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CPC-II; PROCESSO E PROCEDIMENTO

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Direito Processual Civil II
Processo de Conhecimento
Das Espécies de Processo e Procedimento
Prof° Pedro Borba
“Justiça tardia não é justiça, é injustiça manifesta”.
Rui Barbosa
Prof° Pedro Borba
 Conceito
Processo e Procedimento são vocábulos utilizados diversas vezes como sinônimos, porém como se sabe, são definições completamente diferentes.
 
Processo é o complexo de atividades que se desenvolvem tendo por finalidade a provisão jurisdicional; é uma unidade, um todo, e é uma direção no movimento. É uma direção no movimento para a provisão jurisdicional.
Prof° Pedro Borba
Introdução
Vale dizer que, além do aspecto intrínseco do processo, como direção no movimento, se oferece o seu aspecto exterior, como modo de mover e forma em que é movido o ato. Sob aquele aspecto fala-se em Processo, sob este fala-se em Procedimento.
Conclui-se que Procedimento exprime os atos no modo de fazê-los e na forma em que são feitos.
 
Segundo o processualista João Mendes Júnior “Uma coisa é Processo; outra é o Procedimento; o Processo é uma direção no movimento; o Procedimento é o modo de mover e a forma em que é movido o ato”.
Prof° Pedro Borba
Introdução
Processo é o meio de solução de conflitos ou lide (Carnelutti). É a relação que se estabelece entre as partes conflitantes, denominada relação jurídica processual. O processo  sempre vai ter um conteúdo de direito material. 
Procedimento é o aspecto externo, é a sequência dos atos no processo relação jurídica processual.
Processo – relação jurídica processual somada ao procedimento. Composto pelo aspecto interior (processo) e exterior (procedimento).
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
Aspecto Interno (substancial): relação jurídica que se instaura e se desenvolve entre autor, réu e juiz  “actum trium personarum”. = Processo
Aspecto Externo (formal): sucessão ordenada de atos dentro de modelos previstos pela lei. = Procedimento
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 Aspectos Importantes
Processo: Meio estatal de cumprir a jurisdição; Instrumento de realização de Poder; Se divide em três tipos; Sempre versa sobre Direito Material; Aspecto Interno da Relação.
Procedimento: Conjunto concatenado de atos em busca da jurisdição; Forma de realização de Jurisdição; Aspecto Externo da Relação.
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 Procedimento quanto a Forma
a) Procedimento Oral;
b) Procedimento Escrito.
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Processo e Procedimento
 Princípios do Procedimento Oral
a) Princípio da Oralidade;
b) Princípio da Imediatidade;
c) Princípio da Identidade Física do Juiz;
d) Princípio da Concentração da Causa
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 Procedimento Quanto ao Modo de se Moverem
a) Procedimento Comum; (ordinário e sumário);
b) Procedimentos Especiais;
c) Procedimento de Execução;
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Processo e Procedimento
 Procedimento Ordinário
O processo de conhecimento, o qual tende à composição da lide por meio de uma sentença do órgão jurisdicional, toma na generalidade dos casos um procedimento típico, um procedimento padrão, a que se denomina Procedimento Ordinário.
 
O Procedimento Ordinário é o procedimento padrão adotado pelo CPC, conforme leitura do parágrafo único do Art. 272 do CPC.
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 
Art. 272. O procedimento comum é ordinário ou sumário.
Parágrafo único. O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se pelas disposições que lhes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposições gerais do procedimento ordinário.
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Processo e Procedimento
 Fases do Procedimento Ordinário/Sumário
a) Fase postulatória (apresentação das pretensões);
b) Fase probatória (prova dos fatos);
c) Fase decisória (decisão).
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 Fase Postulatória
Compreende predominantemente a formulação e propositura da demanda, mais a eventual resposta do réu. No entanto, pode avançar para abranger as providências preliminares determinadas pelo juiz. Do mesmo modo que, pode encerrar-se desde logo, mesmo antes da eventual resposta do réu, quando o juiz indeferir a petição inicial, com ou sem julgamento do mérito, consoante se dê o fundamento para a rejeição.
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 Fase Probatória (Instrutória)
Neste fase as partes irão produzir as provas necessárias para comprovar as alegações realizadas na fase postulatória.
Porém deve ser destacado o fato de que os Documento Comprobatórios dos respectivos Direitos, devem ser juntados aos autos do processo na primeira oportunidade que a Parte tiver pra se manifestar, sob pena de preclusão.
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 Fase Decisória
A fase decisória segue-se imediatamente, isto é o juiz proferirá sentença desde logo, se o juiz diante do feito já se encontrar habilitado para tanto, ou, não sendo este o caso, no prazo de até dez dias (art. 456, CPC).
Não havendo recurso, a sentença que encerra o procedimento em primeiro grau de jurisdição, encerra o processo definitivamente.
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 Erro de Forma do Processo e as Suas Consequências Jurídicas
Art. 295. A petição inicial será indeferida:
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal;
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 PERGUNTA
Qual seria a consequência da parte ingressar com a demanda pelo procedimento comum ordinário, ao invés do procedimento sumário, deixando de observar determinada regra processual?????
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 RESPOSTA
O erro na escolha do procedimento não acarreta maior consequência processual, em respeito aos princípios da finalidade, da instrumentalidade das formas e da fungibilidade, desde que, com o erro praticado, a parte contrária não tenha suportado prejuízos, desestabilizando a relação processual, com a consequente infração aos primados do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal.
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.
Vide: Art. 277, § 5º do CPC.
Prof° Pedro Borba
Processo e Procedimento
 Intróito
De acordo com a regra do CPC, os processos são independentes e autônomos, e, podemos indicar as seguintes diferenças entre processo de conhecimento, de execução e cautelar:
a) A cognição: o processo de conhecimento é manejado na perspectiva de se obter certeza quanto ao direito. O contraditório é amplo, há exaustiva produção de provas e através da sentença o juiz diz quem tem razão quanto ao direito controvertido;
Prof° Pedro Borba
Independência dos Processos
b) A execução: o processo de execução tem como pressuposto a certeza quanto ao direito. Essa certeza é outorgada por um título a que a lei confere força executiva. A atuação do órgão jurisdicional é para a efetivação do direito. O contraditório é restrito à ciência da execução, não há produção de provas e o juiz não profere sentença. O órgão jurisdicional apenas pratica atos para a satisfação do crédito revelado no título executivo. Esses atos processuais para a satisfação do crédito são a penhora, a adjudicação, a venda pública do bem, a venda do bem por particular e a remição.
Prof° Pedro Borba
Independência dos Processos
c) As medidas cautelares: O processo cautelar é baseado na necessidade de prevenir situações que coloquem em risco o resultado do processo principal. É por isso que se diz que ele é acessório e instrumental. Os pressupostos são o “fummus boni iuris” (aparência do bom direito) e o “periculum
in mora”.
Prof° Pedro Borba
Independência dos Processos
 Introdução
Levando em conta a diversidade dos provimentos jurisdicionais a que o exercício da ação pode conduzir, costuma a doutrina apresentar uma classificação das ações de acordo com o provimento que constitui o pedido.
A doutrina diverge em relação a divisão dos provimentos, haja vista que parte dela entende que a sentença mandamental e a sentença lato sensu poderiam ser conduzidas à sentença condenatória.
Prof° Pedro Borba
Natureza dos Provimentos
Entretanto não há dúvidas que existem peculiaridades próprias para as primeiras citadas, haja vista que a ação mandamental e a executiva lato sensu não demandam processo de execução próprio, uma vez que o mandamento da primeira e a eficácia da segunda são atuados no próprio processo de conhecimento.
Assim os Provimentos Jurisdicionais são divididos em:
a) Declaratória;
b) Condenatória;
c) Constitutiva;
d) Mandamental; e
e) Executiva lato sensu.
Prof° Pedro Borba
Natureza dos Provimentos
 Sentença Declaratória
O Processo meramente declaratório visa apenas à Declaração da existência ou inexistência da relação jurídica; Excepcionalmente a lei pode prever declaração de meros fatos.
O provimento jurisdicional invocado exaure-se, nessa hipótese, na decisão quanto à existência ou à inexistência da relação jurídica.
Exemplos: Art. 4º, II do CPC (declaração de fato); Processo de Usucapião
Prof° Pedro Borba
Natureza dos Provimentos
A sentença declaratória se divide em Positiva e Negativa, consoante declare a existência ou inexistência da relação jurídica.
 OBSERVAÇÃO
Todas as sentenças que rejeitam o pleito autoral, são consideradas como meramente declaratória de natureza negativa, exceto, a ação declaratória negativa, caso em que a rejeição tem conteúdo declaratório positivo.
Prof° Pedro Borba
Sentença Declaratória
 OBSERVAÇÃO
Com a sentença, presta-se o provimento declaratório invocado. Se o autor quiser depois exigir a satisfação do direito que a sentença tornou certo, deverá propor nova ação, de natureza condenatória.
Prof° Pedro Borba
Sentença Declaratória
 Sentença Condenatória
O processo condenatório tende a uma sentença de condenação do réu. Acolhendo a pretensão do autor, a decisão afirma a existência do direito e sua violação, aplicando a sanção correspondente à inobservância da norma reguladora do conflito de interesses.
Essa sanção, consiste em possibilitar o acesso à via processual da execução forçada. Proferida a sentença condenatória, passa a ser admissível o processo de execução, que antes não era.
Prof° Pedro Borba
Natureza dos Provimentos
Conclui-se, que a sentença condenatória, entre as demais espécies de sentença, é a única que participa do estabelecimento, a favor do autor, de uma novo direito de ação, que é o direito à tutela jurisdicional executiva.
Prof° Pedro Borba
Sentença Condenatória
 Sentença Constitutiva
Pelo processo constitutivo chega-se à declaração peculiar a todas as sentenças de mérito, com o acréscimo da modificação de uma situação jurídica anterior, criando-se uma nova.
Chama-se, pois, processo constitutivo aquele que visa a um procedimento jurisdicional que constitua, modifique ou extinga uma relação ou situação jurídica.
Prof° Pedro Borba
Natureza dos Provimentos
 OBSERVAÇÃO
Para que se proceda à constituição, à modificação ou à desconstituição, é mister que antes a sentença que ocorrem as condições legais que autorizam a isso.
Prof° Pedro Borba
Sentença Constitutiva
Existem dois tipos de sentença constitutiva, as constitutivas necessárias (quando o ordenamento jurídico só admite a constituição, modificação ou desconstituição do estado ou relação jurídica por via jurisdicional), e as constitutivas não-necessárias (são relações que poderia conseguir os mesmos efeitos extrajudicialmente)
Exemplos: Necessárias (Anulação de Casamento); Não-necessárias (Rescisão de contrato por inadimplemento).
Prof° Pedro Borba
Sentença Constitutiva
 Sentença Mandamental e Executiva Lato Sensu
A sentença mandamental e executiva lato sensu, são desdobramentos da sentença condenatória, e se distinguem desta porque a atuação concreta do comando da sentença não depende de um processo executivo próprio.
A ordem judicial da sentença mandamental e a eficácia própria da sentença executiva lato sensu não dependem, para sua concretização, de processo de execução autônomo.
Prof° Pedro Borba
Natureza dos Provimentos
 Exemplos
Sentença Mandamental: Sentença em Mandado de Segurança; Ação de Modificação de Registro Público. Ação de Manutenção de Posse (cessação dos atos turbativos); Sentença em Obrigação de Fazer e não Fazer (Art. 461); Sentença em Entrega de coisa (Art. 461-A).
Sentença Executiva Lato Sensu: Sentença de Procedência na Ação de Depósito; Ação de Despejo; Ação de Reintegração de Posse.
Prof° Pedro Borba
Sentença Mandamental e Executiva Lato Sensu
Profº Pedro Borba
E-mail: pedroborba.adv@gmail.com

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