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Desenvolvimento Economico - Leonardo_Cesar

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Desenvolvimento Economico I
Prof. Flavio Goncalves
A teoria do Big push e o plano de metas do governo de JK
Cesar A. Rossin
Leonardo A. M. Dabague
Introdução
	A analise proposta por este presente trabalho esta focada na possível existência de um laço de corroboração ou não-corroboração, entre o modelo de desenvolvimento econômico formulado pelo economista austríaco Paul Rosenstein-Rodan, conhecido como Big Push, e a politica econômica de governo de Jucelino Kubitschek (1956 – 1961); o Plano de Metas.
	O Modelo de Big Push consiste, basicamente, em um conceito de desenvolvimento econômico ou de estado bem-estar, no qual obeservamos que um agente toma a decisão de se industrializar se baseando na expectativa de que outros agentes também o farão. O ponto que aproxima este modelo da realidade brasileira ex ante analise são as premissas de economias de escala e estrutura de mercado oligopolista que o modelo possui.
O Plano de Metas foi estruturado na forma de um ambicioso conjunto de objetivos setoriais para modernização e industrialização do Brasil. Vimos no desenvolvimento deste trabalho, que este programa de industrialização foi crucial para o desenvolvimento nacional, e portanto é um período cuja magnitude dos investimentos sugere que possamos aplicar o modelo econômico exposto neste trabalho.
Como exposto anteriormente, analisamos tanto a teoria de desenvolvimento econômico quanto o programa de industializacao em itens separados e somente no estágio concluiente, confrontamos as informações resultantes do Plano de Metas, com os resultados esperados pelo modelo econômico para o teste de corroboração.
Desenvolvimento
Modelo de Big Push
Em 1943, Paul Rosenstein-Rodan foi pioneiro ao usar o termo Big Push (grande impulso) em seu artigo sobre o crescimento das economias do leste Europeu. Em 1989, Murphy et al. caracterizou o Big Push como um modelo estático de multi-equilíbrio da demanda agregada. Ou seja, cria-se um modelo dinâmico, onde o crescimento econômico é impulsionado por dois parâmetros fundamentais: prêmio salarial e produtividade. 
Munido deste modelo de crescimento econômico, é explorado o comportamento dinâmico afim de estabelecer as características econômicas de crescimento desequilibrado, as quais são fenômenos econômicos recorrentes em economias emergentes.
Para melhor exemplificar o Modelo do Big Push, assumimos uma economia com um grande número de setores, no qual cada setor é tão pequeno que este setor não tem poder de influencia sobre o todo. Tambem fixamos que o total de trabalhadores seja dado por L, e o toal de setores seja denotado por N. Portanto, temos L / N trabalhadores em cada setor.
Os setores podem optar livremente pela utilização da tecnologia tradicional ou a tecnologia moderna;
> Usando a tecnologia tradicional, um trabalhador produz uma unidade de mercadorias, de modo que o setor iria produzir uma quantidade igual a l / N. 
> Já no caso do setor que utiliza tecnologia moderna exige F trabalhadores para tarefas administrativas, mas os trabalhadores restantes produzem mais de uma unidade de bens por trabalhador. 
Logo, a produção é maior em um setor de tecnologia moderna do que em um setor com tecnologia tradicional, se tivermos L / N trabalhadores.
No setor tradicional, os trabalhadores são pagos por unidade de bens produzidos pelo seu trabalho, de modo que eles recebem igualmente em todos os setores. Portanto, se todos os trabalhadores estão trabalhando no setor tradicional, a demanda para todos os setores é Q1 = L / N. Entretanto, o setor moderno apresenta uma complexidade maior, pois cada trabalhador possui um custo diferente:
Considere primeiro, que w1 é um salário baixo. A empresa enfrenta demanda Q1 e portanto vai exigir L trabalhadores. Isto vai custar w1L’, e os lucros serão Q1. No momento em que w1 é definido, se conferirmos que w1L '<Q1, então a empresa obterá lucro. Portanto, se os salários são esta baixos, a empresa irá modernizar, mesmo que seja o único a fazê-lo.
Figura 1: Setor Tradicional x Setor Tecnológico
	Se considerarmos agora, que o salario é w2, e se as firmas não optarem por modernizar, a firma em questão terá uma demanda Q1. Portanto se w2L’ > Q1, a firma terá prejuízo, e só se modernizará se as outras firmas o fizerem. Como acontece no momento em que a demanda é dada por Q2.
Tambem podemos notar que se os salários forem muito altos, as empresas podem optar por não se modernizar em momento algum.
Em síntese, temos que o modelo de desenvolvimento econômico Big Push, sugere que maiores níveis de bem estar e desenvolvimento serão atingidos a medida em que houver um grande aporte de capitais em setores industriais, fazendo com que os outros agentes decidiram por se modernizar. Este “derramamento” de investimentos moverá a Economia como um todo, convergindo para níveis superiores para todos.
Ou seja, a Economia é um mecanismo robusto, com muitas variáveis, e portanto apresenta reações lentas e vagarosas. Assumindo este padrão, e toda teoria exposta acima, destaca-se que um choque de investimentos, moverá o “grande elefante” da economia.
Plano de Metas
Na segunda metade da década de 50, a economia brasileira apresentava um quadro de grandes dificuldades, agravadas pela 2ª Grande Guerra; déficits fiscais expressivos aprofundado pelas condições precárias de 	financiamento externo. Apesar destas condições, o presidente em exercício, Jucelino Kubitschek optou um conjunto de políticas econômicas de expansão de gastos públicos, mesmo sofrendo graves desequilíbrios macroeconômicos. É visível que esta decisão representava um Tradeoff entre estabilidade e crescimento (ou melhor dizendo: possibilidade de crescimento). Ainda sim, JK optou por uma visão desenvolvimentista, apesar das políticas ortodoxas recomendadas à época pelo FMI defenderem o contrario VILLELA (2005).
Dado a escasses de investimento externo dado o contexto que o cenário mundial vivia, o Brasil abriu a conta de capitais para atrair o investimento direto estrangeiro. Porem ao mesmo tempo, manteve restrições às importações de bens de consumo duráveis e não duráveis para que estes bens importados não competissem com nossa indústria nascente.
A expansão de gastos planejada pelo governo da época, era parte de um conjunto de objetivos setoriais para modernização e industrialização do Brasil, subdividido em setores. O Plano de Metas se concentrava fundamentalmente por investimentos em estradas, siderúrgicas, usinas hidrelétricas, na marinha mercante e pela construção de uma nova capital e baseava-se em “30 metas”. 
Estas metas eram divididas em: 
Setores da energia
Setores do transporte 
Setores da alimentação 
Setor da indústria de base 
Setor da educação
Os grandes investimentos estatais em infra-estrutura, bem como as empresas estatais do setor produtivo, estariam a serviço da acumulação privada e em razão do tipo de financiamento, a inflação doméstica manteve-se em taxas elevadas durante o governo JK.
Conclusão
Brasil pré-JK: 
- Cresc. populacional de 3% a. a. 
- População de 60 milhões de hab. (predominantemente rural). 
- PIB agropecuário de 21% do PIB
- PIB industrial de 22% do PIB
No período de 1957-1961, o PIB cresceu à taxa anual de 8,2%.
Isto resultou em um aumento de 5,1% ao ano na renda per capita.
Este resultado superou o próprio objetivo do Plano de Metas.
Suas taxas anuais de crescimento médio 
no período de 1955 -1962 atingiram 
26,4% (bens de capital) e 23,9%, (bens 
de consumo duráveis. 
O investimento na indústria de transformação cresceu a uma taxa média anual de 22% entre 1955 -1959.
Referências
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Síntese de Indicadores Sociais 2010
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) 2006
BAER, W. A Economia Brasileira. 2ª ed. São Paulo: Nobel, 2004.
VILLELA,A. “Dos anos dourados de JK à crise não resolvida”. In: GIAMBIAGI, F. ; VILLELA, A. et al. Economia Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
LACERDA, A. C. ; BOCCHI, J. I. ; REGO, J. M. et al. Economia Brasileira. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
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