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PROCESSUAL-CIVIL-PROCEDIMENTOS-ESPECIAIS-FERNANDO-DALTRO

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UCSAL - DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV – FERNANDO DALTRO 
ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
 
Procedimentos especiais: 
 
Processo: instrumento de realização das atividades jurisdicional, que é o exercício da 
jurisdição. 
Repositório de atos que são cronologicamente organizados. 
Processo enquanto relação jurídica. 
 
Procedimento: é a forma que o processo se desenvolve. 
 
Classificação dos procedimentos: 
 
Procedimento comum: 
 
 
Procedimento especial: 
 
 
 RITO SÚMARIO 
 
1. Previsão legal: 
 
CPC, art. 275 
I. Valor inferior a 60 salários mínimos; 
II. Causas independente do valor que estão listadas do inciso II do art. 275. 
CAPÍTULO III 
DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO 
Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: 
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; 
II - nas causas, qualquer que seja o valor (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 
26.12.1995) 
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 
26.12.1995) 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao 
condomínio; (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
Ordinário 
Sumario 
Jurisdição voluntária 
Jurisdição contenciosa 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; (Redação dada pela Lei nº 
9.245, de 26.12.1995) 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via 
terrestre; (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, 
ressalvados os casos de processo de execução; (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 
26.12.1995) 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em 
legislação especial; (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
g) que versem sobre revogação de doação; (Redação dada pela Lei nº 12.122, de 
2009). 
h) nos demais casos previstos em lei. (Incluído pela Lei nº 12.122, de 2009). 
Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado 
e à capacidade das pessoas. (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
Art. 276. Na petição inicial, o autor apresentará o rol de testemunhas e, se requerer 
perícia, formulará quesitos, podendo indicar assistente técnico. (Redação dada pela 
Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
Art. 277. O juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de trinta 
dias, citando-se o réu com a antecedência mínima de dez dias e sob advertência 
prevista no § 2º deste artigo, determinando o comparecimento das partes. Sendo ré a 
Fazenda Pública, os prazos contar-se-ão em dobro. (Redação dada pela Lei nº 9.245, 
de 26.12.1995) 
§ 1º A conciliação será reduzida a termo e homologada por sentença, podendo o juiz 
ser auxiliado por conciliador.(Incluído pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
§ 2º Deixando injustificadamente o réu de comparecer à audiência, reputar-se-ão 
verdadeiros os fatos alegados na petição inicial (art. 319), salvo se o contrário resultar 
da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentença. (Incluído pela Lei nº 
9.245, de 26.12.1995) 
§ 3º As partes comparecerão pessoalmente à audiência, podendo fazer-se representar 
por preposto com poderes para transigir. (Incluído pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
§ 4º O juiz, na audiência, decidirá de plano a impugnação ao valor da causa ou a 
controvérsia sobre a natureza da demanda, determinando, se for o caso, a conversão 
do procedimento sumário em ordinário. ((Incluído pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
§ 5º A conversão também ocorrerá quando houver necessidade de prova técnica de 
maior complexidade. (Incluído pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
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Art. 278. Não obtida a conciliação, oferecerá o réu, na própria audiência, resposta 
escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas e, se requerer 
perícia, formulará seus quesitos desde logo, podendo indicar assistente 
técnico. (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
§ 1º É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, desde que fundado 
nos mesmos fatos referidos na inicial. (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 
26.12.1995) 
§ 2º Havendo necessidade de produção de prova oral e não ocorrendo qualquer das 
hipóteses previstas nos arts. 329 e 330, I e II, será designada audiência de instrução e 
julgamento para data próxima, não excedente de trinta dias, salvo se houver 
determinação de perícia. (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
Art. 279. Os atos probatórios realizados em audiência poderão ser documentados 
mediante taquigrafia, estenotipia ou outro método hábil de documentação, fazendo-se 
a respectiva transcrição se a determinar o juiz. (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 
26.12.1995) 
Parágrafo único. Nas comarcas ou varas em que não for possível a taquigrafia, a 
estenotipia ou outro método de documentação, os depoimentos serão reduzidos a 
termo, do qual constará apenas o essencial.(Incluído pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
Art. 280. No procedimento sumário não são admissíveis a ação declaratória incidental 
e a intervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a 
intervenção fundada em contrato de seguro. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 
7.5.2002) 
Art. 281 - Findos a instrução e os debates orais, o juiz proferirá sentença na própria 
audiência ou no prazo de dez dias. (Redação dada pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995) 
 
2. DISTINÇÕES: 
 
I. A petição inicial particulariza-se sob, pois deve constar a indicação de 
testemunhas, peritos, prova que pretende produzir e os quesitos. 
II. Citação do réu: para apresentar defesa. Audiência de conciliação, art. 277; o 
réu deve ser citado com 10 dias de antecedência da audiência. Poderá, na 
mesa de audiência, apresentar oralmente a defesa. OBS: a Fazenda Pública 
tem um prazo de 20 dias para ser citada para apresentar defesa. 
III. Revelia: ocorrerá em duas situações i) se o réu não comparecer na audiência; 
ou II) comparecendo desacompanhado de seu advogado. 
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IV. Audiência de conciliação com tentativa de acordo com auxilio de um 
conciliador. Obtendo êxito, homologa-se imediatamente. Se houver 
impugnação ao valor da causa julga na própria audiência. Na mesma audiência 
o juiz deve estudar o caso para verificar a complexidade da causa. O juiz deve, 
de oficio, ou a requerimento da parte, na própria audiência, converter o rito 
sumário em ordinário. 
V. Vedações: no rito sumário é proibida a intervenção de terceiros, somente o de 
assistência. De igual modo a ação declaratória incidental. A reconvenção é 
proibida. 
VI. No que pese a vedação, a reconvenção é permitida somente no pedido 
contraposto, que é a pretensão do réu formular no bojo da própria contestação 
desde que seja a mesma causa em que o autor tenha feito na inicial. 
VII. O procedimento sumário permite a intervenção da seguradora, podendo ser 
chamado ao processo. 
VIII. É permitido o recurso de terceiro 
prejudicado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: 
I - ao alienante, na ação em que terceiro 
reivindica a coisa, cujo domínio foi 
transferido à parte, a fim de que esta possa 
exercer o direito que da evicção Iheresulta; 
II - ao proprietário ou ao possuidor indireto 
quando, por força de obrigação ou direito, 
em casos como o do usufrutuário, do credor 
pignoratício, do locatário, o réu, citado em 
nome próprio, exerça a posse direta da coisa 
demandada; 
III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou 
pelo contrato, a indenizar, em ação 
regressiva, o prejuízo do que perder a 
demanda. 
 
Art. 280. No procedimento sumário não são 
admissíveis a ação declaratória incidental e 
a intervenção de terceiros, salvo a 
assistência, o recurso de terceiro prejudicado 
e a intervenção fundada em contrato de 
seguro 
 
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Aula 21/08/14 – continuação da aula anterior 
 
Aula incompleta!!! 
 
4. TÉCNICAS LEGISLATIVAS DE CONSTRUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS 
ESPECIAIS. 
 
4.1. Primeira técnica, prazos diferenciados. 
4.2. Variação dos efeitos do recurso de apelação 
4.3. Finalidade da citação: pode-se ter atos de citação 
que tenha diversas finalidades. 
4.4. Inclusão de medidas liminares de urgência de 
natureza preventiva ou satisfativa. 
 
De um modo geral, o objetivo nos procedimentos especiais é a obtenção de uma 
liminar. 
 
5. CLASSIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS: 
 
I. GRUPO 01: procedimentos especiais que diferenciam-se por um único ato 
(Ação possessórias) 
II. GRUPO 02: ação que se iniciam pelo rito especial e se convertem para o rito 
ordinário (consignação em pagamento) 
III. GRUPO 03: ações que se iniciam pelo rito especial e se convertem ao rito 
cautela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Na ação monitória o 
objetivo da citação é 
cumprir a obrigação. 
Nunciação de obra nova e 
embargos de terceiro. 
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AÇÃO DE CONSIGINAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
1. NOÇÕES GERAIS 
 
Consignar: modalidade de pagamento que será feita na forma de depósito judicial. 
 
1.1. PRESSUPOSTOS PARA CONSIGNAÇÃO JUDICIAL. 
1.1.1 . Risco de pagamento ineficaz (quem paga mal paga duas vezes); 
1.1.2 Mora do credor; 
 
O credor pode vir à mora quando, para a realização do pagamento, pelo devedor, 
necessita de uma ação/omissão do credor. É a chamada mora accipiendi. 
 
2. CABIMENTO: 
 
Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou 
terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da 
quantia ou da coisa devida. 
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor 
ou terceiro optar pelo depósito da quantia devida, em 
estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar 
do pagamento, em conta com correção monetária, 
cientificando-se o credor por carta com aviso de recepção, 
assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de 
recusa. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
§ 2o Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a 
manifestação de recusa, reputar-se-á o devedor liberado da 
obrigação, ficando à disposição do credor a quantia 
depositada. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao 
estabelecimento bancário, o devedor ou terceiro poderá propor, 
dentro de 30 (trinta) dias, a ação de consignação, instruindo a 
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inicial com a prova do depósito e da recusa. (Incluído pela Lei 
nº 8.951, de 13.12.1994) 
§ 4o Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará 
sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o 
depositante. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
 
I. Recusa injustificada do credor em receber e dar quitação (mora do credor). 
 
OBS: a recusa justificada do credor judicialmente. 
 
II. Quando o credor não for receber o objeto da obrigação no tempo e lugar 
ajustados (obrigações portáveis) 
III. Credor desconhecido (o devedor não faz idéia de quem seja) 
IV. Quando o credor for declarado ausente. 
OBS: alguém requereu a declaração de ausência judicialmente. 
V. Quando o credor residir em lugar incerto ou perigoso; 
VI. Quando houver dúvida quanto quem seja o credor; 
VII. Quando pender litígio sob o objeto do pagamento; 
VIII. Quando houver concurso de preferência aberto contra o credor; 
 
Concurso de preferência: quando o devedor entra em insolvência perante os 
credores, sendo nomeado, judicialmente, um administrador de bens. 
IX. Quando se tornar ou for relativamente ou absolutamente incapaz. 
 
3. OBJETOS POSSIVEIS: 
 
Em regra, bens móveis, imóveis e até semimomentes. 
No caso de móveis e semimomentes, é nomeado um depositário. 
 
OBS: não poderá ser objeto de consignação: obrigações de fazer e não fazer. 
Observar se a obrigação refere-se a um resultado de um objeto. 
 
4. LEGITIMIDADE: 
 
Legitimidade ativa: para a ação de consignação é o devedor (consignação comum), 
o terceiro juridicamente interessado. 
IMPORTANTE 
 
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Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode 
pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios 
conducentes à exoneração do devedor. 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, 
se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição 
deste. 
 
Pólo passivo: credor, sucessor, herdeiros (espólio) ou qualquer pessoa que tinha 
poderes para dar a quitação da obrigação. 
 
No caso da imobiliária, deve-se verificar se esta tem poderes para da à quitação, 
prevista no contrato (procuração). 
 
5. COMPETÊNCIA: 
 
Regra geral, art. 981 do CPC/73 C/C art. 337 do CC/02 
 
A Competência relativa será fixada no local do pagamento. 
 
Art. 891. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, 
cessando para o devedor, tanto que se efetue o depósito, os 
juros e os riscos, salvo se for julgada improcedente. 
Parágrafo único. Quando a coisa devida for corpo que deva ser 
entregue no lugar em que está, poderá o devedor requerer a 
consignação no foro em que ela se encontra. 
.....X..... 
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, 
cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da 
dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente. 
Regras específicas: ainda que haja foro de eleição, prevalece, quando for o caso, o 
do local do pagamento. 
 
A sentença judicial 
substituirá a quitação! 
Eleição de foro 
 
Escolha em cláusula negocial, pelos figurantes no 
negócio jurídico, do juízo competente para julgar 
litígios com ele relacionados. 
 
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Art. 282. A petição inicial indicará: 
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; 
II - os nomes, prenomes, estado civil, 
profissão, domicílio e residência do autor 
e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do 
pedido; 
IV - o pedido, com as suas 
especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende 
demonstrar a verdade dos fatos 
alegados; 
VII - o requerimento para a citação do 
réu. 
 
 
6. PROCEDIMENTO: 
 
6.1. Consignação extrajudicial: 
 
INSTITUIÇÃO BANCÁRIA (OFICIAL) – GERENTE – CONTA CORRENTE – 
DEPÓSITO – CREDOR – ENDEREÇO. 
 
 
Art. 893. O autor, na petição inicial, requererá: (Redação dada 
pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no 
prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a 
hipótese do § 3odo art. 890; (Incluído pela Lei nº8.951, de 
13.12.1994) 
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer 
resposta. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
 
Petição inicial – requisitos art. 282 do CPC. 
 
I. Requerimento de autorização para o 
depósito; 
II. Prestações sucessivas; 
III. O juiz irá despachar autorizando o depósito que 
deverá ser efetuado no prazo de 05 dias. Não 
ocorrendo o depósito, o processo poderá ser 
extinto sem resolução do mérito (art. 267 do 
CPC); 
IV. Se o depósito for em dinheiro, deve-se abrir uma conta judicial; 
V. Para objetos móveis, imóveis e semimoventes, nomeia-se um depositário; 
VI. CITAÇÃO DO RÉU: aplicação subsidiária do prazo de 15 dias para 
contestação; 
VII. Na citação deve constar a informação da realização do depósito. 
 
 
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Art. 896. Na contestação, o réu poderá 
alegar que: 
I - não houve recusa ou mora em receber 
a quantia ou coisa devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo 
ou no lugar do pagamento; 
IV - o depósito não é integral. 
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a 
alegação será admissível se o réu indicar 
o montante que entende devido. 
 
Art. 319. Se o réu não contestar a ação, 
reputar-se-ão verdadeiros os fatos 
afirmados pelo autor. 
 
 
 
CPC – ART. 896 - DEFESA 
 
 
No caso da contestação fica restrita ao inciso IV do art. 896; o juiz abrirá um prazo de 
10 dias para o réu complementar o depósito. 
 
Quando o réu complementar o depósito, este 
se tornará integral, dando-lhe quitação, o que, 
nesse caso, inverte-se os honorários sucumbenciais, 
devendo o autor pagar as custas. 
 
Reconvenção: se a ação for de efeito dúplice, não vai 
precisar cobrar a diferença. 
 
Levantamento do depósito: o credor/devedor reconhece o depósito e deve arcar 
com as custas processuais e honorários advocatícios. 
 
Omissão: julgamento antecipado (Revelia) art. 319 da CPC. 
 
Esse tipo de ação já começa no rito especial e converte-
se no rito comum. 
 
Sentença: 
 
A natureza jurídica da ação tem natureza jurídica declaratória (declara a quitação) 
Nesse tipo de ação pode produzir uma sentença condenatória. Ocorrerá quando o 
autor (devedor) depositar a menor. 
 
7. VARIAÇÕES PROCEDIMENTAIS. 
 
Dúvidas de quem seja o credor: 
 
Contestação - incisos do art. 896 do CPC 
Execução 
Reconvenção 
Prazo de 10 dias 
para complementar o 
depósito. 
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Ação rescisória para desconstituir a 
sentença (02 anos). 
 
Quando o réi não for colocado no pólo 
passivo pode utilizar do argumento que 
não foi alcançado pelos efeitos da coisa 
julgada. 
 
Na petição inicial deve ser destacado os supostos credores, ocorrendo, portanto, o 
litisconsórcio; requerer autorização para depósito e a citação do réus (credores). 
 
Nesse caso, o procedimento irá se desenvolver de acordo com o que ocorrer no 
processo. 
 
* SITUAÇÕES 
 
7.1. Nenhum credor comparece – julgamento antecipado – procedência – 
sucumbência do próprio valor depositado. 
 
Não comparecendo os réus, o valor depositado virá bens ausentes, devendo o 
juiz estabelecer um procedimento próprio, publicar um edital no prazo de 05 
anos para alguém se manifestar. Não ocorrendo à manifestação o deposito 
vira arrecadação para o poder público. 
 
 
7.2. Apenas um réu se habilita: 
 
Deverá comprovar sua condição 
(levantamento/defesa/impugnação ao valor) 
 
Pode o réu habilitado comprovar sua condição de 
credor, devendo o juiz julgar antecipadamente. 
 
7.3. Mais de 01 (um) réu comparece. 
 
Primeiramente deve-se verificar as alegações dos réus. 
 
Não impugnaram o valor e pedem o levantamento. O que, nesses casos, deve-se 
retirar o autor (devedor) da ação/relação processual, com a procedência e com a 
sucumbência; com a sentença retirando o autor da ação, os réus viram credores e 
devedores entre eles, competindo entre si o crédito depositado com o ônus da 
sentença e sucumbência. 
 
7.4. Mais de 01 réu e impugnação ao valor 
Prazo de 05 
anos publicação 
do edital. 
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PRAZO: 10 dias 
para depósito 
complementar. 
 
Basta que 01 (um) réu impugne o valor a relação processual se mantém. O juiz 
intimará o autor para complementar o depósito no prazo de 10 dias. 
 
Art. 898. Quando a consignação se 
fundar em dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber, não 
comparecendo nenhum pretendente, converter-se-á o depósito 
em arrecadação de bens de ausentes; comparecendo apenas 
um, o juiz decidirá de plano; comparecendo mais de um, o juiz 
declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre os 
credores; caso em que se observará o procedimento ordinário. 
 
DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito 
de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar pelo 
depósito da quantia devida, em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado 
no lugar do pagamento, em conta com correção monetária, cientificando-se o credor 
por carta com aviso de recepção, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a 
manifestação de recusa. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
§ 2o Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a manifestação de recusa, 
reputar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia 
depositada. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o 
devedor ou terceiro poderá propor, dentro de 30 (trinta) dias, a ação de consignação, 
instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 
13.12.1994) 
§ 4o Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o depósito, 
podendo levantá-lo o depositante. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
Art. 891. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o 
devedor, tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, salvo se for julgada 
improcedente. 
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Parágrafo único. Quando a coisa devida for corpo que deva ser entregue no lugar em 
que está, poderá o devedor requerer a consignação no foro em que ela se encontra. 
Art. 892. Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode 
o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as 
que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias, 
contados da data do vencimento. 
Art. 893. O autor, na petição inicial, requererá: (Redação dada pela Lei nº 8.951, de 
13.12.1994) 
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias 
contados do deferimento, ressalvada a hipótese do § 3o do art. 890; (Incluído pela Lei 
nº 8.951, de 13.12.1994) 
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta. (Incluído pela Lei nº 
8.951, de 13.12.1994) 
Art. 894. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao 
credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo 
não constar de leiou do contrato, ou para aceitar que o devedor o faça, devendo o 
juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, 
sob pena de depósito. 
Art. 895. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o 
autor requererá o depósito e a citação dos que o disputam para provarem o seu 
direito. 
Art. 896. Na contestação, o réu poderá alegar que: (Redação dada pela Lei nº 8.951, 
de 13.12.1994) 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; 
IV - o depósito não é integral. 
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação será admissível se o réu indicar o 
montante que entende devido. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
Art. 897. Não oferecida a contestação, e ocorrentes os efeitos da revelia, o juiz julgará 
procedente o pedido, declarará extinta a obrigação e condenará o réu nas custas e 
honorários advocatícios. (Redação dada pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação. 
Art. 898. Quando a consignação se fundar em dúvida sobre quem deva legitimamente 
receber, não comparecendo nenhum pretendente, converter-se-á o depósito em 
arrecadação de bens de ausentes; comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre os credores; caso em que se 
observará o procedimento ordinário. 
Art. 899. Quando na contestação o réu alegar que o depósito não é integral, é lícito ao 
autor completá-lo, dentro em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação, cujo 
inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. 
§ 1o Alegada a insuficiência do depósito, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia 
ou a coisa depositada, com a conseqüente liberação parcial do autor, prosseguindo o 
processo quanto à parcela controvertida. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994) 
§ 2o A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que 
possível, o montante devido, e, neste caso, valerá como título executivo, facultado ao 
credor promover-lhe a execução nos mesmos autos. (Incluído pela Lei nº 8.951, de 
13.12.1994) 
Art. 900. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao 
resgate do aforamento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
 
Aula 04/09/2014 
 
Anotações sobre as pesquisas: 
 
Principio da causalidade – ônus da sucumbência – art. 20 CPC 
 
Sentença parcial antecipada. 
Recorribilidade contra a sentença parcial antecipada caberá agravo – sentença 
agravável. 
Sentença está ligado ao conteúdo do processo 
 
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por 
negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe 
competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) 
dias; 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de 
constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, 
litispendência ou de coisa julgada; 
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, 
como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o 
interesse processual; 
Vll - pela convenção de arbitragem; 
Vlll - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por 
disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento 
dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, 
intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e 
oito) horas. 
§ 2o No caso do parágrafo anterior, quanto ao no II, as partes 
pagarão proporcionalmente as custas e, quanto ao no III, o 
autor será condenado ao pagamento das despesas e 
honorários de advogado (art. 28). 
§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da 
matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não 
alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos 
autos, responderá pelas custas de retardamento. 
§ 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não 
poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
 
Art. 269. Haverá resolução de mérito: 
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autorII - quando 
o réu reconhecer a procedência do pedido; 
III - quando as partes transigirem; 
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
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V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a 
ação. 
O depósito complementar sempre atribui ao autor o ônus da sucumbência. O autor 
reconhece o devido ao efetuar o depósito complementar, motivo que leva a arcar com 
as custas processuais. 
 
Distinções da consignação de alugueis: 
 
I. OBJETO: aluguéis e acessórios contratuais (água, 
condomínio, IPTU); 
II. FONTE NORMATIVA: Lei 8.245/91 
III. LEGITIMIDADE: 
 
ATIVA: locatário, sublocador, fiador, habitante de imóvel multifamiliar. 
PASSIVA: laçador, ou qualquer pessoa que tenha poder para dar quitação, mandato 
(procuração), sublocador, espólio, herdeiros. 
 
IV. COMPETÊNCIA 
Regra geral, o foto de situação do imóvel locado. 
Se houver foro de eleição, este vai prevalecer. 
 
V. AUSÊNCIA DO EFEITO DÚPLICE IMPONDO A RECONVENÇÃO PARA 
HAVER COMPLEMENTAÇÃO AO DEPÓSITO. 
 
VI. PRAZOS: 
 
a) Prazo inicial para fazer o depósito é de 24h; 
b) Prazo complementar reduz para 05 dias. Se usar tal prazo aplica-se a multa de 
10% sob a diferença; 
c) Consignação comum o prazo de 05 dias para prestações sucessivas. No caso 
de consignação de aluguéis será a do vencimento.; 
 
Ouro ponto não pode haver o depósito das prestações sucessivas depois do transito 
em julgado. 
 
COISA JULGADA 
Conteúdo de mérito 
Subjetivos 
Objetivos 
Dispositivo o limite da 
sentença 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
VII. APELAÇÃO NA CONSIGNAÇÃO DE ALUGUEL NÃO TEM EFEITO 
SUSPENSIVO. 
 
 
Aula: 11/09/14 
 
INVENTÁRIO E PARTILHA 
 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS. 
 
Procedimento bifásico: 
 
1. Inventário 
2. Partilha 
 
 
Na partilha é que há o pagamento do quinhão de cada herdeiro. 
O objetivo da ação de inventário e partilha é transformar uma herança universal em 
uma herança individual. 
 
OBS: condomínio dos herdeiros de um determinado patrimônio: cada herdeiro fica 
com uma parte do imóvel. 
 
Espólio: ente despersonalizado que nasce com a morte. 
Inventariante dativo: não poderá representar o espólio. 
Quinhões: devem ser divididos de maneira igual, pode ser cedido ao outro herdeiro. 
Nessa transmissão gera um novo fato gerador, agora o pagamento devendo apagar o 
ITIV (inter vivos). 
 
Não poderá existir renuncia de parte da herança. Caso o herdeiro queria renunciar, 
terá que ser de maneira total. 
 
2. TIPOS DE PROCEDIMENTO: 
 
Tipos de procedimento: 
 
Ponte entre os doisprocedimentos é o 
pagamento do ITD (causa mortis) 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
I. Judicial (jurisdição contenciosa): 
II. Arrolamento sumário: 
 
Esse procedimento é mais célere. 
Porém, devem ser observados alguns requisitos: 
a) Todos os herdeiros devem ser maiores, capazes; deve haver o consenso entre 
a partilha. Não há disputa. 
b) Tem menores mais o valor da herança é limitado. (a lei determina) art. 1.030 ao 
1.038 do CPC. 
 
III. Extrajudicial: feito através de escritura pública, tabelião de notas. O tabelião 
tem fé pública! Lavra escritura de inventário sem precisar ir à vara de família – 
11.441/07 (Lei de inventário e partilha administrativo) OBS: Se houver menores 
ou testamente não pode ser extrajudicial. 
 
3. INVENTÁRIO NEGATIVO: 
 
Ausência de bens. Requer, apenas, uma tutela negativa por meio de uma sentença 
(declaração do imposto de renda, DETRAN e etc) 
 
Documentos que devem ser juntados para provar a inexistência de bens, com o fim de 
obter a sentença com tutela negativa de bens. 
 
4. COMPETÊNCIA 
 
4.1. Caráter absoluto: 
 
Qualquer bem existente no território nacional terá que ser inventariado por uma 
autoridade brasileira. Art. 10 da LICC – desde que seja mais benéfico ao herdeiro. 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei 
do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, 
qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. 
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, 
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que 
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a 
capacidade para suceder. 
 
OBS: ninguém pode dar a totalidade de seus bens se existem herdeiros – somente 
50% dos bens. (Fraude contra credores) 
 
4.2. Competência interna (relativa) 
 
I. O último domicílio do morto que será a referencia para a propositura do 
procedimento do inventário; 
II. Ausência de domicílio certo será onde tiver bens; 
III. No local da morte do autor da herança. 
 
5. LEGITIMAÇÃO: 
 
Deve ser aberto no prazo legal de 60 dias – art. 
987 do CPC. 
 
Não realizando nesse prazo, será aplicada uma 
multa sob o valor da herança, aplicada no 
momento do pagamento do imposto. 
 
O inventário, pela lei, deve concluído em um prazo 
de 01 ano, prorrogado pelo juiz a igual período. 
 
A ação pode ser proposta por aquele que estiver 
na posse e na administração dos bens. 
 
Legitimação concorrente ou secundária: art. 
988 c/c o art. 989 do CPC. 
 
6. O INVENTARIANTE: 
 
Possui atribuições materiais e processuais. É 
nomeado pelo juiz. Devendo assinar um termo de 
Art. 987. A quem estiver na posse e 
administração do espólio incumbe, no prazo 
estabelecido no art. 983, requerer o inventário e 
a partilha. 
Parágrafo único. O requerimento será instruído 
com a certidão de óbito do autor da herança. 
Art. 988. Tem, contudo, legitimidade 
concorrente: 
I - o cônjuge supérstite; 
II - o herdeiro; 
III - o legatário; 
IV - o testamenteiro; 
V - o cessionário do herdeiro ou do legatário; 
Vl - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor 
da herança; 
Vll - o síndico da falência do herdeiro, do 
legatário, do autor da herança ou do cônjuge 
supérstite; 
Vlll - o Ministério Público, havendo herdeiros 
incapazes; 
IX - a Fazenda Pública, quando tiver interesse. 
 
Art. 989. O juiz determinará, de ofício, que se 
inicie o inventário, se nenhuma das pessoas 
mencionadas nos artigos antecedentes o 
requerer no prazo legal. 
Art. 983. O processo de inventário e partilha 
deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a 
contar da abertura da sucessão, ultimando-se 
nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o 
juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a 
requerimento de parte. 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
compromisso de inventariante. A atividade do inventariante inicia com a assinatura 
do termo de compromisso de inventariante, no 
prazo de 05 dias. 
 
O término do cargo de inventariante se da 
quando o último bem for partilhado. 
 
Os encargos do inventariante estão previstas 
no art. 991 do CPC. 
 
O inventariante pode ser removido do cargo. 
As partes, o juiz e o MP podem requerer. 
 
Abri-se um incidente, com prazo de 05 dias 
para que ele conteste para depois o juiz 
determine ou não sua permanência. 
 
OBS: decisão sem contraditório pode ser 
impugnada. A nomeação do novo 
inventariante deve ocorrer na mesma 
sentença que desconstituiu o anterior. 
(DECISÃO AGRAVAVEL) 
 
O art. 992 indica os atos do inventariante que 
só devem ser praticados mediante autorização 
judicial. 
 
7. QUESTÃO DE ALTA INDAGAÇÃO: 
 
As partes são remetidas ao rito ordinário, 
contra o espólio. 
 
OBSERVAÇÕES: 
I. Reserva de quinhão; 
II. Somente cabe no inventário prova 
documental 
Art. 990. O juiz nomeará inventariante: 
 
 I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde 
que estivesse convivendo com o outro ao tempo da 
morte deste; 
 
II - o herdeiro que se achar na posse e 
administração do espólio, se não houver cônjuge ou 
companheiro sobrevivente ou estes não puderem 
ser nomeados; 
 
III - qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e 
administração do espólio; 
 
IV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada a 
administração do espólio ou toda a herança estiver 
distribuída em legados; 
 
V - o inventariante judicial, se houver; 
Vl - pessoa estranha idônea, onde não houver 
inventariante judicial. 
Parágrafo único. O inventariante, intimado da 
nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o 
compromisso de bem e fielmente desempenhar o 
cargo. 
 
Art. 991. Incumbe ao inventariante: 
 
I - representar o espólio ativa e passivamente, em 
juízo ou fora dele, observando-se, quanto ao dativo, 
o disposto no art. 12, § 1
o
; 
II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a 
mesma diligência como se seus fossem; 
III - prestar as primeiras e últimas declarações 
pessoalmente ou por procurador com poderes 
especiais; 
IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para 
exame das partes, os documentos relativos ao 
espólio; 
V - juntar aos autos certidão do testamento, se 
houver; 
Vl - trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro 
ausente, renunciante ou excluído; 
Vll - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo 
ou sempre que o juiz Ihe determinar; 
Vlll - requerer a declaração de insolvência (art. 748). 
 
Art. 992. Incumbe ainda ao inventariante, ouvidos os 
interessados e com autorização do juiz: 
I - alienar bens de qualquer espécie; 
II - transigir em juízo ou fora dele; 
III - pagar dívidas do espólio; 
IV - fazer as despesas necessárias com a 
conservação e o melhoramento dos bens do espólio. 
 
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III. Ação de investigação de paternidade. 
 
Aula: 18/09/14 
 
Anotações da aula: 
Questão de alta indagação: fatos que dependem de outros meios de prova que não 
podem ser discutido na ação de inventário e partilha. Devendo ser remetido para as 
visas ordinárias. 
 
Termo circunstanciado – art. 993 do CPC 
 
Art. 993. Dentro de 20 (vinte) dias, contados da data em que 
prestou o compromisso, fará o inventariante as primeiras 
declarações, das quais se lavrará termo circunstanciado.No 
termo, assinado pelo juiz, escrivão e inventariante, serão 
exarados 
 
Medida cautelar de arrolamento: para prevenir que os bens sejam.... entra com essa 
medida para que antecipe com a descrições dos bens deixados. 
 
Art. 855. Procede-se ao arrolamento sempre que há fundado 
receio de extravio ou de dissipação de bens. 
Art. 856. Pode requerer o arrolamento todo aquele que tem 
interesse na conservação dos bens. 
§ 1o O interesse do requerente pode resultar de direito já 
constituído ou que deva ser declarado em ação própria. 
§ 2o Aos credores só é permitido requerer arrolamento nos 
casos em que tenha lugar a arrecadação de herança. 
 
Se não houver bens, somente FGTS e etc cabe requerer a autorização, mediante 
alvará para levantamento dos valores, podendo já vim dividido para os herdeiros. 
 
COLAÇÃO DE BENS: 
 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
Os bens que foram doados em vida, devem retornar ao inventário pelo próprio 
herdeiro. 
 
Se o inventariante souber de tais bens deve fazer nas primeiras declarações, sujeito a 
multa de sonegação. 
 
Requisitos: quando for entregue como uma antecipação de legitima (antecipação de 
herança) até 50% do patrimônio livre. O que o ultrapassar os 50% vira herança 
legitima. 
 
Caso seja do interesse pode ser feita uma declaração de que tais bens estão dentro 
dos 50% livres. 
 
CITAÇÃO DOS HERDEIROS 
 
 
Impugnação 
 
No julgamento da impugnação considera-se sentença, porém do ponto de vista 
recursal, caberá agravo de instrumento. 
Citam-se os demais herdeiros em razão dos mesmos não terem constituído o mesmo 
advogado. 
 
Depois dos herdeiros citados e/ou julgado as possíveis impugnações citam-se o 
Ministério Público e a Fazenda Pública. 
 
A Fazenda Pública que assegura o recolhimento dos impostos (ITD); observa os 
valores dos bens descritos nas primeiras declarações. 
 
Se a Fazenda Pública impugnar os valores o inventariante deve se manifestar, 
discordando, os bens devem ser avaliados por peritos. 
 
AVALIAÇÃO DOS BENS OBRIGATORIA: quando existir menores ou incapazes. 
 
ÚLTIMAS DECLARAÇÕES: Se não houver colação de bens depois dessa etapa, 
considera-se sonegação. 
Inventariante 
Demais herdeiros 
Bens/valores 
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ALUNO: RICARDO HENRIQUES – 8º SEMESTRE 
- Complementação – Correção - atualizações e etc. 
 
OBS: Quanto ao valor do imóvel a ser colacionado existem duas vertentes: a que 
entende a regra do CPC/73, que é da data da morte, contrapondo tem a doutrina que 
entende que é da data do CC/02, que é da data da doação, prevalecendo esta última 
por ser posterior ao CPC. 
 
CÁLCULO DO IMPOSTO (Lei 4.826/89) 
 
Só incide sobe a herança. Restando sobre a herança, dividem-se os quinhões que 
incidirá o ITD sobre cada quinhão dos herdeiros. 
 
PAGAMENTO DO IMPOSTO 
 
O inventariante pode pedir autorização do juiz para vender um dos bens com o intuito 
de pagar o imposto.

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