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FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – FAFICH
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE GOIATUBA – FESG
CURSO DE AGRONOMIA
BRUNO RODRIGUES GONÇALVES BORGES
A INFLUÊNCIA DA TORTA DE FILTRO COMO ADUBAÇÃO ORGÂNICA NA CULTURA DA ALFACE AMERICANA
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Graduação em Agronomia, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo, orientado pela Profa. M.Sc. 
Goiatuba - GO
2015
BRUNO RODRIGUES GONÇALVES BORGES
A INFLUÊNCIA DA TORTA DE FILTRO COMO ADUBAÇÃO ORGÂNICA NA CULTURA DA ALFACE AMERICANA
Projeto de monografia (TCC), apresentada ao Curso de Agronomia, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba, Goiás, como requisito parcial para obtenção do título em Engenharia Agronômica, orientado pelo Prof.º Silvio Luís de Carvalho.
Goiatuba - GO
2015
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................
	
	2 OBJETIVOS................................................................................................................
	
	2.1 OBJETIVO GERAL...................................................................................................
	
	2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.....................................................................................
	
	
	
	3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................
	
	3.1 A CULTURA DA ALFACE......................................................................................
	
	3.1.1 Classificação Botânica e cultivares de alface.......................................................
	
	3.1.2 Grupos....................................................................................................................
	
	3.1.2.1 Repolhuda lisa......................................................................................................
	
	3.1.2.2 Repolhuda crespa ou americana............................................................................
	
	3.1.2.3 Solta lisa...............................................................................................................
	
	3.1.2.4 Solta crespa...........................................................................................................
	
	3.1.2.5 Tipo romana..........................................................................................................
	
	3.1.3 Sistema de produção..............................................................................................
	
	3.1.4 Adubação mineral.................................................................................................
	
	3.1.5 Sistema orgânico....................................................................................................
	
	
	
	4 HIPÓTESE..................................................................................................................
	
	5 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................
	
	6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO..........................................................................
	
	7 ORÇAMENTO............................................................................................................
	
	REFERÊNCIAS.............................................................................................................
	
1 INTRODUÇÃO
A olericultura é uma das atividades agrícolas, que supre as necessidades de pequenas propriedades, pois ela traz boa rentabilidade e é fonte de mão de obra para a região onde se instala (DINIZ et al., 2006). Sendo a alface (Lactuca sativa L.) uma das hortaliças folhosas mais cultivadas e consumidas no mercado nacional, possui uma grande área de produção no território brasileiro com aproximadamente 35 mil hectares (SALA et al., 2008). É originaria de clima ameno e pertencente à família Asteraceae. Destaca-se ainda como fonte de algumas vitaminas como a vitamina A e C e minerais como ferro e o fósforo e é de baixo valor calórico (FILGUEIRA, 2003).
Devido ao crescente aumento da procura por essa hortaliça, faz-se necessário o aumento na quantidade e qualidade do produto. Porém, a qualidade final de um produto agrícola é resultado de diversos fatores, como por exemplo o manejo nutricional (BERNARDI et al., 2005). Por isso se faz necessário a busca por novas alternativas sustentáveis, que substituam em sua totalidade ou parcialidade os produtos químicos, principalmente os adubos químicos (PIMENTEL et al., 2009).
Segundo Araújo et al., (2010) grande parte do cultivo de hortaliças folhosas está ligado a pequenas propriedades, como é o caso da agricultura familiar. Que tem em seu âmbito buscar técnicas que os auxiliem a diminuir o custo de produção e que melhorem as características do solo tanto quimicamente como fisicamente, e ainda proporcionem alimentos seguros e de qualidade (SILVA et al, 2010).
Sendo uma das alternativas de adubação a utilização da torta de filtro, que é um subproduto das indústrias canavieiras, proveniente da purificação do caldo sulfitado e de baixo custo (CASARIN et al., 1989). Sua utilização é altamente viável, principalmente para regiões próximas a industrias, onde o custo com transporte e menor. As vantagens encontradas na incorporação da trota de filtro como adubo orgânico são inúmeras como a presença de micronutrientes na matéria orgânica, minerais menos propensos a lixiviação, aumento da capacidade de troca de cátions no solo, aumentando a capacidade de retenção e água (PENATTI et al., 1991).
A torta de filtro pode ser indicada para solo arenosos devido sua capacidade de melhorar estruturalmente o solo e beneficiar sua fertilidade e potencial produtivo, evitando a poluição e acumulado nos pátios próximo as usinas (MALAVOLTA et al., 2002).
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar a influência da torta de filtro como adubo orgânico no cultivo da alface tipo americana.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar diferentes doses de torta de filtro no cultivo da alface americana;
Ressaltar os benefícios da torta de filtro como adubo orgânico;
Comparar a utilização da torta de filtro com o adubo químico recomendado.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 A CULTURA DA ALFACE
A alface (Lactuca sativa L.) é considerada a mais importante hortaliça folhosa, sendo consumida pela maioria dos brasileiros (GOTO et al., 2002), sendo o componente básico de saladas, tanto em nível doméstico quanto comercial, é a sexta hortaliça em importância econômica e a oitava em termos de volume produzido, e a sua forma predominante de comercialização é in natura (SOARES; CANTOS, 2006).
Todavia, devido a diversas mudanças de hábitos e estilo de vida, observados sobretudo, nas grandes regiões metropolitanas de cidades brasileiras, formas mais convenientes de consumo têm sido cada vez mais procuradas (MORETTI; MATTOS, 2006), tendo uma tendência de comercialização na forma minimamente processada.
Em algumas centrais de distribuição, o conjunto das espécies de alface representa quase 50 % de todas as folhosas que são comercializadas e, dentre essas, a crespa corresponde a quase 40 % do total (MORETTI; MATTOS, 2006).
O consumo de hortaliças, como a alface, é amplamente recomendado, pois este alimento fornecem inúmeros benefícios ao organismo como, por exemplo o desenvolvimento e regulação orgânica do corpo, devido ao seu elevado teor de vitaminas e minerais (MARTINS et al., 2008).
Cada vez mais a população está consciente da relação entre dieta equilibrada e prevenção de doenças, procurando por alimentos frescos e saudáveis, se possível de origem orgânica, por se tratar de alimentos livres de produtos químicos (MARTINS et al., 2008).
3.1.1 Classificação Botânicae cultivares de alface
A alface (Lactuca sativa L.) pertence à família Asteraceae tendo como centro de origem a Ásia, é uma planta herbácea, com caule diminuto, ao qual prende as folhas. Estas são amplas e crescem em roseta, em volta do caule podendo ser lisas ou crespas, formando ou não uma “cabeça”, coloração em vários tons de verde a roxa, conforme a cultivar. Apresenta sistema radicular ramificado e superficial, explorando com mais eficiência os primeiros 25 cm de solo, a raiz pode atingir 60 cm de profundidade em semeadura direta (FILGUEIRA, 2003).
Segundo Henz (2009), nos últimos anos, o consumidor brasileiro tem tido mais acesso a informação e por isto tem demandado por produtos mais diversificados. No Brasil, as alfaces mais conhecidas e consumidas são as crespas e as lisas, algumas das quais foram melhoradas para o cultivo de verão ou adaptadas para regiões tropicais, com temperaturas e pluviosidade elevadas, mas nos últimos anos também apareceram cultivares roxas e com folhas frisadas.
A definição dos tipos de alface é importante porque a diversidade nas características morfológicas e fisiológicas entre os grupos determina grandes diferenças na conservação pós colheita e consequentemente, nos aspectos de manejo (HENZ, 2009).
As cultivares nacionais por outro lado, têm sido produzidas principalmente por instituições de ensino e de pesquisa, em associação de empresas de sementes, para ofertar aos produtores cultivares mais adaptadas ao clima tropical, condições essas que abrangem grande parte do território brasileiro, incluindo genótipos com tolerância ou resistentes a doenças (SALA, 2008).
As cultivares de alface atualmente disponíveis no mercado brasileiro de sementes podem ser agrupadas em cinco grupos de acordo com sua morfologia, com base na formação de cabeça e tipo de folha (HENZ, 2009).
3.1.2 Grupos
3.1.2.1 Repolhuda Lisa
Apresenta folhas lisa, delicadas e macias, com nervuras pouco salientes com aspecto oleoso (“manteiga”), formando uma cabeça típica e compacta. Cultivares: ‘Áurea’, ‘Aurélia’, ‘Aurora’, ‘Brasil 202’, ‘Brasil 303’, etc.
3.1.2.2 Repolhuda Crespa ou Americana
Folhas crespas, consistentes e crocantes, cabeça grande e bem compacta. Cultivares: ‘América Delicia’, ‘Grandes Lagos’, ‘Crespa Repolhuda’, ‘Tainá’, etc.
3.1.2.3 Solta Lisa
Folhas lisas e soltas, relativamente delicadas, sem formação de cabeça compacta. Cultivares: ‘Babá’, ‘Regina’, ‘Regina de Verão’, ‘Vitoria de Verão’, etc.
3.1.2.4 Solta Crespa
Folhas grandes e crespas, textura macia, mas consistentes, sem formação de cabeça, pode ter coloração verde ou roxa. Cultivares: ‘Brisa’, ‘Elba’, ‘Grand Rapids’, ‘Simpson’, ‘Vanessa’, ‘Verônica’, ‘Vera (AF-470)’, etc.
3.1.2.5 Tipo Romana
Folhas tipicamente alongadas, duras, com nervuras claras, com uma cabeça fofa e alongada na forma de cone. Cultivares: ‘Branca de Paris’, ‘Ideal Cos’, ‘Romana Balão’.
3.1.3 Sistema de produção
Atualmente, existem pelo menos quatro sistemas produtivos de alface no Brasil: o cultivo convencional e o cultivo orgânico em campo aberto; o cultivo protegido no sistema hidropônico e no solo (FILGUEIRA, 2005; RESENDE et al., 2007).
O cultivo de alface a campo no sistema tradicional é o mais importante em termos de área e de produção, concentrando-se geralmente perto de grandes centros urbanos.
O cultivo protegido de hortaliças pode ser feito em casas de vegetação ou em telados, de acordo com o tipo de exploração agrícola e, principalmente, condições climáticas prevalecente na região.
O cultivo hidropônico de alface que teve um crescimento considerável no ultimo dez anos (FURLANI, 1995). Em geral e feito em casas de vegetação usando basicamente os canos de PVC com pequenos orifícios por onde vai circular uma solução nutritiva.
O cultivo orgânico a campo deve seguir preceitos básicos de uso de adubação orgânica, como compostos e adubos verdes, e manejo de doenças, insetos, artrópodes e plantas espontâneas de acordo com as normas preconizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou de certificadoras (RESENDE et al., 2007). O acompanhamento da produção pelas certificadoras são de suma importância para garantir a origem e a qualidade dos produtos orgânicos, inclusive com um selo e rastreabilidade (HENZ, 2009).
3.1.4 Adubação mineral 
Adubação mineral para fosforo e potássio dependerá do nível de fertilidade do solo: o fosforo pode variar de 50 até 350 kg/ha; o potássio de 50 a 100 kg/ha. Com relação ao nitrogênio, de modo geral, recomenda-se 50 kg/ha. Os micronutrientes, principalmente o boro e o zinco, ficam na dependência do histórico da área e da exigência da planta. (SEBRAE, 2011).
Para solos de baixa fertilidade em geral, recomenda-se 250 kg/ha de sulfato de amônia, 1500 kg/ha de super fosfato simples e 150 Kg/ha de cloreto de potássio ou 2000 kg do fertilizante mineral 4-14-8, utilizando também 30 kg/ha de bórax e 30 kg/ha de sulfato de zinco (SEBRAE, 2011).
3.1.5 Sistema orgânico
Alimentos orgânicos são produtos de origem vegetal ou animal que estão livres de agrotóxicos ou qualquer outro tipo de produtos químicos, pois estes são substituídos por práticas culturais que buscam estabelecer o equilíbrio ecológico do sistema agrícola, sendo assim o cultivo dos alimentos orgânicos beneficia não só a esfera ambiental, como também a social e econômica principalmente de pequenas propriedades como e o caso da agricultura familiar (MAPA, 2007).
Os primeiros estudos sobre cultivos orgânicos ocorreram na Índia na década de 1920 com Albert Howard que desenvolveu pesquisas que ressaltavam a importância da matéria orgânica para a manutenção da fertilidade e da vida do solo, consequentemente para as culturas (RESENDE, 2007).
No Brasil, o cultivo orgânico ganhou força e apoio da mídia nos últimos anos, conquistando a confiança dos consumidores preocupados com hábitos saudáveis e preservação ao meio ambiente. No Brasil estima-se cerca de 800 mil hectares com cerca de 15.000 produtores ocupados com a agropecuária orgânica. A agricultura orgânica concentra-se nas regiões Sul (55 %), Sudeste (37 %) e Centro-Oeste (6 %) (MAPA, 2007).
A estimativa do custo de produção da alface orgânica foi de R$ 6.023,84 por hectare, sendo que o custo por unidade foi de R$ 2,41, considerando-se uma produtividade de 12.500 kg/ha. Já no sistema convencional, este valor ficou em torno de R$ 6.766,04 por hectare e R$ 2,26 por unidade para uma produtividade estimada em 15.000 kg/ha. Há também de considerar-se que, além do custo de produção por área ser inferior, o produto orgânico tem uma valorização média em torno de 20 % em relação ao cultivo convencional (EMATER-DF, 2007).
A alface responde muito bem a adubação orgânica especialmente em solos de baixa fertilidade e/ou compactados. A utilização da adubação orgânica no cultivo do alface tem se mostrado um fator determinante no aumento da produção e na qualidade do produto. Para que a utilização da adubação se torne viável é preciso buscar novas alternativas de adubação, disponível nas regiões de cultivo (SANTANA et al., 2012). 
O cultivo da cana-de-açúcar tem chamado a atenção do mundo, principalmente diante do impacto ambiental causado pela utilização de combustíveis fósseis, desde a revolução industrial e pelo fato do álcool da cana-de-açúcar ser uma das biotecnologias mais acessíveis para a geração de energia limpa em substituição ao petróleo, caracterizando-se como a segunda cultura mais importante para o agronegócio brasileiro (VITTI e MAZZA, 2002). 
O uso de fertilizantes alternativos na produção de hortaliças oriundas das agroindústrias canavieiras, como biofertilizantes têm crescido muito em todo o Brasil, com ênfase especial para torta de filtro, que por sua vez aumenta o fornecimento de nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta e melhora a qualidade das propriedades físico, químicas e biológicas do solo (SANTOS et al., 2005). 
Segundo Oliveira et al., (2006) a torta de filtro também e eficiente no controle de nematoidesde cisto na soja, apresentando efeito residual prolongado após sua aplicação, logo a torta de filtro além do efeito fertilizante também pode ser empregada no controle de patógenos.
A torta de filtro e proveniente da purificação do caldo sulfitado e de baixo custo, onde são gerados em média a cada 1.000 kg de cana de açúcar moída é produzido 30 kg de torta de filtro (CASARIN, 1989). Sua utilização e altamente viável, principalmente para regiões próximas a industrias, onde os custos com transportes são menores.
No Brasil a importância da torta de filtro resulta não só do grande volume gerado, mas também do percentual considerável de matéria orgânica e de elementos essenciais às plantas podendo substituir, ainda que parcialmente, os fertilizantes minerais (SANTOS et al., 2011).
A composição química da torta de filtro é variável em função da variedade e da maturação da cana, tipo de solo, processo de clarificação do caldo e outros. Na fração mineral, integrando a composição química da torta de filtro, o P é o elemento predominante (ALMEIDA JÚNIOR, 2010). Apesar de seu pequeno requerimento pelos vegetais, é um dos nutrientes aplicados em maiores quantidades nos solos brasileiros em face à sua baixa disponibilidade natural e à afinidade com a fração mineral por este elemento (BASTOS et al., 2008). Graças a essas características a torta de filtro pode desempenhar papel fundamental na produção agrícola, na manutenção da fertilidade do solo e como condicionadora de solos (ROSSETO et al., 2008).
Dentre os efeitos da torta de filtro sobre as propriedades químicas do solo, o aumento sobre disponibilidade de nitrogênio, fósforo e cálcio, a CTC e a diminuição nos teores de Al trocável (KORNDÖRFER; ANDERSON, 1997).
4 HIPÓTESE
A dose de 40 t. ha-¹ de torta de filtro se mostrará mais eficiente e com melhores resultados em relação as demais doses de torta e também a adubação química.
5 MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento será conduzido no campus da agronomia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba FAFICH, situada no município de Goiatuba no estado de Goiás a 17º59’32.63” de latitude sul e 49º21’50.25” de longitude oeste. O município apresenta clima tropical quente úmido, com altitude de 670 metros, a temperatura média anual no município é de 23.0 °C, com pluviometria média anual de 1369 mm, situado em Latossolo Vermelho Distrófico.
O experimento será implantado no mês de Dezembro do ano de 2015, submetido ao delineamento estatístico de blocos ao acaso, sendo ele constituído de 6 tratamentos com 4 repetições, totalizando 24 parcelas, a cultivar de alface a ser utilizada será do tipo americana. Os tratamentos serão distribuídos em 4 doses de torta de filtro sendo elas 10; 20; 30 e 40 t. ha-¹, uma dose de adubo químico recomendado de acordo com as características do solo, e uma testemunha. A torta de filtro a ser utilizada no experimento passará por análise química e física, todos os tratamentos terão suas dosagens incorporadas a cada parcela antes do plantio. 
As parcelas serão constituídas de canteiros com quatro linhas de 1,20 m de comprimento espaçadas entre si por 0,30 m, correspondendo a 16 plantas por parcela, sendo que a área útil possuirá 4 plantas centrais. Ao final de 30 dias do transplantio das mudas de alface as mesmas serão avaliadas nas seguintes variáveis: matéria verde da parte comercial, matéria seca da parte comercial, número de folhas e circunferência da cabeça, as pesagens serão mensurados através de balança de precisão, no caso da pesagem da matéria seca, as plantas coletadas passaram primeiramente pelo processo de secagem, para obter a circunferência da cabeça será utilizado uma trena. Não serão utilizados nenhum tipo de defensivo químico, o controle de plantas daninhas será feita manualmente com auxílio de enxadas, para que não tenha competição entre a cultura e as plantas invasoras.
Os valores encontrados no experimento serão submetidos a análise de variância, havendo diferença estatística entre os tratamentos será utilizado o método de Tuckey a 5% para verificar qualitativamente qual o melhor tratamento, confirmando a eficiência das dosagens de torta de filtro em relação a adubação química, será aplicado a análise de regressão para comparar quantitativamente qual a melhor dose de torta de filtro, o software atualizado será o SISVAR 4.2.
6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
	
ETAPAS
	ANO/2015
	ANO/2016
	
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	Revisão Bibliográfica
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
	
	Defesa do Projeto
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Implantação do Experimento
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	Coleta de Dados
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Elaboração da Monografia
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	Defesa da Monografia
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	Correção da Monografia
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Entrega da Monografia
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	Publicação em Evento Científico
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
7 ORÇAMENTO
	Material de Consumo
	Valor Unitário (R$)
	Quantidade
	Valor Total
(R$)
	Materiais de Consumo – Campo e/ou Casa-de-vegetação
	Adubo 04-14-08 (kg)
	1,50
	1,152
	1,725
	Semente alface (sache)
	6,90
	1
	6,90
	Combustível (diesel)
	2,99
	50
	149,50
	Telefone
	15,00
	1
	15,00
	Bandeja para muda
	3,29
	2
	6,58
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	TOTAL GERAL
	179,71
REFERÊNCIAS
ALMEIDA JÚNIOR, A. B. Adubação orgânica em cana-de-açúcar: Efeitos no solo e na planta. Recife: UFRPE, 2010. 58p. Dissertação Mestrado.
ARAUJO, T. S.; FILHO, J. F.; KUMAR, K. K.; RAO, T. V. R. Crescimento da alface americana em função dos ambientes, épocas e graus-dias. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v. 5, n. 4, p. 441-449, 2010.
BASTOS, A. L.; COSTA, J. P. V.; SILVA, I. F.; RAPOSO, R. W. C.; SOUTO, J. S. influência de doses de fósforo no fluxo difusivo em solos de Alagoas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.12, p.136-142, 2008.
BERNARDI, A. C. C.; BERNARDI, M. R.; WERNECK, C. G.; HAIM, P. G.; MONTE, M. B. M. Produção, aparência e teores de nitrogênio, fósforo e potássio em alface cultivada em substrato com zeólita. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 23, n. 4, p. 920-924, 2005.
CASARIN, V.; AGUIAR, I. B.; VITTI, G. C. Uso de resíduos da indústria canavieira na composição do substrato destinado à produção de mudas de Eucalyptus citriodora Hook. Científica 17, p. 63-72, 1989.
DINIZ, K. A.; GUIMARAES, S. T. M. R.; LUZ, J. M. Q. Húmus como substrato para a produção de mudas de tomate, pimentão e alface. Bioscience Journal, v. 22, n. 3, 2007.
EMATER-DF. Administração rural: custos de produção: alface cultivo orgânico e tradicional. Disponível em: <http://www.emater.df.gov.br/>. Acessado em 02 de outubro de 2015.
FILGUEIRA, F. A. R. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 2 ed. Viçosa: UFV, p. 412, 2003.
FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 2 ed. Universidade Federal de Viçosa: Empresa Júnior de Agronomia, 2006.
FURLANI, P. R. Cultivo de alface pela técnica de hidroponia, Campinas IAC, 1995.
GOTO, R.; ECHER, M. M.; GUIMARÃES, V. F.; CARNEIRO JÚNIOR, A. G.; BRANCO, R. B. F.; RODRIGUES, J. D. Crescimento e produção de três cultivares de alface sob condições de ambiente protegido e campo. Horticultura Brasileira, v. 20, n. 2, 2002.
HENZ, G. P.; SUINAGA, F. Tipos de Alface Cultivados no Brasil. Embrapa Hortaliças. Comunicado Técnico 75, Brasília, 2009.
KORNDÖRFER, G. H.; ANDERSON, D. L. Use and impact of sugar-alcohol residues vinasse and filter cake on sugarcane production in Brazil. Sugar y Azucar, v. 92, n. 3, p. 26-35, 1997.
MALAVOLTA, E.; GOMES, F, P.; ALCARDE, J. C., Adubos e adubações. São Paulo: Nobel,66-67, 2002.
MAPA - Ministério da Agricultura, pecuária e abastecimento. Série Agronegócios: Cadeia Produtiva de Produtos Orgânicos, Brasília, 2007.
MARTINS, A. C. A.; SILVA, L. A.; SANTOS, J. G.; ANDRADE, L. F.; MARTINS, L. P. Avaliação da qualidade microbiológica da alface (Lactuca sativa) comercializada na cidade de Bananeiras-PB. JORNADA NACIONAL DA AGROINDÚSTRIA, v. 3, 2008.
MORETTI, C. L.; MATTOS, L. M. Processamento mínimo de alface crespa. Embrapa Hortaliças. Comunicado Técnico 36, Brasília, 2006.
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OLIVEIRA, F. S.; ROCHA, M. R.; COSTA, R. B.; MACHADO, V. O. F.; NOGUEIRA, E. N. Efeito da adição de diferentes resíduos culturais ao solo sob a população de nematoide de cisto da soja. Nematologia Brasileira, v. 30, n. 2, p. 171-177, 2006.
PENATTI, C. L.; DONZELLI, J. L. Uso da Torta de Filtro em cana-de-Açúcar. Centro de Tecnologia Copersucar, Relatorio Tecnico, Piracicaba, Brazil, v. 7, 1991.
PIMENTEL, M. S.; LANA, A. M. Q.; DE-POLLI, H. Rendimentos agronômicos em consórcio de alface e cenoura adubadas com doses crescentes de composto orgânico. Revista Ciência Agronômica, v. 40, n. 1, p. 106-112, 2009.
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