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Introdução ao Estudo do Direito - Norma (Slides)

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO II
ROTEIRO DE AULA DA UNIDADE 
Profa. Sydia Mara F. de S. Rosas
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
Norma Jurídica
1 - Conceito:
       A Norma Jurídica é a regulamentação da conduta que o individuo deve ter dentro da sociedade em que vive, garantido pelo Poder Publico, pois a Norma Jurídica objetiva atingir certo propósito que visa buscar a Paz Social, implantando uma ordem na vida social.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
2 – VALIDADE DAS NORMAS
Segundo Reale a validade de uma norma de direito pode ser vista sob três aspectos:
Validade Formal ou técnica jurídica – Vigência
Validade Social – Eficácia ou Efetividade
Validade Ética - Fundamento
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
2 .1 – Validade Formal ou Vigência
 Uma norma, para ser válida, deve primeiramente estar integrada no ordenamento jurídico, onde cumprir-se-ão seus processos de formação e produção, em conformidade com as diretrizes e requisitos do próprio ordenamento 
 A validade tanto pode referir-se ao aspecto técnico-jurídico ou formal quanto ao aspecto da legitimidade
 Requisitos da vigência:
– Elaboração por órgão competente
– Competência em razão da matéria do órgão criador
– Observância dos procedimentos para a criação da norma
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
2 .2 – Validade Social – Eficácia ou Efetividade
 A eficácia se refere à aplicação ou execução da norma jurídica.
 A eficácia da norma diz respeito, como diz Kelsen, ao ‘fato real de que ela é efetivamente aplicada e seguida, da circunstância de uma conduta humana conforme à norma se verificar na ordem dos fatos’.
 É o que tecnicamente se chama efetividade da norma. 
Eficácia é a capacidade de atingir objetivos previamente fixados como metas
A eficácia consiste na capacidade de atingir os objetivos nela traduzidos, que vêm a ser, em última análise, realizar os ditames jurídicos objetivados pelo legislador 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
2.3 – Validade Ética - Fundamento
Toda regra jurídica, além de eficácia e validade, deve ter um fundamento.
O fundamento é o valor ou fim objetivado pela regra de direito. É a razão de ser da norma. Impossível é conceber-se uma regra jurídica desvinculada da finalidade que legitima sua vigência e eficácia.
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DO DIREITO
 
3- Eficácia da Lei no Tempo e no Espaço
Noções Iniciais:
Eficácia é a produção dos efeitos jurídicos, ou seja, a aptidão ou idoneidade para produzir fatos jurídicos. Toda norma jurídica tem eficácia limitada no espaço e no tempo, isto é, aplica-se apenas dentro de dado território e por um certo período de tempo. Tais limitações aplicam-se inclusive à norma processual. 
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DO DIREITO
3.1 A eficácia da norma jurídica pode ser dividida em relação ao tempo e ao espaço.
 
Eficácia no Tempo 
A eficácia no tempo refere-se à entrada da lei em vigor. 
Eficácia no Espaço A eficácia no espaço diz respeito ao território em que vai ser aplicada a norma. 
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3.2 As normas jurídicas têm sua vigência e validade limitada:
As leis nascem com a promulgação, mas só entram em vigor opôs a sua publicação.
Salvo disposição contrária, a lei vigora 45 dias após sua publicação, e no exterior 03 meses após sua publicação.
Vocatio legis é período de tempo entre a publicação e a vigência da lei
As leis podem ser revogadas expressamente ou tacitamente;
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3.3 REVOGAÇÃO: Tornar sem efeito uma norma retirando sua obrigatoriedade. Abrange dois sub-conceitos:
Ab-rogação – Supressão total da norma anterior.
Derrogação – Supressão apenas parcial da norma anterior.
 Revogação tácita – A nova norma é incompatível com a anterior.
 Revogação expressa – A lei nova expressamente extingue a anterior.
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 4 – Irretroatividade
A lei é expedida para disciplinar fatos futuros. O passado escapa ao seu império.
 Sua vigência estende-se desde o início de sua obrigatoriedade até o início da obrigatoriedade de outra lei que a derrogue. 
Sua eficácia, em regra, restringe-se exclusivamente aos atos verificados durante o período de sua existência.
Em regra, deve prevalecer o princípio da irretroatividade, as leis não têm efeitos pretéritos, elas só valem para o futuro.
Se a irretroatividade é a regra, a retroatividade será a exceção. 
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DO DIREITO
 4 – Irretroatividade
Por outro lado, casos existem ainda em que a lei nova retroage ao passado, alcançando consequências jurídicas de fatos efetuados sob a égide de lei anterior. 
Essa atuação da lei no tempo dá origem à teoria da retroatividade das leis. É a projeção da lei no passado, ou sobre fatos anteriores. Denomina-se também direito intertemporal 
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DO DIREITO
4 – Irretroatividade
Saliente-se que a retroatividade é exceção e não se presume; deve ocorrer por determinação legal, expressa e inequívoca embora não se requeiram palavras sacramentais.
Mas, entre a retroatividade e a irretroatividade existe situação intermediária, a da aplicabilidade imediata da lei nova a relações que, nascidas embora sob a vigência da lei antiga, ainda não se aperfeiçoaram, não se consumaram. 
 O requisito sine qua non , para imediata e geral aplicação, é também o respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
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5 -DIREITO ADQUIRIDO
O que é direito adquirido?
Direito Adquirido é um direito fundamental, alcançado constitucionalmente, sendo encontrando no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, bem como na Lei de Introdução ao Código Civil, em seu art. 6º,§ 2º.
A CF descreve, in verbis: “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.”
A LICC declara, in verbis: “Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém que por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.”
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DO DIREITO
5 -DIREITO ADQUIRIDO
Elementos caracterizadores: 
 ter sido produzido por um fato idôneo para sua produção; 
 ter-se incorporado definitivamente ao patrimônio do titular.
O que vem a ser, contudo, um direito incorporado ao patrimônio?
Segundo CLÓVIS BEVILÁQUA: "acham-se no patrimônio os direitos que podem ser exercidos, como, ainda, os dependentes de prazo ou de condição preestabelecida, não alterável ao arbítrio de outrem.".
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5 -DIREITO ADQUIRIDO 
O que é exercer o direito?
Distingamos entre direitos reais e pessoais.
Se somos proprietários de um bem, nosso direito é exercido pelo uso de quaisquer das faculdades inerentes ao domínio, como, por exemplo, uso, gozo, alienação do bem.
Tratando-se de direitos pessoais, possuímos direito a uma prestação.
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DO DIREITO
5 -DIREITO ADQUIRIDO
O direito adquirido é aquele cujo exercício não pode ser obstado pela vontade de outrem, inclusive pela vontade da Lei, conforme art. 5.º, XXXVI, da Constituição Federal.
Se tal direito pode ser extinto pela vontade alheia, não se trata de direito adquirido. 
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5 -DIREITO ADQUIRIDO
 ATENÇÃO:
Não confundir direito adquirido com expectativa de direito. Esta é mera possibilidade de aquisição de direito, que depende da implementação de certas circunstâncias, que ainda não se consumou.
A expectativa de direito consiste em um direito que se encontra na iminência de ocorrer, mas que não produz os efeitos do direito adquirido, pois não
foram cumpridos todos os requisitos exigidos por lei. A pessoa tem apenas uma expectativa de ocorrer.
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DO DIREITO
6 -ATO JURIDICO PERFEITO
Ato jurídico perfeito é o ato praticado em certo momento histórico, em consonância com as normas jurídicas videntes naquela ocasião.
LICC: reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
Ato jurídico perfeito é o ato completo, acabado, aquele que nada falta, cujos requisitos todos se cumpriram na pendência da lei sob cujo o império se realizou, e que não é alcançado pela lei nova.
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7 - COISA JULGADA
Considera-se como imutável decisão judicial da qual não caiba mais recurso, então não se pode modificar, portanto, com uma nova lei, decisões que tenham transitado em julgado, ou seja, decisões que não caibam mais qualquer tipo de recurso, de discussão nos tribunais sobre o assunto, sobre processos já encerrados.
Coisa julgada, portanto, é a imutabilidade e indiscutibilidade da sentença.
A coisa julgada pode vir a ser questionada através da ação rescisória (Art. 485 CPC).
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CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE E DA IRRETROATIVIDADE DA LEI NOVA
leis processuais: Determina o ordenamento jurídico brasileiro que, quando se tratar de regras processuais, elas entrarão em vigor para aplicar, inclusive, para os processos em curso ;
 é inconstitucional a norma que retroage para atingir ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
 a irretroatividade é regra, e assim deve ser aplicada mesmo quando houver o silencio da lei sobre o assunto. Somente poderá haver retroatividade quando expressamente autorizado, e desde que, é claro, resguarde o direito adquirido, a coisa julgada, e o ato jurídico perfeito.
 a lei antiga poderá ser aplicada a efeitos futuros de fatos anteriores à nova norma.
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IRRETROATIVIDADE E RETROATIVIDADE BENÉFICA DA LEI NO DIREITO PENAL
No direito penal a irretroatividade está resguardada pelo artigo 5º. Inciso XXXIX do CF, que leciona que “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”., chamado também pelo princípio da reserva legal, ou da legalidade. 
Assim a lei nova nunca retroagirá para transformar em crimes, atos que na época em que foram realizados não eram considerados criminosos.
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DO DIREITO
Entretanto, em direito penal, somente é possível que a lei retroaja para atingir aquelas situações que eram consideradas crimes, mas que em virtude de lei nova deixaram de ser.
Assim a lei nova que deixa de considerar como crime uma conduta, aproveita àquelas pessoas que estão sendo processados ou estão cumprindo pena por este mesmo crime, no sentido de que não mais precisarão cumprir pena ou responder processos por tais fatos, pois em direito penal a lei pode retroagir para beneficiar o réu.

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