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, DESENHO TECNICO E MECÂNICO Sumário DESENHO TÉCNICO- CONFORME NBR 10647 ... .... .... .... ... ...... ................................... 06 APLICAÇÃO DE LINHAS, TIPOS E LARGURAS CONFORME - NBR 8403 ................ 09 FOLHA DE DESENHO- LEIAUTE E DIMENSÕES CONF. NBR 10068 .. ...................... 14 APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO CONF. NBR 10582 .. ....... 19 DOBRAMENTO DE CÓPIA DE DESENHO TÉCNICO CONF. NBR 13142 .............. ..... 24 EXECUÇÃO DE CARACTER P/ ESCRITA EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 8402 ...... 27 PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRES. EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 10067 .............. 29 REPRESENTAÇÃO DE HACHURAS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 12298 ...... ...... 47 COTAGEM EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 10126 ..................... ................. ............ ..... 52 EMPREGO DE ESCALAS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 8196 ............... ............ ..... 69 INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIES CONF. NBR 8404 .. ............................ .. :. 70 NOÇÕES DE TOLERÂNCIA CONF. NBR 6158 ......................................... .......... ....... .... 83 TOLERÂNCIAS GERAIS DIMENS. LINEARES E ANGULARES CONF. NBR 6371 .... 95 SÍMBOLOS DE TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS CONF. NBR 14699 ............. .... ......... 98 SÍMBOLOS DE SOLDAGEM ........................................................................ .......... ....... 101 ELEMENTOS DE MÁQUINAS (GLOSSÁRI0) ............................................. ................. 106 REPRESENTAÇÃO DE PARTES ROSCADAS CONF. NBR 8993 .............. ........... ..... 107 PORCA E PARAFUS0 .............................................................................................. ..... 112 ARRUELAS E DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA ................... .................................. ... 116 REPRESENTAÇÃO DE MOLAS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 11145 ................ .. 117 REPRESENTAÇÃO DE ENGRENAGEM EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 11534 ..... 123 ENGRENAGEM E CREMALHEIRA ..... .......... ............ ....................... ............................. 130 ENGRENAGEM CILÍNDRICA DE DENTES RETOS ..................................................... 131 ENGRENAGEM CILÍNDRICA DE DENTES HELICOIDAIS .......................................... 132 ENGRENAGEM CÔNICA ............................................................................................... 135 COROA E PARAFUSO SEM-FIM ........................•......... ...... .......................................... 137 ROLAMENTOS ............................................................................................................... 138 CHAVETAS .............................................................. .......... ............................................. 144 ENGRAXADEIRAS ....... ........ .... .............. ....... ........ ....... ............. ... ........ .......................... 145 PINOS E CONTRA-PINOS .. ........................................................................................... 146 REBITES ......................................................................................................................... 147 ELABORAÇÃO DA LISTA DE ÍTENS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 13272 .......... 149 REFERÊNCIA A ÍTENS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 13273 ................................ 151 DESENHOS DE CONJUNT0 ......................................................................................... 153 ESTRUTURA METÀLICA .............................................................................................. 160 PLANIFICAÇÃO- DESENVOLVIMENTO DE CHAPAS ............................................... 174 DESENHO DE CARROCERIA ....................................................................................... 181 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................ .................................................. 204 - - - \ ' \' Apresentação "Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento". Peter Drucker O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação. O SENAI , maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e, consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência: "formar o profissional com responsabilidade no processo - produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada". / r· Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações - internet - é tão importante quanto zelar pela produção de material didático. Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos. O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada! ,__ ,.._ - - '-- Desenho técnico e mecânico I Curso Técnico de Mecânica Desenho Técnico Conforme NBR 10647 Esta norma define os termos empregados em desenho técnico. Definições 1- Quanto ao aspecto geométrico 1.1- Desenho projetivo Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho, compreendendo: a) Vistas ortográficas: - Figuras resultantes de projeções ortogonais do objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a forma do mesmo com seus detalhes; b) Perspectivas: - Figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único plano, com a 'finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto. 1.2- Desenho não projetivo Desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre as figuras que constituem e o que é por ele representado, compreendendo larga variedade de representações gráficas, tais como: a) Diagramas; b) Esquemas; c) Ábacos ou nomogramas; d) Fluxogramas; e) Organogramas; f) Gráficos. 1.2.1 - Diagrama Desenho no qual valores funcionais são representados em um sistema de coordenadas. 1 1.2.2 - Esquema Figura que representa não a forma dos objetos, mas as suas relações e funções. 1.2.3 - Ábaco ou nomograma Gráfico com curvas apropriadas, mediante o qual se podem obter as soluções de uma equação determinada pelo simples traçado de uma ou mais retas. 1.2.4 - Fluxograma Representação gráfica de uma seqüência de operações. 1.2.5 - Organograma Quadro geométrico que representa os níveis hierárquicos de uma organização, ou de um serviço, e que indica os arranjos e as inter-relações de suas unidades constitutivas. 1.2.6- Gráfico Representado por desenho ou figuras geométricas. É um conjunto finito de pontos e de segmentos de linhas que unem pontos distintos. 2 - Quanto ao grau de elaboração 2.1- Esboço Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras. 2.2- Desenho preliminar Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração do projeto sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto.2.3- Croqui Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade. 2.4 - Desenho definitivo Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos necessários à sua compreensão. 2 ,._ .._ 3 - Quanto ao grau de pormenorização r.__ ....-- 3.1- Desenho de componente Desenho de um ou vários componentes representados separadamente . .._ 3.2- Desenho de conjunto ' - _I Desenho mostrando reunidos componentes, que se associam para formar um todo. 3.3- Detalhe Vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo. 4 - Quanto ao material empregado Desenho executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material adequado. 5 - Quanto à técnica de execução Desenho executado manualmente (à mão livre ou com instrumento) ou à máquina. 6 - Quanto ao modo de obtenção 6.1 - Original Desenho matriz que serve para reprodução. 6.2 - Reprodução Desenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, compreendendo: a) Cópia - reprodução na mesma escala do original; b) Ampliação - reprodução maior que o original; c) Redução- reprodução menor que o original. 3 Aplicação de Linhas em Desenhos - Tipos de Linhas Larguras das Linhas -Conforme· NBR 8403 Esta norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. 1- Condições gerais 1.1 - Largura das linhas Corresponde ao escalonamento >12 , conforme os formatos de papel para desenhos técnicos. Isto permite que na redução e reampliação por microfilmagem ou outro processo de reprodução, para formato de papel dentro do escalonamento --J2, se obtenham novamente as larguras de linhas originais, desde que executadas com canetas técnicas e instrumentos normalizados. 2- Condições específicas 2.1- Largura de linhas a) A relação entre as larguras de linhas larga e estreita não deve ser inferior a 2. b) As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão, escala e densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: O, 13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm. Obs.: As larguras de traço 0,13 e 0,18 mm são utilizadas para originais em que a sua reprodução se faz em escala natural. Não é recomendado para reproduções que pelo seu processo necessite de redução. c) Para diferentes vistas de uma peça, desenhada na mesma escala, as larguras das linhas devem ser conservadas. 2.2- Espaçamento entre linhas O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive a representação de hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta distância não seja menor do que 0,70 mm. 2.3- Código de cores em canetas técnicas As canetas devem ser identificadas com cores de acordo com as larguras das linhas, conforme segue abaixo: a) 0,13 mm - lilás; d) 0,35 mm- amarela; g) 1,00 mm -laranja; b) 0,18 mm -vermelha; e) 0,50 mm - marrom; h) 1 ,40 mm - verde; c) 0,25 mm - branca; f) 0,70 mm - azul; i) 2,00 mm - cinza. 4 ' v ,.._ ~ ~ L.- 2 4 T" . - IPOS d r h e m as Linha Denominação Aplicação Geral (Figs. 1a, 1b e outras) A Contínua larga A 1 contornos visíveis A2 arestas visíveis 81 linhas de interseção imaginárias 82 Linhas de cotas 83 linhas auxiliares B Contínua estreita 84 linhas de chamadas 85 hachuras 86 contornos de seções rebatidas na própria vista 87 linhas de centros curtas Contínua estreita a mão livre <Al C1 limites de vistas ou cortes parciais ou c ----- interrompidas se o limite não coincidir com linhas traço e ponto Contínua estreita em ziguezague 01 esta linha destina-se a desenhos D ~ (A) confeccionados por máquinas E 1 contornos não visíveis E- - - • Tracejada larga (A) E2 arestas não visíveis F1 contornos não visíveis F-- - - Tracejada estreita <Al F2 arestas não visíveis G1 linhas de centro G - · - · -·- Traço e ponto estreita G2 linhas de simetrias G3 trajetórias r-- Traço e ponto estreita, larga nas H extremidades e na mudança de H1 planos de cortes _ __ _j direção J - • - • - Traço e ponto largo J1 indicação das linhas ou superfícies com indicação especial K1 contornos de peças adjacentes K2 posição limite de peças móveis K- ·· - · · - Traço dois pontos estreita K3 linhas de centro de gravidade K4 cantos antes da conformação KS detalhes situados antes do plano de corte <Al Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção. Nota: Se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no respectivo desenho ou por meio de referência às normas específicas correspondentes. 5 Fig. 1a Fig. 1b Fig. 1c Fig. 1d 6 - ( 1- 1- ·~ J- f-I-- - 1-·- · 1- ..t v Fig. 1e __ )) Fig. 1f 2.5· Ordem de prioridade de linhas coincidentes Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade (Fig. 2): A- A Fig. 2 a) Arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A); 7 b) Arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F); c) Superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades e na mudança de direção; tipo de linha H); J d) linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G); e) linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K); f) linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B).· 2.6- Terminação das linhas de chamadas As linhas de chamadas devem terminar: a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota (Fig. 3); Fig. 3 b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado (Fig. 4 ); Fig. 4 c) com uma seta, se ela conduz e ou contorna a aresta do objeto representado (Fig. 5). 8 L.- ,._ ..._ ...- Folha de Desenho - Leiaute e Dimensões Conforme NBR 10068 Esta norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. Esta Norma apresenta também leiaute da folha do desenho técnico com vistas a: a) Posição e dimensão da legenda; b) Margem e quadro; c) Marcas de centro; d) Escala métrica de referência; e) Sistema de referência por malhas; f) Marcas de corte. Estas prescrições se aplicam aos originais, devendo ser seguidas também às cópias. Formatos Seleção e designação de formatos O original deve ser executado em menor formato possível , desde que não prejudique a sua clareza. A escolha do formato no tamanho original e sua reprodução são feitas nas séries mostradas em formatos da série "A". As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal (Fig. 1) como na vertical (Fig. 2). Fig. 1 Fig. 2 9 Formatos da série "A" O formato da folha recortada da série "A" é considerado principal (Tabela 1 ). Tabela 1- Formatos da série "A" Desi na ão Dimensões ----------~~~~~~----------~----------~~~~~---------- '.~ AO 841 x 1189 A1 594 X 841 A2 420 X 594 A3 297 X 420 A4 210 X 297 O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m e de lados medindo 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal x/y = 1/2 (Fig. 3). X i"' + ~ Form. Básico AO Áreo:lm 2 'fz.Jt./2 Jt:84i y:.11 89 y -1 Fig. 3 Deste formato básico, designado por AO (A zero), deriva-se a série ·"A" pé la bipartição ou pela duplicação sucessiva (Figs. 4 e 5). y ~ ,. Y/2Y/4 ,. ,_ Fig. 4 Formato especial A2 ,., .., < < _: A~ Y/8 Y/8 Form. AO ,- N ..... .. ~ .. y ~~ .. Fig. 5 Sendo necessário formato fora dos padrões estabelecidos, recomenda-se a escolha dos formatos de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou submúltiplo ao do formato padrão. Nota: Nas dimensões das folhas pré-impressas, quando não recortadas, deve haver um excesso de 1 O mm nos quatro lados. 10 ~ ~ ..._ L..- Legenda A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que contenha a identificação do desenho (número de registro, título, origem, etc.); deve estar situado no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente como verticalmente. A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. Por conveniência, o número de registro do desenho pode estar repetido em lugar de destaque, conforme a necessidade do usuário. A legenda deve -ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm dos formatos A1 e AO. Margem e quadro Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho (Fig. 6). Espaço poro desenho Margem Limite do papel Fig. 6 As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as dimensões constantes na tabela 2. Tabela 2- Largura das linhas e das margens Formato Margem Largura da linha do quadrado Esquerda Direita Conforme a NBR 8403 AO 25 10 1,4 A1 . 25 10 1 ,O A2 25 7 0,7 A3 25 7 0,5 A4 25 7 0,5 A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. 11 Marcas de centro Nas folhas de formatos de série "A" devem ser executadas quatro marcas de centros. Estas marcas devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria (horizontal e vertical) à folha (Fig. 7). Fig. 7 Os formatos fora de padrões, para serem microfilmados, requerem marcas adicionais de acordo com as técnicas de microfilmagem. Escala métrica de referência As folhas de desenho podem ter impressa uma escala métrica de referência sem os números, com comprimento de 100 mm no mínimo e em intervalos de 1 O mm (Fig. 8). f - - I' I I I I I I I I I Fig. 8 A escala métrica de referência deve estar embaixo, disposta simetricamente em relação à marca de centro, na margem e junto ao quadro, com largura de 5 mm no máximo. Deve ser executada com traço de 0,5 mm de largura no mínimo e deve ser repetida em cada seção do desenho. Sistema de referência por malhas Permite a fácil localização de detalhes nos desenhos, edições, modificações, etc. Devem ser executadas com traço de 0,5 mm de largura no mínimo, começando do contorno interno da folha recortada e estendendo-se aproximadamente 0,5 mm, além do quadro. A tolerância da posição de± 0,5 mm deve ser observada para as marcas (Fig. 9). O número de divisões deve ser determinado pela complexidade do desenho e deve ser par. 12 ) O comprimento de qualquer. lado do retângulo da malha deve ter mais de 25 mm e no máximo 75 mm, e deve ser executado com traços contínuos de 0,5 mm de largura no mínimo. Os retângulos das malhas devem ser designados por letras maiúsculas ao longo de uma margem e os numerais ao longo de outra margem. Os numerais devem iniciar no canto da folha oposto à legenda no sentido da esquerda para direita e devem ser repetidos no lado correspondente (Fig. 9). 1 I 2 I 3 I 4 I 5 L 6 I A A 1- - 6 e 1- -r- c c r- ~ o o I , I 2 I 3 I 4 I 5 l 6 Fig. 9 As letras e os numerais devem estar localizados nas margens, centralizados no espaço disponível, e as letras escritas em maiúsculo. Se o número das divisões exceder o número de letras do alfabeto, as letras de referência devem ser repetidas (exemplo: AA, BB, etc). Marcas de corte Estas marcas servem para guiar o corte da folha de cópias e são executadas na forma de um triângulo retângulo isósceles com 10 mm de lado (Fig. 10), ou com dois pequenos traços de 2 mm de largura em cada canto (Fig. 11 ). Fig: 10 Fig. 11 13 Apresentação da Folha Para Desenho Técnico Conforme N BR 10582 Esta norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos conteúdos, nas folhas de desenhos técnicos. A folha para desenho deve conter: a) Espaço para desenho; b) Espaço para texto; c) Espaço para legenda (Figs. 1 e 2) Espay_o poro desenho Espaço poro desenho Espaço poro teltto Espo~o poro texto _1 I I L Le enda I Legenda Fig. 1 Fig. 2 Espaço para desenho Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical. O desenho principal, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço para desenho. Os desenhos são executados, se possível, levando em consideração o dobramento das cópias do padrão de desenho, conforme formato A4. · Espaço para texto Todas as informações necessanas ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocados no espaço para texto e escritas conforme normalização de caracteres (NBR 8402); O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do padrão de desenho; Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior, a altura varia conforme a natureza do serviço; A largura de espaço para texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm; O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de forma que possível, leve em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho, conforme formato A4 (Fig. 3); 14 _.l _A " " I I l 1 Plont J o de situoçõo Legen do ILI _Ll _j ~o de revisão Fig. 3 O espaço para texto (Figs 3, 4 e 5) deve conter as seguintes informações: - Explon oçõo Expl o noção lnstru çõo lnstr uçõo Refer . .&..,.. Refe i' encios rêncios I I Planto - I de situação ?' ~.,. li ...1 Tóbu o de revisão Tóbuo I J Plont I a de si f uoçõo de revisão Legen do Le_ge nda Fig. 4 Fig. 5 a) Explanação; b) Instrução; c) Referência; d) Localização da planta de situação; e) Tábua de revisão. 15 a) Explanação Informações necessárias a leitura de desenho tais como: Símbolos especiais; Designação; Abreviaturas; Tipos de dimensões. b) Instruções Informações necessárias a execução do desenho. Quando são feitos vários são feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são feitas no espaço para texto, tais como: Lista de material; Estado de superfície; Local de montagem; Número de peças. c) Referências Informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos. d) Localização de planta de situação A planta de situação é localizada de forma que permaneça visível depois de dobrada a cópia do desenho conforme padrão A4 e, inclui os seguintes dados: Planta esquemática com marcação da área construída, parte da construção etc.: a seta norte é indicada (Fig. 6); Fig. 6 Planta esquemática da construção com marc~ção de área, etc. (Fig. 7). 16 ,_.J ~ ../ -·. Fig. 7 e) Tábua de revisão A tábua de revisão é usada para registrar a correção alterada e/ou acréscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez. A disposição da tábua de revisão e as dimensões em mm é conforme Fig. 8 e, as informações contidas na tábua de revisão são as seguintes: ~I Descrição Ver i f. Doto v.~-+- Desig . Ref. T-j. ~iOO Fig. 8 Designação da revisão (n.0 ou letra que determina a seqüência da revisão); Referência da malha; Informação do assunto da revisão; Assinatura do responsável pela revisão; Data da revisão. Legenda A legenda éusada para informação, indicação e identificação do desenho e deve ser traçada conforme a NBR 1 0068. As informações contidas na legenda são as seguintes: a) Designação da firma; b) Projetista, desenhista ou outro, responsável pelo conteúdo do desenho; 17 c) Local, data e assinatura; d) Nome e localização do projeto; e) Conteúdo do desenho; f) Escala; g) Número do desenho; h) Designação da revisão; i) Indicação do método de projeção; j) Unidade utilizada no desenho conforme NBR 10126. - A legenda pode, além disso, ser provida de informações essenciais ao projeto e desenho em questão. O número do desenho e da revisão são colocados juntos e abaixo, no canto direito do padrão de desenho. -- 18 ' ..J ' ' ........ Dobramento de Cópia de Desenho Técnico Conforme NBR 13142 Esta norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópias de padrão de desenho técnico. O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos AO, A 1, A2 e A3 deve ser o formato A4. As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda. O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de acordo com as medidas indicadas nas figuras anexas. O dobramento deve ser feito em dobras horizontais de acordo com as medidas indicadas nas figuras anexas. Quando as cópias de desenho formatos AO, A 1 e A2 tiverem que ser perfuradas para arquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto superior esquerdo, conforme figuras anexas. Para formatos maiores que o formato AO e formatos especiais, o dobramento deve ser tal que ao final esteja no padrão do formato A4. A figura a seguir mostra um exemplo de cópia de padrão formato AO, dobrada. Cópia dobrada de padrlo formato AO 19 Dobra do Formato A3 (297 x 420 mm) ; 1 /.... I .... ;_..-~"" I I I I I ' .... ( Dobra do Formato A2 (420 x 594 mm) /t':: / ~::-:-::~/ ,..._ cn I N c t 1; <--'],'\ \)/ ,----·--- / ' t- · // I I I I I I I I I J Dobra do Formato A1 (594 x 841 mm) L ,...._ O> N i ' 20 J cn N I I Dobra do Formato AO (841 x 1189 mm) I I ~ I ---~- I ' ~'J ' L 1-\Ç} / ,€~ I I 1 I I I I I I I t _, T ... I I I I I r I I I I I I I I ~ J " " " / .... :r ........... I I I I ~ I I I 1 : ~ 'as -l "ro~/ - 21 Execução de Caractere Para Escrita em Desenho Técnico C.onforme NBR 8402 Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes. As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são: . a) Legibilidade; b) Uniformidade; c) Adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução. Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si , para evitar qualquer troca ou algum desvio mínimo da forma ideal. Para a microfilmagem e outros processos de reprodução é necessário que a distância entre caracteres corresponda, no mínimo, à duas vezes a largura da linha, conforme figura 1 e tabela. Sendo que no caso de larguras de linha diferentes, a dis.tância deve corresponder à da linha mais larga. Figura 1 • Características da forma de escrita Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas. Os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em ângulo reto. A altura h possui razão 2 correspondente à razão dos formatos de papel para desenho técnico. A altura h das letras maiúsculas deve ser tomada como base para o dimensionamento. As alturas h e c não devem ser menores do que 2,5 mm. Na aplicação simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, a altura h não deve ser menor que 3,5 mm. 22 ,; - A escrita pode ser vertical ou inclinada, em um ângulo de 15° para a direita em relação à vertical. T b I a e a - proporçoes e d" 1mensoes d . b I ' f e sam O OS _g_ra ICOS Características Relação Dimensões (mm) Altura das letras h (10/10)h 2,5 3,5 5 7 10 14 20 maiúsculas Altura das letras (7/10)h 2,5 3,5 5 7 10 14 minúsculas c - Distância mínima entre a (2/10)h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4 caracteres(A) Distância mínima entre b (14/1 O)h 3,5 5 7 10 14 20 28 linhas de base Distância mínima entre palavras e (6/1 O)h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12 Largura da linha d (1/1 O)h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 (A) Para melhorar o efeito visual , a distância entre dois caracteres pode ser reduzida pela metade, como por exemplo: LA, TV ou L T, neste caso a distância corresponde à largura da linha "d". Exemplos de escrita ABCDEFGHIJKLMNOP QRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrst uvwxyz [{!?:; '' -=+x:. 0/o&)]0 0123456789 Acentos e outros caracteres não exemplificados devem ser executados com base nos princípios estabelecidos na norma NBR 8402. Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico 23 Conforme NBR 10067 Esta Norma fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. 1 - Método de projeção ortográfica 1.1 -1° diedro O símbolo deste método é representado na Fig. 1. Fig. 1 1.2 - 3° diedro O símbolo deste método é representado na Fig. 2. Fig. 2 2 - Cor de representação do desenho técnico O desenho técnico é representado na cor preta. Se outras cores forem necessárias para melhor esclarecimento do desenho, o seu significado deve ser mencionado em legenda. 24 .._ 3 -Denominação das vistas L.- Os nomes das vistas indicadas na Fig. 3 são os seguintes: ~ a) Vista frontal (a); .._ b) Vista superior (b); c) Vista lateral esquerda (c); d) Vista lateral direita (d); e) Vista inferior (e); f) Vista posterior (f); ~b Fig. 3 25 4 - Posição relativa das vistas no 1° diedro Fixando a vista frontal (A) conforme a Fig. 4, as posições relativas das outras vistas são as seguintes: a) Vista superior (8 ), posicionada abaixo; b) Vista lateral esquerda (C), posicionada à direita; c) Vista lateral direita (0 ), posicionada à esquerda; d) Vista inferior (E), posicionada acima; e) Vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a conveniência. o T ~---f E I I A B -- c -- Fig. 4 26 ~ ~ L.- ~ ~ 5 - Posição relativa das vistas no 3° diedro Fixando a vista frontal ·(A) conforme a Fig. 5, as posições relativas das outras vistas são as seguintes: a) Vista superior (8), posicionada acima; b) Vista lateral esquerda (C), posicionada à esquerda; c) Vista lateral direita (D), posicionada à direita; d) Vista inferior (E), posicionada abaixo; e) Vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a conveniência. F c Fig. 5 6- Escolha das vistas 6.1 - Vista principal 8 A I E I ~ ---J I D A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. Geralmente esta vista representa a peça na sua posição de utilização. 27 6.2 - Outras vistas Quando outras vistas forem necessanas, inclusive cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios: a) Usar o menor número de vistas possível; b) Evitar repetição de detalhes; '-' c) Evitar linhas tracejadas desnecessárias. 7 - Determinação do número de vistas Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessárias à caracterização da forma da peça, sendo preferíveis vistas, cortes ou seções ao emprego de grande quantidade de linhas tracejadas. 8 - Vistas éspeciais 8.1 - Vista fora de posição Não sendo possível ou conveniente representar uma ou mais vistas na posição d~terminada pelo método de projeção, pode-se localiza-lasem outras posições, cóm exceção da vista principal (Fig. 6). c -- d ... 8 E ._f o c F Fig. 6 28 ~ r.... ..._ ~ ,_,__ ..._ 8.2 -Vista auxiliar São projeções parciais, representadas em planos auxiliares para evitar deformações e facilitar a interpretação (Fig. 7). A Fig. 7 8.3 - Elementos repetitivos A representação de detalhes repetitivos pode ser simplificada (Figs. 8 e 9). Fig. 8 Fig. 9 8.4 - Detalhes ampliados Quando a escala utilizada não permite demonstrar detalhe ou cotagem de uma parte da peça, este é circundado com linha estreita contínua, e designado com letra maiúscula. O detalhe correspondente é desenhado em escala ampliada e identificada (Fig. 1 0). A (5: 1) Fig. 10 8.5 - Linhas de interseção 29 As linhas de interseção são traçadas nas vistas com linhas contínuas estreitas, não atingindo o contorno (Fig. 11 ). Fig. 11 Pode-se, ainda usar a representação simplificada nos seguintes casos: a) De dois cilindros, as curvas de interseção são substituídas pelas retas (Figs. 12 e 13); . F-{ti·-·i -+- Fig. 12 Fig. 13 b) De um cilindro e um prisma retangular, os deslocamentos das retas de interseção são omitidos (Fig. 14 ). I I I t_ . --+- ~ I Fig. 14 8.6- Representação convencional de extremidades de eixos com seção quadrada e furos quadrados ou retangulares 30 ~ ,.._ ..._ '-- r- ..._ As diagonais, traçadas com linhas continuas estreita, caracterizam superfícies planas na extremidade de eixo e são utilizadas nas faces laterais de um prisma, tronco de pirâmide ou um rebaixo (Figs. 15 e 16). Fig. 15 Fig. 16 Para indicar um furo passante quadrado ou retangular, na parte plana de uma vista, sem auxílio das seções adicionais, utilizam-se diagonais traçadas em linhas contínuas estreitas (Fig. 17). Fig. 17 8.7- Vistas de peças simétricas As peças simétricas podem ser representadas por uma parte do todo. As linhas de simetria são identificadas com dois traços estreitos, curtos e paralelos, traçados perpendicularmente nas extremidades da linha de simetria (Fig. 18). Fig. 18 As peças simétricas podem ser representadas: 31 a) Pela metade, quando a linha de simetria dividir a vista em duas partes iguais (Fig. 19); Fig. 19 b) Pela quarta parte, quando as linhas de simetrias dividirem a vista em quatro partes iguais (Fig. 20). --++------- . ~{tr Fig. 20 Outro processo consiste em traçar as linhas da peça simétrica um pouco além da linha de simetria. Neste caso, os traços curtos paralelos devem ser omitidos (Fig. 21 ). Fig. 21 8.8 - Partes adjacentes 32 '- ~ ,._ .._ '-- r.... .._ A peça adjacente é desenhada por meio de linha estreita-traço-dois pontos. A peça adjacente não deve encobrir a peça desenhada em linha larga, mas pode ser encoberta por ela. Estando em corte, as peças adjacentes não devem ser hachuradas (Fig. 22). Fig. 22 8.9 - Contorno desenvolvido Quando houver necessidade de desenhar o contorno desenvolvido de uma peça, este deve ser traçado por meio de linha estreita-traço-dois pontos (Fig. 23). -r __ 5) -E·- ·CJ ::::r Fig. 23 8.1 O - Vistas de peças encurtadas Na peça longa são representadas somente as partes da peça que contém detalhes. Os limites das partes retidas são traçados com linhas estreitas (Figs. 24 e 25). Fig. 24 Fig. 25 33 Nas peças cônicas e inclinadas, a representação deve ser conforme as Figs. 26 e 27. "'\ -- -- - r- --- I - - - Fig. 26 Fig. 27 9 - Cortes e seções 9.1 - Hachuras Os cortes ou seções são evidenciados através de hachuras, conforme a NBR 12298. 9.2 - Generalidades A disposição dos cortes ou seções segue a mesma disposição das vistas. Quando a localização de um plano de corte for clara, não há necessidade de indicação da sua posição e identificação (Fig. 28). Fig. 28 34 Quando a localização não for clara, ou quando for necessário distinguir entre vários planos de corte, a posição do plano de corte deve ser indicada por meio de linha estreita-traço-ponto, larga nas extremidades e na mudança de direção. O plano de corte deve ser identificado por letra maiúscula e o sentido de observação por meio de setas (Figs. 29 e 30). A-A A- A ···~ ·- - - - !-• .L. · - ·- - - Fig. 29 Fig. 30 A designação do corte correspondente é feita nas proximidades do corte (Figs. 31 e 32). Fig. 31 35 \ Nos cortes, no sentido longitudinal, não são hachurados: a) Dentes de engrenagem; b) Parafusos; c) Porcas; d) Eixos; e) Raios de roda; f) Nervuras; g) Pinos; h) Arruelas; i) Contra pinos; j) Rebites; k) Chavetas; I) Volantes; m) Manípulos. 9.3 - Corte total A peça é cortada em toda a sua extensão por um plano de corte (Fig. 31 ). Numa peça com parte de revolução, contendo elementos simetricamente distribuídos (furos ou nervuras radiais) sem que passem por um plano de corte, faz-se uma rotação no elemento até coincidir com o respectivo plano de corte e rebate-se, sem fazer nenhuma menção especial (Fig. 32). A-A Fig. 32 9.4 - Meio - corte 36 ' J \ '-- ~ ~ '-- ~ ~ A metade da representação da peça é mostrada em corte, permanecendo a outra metade em vista. Este tipo de corte é peculiar às peças simétricas (Figs. 33 e 34 ). Fig. 33 Fig. 34 9.5 - Corte parcial Apenas uma parte da peça é cortada para focalizar um detalhe, delimitando-se por uma linha contínua estreita à mão livre ou por uma linha estreita em zigue- zague (Figs. 35 e 36). Fig. 35 Fig. 36 37 9.6 • Corte em 'desvio A peça é cortada em toda a sua extensão por mais de um plano de corte, dependendo da sua forma particular e dos detalhes a serem mostrados (Figs. 30, 37 e 38). A - A Fig. 37 Fig. 38 9.7 ·Seções rebatidas dentro ou fora da vista O contorno da seção dentro da própria vista é traçado com linha contínua estreita (Fig. 39). Fig. 39 38 .'- O contorno da seção deslocada é traçado com linha contínua larga. A seção deslocada pode ser posicionada: a) Próxima à vista e ligada a ela por meio de linha estreita-traço-ponto (Fig. 40); Fig. 40 b) Numa posição diferente, neste caso, é identificada de maneira convencional (Fig. 41 ). Fig. 41 39 As seções podem ser sucessivas como nos exemplos mostrados nas Figs. 42, 43 e 44. A -1 B ·I c •I o .. 1 A .. , 8 -1 C D •I - -· .... 1 A-A 8-B c-e o-o Fig. 42 .. , ... , •I I r I ~ ~ r ~· ...__ - t . - - J L 1"- · - 1-1- ' •I Fig. 43 ' y A-A 8-8 c- e Fig. 44 40 L.- ~ .._ L.- • r ~ / 9.8 • Proporções e dimensões dos símbolos Os símbolos são mostrados conforme as Figs. 45 (1° diedro) e 46 (3° diedro) e a Tabela. Fig. 45 Fig. 46 Tabela- Dimensões Unid.: mm h 3,5 5 7 10 14 20 d(1 } 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 H 7 10 14 20 28 40 ( 1} = d Largura da hnha 41 Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em Desenho Técnico - Conforme ·NBR 12298 Esta Norma fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em desenho técnico. Hachuras Hachuras são Linhas ou figuras com o objetivo de representar tipos de materiais em áreas de corte em desenho técnico. Na representação geral, de qualquer material, deve ser usada a hachura mostrada na Fig. 1. Fig. 1 As hachuras devem ser traçadas com linhas estreitas, inclinadas a 45° em relação às linhas principais do contorno ou eixos de simetria (Figs. 2, 3 e 4 ). I Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 As hachuras, em uma mesma peça, são feitas sempre numa mesma direção (Fig. 5). Fig. 5 O detalhe desenhado separadamentede sua vista deve ser hachurado na mesma direção. 42 / L.- r- ..._ L.- ..._ _, As hachuras, nos desenhos de conjunto, em peças adjacentes, devem ser feitas em direções opostas ou espaçamentos diferentes (Fig. 6). 1 2 3 5 4 Fig. 6 As hachuras, em uma mesma peça composta (soldada, rebitada, remanchada ou colada), são feitas em direções diferentes (Figs. 7 e 8). Fig. 7 Fig. 8 As hachuras em peça composta, quando representada em desenho de conjunto, devem ser feitas numa mesma direção, como numa peça simples (Fig. 9). Fig. 9 43 As hachuras devem ser espaçadas em função da superfície a ser hachurada. O espaçamento mínimo para as hachuras é de 0,7 mm, conforme a NBR 8403. As hachuras, em área de corte de corte muito grande, podem ser limitadas à vizinhança do contorno, deixando a parte central em branco (Fig. 1 O). Fig. 10 As hachuras têm sempre a mesma direção, mesmo quando o corte de uma peça é executado por vários planos de corte paralelos (Fig. 11 ). ~- Fig. 11 44 L..- r- .._ ~ L.- ..... Quando houver necessidade de representar dois elementos alinhados, manter a mesma direção das hachuras, porém com linhas desencontradas (Fig. 12). -é--·- tA dj !) A Fig. 12 As hachuras devem ser interrompidas quando da necessidade de se inscrever na área hachura (Fig. 13). Fig. 13 As hachuras podem ser omitidas em seções de peças de espessuras finas. Neste caso, a seção deve ser enegrecida. No desenho do conjunto, peças adjacentes devem ter um espaçamento em branco de no mínimo O, 7 mm (Fig. 14 ). , • .JL Fig. 14 45 As hachuras podem ser utilizadas, em alguns casos, para indicar o tipo do material . As hachuras específicas, conforme o material, são mostradas na Tabela. Outras hachuras podem ser utilizadas, desde que identificadas. Hachura Material Elast6meroa, vidroe ce- rtmica e rochM Concreto Liquido Madeira 46 ' ~ rw.- ,._ ~ '-- Cotagem em Desenho Técnico Conforme NBR 10126 Esta norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos. · Quando necessário, devem ser consultadas outras normas técnicas de áreas específicas. 1- Cotagem Cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. 1.1- Funcional Essencial para a função do objeto ou local (Fig. 1 ). F F NF ,... ~ f- . ..!=:. ~-- - ·- ~ ~1 ~ )- ~ .......... NF NF ~ AUX Fig. 1 1.2- Não Funcional Não essencial para funcionamento do objeto (NF na Fig. 1 ). 1.3- Auxiliar Dada somente para informação. A cotagem auxiliar não influi nas operações de produção ou inspeção; é derivada de outros valores apresentados no desenho ou em documentos e nela não se aplica tolerância (AUX na Fig. 1 ). 1.4- Elemento Uma das partes características de um objeto, tal como uma superfície plana, uma superfície cilíndrica, um ressalto, um filete de rosca-, uma ranhura, um contorno etc. 47 \ 1.5- Produto acabado Objeto completamente pronto para montagem ou serviço, sendo uma configuração executada conforme desenho. Um produto acabado pode também ser uma etapa pronta para posterior processamento (por exemplo: um produto fundido ou forjado). 2- Aplicação Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho. A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento. Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro) para todas as cotas sem o emprego do símbolo. Se for necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da unidade predominante para um determinado desenho deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades devem ser empregadas como parte na especificação do desenho (por exemplo, N.m. para torque ou kPA para pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor. Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma cota. Exceções podem ser feitas: a) Onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário da produção (por exemplo: o tamanho do elemento antes da cementação e acabamento); b) Onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa. Não especificar os processos de fabricação ou os métodos de inspeção, exceto quando forem indispensáveis para assegurar o bom funcionamento ou intercambiabilidade. A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (Fig. 2) - ·-·--·- ---·- 25±0,0& 15±0.01 Fig. 2 48 Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou necessária. A Fig. 3 mostra o efeito da cotagem funcional escrita indiretamente, aceitável, mantendo os requisitos dimens-ie.nais estabelecidos na Fig. 2. -1-·--·--·-1--· - -r-·--·-· - · -1- 25±0,005 15:tC>,Of 40!0,005 40±0,05 Fig. 3 A cotagem não funcional deve ser localizada de fora mais conveniente para a produção e inspeção. 3- Método de execução 3.1- Elementos de cotagem Incluem a linha auxiliar, linha de cota, limite da linha de cota e a cota. Os vários elementos da cotagem são mostrados nas Figs. 4 e 5. 3.2- Linhas auxiliares e cotas São desenhadas como linhas estreitas contínuas, conforme mostrado nas Figs. 4 e 5. ..,__ __ ~'"""~L.----~-~1r-IVLiohO au.ma• ~ ~ ~~o o Fig. 4 49 -1 \_ ~imites do linho do coto Linho de coto (troço obl i quo l Fig. 5 Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota (Figs. 4 e 5). Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e linha auxiliar. Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto se necessário, pode ser desenhado obliquamente a este, (aproximadamente 60°), porém paralelas entre si (Fig. 6). Fig. 6 A construção da interseção de linhas auxiliares deve ser feita com o prolongamento desta além do ponto de interseção (Fig. 7). Fig. 7 Linhas auxiliares e cota, sempre que possível , não devem cruzar com outras linhas (Fig. 8). Fig. 8 50 ~ r- .._ L.- ,__ ~ - A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja (Fig. 9). bd Fig. 9 O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se isso ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento. - A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linhas de cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar (Fig. 1 0). A linha de centro, quando usada como linha auxiliar deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto. 16 18 J 26 -- I J -$···~ 1~ co - 28 i t2 . Fig. 10 3.3- Limite da linha de cota - A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços oblíquos. - As indicações são especificadas como segue: a) A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser aberta, ou fechada preenchida (Fig. 11 ); Fig. 11 b) O traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45° (Fig. 12); Fig. 12 51 A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho. Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada num mesmo desenho. Entretanto, quando o espaço for muito pequeno, outra forma de indicação de limites pode ser utilizada (Fig. 24). Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota (Fig. 13). Quando oespaço for limitado as setas de limitação da linha de cota, podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota, desenhado com esta finalidade (Fig. 14). I. .1. j ~--1tjt--. -~. Fig. 13 Fig. 14 Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio (Fig. 15). Pode ser dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo do elemento apresentado. Fig. 15 3.4- Apresentação da cotagem As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no original como nas reproduções efetuadas no microfilme. As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha. 52 ~ ~ .._ ..-' Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho: a) Método 1 - As cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro (Fig. 16). I 10 ~ Fig. 16 Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada (Fig. 34 ). As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do desenho. Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a Fig. 17. Fig. 17 Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figs. 18 e 19. Fig. 18 Fig. 19 53 b) Método 2 As cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota (Figs. 20 e 21 }: f 30 ~-~_j Fig. 20 Fig. 21 Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figs. 19 e 22. i • . ao• ~ Fig. 22 A localização das cotas freqüentemente necessita ser adaptada às várias situações. Portanto, por exemplo, as cotas podem estar: a) No centro submetido da linha de cota, quando a peça é desenhada em meia peça (Fig. 23). Fig. 23 54 _) b) Sobre o prolongamento da linha de cota, quando o espaço for limitado (Fig. 24); 1,5 6 2,5 8,5 Fig. 24 c) Sobre o prolongamento horizontal da linha de cota, quando o espaço não permitir a localização com a interrupção da linha de cota não horizontal (Fig. 25). Fig. 25 Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) deve ser sublinhada com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo (Fig. 26). Fig. 26 55 4- Disposição e apresentação da cotagem 4.1- Disposição A disposição da cota no desenho deve indicar claramente a finalidade do uso. Geralmente é resultado da combinação de várias finalidades. Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das formas e melhorar a interpretação do desenho. Os símbolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada. Os símbolos devem preceder à cota (Figs. 27 a 31 ). 0: Diâmetro R: Raio : Quadrado Fig. 27 Fig. 30 4.2- Cotagem em cadeia 0 ESF: Diâmetro esférico R ESF: Raio esférico Fig. 28 Fig. 29 Fig. 31 o ~ [J Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerância não comprometer a necessidade funcional das partes. (Fig. 32). ,.........., 160 7'0 Fig. 32 4.3- Cotagem por elemento de referência 200 ª ~ 30 56 ~ ...._ L.- ~ ...._ Este método de cotagem é usado onde o número de cotas da mesma direção se relacionar a um elemento de referência. Cotagem por elemento de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva . Cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas uma às outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota (Figs. 33 e 34 ). A , ~-----------JAI~----------,- J 150 420 o 640 Fig. 33 Fig. 34 Cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de interpretação. A origem é localizada num elemento de referência e as cotas são localizadas na extremidade da linha auxil iar (Fig. 34 ). Cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso. Neste caso, a origem deve ser como mostra a Fig. 35. 160 120 90 o o +-+-+- · - - - · -:~~ ----:;'<!M ~ ~ o N Fig. 35 o !: ~ - Quando os elementos estiverem próximos, quebramos as linhas auxiliares para permitir a inscrição da cota no lugar apropriado, como mostra a Fig. 36. 57 ~---------------T----40 ..-------- 32 30 ~----~.--------13 e 6 ~---------~-------- o Fig. 36 4.4- Cotagem por coordenadas Pode ser mais prático reduzir-se a Tabela, como mostra a Fig. 37 do que a Fig. 35. X y 4l 1 20 160 15,5 2 20 20 13,5 ~ 3 60 120 11 4 60 60 13.5 5 100 90 26 6 7 8 9 ~ ~~ y ~ X 10 Fig. 37 Coordenadas para pontos de interseção em malhas nos desenhos de localização são indicadas como mostra a Fig. 38. X=O +Y=fOO Fig. 38 58 ~ ,.____ ~ ....... L..- Coordenadas para pontos arbitrários sem a malha, devem aparecer adjacentes a cada ponto (Fig. 39) ou na forma de tabela (Fig. 40). X : iO y ; a::> Fig. 39 4.5- Cotagem combinada X 1 10 2 80 3 70 4 20 Fig. 40 y 20 40 80 60 Cotagem simples, cotagem aditiva e cotagem por elemento comum podem ser combinadas no desenho (Figs. 41 e 42). o 20 50 90 1t0 I I r Fig. 41 Fig. 42 5- Indicações especiais 5.1- Cordas, arcos, ângulos e raios As cotas de cordas, arcos e ângulos, devem ser como mostra a Fig. 43. 100 Fig. 43 Quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível, a linha de cota do raio deve ser quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de localizar ou não o centro do arco (Fig. 15). 59 Quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele deve ser indicado pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota (Fig. 44 ). ID - Fig. 44 5.2- Elementos eqüidistantes Onde os elementos eqüidistantes ou elementos uniformemente distribuídos são parte da especificação do desenho a cotagem pode ser simplificada. Espaçamento linear pode ser cotado como mostra a Fig. 45. Se houver alguma possibilidade de confusão, entre o comprimento do espaço e o número de espaçamentos, um espaço deve ser cotado como mostra a Fig. 46. 15 J 5xf8 (90) I Fig. 45 -$·-EP= , ... '"O-$--$--:--. . .. 18 J 15 17xt8(306) Fig. 46 Espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser cotados como mostra a Fig. 47. Fig. 47 60 ' L.- ,.,__ ~ / L.- ,._ .._ Espaçamentos dos ângulos podem ser omitidos se não causarem dúvidas ou confusão (Fig. 48). Fig. 48 Espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente, dando o número de elementos, como mostra a Fig. 49. Fig. 49 5.3- Elementos repetidos Se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo tamanho e assim, evitar repetir a mesma cota, eles podem ser cotados como mostram as Figs. 50 e 51. I ft- --t-+-+--+ ++ I I I Fig. 50 61 Fig. 51 5.4- Chanfros e escareados Chanfros devem ser cotados como mostra a Fig. 52. Nos chanfros de 45° a cotagem pode ser simplificada, como mostram as Figs. 53 e 54. -~ ·--·-- 2 2x45° Fíg. 52 Fig. 53 Fig. 54 \ Escareados são cotados conforme mostra a Fig. 55. ou 35 Fig. 55 5.5- Outras indicações Para evitar a repetição da mesma cota ou evitar chamadas longas, podem ser utilizadas letras de referências, em conjunto com uma legenda ou nota (Fig. 56). 9 A Fig. 56 62 _) r . ·L..- ,__ .._ .. '-- Em objetos simétricos representados em meio corte(Fig. 57-a) ou meia vista (Fig . 57 -b ), a linha de cota deve cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de simetria. Fig. 57-a Fig. 57-b Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de cotas específico para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível, separados (Fig. 58). Fig. 58 Algumas vezes, é necessário cotar uma área ou comprimento limitado de uma superfície, para indicar uma situação especial. Neste caso, a área ou o comprimento e sua localização, são indicados por meio de linha, traço e ponto larga, desenhada adjacente e paralela à face correspondente. Quando esta exigênCia especial se referir a um elemento de revolução, a indicação deve ser mostrada somente num lado (Fig. 59). Fig. 59 Fig. 60 Quando a localização e a extensão da ex1gencia especial necessitar de identificação, deve-se cotar aproximadamente, porém, quando o desenho mostrar claramente a sua extensão, a cotagem não é necessária (Fig. 60). 63 Emprego de Escalas em Desenho Técnico Conforme NBR 8196 Esta norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos. A designação completa de uma escala deve consistir na palavra "ESCALA", seguida da indicação da relação: a) ESCALA 1:1, para escala natural; b) ESCALA X: 1, para escala de ampliação (X>1 ); c) ESCALA 1 :X, para escala de redução (X>1 ). O valor de "X" deve ser conforme a tabela 1 . A palavra "ESCALA" pode ser abreviada na forma "ESC". A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho. Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral. As escalas usadas em desenho técnico são especificadas na tabela 1. A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho. Tabela 1 -Escalas Redução Natural Ampliação 1:2 2:1 1:5 1:1 5:1 1:10 10:1 NOTA - As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 1 O 64 :: '--- ~ ..._ ~ L...- ~ ~ ,_ Indicação do Estado de Superfícies em Desenho Técnico Conforme NBR 8404 Esta norma fixa os símbolos e indicações complementares para identificação do estado de superfície em desenhos técnicos. Símbolo básico O símbolo básico é constituído por duas linhas de comprimento desigual, e inclinadas 60° com relação ao traço que representa a superfície considerada (Fig. 1 ). Este símbolo não significa nada isoladamente. Fig. 1 Quando a remoção de material é exigida, adicionar ao símbolo básico um traço (Fig. 2). Fig. 2 Quando a remoção de material não é permitida, adicionar ao símbolo básico um círculo (Fig. 3). Fig. 3 O símbolo da figura 3 pode também ser utilizado na indicação do estado de um grau de fabricação, para mostrar que uma superfície deve permanecer como foi obtida no estágio precedente de fabricação, independente do fato de que esta superfície tenha sido obtida por remoção de material ou não. Neste caso, o símbolo não deve levar nenhuma das indicações previstas à frente. 65 ,... Se for necessana a indicação de características espec1a1s do estado de superfície, à linha mais comprida do símbolo básico -deve ser acrescentado um traço horizontal na extremidade superior (Fig. 4 ). Fig.4 Indicação de Rugosidade da Superfície , O valor ou os valores definindo a característica principal da rugosidade deve estar colocado sobre os símbolos ~as figuras 1 e 2, como os indicados nas figs. 5 e 6. Um estado de superfície que está indicado: a) Como na figura 5, significa que pode ser obtido por um processo de fabricação qualquer; Fig. 5 b) Como na figura 6, deve ser obtido por remoção de material. Fig. 6 Se somente um valor de rugosidade for indicado, este representa o valor máximo admitido. Se for necessário estabelecer os limites máximos e mínimos da característica principal da rugosidade, estes valores devem ser colocados um sobre o outro, sendo o limite máximo o valor de cima e o limite mínimo o valor de baixo (Fig. 7). I Fig. 7 A característica principal da rugosidade Ra pode ser indicada pelos números de classe de rugosidade correspondente conforme Tabela 1. 66 L.- ,._ ,._ L..- r- ~ T b I 1 C a e a - t . f arac ens 1cas d .d d R e rugos1 a e a Classe de rugosidade Desvio médio aritmético (Ra) um N 12 50 N 11 25 N 10 12,5 N 9 6,3 N 8 3,2 N 7 1,6 N 6 0,8 N 5 0,4 N 4 0,2 N 3 0,1 N 2 0,05 N 1 0,025 Indicação das Características Especiais do Estado da Superfície Pode ser necessário, por razões funcionais, especificar exigências adicionais referentes ao estado de superfície. Se um processo específico de fabricação é exigido para o estado final de superfície, este deve ser indicado em linguagem não abreviada sobre o traço horizontal complementar do símbolo (Fig. 8), FrM<Jdo , Fig. 8 Sobre o traço horizontal devem figurar também indicações relativas ao tratamento ou ao revestimento. Salvo indicação em contrário, o valor numérico da rugosidade se aplica ao estado de superfície após tratamento ou revestimento. Se for necessário indicar o estado das superfícies antes e após o tratamento, isto deve ser indicado por uma nota ou como mostra o exemplo da Fig. 9. Fig. 9 67 Se for necessário indicar o comprimento de amostragem, este deve ser indicado no símbolo como mostra a Fig. 1 O. Fig. 10 Símbolos Para a Direção das Estrias Se for necessário definir a direção das estrias, isto deve ser feito por um símbolo adicional ao símbolo do estado de superfície (Fig. 11 ). Fig. 11 A série de símbolos da Tabela 2 caracteriza as direções das estrias. Indicação de Sobremetal Para Usinagem Se for necessário indicar o valor do sobremetal para usinagem, este deve ser escrito à esquerda do símbolo (Fig. 12). ~ ~ Fig. 12 Este valor deve estar em consonância com o sistema de medidas utilizado para a cotagem do desenho. 68 ) / . / ~ ,._ ..._ L..- ~ .._ -' Disposição das Indicações do Estado de Superfície no Símbolo Cada uma das indicações do estado . de superfície dispõe-se em relação ao símbolo conforme figura 13. b Fig. 13 Onde: a =valor da rugosidade Ra, em Jlm, ou classe de rugosidade N 1 até N 12 b =método de fabricação, tratamento ou revestimento c = comprimento de amostra, em mm d =direção de estrias e = sobremetal para usinagem, em mm f = outros parâmetros de rugosidade (entre parênteses) Indicação nos Des.enhos Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser lidos tanto com o desenho na posição normal, como pelo lado direito (Fig. 14). Fig.14 Se necessário o símbolo pode ser interligado com a superfície por meio de uma linha de indicação (Fig. 15). · Fig. 15 A linha de indicação deve ser provida com uma seta na extremidade junto à superfície. O vértice do símbolo ou da seta deve tocar pelo lado externo, o contorno da peça ou uma linha de extensão como prolongamento do contorno. Tabela 2 - Símbolos Para Direção das Estrias 69 Símbolo = ..L X M c R Notas: Interpretação Perpendicular ao plano de proteção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado Perpendicular ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicadoCruzadas em duas direções oblíquas em relação ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado s/. I i das Muitas direções Aproximadamente central em relação ao ponto médio da superfície ao qual o símbolo é referido Aproximadamente radial em relação ao ponto médio da superfície ao qual o símbolo é referido. a) Se for necessário definir uma direção das estrias que não esteja claramente definida por um destes símbolos, ela deve estar descrita no desenho por uma nota adicional; b) A direção das estrias é a direção predominante das irregularidades da superfície, geralmente resultante do processo de fabricação utilizado. 70 ~ ,.._ ~ '-- r- ~ / Segundo a regra geral de cotagem, o símbolo deve ser indicado uma vez para cada superfície, e se possível sobre a vista que leva a cota ou representa a superfície (Fig. 16). Fig. 16 Quando as indicações requeridas para todas as superfícies de uma peça forem as mesmas, a indicação deve constar: a) Junto à vista da peça (Fig. 17), próximo a legenda do desenho ou no lugar previsto dentro da mesma, para os dados gerais; ou Fig.17 b) Atrás do número da posição da peça (Fig. 18). v Fig.18 71 Quando o mesmo estado de superfície é exigido pela maioria das superfícies de uma peça elas devem ser indicadas como mostrado, com os seguintes acréscimos: a) O estado das outras superfícies entre parênteses (Fig. 19); ou Fig. 19 b) Um símbolo básico segundo figura 1 (entre parênteses) sem outras indicações (Fig. 20). Fig. 20 Símbolos definidos para estados que representam exceção em relação ao estado geral de superfície, devem ser indicados nas respectivas superfícies. A fim de evitar repetições de uma indicação complexa, ou onde o espaço for limitado, uma representação simplificada pode ser usada. Neste caso deverá constar o significado da representação próximo à peça, ou dentro da legenda (Fig. 21 ). Fig. 21 Se um mesmo estado de superfície for exigido para superfícies da peça um dos símbolos segundo figuras 1, 2 e 3, pode ser indicado nestas superfícies, e seu 72 ~ ,.._ ..._ L.- ~ ..._ significado explicado em outro local do desenho, como no exemplo das figuras 22, 23 e 24. Fig. 22 Fig. 23 Fig. 24 Indicações relativas à rugosidade, processos de fabricação ou sobremetal, só devem ser feitas· quando são importantes para a função da peça, e tão somente nas superfícies onde forem necessárias. Proporções e Dimensões dos Símbolos Para harmonizar as dimensões dos símbolos especificados nesta norma com aqueles referentes a outras indicações no desenho (dimensões, tolerâncias, etc.), devem ser observados os itens a seguir. Os símbolos das figuras de 1 a 4 e os símbolos para as direções das estrias, mostradas na tabela 2, devem ser indicados com uma linha de largura igual a 1/1 O da altura (h) das letras e algarismos utilizados na cotagem dos desenhos .em questão. Os algarismos e letras usados para indicações adicionais do estado de superfície nos campos "a1, a2, b, c, (f), e" (Figs 13 e 35), devem ser inscritos com a mesma largura de linha (d), altura (h) e tipo de escrita utilizada para a cotagem dos desenhos em questão. A diferença entre a largura da linha da escrita (d) e a do símbolo (d') pode ser utilizada como forma de distinguir, mais claramente, as duas espécies de inscrição. O espaçamento mínimo entre símbolos e indicações não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga. Recomenda-se que este espaçamento não seja menor do que 0,7 mm. 73 Proporções O símbolo básico e seus complementos devem ser desenhados de acordo com " as figuras 25 a 28. Fig. 25 Fig. 26 Fig. 27 Fig. 28 Os símbolos para indicação da direção das estrias devem ser desenhados como mostram as figuras 29 a 34. 0,2h ., I .. h ... 1 = ~~__[]f X3 { M c~ ~:R l.'·•h. l ~ j I Jd_ .c .. 0,5hl .. ~ .c o N 0,7hl-- 0,7h1 0,6h o Fig. 29 Fig. 30 Fig. 31 Fig. 32 Fig. 33 Fig. 34 A forma dos símbolos das figuras 31 a 34 é a mesma das letras correspondentes. As outras indicações adicionais ao símbolo devem ser colocadas como mostra a figura 35. b c(f) e d Fig. 35 74 L-. ,.._ ...._ ....-- Para o significado das letras de identificação, que mostram a localização das indicações do estado de superfície nos campos "a até f", ver figuras 7 a 13 . Quando somente um valor de rugosidade for indicado, este deve estar situado no campo a2. Todas as alturas das escritas nos campos a1, a2, c (f), e, devem ser iguais a h. Como a escrita no campo pode ser maiúscula, minúscula, ou ambas, a altura neste campo pode ser maior que h, devido à existência de pernas em algumas letras minúsculas, como g, j, p, q, y. A inscrição do valor da rugosidade mostrado no campo a2 deve estar aproximadamente, na mesma direção do campo "c" (comprimento de amostragem). Dimensões A série de tamanhos a ser utilizada para os símbolos e indicações adicionais é dada na Tabela 3. Notas: a) Na figura 25, para d', H1 e H2, ver tabela 3. b) Na figura 28, o comprimento do traço horizontal do símbolo depende das indicações adicionais. c) Na fig. 30 para dimensão d', e na figura 29 para dimensão h, ver tabela 3. Tabela 3 -Série de Tamanhos Para Símbolos Dimensões em mm Altura dos números e letras maiúsculas (h) 3,5 5 7 10 14 20 Largura da linha do símbolo (d') 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 Largura da linha das letras (d) (A) Altura H1 5 l 7 I 10 14 20 28 Altura H2 10 l 14 20 28 40 56 (A) A largura da linha (d) deve estar de acordo com a 1orma escnta utiliZada para a cotagem os aesen 1os em questao, a saber, d = (1/14)h para escrita vertical. ou d = (1/10)h para escrita inclinada. 75 1- ..... Anexo- Quadro Sinótico A.1 Símbolo Sem Indicação Símbolo Significado A.1 .1 v Símbolo básico. Só pode ser usado quando seu significado for complementado por uma indicação A.1.2 v' Caracterização de uma superfície usinada sem maiores detalhes. Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não </ é permitida e indica que a superfície deve permanecer no A.1.3 estado resultante de um processo de fabricação anterior, mesmo se esta tiver sido obtida por usinagem ou outro processo qualquer. A.2 Símbolos com indicação da característica principal da rugosidade, Ra Símbolo A remoção do material é Significado Facultativa Exigida Não permitida to/~ V' q'.q' Superfície com uma rugosidade de A.2.1 ~-V' um valor máximo Ra = 3,2 J..Lm 8,3 Ne Superfície com uma rugosidade de e.3 ,. .., .. ~-9' um valor A.2.2 {+'ou~ :f .. VI Máximo Ra = 6,3 J..Lm e Mínimo Ra = 1,6 J..Lm A.3 símbolos com indicações complementares Estes símbolos podem ser combinados entre si, ou em combinações com os símbolos apropriados, dados em A.2. Símbolo Significado A.3.1 r Processo de fabricação: fresar A.3.2 ..r Comprimento de amostragem = 2,5 mm. A.3.3 ~ Direção das estrias: perpendiculares ao plano de projeção da vista . A.3.4 . ./ Sobremetal para usinagem = 2 mm. A.3.5 Indicação (entre parênteses) de um outro parâmetro de ~) rugosidade diferente deRa por exemplo R1 = 0,4 J..Lm A.4 Símbolos para indicações simplificadas 76 .___; / '--" '--" '--' '--" '-.../ '-' '--" '--' '-' '--" '--" \..._.., '--" '-' '--' '--' .'- '-- '- \._., ~ \..... '- '- '-- \..../ '--" '- '- Símbolo Significado v Uma indicação complementar explica o significado do símbolo A.4.1 Uma indicação complementar explica o significado dos A.4.2 ~V' símbolos Nota: Os valores de rugosidade indicados, o processo de fabricação, o comprimento de amostragem, a direção dasestrias e o processo de usinagem são dados somente como exemplo. 77 Noções de· Tolerância Conforme NBR 6158 Tolerância Tolerância é a variação permitida na medida de uma peça durante sua usinagem. Essa variação é permitida por existir sempre um erro que não se pode evitar, motivado pela imperfeição dos instrumentos de medição, das máquinas e do operador. lntercambialidade Para que não surjam dificuldades durante a montagem de peças é preciso que as mesmas se ajustem perfeitamente bem nos seus lugares, sem retoque; elas precisam, portanto, ser intercambiáveis. lntercambialidade é então a propriedade que as peças produzidas em série ou em cadeia têm de poder ser montadas sem retoque e ser substituídas entre si sem prejuízo do seu funcionamento. Sistema Internacional de Tolerância (Sistema ISO) Esse sistema é constituído de uma série de princípios, regras e tabelas que permite a escolha racional de tolerâncias para a produção econômica de peças mecânicas intercambiáveis. Para tornar mais fácil o entendimento desse sistema, seus principais pontos serão a seguir estudados em detalhes. Tolerância (T) É a variação permitida na dimensão da peça, dada pela diferença entre as dimensões máxima e mínima. A tolerância é um valor absoluto, sem sinal. A unidade de tolerância adotada é o micrometro (milésimo de milímetro). 1- -~ -~ - 1-- - ~:2 :2 o o Dimensão Máxima (D. max.) É o valor máximo permitido na dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite superior de tolerância. Dimensão Mínima (D. min.) É o valor mínimo permitido da dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite inferior da tolerância. Dimensão Efetiva (D. ef.) ..._ Dimensão efetiva ou real é o valor que se obtém medindo a peça. J -' Dimensão Nominal (D. nom.) É apenas uma dimensão de base, pois, a medida efetiva da peça depende da tolerância. É aquela que vem marcada no desenho, isto é, a cota da peça. Afastamento Superior (ES,es) É a diferença entre as dimensões máxima e nominal. Afastamento Inferior (EI,ei) É a diferença entre as dimensões mínima e nominal. Convencionou-se considerar positivos os valores dos afastamentos que se encontram sobre a linha zero e negativos aqueles situados abaixo da mesma. '- :.;( IJ) ~ <( .E; - - - - r-- E E c:::i ci "' ·o ~ c co '"' "õ li; E õ c 1- o ·~ Q) Q) 'O ~ o o. Q) E "' "O ü o a. E co ü ·-1-- - f----~ (J) < f---8 c ~ <( - 1-- -- - E E c o o o Campo de Tolerância 79 E o c c:::i --- ' Conjunto dos valores compreendidos entre os afastamentos superior e inferior. Corresponde também ao intervalo que vai da dimensão máxima à dimensão mínima. O sistema de tolerância ISO prevê a existência de 28 grupos representados por letras do alfabeto latino, sendo as maiúsculas para furos (característica interna de uma peça, incluindo também elementos não cilíndricos) e as minúsculas para eixos (característica externa de uma peça, incluindo também elementos não cilíndricos). FUROS: A - 8 - C-CD-D-E-EF-F-FG-G-H-J-JS-K-M-N-P-R-S-T-U- V - X - Y - Z - ZA - ZB - ZC EIXOS: a - b - c - cd - d - e - ef - f - fg - g - h - j - js - k - m - n - p - r - s - t - u - v - x - y - z - za- zb - zc • õ c ~ . -E .!: o ... ~ o I: Q. :li .. ... o o .. ,.. :i i • • !z ~ • ·c; .. o c: > . -;: E -;; o o ~ Q. :li .. ... o o ~..2 I i !! :1 • Cll :r u A a) Furos (elementos lmerno1) linha zero b) Eixo• (elem~ntoa ntemoa} •' õ c: e o c o 10 • c: • e õ Representação esquemática das posições dos afastamentos fundamentais 80 ' - I '--· '- Grau de Tolerância-padrão- IT (Qualidade de trabalho) Qrupo de tolerância considerado como correspondente ao mesmo nível de precisão para todas as dimensões nominais. Os graus de tolerância-padrão são designados pelas letras IT e por um número, por exemplo IT7. Quando o grau de tolerância é associado a um campo de tolerância para formar uma classe de tolerância, as letras IT são omitidas, por exemplo h 7. Obs.: As letras do símbolo IT significam Internacional Tolerance. O sistema prevê um total de 20 graus de tolerância-padrão, dos quais os graus IT1 a IT18 são de uso geral. Os graus ITO e IT01 não são de uso geral e são dados para fins de informação. Grupos de Dimensões O sistema de tolerância ISO foi estudado para a produção de peças mecânicas intercambiáveis com dimensões compreendidas entre 1 e 3150 mm. Para simplificar o sistema e facilitar a sua utilização prática esses valores foram reunidos basicamente em 21 grupos de dimensões: Grupos de Dimensões em Milímetros até >3 >6 >10 >18 >30 >50 >80 >120 >180 >250 a a a a a a a a a a 3 6 10 18 30 50 80 120 180 250 3f5 >315 >400 >500 >630 >800 >1000 >1250 >1600 >2000 >2500 a a a a a a a a a a 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 Escolha da Qualidade A escolha da qualidade depende do tipo de construção ou da função desempenhada pelas peças. Como regra geral pode-se dizer que: As qualidades de 1 a 5, correspondem à mecânica extra-precisa, é reservada particularmente para calibradores. A qualidade 6, corresponde à mecânica muito precisa. É indicada para eixos das máquinas ferramentas como: fresadoras, retificadoras, etc. A qualidade 7, indica mecânica de precisão. É particularmente prevista para furos que se ajustam com eixos de qualidade 6. A qualidade 8, é de média precisão. Indicada para eixos que se ajustam com qualidade 7. Presta-se também para a execução de peças de máquinas que não exigem muita precisão nos ajustes. 81 A qualidade 9, designa a mecânica corrente. É indicada para execução de certos órgãos de máquinas industriais que se podem ajustar com folgas consideráveis. As qualidades 1 O e 11, indicam mecânica ordinária. As qualidades que vão de 12 a 18 são empregadas em mecânica grosseira. Ajuste Mecânico É o encaixe obtido entre duas peças de forma inversa (macho e fêmea), sem que, entretanto, durante sua usinagem, uma tenha sido verificada com a outra. É a relação resultante da diferença, antes da montagem, entre as dimensões dos dois elementos a serem montados, os dois elementos em um ajuste têm em comum a dimensão nominal. Tipos de Ajustes Os diferentes tipos de ajustes mecânicos dependem da função que a peça vai desempenhar na máquina. Ajuste com folga Ajuste no qual sempre ocorre uma folga entre o furo e o eixo quando montados, isto é, a dimensão mínima do furo é sempre maior ou, em caso extremo, igual à dimensão máxima do eixo. (U · (U E --E .E X •(U E E (U (U C) C') o o LL. LL. 82 'I -./ ~ ,._ .._ ~ L.- Ajuste com interferência Ajuste no qual ocorre uma interferência entre o furo e o eixo quando montados, isto é, a dimensão máxima do furo é sempre menor ou, em caso extremo, igual à dimensão mínima do eixo. Ajuste incerto (U ·u c CCI) .... ~ Cl) -c Ajuste no qual pode ocorrer uma folga ou uma interferência entre o furo e o eixo quando montados, dependendo das dimensões efetivas do furo e do eixo, isto é, os campos de tolerância do furo e do eixo se sobrepõem parcialmente ou totalmente. ro ro ro ro E E E -E X ·x ·x ·x -ro -ro -ro -ro E E E E ro ro -~ 9 ro O) u u c o c o <Q.l lL <Q.l lL '"- '-- Q.) 't: Q.) 't: Q.) Q.) ....... ....... c c Sistemas de ajuste Se na execução de uma máquina houvesse vários furos com a mesma dimensão, nos quais os eixos devessem, alguns girar, outros deslizar e outros ficar presos, todos os furos poderiam ser executados dentro da mesma tolerância, dando-se, entretanto para os eixos tolerâncias diferentes de
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