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AD - ATIVIDADE A DISTÂNCIA DE FILOSOFIA E ÉTICA 
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Curso: Administração Pública 
Disciplina: Filosofia e ética 
Aluno: Márcio Antônio do Nascimento
Polo: Volta Redonda
Matricula: 18213110188 
Referências Bibliográficas: Livro de Marilena Chauí, Convite à Filosofia.
Questões da Atividade a Distância 
Questão 1
Sobre as teorias a respeito da origem da filosofia, explique por que ela não é nem oriental nem um milagre grego.
R:
 Segundo Marilena Chauí, há exageros em ambas teorias, pois estudos históricos realizados a partir do século XIX esses dois pontos de vista foram corrigidos, diminuindo assim os excessos de ambas teses. Todavia pode se dizer que a filosofia tem sim muito das ideias do oriente, pois é sabido que os gregos tiveram contato com o pensamento oriental de diversos povos, entre eles podemos citar: os Babilônios, Egípcios, Assírios, Caldeus e Persas, e por certo beberam desta fonte. Ainda assim não poderia se dizer que ela é só oriental.
A ideia de que a filosofia seria originalmente grega vem das mudanças que os gregos fizeram destas influências orientais e das próprias influências dos seus antepassados, tratando de maneira racional e lógica, criando assim a concepção de que a filosofia teria sido originária única e exclusivamente dos antigos gregos.
A filosofia como a conhecemos, poderia dizer-se que sim, apesar de não ser um “milagre grego”, os gregos à transformaram em ciência tratando-a de forma racional transformando um conhecimento abstrato adquirido de forma empírica em uma ciência. Ainda assim não poderia se dizer que ela é unicamente grega
Todavia a filosofia como a vemos hoje, compreendida por primar pelo conhecimento racional e sistemático, procurando entender os anseios da natureza humana e os dilemas do mundo e suas mutações, assim como a causa das ações e pensamentos humanos, podemos sim dizer que é a forma singularmente grega de ver o assunto.
Referência bibliográficas: Livro convite à filosofia, de Marilena Chauí, unidade 1, capítulo 1, Origem da Filosofia, capítulo 2 O nascimento da filosofia.
Questão 2
Quais eram as questões dos filósofos pré-socráticos?
R:
 Segundo Marilena Chauí, os filósofos pré-socráticos, divididos nas escolas Jônica, Itálica, Eleata, Escola da Pluralidade, tinham como as principais questões:
 - A explicação racional e sistemática das mutações da natureza humana.
 - Negar a criação do mundo vindo do nada, ou seja, que nada seria criado do nada (como as religiões judaico-cristã preconizavam), afirmavam que nada vem do na e desta forma o mundo seria eterno, que tudo apenas se transforma em outra coisa sem simplesmente sumirem.
 - Outra questão é o fundo eterno, onde se dizia que dali tudo vem e tudo vai e que tudo está em constante mutação.
 - Havia também o conceito de Devir, que seria a transformação constante das coisas em seu contrário, tipo noite-dia, novo-velho, claro-escuro, portanto a mudança continua de uma coisa em seu contrário como nascer-morrer, a isto também se dá o nome de movimento e o mundo está em permanente movimento, estas mudanças não se davam de forma aleatória, seguiam leis determinadas pela physis (fazer surgir, fazer brotar) seria o princípio fundamental do mundo.
 Os filósofos pré-socráticos escolhiam diferente “physis”, ou seja, cada um encontrava razões para defender suas ideias da qual era o princípio imutável na origem da natureza e suas mutações.
Referência bibliográficas: Livro convite à filosofia, de Marilena Chauí, unidade 1, capítulo 3, Campos de investigação da Filosofia.
Questão 3
Explique o que é e como funciona a maiêutica socrática.
R:
 Segundo Marilena Chauí, a maiêutica socrática é a própria filosofia de Sócrates, e o método usado através do qual ele Sócrates faz uso de questionamentos aos seus interlocutores de forma a obter seus conceitos sobre os mais variados assuntos referentes a natureza humana.
 Esses questionamentos iam muito além das opiniões, Sócrates estava à procura da verdade a partir do autoconhecimento, ou seja, o conhecimento do homem por ele mesmo. Por isso se diz que o período socrático é antropológico, voltado para o autoconhecimento do homem, de forma mais específica de seu autoconhecimento espiritual e de sua capacidade de procurar e conhecer a verdade.
 Sócrates andava pelas ruas, mercados e assembleias da Grécia a sua época fazendo perguntas a seus interlocutores, perguntas estas que por vezes constrangiam e embaraçavam, pois, as pessoas ficavam sem respostas, Sócrates costumava perguntar por exemplo, cito:
“ Você acredita na verdade? Mas o que é a verdade?
 Você gosta de seu amigo? Mas o que é a amizade?
 Você diz que ama as coisas e as pessoas belas, mas o que é a beleza? ”
Estas e outras perguntas do tipo por vezes constrangiam seus interlocutores que não estavam preparados para respondê-las, e para decepção de muitos que devolviam a pergunta a Sócrates, ele dizia: também não sei por isso pergunto.
 Desta forma funcionava a maiêutica socrática, usando questionamento sobre as coisas da natureza humana e do mundo a procura da verdade.
Referência bibliográficas: Livro convite à filosofia, de Marilena Chauí, unidade 1, capítulo 3, Campos de investigação da Filosofia - Os períodos da Filosofia grega.
Questão 4
Por que os Sofistas não podem ser considerados verdadeiros filósofos? O que ensinavam?
R:
 Segundo Marilena Chauí, os sofistas não poderiam ser chamados de filósofos pois o próprio Sócrates, considerado o patrono da filosofia, colocava-se contra os sofistas, dizendo cito: 
 “O sofista não tem amor pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer ideia, desse de que lhe fosse vantajoso, corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade”
 Apesar de Sócrates concordar com os sofistas no tocante a divulgação e atualização do conhecimento, pois a educação antiga já não atendia a sociedade grega daquele momento, a defesa de ideias tão contraditórias pelos sofistas colocando argumentos a favor e contra a verdade no mesmo patamar não agradava a Sócrates.
 Os sofistas mais importantes foram: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas, eles diziam que os filósofos pré-socráticos, traziam erros e contradições em seus ensinamentos e que estes já não tinham serventia à Polis (cidade / estado na Grécia antiga), diziam eles os sofistas, que era possível ensinar aos jovens a arte da persuasão, onde aprenderiam a defender ideias tanto de um ponto de vista quanto do ponto de vista contrário e foi justamente esta maneira de se colocar em defesa de pontos de vistas contraditórios usando argumentos tanto de um lado como de outro, sem apego a verdade em questão, que levou Sócrates a se rebelar contra os sofistas e não considera-los filósofos.
Referência bibliográficas: Livro convite à filosofia, de Marilena Chauí, unidade 1, capítulo 3, Campos de investigação da Filosofia.

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