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Formação de professores Mediadores para EaD

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Formação de professores 
Mediadores para EaD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
Unidade 1 Educação a distância e o cenário educacional................................................03 
 
Unidade 2 Competências Docentes.................................................................................08 
 
Unidade 3 Organização do tempo..................................................................................14 
 
Unidade 4 Ferramentas de mediação.............................................................................18 
 
Unidade 5 Metodologias de Aprendizagem Inovadoras: possíveis aplicações na EaD......37 
 
Referências.....................................................................................................................51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Educação a distância e o cenário educacional 
O que é o cenário senão um lugar onde ocorre ou acorreu um fato? 
Frequentemente estamos envolvidos nos mais variados cenários, sendo 
a escola presencial um dos mais amplamente conhecidos pelos educadores. 
Mesmo com todo o investimento nas Tecnologias Digitais de Informação e 
Comunicação (TDIC) que vem ocorrendo desde as décadas finais do século XX 
e as iniciais do Século XXI, para a maioria dos professores, a sala de aula 
presencial continua sendo o seu maior palco. Você concorda? Por quê? 
Embora o ensino presencial ainda seja o mais praticado mundo afora, uma 
modalidade vem ganhando corpo ano a ano, ou mesmo, hora a hora: trata-se da 
modalidade de ensino a distância, o ensino mediado por tecnologia. 
Nesta Unidade 1 vamos conhecer melhor o cenário da Educação a Distância e 
suas Potencialidades. 
 
Momentos de Reflexão 
O século XX foi marcado por transformações significativas em 
todos os segmentos da sociedade, inclusive na educação. A sala de aula, os 
alunos e as modalidades de ensino mudaram, dando lugar às novas ferramentas 
e formas de disseminar o conhecimento. Neste cenário, a Educação a Distância 
vem ganhando espaço, envolvendo um número cada vez maior de pessoas 
interessadas em estudar e/ou trabalhar nessa modalidade de ensino. 
E você já fez um curso a distância? Sabe o que é Educação a Distância? 
Quais suas potencialidades? Quais as características do aluno on-line? 
Por que aprender? 
A EaD traz novos caminhos e possibilidades para a educação, 
sobretudo para um público que opta por esta modalidade para retomar e/ou 
continuar seus estudos. Para aqueles que não podem ou não querem frequentar 
um curso presencial, a flexibilidade de espaço e de tempo são fatores bastante 
interessantes, o que faz com que esta modalidade ganhe bastante força. 
Trata-se de um novo paradigma, tendo em vista que trata de sociedade do 
conhecimento, em que a tecnologia passa a fazer parte do mundo social e do 
trabalho. Educar para uma sociedade do conhecimento requer sujeitos 
autônomos, críticos, criativos, eternamente aprendentes e exige novas 
metodologias, novas práticas fundamentadas em novos paradigmas da ciência e 
novos ambientes interativos de aprendizagem. (BARION, 2012). 
 
 
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Nesta unidade, você irá compreender a EaD no contexto atual, seus conceitos, 
suas especificidades e as características do aluno dessa modalidade de ensino. 
Para Começar o Assunto 
No final da década de 1990, o poder de comunicação via 
Internet, juntamente com os novos progressos em redes de 
telecomunicação e comunicação, possibilitou que dispositivos 
portáteis, tais como notebooks, palmtops, handhelds, MP3 
Players e celulares pudessem se intercomunicar. O acesso à 
rede mundial de computadores, a disseminação dos computadores pessoais e 
uma série de aparelhos especializados distribuídos em todos os setores da 
sociedade influenciaram a vida e as atividades das pessoas nos espaços 
domésticos, no trabalho, em veículos de transporte, em entretenimento, enfim, 
em qualquer lugar. Novas formas de ensino e aprendizagem vão ganhando 
espaços no campo educativo. 
É nesse contexto tecnológico que mais e mais alunos, em sua maioria 
jovens, procuram a EaD e se adaptam a ela com certa facilidade. Quem é, então, 
este aluno mais conectado, multitarefado, colaborativo, participativo e ativo no 
processo de ensino? 
 
Mergulhando no Tema 
O Ministério da Educação define Educação a Distância como: 
“Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos 
processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e 
tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com 
políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre 
outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais 
da educação que estejam em lugares e tempos diversos.” MEC, Decreto nº 
9.057/2017 
Embora a EaD possa resultar em aprendizagem significativa e com a 
participação ativa do aluno, é necessária uma pedagogia sustentada pela 
comunicação interativa, ou seja, uma modalidade que requeira participação, 
cooperação e colaboração entre os atores envolvidos no processo de ensino e 
aprendizagem. 
Vamos assistir ao vídeo O que é EAD, por José Moran. 
(Fonte: https://youtu.be/sitLJEFPmok. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
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Uma das características da EaD é permitir 
que o aluno seja o sujeito do processo, ou seja, 
é ele quem determina quando e como estudar, 
passando a ser o responsável por sua 
aprendizagem. Obviamente isso exige dele 
uma postura proativa, independente e 
autônoma. 
Na EaD, o aluno também deve assumir um novo papel de participante ativo 
no processo de aprendizagem mediado pelas tecnologias, aprendendo 
individualmente e colaborando com a aprendizagem dos demais colegas, 
deixando o perfil do tradicional aluno passivo e repetidor para assumir um novo 
perfil: o de participante ativo na construção do conhecimento, reflexivo, criativo 
e autônomo, preparado para atender às demandas cada vez mais complexas da 
sociedade atual. 
 
• Assista à animação Fundamentos e Prática na EaD: ser aluno na 
EaD, da NeadUnicentroUAB 
(Fonte: https://youtu.be/twaO5ET8JIk. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
Outra característica da EaD é o uso das ferramentas de comunicação mediadas 
pela tecnologia, o modelo instrucional dos cursos busca utilizar os mais variados 
tipos de mídias e recursos que possibilitem a interação entre alunos e 
professores. 
• Leia o texto A educação a distância como opção estratégica - Moran 
(Fonte:http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/educacao_online/estr
ategica.pdf. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
• Assista ao vídeo Possibilidades e Limites da EaD produzido pela 
Universidade de Brasília 
 (Fonte: https://youtu.be/86U_SkwL9XM. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
Ampliando Horizontes 
Para aprofundamento no tema sobre o contexto da EaD, acesse os links e 
vídeos: 
• Leia o artigo “O que é Educação a Distância?” de José Manuel Moran 
 
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(Fonte: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-
content/uploads/2013/12/dist.pdf. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
• Conheça o Blog Abed - As modalidades de ensino a distância 
(Fonte: http://abed.org.br/blog/modalidades-ead-cursos-online/. Acesso 
em 28 de junho de 2018.) 
• O Decreto Nº 9.057/2017 atualiza a legislação e regulamenta a 
Educação à Distância no país: 
(Fonte:http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2017/decreto-9057-
25-maio-2017-784941-publicacaooriginal-152832-pe.html Acesso em 28 de 
junhode 2018.) 
• Assista ao vídeo sobre Nova regulamentação da EaD 
(Fonte: https://youtu.be/TtQWq8alJ7I. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
• A história da legislação da EaD 
(Fonte: https://www.moodlelivre.com.br/noticias/2603-a-historia-da-
legislacao-da-educacao-a-distancia-no-brasil. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atividade Prática. 
1. REFLEXÃO -- Processo de aprendizagem do aluno na EAD 
Faça uma reflexão sobre as características da EaD citadas no 
Mergulhando no Tema, destacando de que forma será o processo de 
aprendizagem do aluno nessa modalidade, conforme os trechos a seguir: 
“Uma das características da EaD é permitir que o aluno seja o sujeito 
do processo, é ele quem determina quando e como estudar, ou seja, passa a 
ser o responsável por sua aprendizagem, o que exige desse aluno uma postura 
proativa, independente e autônoma.” 
“Outra característica da EaD é o uso das ferramentas de comunicação 
mediadas pela tecnologia, o modelo instrucional dos cursos busca utilizar os 
mais variados tipos de mídias e recursos que possibilitem a interação entre 
alunos e professores.” 
 
Em um parágrafo, relate sua opinião. 
 
EXPECTATIVA DE RESPOSTA: 
 Uma das vantagens da EaD é que o aluno determina quando e como estudar, ou seja, 
este é responsável por sua aprendizagem, pois estará estudando sozinho, nos tempos livres que 
escolheu. O seu processo de aprendizagem será mediado por ferramentas de comunicação; 
sendo assim, utilizará os mais variados tipos de mídias e recursos que possibilitam a troca de 
informações e conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Competências Docentes para EaD 
 
O que lhe vem à cabeça quando 
escuta a palavra competência? E 
competência docente? No universo 
semântico da competência, podemos pensar 
em eficiência, capacidade de fazer e, 
obviamente, fazer bem. No caso da 
docência, ainda há o agravante de que existe 
uma compreensão ou anseio social de que 
ao professor não basta ser competente, mas sim, ter excelência docente. 
Excelência docente? Isso mesmo, uma vez que existe quase um 
consenso social de que o professor tem que estar – sempre - em nível de 
excelência. A pergunta então é: como alcançar tal nível? E a resposta: 
capacitando-se sistematicamente. 
A educação a distância exige um profissional bastante conectado com as 
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), devendo ser 
capaz de mediar a relação do estudante com o ambiente virtual com muita 
capacidade de comunicação; sendo, ao mesmo tempo, facilitador e 
motivador para uma aprendizagem significativa. Em EaD esse profissional, 
normalmente, recebe o nome de Professor Mediador. 
Vamos conhecer o perfil deste profissional? 
Nesta Unidade 2 vamos conhecer melhor o Perfil desse Professor 
Mediador e Como Deve Ser Uma Boa Comunicação em EaD. 
Momento de Reflexão 
Qual o perfil do mediador on-line? Em que consiste o 
seu trabalho? Qual a importância da comunicação no 
contexto do curso a distância? 
O docente deve atuar como mediador do processo de 
ensino/aprendizagem e ser capaz de criar e estabelecer vínculos 
entre as referências culturais dos alunos (dadas pela sua experiência de vida) 
e/ou os assuntos estudados. Veja o exemplo a seguir, do professor Wallace 
Bernardo: 
Ao final do almoço, o professor recém contratado pergunta a seus 
alunos: 
Professor – Pessoal, tem refeitório aqui? 
Pedro – Tem, professor. 
 
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Professor – E onde é que é? 
José – No prédio C. 
Professor – Prédio C...? 
Marcos – É. Atrás das quadras, sabe? 
Professor – É... então...não. É o meu primeiro dia aqui... 
Marcos – Ah! Então, tá. O senhor veio de carro? 
Professor – Vim... 
Marcos – Sabe o estacionamento? 
Professor – Sei. 
Marcos – Então, é bem simples. Lá tem o elevador, não tem? 
Professor – Tem, sim... 
Marcos – Pegue o elevador e vá ao terceiro andar. A quadra é bem em 
frente ao elevador. Siga no corredor à sua direita. O refeitório é no final 
do corredor, onde tem uma porta de vidro, ok? 
Professor – Ok. Obrigado. 
Ao fazer-se mediador, o docente deve conectar-se ao universo de 
referências culturais dos alunos, o que pressupõe saber relacionar os conteúdos 
com os saberes e habilidades que os alunos adquirem com suas vivências. 
O ensinar para a sociedade do conhecimento demanda uma ação docente 
diferenciada da tradicionalmente praticada. Para este momento, exige-se um 
profissional reflexivo, crítico e ativo, capaz de combinar reflexão e práticas 
pedagógicas que facilitem a aprendizagem do estudante, especialmente, 
aquelas voltadas para um processo de emancipação. 
A esse profissional cabe, entre outras coisas, fazer uma análise da 
sociedade e da educação atual, romper com formas mais cristalizadas e que, às 
vezes, trazem poucos resultados para o processo de ensino e aprendizagem. 
Obviamente, nota-se que a missão desse profissional, batizado de professor 
mediador, não é a mais fácil. 
Por que aprender? 
As relações entre o processo de ensino-aprendizagem e a 
formação de professores são temas que merecem maior discussão, tendo em 
vista a maior aproximação entre a prática docente e as necessidades do aluno a 
distância. Com isso, uma grande preocupação com a formação de professores 
para com a educação on-line está em debate permanente e expressa novos 
desafios e perspectivas para a atuação nessa modalidade. É necessário 
estabelecer novas formas na relação aluno-professor e novas 
responsabilidades, atribuições e desafios para a docência. 
Nesta unidade você irá compreender: 
• o perfil e as atribuições do mediador • comunicação em EaD 
 
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Para Começar o Assunto 
O processo de ensino-aprendizagem na EaD, assim como na educação 
presencial, requer a intervenção de pessoas mais experientes. Portanto, é 
ilusório pensar que o processo de construção do conhecimento aconteça 
espontaneamente, sem que exista a comunicação bilateral entre professor e 
alunos no ambiente virtual. Contudo, a tarefa do professor em saber trabalhar 
com ferramentas da Tecnologia Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) 
ainda é bastante árdua, por trazer uma série de dificuldades, não só de 
aprendizagem técnica, mas metodológica, estética, afetiva e, especialmente, 
didática (BARION, 2012). 
Dentro desse contexto, a formação do professor para atuar em ambientes 
virtuais de aprendizagem é ainda uma questão que merece maior atenção, tendo 
em vista as relações que se estabelecem no ambiente virtual. Agora, entra em 
cena um novo personagem no quadro docente: o mediador que, na realidade é 
o professor mediador, ou seja, a figura responsável pelo acompanhamento e 
apoio ao estudante durante o processo de ensino e aprendizagem. O professor 
mediador deve estabelecer uma relação de confiança e cordialidade com os 
alunos, estimular a participação do grupo, respeitando suas diferenças, valer-se 
de didática diferenciada para motivar os alunos a continuar estudando. 
Mergulhando no Tema 
Seja em sala de aula presencial ou virtual, o professor deve ser um 
orientador, mediador, facilitador e “conselheiro”. Seja qual for o título recebido, o 
professor não deve colocar-se como um detentor do 
conhecimento, mas colocar-se como formulador de 
situações-problema, provocador de discussões e 
debates, sistematizador de experiências, coordenador 
de equipes; enfim, deve adquirir e desenvolver 
habilidades para conduzir uma sala de aula interativa, 
participativa e colaborativa. 
Segundo Silva (2010), para promover a sala de aula interativa o professor 
precisa desenvolverpelo menos cinco habilidades, entre outras: 
1. pressupor a participação dos alunos; 
2. garantir a bidirecionalidade da emissão e recepção; 
3. disponibilizar múltiplas redes articulatórias; 
4. engendrar a cooperação; 
5. suscitar a expressão e a confrontação das subjetividades. 
 
 
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 Percebe-se que são necessárias novas metodologias, com vistas à 
mediação, que incentivem o aluno a abandonar a costumeira passividade, para 
que o professor saiba integrar a tecnologia e seus benefícios no processo de 
ensino. Da mesma forma, o professor precisa organizar sua ação comunicativa 
sabendo dominar formas de interação e mediação, interpessoal-grupal, nas 
diversas dimensões audiovisual-telemáticas e outras disponíveis no Ambiente 
Virtual de Aprendizagem (AVA). 
Já vimos que a EaD exige estudantes com disposição para aprender; 
porém, essa não é a postura da maioria dos alunos e isso pode ser dificultado 
pela distância, daí a importância de contar com a figura apoiadora do professor 
mediador. Talvez a função maior deste profissional seja a de ensinar o aluno a 
aprender por si! Nesse sentido, o mediador assume papel relevante no 
acompanhamento sistemático da participação dos estudantes, atuando como 
facilitador da aprendizagem, esclarecendo dúvidas, ajudando a superar 
dificuldades e estimulando a prosseguir. 
Para atender a todas essas demandas deve desenvolver o seguinte perfil: 
 
• ter domínio das tecnologias digitais e de comunicação; 
• Ser capaz de se expressar textualmente com clareza; 
• ser capaz de mediar o processo de aprendizagem do aluno; 
• ter postura interativa, cooperativa, com princípios éticos, solidariedade e 
empatia; 
• ser capaz de mediar situações de conflito. 
 
• Leia o artigo Competências Essenciais ao Trabalho Tutorial: Estudo 
Bibliográfico, apresentado no Simpósio Internacional de Educação a 
Distância na UFSCar. 
(Fonte: http://sistemas3.sead.ufscar.br/ojs/Trabalhos/178-957-2-ED.pdf. 
Acesso em 28 de junho de 2018.) 
Para que a aprendizagem seja efetiva é importante que a comunicação 
se estabeleça, ou seja, o professor mediador, deve potencializar a comunicação 
 
 
interativa, pois quanto maior for o grau de interação e comunicação entre os 
participantes, mais expressiva se torna a aprendizagem. 
 
 
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• Assista ao vídeo da Profª Janaína de Aquino Ferraz, do Instituto de 
Letras da UnB, fala sobre a linguagem escrita em ambientes virtuais 
de aprendizagem. 
(Fonte: https://youtu.be/Me4u4yvwoCw. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
 
• Boa educação vale em qualquer situação, não é mesmo? E na internet 
não é diferente. Para saber mais sobre isso, leia o texto a seguir que 
fala sobre Netiqueta. (Fonte: 
http://eadtec.cpscetec.com.br/geead/pluginfile.php/69/mod_resource/con
tent/1/2_unidade/assets/_midia/u2_p5_netiqueta.pdf ) 
Ampliando Horizontes 
• Assista ao vídeo "Feedback: aprimoramento e reflexão sobre o papel 
da tutoria", com a Prof.ª Denise Abreu em entrevista com alunos da 
EaD da UFSCar. 
 (Fonte: https://youtu.be/25uK4yDmvL4. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
• Assista ao vídeo Netiqueta: boas maneiras virtuais. 
 (Fonte: https://www.dailymotion.com/video/x6c3mbf. Acesso em 
29 de janeiro de 2019.) 
• Leia sobre a importância da comunidade virtual de aprendizagem 
para o aluno da EaD Imagem: 
(Fonte:http://www.moodle.cpscetec.com.br/capacitacaopos/mstec
h/pdf/tutores/parte01/FOP_cpt01_a01_t07.pdf. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
• Assista ao vídeo produzido pela TV FEPESP em que o professor 
Celso Napolitano recebe José Manuel Moran, para discussão do 
papel do Tutor no Ensino a Distância. Participa no debate Andrea 
Harada, diretora do Sindicato dos Professores de Guarulhos. 
 (Fonte: https://youtu.be/H0mWIb5zUqA. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
 
 
 
 
 
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Atividade prática 
1. REFLEXÃO 
O novo papel do professor na EaD 
Reflita sobre o papel do professor na EaD: o professor mediador. Para isso, 
considere o seguinte parágrafo nos textos estudados: 
“Seja em sala de aula presencial ou virtual, o professor deve ser um 
orientador, mediador, facilitador e “conselheiro”. Seja qual for o título 
recebido, o professor não deve colocar-se como um detentor do 
conhecimento, mas colocar-se como formulador de problemas, provocador de 
discussões e debates, sistematizador de experiências, coordenador de 
equipes; enfim, deve adquirir e desenvolver habilidades para conduzir uma 
sala de aula interativa, participativa e colaborativa.” 
Com as mudanças, com as transformações na sociedade e com o advento das 
tecnologias, o papel do professor teve influência no contexto do 
ensino/aprendizagem? 
Escreva a sua opinião no espaço abaixo. 
 
Resposta esperada: 
 
 A modalidade de EaD fez surgir um novo papel do professor, pois este não atua mais como o 
detentor do conhecimento; mas, sim, como um intermediador para propiciar um ambiente de 
trabalho colaborativo e cooperativo, onde os envolvidos constroem o conhecimento por meio de 
reflexões, discussões e tomada de decisões com o apoio das ferramentas de comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Organização do Tempo 
Planejar é preciso. É assim, parafraseando o 
poeta Fernando Pessoa que disse “Navegar é preciso; 
viver não é preciso”, que começamos a unidade 3. 
Qual a importância do planejamento para você? 
Certamente, já ouviu alguém falar que deixou de fazer algo porque não tem 
disciplina e/ou não consegue se planejar. Pois é... Planejamento tem muita 
relação com organização, eleição de prioridades, gerenciamento do tempo. 
Enfim, ao Professor Mediador que conhecemos na Unidade 2, além do 
conhecimento pedagógico e curricular é necessário que prime muito pelo 
planejamento e pela gestão do seu tempo. 
 
 Nesta Unidade 3, vamos mergulhar no universo da Importância do 
Planejamento e da Gestão do Tempo na EaD. 
Momento Reflexão 
Tempo realmente é dinheiro? 
Você tem a sensação de que precisaria de mais tempo para 
realizar suas atividades diárias? 
Você divide suas horas de trabalho e executa suas atividades por prioridade? 
Por que aprender? 
O que você entende por gerenciar o tempo? 
Em um mundo globalizado, é farta a disponibilidade de informações, quer 
seja via celular, computador, televisão, entre outros. Somos bombardeados por 
informações novas a cada minuto e fica difícil conseguir administrar nosso 
tempo. Pais, alunos, educadores ou profissionais de todas as áreas 
compartilham a sensação de que o tempo é pouco para tudo aquilo que tem que 
ser feito: você também tem essa sensação? 
A seguir veremos algumas técnicas que nos ajudarão a desenvolver essa 
competência - a de Administrar o Tempo. 
Para Começar o Assunto 
Em nossa vida pessoal ou no trabalho, lidamos com várias dimensões que 
exigem organização e administração, como por exemplo: as informações que 
recebemos (quantidade, qualidade e como priorizar), os relacionamentos em 
nosso ambiente familiar ou de trabalho, novas demandas que emergem e exigem 
 
 
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a tomada de alguma decisão. Uma competência cada vez mais demandada é a 
de Administrar o Tempo. 
Frente a tantas demandas, como devemos nos organizar, o que deve ser 
priorizado? Certamente, como docente, você já se deparou com várias 
atividades acontecendo ao mesmo tempo: preparar aula, lançar avaliações, 
controlar atividades, preparar simulado, participar de reuniões etc. 
Enfim, nada melhor que uma dose extra de planejamento para organizar as 
atividades e definir as prioridades! 
 
Mergulhando no Tema 
Apesar do auxílio constante datecnologia no ambiente de trabalho, a 
intensa correria em que vivemos nos dias 
atuais provoca a sensação de que as horas 
passaram e o serviço não rendeu. 
Diante dessa situação, é importante 
administrar e planejar o tempo tornando-o 
nosso aliado. Para isto, entretanto, é 
preciso ter disciplina, uma vez que isto nos 
permite gerenciar o tempo de trabalho, priorizando as atividades a serem 
realizadas para tornar o dia mais produtivo. 
• Para saber mais sobre o assunto Gestão do Tempo, realize a leitura 
do artigo: Como fazer do tempo seu poderoso aliado de Ernesto Berg 
(Fonte: https://www.artigos.com/artigos/20202-como-fazer-do-tempo-
seu-poderoso-aliado. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
A EaD permite ao professor estabelecer seus horários de trabalho de 
forma conveniente realizando uma gestão adequada do próprio tempo, 
mas para isso é preciso um bom planejamento, priorizando as atividades 
a serem realizadas como: correções e feedbacks das atividades, resposta 
às dúvidas e aos questionamentos dos alunos nos fóruns e mensagens, 
realização de leitura e estudo do material das aulas e reuniões com a 
equipe, entre outras atividades. 
• O autor Ernesto Berg destaca 12 dicas de como tornar-se mais 
produtivo no seu tempo de trabalho, para isso leia o texto 
Administração do tempo parte II de Ernesto Berg 
(Fonte:http://www.rh.com.br/Portal/Desempenho/Artigo/4742/administ
racao-do-tempo--parte-ii.htmlo. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
 
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• Leia o texto A prática docente em educação a distância: o uso do 
modelo metodológico dos três momentos pedagógicos Imagem: 
Clique aqui para acessar. O texto apresenta o planejamento efetuado 
para desenvolver uma atividade para EaD com uma metodologia que 
concentra três momentos muito importantes para o ensino 
aprendizagem. 
(Fonte:http://seer.ufrgs.br/renote/article/viewFile/18108/10680. 
Acesso em 28 de junho de 2018.) 
• Leia, também, o capítulo 3 (p. 61 – 74) Importância do Planejamento, 
do Módulo Básico, dos Cursos em EaD de Administração, Comércio 
e Secretariado do Centro Paula Souza. Embora relacionado à 
questão do planejamento administrativo, indica conceitos e 
reflexões importantes sobre a necessidade de se planejar bem. 
(Fonte:http://eadtec.cpscetec.com.br/livros/basico.pdf. Acesso em 28 
de junho de 2018.) 
Ampliando Horizontes 
Para ampliar seus conhecimentos, seguem abaixo dicas de 
vídeos, textos e artigos que se relacionam com o conteúdo da unidade. 
• Vídeo de Leandro Karnal aborda a procrastinação 
(Fonte: https://youtu.be/IUnXzSUcJ9A. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
• O vídeo foi elaborado com base na matéria de capa da Revista Você 
S/A - Abril/2010 que traz novas pesquisas sobre o excesso de 
trabalho no Brasil 
(Fonte: https://vimeo.com/10882454. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
• Vídeo que aborda a “procrastinação”. Você se reconhece nele? 
(Fonte: https://youtu.be/l6zpaPMV7WY. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
• O podcast apresenta uma reflexão do colunista Max Gehringer sobre 
Administração do Tempo 
 
(Fonte:http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/max-
gehringer/2009/11/12/A-ADMINISTRACAO-DO-TEMPO.html. 
Acesso em 28 de junho de 2018.) 
• Cinco dicas sobre Gestão do Tempo, produzido pelo SEBRAE Santa 
Catarina 
(Fonte: https://youtu.be/j5FCZK9yoJk. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
 
 
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Atividade Prática 
 
Reflexão: 
 Planejamento e gestão do tempo das atividades na EaD: 
 
Você foi contratado para trabalhar em um curso a distância e 
terá 20 horas semanais para realizar as atividades como professor 
mediador de uma turma de 40 alunos. Agora é o momento para elaborar 
o planejamento e a gestão do seu tempo de trabalho, priorizando e 
organizando as atividades e o número de horas a ser dispendido. É de 
extrema importância também tornar o seu tempo de trabalho 
produtivo e para isso você deverá refletir e definir as dicas que irão 
auxiliá-lo a ser mais produtivo nas atividades como mediador de acordo 
com o texto Administração do tempo parte II de Ernesto Berg. 
 
Resposta esperada: 
 
Planejamento das atividades semanais – EaD: 
 
1. Correção de atividades e feedbacks: 15 
 
2. Leitura do material: 2 
 
3. Dúvidas e questionamentos em fóruns e mensagens: 2 
 
4. Reuniões: 1 
 
Total: 20 horas/semanais 
 
As dicas que nos auxiliam a ser mais produtivo nas atividades em um curso de 
EaD são: estabelecer os objetivos com clareza, fazer uma lista diária e priorizar as 
atividades, saber tomar decisões, saber dizer Não, evitar o perfeccionismo, saber usar 
sua energia, organizar-se, saber o que fazer com papéis e e-mails. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ferramentas de mediação 
 
 Olá, chegamos à Unidade 4, Ferramentas de 
mediação. Observe que as coisas vão ficar 
ainda mais práticas, ou seja, o que já estava 
bom, vai ficar melhor ainda. 
 
Imagine-se um Professor mediador consciente das suas práticas 
pedagógicas, da necessidade de planejamento, de uma boa comunicação, de 
uma boa gestão do tempo etc. Imaginou? Sim. Pense, agora, nas ferramentas 
que podem auxiliá-lo a fazer uma melhor mediação das atividades, interagir com 
os alunos e como dar retorno das atividades (os famosos feedbacks), 
independentemente de estar com o aluno de forma síncrona ou assíncrona. 
Nesta Unidade 4 vamos mergulhar na relação de interação professor mediador 
x aluno, mediação das atividades, ferramentas do Ambiente Virtual e como dar 
feedbacks aos alunos. 
Momentos de reflexão 
 
Nesta Unidade estudaremos as Ferramentas de Mediação que visam promover 
o contato entre alunos e professores-mediadores dentro de Ambientes Virtuais 
de Aprendizagem e como utilizá-las nestes Ambientes. 
Max Weber, em Ensaio de Sociologia, A ciência Como Vocação, faz um 
depoimento o qual podemos inter-relacionar com o objetivo desta Unidade. 
“Lembrarei a imagem maravilhosa que existe no começo do livro VII da 
República de Platão: aqueles homens da caverna, acorrentados, cujas 
faces estão voltadas para uma parede de pedra à sua frente. Atrás deles há 
uma fonte de luz que não podem ver. Ocupam-se apenas das imagens em 
sombras que essa luz lança sobre a parede e buscam estabelecer-lhes 
inter-relações. Finalmente, um deles consegue libertar-se dos grilhões, 
volta-se, vê o sol. Cego, tateia e gagueja uma descrição do que viu. Os 
outros dizem que delira. Gradualmente, porém, ele aprende a ver a luz, e 
então a sua tarefa é descer até os homens da caverna e leva-los para a luz. 
Ele é filósofo: o sol, porém é a verdade da ciência, a única que reflete não 
ilusões e sombras, mas o verdadeiro ser”. 
 
 
 
19 
 
 
Este depoimento ilustra muito bem o papel do 
professor mediador que, por vezes, deve auxiliar os alunos 
nesse processo de encontrar a luz e, consequentemente, 
estabelecer links entre a realidade conhecida e o novo que 
se apresenta, lançando mão das ferramentas tecnológicas 
disponíveis nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
(AVAs). 
Como você orientaria os alunos participantes de um Curso a Distância? Todo 
dia? Uma vez por semana? A cada nova Unidade? 
Como deve ser e com que regularidade um feedback deve ser repassado aos 
alunos nas atividades a distância? Como mediar um fórum virtual? 
Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre estes temas nesta Unidade? 
 Por que aprender? 
Para desenvolver competentemente um bom trabalho como 
professor mediador são exigidos muitos conhecimentos e 
habilidades. Como visto na unidade 2, o professor mediador “precisa organizar 
sua ação comunicativasabendo dominar formas de interação e mediação, 
interpessoal-grupal, nas diversas dimensões audiovisual-telemáticas e 
outras disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)”. 
Este profissional faz uso intenso do diálogo com 
seus alunos e, para tanto, deve ter domínio das 
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação 
(TDIC). Nesta unidade, vamos visar ao 
fortalecimento da capacidade de comunicação e 
mediação com o uso das ferramentas mais comuns 
nos ambientes virtuais. 
 
E você, como tem dialogado com seus alunos? De quais ferramentas tem se 
utilizado? A comunicação tem sido efetiva? 
Para Começar o Assunto 
 Diariamente, o professor mediador se deparará com situações que 
precisam ser orientadas, esclarecidas, contornadas e estimuladas. Você pode 
dizer: “Mas, isso acontece no presencial também”. De fato, acontece; entretanto, 
na presencialidade é um pouco mais fácil, muitas vezes mais rápido, pois a 
pessoa nota a sua expressão facial, seu tom de voz, você pode repetir e 
responder com mais presteza e rapidez. 
 
 
20 
 
 
Em EaD, a comunicação deve ser adequada e eficaz. 
Consequentemente, o professor mediador deve ter bem claro como se dão: a 
relação professor mediador x aluno, a mediação das atividades, o funcionamento 
das ferramentas (sejam elas síncronas ou assíncronas) do Ambiente Virtual, que 
permite a comunicação e um feedback adequado, de maneira que possibilite, 
sempre, a evolução e autonomia dos alunos. 
Mergulhando no Tema 
1. Relação de interação professor aluno 
Enquanto professor mediador, você deve 
conectar-se ao universo de referências culturais dos 
alunos, o que pressupõe saber relacionar-se com os 
saberes e habilidades que os alunos adquirem com 
suas vivências. 
O professor mediador deve criar um ambiente 
de aprendizagem em que se façam presentes as 
mediações, a experiência cotidiana dos alunos, a sua identidade cultural, pois 
são esses os elementos que permitem ao aluno apropriar-se de forma 
significativa dos conteúdos estudados. 
Deve também perceber as intenções dos alunos ao expor alguma reflexão 
sobre assuntos diversos, seus estilos de aprendizagem, suas formas de 
interação com o grupo e com o conhecimento para propiciar a interaprendizagem 
e a aprendizagem significativa. 
A criação de uma cultura da interaprendizagem é ponto fundamental para 
a formação de uma comunidade de aprendizagem colaborativa da qual façam 
parte alunos e professores-mediadores. Nela, o conhecimento é visto como uma 
construção social e o processo educativo é favorecido pelas mediações de 
aprendizagem realizadas. Portanto, a interaprendizagem é compreendida sob a 
premissa de que existe uma relação dialógica que favorece a autonomia e a 
responsabilidade dos participantes envolvidos. 
De acordo com a professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida: 
“Participar de um ambiente virtual digital se aproxima do estar junto virtual, 
uma vez que atuar nesse ambiente significa expressar pensamentos, tomar 
decisões, dialogar, trocar informações e experiências e produzir conhecimento. 
As interações por meio dos recursos disponíveis no ambiente propiciam as 
trocas individuais e a construção de grupos colaborativos que interagem, 
discutem problemáticas e temas de interesses comuns, pesquisam e criam 
produtos ao mesmo tempo que se desenvolvem” (Almeida, 2003). 
 
21 
 
 
Se a curiosidade e/ou a necessidade de estudar não forem despertadas 
no aluno, normalmente quem o leva a reagir é o professor mediador. Imagine um 
estudante que dá respostas monossilábicas ou aparece com pouca frequência 
no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Imaginou? Então, como agir? 
O professor mediador deve pensar nos motivos pelos quais esse aluno 
interage pouco. Ele deve se sentir acolhido e é bom criar uma relação de 
confiança, de parceria e de interesse mútuo para que ambos aprendam em 
comunhão. 
Sem a intenção de esgotar aqui as possiblidades da relação professor 
mediador e aluno, apresentaremos algumas dessas alternativas, cujo objetivo é 
encurtar o espaço entre estas duas personagens. Para tanto, o professor deve: 
1) fazer uma breve apresentação, com o devido acolhimento, colocando-
se à disposição para ajuda, 
2) mandar mensagens individuais, sempre pelo nome, caso verifique que 
o aluno não está acessando o AVA, mas sem um nível de cobrança rigoroso. 
Pergunte, inicialmente, se ele está com algum problema, com alguma 
dificuldade, 
3) apresentar curiosidades sobre o assunto estudado e perguntar aos 
alunos que impressões tais curiosidades despertaram, 
4) apresentar situações-problema que incitem a investigação e a 
autonomia. 
 
 2. Mediação das atividades 
A mediação atua como uma ponte entre o que o aluno já sabe e o que precisa 
ou quer conhecer. Como agente da mediação do processo de ensino 
aprendizagem, o professor mediador deve estar atento ao perfil de seus alunos 
e conhecer bem a sua realidade para poder, partindo do contexto do aluno e de 
suas referências culturais, abrir caminho para o conhecimento novo. 
O professor mediador, como mediador da aprendizagem do seu grupo de alunos, 
precisa demonstrar interesse pela melhoria do processo ensino-aprendizagem e 
incluir no seu planejamento atividades que incentivem o pensamento crítico e a 
colaboração. 
Para Masetto (2000), uma boa forma de atuar como um bom mediador de 
aprendizagem é: 
 
 
22 
 
 
...dialogar permanentemente de acordo com o que acontece no momento; trocar 
experiências: debater dúvidas, questões ou problemas; apresentar perguntas 
orientadoras; orientar nas carências e dificuldades técnicas ou de conhecimento 
quando o aprendiz não consegue encaminhá-las sozinhos; garantir a dinâmica 
do processo de aprendizagem; propor situações-problema e desafios; 
desencadear e incentivar reflexões; criar intercâmbio entre e aprendizagem e a 
sociedade real onde nos encontramos, nos mais diferentes aspectos; colaborar 
para estabelecer conexões entre o conhecimento adquirido e novos conceitos; 
fazer a ponte com outras situações análogas; colocar o aprendiz frente a frente 
com questões éticas, sociais, profissionais por vezes conflitivas; colaborar para 
desenvolver crítica com relação a quantidade e à validade das informações 
obtidas; cooperar para que o aprendiz use e comande as novas tecnologias para 
suas aprendizagens e não seja comandado por elas ou por quem as tenha 
programado; colaborar para que se aprenda a comunicar conhecimentos seja 
por meio de meios convencionais, seja por meio das novas tecnologias. 
Para realizar uma mediação pedagógica eficaz e propiciar a interação 
entre os alunos, é necessário conhecer o seu nível de conhecimento real e as 
relações que se estabelecem entre os participantes, para posteriormente criar 
situações de aprendizagem colaborativas. 
Neste sentido, a comunicação, seja oral ou escrita, é vista como a base 
do processo de aprendizagem a distância, valorizando a construção do 
conhecimento por meio de debates, tanto de ideias e/ou conceitos estudados, 
como também de ideias e experiências dos próprios cursistas. 
De acordo com Peters (2003): 
 (...) o diálogo torna-se importante pedagogicamente porque nele linguagem, 
pensamento e ação estão intimamente relacionados e porque realizam o 
desenvolvimento individual e social do ser humano. 
Para que todo este processo seja bem-sucedido, é essencial que o 
professor mediador saiba planejar a sua atividade didática, utilizando da melhor 
forma os recursos disponíveis nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem. 
Suponha que o aluno não saiba o que é uma tabela periódica, nunca tenha 
visto, nunca sequer tenha ouvido falar nela,o que fazer? Que tal começar 
discutindo para que serve uma tabela? Iniciar dizendo que serve para organizar. 
Por exemplo, falar da tabela de classificação do campeonato de futebol ou outro 
esporte qualquer. Esta sensibilização ajudará o aluno a chegar à tabela periódica 
(com seus exemplos, orientações, reflexões, questões, contextos, discussões, 
provocações). 
Este processo será reconhecido como processo de mediação. 
 
23 
 
 
3. Ferramentas disponíveis em Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
(AVAs) – Síncronas e Assíncronas 
Existem diversas plataformas de aprendizagem – Moodle, BlackBoard, 
Canvas, ambientes próprios - que possibilitam a comunicação remota e/ou em 
tempo real entre os participantes de um curso a distância. 
Um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) só se torna uma verdadeira 
comunidade de aprendizagem, capaz de apoiar e promover novas formas de 
relações com o conhecimento, quando há interação entre os participantes. 
Para cada perfil e para cada objetivo, os Ambientes 
Virtuais de Aprendizagem possuem ferramentas 
específicas, desenvolvidas para atender às necessidades 
de cada curso. Suas funções são distintas e devem ser 
observadas com cuidado, para que sua utilização seja 
eficaz e apoie a implementação pedagógica e 
metodológica demandada. 
As ferramentas disponíveis no Ambiente de 
Aprendizagem podem ser classificadas em síncronas e assíncronas: 
Síncronas: quando os participantes estão conectados em tempo real. 
Exemplos: chat, videoconferência, encontros em mundos virtuais, games 
interativos, etc. 
Assíncronas: quando a interação ocorre sem dia e horário definidos: 
fórum, portfolio, bloco de notas, questionário, wiki, blog, envio de arquivo, 
webquest, correio eletrônico, enquete, etc. 
As ferramentas síncronas, conectadas em tempo real, permitem uma 
intervenção normalmente rápida, clara e objetiva sobre um determinado tema 
previamente escolhido. Podem ser utilizadas também para reuniões informativas 
e/ou deliberativas, como também para sanar eventuais dúvidas. 
Possibilitam comunicação entre todos os participantes, como também 
atendimento personalizado. Exigem rapidez de raciocínio para a interpretação 
das mensagens e habilidade de síntese para elaborar respostas e 
questionamentos. 
Algumas ferramentas como o chat, possibilitam a divisão da turma em 
grupos para a realização de alguma atividade, com o retorno posterior dos alunos 
no ambiente para expor e debater suas conclusões. 
 
 
 
24 
 
 
Infelizmente algumas plataformas de aprendizagem oferecem o chat 
somente de texto, sendo necessário a utilização de ferramentas complementares 
(como por exemplo, o Skype), de modo a otimizar o encontro virtual. 
As ferramentas síncronas possibilitam aos cursistas a vivência do 
“estarem juntos virtualmente” (VALENTE, 2003), sendo muito eficaz na criação 
de vínculos afetivos, facilitando a interação do grupo. 
Já as ferramentas assíncronas contribuem para que a discussão ocorra 
em momentos distintos e possuem algumas vantagens: 
• Flexibilidade de horário: O aluno pode dedicar-se ao curso no 
momento em que lhe for mais apropriado, incluindo a duração e frequência de 
suas sessões de estudo. Além de ter acesso ao material, especialmente na 
internet, a qualquer hora, dia e lugar. 
• Flexibilidade de lugar: O estudante pode dedicar-se ao curso no lugar 
onde lhe for conveniente, sem haver necessidade de local predefinido. 
• Flexibilidade de ritmo: O estudante pode evoluir nos estudos dos 
conteúdos didáticos segundo a sua velocidade de aprendizado pessoal. Assim, 
ele pode estudar uma determinada matéria em menos ou mais tempo que nas 
aulas de um curso interativo ou presencial. 
• Tempo para reflexão: Tanto o mediador quanto o aluno têm 
oportunidade e tempo para se esclarecerem quanto às ideias do conteúdo, 
consultar outras fontes a fim de enriquecer o conhecimento. 
• Aprendizado local: Como a tecnologia possibilita o acesso às 
informações de qualquer lugar e a qualquer hora, o estudante pode mais 
facilmente integrar os conteúdos do curso ao seu ambiente, seja em casa ou no 
trabalho, em qualquer dia e horário. 
• Custo razoável: Mecanismos de comunicação assíncrona exigem 
menos sofisticação por parte de tecnologias. 
Como desvantagem podemos citar que as ferramentas de natureza 
assíncrona deixam a desejar quanto à interação do aluno com os mediadores e 
com outros alunos, fazendo sentir-se uma possível sensação de isolamento. 
Para esse momento assíncrono, é importante dar bastante atenção à 
comunicação, sobretudo, à contextualização. Valorize o contexto que visa 
explorar junto ao aluno. 
 
 
 
25 
 
 
Um exemplo bem-humorado aparece na figura a seguir. 
 
Perceba que seja pelo contexto (no caso da palavra fogo), seja pela 
colocação da vírgula (no caso da autorização para ir), o sentido sofre alteração. 
No momento assíncrono deve-se ter muita atenção com a comunicação e com 
a clareza da proposta, principalmente quando esta se dá de forma escrita. 
4. Como dar feedbacks aos estudantes 
O feedback, que pode ser traduzido como retroalimentação ou devolutiva, 
é o ato de retornar uma informação ao aluno durante ou após a conclusão de 
uma atividade. É essencial para uma aprendizagem eficaz. 
 
O feedback deve estar voltado tanto para o processo quanto para os 
resultados da aprendizagem e deve incluir ações de: 
• orientação ao aluno sobre as etapas do processo. 
• identificação de erros durante o processo, assim como das causas 
desses erros e possíveis correções de caminho. 
• fornecimento de critérios para a avaliação final da atividade. 
 
 
26 
 
 
De acordo com o tipo de atividade proposta, podemos observar vários tipos de 
feedbacks: 
1. indicação simples da resposta certa ou errada, sem nenhuma informação 
extra. 
2. indicação da resposta certa ou errada, com explicação do porquê. 
3. fornecimento de subsídios para que o próprio aluno possa determinar se a 
resposta está certa ou errada e o porquê. 
4. oferecimento de informação cumulativa sobre o progresso do aluno durante 
as fases de uma atividade. 
5. oferecimento de atividades extras para que o aluno possa aplicar o feedback 
recebido a novas situações e complementar o seu conhecimento. 
Discutiremos aqui também, como dar o feedback nas ferramentas síncronas e 
assíncronas. 
• Feedback nas ferramentas síncronas 
As ferramentas síncronas, como visto anteriormente, possibilitam o debate 
espontâneo de ideias, bem como o partilhar de experiências. As relações 
estabelecidas neste contexto favorecem o respeito e a valorização de diferentes 
formas de ser, pensar, agir e se relacionar. 
O feedback, na verdade, a própria participação/interação do professor mediador, 
deve ser rápido, claro, conciso, enriquecendo as discussões sobre o referencial 
teórico, de modo a favorecer a aprendizagem a distância. 
Neste processo de comunicação, quando na forma escrita, até por causa da 
limitação de caracteres que algumas plataformas possuem, o uso de palavras 
abreviadas no meio virtual, o chamado “internetês” pode ser aceito. Ex.: vc, pq, 
dp, etc. Porém, ao professor mediador, muitas vezes, mesmo com necessidade 
de concisão, não é recomendado adotar as abreviações e fazer uso do 
internetês. 
• Feedback nas ferramentas assíncronas 
Considerando os diversos tipos de AVAs, temos basicamente as seguintes 
ferramentas assíncronas: fórum e editores de textos (portfolio, questionário, 
envio de arquivo, bloco de notas, etc). 
Diferentemente do que ocorre na mediação das atividades nas ferramentas 
síncronas, no caso da mediação nestas ferramentas, deve-se salientar que o usocorreto da língua portuguesa em sua norma culta é fundamental. Coesão e 
coerência também são fatores imprescindíveis para uma comunicação eficaz. 
 
 
27 
 
 
• Mediação em editores de texto 
A mediação em editores de texto ocorre por meio do acompanhamento 
individualizado dos integrantes da comunidade virtual. É o momento em que o 
mediador deve aproveitar para conhecer melhor a “bagagem” que o aluno traz 
sobre o tema trabalhado para então interagir com ele de forma a solidificar e/ou 
construir novos conhecimentos. 
A análise do conteúdo individualizado dos editores de texto fornece 
informações que permitem ao docente traçar o perfil do aluno em termos de 
interesses, de habilidades e capacidades, desenvolvidas e por desenvolver. Por 
sua vez, esse perfil constituirá a base para o planejamento de atividades, leituras 
complementares e tarefas individualizadas. 
Ao mediar qualquer atividade elaborada em editores de texto, é fundamental 
que alguns elementos constem no feedback: 
• estabelecimento de um diálogo com o texto elaborado pelo aluno, para 
estimular, reforçar ou divergir das ideias e conceitos ali presentes, 
proporcionando reflexões sobre o tema. 
• diálogo com o texto de referência – este é um ótimo momento para explorar a 
leitura, indicar novas abordagens, problematizar, citar passagens, propor 
aprofundamentos, etc. 
• motivação e estímulo para que o aluno continue realizando as atividades. 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
5. Mediação de fórum 
A mediação no fórum visa ao 
fortalecimento da comunidade virtual e a 
construção do conhecimento pela troca de 
experiências coletivas. 
Para que o fórum cumpra com este 
papel, é importante que tanto o aluno quanto o 
professor mediador conheçam e cumpram com 
critérios de participação e avaliação da 
atividade. É muito comum o aluno questionar 
sobre quantas vezes ele deverá participar do 
fórum e de que forma sua participação será avaliada para atribuição de uma nota 
ou menção. O professor mediador ao avaliar os fóruns deve considerar aspectos 
qualitativos e quantitativos da participação dos alunos. 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Exemplos de critérios a serem considerados para avaliar a participação 
do aluno: 
• A quantidade de participações, a qualidade e a coerência com o 
tema proposto são critérios a serem levados em consideração para a 
avaliação e/ou atribuição da nota/menção. 
• Somente as mensagens postadas dentro do período de realização 
da atividade serão consideradas para fins de avaliação. 
• Todas as participações devem ser justificadas por meio de 
argumentos coerentes e consistentes em relação ao tema do fórum. 
• A pesquisa é importante para embasar a argumentação, mas 
apresente sempre a sua opinião sobre o assunto. 
• Caso copie algum trecho de livros e/ou Internet, não se esqueça 
de citar a fonte consultada. Para trabalhar com um fórum virtual, 
precisamos estar atentos a três elementos chave: abertura, condução e 
conclusão. 
• Abertura 
A abertura deve ser adequada ao tema proposto para discussão, 
contemplando duas ações: 
• Contextualização: orientação sobre o tema a ser debatido e 
explicitação da finalidade – do que se pretende com essa discussão 
• Motivação: elaboração de uma espécie de “convite para o 
evento”, tendo em vista a assincronicidade da ferramenta. Assim 
sendo, é preciso compreender a abertura do fórum como um 
momento relevante, em que a redação do texto também apresente 
algumas peculiaridades. Muito embora o texto ideal seja dirigido a 
todos os participantes, é indispensável que, ao mesmo tempo, seja 
também personalizado: o participante que se sente pessoalmente 
convidado a contribuir é mais ativo na discussão. Exemplos de frases 
direcionadas e motivadoras: “conto com sua participação”, “você tem 
muito a contribuir com nossa discussão”, etc. 
 
 
 
30 
 
 
Exemplo: 
Car@ alun@, 
Segue o questionamento inicial para o nosso fórum de debate sobre 
o tema Administração Financeira da nossa disciplina: 
A queda do valor do dólar americano (US$) em relação ao real (R$) 
é boa para o crescimento econômico do Brasil? 
Para ter sucesso em suas participações, não deixe de consultar os 
materiais de estudo da agenda e os critérios de avaliação da participação 
em fóruns de debate. 
Conto com sua participação! 
Mãos à obra, 
Fulano de Tal. 
• Condução 
Um fórum devidamente aberto é importante, mas não garante o seu bom 
funcionamento. A boa condução de um fórum deve ser capaz de articular as 
contribuições dos participantes, e deve contemplar as seguintes ações: 
• Destacar pontos relevantes da(s) consideração/considerações 
do(s) participante(s) 
• Propor questionamento buscando alcançar outros pontos de vista. 
• Manter a discussão do tema em estudo. Ao perceber que algum 
participante se desviou do foco, o mediador deve reconduzir a conversa 
de forma a não constrangê-lo, fazendo os ajustes conceituais necessários 
para a retomada da discussão. 
A má condução do fórum, por sua vez, ocorre quando: 
• O mediador abre o fórum e o abandona, isto é, não comenta e nem 
contribui para a discussão. 
• Atua de maneira protocolar, com postagens que não acrescentam 
nada ao que já está colocado. 
 
 
 
31 
 
 
Exemplo: 
Aluno 1: A baixa do dólar prejudica a economia do país. 
Aluna 2: A queda do dólar não prejudica necessariamente a economia do 
país. 
Caros aluno 1 e aluna 2, vocês manifestaram opiniões contrárias em 
relação ao tema, mas deixaram de embasá-las com argumentos que sustentem 
as afirmações. O dólar baixo prejudica todos ou alguns setores da economia? 
Há setores que são beneficiados? E a população em geral, aumenta ou diminui 
seu poder de compra? 
Por favor complementem suas respostas. 
Cordialmente, Fulano de Tal. 
• Conclusão 
Por fim, temos a conclusão do fórum, que deve apresentar um apanhado 
geral das participações, destacando pontos importantes e refletindo se a 
discussão atingiu a finalidade de sua abertura. 
Exemplo: 
Prezadas(os) 
Chegou o dia de encerrarmos este fórum de debate. 
A atividade proporcionou um intenso processo de aprendizagem coletiva 
onde todos saímos fortalecidos. Consensos foram estabelecidos, divergências 
foram respeitadas e assim pudemos construir um melhor entendimento sobre os 
efeitos da valorização e, por consequência, da desvalorização da nossa moeda 
frente ao dólar. 
Foram muitos os aspectos analisados. Sucintamente debatemos sobre: 
• Os motivos que levam à valorização do real em relação ao dólar; 
• Os efeitos da queda do dólar sobre a população em geral; 
• O papel do Banco Central, procurando regular o mercado; e 
• A queda do dólar não é um fenômeno apenas brasileiro. 
Agradeço a dedicação e a colaboração de todas/os. 
Abraços, Fulano de Tal. 
 
 
32 
 
 
O não cumprimento ou cumprimento inadequado de um destes três 
passos do fórum – abertura, condução e conclusão – pode comprometer 
negativamente a construção de uma experiência coletiva enriquecedora de 
aprendizagem para a comunidade virtual, além de desperdiçar o potencial da 
ferramenta em questão. 
Pior do que receber um feedback inadequado, é não receber feedback 
algum. Toda e qualquer postagem do aluno deve ser comentada pelo mediador 
de aprendizagem 
Ampliando Horizontes 
José Gimeno Sacristá, no livro Educar por Competências, 
destaca vários aspectos com referência aos fatores cognitivos, 
metacognitivos e motivacionais, entre eles: 
• O conhecimento é construído de modo ativo pelo aprendiz, não é 
recebido de modo passivo pelo exterior. A aprendizagem relevante doconhecimento implica ação por parte do aluno. 
• Encontrar o problema adequado é tão importante quanto resolvê-lo. 
• É necessário introduzir dissonâncias e conflitos cognitivos na escala 
habitual de raciocínio do indivíduo ou do grupo, utilizando questões ou problemas 
provocadores, a fim de abrir horizontes e desestabilizar pressupostos não 
questionados. 
• A motivação é o motor da aprendizagem, e a motivação se encontra 
influenciada pelas emoções, pelas crenças, pelos interesses e pelos valores. 
• Os aprendizes se motivam mais e aprendem melhor quando trabalham 
com problemas reais. 
O que significa mediar atividades dos alunos? 
Significa: 
• Participar da construção do conhecimento da turma. 
• Estar presente no olhar do aluno. 
• Suscitar novos questionamentos. 
• Apontar novos caminhos. 
• Organizar situações de aprendizagem. 
• Planejar e propor atividades. 
 
 
33 
 
 
• Disponibilizar materiais de apoio com o uso de múltiplas mídias e 
linguagens. 
• Fornecer informações relevantes. 
• Incentivar a busca de distintas fontes de informações e a realização de 
experimentações. 
• Provocar a reflexão sobre processos e produtos. 
• Favorecer a formalização de conceitos. 
• Propiciar a interaprendizagem e a aprendizagem colaborativa. 
• FAZER PARTE DA TORCIDA DE SEU SUCESSO PROFISSIONAL. 
 
• E para complementar seus estudos, veja o vídeo Interatividade e 
Aprendizagem 
(Fonte: https://youtu.be/L2Kg5HnC4AU. Acesso em 28 de junho de 
2018.) 
 
• E leia o artigo Mediação pedagógica e educação a distância: as 
competências do tutor e a motivação para aprendizagem, de autoria 
de Cláudia Alexandra Bolela. 
(Fonte:http://esud2014.nute.ufsc.br/anais-
esud2014/files/pdf/128129.pdf. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
Atividade Prática. 
Car@ Cursista, 
Sabemos que o ensino é baseado, entre outras coisas importantes, no diálogo 
e nas relações positivas que são construídas entre professores x alunos x 
comunidade escolar. Um diálogo bem feito pode evitar ruídos desnecessários 
na comunicação bem como contribuir para um bom clima para o ensino e para 
a aprendizagem. 
Na educação a distância, o diálogo, seja síncrono ou assíncrono, é bastante 
valorizado. Um momento assíncrono em que o diálogo pode ser exercitado é 
durante as discussões do Fórum. Outro momento, que pode ser síncrono ou 
assíncrono, é o feedback que, traduzido como retroalimentação ou devolutiva, 
é o ato de retornar uma informação ao aluno durante ou após a conclusão de 
uma atividade. 
Enfim, exercitar o diálogo é sempre muito importante. 
• 1 Agora você deverá mediar a seguinte situação em um fórum. 
Suponha que dois alunos A e B, numa discussão conflituosa sobre o tema 
Bullying, tragam as seguintes declarações durante um fórum sobre a questão 
“O bullying prejudica a relação entre as pessoas? Justifique a sua resposta”. 
Aluno A – Não acho que prejudica. Isso é coisa de “fracote” que não aguenta 
brincadeiras. 
Aluno B – Olá colegas e Aluno A 
Particularmente, compreendo que o bullying prejudica a relação entre as 
pessoas sim, pois não se trata de uma simples brincadeira. Brincadeira é algo 
em que todos se divertem. Bullying, na realidade, é demonstrado com atos de 
violência (física ou não) que ocorrem de forma intencional e repetitiva contra 
um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às 
agressões sofridas. 
 
35 
 
Aluno A, as pessoas que sofrem ou sofreram bullying, muitas vezes, se isolam 
e isso prejudica sim a relação entre as pessoas e o próprio desenvolvimento 
delas. Aluno A, acho que deve rever seus conceitos. 
Aluno A - Aluno B, que rever conceitos o que. Você deve ser um daqueles que 
não aguenta brincadeira. Não aguenta, bebe leite! 
Agora você fará o papel do professor mediador do fórum e deverá, para tanto, 
articular a participação dos Alunos A e B, sobretudo recolocando o Aluno A 
num papel mais relevante e menos agressivo na discussão. 
RESPOSTA ESPERADA: 
Sugestão de condução 
Olá turma! 
Muito interessante os apontamentos. Fico feliz que a discussão sobre bullying está “bombando”. 
Os Alunos B, C, D e E fizeram contribuições importantes. Isso mesmo, estão no caminho certo. 
Aluno A e B, vejo que estão num papo acalorado. Mas vamos, então, discutir um pouco melhor? 
Aluno A, verifico que você tem uma opinião bastante forte sobre a questão do bullying. A 
indicação que faz, ao descrever que quem sofre bullying é “fracote” não se relaciona 
adequadamente com o texto básico. Com certeza, podemos avançar juntos. Para tanto, é 
interessante ampliar o universo da discussão para nos ajudar a aprender em comunhão. 
Certamente, você leu o texto básico proposto para a atividade. Desse texto, os alunos B, C, D e E 
extraíram as considerações que contribuíram bastante com o debate. Peço que retome as p. 2 e 
3 do texto, momento que o autor esclarece conceitualmente o que é o bullying. Após, reveja a 
sua postagem justificando o motivo de o bullying não poder ser encarado como uma mera 
brincadeira. Conto com você! 
Aproveitando a ocasião, peço a todos que retomem o texto e explicitem como são classificados 
os tipos de bullying? Exemplifiquem. 
Bons estudos e... 
Vamos que vamos. 
Professor Mediador 
Atenção, obviamente este um exemplo de condução entre muitos que você pode 
construir. 
Relembrando... 
A boa condução de um fórum deve ser capaz de articular as contribuições dos 
participantes, e deve 
contemplar as seguintes ações: 
 
36 
 
• Destacar pontos relevantes da(s) consideração/considerações do(s) 
participante(s) 
• Propor questionamento buscando alcançar outros pontos de vista. 
• Manter a discussão do tema em estudo. Ao perceber que algum participante se 
desviou do foco, o mediador deve reconduzir a conversa de forma não 
 
constrangê-lo, fazendo os ajustes conceituais necessários para a retomada da 
discussão. 
A má condução do fórum, por sua vez, ocorre quando: 
• O mediador abre o fórum e o abandona, isto é, não comenta e nem contribui 
para a discussão. 
• Atua de maneira protocolar, com postagens que não acrescentam nada ao que 
já está colocado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
Metodologias de Aprendizagem Inovadoras 
Possíveis aplicações na EaD 
 
Me-to-do-lo-gi-a e i-no-va-ção. Isso mesmo, ao falar 
pausadamente parece que ajuda um pouco a suavizar os 
impactos que estas palavras trazem à docência, seja ela 
presencial ou a distância. Falou em ensino, falou em 
metodologia a qual, sabemos, tem sua origem semântica na 
palavra método, que é um conjunto de meios dispostos 
convenientemente para alcançar um objetivo, especialmente, conhecimento 
científico (DICIONÁRIO UNESP, 2012, p.916). E na educação, como funcionam 
estes métodos? Certamente, todos os professores têm seus métodos para 
ensinar, sejam baseados em teorias de aprendizagens consagradas ou não? 
Convidamos você a pensar em metodologias inovadoras aplicáveis à 
educação e como podem ser nossas aliadas, especialmente, na educação a 
distância. E aí, quais têm sido as suas metodologias para ensinar? 
Na Unidade 5 vamos conhecer e, caso você já conheça, discutir um pouco 
sobre metodologias que estão em evidência junto a muitos professores. 
Mergulharemos no universo da Sala de aula invertida (flipped classroom), 
Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), Objetos de Aprendizagem e 
Cultura Maker. 
Momento de Reflexão 
Você certamente já ouviu falar termos como “metodologias” e 
“objetos de aprendizagem”, mas... O queseriam esses tais objetos? 
Você já utilizou algum deles para ensinar ou aprender? Já ouviu algo sobre 
Cultura Maker ou sobre a cultura do faça você mesmo, ou seja, pôr a “mão na 
massa”? 
Você já teve contato com metodologias como a 
Aprendizagem Baseada em Problemas, a tal “PBL” e a 
sala de aula invertida? Sim ou Não? Será que estas 
metodologias funcionam? E quanto à postura do aluno 
nesse cenário? É importante que ele seja desafiado a 
fazer atividades colaborativamente? 
Em que medida elas são importantes para a Educação? 
Enfim, essas são algumas das provocações sobre as quais vamos ajudá-
lo a refletir. 
 
38 
 
 
• Assista ao vídeo “A história da tecnologia na educação” e reflita um 
pouco sobre o impacto histórico dela sobre todos nós. 
(Fonte: https://youtu.be/0oCtlQXy-i4. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
Por que aprender? 
Com o passar do tempo, tanto quem ensina como quem aprende 
desenvolve suas próprias estratégias para vencer seus desafios diários; se a um 
cabe ensinar e motivar, ao outro cabe aprender com entusiasmo. 
No que diz respeito à classe docente, com maior ou menor ênfase, 
sistematicamente exige-se que esta esteja alinhada com seu tempo e que lance 
mão de novas estratégias para, inclusive, seduzir e envolver o estudante na 
aprendizagem e para despertar a autonomia, a independência, a consciência 
crítica etc. 
Pergunta-se retoricamente: 
de que modo os alunos aprendem? 
Como lidam com os desafios que 
lhe são propostos? Como se saem 
quando são orientados a trabalhar 
colaborativamente pondo a mão na 
massa? São muitas as perguntas e 
há, sem dúvidas, muitos estudiosos 
que se propuseram e/ou se 
propõem a pensar nestas questões e a procurar respostas para elas. Teorias de 
aprendizagem como Behaviorismo e Construtivismo, entre outras, sempre 
ganham espaço nestas reflexões. Porém, agora, para além da aula “giz, lousa e 
saliva”, há que se refletir sobre a necessidade de ter, sim, estratégias 
diferenciadas para ensinar. 
 
Para Começar o Assunto 
Ao se falar em novas metodologias de ensino, logo o 
professor pensa: Lá vem mais do mesmo! Será? 
 
 
 
 
 
39 
 
 
Imagine a seguinte situação: o professor chega na classe que está 
desatenta, desmotivada, pouco disposta a corresponder às propostas mais 
tradicionais de aula. Reconheceu? Essa é uma realidade com a qual 
praticamente todos os docentes já se depararam. Entretanto, embora pouco 
afeito à participação em uma aula tradicional, o estudante tende a ficar ao menos 
curioso quando se tem algo diferente. 
Pensando minimamente no perfil do estudante, desde o início dos anos 
2000, percebe-se que a comunidade escolar está, cada vez mais, conectada. O 
relatório TIC Educação 
https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/TIC_EDU_2016_LivroEletronico.pdf, 
p. 104 – 105), sustenta que “o telefone celular foi o principal dispositivo para 
acesso à Internet para 77% dos alunos usuários da rede” e que “o telefone 
celular foi o equipamento mais utilizado (93%) pelos alunos de escolas 
localizadas em áreas urbanas em 2016”. Além disso, outras discussões 
importantes podem ser motivadas por este relatório especialmente se 
trouxermos à baila o computador de mesa, o notebook, o tablet, videogame, 
televisão com acesso à internet, leitores digitais etc. Enfim, o que não se pode 
ignorar são as potencialidades das ferramentas digitais para o ensino-
aprendizagem. 
É pensando sobre esse retrato de utilização das ferramentas digitais e do 
trabalho colaborativo que trabalharemos com estratégias de aprendizagem 
considerando: 
1) A Cultura Maker, que se trata da cultura do “faça você mesmo” 
proveniente do inglês, Do-It-Yourself. 
2) Os Objetos de Aprendizagem que são, entre outras definições, 
recursos pedagógicos digitais disponíveis na Web. 
3) A Aprendizagem Baseada em Problemas (ou PBL do inglês Problem 
Based Learning), uma proposta pedagógica baseada na solução de problemas 
reais ou simulados. 
4) A sala de aula invertida (flipped classroom), uma estratégia que, como 
o próprio nome diz, propõe a inversão do papel do aluno frente ao conhecimento 
a ser adquirido. 
Conhecendo estas práticas, busca-se desenvolver competências 
relacionadas à análise, seleção, planejamento e organização de objetos 
didáticos que facilitem ou fomentem novas estratégias para o ensino 
aprendizagem, sobretudo, para a aprendizagem colaborativa em sala de aula. 
 
 
40 
 
 
Assim, convidamos você a pensar em como estas metodologias podem 
ajudar na preparação das aulas e na motivação dos alunos para estudar. 
 
Mergulhando no Tema 
 
1 Cultura Maker 
Segundo a Wikipédia, o Movimento Maker é uma extensão da cultura 
Faça-Você-Mesmo ou, em inglês, Do-It-Yourself (ou simplesmente DIY). Esta 
cultura moderna tem em sua base a ideia de que pessoas comuns podem 
construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e 
projetos com suas próprias mãos. 
E o que isso tem a ver? O que vem a ser o Movimento Maker? O que é 
“fazer coisas”? O que é um ambiente propício para criação? 
• Para saber mais, assista ao vídeo “Makers: faça você mesmo!” Um 
vídeo concebido pela Telefônica do Brasil e que traz uma entrevista 
esclarecedora sobre as potencialidades do Movimento Maker. 
(Fonte: https://youtu.be/jg-xmlM1LAA. Acesso em 24 de abril de 2018.) 
Cabe a nós, no entanto, refletir sobre a incorporação desta cultura na 
escola. Nos “fab labs pessoas de todas as idades podem construir, consertar, 
modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos com suas 
próprias mãos.” 
• Uma vez compreendido do que se trata o Movimento Maker, vamos 
nos aprofundar um pouco mais sobre o assunto assistindo ao vídeo 
da TEDx Ibemec, em que a Heloísa Neves, empresária que trabalha 
desenvolvendo espaços Lab Makers pelo Brasil, comenta sobre esta 
cultura que está se fortalecendo. 
(Fonte: https://youtu.be/jM5H9ezIIgs. Acesso em 24 de abril de 2018.) 
• E esse movimento tem futuro? Qual é o futuro do Movimento Maker? 
Veja o que dizem alguns Makers no vídeo. 
(Fonte: https://youtu.be/n1Ld1H3AN6E. Acesso em 24 de abril de 2018.) 
 
Existem muitos portais, sites e blogs que apresentam, orientam e 
discutem o Movimento Maker. Alguns deles comparam tal movimento a uma 
terceira ou quarta Revolução Industrial. 
 
41 
 
 
O site Futuro Exponencial traz um resumo sobre este universo. Para saber 
mais clique em: https://futuroexponencial.com/movimento-maker/. 
E agora, como funciona o movimento Maker na educação? 
O Portal Net Claro Embratel traz algumas considerações de Paulo 
Blikstein, professor na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e 
responsável por implantar os chamados Fab Labs (fabulous laboratory ou 
laboratório fabuloso) ao redor do mundo. A reportagem, de Leonardo Valle, 
indica “7 vantagens de integrar a cultura maker ao currículo escolar”. 
Para saber sobre estas vantagens leia a reportagem na íntegra 
(Fonte:https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/nossas-
novidades/reportagens/7-vantagens-de-integrar-a-cultura-maker-ao-curriculo-
escolar/. Acesso em 24 de abril de 2018.) 
Embora a Cultura Maker esteja estritamente ligada ao mundo digital, é 
bom lembrar que a cultura “do fazer” pode ser analógica também. Assim, 
podemos considerar que pessoas trabalhando colaborativamente, prototipando, 
construindo, transformando ideias em produtos também são consideradas 
makers. 
Não deixe de consultar o Portal Net Claro Embratel que traz, ainda, planos 
de aula, estudos para formação continuada de professores, videoaulas, relatos 
inspiradores com experiênciasque deram certo em educação, notícias e 
novidades. 
(Fonte:https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/.Acesso em 
28 de junho de 2018.) 
Para ratificar a força deste movimento pelo mundo, assista agora, ao 
vídeo do Mundo S/A: o movimento “maker”, que traz, ainda, planos de aula, 
estudos para formação continuada de professores, videoaulas, relatos 
inspiradores com experiências que deram certo em educação, notícias e 
novidades. 
(Fonte: http://g1.globo.com/globo-news/mundo-sa/videos/v/mundo-sa-o-
movimento-maker/5920044/. Acesso em 24 de abril de 2018.) 
Um tema bastante ligado ao Movimento Maker e evidenciado para quem 
trabalha com educação é a linguagem de programação. Há autores, 
principalmente ligados ao mercado de trabalho e/ou à educação profissional, que 
indicam como condição importantíssima para o sucesso, o domínio sobre a 
linguagem de programação, tratando-a como um novo idioma – necessário - a 
ser aprendido. 
 
42 
 
 
E já que estamos falando em programação, você sabe o que é Arduíno? 
Arduíno é uma plataforma de prototipagem open source. Prototipagem? 
Segundo Wikipédia, a Arduíno é uma plataforma de prototipagem 
eletrônica de hardware livre e de placa única, com linguagem de programação 
padrão. 
E, na prática, o que isso quer dizer? Quer dizer que esse microcontrolador 
permite que você programe muitas coisas que podem variar desde luzes, 
temperatura, movimentos, presença de uma pessoa num ambiente, “casas 
inteligentes” etc. Sua possibilidade de programação é quase infinita. Veja o que 
diz um de seus criadores Massimo Banzi. 
(Fonte: https://www.filipeflop.com/blog/o-que-e-arduino/. Acesso em 24 
de abril de 2018.) 
 
Mergulhando no Tema 
2. Objetos de Aprendizagem 
Segundo a Wikipédia, objeto de aprendizagem é uma unidade de 
instrução/ensino reutilizável. De acordo com a Learning Objetcs Metadata 
Workgroup, objetos de aprendizagem (Learning Objects) podem ser definidos 
por “qualquer entidade, digital ou não digital, que pode ser utilizada, reutilizada 
ou referenciada durante o aprendizado suportado por tecnologias”. Dada ao 
extenso uso de recursos digitais, os Objetos de Aprendizagem disponíveis na 
Web vem sendo nomeados de Objetos Digitais de Aprendizagem (ODA). 
Para avançar mais, clique aqui e verifique como diversos outros autores 
definem os Objetos de Aprendizagem. 
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Objeto_de_aprendizagem. Acesso em 
23 de abril de 2018.) 
O site Objetos de Aprendizagem (Disponível em 
http://objetosdeaprendizagem.com.br. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
trabalha, como o próprio nome já anuncia, com objetos de aprendizagem: Ideias 
Criativas em Educação. Segundo o site, seus idealizadores, educadores de 
diversas áreas, realizam o trabalho de forma voluntária e com intuito de 
compartilhar informações relevantes sobre educação e tecnologia. No caso, 
compreendem Objetos de Aprendizagem como recursos digitais reutilizáveis que 
podem apoiar a aprendizagem não só em locais de onde se pratica a educação 
considerada formal, mas em qualquer lugar. 
 
 
43 
 
 
O vídeo a seguir traz uma entrevista com o educador Sérgio Lima que 
trabalha com desenvolvimento de objetos de Aprendizagem. Vamos assistir às 
contribuições do educador? Vamos ver o que envolve a criação de um Objeto de 
Aprendizagem? (Fonte: https://youtu.be/wORl18VqmiA. Acesso em 28 de junho 
de 2018.) 
• Conheça também a Escola Digital e avalie suas potencialidades 
assistindo ao vídeo "O que é Escola Digital?" 
(Fonte: https://youtu.be/Y3_Rs7ecWz4. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
Você estudou as potencialidades dos Objetos de Aprendizagem e 
conheceu algumas plataformas gratuitas que podem contribuir com a elaboração 
de aulas e apresentações mais alinhadas com este universo da educação. 
Em ampliando os horizontes você encontrará mais 10 objetos de 
aprendizagem com as devidas descrições para que possa avançar em seu 
planejamento. 
3. Sala de aula invertida (flipped classroom) 
Segundo a Wikipédia, a sala de aula invertida é chamada assim porque 
inverte a lógica de organização da sala de aula. Com ela, os alunos aprendem o 
conteúdo em suas próprias casas utilizando Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC) por meio de videoaulas ou outros recursos interativos, como 
jogos de computador, textos, vídeos ou outro conteúdo adicional para estudo. 
A sala de aula invertida é 
uma estratégia que, como o próprio 
nome diz, propõe a inversão do 
papel do aluno frente ao 
conhecimento a ser adquirido. 
Nesta metodologia, o aluno sai da 
dimensão passiva de espectador e 
assume uma postura mais ativa, 
uma vez que o conteúdo 
instrucional é estudado previamente 
e as aulas são momentos práticos, com atividades mais dinâmicas e interativas, 
como um pequeno projeto, por exemplo. 
Assista ao vídeo a seguir, produzido pela ESAMC Uberlândia, para 
entender a estrutura da sala de aula invertida 
(Fonte: https://youtu.be/1XTxK2LeZz0. Acesso em 28 de junho de 2018.) 
 
 
44 
 
 
A ideia deste tipo de abordagem foi proposta inicialmente por Lage, Platt 
e Treglia (2000), elaborada como “inverted classroom” e utilizada pela primeira 
vez na Miami University (Ohio, EUA). Mas... o que levou estes educadores a 
pensarem neste formato? Os argumentos utilizados pelos autores para embasar 
a metodologia fundamentam-se na observação de que o formato de aula 
tradicional era incompatível com alguns estilos de aprendizagem apresentados 
pelos alunos. Desta forma, projetaram uma disciplina na qual os alunos 
realizavam, antes da aula, leituras de assuntos pertinentes, bem como assistiam 
a vídeos e apresentações em PowerPoint. Para garantir que os alunos 
estudassem o material, eles tinham que completar uma lista de exercícios gerada 
aleatoriamente e avaliada periodicamente, valendo nota. O tempo utilizado em 
sala de aula era então gasto em atividades que incentivavam os alunos a 
processar e aplicar os princípios estudados em mini palestras, resposta às 
perguntas dos demais alunos, experiências que um grupo de alunos tinha que 
resolver ou na discussão sobre resolução de problemas (VALENTE, 2014). 
Entenda melhor este processo acessando o link a seguir. Ele traz uma entrevista 
da educadora Andrea Ramal com um dos criadores do método. (Disponível em 
http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/sala-de-aula-invertida-
faz-o-aluno-aprender-mais-diz-jonathan-bergmann-pioneiro-no-metodo.html. 
Acesso em 28 de junho de 2018.) 
• Assista ao vídeo a seguir para conhecer um projeto de 
implementação desta metodologia na cidade de Lorena – SP 
(Fonte: https://youtu.be/iaKzy4WzKK4. Acesso em 15 de maio de 
2018.) 
A aplicação desta técnica requer que o docente prepare o material e o 
disponibilize aos alunos por meio de alguma plataforma on-line (vídeos, áudios, 
games, textos e afins) ou física (textos impressos) antes da aula, de modo que 
as atividades presenciais sejam mais qualificadas devido à prévia reflexão dos 
estudantes a respeito do tema que será abordado. Mas como isto é feito? 
• Assista ao vídeo “Planejamento de Flipped Classroom” para saber a 
respeito da preparação das aulas utilizando esta metodologia. 
(Fonte: https://youtu.be/cAmxaE6EjSQ. Acesso em 15 de maio de 
2018.) 
Quanto aos estudantes, a demanda é outra: a abordagem da sala de aula 
invertida pressupõe que o aluno tenha se apropriado do conteúdo em seu tempo 
fora da classe, preferencialmente antes da aula presencial, para que possa 
acompanhar as discussões e alcançar um melhor aproveitamento das 
informações. Será que isto funciona? 
 
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