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Introdução ao Estudo do Direito - Fatos e Atos Jurídicos (Slides)

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO II 
FATOS E ATOS JURÍDICOS
Profa. Sydia Mara F. de S. Rosas
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
1 - Conceito de FATO
Fato – qualquer ocorrência que interessa ou não ao direito.
Dentre desse mundo dos fatos, surgem os fatos não jurídicos e os fatos jurídicos (ocorrências com repercussão para direito).
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
2- Conceito de FATO JURÍDICO
Em sentido amplo, fato jurídico é o acontecimento, previsto em norma jurídica, em razão da qual nascem, se modificam, subsistem e se extinguem relações jurídicas.
Em sentido estrito, fato jurídico vem a ser aquele que advém, em regra, de fenômeno. 
O fato, para ser fato jurídico, tem que estar inserido num conceito normativo, isto é, numa estrutura normativa. 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
3 - Diferença entre FATO e FATO JURÍDICO
Entendemos por fato jurídico todo e qualquer fato, de ordem física ou social, inserido em uma estrutura normativa. 
Fatos jurídicos são os acontecimentos em virtude dos quais as reações de Direito  nascem e se extinguem
 A expressão fatos jurídicos, em seu sentido amplo, engloba todos aqueles eventos, provindos da atividade humana ou provindos de fatos naturais, capazes de ter influência na órbita do Direito, por criarem, transferirem, conservarem, modificarem ou extinguirem relações jurídicas. 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
4 - Classificação dos FATOS JURÍDICOS
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
4.1 – Fatos Naturais e Humanos
Os Fatos Jurídicos podem ser divididos em Fatos Naturais e Humanos.
4.1.1- O Fato Jurídico Natural é aquele que independe da atuação humana, podendo ser também conceituado como fato jurídico stricto sensu. 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
O fato jurídico stricto sensu classificam-se em:
Ordinário – é o evento natural previsível e comum de ocorrer, como é o caso da morte, do nascimento, da maioridade, menoridade, álveo abandonado. 
 Extraordinário – é o evento decorrente da natureza como o caso fortuito e a força maior, que se caracterizam pela presença de dois requisitos: o objetivo, que se configura na inevitabilidade do evento, e o subjetivo, que é a ausência de culpa na produção do acontecimento.
Trabalho: Diferença entre caso fortuito e força maior 
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DO DIREITO
 
 4.1.2 - Fatos Humanos ou Ato Jurídico Lato Sensu - São ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos, dividem-se em atos lícitos e ilícitos.
Os “atos jurídicos” (que podem também ser denominados atos humanos ou atos jurígenos) são os eventos de uma vontade humana, quer tenham intenção precípua de ocasionar efeitos jurídicos quer não.
Os Atos Jurídicos lícitos são aqueles atos emanados de uma vontade humana, praticados em conformidade com o ordenamento jurídico, e que, por isso, produzem os efeitos almejados pelo agente.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
Os Atos Jurídicos ilícitos, ao contrário dos lícitos, são aqueles atos humanos praticados em desacordo com o que prescreve o ordenamento jurídico, possuindo, portanto, efeitos negativos, tendo em vista que tais atos repercutem na esfera jurídica. 
OBS: O ato ilícito é dito ato jurídico em razão da presença da vontade humana, mas não constitui ato jurídico em sentido amplo, pois o que antijurídico não jurídico. Questão controvertida.
Os atos lícitos se dividem em: 1) Ato jurídico em sentido estrito e 2) Ato-Fato jurídico; 3) Negócio jurídico
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DO DIREITO
A - ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO OU MERAMENTE LÍCITO:
Os atos jurídicos meramente lícitos são atos jurídicos praticados pelo homem, sem a intenção de alcançar efeitos jurídicos que não estejam previstos em lei, é uma manifestação volitiva submissa à lei. 
O ato jurídico em sentido estrito constitui simples manifestação de vontade, que determina a produção de efeitos legalmente previstos.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
Exemplo: 
A notificação, o efeito jurídico pretendido nada mais é do que constituir o devedor em mora, efeito este previsto em lei.
Reconhecimento da paternidade.
A tradição.
A quitação.
Perdão.
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DO DIREITO
B - ATO-FATO JURÍDICO:
No ato-fato jurídico, apesar de existir conduta volitiva, não se leva em consideração o que a vontade, a consciência ou intenção humana, mas sim a conseqüência do ato produzido.
Muitas vezes o agente não tinha a intenção de alcançar aquele efeito jurídico, contudo, o ordenamento sanciona aquele ato pela conseqüência que ele produziu.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
Nos atos-fatos jurídicos a vontade humana é irrelevante, o que importa é o resultado produzido. Nestes casos o elemento psíquico pouco importa, ou seja, não é relevante que o ato-fato jurídico tenha sido praticado por um incapaz, por exemplo. 
Para se ter uma melhor compreensão do ato-fato jurídico é preciso entender que para ele se caracterizar não é relevante a vontade humana, pois é o fato, e não o ato, que goza de importância jurídica e eficácia social. 
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DO DIREITO
Doutrinariamente aos atos-fatos jurídicos podem ser: atos reais; atos-fatos jurídicos indenizatórios; atos-fatos jurídicos caducificantes ou extintivos;
 atos reais – são aqueles que decorrem de certos acontecimentos, dando-se relevo ao fato resultante, indiferentemente de ter havido, ou não, vontade em obtê-lo, como é o caso da aquisição da propriedade pelo louco que pinta um quadro ou do incapaz que descobre tesouro;
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DO DIREITO
- atos-fatos jurídicos indenizativos – são os casos de indenização sem ilicitude, ou sem culpa, que se configuram naquelas situações em que, de um ato humano não contrário ao direito, decorre prejuízo de terceiro, com dever de indenizar, como sucede nos casos de estado de necessidade, em que a lei permite a destruição ou deterioração de coisa alheia, ou a lesão à pessoa, a fim de remover perigo iminente, considerando o ato não contrário ao direito, mas determinando, por outro lado, a indenização ao lesado, nos termos do art. 188, II c/c arts. 929 e 930, CC.
- atos-fatos caducificantes ou extintivos – aquelas situações cujo efeito consiste na extinção de determinado direito e, por conseqüência, da pretensão, da ação e da exceção dele decorrentes, como ocorre na decadência e na prescrição 
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C - NEGÓCIO JURÍDICO:
Consiste na declaração de vontade voltada à obtenção de um efeito jurídico, capaz de criar uma reação jurídica, não sendo, portanto, apenas um ato livre de vontade.
Para MIGUEL REALE, “negócio jurídico é aquela espécie de ato jurídico que, além de se originar de um ato de vontade, implica na declaração expressa da vontade, instauradora de uma relação entre dois ou mais sujeitos tendo em vista um objetivo protegido pelo ordenamento jurídico”.
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DO DIREITO
C.1 ) CLASSIFICAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
I - Quanto às manifestações de vontades:
A) Negócio Jurídico Unilateral - a declaração de vontade emana de apenas uma pessoa, com um único objetivo. Ex.: testamento, renúncia.
B) Negócio Jurídico Bilateral – há duas manifestações de vontade coincidentes sobre o objeto bem jurídico tutelado. O negócio jurídico por excelência é o CONTRATO.
C) Negócio Jurídico Plurilaterais[1] – são negócios jurídicos que envolvem mais de duas partes, com interesses coincidentes no plano jurídico. Ex.: contra de consórcio, contrato de sociedade entre vários sócios.
 [1] Não faz parte da classificação tradicional.
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II - Quanto às vantagens patrimoniais para os envolvidos:
A) Negócio Jurídico
gratuito – há outorga de vantagem sem impor ao beneficiado a obrigação de uma contraprestação. Ex.: doação pura.
B) Negócio Jurídico oneroso – atos que envolvem sacrifícios e vantagens patrimoniais para todas as partes no negócio. Ex: contrato de locação, de compra e venda.
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III – Quanto aos efeitos, no aspecto temporal:
Negócio Jurídico inter vivos – são aqueles destinados a produzir efeitos desde logo, isto é durante a vida dos negociantes. Ex.: compra e venda, locação, casamento.
B) Negócio Jurídico mortis causa – os efeitos só ocorreram após a morte do declarante. Ex: testamento, seguro de vida.
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IV – Quanto à necessidade de formalidade
A) Negócio Jurídico formal ou solene – obedecem a uma forma solene ou solenidade prevista em lei para sua validade e aperfeiçoamento. Ex. Casamento, testamento
B) Negócio Jurídico informal ou não solene – não depende de uma forma predeterminada para sua validade. Admitem forma livre. Ex. locação, compra e venda de móveis.
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V – Quanto à autonomia 
A) Negócio Jurídico principal ou independente - tem vida própria e não dependem de qualquer outro negócio jurídico para ter existência e validade. Ex.: locação
B) Negócio Jurídico acessório ou dependente – aquele cuja existência está subordinada a outro negócio jurídico, denominado principal. Ex. Fiança.
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DO DIREITO
VI - Quanto às condições pessoais do negociante
A) Negócio Jurídico impessoal – não depende de qualquer condição especial dos envolvidos, podendo a obrigação ser cumprida tanto pelo obrigado quanto por um terceiro. Ex. Compra e venda.
B) Negócio Jurídico personalíssimo ou intuitu personae – é aquele dependente de uma condição especial de um dos negociantes, havendo uma obrigação infungível, como ocorre no contrato de fiança. Outro ex.: contratação de pintor famoso para fazer o retrato da família.
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DO DIREITO
VII - Quanto a causa determinante:
Negócio Jurídico causal ou material - aquele em que o motivo consta expressamente do seu conteúdo como ocorre no termo de separação ou do divórcio.
B) Negócio Jurídico abstrato ou formal – aquele cuja razão não se encontra inserida no conteúdo, decorrendo dele naturalmente. Ex. transmissão de propriedade, emissão de título de crédito.
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VIII - Quanto ao momento de aperfeiçoamento
A) Negócio Jurídico consensual – aquele que gera efeito a partir do momento em que há acordo de vontades entre as partes. Ex. compra e venda pura.
B) Negócios Jurídicos reais - são aqueles que geram efeitos a partir da entrega do objeto, do bem tutelado. Ex. comodato, depósito.
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DO DIREITO
IX - Quanto a extensão dos efeitos
A) Negócio Jurídico constitutivo – gera feito ex nunc, a partir da sua conclusão. Ex. compra e venda.
B) Negócio Jurídico declarativo – gera efeito ex tunc, a partir do momento do fato que constitui o seu objeto, caso partilha de bens no inventário.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
C.2) ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
I – Elementos Constitutivos do Negócio Jurídico:
I.1 – Elementos Essenciais Comuns ou Gerais dos Negócios Jurídicos:
Para que um negócio jurídico seja considerado pleno, é necessário que ele reúna três fatores: vontade, objeto lícito, determinado e possível e agente capaz.
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DO DIREITO
Código Civil:
 
"Art. 104 – A validade do negócio jurídico requer: 
I – agente capaz; 
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III- forma prescrita ou não defesa em lei 
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DO DIREITO
I.1.1 – Vontade – a vontade consiste na manifestação do anseio ou do desejo de uma das partes ou de ambas as partes. É dividida em uma tríade:
Vontade Expressa – consiste na manifestação escrita ou mesmo identificada a partir de um gesto que possibilite a concordância ou discordância. Essa forma ainda estende-se ao comportamento e inclui a linguagem que é utilizada por uma das partes.
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DO DIREITO
Vontade Tácita – é passível de ser identificada, tendo como base a forma de agir de um indivíduo.
Vontade Presumida – inclui todos os comportamentos que estão descritos ou ainda enquadrados no texto da legislação.
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DO DIREITO
I.1.2 – Objeto – é aquilo sobre o que incide um direito ou uma obrigação. Pode ser classificado em duas espécies distintas:
Objeto Jurídico – é o que está estabelecido por um indivíduo como matéria sobre qual versará o negócio jurídico. A guisa de exemplificação, as prestações de um serviço ou um comportamento que o obrigue.
Objeto Material – são os bens sobre as quais incidem os poderes de uma relação jurídica iniciada
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DO DIREITO
Dos requisitos necessários para que um objeto seja qualificado para ser matéria de um negócio jurídico:
I – Objeto Lícito – é aquele que não contraria nenhuma pré-determinação estabelecida em lei, estando em conformidade aos bons costumes, à ordem pública e à moral. Caso a matéria em questão seja ilícita, o negócio jurídico será considerado nulo e não produz nenhum efeito na esfera jurídica.
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DO DIREITO
II – Objeto Determinado ou Determinável - durante a celebração de um negócio deve ser determinado o objeto sobre o qual será versado, devendo ser descriminado o gênero e a quantidade.
III – Objeto Possível – durante o negócio jurídico, o objeto sobre o qual é tratado carece ser possível juridicamente ou fisicamente. Vedando, dessa forma, exacerbações e exageros impossíveis de ser realizados.
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DO DIREITO
I.1.3 – Agente Capaz ou Capacidade – o Direito Civil estabelece que o agente capaz deva ser uma pessoa dotada de consciência e vontade, apta para exercer todos e quaisquer atos da vida civil.
Quando é praticada por absolutamente incapaz – menor de dezesseis (16) anos -, o negócio será configurado como nulo, já se for praticado pelos indivíduos considerados relativamente capazes – idade entre dezesseis (16) e dezoito (18) -, estará sujeito à anulação 
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DO DIREITO
A - Fator Legitimidade – é relativa à titularidade que possibilita que o indivíduo determine as diretrizes sobre específico bem, de modo a tornar verdadeiro o ato pactuado. Isto é, se objeto é dono ou não para transacionar o objeto.
B – Fator Legalidade – se fundamenta na premissa que o objeto ou ato do negócio sofre ou não alguma restrição judicial, como, por exemplo, é a situação de hipotecas ou alienação. Nesses casos há uma restrição legal uma vez que a comercialização de determinado bem foi dada como garantia para o pagamento de dívida contraída.
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DO DIREITO
I.2 – Elementos Particulares: apesar de não ser um elemento elencado entre os elementos necessários a forma, é a materialização da vontade como se constitui o negócio jurídico, é determinado no artigo 104, inciso III, como um requisito para a validade ou não. 
"Art. 104 – A validade do negócio jurídico requer: III – forma prescrita ou não defesa em lei". 
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I.2.1 – Forma – não se pode fazer de forma aleatória já que depende de alguns requisitos pré-determinados seja pela formalidade seja pelo que a legislação determinada (tipificação). 
No que tange a formalidade, pode ser público ou particular. O primeiro se fundamenta nos moldes emitidos pela legislação, podendo ser tanto pelo Estado quanto por um de seus funcionários. Ao passo que a particular não necessita da interferência de um funcionário do Estado, tendo que salientar que ambos seguirão a formalidade de contrato particular.
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INTRODUÇÃO
AO ESTUDO 
DO DIREITO
I. 3. – Elementos Naturais: abrangem todos os efeitos que decorrem da celebração do negócio jurídico, não se fazendo necessário qualquer menção expressa, já que a própria legislação determina as conseqüências na esfera jurídica.
Ex. Compra e venda – preço
 Locação - aluguel
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DO DIREITO
I. 4 – Elementos Acidentais: são as estipulações ou cláusulas acessórias, que ambas as partes podem adicionar em seu negócio a fim de modificar alguma das conseqüências naturais. São eles: condição, termo e modo ou encargo. 
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DO DIREITO
I.4.1) Condição – Art. 121 CC - "Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto”.
A condição deve dizer respeito a fato futuro e incerto.
Enquanto não realizada a condição, o ato não pode ser exigido. 
Assim, a promessa de pagar quantia a alguém, se concluir curso superior, não pode ser exigida enquanto não ocorrer o evento.
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I.4.1.1 CLASSIFICAÇÃO
Quanto à licitude
Licitas - art. 122 CC - "são lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costu ".
Ilícitas - Na interpretação contrária, serão ilícitas todas que atentarem contra proibição expressa ou virtual do ordenamento jurídico.
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B) Quanto a possibilidade
Condições Possíveis- são aquelas que podem ser cumpridas, física e juridicamente, não influindo na validade do negócio jurídico.
Condição impossível- são aquelas que não podem ser cumpridas, por razão natural ou jurídica, influindo na validade do negócio.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
C) Quanto a origem da condição
Condições causais – são aquelas que têm origem em eventos naturais. 
Condições potestativas – são aquelas que dependem do elemento volitivo, da vontade humana.
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DO DIREITO
D) quanto aos efeitos da condição
Condições suspensivas – são aquelas que, enquanto não se verifiquem, impedem que o negócio jurídico gere efeitos (art. 125 CC).
Condições resolutivas – são aquelas que, enquanto não se verificarem, não trazem qualquer conseqüência para o negócio jurídico, vigorando o mesmo, cabendo inclusive o exercício de direitos dele decorrentes (art. 127 CC). 
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DO DIREITO
I.4.2) Termo - A eficácia de um negócio jurídico pode ser fixada no tempo. Determinam as partes ou fixa o agente quando a eficácia do ato começará e terminará. Esse dia do início e do fim da eficácia do negócio chama-se termo, que pode ser inicial ou final.
Denomina-se termo inicial (dies a quo) aquele a partir do qual se pode exercer o direito; é termo final (dies ad quem) aquele no qual termina a produção de efeitos do negócio jurídico.
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DO DIREITO
Atenção: Não confundir TERMO com PRAZO. 
O prazo é o lapso temporal que se tem entre o termo inicial e o termo final .
O termo inicial suspende a eficácia de um negócio até sua ocorrência (art. 131 CC), enquanto o termo final resolve seus efeitos
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
Na condição, tem-se em mira evento futuro e incerto; no termo, considera-se evento futuro e certo.
O termo pode derivar da vontade das partes (termo propriamente dito ou termo convencional), decorrer de disposição legal (termo de direito) ou de decisão judicial (termo judicial).
Na condição, enquanto não se verificar seu implemento, não se adquire o direito a que o ato visa (art. 125); no termo inicial, pelo contrário, não se impede a aquisição do direito, mas se retarda seu exercício (art. 131).
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
Prazo
O art. 132: "Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluindo o dia do começo, e incluindo o do vencimento.
§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.
§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.
§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.
§ 4o Os prazos os por hora contar-se-ão de minuto a minuto."
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DIREITO
I.4.3) Encargo
O encargo ou modo é restrição imposta ao beneficiário de liberalidade. 
Trata-se de ônus que diminui a extensão da liberalidade.
 Assim, faço doação a instituição, impondo-lhe o encargo de prestar determinada assistência a necessitados; dôo casa a alguém, impondo ao donatário obrigação de residir no imóvel; faço legado de determinada quantia a alguém, impondo-lhe o dever de construir monumento em minha homenagem; faço doação de área a determinada Prefeitura, com encargo de ela colocar, em uma da vias públicas, meu nome etc.

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