Buscar

meio ambiente e piscologia ambiental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

�
�
O QUE É MEIO AMBIENTE?
Em um contexto biológico, o entendimento do que seja meio ambiente tem sofrido algumas reformulações recentes. A idéia que se pretende assumir é a de que assim como não pode haver organismo biológico sem ambiente, não pode haver ambiente sem organismo. Segundo esse ponto de vista, um ambiente é algo que envolve ou cerca, mas, para que haja envolvimento, é preciso que exista algo no centro para ser envolvido. Dessa forma, deslizamentos de gelo, depósitos de cinza vulcânica e fontes de água não são ambientes. São condições físicas a partir das quais ambientes podem ser criados por seres vivos.
Assim sendo, você, enquanto representante de uma espécie biológica que se relaciona de diversas formas em locais diferentes, está sujeito a uma grande variabilidade de ambientes. Isso significa que, no momento em que lê este texto (sentado em seu quarto, no escritório, na faculdade), você está inserido em um meio ambiente específico.
Como se pode perceber, as características de um meio ambiente são dependentes do organismo ou conjunto de organismos que se leva em consideração. Portanto, há diferentes maneiras de se pensar o ambiente, mas nos limitaremos aqui a estudar alguns aspectos do meio ambiente natural e do meio ambiente humano.
MEIO AMBIENTE NATURAL
Se examinarmos de perto a vida de qualquer organismo, veremos que ela nunca ocorre isoladamente. Além do meio físico e dos componentes químicos que lhe são indispensáveis para crescer e multiplicar-se, há também a necessidade de um número variável de outras espécies com as quais esse organismo mantém relações diretas ou indiretas, mas sempre obrigatórias. A esse conjunto de elementos e fatores físicos, químicos e biológicos necessários à sobrevivência de cada espécie, denominamos meio ambiente natural.
Em cada ambiente, as relações de dependência das espécies entre si e com os recursos do meio são complexas. Na natureza, essas relações ocorrem em ecossistemas tais como a Floresta Amazônica, o Pantanal ou a Mata Atlântica, lembrando que ecossistemas são conjuntos de seres vivos interagindo entre si e com os elementos físicos e químicos ambientais. Nesses ecossistemas, a fonte de energia externa provém da luz solar, a qual é captada pelas plantas para a realização da fotossíntese. As plantas, por meio do processo fotossintético, fabricam moléculas orgânicas ricas em energia, bem como o oxigênio que se desprende para a atmosfera. As plantas são, portanto, peças-chave nos ecossistemas, fornecendo recursos para a respiração e sustento energético dos demais seres vivos. 
	A partir daí, desenvolve-se toda uma cadeia alimentar, constituída basicamente por: animais herbívoros (gafanhotos, vacas, cabras, etc.), que se alimentam da matéria orgânica produzida pelos vegetais para construir o próprio corpo e obter energia para sua locomoção e outras atividades; e animais predadores ou carnívoros, que se alimentam dos herbívoros e também utilizam matéria orgânica para o próprio crescimento como fonte de energia para o funcionamento do organismo. Os decompositores são microorganismos (bactérias e fungos) que irão consumir os organismos mortos e outros dejetos orgânicos como fonte de matéria e energia, e irão fazer a importante 
reposição de substâncias ao meio circundante, que serão reaproveitadas pelas plantas, finalizando um ciclo de aproveitamento de recursos ambientais. As cadeias alimentares não ocorrem isoladamente na natureza, de modo que os elementos de uma cadeia podem fazer parte de outras cadeias, formando uma rede de interação conhecida como teia alimentar.
Os elementos vivos de um ecossistema são chamados de fatores bióticos. Mas, nem tudo em um ecossistema é ser vivo. Há também os elementos não-vivos, conhecidos como fatores abióticos, em constante interação com os organismos. A luminosidade como fonte de energia para as plantas e de calor para todos os seres vivos, a disponibilidade de água sob forma de chuva, umidade ou corpos d'água, os gases atmosféricos (especialmente O2 e CO2) e os componentes químicos do solo ou água fazem parte dos fatores abióticos dos quais os seres vivos dependem para sua sobrevivência.
O homem, como ser vivo, também está inserido em ecossistemas e depende de fatores bióticos e abióticos do ambiente para sobreviver. Porém, ao contrário de outros organismos, o homem desenvolveu habilidades que o permitem manipular recursos do ambiente em benefício próprio. O desenvolvimento de diversas tecnologias pelo homem sempre teve como objetivo dominar a natureza e se libertar da estreita dependência que obriga todas as demais espécies de seres vivos a viver somente onde o clima lhes seja mais favorável, onde existam vegetais ou animais que lhes sirvam de alimento, ou onde haja local para abrigo, construção de ninhos e outras condições essenciais à sua vida. Pode-se dizer que o homem é a única espécie que conseguiu se libertar quase completamente desse jugo.
O grande problema da civilização moderna, industrial e tecnológica é talvez o de não ter percebido que ela ainda depende da natureza, ao menos em termos globais; que sua libertação ainda não é total e que, provavelmente, nunca será; que não é possível produzir artificialmente todo o oxigênio necessário à manutenção da composição atual da atmosfera nem toda a matéria orgânica necessária a seu próprio consumo; que não é possível manter, sem a participação da massa vegetal constituída pelas florestas, savanas e outros sistemas, os ciclos naturais da água de modo a garantir a estabilidade do clima, a constância e a distribuição normal das chuvas e a amenidade da temperatura.
Assim, o homem depende da existência de florestas e outras formações vegetais, e estas dependem da presença de animais e microorganismos que participam de seus processos de reprodução, como os insetos polinizadores, ou os pássaros, roedores e morcegos que disseminam e até enterram suas sementes, ou que promovem a reciclagem de nutrientes. Por sua vez, esses insetos, pássaros e roedores dependem de predadores como aranhas, serpentes e animais carnívoros para manterem suas populações estáveis. Em resumo, o homem, quer queira quer não, depende da existência de uma natureza rica, complexa e equilibrada em torno de si.
Pelo fato de promoverem impactos ambientais em larga escala, os humanos, com seus dejetos industriais, fumaças de escapamentos, aerossóis destruidores de ozônio, taxas demográficas exorbitantes, desmatamentos e queimadas desnecessárias, estão acelerando o processo catastrófico de destruição do meio ambiente natural do planeta. Em curto prazo, esses subprodutos da tecnologia acabam por desvirtuar o objetivo primário da melhoria na qualidade de vida humana. Em outras palavras, o descaso não ocorre somente em relação ao meio ambiente natural, ele também acomete o meio ambiente humano artificial, criado pelo próprio homem.
MEIO AMBIENTE HUMANO
	Segundo a Declaração da Conferência das Nações Unidas para o Ambiente Humano, ocorrida de 05 a 16 de junho de 1976 em Estocolmo, na Suécia, o meio ambiente humano engloba dois aspectos, o natural e o elaborado pelo homem. O ambiente natural a que o homem se submete, foi descrito brevemente na seção anterior. Iremos fazer referência, agora, ao ambiente criado pelo homem, o qual tem sido classificado de formas diferentes por diversos autores, mas de um modo geral pode ser subdividido conforme as três categorias que serão descritas a seguir.
MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL OU CONSTRUÍDO
	O meio ambiente construído, ou artificial, corresponde àquele produzido pela ação do homem ao transformar a natureza, representado basicamente pelas cidades. Há cidades que nos parecem limpas, arborizadas, bonitas, pois tiveram seu crescimento planejado, e outras, que ao crescerem desordenadamente, levam-nos a pensar que seus prédios se acotovelam por uma beira na calçada. A ocupação planejada do solo urbano, que determina as limitações ao direito de construir, informa como a cidade irá crescer e para onde, comofluirá o trânsito, e onde estarão localizadas as áreas verdes para o lazer tão necessário a seus habitantes. Um meio ambiente construído sadio contribui para o bem estar da população que ali vive; por outro lado, um meio ambiente artificial hostil gera não apenas sensação de angústia em seus habitantes como também termina por levar ao abandono e descaso e, não raras vezes, à agressão para com o espaço público. 
MEIO AMBIENTE CULTURAL
O patrimônio cultural de um povo constitui-se em seu meio ambiente cultural e este conceito engloba, segundo definição da própria Constituição da República Federativa do Brasil, o que faz “referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais, e também os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” A preservação e valorização da cultura de um povo, implica, em última instância, na preservação e valorização deste próprio povo.
A evolução cultural não é fruto de transformações naturais. Ela pode ser adaptativa, isto é, realizada para adaptar o homem a diferentes condições de clima e outros fatores ambientais (por exemplo, o uso de vestuários, de abrigos contra intempéries, etc.), mas é antes o produto de uma atividade imaginativa, que só o homem possui e que constitui a base da tecnologia.
MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
	Essa expressão se refere ao local onde as pessoas exercem suas atividades laborais. O meio ambiente do trabalho envolve as instalações físicas do local (ventilação, iluminação natural ou artificial, ruídos, móveis, maquinário etc.) que devem oferecer um ambiente saudável para a prestação do serviço, bem como deve ser minimizada a possibilidade de contato com qualquer agente químico ou biológico que traga riscos à saúde do trabalhador. Um meio ambiente de trabalho sadio proporciona a manutenção da saúde do trabalhador; por sua vez, um meio ambiente de trabalho agressivo leva ao surgimento de doenças profissionais e, conseqüentemente, perda da capacidade de trabalho. 
PSICOLOGIA AMBIENTAL
A Psicologia Ambiental estuda a pessoa em seu contexto, tendo como tema central as inter-relações entre a pessoa e o meio ambiente físico e social. Os primeiros livros desse ramo da psicologia são relativamente recentes, e foram publicados nos Estados Unidos, na década de 70. 
As dimensões sociais e culturais estão sempre presentes na definição dos ambientes, mediando a percepção, a avaliação e as atitudes do indivíduo frente ao ambiente. Cada pessoa percebe, avalia e tem atitudes individuais em relação ao seu ambiente físico e social. Por outro lado, os efeitos desse ambiente físico particular sobre as condutas humanas também são estudados. Então, estamos estudando uma reciprocidade entre pessoa e ambiente. Essa inter-relação é dinâmica, tanto nos ambientes naturais quanto nos construídos. Ela é dinâmica porque os indivíduos agem sobre o ambiente (por exemplo, construindo-o), mas esse ambiente, por seu turno, modifica e influencia as condutas humanas. Logo, não estamos estudando nem o indivíduo per se, nem o ambiente per se. 
É fato bastante conhecido que determinadas especificidades ambientais tornam possíveis algumas condutas, enquanto inviabilizam outras. A Psicologia Ambiental se preocupa em caracterizar as incidências específicas de certos micro e macro-ambientes sobre o indivíduo. Ou seja, como, por exemplo, a casa de uma pessoa é capaz de influenciar a sua percepção, avaliação, atitudes e satisfazer suas necessidades. Mas também se interessa em coisas muito mais amplas, como uma cidade, por exemplo. Como ela influencia o comportamento e o cotidiano do indivíduo? De que forma o indivíduo reage às condições constringentes do ambiente, como, por exemplo, o estresse? Pois o estresse é uma palavra-chave na relação que o indivíduo tem com essa entidade ambiental, a grande cidade. Os problemas das grandes cidades (transporte, moradia, alta densidade demográfica, ruído, poluição) têm uma influência sobre o indivíduo e essa influência depende de como ele percebe e avalia os diferentes aspectos estressantes decorrentes do fato de viver nessa cidade. 
Ao passar a viver numa grande cidade por necessidade de estudo ou emprego, temos uma certa expectativa em relação a ela. Ao sairmos do interior para viver em Natal, por exemplo, ou sair de Natal para morar em São Paulo, teremos uma idéia de como vai ser a vida ali, os problemas de transporte que iremos enfrentar, ou a insegurança que existe ali. Esse ambiente vai ter uma influência sobre o nosso comportamento. Será preciso decidir, por exemplo, não sair mais à noite por medo (ainda que, talvez, não precisássemos ter medo), o que causará um certo estresse, resultante da interação entre o indivíduo e o seu contexto físico. Não é o contexto físico isoladamente que causa o estresse. Não é o telefone celular, por exemplo, que provoca o estresse, mas, sim, a relação que a pessoa tem com ele. Então, essas são as coisas que interessam à Psicologia Ambiental e é isto que faz com que ela seja cada vez mais importante para resolver problemas. 
A Psicologia Ambiental trata também de certas temáticas bem específicas, que podem nos ajudar a entender por que se fala em Psicologia Ambiental e não só em "enxergar" o ambiente, como fazem outros ramos da Psicologia. Por exemplo, uma temática que é bem importante em Psicologia Ambiental é o espaço físico. Este é um termo que tem sido amplamente esquecido pela Psicologia, seja na Psicologia Geral, Social, do Desenvolvimento ou outras. Não se falava de espaço, mas é óbvio que nos comportamos diferentemente dependendo do espaço em que estamos. Se estivermos num espaço restringido, pequeno, atuaremos de maneira diferente de nosso modo de agir em um espaço amplo. A avaliação e percepção que temos desse espaço também vão influenciar na nossa maneira de atuar; interagimos diferentemente dependendo do local. Então, o espaço é um conceito importante. 
Como o que se estuda em Psicologia Ambiental são fenômenos bem complexos, não só se usam métodos e técnicas bem conhecidas da Psicologia, particularmente da Psicologia Social, como também são criadas metodologias próprias da Psicologia Ambiental. O exemplo mais conhecido é certamente o método de Barker, que descreve o funcionamento de um sistema, não somente de um ponto de vista físico, mas considerando também as pessoas que ali estão. Segundo esse método, espaço físico não representa nada se não tem gente dentro. Mas deve haver um certo número de pessoas para que o sistema possa funcionar adequadamente, cada um organizadamente exercendo a sua função; com gente demais ou sem ninguém não funciona. Então, o método descreve espaço físico de uma forma totalmente dependente de seu modo de ocupação.
Outro conceito também importante e específico da Psicologia Ambiental é a dimensão temporal, que se entende ao mesmo tempo como projeção no futuro e referência ao passado, à história. Fala-se um pouco na Psicologia do Desenvolvimento, mas a relação do indivíduo com o tempo é o que mais importa para a Psicologia Ambiental. O indivíduo tem uma noção de tempo que está relacionada com a duração de sua vida, que é muito dependente do seu ciclo de vida. Em Psicologia Ambiental a noção de história é importante. Não se deve esquecer que é através da história residencial que o indivíduo constrói uma identidade residencial, que vai influenciar a sua percepção e avaliação da residência atual. 
Essa questão de tempo (e de considerar o tempo) também faz parte de outro tema específico da Psicologia Ambiental, que é o problema da adoção de comportamentos pró-ambientais. Ou seja, fazer com que o indivíduo respeite o meio ambiente e que adote comportamentos tais como a restrição do uso de água,a triagem de lixo, entre outros. Muitas vezes, nessas situações o indivíduo tenta atuar de maneira individualista e não pensa na comunidade. Ademais, os problemas que podem surgir quando o indivíduo não atua de modo a preservar o ambiente trazem conseqüências não para a nossa geração, mas para a de nossos filhos ou netos. Esta questão ambiental também é abordada por outras áreas da Psicologia, como a Psicologia Social, porém essa abordagem centraliza o foco sobre as mudanças de comportamento, o que implica em efeitos de curto prazo. Não é muito difícil modificar o comportamento dos indivíduos, fazer com que eles adotem comportamentos pró-ambientais, que joguem o lixo no lixo. Mas, observe-os três meses depois, ou seis meses depois. Aqueles comportamentos terão voltado a ser o que eram antes; eles não duram muito tempo. Então, este é também um problema temporal e a Psicologia Ambiental tem se preocupado com essa dimensão.
Os psicólogos ambientais são, em grande parte, provenientes da Psicologia Social, mas alguns também vêm da Psicologia Geral, da Psicologia do Desenvolvimento e também da Psicopatologia, que também se preocupa cada vez mais com a relação entre saúde e ambiente. Não é por acaso que certos doentes se encontram em certos lugares e não em outros, da mesma forma que algumas doenças se encontram em determinados lugares e não em outros. O descontentamento do indivíduo com o seu ambiente pode facilitar a emergência de certas doenças, sejam mentais ou físicas. 
A Psicologia Ambiental é muitas vezes multidisciplinar, pois a complexidade dos problemas ambientais costuma exigir uma abordagem a partir de diferentes pontos de vista, necessitando da colaboração de outras disciplinas, principalmente da Geografia Humana, já que esta tem como ponto de partida o espaço. Também pelo fato de que a Geografia Humana leva muito em conta o tempo. Outras áreas conexas são o Urbanismo e a Arquitetura. Esta última, vista de modo simplificado, trata do micro-ambiente da residência, que é uma das coisas mais importantes para o indivíduo (seu apartamento, seu lugar, seu espaço de referência). É nesse espaço que o indivíduo irá se desenvolver, criar uma família, ter filhos, tornando-o bastante importante para sua vida. A Psicologia Ambiental também dialoga com o Urbanismo, que trata de um macro-ambiente construído, que é a cidade. Os urbanistas são responsáveis por seu planejamento, o que justifica uma parceria com os psicólogos ambientais no sentido de evitar desconfortos aos cidadãos. 
Essa abordagem em termos de micro e macro-ambientes revela uma preocupação em trabalhar um problema a partir de abordagens de níveis diferentes. Quando queremos saber qual o efeito da grande cidade sobre o indivíduo, temos de ver primeiro como se dá sua satisfação residencial com sua moradia, seja apartamento ou casa. Em seguida, conhecer sua satisfação com a vizinhança, depois com o bairro e, aí sim, com a cidade. São relações que o cidadão tem com sua residência, sua vizinhança, seu bairro e sua cidade, que vão ser analisadas em diferentes etapas, segundo múltiplas abordagens. 
	O ambiente de trabalho também é de interesse dos psicólogos ambientais. Altas demandas e exigências do dia a dia de trabalho, pouca margem de controle e autonomia, necessidade de tomada de decisão frente aos contratempos, excesso de responsabilidade, necessidades de treinamento, problemas de planejamento, além do ambiente físico no trabalho são alguns dos aspectos geralmente considerados responsáveis por vários problemas entre os empregados. Assim, quanto mais adequado for o ambiente de trabalho em seus aspectos físico e social, mais eficiente será a produtividade.
O ambiente também deve ser muito considerado no que se refere à educação, onde o espaço é um elemento básico e constitutivo da aprendizagem. Diversos teóricos estudaram o processo de desenvolvimento e atribuíram importância à interação de fatores cognitivos-afetivos, relacionais e sociais para o pleno desenvolvimento do indivíduo. A interação desses fatores ocorre em dimensões físicas e temporais que exercem papéis fundamentais para o desenvolvimento de todas as potencialidades das pessoas que nele convivem.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes