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Enterobacterias ( Especialização)

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INCURSOS – Instituto Nacional de Cursos
ESPECIALIZAÇÃO EM MICROBIOLOGIA
MÓDULO: ENTEROBACTÉRIASMÓDULO: ENTEROBACTÉRIAS
Profa. Dra. Juliana Lamaro Cardoso
lamarocardoso@gmail.com
Teresina – PI
02-04/Abril/2014
família família EnterobacteriaceaeEnterobacteriaceae
EnterobactériasEnterobactérias
�Maior e mais heterogênea família de bactérias Gram negativas de importância 
clínica 
- representam 80% ou mais de todos os Gram negativos isolados na rotina 
microbiológica
- são responsáveis por cerca de 70% das infecções urinárias e 50% das - são responsáveis por cerca de 70% das infecções urinárias e 50% das 
septicemias
�Constituída por ~44 gêneros / ~176 espécies / 04 grupos indefinidos
biotipos e sorotipos (complexos) 
�Independente da complexidade, mais de 
95% das amostras implicadas em casos 
clínicos são colocadas em 25 espécies
Nomenclatura e Classificação
• Métodos Fenotípicos
• Moleculares 
 
 →→→→ novas espécies 
reclassificação 
Características Gerais:Características Gerais:
Ubíquos: solo, água, plantas, microbiota autóctone trato 
gastrointestinal do homem e animais
imóveis e móveis 
não – esporulados
anaeróbios facultativos
crescem em meios comuns - meios básicos (caldo peptona) - meios 
ricos (ágar sangue, ágar chocolate e CLED) – meios seletivos (Mac 
Conkey, EMB) – 0,5 – 2,0 µ de largura / 4,0 µ de comprimento
Características Gerais:Características Gerais:
fermentadores fermentadores da GLICOSEda GLICOSE
reduzem reduzem NITRATONITRATO NITRITONITRITO
aausência da atividade da 
citocromo-oxidase
catalase positiva
podem formar cápsula
•• Providencia Providencia spsp
•• HafniaHafnia spsp
• Escherichia sp
• Klebsiella sp
EnterobactériasEnterobactérias
família família EnterobacteriaceaeEnterobacteriaceae
•• HafniaHafnia spsp
•• SalmonellaSalmonella spsp
•• ShigellaShigella spsp
•• YersiniaYersinia spsp
•• EdwardsiellaEdwardsiella spsp
•• MorganellaMorganella spsp
• Klebsiella sp
• Enterobacter sp
• Proteus sp
• Serratia sp
• Citrobacter sp
• Pantoea sp
• Escherichia coli
•Klebsiella pneumoniae
•Proteus mirabilis e P. vulgaris
•Enterobacter spp
EnterobactériasEnterobactérias de de importânciaimportância médicamédica
Grupos
1- Escherichia
2- Klebsiella-Enterobacter-Serratia
3- Proteus-Morganell-Providencia
•Enterobacter spp
•Salmonella typhi e 
S. paratyphi A e B
•Salmonella enteritidis e 
S. cholerae suis
•Shigella spp
•Yersinia pestis e Y. enterocolitica
•Citrobacter spp
•Serratia
2- Klebsiella-Enterobacter-Serratia
3- Proteus-Morganell-Providencia
4 - Citrobacter
5 -Shigelas
6 – Salmonelas
7 - Outras enterobacteriaceae
- Enteropatógenos
- Infecções nosocomiais - espécies importantes 
- Outras espécies - raras em material clínico isoladas em: 
meio ambiente
Classificação - patogenia
meio ambiente
plantas
animais
- Representam ~80% de todos os Gram – de importância clínica 
isolados na rotina microbiológica
Classificação - patogenia
• Infecções : 
• Intestinal, feridas, queimaduras, trato urinário 
• Abcessos, pneumonias, meningites • Abcessos, pneumonias, meningites 
• Infecções nosocomiais
Classificação - patogenia
Infecções intestinais
Características
• normalmente na comunidade
• DTA – doença transmitida por alimento 
• surtos / casos isolados• surtos / casos isolados
• relacionada a assistência a saúde (hospitalar)
Patógenos entéricos clássicos
Salmonella spp
Shigella spp
E.coli - categorias diarreiogênicas
Yersinia enterocolitica
Classificação - patogenia
Infecções extra-intestinais
Comunidade
Hospitalar
• Qualquer espécie
Espécies mais comuns
Escherichia coli
Klebsiella pneumoniae
Klebsiella oxytoca• Qualquer espécie
• Fatores de risco:
Paciente
Veículos de transmissão
Alimentos contaminados
Klebsiella oxytoca
Proteus mirabilis
Enterobacter spp
Salmonella ( sorotipos)
Serratia marcescens
Citrobacter spp
Providencia spp
� Microbiota entérica: E. coli, Klebsiella sp, Enterobacter sp, Proteus sp
� Infecções Sistêmicas: Yersinia pestis
Salmonella sp
Enterites: E. coli
Salmonella sp
Classificação - patogenia
Salmonella sp
Shigella sp
Infecções Urinárias: E. coli
Klebsiella sp
Proteus sp
Feridas, Abcessos: E. coli, Klebsiella sp
Respiratórias: Klebsiella pneumoniae
Enterobactérias
Escherichia coli
Klebsiella pneumoniae
Klebsiella oxytoca
FAMÍLIA Enterobacteriaceae
Infecção relacionada à assistência à saúde (hospitalar)
Klebsiella oxytoca
Proteus mirabilis
Enterobacter spp
Salmonella (sorotipos)
Serratia marcescens
Citrobacter spp
Providencia spp
Enterobactérias: Patogenicidade
Fatores de virulência
1. Endotoxina
2. Cápsula
3. Variação de fase antigênica3. Variação de fase antigênica
4. Sistemas de secreção tipo III
5. Sequestro de fatores de crescimento
6. Resistência ao soro
7. Resistência aos antimicrobianos
Enterobactérias: Patogenicidade
Fatores de virulência
8. Adesinas
9. Exotoxinas
10.Fatores citotóxicos necrosantes10.Fatores citotóxicos necrosantes
11.α-hemolisina
12.Bacteriocinas
13.Flagelos
14.Pili
Estrutura AntigênicaEstrutura Antigênica
Antígeno O: Ag somático (polissacarídeo) 
Antígeno K: Ag capsular (proteína ou polissacarídeo)Antígeno K: Ag capsular (proteína ou polissacarídeo)
Antígeno H: Ag flagelar (proteína flagelina)
Classificação Sorológica
1.1. Ativação do complementoAtivação do complemento
2.2. Liberação de citocinasLiberação de citocinas
3.3. LeucocitoseLeucocitose
Lipídio A
3.3. LeucocitoseLeucocitose
4.4. TrombocitopeniaTrombocitopenia
5.5. Coagulação intravascular disseminadaCoagulação intravascular disseminada
6.6. Febre , hipovolemia, choque , morteFebre , hipovolemia, choque , morte
BacteriocinasBacteriocinas
Substância bactericida
Produção mediada por plasmídios
• Colecinas: E. coli
• Marcescinas: Serratia sp 
EnteropatogênicasEnteropatogênicas
� Fatores de virulência:
• adesinas 
• exotoxinas• exotoxinas
� Grupos: 
• Aderentes: Escherichia coli
• Invasoras: Salmonella sp e Shigella sp
Escherichia coliEscherichia coli
Escherichia coli
� Descrita por Theodor Escherich, pediatra,
1885;
� Amplamente distribuída no TGI do homem e
animais de sangue quente;animais de sangue quente;
� A maioria das cepas não é patogênica, porém
pode ser problema em imunocomprometidos;
� Cepas patogênicas quando ingeridas causam
gastroenterite em pessoas saudáveis.
Coliformes
� Fazem parte da microbiota normal do intestino;
� Pertence ao grupo coliforme junto com
Enterobacter, Citrobacter e Klebsiella;
� Indicador de contaminação fecal� Indicador de contaminação fecal
Escherichia coli
� E. coli – uma das bactérias mais comumente isolada
em laboratórios clínicos; 
� Pode causar infecções em vários órgãos e tecidos;
� Frequente em sepse e choque endotóxico; 
Antígeno O, K e H 
Fatores de virulência: adesinas e exotoxinas (plasmídio)
Escherichia coliEscherichia coli
Cepas enteropatogênicas: 6 grupos
Escherichia coli
Classificação
E. coli
174 antígenos “O”
100 antígenos “K”
57 antígenos “H”
Outras espécies E. blattae
E. fergusoniiE. fergusonii
E. hermannii
E. vulneris
Síndromes clínicas Gastroenterite
Infecção do TGU
Meningite
Bacteremia
Escherichia coli
� EIEC: Enteroinvasiva
� EPEC: Enteropatogênica
� ETEC: Enterotoxigênica� ETEC: Enterotoxigênica
� EHEC: Enterohemorrágica
� EaggEC: Enteroagregativa
� DAEC: Aderida difusa
Sorotipos de E. coli isolados de 
casos de diarreia
ETEC EPEC EIEC EHEC
32 23 14 11232 23 14 112
Escherichiacoli
Fontes Fezes do homem e animais desangue quente, água.
Alimentos 
envolvidos
Água, hortaliças, carnes,
aves, pescado, verduras e
legumes crus ou mal cozidos,
leite, queijos, etc.leite, queijos, etc.
Escherichia coli enteroinvasiva - EIEC
� Período de incubação: 2 – 24 horas (Média: 12 horas)
� Dose infectante: 10 céls
� Duração: 24 – 72 horas
� Sintomas: disenteria, cólicas, febre, mal-estar
� Ação: Gastrenterite semelhante à shigelose em crianças 
maiores e adultos (diarreia com muco, leucócitos e 
sangue)
� Obs.: a bactéria é internalizada pelos enterócitos, 
rompe-os, multiplica e invade lateralmente as células 
vizinhas
EIEC
Início da invasão celular por EIEC 
Mucosa do cólon infectada por EIEC
Início da destruição da mucosa (EIEC). A 
destruição contínua leva ulceração e diarréia 
com muco e sangue
Crescimento de EIEC no citoplasma � lise e
liberação para infecção da célula adjacente
EIEC em célula do cólon (seta), escapa do vacúolo
endocítico e se multiplica no citoplasma
Escherichia coli enteropatogênica - EPEC
� Período de incubação: 12 – 72 horas (Média: 24 
horas)
� Duração: 24 – 72 horas
� Sintomas: diarreia aquosa, cólicas, vômitos, febre � Sintomas: diarreia aquosa, cólicas, vômitos, febre 
baixa
� Ação: Gastrenterite em recém-nascidos e lactentes 
(perda de líquido e eletrólitos)
� Obs.: a bactéria adere à mucosa intestinal (intimina) 
e destrói as microvilosidades dos enterócitos
Formação da lesão A/E pela EPEC
Pedestais formados em cultivo de 
células por EPEC
EPEC
EPEC
Fotomicrografia mostrando lesão íntima da
EPEC (adesão localizada)
EPEC
Escherichia coli enterotoxigênica - ETEC
� Período de incubação: 2 – 24 horas (Média: 12 horas)
� Dose infectante: 108 céls
� Duração: 24 – 72 horas
� Sintomas: diarreia aquosa, cólicas, febre baixa, mal-
estarestar
� Ação: Gastrenterite chamada diarreia do viajante, 
acomete todas as idades. Toxinas LT (hipersecreção de 
água) e ST (desequilíbrio eletrolítico)
� Obs.: Proliferação da bactéria no intestino delgado com 
produção de toxina que induz secreção de fluidos
Distribuição da “diarréia dos viajantes”
Medical Microbiology Picture - Niel R. Chamberlain
ETEC ETEC 
� Toxina termolábil (LT)
�Semelhante cólera
�Ativação adenilciclase
� AMP cíclico
47
� AMP cíclico
� secreçã0 de água/íons
� Toxina termoestável (ST)
� Ativação de guanilatociclse
� GMP cíclico
� absorção água/íons
Escherichia coli - ETEC
Subunidades das Enterotoxinas
Escherichia coli enterohemorrágica - EHEC
� Associada a surtos de infecção nos EUA e Canadá
� Fonte: carne moída, hambúrgueres, leite e suco de
maçã/laranja não pasteurizado, água, etc.
� Contaminação da carne com fezes de animais� Contaminação da carne com fezes de animais
colonizados por Escherichia coli O157:H7,, durante
o abate.
� Reservatórios: intestino de animais
como bovinos, galinhas, carneiros, etc.
� Pode ocorrer transmissão pessoa-pessoa
Escherichia coli - EHEC
� Diarreia hemorrágica (E. coli O157:H7)
� Animais: bezerros e humanos
� Patogenia: Produção de lesão de fixação e esfacelamento
Alteração das microvilosidades intestinais
Produção de toxina SLT (efeito local e 
sistêmico) – verotoxina (VTEC)
� Sintomas: diarreia hemorrágica
Síndrome urêmica hemolítica.
� EHEC - VTEC
� Associada a stress, alterações
nutricionais e ambientais
� Liga-se a enterócitos
� Produção de Verotoxinas: VT1, VT2, VT2
� Lesão endotélio vascular 
� Doença do edema em suínos, enterocolite
hemorrágica em bezerros, diarreia pós-
desmame em leitões, SUH em humanos
EHEC (EHEC (E. coliE. coli O157: H7)O157: H7)
� Dose infectante: desconhecida, mas admite-se
baixa (10 céls)
� Duração: 8 dias
� Sintomas: cólicas severas, febre baixa, mal-estar,
diarreia aquosa evoluindo para sanguinolenta
� Ação: Colite hemorrágica. Verotoxina (Shiga-like
toxina). Possui outros fatores de virulência
(Hemolisina e adesina)
�� Síndrome Síndrome urêmicourêmico--hemolíticahemolítica
� É a principal complicação das infecções por EHEC,
se desenvolvendo em 2% a 7 % dos casos e com
taxa de mortalidade de 3% a 10%
EHEC
� É definida como uma tríade clínica: 
� Insuficiência renal aguda
� Anemia hemolítica microangiopática
� Trombocitopenia
EHECEHEC
� SUH: crianças pequenas e idosos (0-15%) podem
desenvolver complicação renal e anemia hemolítica
por E. coli O:157 H:7
Obs.: Proliferação da bactéria no intestino delgado� Obs.: Proliferação da bactéria no intestino delgado
com produção de citotoxina que inibe a síntese
proteica de células de vasos sanguíneos levando à
hemorragia. Quando lesiona os vasos do rim – SUH.
EHEC sorotipo O157:H7EHEC sorotipo O157:H7
EHEC sorotipo O157:H7EHEC sorotipo O157:H7
Células Vero após incubação com EHEC. ECP 
nas células mortas pela verotoxina
EAEC: Enteroagregativa
Local de ação: intestino delgado
Diarréia infantil: diarréia aquosa persistente, vômitos, 
desidratação e febre desidratação e febre 
biofilme “tijolo empilhado”
destruição das microvilosidades
Infiltração mononuclear + hemorragia
DAEC: Difusamente aderente
Local de ação: intestino delgado
Diarréia infantil
estimula alongamento das microvilosidades
Células de E. coli Aderida-difusa (destruição 
das bordas ciliadas das microvilosidades)
DAEC (padrão de adesão difuso à mucosa)
Fímbrias de cepa de DAEC isolada de caso de 
criança com diarréia
Padrão difuso de adesão que diferencia as 
DAEC de EPEC e EAEC
Infecções respiratórias, urinárias e infecções 
hospitalares
Cápsula: colônias mucóides
Klebsiella sp
Cápsula: colônias mucóides
Klebsiella pneumoniae
- Encontrada normalmente nos intestinos. 
- A pneumonia geralmente se localiza nos lobos 
superiores, acompanhando-se de necrose que pode levar 
a formação de cavidades. 
- Associação com infecções do aparelho urinário, 
endocardites e vários tipos de infecções pós-cirúrgicas. 
Klebsiella sp
- Associação com infecções do aparelho urinário, 
endocardites e vários tipos de infecções pós-cirúrgicas. 
- ~ 10% das infecções hospitalares. 
- Frequentemente resistente à maioria dos 
antimicrobianos empregados na clínica. 
P. mirabilis e P. vulgaris
Infecções do Trato Urinário
crescimento em forma de onda – “VÈU”
Proteus sp
crescimento em forma de onda – “VÈU”
-Proteus morganii foi trasnformado no gênero Morganella;
- Proteus rettgeri passou a integrar o gênero Providencia; 
- Encontradas regularmente nos intestinos do homem, sendo bem 
mais frequentes Proteus mirabilis e Morganella morganii. 
Proteus sp, Providencia sp, Morgnella sp.
mais frequentes Proteus mirabilis e Morganella morganii. 
- Infecções principalmente no trato urinário: Proteus mirabilis ocorre 
em infecções adquiridas na comunidade, os outros infecção hospitalar . 
- Hidrolisam a uréia formando amônia, a urina pode se tornar muito
alcalina, formação de cálculos, devido à diminuição da solubilidade do 
cálcio.
- Característica comum: resistência natural às polimixinas
Enterobacter sp
- Raramente são agentes primários de infecção. 
- Freqüentemente isolados de diferentes espécimes clínicos, de 
pacientes hospitalizados. 
- Vários casos de bacteremia decorrentes de aplicação endovenosa de 
líquidos contaminados, têm sido descritos.
Citrobacter spCitrobacter sp
- Encontrado com relativa frequência no intestino do homem, 
raramente são isoladas de processos infecciosos. 
- Infecções: pielonefrites, meningites do recém-nascidos, abcesso
cerebral, endocardite e bacteremias. 
- Ocorrem basicamente em indivíduosimunocomprometidos e em 
instituições de saúde.
Edwardsiella sp.
Serratia sp.
- Raramente isolada do homem. 
- Podem causar infecção intestinal no homem, devido à invasão da 
mucosa. 
- Capacidade de invadir células HeLa e presença de sangue, muco e 
leucócitos nas fezes.
- Infecções extra-intestinais.
Serratia sp.
- Das três espécies, a Serratia marcescens é a mais frequente, 
representando 95% das amostras de Serratia isoladas de espécimes 
clínicos. 
- Causadora de infecção hospitalar 
- Múltipla resistência aos antibióticos
- Infecções podem se localizar em qualquer órgão.
Salmonella
Características gerais:
� Bastonetes Gram-, anaeróbios
facultativos, não esporulados,
móveis.
� Amplamente distribuídos na� Amplamente distribuídos na
natureza, água, solo, insetos,
superfícies, fezes de animais
de sangue frio e quente, carne
crua, ração, etc.
� 2 espécies
� + 2.500 sorovares
sempre patogênica
ingestão de alimentos contaminados (aves, ovos e 
Salmonella sp
laticínios), disseminação fecal-oral (crianças)
Gastroenterite, sepse, febre tifóide
colonização assintomática após a doença sintomática 
– ESTADO PORTADOR
Transmissão
Patogênese das infecções por Salmonella
� Fontes: Ambiente, fezes
� Infecção: Ingestão. Pode ocorrer por via
respiratória e conjuntiva;
� Penetração e passagem de bactérias do lúmen
intestinal para o epitélio do intestino delgado onde aintestinal para o epitélio do intestino delgado onde a
inflamação ocorre - diarreia;
� Virulência: invasão e replicação em céls. do
hospedeiro; resistência à digestão por fagócitos e
complemento
� LPS
� fímbrias
Patogênese das infecções por Salmonella
Fatores predisponentes:
� Infecções intercorrentes
� Transporte
� Superlotação
�Altas temperaturas
� Sede
�Antibioticoterapia oral
� Cirurgias que requerem anestesia geral
Salmonella
� Salmonelose (depende da resistência do hospedeiro, dose 
infectante e sorovar infectante)
Sorovar Hospedeiro Doença
S.Typhimurium
Várias sp.
Humanos
Aves
Enterocolite, septicemia
Infecção alimentar
Paratifo
S. Dublin BovinosOvinos, caprinos,cães
Várias
Enterocolite, septicemia
S.Choleraesuis Suínos Enterocolite e septicemiaS.Choleraesuis Suínos
Enterocolite e 
septicemia
S. Pullorum Pintos Diarreia bacilar
S. Gallinarum Aves adultas Tifo aviário
S. Arizonae Perus Infecção de paracólon
S. Enteritidis
Aves domésticas
Várias sp.
Humanos
Subclínica - Paratifo
Doença em mamíferos
Intoxicação alimentar
S. Bradenburg Ovinos Aborto
� Alimentos envolvidos: Carne crua, frango, ovos,
leite e derivados, peixe, camarão, molhos, recheio de
bolos, sobremesas com creme e coberturas, gelatina,
chocolate.
Salmonelose humana
� S. Enteritidis pode ser isolada na gema de ovos,
sugerindo transmissão vertical.
� Fatalidade: febre tifoide - 10%; salmonelose – 1%.
� População-alvo: Todas as faixas etárias. Sintomas
mais severos em idosos, crianças e enfermos.
Frequente em pacientes com AIDS (20 X mais)
Surto por S. Typhimurium
Surto por S. Enteritidis
Shigella
Características gerais:
� Imóveis. Agente da disenteria
bacilar.
� Fatores de Virulência:
� Endotoxina
Genes de adesão� Genes de adesão
� Exotoxina –Toxina de Shiga
Shigella dysenteriae – toxina SHIGA
Shigelose: cólicas abdominais, diarréia, febre e fezes 
Shigella sp
sanguinolentas (cólon)
Síndrome Hemolítica Urêmica
Colonização assintomática após infecção - ESTADO 
PORTADOR
� Patogênese das infecções por Shigella
� Adesão e penetração de bactérias do lúmen
intestinal para células epiteliais da mucosa
intestinal.
� Após a invasão ocorre multiplicação intracelular e� Após a invasão ocorre multiplicação intracelular e
disseminação para células contíguas – destruição
tecidual.
� Algumas cepas produzem enterotoxina e Shiga
toxina (similar à verotoxina de E. coli O157:H7).
Patogênese das infecções por Shigella
� Patogênese das infecções por Shigella
� Sintomas: dores abdominais, cólicas, diarreia,
febre, vômitos, fezes com sangue muco e pus,
tenesmo;
� PI: 12-50 h;� PI: 12-50 h;
� Dose infectante: 10 células, depende da idade e
saúde do hospedeiro. Transmissão fecal-oral.
� Alimentos envolvidos:
� Saladas (batata, atum, camarão, macarrão e
frango), vegetais crus, leite e derivados e frango.
Água contaminada com fezes e manipulação
inadequada são causa de contaminação mais
Shigella
inadequada são causa de contaminação mais
freqüentes.
� Consequências: ulceração de mucosa, sangramento
retal, desidratação;
� Fatalidade: 10-15%. (Síndrome urêmica hemolítica)
� População-alvo: Todas as faixas etárias. Sintomas
mais severos em idosos, crianças e enfermos.
Freqüente em pacientes com AIDS .
Yersinia pestis - Altamente virulento – doença 
sistêmica – Alta taxa de mortalidade
Yersinia enterocolítica e Y. paratuberculosis
Yersinia sp
Todas as infecções são zoonóticas
Peste urbana Peste silvestre 
Peste bubônica – inchaço inflamatório dos linfonodos
Peste pneumônica
Enterocolite
YersiniaYersinia pestispestis
Prova da Oxidase: Citocromo-oxidase
Diagnóstico Diagnóstico 
MicrobiológicoMicrobiológico
MicrobiologiaMicrobiologia ClínicaClínica
� Laboratório de Microbiologia Clínica
� Coletar e cultivar amostras para detecção de 
microrganismos;
� Identificar com certeza as espécies envolvidas
� Desenvolver testes de Diagnóstico rápido� Desenvolver testes de Diagnóstico rápido
� Realizar todos os testes adicionais (TSA)
� Investigação e reconhecimento de surtos
� Tipagem molecular para dar suporte as atividades de 
Controle de Infecção
� Armazenamento de microrganimos
� Cultura de espécimes
� Monitorização da emergência da resistência
Microbiologia Clínica
� Laboratório de Microbiologia Clínica 
Auxiliar no diagnóstico e tratamento das 
doenças infecciosasdoenças infecciosas
� Avaliar curso da antibioticoterapia e construção de 
banco de dados epidemiológicos
� Controle de qualidade e precisão dos resultados
Microbiologia Clínica
� Laboratório de Microbiologia Clínica:
� Produz, interpreta e reporta resultados – pesquisa
e ensino
� Atenção e manejo dos pacientes - Aplicabilidade
dos resultadosdos resultados
� Certificação de qualidade
Utilização de laboratório
Ensaios de controle
Padrões de atenção
Certeza
Precisão
Sensibilidade
Comparatibilidade
- dogma da cultura pura;
- estudo dos microrganismos sob as
mais diversas condições anti-
naturais;
- o trabalho com as variantes de
microrganismos encontrados
Microbiologia Clínica
� Ciclo de Diagnóstico
Coleta (fase pré-analítica)
Processamento
(fase analítica)
Análise (fase pós-analítica)
Informação Diagnóstico Laboratorial e Clínico das Doenças Infecciosas
Meta Execução de testes com acurácia diagnóstica e serviços de 
alta qualidade a custos reduzidos.
A suspeita clínica do processo infeccioso determinará o tipo de 
amostra clínica que deve ser enviada ao laboratório para o 
diagnóstico clínico.
O diagnóstico laboratorial das doenças infecciosas começa com a 
Indicação clínica adequada do exame microbiológico, o que requer 
conhecimento da epidemiologia e da fisiopatologia do processo 
infeccioso
A coleta e o transporte da amostra são etapas críticas na execução 
do exame microbiológico.
O gerenciamento adequado destas etapas é o suporte das boas 
práticas laboratoriais e deve respeitar as normas para o manuseio dos 
espécimes clínicos.
Sítios Corporais Estéreis X 
Não estéreis
• Sítios Corporais Estéreis:
– Normalmente não contêm nenhuma bactéria –
qualquer bactéria encontrada tem significância
• Sangue• Sangue• Líquido Cefalorraquidiano
• Sítios Corporais Não Estéreis:
– Possuem comunicação com o ambiente externo e 
normalmente contêm bactérias
• Garganta
• Narinas
• Pele
Espécimes de Sítios Estéreis
• Qualquer microrganismo crescendo em
sítios estéreis são significativos.
• Identifique-os!!
Espécimes de Sítios Não-EstéreisEspécimes de Sítios Não-Estéreis
• Procure somente por patógenos específicos
• Testes devem ser feitos para microrganimos
específicos ou grupos de microrganismos
• Outros microrganismos devem estar presente
mas não devem ser identificados
Espécime
• Apropriado (adequação)
• Coleta
• Transporte para o laboratório• Transporte para o laboratório
Microbiologia Clínica
“Nothing is more “Nothing is more 
important to the important to the 
effectiveness of a effectiveness of a effectiveness of a effectiveness of a 
laboratory than a laboratory than a 
specimen that has been specimen that has been 
appropriately selected, appropriately selected, 
collected and collected and 
transported” transported” 
Coleta
Coleta apropriada: etapa mais importante na
confirmação final de que um microrganismo seja
responsável pela enfermidade infecciosa
� Suspeita de uma doença infecciosa: cultivos ou detecção de 
antígenos ou anticorpos
� Seleção de amostras adequadas e provas apropriadas –
detecção do microrganismo
Aspectos Importantes:
� O conhecimento da história natural e da fisiopatologia dos processos 
infecciosos é importante na determinação do período ótimo para a coleta da amostra 
clínica para o exame microbiológico.
� A amostra deve ser coletada antes do início da terapia antimicrobiana, pois 
antimicrobianos são agentes bactericidas ou bacteriostáticos e poderão interferir no 
crescimento bacteriano em meio de cultura.
� A amostra clínica deve representar o material do verdadeiro local da infecção e deve-se 
evitar a sua contaminação a partir de tecidos adjacentes.evitar a sua contaminação a partir de tecidos adjacentes.
� Amostras obtidas ao longo de 24 horas estão sujeitas à contaminação, portanto não 
devem ser utilizadas para o exame microbiológico.
� A quantidade de material obtida deve ser suficiente para a execução das técnicas de 
cultivo solicitadas, evitando resultados falso-negativos;
� Devem ser utilizados dispositivos de coleta, recipientes de amostra e meios de
cultura apropriados para assegurar isolamento ótimo dos microrganismos (equipamento 
apropriado e boas orientações aos pacientes)
Aspectos Importantes:
Identificação da amostra
Nome completo, 
Tipo e topografia da amostra
Data e horário da coleta
Pedido de exame
Nome do paciente
Exames solicitados
Suspeita clínica
Informação de uso de antimicrobianos, doença de base
Data e hora da coleta
� Qualquer material clínico pode ser submetido à cultura:
� urina
� fezes
� sangue
� escarro
� lavado brônquico
� liquor
� esperma
� biopsia
� secreções em geral
Transporte
• Manter a amostra o mais próximo possível de seu estado original
• Meios de transporte, frascos adequados para cada tipo de material
coletado e cultura solicitada
� Meio de Stuart
� Meio de Amies
� Meio de Stuart ou Amies com carvão
�Meio de Carey-Blair
� Meio de transporte pré-reduzido
Transporte
• Todo espécime deve ser prontamente transportado ao laboratório
• Não estocar espécimes para cultura bacteriana por mais de 24
horas
• Observar:
• Tempo
• Temperatura
• Meio
COLETA E PROCESSAMENTO DE 
ESPÉCIMES CLÍNICOS
• Aspectos importantes para o 
Laboratório de Microbiologia
– Quantidade insuficiente
– Contaminação
–Meio de Transporte inadequado
– Atraso no transporte
– Armazenamento impróprio
COLETA E PROCESSAMENTO DE 
ESPÉCIMES CLÍNICOS
• Quantidade/Qualidade Insuficiente
– Pequena quantidade para análise “ótima”
– Espécime pobre
• Contaminação
– Durante coleta
– Durante transporte
– Contaminação no laboratório
COLETA E PROCESSAMENTO DE 
ESPÉCIMES CLÍNICOS
• Meio de transporte impróprio
- Prevenir ressecamento
– Manter ambiente fisico químico ótimo
– Prevenir oxidação e destruição de enzimas
– Fornecer condições adequadas– Fornecer condições adequadas
• Atraso no transporte
- Condições de conservação são
espécime ou patógeno específicas
– Urina: 2˚ C to 8˚C
– Sangue inoculado: 35˚ C to 37˚C
• Se não tem certeza de como coletar um espécime
chame a microbiologia antes de coletar!
COLETA E PROCESSAMENTO DE 
ESPÉCIMES CLÍNICOS
• Se não tem certeza de como transportar um 
espécime, chame um microbiologista
ou infectologista!
• Se não tem certeza de uma síndrome clínica
específica, salve uma amostra!!
Recebimento das amostras
• Amostra está devidamente identificada
• Volume está adequado para a realização dos exames solicitados
• Amostra foi coletada em meios de transporte , swabs ou frascos
apropriados
• Amostra é adequada para realizar o exame solicitado
• Inserir dados essenciais em um livro de registros ou terminal 
eletrônico
• Exame visual e cumprimento dos critérios de aceitação
Testes Diretos e Indiretos
• Diretos: Demonstrar a presença de um 
agente infeccioso
– Microscopia
– Cultura– Cultura
– Métodos moleculares como PCR
• Indiretos: Demonstrar a presença de 
anticorpos dirigidos para um agente
infeccioso particular
– Sorologia
• Análises Microbiológicas:
–Exame direto
–Preparações coradas
– Isolamento e identificação
–Provas bioquímicas
–Provas sorológicas
–Análise molecular
• Exame direto:
–Mais usado em Micologia e Parasitologia;
–Material em lâmina e lamínula;
–KOH 20%
–Tinta Nanquim
–Microscopia de 
campo escuro
- EAS
• Preparações coradas:
� Muito usadas em Bacteriologia;
� Esfregaço fino e homogêneo;
� Várias colorações� Várias colorações
� Permite a visualização de estruturas
bacterianas
� Visualização da forma e arranjo (reação morfo-
tintorial)
• Colorações:
• Gram: + ou -, forma, arranjo;
• Ziehl-Neelsen - BAAR;
• Fontana Tribondeau - Espiroquetas• Fontana Tribondeau - Espiroquetas
• Wirtz - Esporos
• Gins - Cápsula
�Gram:
�Wirtz:
�Cápsula:
Processamento inicial - Isolamento
� Selecionar meios de cultura primários apropriados para o tipo
de amostra
� Determinar a temperatura e atmosfera de incubação para isolar� Determinar a temperatura e atmosfera de incubação para isolar
todos os microrganismos potencialmente significativos
� Determinar qual dos microrganismos isolados nos meios
primários requer melhor caracterização
� Determinar se são necessárias provas adicionais
MEIOS DE CULTURAMEIOS DE CULTURA
	 É uma mistura de nutrientes necessários ao crescimento microbiano. 
	 A formulação de um meio de cultura deve levar em conta:
	 o tipo nutritivo ao qual o microrganismo pertence
	 fonte de carbono
	 Deve atender às necessidades do grupo, família, gênero ou da espécie
	 É imprescindível acrescentar ao meio vitaminas, cofatores, aa, quando 
não são sintetizados
	 Meios de cultura sintéticos 
 preparados a partir 
substâncias químicas puras em quantidades 
conhecidas
	 Meios complexos 
 não se conhece exatamente a 
composição qualitativa e quantitativa do meiocomposição qualitativa e quantitativa do meio
	 Podem ser:
	 líquidos ou sólidos
	 seletivos 
 contêm substância que inibe o 
crescimento de um determinado grupo de Mos, 
mas permite o desenvolvimento de outros
	 diferenciais 
 permite a distinção de colônias 
de Mos ≠
Meios de 
Quanto à 
consistência
Líquido – BHI
Semi-sólido – SIM
Sólido – A. Sangue
Quanto à 
função
Enriquecimento – BHI, AS
Seletivo- A. Mc Conkey, A. EMB
Meios de 
cultura
função Diferencial –AS, AMC
Manutenção – A. Nutriente
Quanto à 
natureza
Animados – Cultura de céls.
Natural- leite
Inanimados Sintéticos-AMC
Semi-sintéticos-
AS
� Espécime é “estriado”, usando alça 
bacteriológica estéril em meio específico
� As placas são incubadas em atmosfera e 
temperatura apropriadas 
Isolamento de Bactérias Individuais
temperatura apropriadas 
� Frequentemente 35º C.
� Comum 5% CO2
� Usualmente examinado após 24 horas
�Inoculação:
“Semeadura”
� Inoculação:
�Incubação:
� Colônia Bacteriana
� Resultado de uma bactéria isolada das outras
durante o processo de semeadura
� Aquela bactéria cresce exponencialmente
� Muitas bactérias tem um tempo de geração de 
20 minutos
Crescimento de colônias
20 minutos
� 272 organismos em uma colônia após 24 horas!
Identificação bacteriana clássica
deve ser realizada em culturas
puras (todas descendentes de uma
única céula bacteriana)
�Meios de cultura
Família Enterobacteriaceae
Crescem bem nos meios comuns e meios seletivos para BGN
( 18 a 24h ≥≥≥≥ 1 mm de diâmetro).
�A enterobactéria sempre cresce nos meios ricos (ágar sangue, chocolate), bem como nos meios 
seletivos: ágar Mac Conkey e Salmonella-Shigella
�Os Gram positivos como regra não crescem em ágar Mac Conkey e Salmonella-Shigella, exceto os 
enterococos que podem crescer
� No ágar Mac Conkey e Salmonella-Shigella, além das enterobactérias e dos enterococos, podem� No ágar Mac Conkey e Salmonella-Shigella, além das enterobactérias e dos enterococos, podem
crescer bactérias não fermentadoras e Candida
Secreções: ágar sangue e Mac Conkey
Líquidos nobres e biópsias: Ágar Chocolate e Mac Conkey
Fezes: Mac Conkey e Salmonella-Shigella
Urina: CLED ou ágar sangue e Mac Conkey, etc.
1- Exame macroscópico da cultura:
• Aspecto morfológico das colônias
• Tempo de crescimento e tamanho da colônia
• Observar pureza da cultura
Família Enterobacteriaceae
2-Exame microscópico da cultura:
• Gram: tamanho, morfologia, reação tintorial, etc
Aspecto das colônias
Agar MacConkey
Aspecto das colônias
Salmonella
.
E.cloacaeE.coli
Salmonella
.
E. coli
E. cloacae
Aspecto das colônias
Agar Chocolate
Agar Sangue
Agar Salmonella-Shigella (SS)
Agar EMB
� Tocar na 
superfície de uma 
colônia com alça 
bacteriológica e 
“Seleção” de uma Colônia
bacteriológica e 
transferir para um 
novo meio de 
cultura estéril
� Incubar por mais 
24 horas
� Cultura pura de bactérias
� Testes para confirmar a identificação da 
bactéria em cultura
� Colorações
Confirmação
� Colorações
� Provas Bioquímicas
� Testes Sorológicos
� Testes Moleculares
• Identificação de microrganismos;
• Tratamento;
• Epidemiologia – fontes de infecção - rastreabilidade
IMPORTÂNCIA
• Epidemiologia – fontes de infecção - rastreabilidade
• Desenvolvimento de produtos biotecnológicos;
• Capacidade de metabolização de substratos particulares;
• Presença de enzimas específicas;
• Indicadores para a identificação de uma bactéria.
Considera-se necessário que os laboratórios de microbiologia utilizem 
metodologia que permita discriminar com ≥80% de acerto os gêneros e 
espécies considerados a seguir:
1. Fermentação da glicose
2. Fermentação da lactose
3. Motilidade
4. Utilização de citrato
5. Descarboxilação da lisina
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
Principais provas para a identificação das enterobactérias de importância clínica
5. Descarboxilação da lisina
6. Produção de sulfeto de hidrogênio (H2S)
7. Produção de gás (CO2)
8. Oxidase
9. Produção de indol
10. Produção de urease
11. Produção de fenilalanina desaminase ou opção triptofanase
12. Produção de gelatinase ou opção DNAse
Provas complementares de Identificação
•Fermentação de outros carboidratos: sacarose, maltose, arabinose, salicina, 
dulcitol, manitol, etc.
•Utilização de aminoácidos: arginina e ornitina
•Hidrólise da esculina, etc.
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
•Hidrólise da esculina, etc.
•Utilização de acetato
•Provas úteis, mas pouco utilizadas: vermelho de metila (VM), voges-proskauer 
(VP), crescimento em KCN, tartarato de jordan e lipase.
Esquemas de identificação - determinação dos gêneros e espécies mais isolados na 
clínica, utilizando provas características de cada gênero e espécie.
Critérios para identificação - facilidade de execução, facilidade de interpretação, custo, 
rapidez para leitura
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
Meios presuntivos
• IAL (Pessoa e Silva) 
• EPM-MILI
• TSI
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
Meios presuntivos
IAL (Pessoa e Silva) - “Instituto Adolfo Lutz” – triagem de enterobactérias – 9 provas 
em apenas um tubo de ensaio: indol (tampa), fermentação da sacarose e glicose e 
produção de gás, fenilalanina, uréia, H2S, Lisina, Motilidade
Baseado nestas provas é possível identificar as seguintes bactérias:
- E. coli
- Shigella (indol positiva)
- Shigella (indol negativa)
- Enterobacter aerogenes
- Klebsiella pneumoniae
- Klebsiella spp. (sacarose 
negativa)
Baseado nestas provas é possível identificar as seguintes bactérias:
- Enterobacter cloacae
- Providencia spp. (uréia positiva) 
ou Morganella morganii
- Providencia spp. (uréia negativa)
- Proteus mirabilis
- Proteus vulgaris
- Salmonella spp.
- Salmonella typhi
- Citrobacter freundii
- Serratia marcescens (provas
complementares)
- Vibrio cholerae
- Vibrio spp.
- bactérias não fermentadoras
Meio IAL - vantagem = prático para inoculação e de baixo custo
- desvantagem = dificuldade de interpretação de tantas provas (experiência)
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
Meios presuntivos
EPM-MILI-Citrato - mesma combinação de reações do meio IAL ou Rugai (fenilalanina, 
fermentação da glicose, gás, H2S, uréia), separados em 2 tubos, passando a verificação do 
indol da tampa do IAL, para o meio MILi após adição do reativo de Kovacs
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
Meios presuntivos
TSI – Tríplice Açucar Ferro - O meio de TSI é inclinado em bico de flauta, de cor 
vermelho-cereja e deve ser inoculado por picada central até o fundo, seguido de 
espalhamento na superfície e incubação durante 18-24h a 35oC
a) Púrpura/amarelo (ápice púrpuro e base amarela) = fermentação apenas da 
glicose (lactose e sacarose negativas)
b) Amarelo/amarelo (ápice e base amarelos) = fermentação da glicose + lactose e/ou 
sacarose (2 ou 3 açúcares)
c) Presença de gás (CO2) = bolhas ou meio fragmentado
d) H2S positivo = presença de precipitado negro
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
Família Enterobacteriaceae
Identificação Bioquímica ( cultura pura)
Provas complementares:
Fermentação de açúcares
Pesquisa de enzimas
DNase
gelatinase,lipase
Identificação Bioquímica
Família Enterobacteriaceae
Série completa - 47 testes
vermelho de metila (VM)
produção de acetilmetilcarbinol a partir dextrose - voges-proskauer (VP)
gelatinase,lipase
Gram Oxidase VM e VP
Família Enterobacteriaceae
Identificação
Gram da colônia isolada – sempre fazer o Gram para evitar enganos de interpretação 
(diferenciar cocos de bacilos, Gram positivos de Gram negativoe e leveduras).
Prova da oxidase – indicada para detectar e/ou diferenciar o grupo Aeromonas, 
Plesiomonas, Vibrio que também são fermentadores.
Prova do metabolismo fermentador – triagem utilizando osmeios de OF glicose (quando 
suspeitar de não fermentador), TSI (Tríplice Açucar Ferro) ou EPM (Rugai sem sacarose), 
para enterobactérias.para enterobactérias.
Série bioquímica complementar – sempre necessária para caracterizar gênero e espécie. 
O número de provas vai permitir maior ou menor discriminação
Reação de VM e VP
Família Enterobacteriaceae
• Enterobacter
• Klebsiella
Maioria das espécies dos outros 
Gêneros
Enterobactérias VP+ Enterobactérias VP -
• Klebsiella
• Serratia
Gêneros
• Salmonella
• Shigella
• E.coli
• Proteus
• Morganella
• Providencia
• Citrobacter
• Kluyvera
Escherichia coli
lac+
CISI -
K.oxytoca ( LDC+/ motil.-CiSi+)
Diagnóstico Diferencial
Citrato de Simmons
Glicose+/Gás+/-
sacarose+/-
urease-
*H2S-
TDA-
indol+
LDC+/-
Motilidade+/-
Citrobacter amalonaticus e C. 
diversus
( LDC-/motil.+CiSi+)
Aeromonas
Marcadores Epidemiológicos
Infec. Intestinais 
Sorotipagem
Fatores de virulência 
Infec. Extra-intestinais
Sorotipagem
Met. moleculares
Prova
Salmonella
Glicose+/gás v
sac -
H2S +
urease-
CiSi+
Lac -
Diagnóstico diferencial
Citrobacter spp ( H2S + ) urease-
TDA -
indol -
LDC +
Mov. +
Citrobacter spp ( H2S + )
Proteus
glicerol
Marcadores Sorotipagem
Fagotipagem
Moleculares
Prova de
Fermentação 
Shigella
E.coli ( LDC - / Mov.-)
Glic.+ /gás -
sac -
urease -
TDA -
CiSi -
Lac -
Diagnóstico diferencial
E.coli ( LDC - / Mov.-)
Lactose
Ci Christ.
Acetato Trab.
Marcadores Sorotipagem
Met.moleculares
TDA -
H2S
indol v
LDC -
Mov. -Citrato
Sódio
Klebsiella
Enterobacter ( LDC+ / Mov.-)
Diagnóstico diferencial
Lac+
CiSi +Enterobacter ( LDC+ / Mov.-)
ADH
ODC
Fermentação
Marcadores Sorotipagem
Met. moleculares
CiSi +
Enterobacter
Enterobacter
Klebsiella
Serratia
Diagnóstico diferencial
Lac+
CiSi+
LDC,ODC,ADH
Motilidade
DNase
Fermentação
Serratia
E.cloacae
Marcadores Sorotipagem
Met. moleculares
Serratia
Espécies de Serratia
Glic.+ / gás-
sac. -
urease -
CiSi +
Lac -
LDC,ODC, 
malonato, 
fermentação , pigmento
Marcadores: Sorotipagem
Met.moleculares
urease -
H2S -
TDA -
indol -
LDC +
Mov. +
Lac -
DNase +
Gelatinase +
Lipase +
Citrobacter
Glic.+ / gás-
sac =V
urease -
H2S = V
CiSi +
Lac +
Espécies de Citrobacter
H2S = V
TDA -
indol = V
LDC -
Mov. +
ODC, indol, H2S malonato
fermentação
Glic.+/ gás -
sac. -
urease +
Proteus
Providencia
Proteus - Providencia - Morganella
Diagnóstico diferencial
urease +
TDA +
H2S = V
indol = V
LDC -
Mov. +
CiSi +
Lac +
Providencia
Espécies H2S +
BGN NF
Swarming
TDA, H2S, ODC,
gelatinase,
fermentação
IDENTIFICAÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS
Enterobactérias em microbiologia clínica →→→→ Poucas espécies
Espécies incomuns , novas espécies, espécies atípicas →→→→ podem 
ocorrer (isoladas de material clínico, ambiente, plantas e animais)ocorrer (isoladas de material clínico, ambiente, plantas e animais)
PROBABILIDADES
• Tratar-se de uma espécie rara
• Cepa contaminada 
• Uma ou mais testes não adequados na identificação ( turvação)
• Manipulação errada ( concentração do inóculo)
• Composição e quantidade do meio ( substrato presente)
• Controle de Q
IDENTIFICAÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS
O que fazer?
Checar tudo:Checar tudo:
• Pureza da cultura
• Repetir todos os testes no mesmo sistema ou 
utilizando os meios anteriormente utilizados
•Repetir todos os testes em outro sistema de 
identificação ou utilizar partidas diferentes do meio.
•Encaminhar para laboratórios de referência
Importância da caracterização das espécies
• Evitar falsos surtos• Evitar falsos surtos
• Não identificação do surto
• Atenção para cepas atípicas
• Atenção para espécies raras
• Atenção para pureza das culturas
Família Enterobacteriaceae
Identificação
�A fonte de informação mais utilizada baseia-se na tabela organizada por Farmer (1991) 
contando com 47 provas, e os respectivos percentuais de positividade para 28 diferentes 
gêneros e 121 espécies de enterobactérias. Os principais gêneros e espécies de 
importância clínica podem ser caracterizados com >95% de acerto com poucas provas.
�Valores positivos ou negativos referem-se a 80% ou mais de definição.�Valores positivos ou negativos referem-se a 80% ou mais de definição.
�PB (padrão bioquímico) = probabilidade teórica da bactéria em questão; apresentar o 
padrão
bioquímico analisado (Exemplo: PB para Proteus vulgaris em relação às provas, H2S 
+(98%) FA +(95%) Indol + (98%) (multiplicar os percentuais de ocorrência)= 92%.
� PB baixo significa ter outro padrão mais frequente
BGN BGN OxidaseOxidase
Lac + Lac -
E.coli
Enterobacter
Klebsiella
Shigella
Salmonella
Serratia
Ágar Mac ConkeyÁgar Mac Conkey
IALIALIALIAL
Fluxograma identificação bacilos Gram negativos
Klebsiella
Kluyvera
Citrobacter
Serratia
Proteus
Providencia
Morganella
Cit. 
Simmons
Cit. 
Simmons Cit. SimmonsCit. Simmons
+
Enterobacter
Klebsiella
Kluyvera
Citrobacter
Enterobacter
Klebsiella
Kluyvera
Citrobacter
-
E.coliE.coli
VP +VP +
+
Salmonella
Serratia
Proteus/Prov.(V)
Salmonella
Serratia
Proteus/Prov.(V)
-
Shigella
Morganella
Shigella
Morganella
Automação
� Proporciona uma identificação precisa dos microrganismos em menor tempo e com 
sensibilidade para a diferenciação de espécies bacterianas em até 18 horas após o 
isolamento primário
� Otimizar operações e fornecer resultados de forma mais rápida e confiável, 
particularmente à luz das crescentes ameaças das infecções associadas aos cuidados de 
saúde. O aumento da automatização compensa a crescente falta de pessoal especializado, saúde. O aumento da automatização compensa a crescente falta de pessoal especializado, 
contribuindo para o controle de custos na saúde.
� O testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos, também são feitos em paralelo às 
identificações e são liberados no mesmo prazo de tempo com segurança e confiabilidade. 
� A padronização das metodologias para os testes de sensibilidade garantem 
procedimentos corretos e sem falhas no resultado final, inclusive com a detecção de 
mecanismos de resistência bacteriana. 
�� Sistema Sistema VitekVitek ® ((bioMérieux™) 
�� VitekVitek ®
VitekVitek 2 2 �� VitekVitek 2 2 ®
�� Sistema Sistema MicroScanMicroScan ((Dade Behring™)
�� AutoScanAutoScan--44
�� WalkAwayWalkAway 40 ou 9640 ou 96
Sistema Vitek® Sistema Vitek 2 ®
Cartões
AutoSCAN -
4
Walkaway 40 e 
96
Painel
Sistema MicroScan 
�Vantagens
� Padronização dos resultados
� CLSI atualizado
� Rapidez
� > Número de provas bioquímicas
� Gerenciamento dados / Interface
� Arquivamento de cartões / cepas 
� VITEK 2 e Walkaway 40 e 96 : totalmente 
automatizado
Sistema Automatizado
automatizado
� Limitações
� Custo elevado
� Banco de dados não abrange identificação de 
alguns patógenos
� Antibiograma não padronizado para 
microrganismos como Stenotrophomonas 
maltophilia, Pneumococo, S. viridans, Não 
fermentadoresfermentadores
� Falsa sensibilidade
� Falsa resistência
Sistema Automatizado
� PAINÉIS ( CARTÕES )
� Recebimento: temperatura de transporte 
adequada? 
� ( 2 a 8 º C )
� Checar data de validade
� Armazenamento 2 a 8 º C / Não congelar
� Inspeção visual envoltório Alumínio
� Deixar atingir T. A. antes de abrir
CQ - Vitek / MicroScan
GNI+ K. pneumoniae ATCC 13883
ATCC 700603
GPI E. faecalis ATCC 29212
NHI H. influenzae ATCC 9006
ANI Bacteroides vulgatus ATCC 8482
CQ – Vitek 
Identificação
YBC Candida albicans ATCC 14053
UID
NFCP. aeruginosa ATCC 27853
CQ – Vitek
Identificação
CQ - Vitek
� Triagem da colônia
� Pura / recente ( < 24h )
� Gram
� Escolha do painel / Cartão
� GNI +: Enterobacteriaceae, Não Ferm., Vibrionaceae
� GNS-655: Enterobacteriaceae, Pseudomonas ( ? ), 
Acinetobacter ( ? )
� GPI: Staphylococcus, Enterococcus, Streptococcus,
alguns BGP (Erisipelothrix, Listeria, Coryne...)
GPS-650: Staphylococcus, Enterococcus, alguns Strepto
Processamento - Vitek
� GPS-650: Staphylococcus, Enterococcus, alguns Strepto
� NHI: Neisseria, Haemophilus, Kingella, Moraxella
� ANI: Anaeróbios
� Cuidados na aspiração e vedação do cartão
� Evitar bolhas, falhas preenchimento
� Controle de pureza da colônia
� Sugestão: repique do cabinho de aspiração em placas de AS 
divididas em 4 ou 6 partes.
� Incubação� Incubação
� GNI: 2 a 18 h / GPI : 2 a 15 h / GNS e GPS: 4 a 15 h
� Leitura e Interpretação dos Resultados
Processamento - Vitek
IDENTIFICAÇÃO
Critérios de Aceitabilidade
Avaliação dos resultados
Verificar % de 
identificação
IDENTIFICAÇÃO
Confirmar Fenótipos raros
Avaliação dos resultados
Microrganismos não 
habituais
IDENTIFICAÇÃO
� Realizar provas adicionais se necessário (de 
acordo com o recomendado pelo fabricante)
� Segundo notas do laudo de liberação para 
confirmação do isolado ou diferencial entre 
espécies propostas
Avaliação dos resultados
Ex: Klebsiella pneumoniae / oxytoca
Proteus vulgaris / penneri
Mensagem: Microrganismo não identificado =Mensagem: Microrganismo não identificado =
� Muitos resultados positivos (contaminação)
� Poucos resultados positivos (cartão com pouco 
inóculo em salina ou cultura antiga resultando em 
inóculo metabolicamente inativo)
� Ausência no banco de dados ou biotipo raro.
� Cartão inoculado com isolado que não é 
uniformemente bem suspenso em salina.
Causa de Erro na identificação
uniformemente bem suspenso em salina.
• LPS Antígeno somático O polissacarídico 
Polissacárido do core (comum a todas)
Lipidio A
Importância dos Ag da parede celular
Enterobactérias� Antígeno completo� denominadas lisas 
Que não contem� rugosas 
Identificação Sorológica
Lipidio A
•Antígeno K (Kapsel) = cápsula, proteico ou 
polissacarídico
•Antígeno H = proteínas flagelares (flagelina). 
Enterobactérias móveis
A classificação antigênica das Enterobacteriáceas baseia-
se na presença dos Ags O, K, e H e detecta-se por 
aglutinação com soros específcos
Identificação Sorológica
Família Enterobacteriaceae
Sorotipos são divisões baseadas no relacionamento antigênico
Biotipos são amostras do mesmo sorotipo que diferem em características bioquímicas
Em atividades de rotina de Bacteriologia Clínica, a identificação ou confirmação 
sorológica é feita apenas com germes comprovadamente patogênicos e de importância 
epidemiológica como Salmonella spp., Shigella spp., Escherichia coli Yersina 
enterocolitica
•Gota do anti-soro (coelhos: polivalente – Ac contra várias enterobactérias•Gota do anti-soro (coelhos: polivalente – Ac contra várias enterobactérias
monovalente – Ac individuais contra antígenos O, K e H 
Suspensão densa (leitosa) bactéria 
salina 0,85%
Aglutinação Teste positivo
Gênero:Escherichia
Compreende as espécies E. coli, E. hermanii, E. fergusonii, E.vulneris e E. blattae. Seis são as 
categorias de E. coli enteropatogênicas: E. coli enteropatogênica clássica (EPEC), E. coli
enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteroinvasiva (EIEC), E. coli enterohemorrágica (EHEC) E. coli
enteroaderente (EAEC) e E. coli enteroagregativa (EAggEC).
Trato unrinário , doenças diarréicas , sepse , meningite
Identificação Sorológica
E. coli
Gênero: Salmonella
Bactéria do gênero Salmonella vista por microscopia eletrônica. Bactéria do gênero Salmonella vista por 
microscopia eletrônica.
Febre entérica (febre tifóide), bacteremia com lesões focais , enterocolite
a) Anti-Salmonella polivalente somático (Grupos A,B,C,D,E)
b) Anti-Salmonella somático, Grupo D (S. typhi)
c) Anti-Salmonella, anti Vi
Identificação Sorológica
Salmonella
Gênero: Klebsiella 
Trato respiratório – pneumonias (3%)
Gênero:Enterobacter,Citrobacter Serratia,Providencia
•Estão associadas a infecções hospitalares
•Observa-se resistência a múltiplos antibióticos
Enterobacter – capsulas pequenas – trato intestinal, urinaria e sepseEnterobacter – capsulas pequenas – trato intestinal, urinaria e sepse
Serratia – pneumonia, bacteremia e endocardite (pacientes viviados em narcotios)
Gênero: Yersinia
Composto de no mínimo sete espécie
Yersinia Pestis
•Agente causador de uma das doenças mais devastadora na história
•Peste urbana e peste silvestre
•Peste bubônica e peste pneumônica
Yersinia enterocolítica
•Causam enterocolite
• gastroenterite� diarréia, febre e dor abdominal
Yersinia PestisYersinia enterocolítica
Image Courtesy: Wyoming Animal 
Health and Disease Information Network
Ágar MacConkey 
Gênero:Proteus
Associadas a infecção urinárias
As cepas produz grandes 
quantidades de urease que 
degrada a uréiacom Co2 e NH3 
Proteus mirabilis
degrada a uréiacom Co2 e NH3 
eleva o Ph da urina facilitando 
a formação de cálculos renais 
TESTE DE 
SENSIBILIDADE
A A 
ANTIMICROBIANOS
(TSA)
• Isolado requer terapia antimicrobiana
Teste de sensibilidade Teste de sensibilidade 
aos antimicrobianosaos antimicrobianos
Quando e porquê realizar o antibiograma?Quando e porquê realizar o antibiograma?
• Isolado cuja suscetibilidade não é 
preditiva
• Isolado capaz de exibir resistência
• Orientação terapêutica
• Permite individualizar padrões de 
resistência
Norma Técnica: ANVISA - 2010
APUA
Quais são os antibióticos devemos utilizar?
Grupo A: 1ª escolha - testados e 
reportados
Grupo B: 1ª escolha - testados e 
reportados seletivamente
A lista de cada 
microrganismo 
compreende 
agentes de eficácia 
CLSI 2013
reportados seletivamente
Grupo C: suplementares e reportados 
seletivamente
Grupo U: testados em isolados de urina
Grupo O: outros não rotineiramente 
utilizados
Grupo inv: em investigação
comprovada e que 
tem um 
comportamento 
aceitável nas 
provas in vitro.
Principais classes
Antimicrobianas
Anel ββββ-
lactâmico GRUPOS:
���� Penicilina
Cefalosporinas
Parede Celular
O
Sítio de ação da ββββ-lactamase
���� Cefalosporinas
����Monobactâmicos: 
aztreonam
���� Carbapenêmicos: 
imipenem, 
meropenem, 
ertapenem
1a. Geração
Cefazolina (ancef, kefzol)
Cefalotina
3a. Geração
Cefoperazon(cefobid) 
Cefotaxima (claforan) 
Ceftazidima (fortaz, tazicef) 
2a. Geração
Cefamandol (mandol) 
Cefonicid (monocid) 
Cefotetan (cefotan) 
Cefoxitina (mefoxin) 
Cefuroxima (zinacef)
Ceftazidima (fortaz, tazicef) 
Ceftizoxima (cefizox) 
Ceftriaxona (rocephin)
4a. Geração
Cefepima (maxipim)
� MONOBACTÂMICOS: 
• AZTREONAM (+ Cilastatina sódica) : Azactam
Sinergismo: Aminoglicosídeos, clindamicina, metronidazol.
� CARBAPENÊMICOS:
• IMIPENEM (+ Cilastatina sódica) Primaxin (i.v)
• MEROPENEM: Meronem Tienam
- Atividade comparável com clindamicina e metronidazol
• ERTAPENEM
� GLICOPEPTÍDEOS:
• Vancomicina, Teicoplanina
� BACITRACINA
Síntese Proteica
� AMINOGLICOSÍDEOS:
Membrana Citoplásmática
� POLIMIXINA B, POLIMIXINA E (COLISTINA OU COLIMICINA)
� NISTATINA
� ANFOTERICINA
� TIROTRICINA
• Gentamicina, Amicacina, Tobramicina, Netilmicina, Canamicina
e Estreptomicina, Neomicina 
� TETRACICLINAS:
• Tetraciclina, Doxiciclina , Minociclina, Terramicina
� CLORANFENICOL:� Cloranfenicol, Tianfenicol
�LINCOSAMIDAS:
• Clindamicina, Lincomicina
� MACROLÍDEOS:
• Eritromicina, Claritromicina, Roxitromicina, Espiramicina, Miocamicina, 
Azalídeos (Azitromicina)
� OXAZOLIDINONAS:
• Linezolida
� ESTREPTOGRAMINAS:� ESTREPTOGRAMINAS:
• Quinopristina (B)-Dalfopristina (A)
� CETOLÍDEOS
• Telitromicina
� GLICILCICLINAS
• Tigeciclina
� ÁCIDO FUSÍDICO 
• Fucidina
Síntese de Ácidos Nucleicos
� ANSAMICINAS:
• Rifamicina SV, Rifamicina M, Rifampicina
� METRONIDAZOL
� QUINOLONAS:
• Ácido Nalidíxico, Ácido pipemídico
� FLUOROQUINOLONAS:
• Ciprofloxacina,, Lomefloxacina, Norfloxacina, Ofloxacina, Sparfloxacina, • Ciprofloxacina,, Lomefloxacina, Norfloxacina, Ofloxacina, Sparfloxacina, 
Grepaflixacina, Gatifloxacina, Levofloxacina, Moxifloxacina
� NOVOBIOCINA
Síntese de Ácido Fólico
� SULFONAMIDAS
• Sulfadiazina, Sulfametoxazol-Trimetoprim (Co-Trimoxazol), 
�SULFONAS
• Dapsona
MÉTODOS AUTOMATIZADOS
� VITEK (BIOMERIEUX)
� MICROSCAN (SIEMENS)
� AUTOSCAN (ROCHE)� AUTOSCAN (ROCHE)
� DESVANTAGENS:
custo alto
número de 
diluições diluições 
pequeno
baixa 
flexibilidade na 
escolha dos 
antibióticos 
Principais Fenótipos de Resistência de 
Importância Clínica
Bacilos Gram Negativos
Enterobactérias
Principais problemas:
Resistência às cefalosporinas de amplo espectro e 
monobactâmicos
�
Produção de β-lactamases de espectro ampliado (ESBL)Produção de β-lactamases de espectro ampliado (ESBL)
Produção de β-lactamases AmpC
Resistência aos carbapenens
�
Produção de ESBL/AmpC + alt. da membrana externa
Produção de Metalo- β-lactamases (MBL)
Produção de KPC
ββββ-lactamases
São enzimas que catalisam a hidrólise do anel beta-lactâmico
Principal mecanismo de resistência entre gram-negativos
Grande diversidade
Produçãomediada pelo DNA cromossômico
ou extra-
Transmissão e disseminação
ou extra-
Cromossômico
(plasmídios e 
transposons)
Conjugação entre 
bactérias da 
mesma espécie
Conjugação entre 
bactérias de
espécies diferentes
DNA Cromossomal
DNA 
Extra-Cromossomal
Divisão binária
Cél. Mãe para cél. 
filha
β-lactamases de espectro ampliado
(extended-spectrum beta-lactamase)
Enterobactérias: E. coli e K. pneumoniae
β-lactamases de espectro ampliado
(extended-spectrum beta-lactamase -
ESBL)
Enterobactérias: E. coli e K. pneumoniae
Mediadas por genes plasmidiais não induzíveis
Vários genes: tem, shv, per, ges, ctx, oxa
Degradam todos os monobactâmicos e beta-
lactâmicos com exceção dos carbapenens e das 
cefamicinas
Geralmente, inibidas pelos inibidores de β-lactamases
(ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam)
Limites de triagem do CLSI
Teste de Adição de IBL aos discos de 
Métodos fenotípicos para detecção 
das amostras produtoras de ESBL
Teste de Adição de IBL aos discos de 
cefalosporinas
Discos combinados
Teste de dupla-difusão em disco 
Etest
Métodos automatizados
Detecção de amostras produtoras de ESBL
Limites de Triagem do CLSI
E. coli, K. pneumoniae, K. oxytoca, P. mirabilis*
CPM
Detecção de amostras produtoras de 
ESBL
Disco-difusão dupla ou teste de aproximação
Distância 
de 30 
mm
CAZ
ATM
CRO/
CTX
AMX/AC
Fitas disponíveis
Ceftazidima, cefotaxima e cefepima
Detecção de amostras produtoras de 
ESBL
Etest®
Critério de positividade 
Redução ≥ 3.0 diluições 
Razão TZ/TZL > 8
Razão CT/CTL > 8
TZ = 32 TZL =2
32 →→→→ 16 →→→→ 8 →→→→ 4 →→→→ 2
Zona Fantasma
MicroScan – Painéis de Gram-negativos
Triagem para ESßL
Poços que contêm cefpodoxima 4 µg/mL e ceftazidima 1 µg/mL
associados ao clavulanato
ESßL plus Confirmation Panel
Antimicrobiano (concentração testada em µg/ml)
Aztreonam 0.5 – 64 Cefpodoxima 0.5 – 64
Detecção de amostras produtoras de ESBL
Métodos Automatizados
Aztreonam 0.5 – 64 Cefpodoxima 0.5 – 64
Cefepima 1 – 32 Ceftazidima 0.5 – 128
Cefoxitina 2 – 32 Ceftazidima/Clav4 0.12/4 – 16/4
Cefotaxima 0.5 – 128 Ceftriaxona 1 – 64
Cefotaxima/Clav4 0.12/4 – 16/4 Meropenem 0.5 – 16
Cefotetan 1 – 32 Piperacillina 16 – 64
Imipenem 0.5 – 16
Vitek – Painéis de Gram-negativos
Triagem para ESßL
Poços que contêm cefotaxima e ceftazidima 0,5 
µg/mL associados ao clavulanato
ββββ-lactamases do Grupo 1 
(AmpC)
• Antimicrobianos hidrolisados: aztreonam, 
cefalosporinas de amplo espectro e penicilinas 
de amplo espectro 
• Enterobacter spp., Citrobacter freundii, • Enterobacter spp., Citrobacter freundii, 
Morganella morganii, Providencia stuartii, 
Providencia rettgeri, Serratia spp., 
Pseudomonas aeruginosa - cromossomal
• Não são inibidas por inibidores de β-lactamases
• Produzidas em pequena quantidade a menos 
que sejam induzidas
• Agente retirado  produção volta a níveis 
basais ou pode ocorrer mutação e 
desrepressão
β-lactamases do Grupo 1 (AmpC)
Teste de indução de β-lactamases AmpC
CFOCRO
D
CAZ
CFOCRO
Resistência aos carbapenens
Metalo-β-lactamases
• Hidrolisam penicilinas, cefalosporinas e 
carbapenens
• Genes cromossômicos e plasmidiais 
(transposons, integrons)
• Zn++ como cofatores enzimáticos
• Inibidas por EDTA e compostos derivados do 
thiol
• Família IMP-1 a -16 (Japão, China, Europa, 
Canadá, Portugal, Taiwan, Brasil)
• Família VIM-1 a -11 (Argentina, Colômbia, 
Europa, Coréia, Taiwan, EUA) 
• GIM-1 (Alemanha)
• SPM-1 (São Paulo Metalo- ββββ-lactamase)
Detecção de Metalo- ββββ-lactamases
Importância Clínica
A maior parte da produção destas enzimas é 
mediada por genes plasmidiais, que podem se 
disseminar entre espécies distintas
��
Medidas de Controle 
Detecção do mecanismos – opções 
terapêuticas – Novas drogas como IMBL.
Detecção de amostras produtoras de MBL
Disco- aproximação IMBL
IMBL
Distânci
a de 15-
25 mm
CAZ IMP
IMBL
Distânci
a de 4-5 
cmIMBL
EDTA – 5 µµµµl 100 mM
2-MPCA puro – 2 a 3 µµµµl 
Detecção de amostras produtoras de 
Metalo-β-lactamases
Disco- aproximação com ácido 2-mercaptopropiônico
NEGATIVA POSITIVA
1- AMPICILINA
2- AMOXACILINA/ÁC. Clav.
3- PIPERACILINA/TAZ.
4- CEFALOTINA
5- CEFOXITINA
6-
EnterobactériasEnterobactérias
6
2
30 mm
7 8
25-30 mm
5
12
6-
CEFOTAXIMA/CEFTRIAXON
A 
7- CEFTAZIDIMA
8- CEFEPIMA
9- IMIPENEM
10- CIPROFLOXACINA
11- SMX/TMP
12- AMICACINA
27 8
9
1
3
4
10
11
Enterobactérias
AMICACINAAMICACINA 22
AMPICILINAAMPICILINA 11
AMPICILINA/AMPICILINA/SulbactanSulbactan 22
AZTREONAMAZTREONAM 33
CEFALOTINACEFALOTINA 11
CEFEPIMACEFEPIMA 22
CEFTAZIDIMECEFTAZIDIME 33
CefotaximaCefotaxima
AmoxacilinaAmoxacilina
Amoxacilina/ác.clavulânicoAmoxacilina/ác.clavulânico
CEFOXITINACEFOXITINA 22
CEFTRIAXONACEFTRIAXONA 22
CIPROFLOXACINACIPROFLOXACINA 22
GENTAMICINAGENTAMICINA 11
IMIPENEMIMIPENEM 22
ERTAPENEMERTAPENEM 22
PIPERACILINA/PIPERACILINA/TazobactanTazobactan 22
SULFA/TRIMETSULFA/TRIMET 22
TICARCILINA/TICARCILINA/ÄcÄc.clavulânico2.clavulânico2
MeropenemMeropenem
LevofloxacinaLevofloxacina
Resultado
• Liberação do Laudo
• A validade do resultado depende:
– Espécime adequado
– Coleta apropriada
– Transporte correto e eficiente– Transporte correto e eficiente
– Uso de meio de cultura adequado e de qualidade
– Isolamento e cultura realizado por profissionais
capacitados utilizando equipamentos operados
corretamente
– Confirmação por testes de qualidade reconhecida
– Interpretação e liberação dos resultados pela equipe
profissional
– Sem erros de transcrição ou de digitação�Escherichia coli e Proteus mirabilis: são suscetíveis a vários antibióticos
�A maioria das enterobactérias são sensíveis a cefalosporina, 
aminoglicosídeos, tetraciclinas, cloranfenicol, cotrimoxazol e aos derivados 
de quilônicos
Tratamento
�Proteus,Providencia e Serratia� resistentes a polimixinas
�Klebsiella,Enterobacter e Serratia� resistência a ampicilina
Infecção endógena� difícil de ser controlada 
Evitar o uso irrestrito de antibióticos-> resistência bacteriana
Infecção exógena�mais fácil controle
Prevenção e Controle
Infecção exógena�mais fácil controle
Eficaz com educação e introdução de procedimentos adequados de controle de 
infecçao
p.ex.: lavar bem as mãos 
E eliminação de roupas sujas em meio com surto identificado
OBRIGADA!!

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