Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Conceito: É estabelecida no art. 722 do Novo Código Civil: "Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada à outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas". O parágrafo único do art. 2.035, no entanto, ressalva que: "Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos". Os requisitos de validade essenciais ao contrato de corretagem seguem a disciplina geral de qualquer negócio jurídico, para o qual é necessário: "agente capaz; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; e forma prescrita ou não defesa em lei", nos termos do art. 104, incisos I a III, do Novo Código Civil. Bilateral; Gera obrigações para ambos os contratantes. Acessório; Sua própria existência aponta no sentido da celebração de um outro contrato, a ser firmado posteriormente pelo comitente e pelo terceiro interessado. Oneroso; Tanto corretor (que é remunerado) como comitente (que encontra no terceiro interessado a possibilidade concreta de realização do negócio jurídico). Aleatório; Dependera de acontecimento falível para que essa remuneração seja exigível, pois o corretor corre os riscos de nada receber, nem obter o reembolso das despesas. Consensual: Se forma pelo simples acordo de vontades das partes, ou seja, o simples consenso das partes (comitente e corretor), sem a necessidade de qualquer formalização exigida por lei. "O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer, prestando ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento dos negócios...". O comitente refere-se à pessoa que encarrega uma outra de comprar, vender ou praticar qualquer ato, sob suas ordens e por sua conta, mediante certa remuneração a que se dá o nome de comissão. 4. Número: 25329 Tribunal: Tribunal de Alçada do RS Seção: CIVEL Tipo de Processo: Apelação Cível Órgão Julgador: Primeira Câmara Cível Decisão: Acórdão Relator: Cacildo de Andrade Xavier Comarca de Origem: CAXIAS DO SUL Ementa: PROMESSA DE COMPRA E VENDA. CORRETAGEM. MEDIACAO. E DEVIDA A COMISSAO DE CORRETAGEM NA FORMA CONTRATADA, QUANDO O NEGOCIO INTERMEDIADO PELA CORRETORA CHEGOU A SER FECHADO, COM A ASSINATURA ENTRE O PROMITENTE VENDEDOR DO IMOVEL E O PROMITENTE COMPRADOR, DE UM CONTRATO PARTICULAR DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA, FIRMANDO O VINCULO JURIS DO NEGOCIO ENTRE OS CONTRATANTES. POSTERIOR ARREPENDIMENTO DO PROMITENTE VENDEDOR NAO O EXIME DO DEVER DE PAGAR A COMISSAO AVENCADA POR ESCRITO. O CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMOVEL, MESMO SEM A ASSINATURA DA ESPOSA DO PROMITENTE VENDEDOR PRODUZ UMA RELACAO JURIDICA DE CUNHO PESSOAL ENTRE OS FIRMATARIOS DO MESMO, OPONIVEL AO PROMITENTE VENDEDOR PELO PROMITENTE COMPRADOR. O APELADO TINHA O ONUS DE PROVAR O ALEGADO VICIO DE CONSENTIMENTO RELATIVAMENTE AO CONTRATO QUE FIRMOU, E NAO PROVOU. SENTENCA REFORMADA, COM A PROCEDENCIA DA ACAO. (Apelação Cível Nº 25329, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Alçada do RS, Relator: Cacildo de Andrade Xavier, Julgado em 13/08/1981) Assunto: PROMESSA DE COMPRA E VENDA. ARREPENDIMENTO. COMISSAO DE CORRETAGEM. EXIGIBILIDADE. Jurisprudência: RJTJRGS V-47 P-352, V-34 P-383, V-73 P-621, V-62 P-424, V-78 P-444 Data de Julgamento: 13/08/1981 CONCLUSÃO Aproximar interessados e concluir negócios; Informar quais as condições de sua celebração; Assume o risco de perdas e danos; Recebe remuneração; Não exige formalidade legal; Artigos 725 e 728, regulam o direito a comissão.
Compartilhar