-se de acordo com sua mudança, 
status e papéis sociais, como quando inicia a vida matrimonial. O processo de 
socialização nesta fase pode, às vezes, ser intenso. Por exemplo, os licenciados que 
entram no mundo do trabalho para começar seu primeiro posto de trabalho têm 
novos papéis a serem executados. 
A socialização de adultos pode também ocorrer entre imigrantes. Quando eles 
vão para outros países, precisam aprender a língua, valores, normas e uma série de 
outros costumes. 
 
 
Ressocialização e Dessocialização 
Na vida dos indivíduos que passam por diferentes estágios e experiências não 
existe a necessidade de ressocialização e dessocialização. Ressocialização significa 
a adoção, por parte dos adultos, de estilos de vida radicalmente diferentes e que 
são mais ou menos diferentes com as normas e os valores anteriores. São alterações 
rápidas e básicas na vida adulta. A mudança pode exigir o abandono de um estilo de 
vida por outro, completamente diferente e incompatível com o primeiro. 
A dessocialização acontece frequentemente quando nas sociedades modernas, 
e na vida adulta, exige-se dos indivíduos transições nítidas e mudanças. Ela 
normalmente precede a ressocialização. Refere-se a indivíduos que mudaram seus 
estilos de vida, crenças, valores e atitudes e passaram a ocupar novos estilos, parcial 
ou totalmente, a fim de tornar-se parte do novo grupo social. 
Dessocialização e Ressocialização ocorrem frequentemente no que é chamado 
de instituições totais, o que inclui, por exemplo: hospitais psiquiátricos, prisões e 
unidades militares. Em cada caso, as pessoas que se juntam à nova definição têm 
primeiro de ser dessocializadas antes de serem ressocializadas. 
Ressocialização também pode significar socialização dos indivíduos novamente 
em seus valores e normas anteriores, depois de reunir seus antigos modos de vida, 
gastando relativamente longo período de tempo em instituições. Isso ocorre porque 
eles podem ter esquecido a maior parte dos valores básicos e habilidades do ex- 
grupo ou sociedade. 
INTA EAD Sociologia 39 
 
 
Esse tipo de ressocialização também pode ser considerado como a reintegração, 
ajudar os ex-membros da comunidade a renovar seus antigos modos de vida, 
habilidades, conhecimentos, etc. 
 
 
Socializaçãoantecipatória 
Socialização antecipatória refere-se ao processo de ajuste e adaptação em que 
os indivíduos tentam aprender e internalizar os papéis, valores, atitudes e habilidades 
de um social ou profissão para a qual são prováveis recrutas no futuro. Eles fazem 
isso antecipando a socialização próxima na vida real. 
 
 
Socialização reversa 
Está associada ao fato da socialização ser um processo de mão dupla. Ela envolve 
as influências e pressões das socializações que direta, ou indiretamente, induzem a 
mudar atitudes e comportamentos dos próprios socializadores. 
Na socialização reversa, as crianças, por exemplo, podem socializar seus pais em 
alguns papéis, habilidades e atitudes que faltam a estes. 
 
 
Agentes e componentes de socialização 
Agentes de socialização são os diferentes grupos de pessoas e arranjos 
institucionais responsáveis pelo treinamento de novos membros da sociedade. 
Alguns deles poderão ser formais, enquanto outros são informais. Eles ajudam os 
membros a entrar nas atividades gerais da sua sociedade. Algumas das agências 
de socialização são: a família, relacionamentos com seus pares, escolas, bairros (da 
comunidade), a massa da mídia, etc. 
A instituição família é geralmente considerada o mais importante agente de 
socialização. No processo de socialização, os contatos mais importantes ocorrem 
entre uma criança, seus pais e irmãos. Os contatos também poderiam ser entre a 
criança e os pais substitutos quando os pais reais não estão disponíveis. 
Além dos pais, há outros agentes de socialização (em sociedades modernas), 
como creches-centros, creches e infância, escolas e universidades. Parece que 
esses vários agentes de socialização assumiram parcialmente a função dos pais, 
particularmente nas sociedades modernas onde as mulheres estão cada vez mais 
deixando a sua tradicional responsabilidade domiciliar para exercer uma atividade 
fora de casa. 
 Sociologia INTA EAD 40 
 
 
Além de pais e escolas, grupos de pares são muito importantes no processo de 
socialização. Às vezes, a influência do grupo de pares pode ser negativa ou positiva, 
e ser tão poderosa como a dos pais. Os grupos de pares (grupo de amigos) podem 
transmitir valores sociais vigentes ou desenvolver novas e distintas culturas próprias, 
com valores peculiares. 
Os meios de comunicação de massa como televisão, rádio, cinema, vídeos, fitas, 
livros, revistas e jornais são também importantes agentes de socialização. 
 
 
Múltiplas e contraditórias influências de socialização 
Até agora, o quadro de socialização apresentado pode parecer inclinado para 
uma visão funcionalista e estrutural da sociedade e de socialização. Assim, seria 
útil adicionar algumas ideias que podem ajudar a equilibrar a imagem. Numa 
conceituação crítica de socialização, influências contraditórias e ambíguas de 
socialização precisam ser destacadas. 
Se tomarmos o exemplo do consumo de álcool e tabaco veremos que há 
processos subjacentes e contraditórios de socialização por trás desse fenômeno. 
Influências conflitantes surgem quando, por um lado, as famílias, escolas e instituições 
médicas advertem os jovens para não consumirem estes produtos e, por outro lado, 
as empresas que produzem esses produtos estão travando uma guerra para vendê- 
los aos jovens através da atração da propaganda. 
Este exemplo nos mostra que, muitas vezes, mensagens conflitantes competem 
a partir das várias fontes de socialização. As empresas internacionais promovem 
a cultura do consumismo com o auxílio dos meios de comunicação global. Estes 
tendem a desempenhar papéis dominantes na influência das atitudes e estilos de 
vida dos jovens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
CORRENTES SOCIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
 
Conhecimento 
Compreender os pressupostos 
das correntes sociológicas. 
 
Habilidades 
Analisar a sociedade atual a partir das ideias propostas 
pelas correntes sociológicas. 
 
Atitudes 
Desenvolver a percepção das diferentes posturas teóricas 
face à mesma realidade social. 
 
 
 
INTA EAD Sociologia 43 
 
 
A contribuição 
de Auguste Comte 
 
A sociologia oportuniza diferentes estudos e caminhos para 
a explicação da realidade social, não se constituindo enquanto 
ciência de apenas uma orientação teórica e metodológica 
dominante. Atendendo ao que foi afirmado, observamos na 
sociologia três linhas principais: a positivista-funcionalista, de 
Auguste Comte e Durkheim; a sociologia compreensiva iniciada 
por Max Weber e a linha de explicação sociológica dialética 
iniciada por Karl Marx. 
 
 
Auguste Comte 
Comte idealizou uma sociologia de inspiração positivista, a qual considera que 
a sociedade destina-se inevitavelmente ao progresso, todavia, este deve vir junto 
com a ordem nas instituições sociais: família, escola, empresa, religião e estado. A 
ordem é indispensável para manter o equilíbrio social. Nesse sentido a sociologia 
deve abster-se de qualquer discussão crítica sobre a realidade existente. 
Para compreendermos a extensão do raciocínio positivista, é importante lembrar 
que, de acordo com Comte, nessa época a Europa passava por uma crise econômica 
e social, resultante de uma nova forma de pensar a natureza e a sociedade. Tal forma 
desenvolveu-se a partir do século XV em resultado do conflito histórico entre a 
antiga ordem feudal e a nova ordem capitalista. 
Para Comte, a desordem e a anarquia dominavam devido aos princípios 
metafísicos e teológicos do passado não poderem mais ajustar-se à sociedade em 
transformação acelerada. Para superar esse estado, Comte propõe a construção 
de uma nova ordem social por intermédio da reforma intelectual do homem cujo 
fundamento é o uso da razão. 
Nesse ponto surge a sociologia ou “física social”, que se propõe reformar a 
prática das instituições sociais através da análise de seus processos e estruturas. 
A sociologia representa, para Comte, o apogeu da evolução do conhecimento, 
recorrendo aos mesmos métodos de outras ciências, pois todas elas procuram 
conhecer os fenômenos constantes e repetitivos da natureza. A sociologia, como 
as ciências naturais, deve procurar a reconciliação entre os aspectos estáticos e os 
dinâmicos do mundo natural, o que, em termos da sociedade humana, significa 
entre a ordem e o progresso. 
A ciência deveria ser um instrumento para a análise da sociedade no sentido 
de torná-la melhor; o mesmo é dizer que o conhecimento deve existir para fazer 
 Sociologia INTA EAD 44 
 
 
previsões do que acontecerá e também para dar a solução dos possíveis problemas 
que possam existir. 
O positivismo de Comte procura encontrar uma forma de estudar a sociedade de 
modo que essa pesquisa ofereça credibilidade na busca de respostas consideradas 
essenciais para a mudança social em diversos âmbitos, tais como: a organização da 
sociedade, o comportamento dos indivíduos e das instituições; a necessidade de 
regras e de normas; o planejamento de uma sociedade equilibrada e a resolução de 
conflitos. Para isso, defende uma unidade metodológica regida por leis invariáveis, 
cujos fundamentos para a investigação partem da análise da sociedade baseada 
nas ciências naturais. Como um organismo, a sociedade deve ser estudada em duas 
dimensões: a que Comte designa por estática social (análise de suas condições de 
existência; de sua ordem) e a da dinâmica social (análise de seu movimento; de seu 
progresso). 
Para o autor, ordem e progresso relacionam-se estreitamente. A sociedade

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