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Abordagem Tradicional

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
 
MÉTODOS E TÉCNICAS E SUAS IMPLICAÇÕES NO 
PROCESSO 
ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por: Marcia Cristina da Costa Silva 
 
 
 
Orientador 
Prof. Marcelo Saldanha 
 
 
Rio de Janeiro 
2011 
 2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
 
MÉTODOS E TÉCNICAS E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO 
ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
 
 
MARCIA CRISTINA DA COSTA SILVA 
 
 
 
 
 
Apresentação de monografia à 
Universidade Candido Mendes como 
requisito parcial para obtenção do grau 
de especialista em Docência do 
Ensino Superior. 
 
 
 
 
Orientador: Marcelo Saldanha 
 
 
Rio de Janeiro, 2011 
 3
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Agradeço a Deus, por conceder-me essa oportunidade em minha vida 
profissional. 
Em especial ao meu filho Jorge Luís da Costa Silva, que me acompanhou 
durante toda a execução, com muita paciência para me ouvir e ler meus textos. 
Ao professor orientador Marcelo Saldanha, por todo o apoio e dedicação, pelo 
compromisso em me auxiliar nesse trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico à minha família a conclusão desta 
pesquisa, agradeço a Deus pelo sucesso 
na minha vida acadêmica e por fim, ao 
meu orientador Marcelo Saldanha. 
 
 
 5
 
 
RESUMO 
O presente estudo “Métodos e Técnicas e suas implicações no Processo de 
Ensino-Aprendizagem” é uma análise sobre a metodologia atual utilizada em 
sala de aula e a necessidade da reforma da consciência do professor que deve 
despertar o interesse no aluno e permitir que o mesmo seja construtor de seu 
conhecimento. Visa indicar que a diversidade de técnicas torna uma aula 
dinâmica e prende a atenção do aluno, estimulando sua curiosidade e 
induzindo-o a pesquisar para alcançar o objetivo desejado. Verificam-se as 
características das metodologias de ensino, apontando as diferenças 
existentes e levando o professor refletir acerca do assunto para programar uma 
nova abordagem, a fim de promover um ensino de qualidade. Visa indicar a 
partir da apresentação das abordagens, se a atual está correspondendo as 
expectativas do ensino. O estudo foi desenvolvido a partir da seguinte 
problemática: Por que os alunos não demonstram interesse para aprender e 
não tem vontade de estar em uma sala de aula? O método empregado está em 
acordo com esse comportamento?Foi realizada uma pesquisa bibliográfica de 
caráter qualitativo fundamentada em bases teóricos de diversos autores como 
Libâneo (1994), Freire (1996), Lukesi (2001), Larroyo (1974), Mizukami (1986), 
Saviani (1987),Vasconcellos (2002), dentre outros. Com base nesse estudo 
ficou claro que o método atual está sendo um fracasso, além de ser um fator 
importante para a evasão escolar, no entanto deve haver uma reforma que vise 
modificar o comportamento docente e discente, onde todos devem participar e 
lutar para deixar de ser manipulados pela classe dominante. 
 
Palavras – chave: aluno, professor, sala de aula, metodologia, aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
METODOLOGIA 
 
Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica que visa indicar as 
abordagens educacionais, dando uma ênfase na Abordagem Tradicional, mais 
utilizadas no processo ensino-aprendizagem, com objetivo de refletir e apontar 
mudanças que possam despertar o interesse no aluno em pesquisar para 
construir seu conhecimento. Levar o professor a uma reflexão, a fim de pensar 
na possibilidade de modificar seu comportamento em sala de aula, para 
permitir que o aluno conquiste sua autonomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO................................................................................................. 01 
 
CAPÍTULO I: A IMPORTÂNCIA DOS MÉTODOS E TÉCNICAS PARA O 
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM........................................................ 03 
1.1 – Resgate das abordagens de ensino abordagem tradicional.....................06 
 
CAPÍTULO II: ABORDAGEM PEDAGÓGICA 
2.1 – Características da pedagogia tradicional.................................................09 
2.2 – Método tradicional em sala de aula: aula expositiva.............................. 14 
 
CAPÍTULO III: MUDANÇA CULTURAL DOS DOCENTES 
3.1 – A (re) construção do conhecimento a partir de uma nova 
concepção....................................................................................................... 19 
 
CONCLUSÃO.................................................................................................. 25 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................... 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8
INTRODUÇÃO 
Essa pesquisa propõe apontar a importância dos métodos e técnicas e 
suas implicações no processo ensino-aprendizagem, partindo da análise de um 
breve histórico; conduzir o professor à reflexão acerca do seu papel, enquanto 
educador, e não simplesmente como mero transmissor de informações; além 
de apontar as características da abordagem tradicional, a fim de constatar que 
a metodologia empregada não está correspondendo às expectativas dos 
alunos, contudo devem ser modificadas as estratégias utilizadas no processo 
de ensino-aprendizagem. 
O aluno é a parte central no processo ensino-aprendizagem, logo deve 
ter interesse para pesquisar e construir seu conhecimento. No entanto, com a 
metodologia empregada, o professor é a parte central desse processo, 
ignorando a vivência e o interesse do mesmo. 
A escolha do tema deve-se a uma observação empírica, na qual os 
alunos não demonstram interesse em pesquisarem para construírem 
conhecimento e não há preocupação no corpo docente para solucionar tal 
problema. Enquanto uma profissional de Educação considero essa pesquisa 
relevante para que sejam encontradas alternativas viáveis com a possibilidade 
de reorganizar esse método tradicional e resgatar o interesse dos alunos, alvo 
central desse estudo, que mudará toda a vivência em sala de aula. 
Na elaboração dessa pesquisa foi realizada uma pesquisa bibliográfica, 
baseada em teóricos como: Bordenave (1984), Libâneo (1982), Saviani (1984), 
Muzakami (1986), Piaget (2003) e Gadotti,Freire,Guimarães(1986). 
No primeiro capítulo é apontada a importância dos métodos e técnicas 
e suas implicações no processo de ensino-aprendizagem e é feito um resgate 
das seguintes abordagens do processo ensino-aprendizagem: tradicional, 
comportamentalista, humanista, cognitivista e sociocultural. 
No segundo capítulo apresenta as características da Abordagem 
Tradicional e a concepção de alguns teóricos. 
No terceiro capítulo apresenta a (re) construção do conhecimento a 
partir de uma nova concepção pedagógica. 
 9
Considera-se que as mudanças da metodologia e do papel do 
professor são inerentes para dinamizar uma aula, levando o aluno à construção 
do seu conhecimento, otimizando a qualidade da aprendizagem, além de 
despertar o seu interesse e o senso crítico dos atores envolvidos no processo – 
professor e aluno – para solucionar possíveis problemas.10
CAPÍTULO I 
A IMPORTÂNCIA DOS MÉTODOS E TÉCNICAS PARA O PROCESSO 
ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
Para abordar o processo ensino-aprendizagem, faz-se necessário 
comentar sobre a Didática. Segundo Martins (2001), “didática geral é uma 
disciplina pedagógica que auxilia a prática docente, visando o aprimoramento 
do profissional da educação em toda sua transversalidade.” 
Com base nesse conceito, verifica-se a importância da didática no 
papel do professor, uma vez que fornece subsídios na colaboração e 
realização do seu trabalho. A aprendizagem é, portanto, o objeto de estudo da 
didática, que envolve os seguintes elementos: aluno, professor, sala de aula e 
abordagens no processo ensino-aprendizagem. 
De acordo com Piaget (1974), “os dispositivos e sequências didáticas 
buscam mobilizar os alunos seja para compreender, seja para terem êxito, se 
possível os dois.” Nesse contexto, é apontada abordagem tradicional da 
Educação, o fato do aluno compreender ou obter êxito é o método mais 
utilizado pelo professor, na aula expositiva, momento no qual os alunos são 
colocados como “meros” receptores, seres passivos e deixando-os incapazes 
de formar e adquirir seus próprios conhecimentos enquanto cidadãos. 
Embora essa metodologia busque passar informações gerais e não 
estimular a aprendizage, ainda se faz muito presente, tornando a 
aprendizagem um fracasso, sendo notável, no ambiente de uma sala de aula, a 
falta de empenho dos discentes em participar, pesquisar e construir conceitos. 
A aprendizagem é um processo de troca entre professor e aluno, esse 
é o principal motivo de aplicar um método diferente que o aluno deixe de ser 
passivo e atue de forma ativa. Dessa forma, ele poderá questionar e construir 
seu pensamento crítico acerca do assunto. 
Segundo Edson Franco, “só a participação na aprendizagem torna-a 
efetiva”. Baseado nessa afirmação, vale ressaltar que a aprendizagem é fruto 
da ação docente e discente, para que aconteça é fundamental a interação 
 11
professor-aluno, processo de troca e formação de conceitos para ambos. No 
processo educacional o educador também assume o papel de educando. 
O que torna uma aula boa? 
A fim de que o aluno conquiste sua autonomia, é primordial o bom 
desempenho do docente e a participação contínua do discente. O professor 
deve estar comprometido com a sua aprendizagem e do aluno; dominar o 
conteúdo; evitar aula longa, para induzir o aluno pesquisar e deixar de ser 
apenas reprodutor; despertar o interesse no aluno com uma relação de 
reciprocidade. 
É necessário romper com esse paradigma tradicional e implantar uma 
nova educação na qual o aluno perceba que ele é o mais interessado e 
beneficiado na construção do saber. Portanto, isso só será possível numa 
escola que utilize metodologias de ensino diversificadas com a finalidade de 
atender as diferenças individuais e coletivas dos alunos. 
Segundo Paulo Freire, “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem 
ensino”. Diante disto, constata-se a importância de modificar o método atual, 
vale ressaltar que a pesquisa é conseqüência da curiosidade, momento de 
questionamento, análise e reflexão acerca de um fenômeno. A partir desse 
processo de aprendizagem, há a construção do conhecimento. O professor, por 
sua vez, deve agir como orientador para guiar o aluno e criar condições para 
que ele possa buscar seu autodesenvolvimento. 
O professor deve, portanto, segundo Célio Murillo, “oferecer condições 
para o aluno estudar e se capacitar para o autodesenvolvimento ético, social e 
empreendedor”. Nesse caso, o professor assume o papel de coordenador 
levando o aluno a trabalhar o mais independente possível, de maneira que o 
aluno tenha um papel ativo e esteja capacitado para exercer direitos e deveres 
na sociedade. 
Para Paulo Freire, “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar 
possibilidades para sua própria produção ou a sua construção”, no entanto a 
metodologia empregada pela maioria dos docentes aponta essa falha. A 
exposição do conteúdo se dá com uma apresentação oral sob o auxílio de 
anotações no quadro e o aluno, de forma passiva e pouco participativa, é 
 12
responsável por copiar as anotações do professor e absorver o que está sendo 
dito. Diante desse comportamento submisso, este aluno só reproduz as 
informações ditadas e, assim, fica impedido de criar questionamentos e 
análises, caracterizando-se como um ser alienado. 
O professor deve dinamizar sua aula com diversas estratégias, com 
intuito de atender não só à turma, mas as diferenças individuais, despertando o 
interesse no aluno para agir como um ser político – aquele que ouve e 
argumenta, explanando suas idéias e pesquisando a fim de conquistar sua 
autonomia. 
A partir da concepção de Freire, se torna fundamental a aplicação de 
uma abordagem em que o aluno possa buscar informações, analisar, refletir e 
reconstruí-las para atender seus objetivos e transformá-las em conhecimento. 
Na visão de Paulo Freire, “o fracasso escolar deve-se em particular a 
técnicas de ensino ultrapassadas e desconexa com o contexto social e 
econômico do aluno, a escola ainda é um dos mais importantes aparelhos 
ideológicos do Estado.” A partir do problema apontado por Freire, cabe ao 
profissional da Educação repensar seus atos e atitudes e programar métodos 
para que reverta essa situação, despertando nos alunos o interesse e a 
importância da construção do seu conhecimento, pois é crível afirmar só será 
possível o processo de emancipação de uma educação de qualidade frente à 
desconstrução do aparelho ideológico do Estado voltado a atender os 
interesses da classe dominante. 
 
 
 
 
1.1 – Resgate das abordagens de ensino 
Abordagem tradicional 
Segundo essa abordagem, a escola é o lugar ideal para realização da 
educação, prepara os indivíduos para a sociedade, possui normas disciplinares 
rígidas e é organizada com funções claramente definidas. 
 13
Sob esse contexto, o aluno é um ser “passivo” que deve assimilar e 
dominar os conteúdos transmitidos pelo professor. Este, por sua vez, é 
transmissor dos conteúdos aos alunos e age com autoridade. 
Já no processo ensino-aprendizagem, são predominantes aulas 
expositivas, com exercícios de fixação, leituras e cópias; os objetivos 
educacionais obedecem a sequência lógica dos conteúdos baseados em 
documentos legais a partir da cultura universal acumulada. 
Abordagem Comportamentalista 
Já sob essa percepção, a escola constitui-se como uma agência 
educacional, havendo uma divisão entre planejamento e execução. Diante da 
circunstância, a sociedade poderia existir sem o ambiente escolar, utilizando 
apenas o ensino à distância. 
O aluno eficiente e produtivo, neste caso, é aquele que lida 
“cientificamente” com os problemas da realidade. Por outro lado, o professor é 
o educador responsável por selecionar, organizar e aplicar um conjunto de 
meios que garantam a eficiência e eficácia do ensino. 
O processo ensino-aprendizagem, nesse momento, é baseado em 
objetivos educacionais operacionalizados e categorizado a partir de 
classificações gerais – educacionais – e específicas – instrucionais. É 
enfatizado nos meios: recursos audiovisuais, instrução programada, 
tecnologias de ensino, ensino individualizado e computadores. 
 
 
 
Abordagem Humanista 
Para os humanistas, a escola é um ambiente democrático que deve 
oferecer condições ao desenvolvimento e autonomia do aluno, este, por sua 
vez, é um ser ativo, centro do processo ensino-aprendizagem, criativo que 
“aprendeu a aprender” e participativo. O professor cumpre, portanto, apenas a 
função de facilitar o processo de aprendizagem. 
 14
Este processode ensino-aprendizagem visa os objetivos educacionais 
obedecendo ao desenvolvimento psicológico do aluno. Os conteúdos são 
selecionados a partir do interesse dos alunos e a avaliação valoriza aspectos 
afetivos (atitudes) com ênfase na auto-avaliação. 
Abordagem Cognitivista 
Para a abordagem cognitivista, a escola deve dar condições para que o 
aluno possa aprender por si próprio, oferecendo liberdade de ação real e 
material, reconhecendo a prioridade psicológica da inteligência sobre a 
aprendizagem, além de promover um ambiente desafiador favorável à 
motivação intrínseca do aluno, o qual assume um papel essencialmente ativo 
de observar, experimentar, comparar, relacionar, analisar, etc. 
O professor fica, então, responsável de criar situações desafiadoras e 
desequilibradoras, por meio da orientação, além de estabelecer condições de 
reciprocidade e cooperação simultaneamente. 
O processo ensino-aprendizagem deve desenvolver a inteligência, 
considerando o sujeito inserido numa situação social. A inteligência constrói-se 
a partir da troca do organismo com o meio, por meio das ações do indivíduo, 
baseia-se no ensaio e no erro, na pesquisa, na investigação, na solução de 
problemas, facilitando o “aprender a pensar” e dá ênfase nos trabalhos em 
equipes e jogos. 
 
 
Abordagem sociocultural 
Os teóricos dessa abordagem acreditam que a escola deve estar 
funcionando bem para proporcionar as condições para que a educação se 
realize em seus múltiplos aspectos. 
Considerando o aluno como uma pessoa concreta, objetiva, que 
determina e é determinado pelo social, político, econômico, individual, esta 
abordagem crê que ele deve ser capaz de operar conscientemente mudanças 
na realidade. Em correspondência a isso, o professor é pensado como o 
educador que direciona e conduz o processo de ensino-aprendizagem. Desta 
 15
forma, a relação entre os atores professor e aluno deve ser horizontal, na qual 
ambos se posicionam como sujeitos do ato de conhecimento. 
No processo de ensino-aprendizagem os objetivos educacionais são 
definidos a partir das necessidades concretas do contexto histórico-social no 
qual se encontram os sujeitos, havendo assim, a busca de uma consciência 
crítica. Os temas geradores para o ensino devem ser extraídos da prática de 
vida dos educandos, a partir, do diálogo e dos grupos de discussão, os quais 
são caracterizados como fundamentais para o aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16
CAPÍTULO II 
ABORDAGEM PEDAGÓGICA TRADICIONAL 
 
Este capítulo aborda questões sobre a pedagogia tradicional, a visão 
dos teóricos em estudo e suas implicações no contexto escolar, enfatizando a 
aula expositiva como método tradicional. 
 
2.1 – Características da pedagogia tradicional 
Essa pedagogia configurou-se após uns momentos de grandes 
mudanças na sociedade, mudanças estas consideradas como grande avanço, 
conhecida como Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra, no século 
XVIII e espalhou-se por diversos lugares do mundo. A principal característica 
desse movimento foi a máquina movida a energia artificial, que substituiu o 
trabalho manual do homem. Nessa época, cresce a escolarização entre as 
pessoas, devido à necessidade de obter instrução para melhor adaptação ao 
trabalho industrial. Sobre a instalação do chamado “tradicionalismo” no 
contexto educacional da mesma época, Saviani afirma que: 
“[...] esse ensino tradicional que ainda predomina hoje 
nas escolas, se constituiu após a Revolução Industrial e se 
implantou nos chamados sistemas nacionais de ensino, 
configurando amplas redes oficiais, criadas a partir de meados 
do século passado, no momento em que consolidado o poder 
burguês, aciona-se a escola redentora da humanidade, 
universal, gratuita e obrigatória como um instrumento de 
consolidação da ordem democrática.” (Saviani, 1987, p. 47) 
Verifica-se que a denominada pedagogia tradicional, apresenta suas 
idéias junto ao surgimento da escola obrigatória e gratuita, que em primeira 
instância poderia significar a oportunidade de educação para todos, 
independente da classe social. 
É indispensável falar sobre o positivismo, corrente filosófica, fundada 
por Augusto Comte (1798 – 1857), em meados do século XIX, cujo objetivo 
principal era promover uma reforma na sociedade. Acreditava-se que a 
 17
verdadeira ciência seria aquela que se dedicasse ao estudo dos fatos, pois o 
conhecimento prévio auxiliaria para agir quando necessário. 
No positivismo, a reforma social almejada por Comte poderia existir 
diante da organização de um processo educacional popular. Segundo Larroyo 
(1974:665), “Comte estava convicto de que só o positivismo seria capaz de 
organizar um verdadeiro sistema de educação popular, o qual tornaria o mais 
vigoroso instrumento da reforma social”. 
Esse processo social teria como foco realizar uma combinação social, 
pregando o respeito em relação à hierarquia da época, pois, para ele, o 
fundamental era a humanidade como um todo e não o indivíduo. 
Comte pensava que a educação deveria ser laica e universal, 
funcionando como forma de ensino para todos, que deveria espalhar ideias de 
harmonia e ordem para promover o bem da humanidade. 
Há várias semelhanças entre a concepção de educação tradicional e 
os princípios de educação comteana, possivelmente devido às influências que 
a pedagogia tradicional e os filósofos da área educacional receberam do 
positivismo. 
Encontram-se as seguintes semelhanças: não é oferecida ao aluno a 
dúvida ou a reflexão; o dever de memorização do aluno; currículo parte do mais 
simples para uma ciência mais complexa; conhecimento em ordem sistemática; 
o conteúdo não deve ser discutido e somente ensinado; obediência total ao 
professor. Processo de ensino e aprendizagem é baseado em leitura, 
exposição e memorização. Esses princípios podem ser identificados na 
educação tradicional, segundo Mizukami, essa concepção considera que: 
“[...] o isolamento da escola e o artificialismo dos 
programas não facilitam a transferência de aprendizagem. 
Ignoram-se as diferenças individuais, pois os métodos não 
variam aos longos das classes nem dentro da mesma classe.” 
(MIZUKAMI, 1986, p.14) 
É visível que a pedagogia tradicional foi um movimento muito 
importante, presente praticamente em todas as escolas - públicas ou privadas. 
Este movimento educacional possui traços marcantes, tais como: conteudismo, 
 18
memorização, professor detentor do saber, aluno receptor passivo, etc. Esses 
traços, ainda, podem ser notados no processo educacional atual. 
A pedagogia tradicional tem como característica principal o método 
expositivo, que é formado pelos seguintes passos: preparação, assimilação, 
comparação, generalização e aplicação. O professor é responsável pela 
execução desses passos, de forma mecanicista e repetitiva. Esse princípio 
metodológico foi fundado por Johann Friedrich Herbart, de origem alemã. Ele 
era filósofo, psicólogo e teórico da educação, acreditava que tanto a educação 
quanto a aprendizagem deveria ser realizadas a partir de conceitos morais e 
intelectuais. Os cinco passos da metodologia de Herbart são explicados por 
Saviani da seguinte maneira: 
“[...] no ensino herbartiano, o passo da preparação 
significa basicamente a reconstrução, da lição anterior, logo, do 
já conhecido; através do passo da apresentação, é colocado 
diante do aluno um novo conhecimento que lhe cabe assimilar; 
a assimilação, portanto o terceiro passo ocorre por 
comparação, daí por que eu o denominei assimilação – 
comparação – a assimilação ocorre por comparação donovo 
com o velho; o novo é assimilado, pois, a partir do velho. Esses 
três passos correspondem, no método científico indutivo, no 
momento da observação. Trata-se de identificar e destacar o 
diferente entre os elementos já conhecidos. O passo seguinte, 
o da generalização, significa que, se o aluno já assimilou o 
novo conhecimento, ele é capaz de identificar todos os 
fenômenos correspondentes ao conhecimento, ele é capaz de 
identificar todos os fenômenos correspondentes ao 
conhecimento adquirido. Ora, no método indutivo, o momento 
da generalização não é outra coisa senão a subfunção, sob 
uma lei extraída dos elementos observados, pertencentes a 
determinada classe de fenômenos, de todos os elementos 
(observados ou não), que integram a mesma classe de 
fenômenos. O passo da aplicação, é que o quinto passo do 
método herbartiano, coincide, via de regra, com as “lições para 
casa”. Fazendo os exercícios, o aluno vai demonstrar se ele 
aprendeu, se assimilou ou não o conhecimento. Trata-se de 
 19
verificar através de exemplos novos, não manipulados ainda 
pelo aluno, se ele efetivamente assimilou o que foi ensinado.” 
(SAVIANI, 1987, p.48) 
Nota-se, então, que essa metodologia deveria ser seguida passo a 
passo, no entanto a flexibilidade era pouco presente. E ao finalizar os cinco 
passos deveria ser constatada a aprendizagem. Mizukami relata que: 
“[...] a reprodução dos conteúdos feita pelo aluno, de 
forma automática e sem variações, na maioria das vezes é 
considerada como um poderoso e suficiente indicador de que 
houve aprendizagem [...]” (MIZUKAMI, 1986, p.15) 
No âmbito da abordagem tradicional, a prática educativa caracteriza-se 
pela transmissão de conteúdos acumulados pela humanidade, cabendo 
exclusivamente ao docente em situações de sala de aula, sendo indiferente o 
interesse dos alunos em relação aos conteúdos. 
Atualmente, diversas tendências e manifestações seguem esse 
modelo. A intenção é abordar as diferentes manifestações advindas da prática 
pedagógica do professor, mantém-se por muito tempo e influenciou as demais 
abordagens. 
Snyders (1974) num estudo sobre o “ensino tradicional” defende a 
necessidade de se compreender esse tipo de ensino e suas justificativas. Ele a 
conceitua de “ensino verdadeiro”, que tem a função de conduzir aluno aos 
conceitos da história da humanidade. O professor é o elemento principal para 
realizar a transmissão de conteúdos. 
Nessa concepção, o adulto é considerado um indivíduo acabado e o 
aluno é um homem em miniatura, que precisa ser atualizado. O ensino é 
centrado no professor e o aluno é o executor das tarefas impostas pelas 
autoridades externas. O homem é um ser colocado no mundo repleto de 
informações, que serão escolhidas as mais importantes para ele. É 
considerado um ser passivo que deve memorizar as informações e repetir para 
àqueles que não as conhecem. É visto como uma tabula rasa, que deve ser 
preenchido pelas informações alheias. 
 20
Para Paulo Freire (1975), este tipo de sociedade mantém um sistema 
de ensino baseado na educação bancária (tipologia mais aproximada do que 
se entende por ensino nessa abordagem), ou seja, uma educação que se 
caracteriza por “depositar”, no aluno, conhecimentos, informações, dados, 
fatos, etc. No conceito de Freire, o sistema de ensino caracteriza o aluno como 
um indivíduo “vazio”, o qual deve acumular informações para serem 
reproduzidas fielmente. 
Nessa abordagem, a inteligência consiste no ato de armazenar dados. 
Esses dados adquiridos por meio da transmissão constituem a educação 
formal. A Educação recebe o nome de instrução, que se baseia na transmissão 
de conteúdos e restrita à escola. A escola é vista como parte da vida. 
O professor é o mediador entre os alunos e os modelos. A relação 
social estabelecida é vertical, já que as tarefas impostas ao aluno devem ser 
individuais. 
Segundo Mizukami (1986:17), é considerada “catequética e unificadora 
da escola”; envolve “programas minuciosos, rígidos e coercitivos. Exames 
seletivos, investidos de caráter sacramental”. A partir dessa definição, é 
perceptível o papel do aluno, um ser sem vontade própria que exerce a função 
de receptor de informações, sejam elas importantes ou não para seu contexto 
social. A escola é vista como o lugar ideal para essa transmissão de 
informações escolhidas e criadas por outros, sem que haja preocupação em 
relação ao aluno a construção do conhecimento e busca, inclusive, transmitir 
informações cujo processo é chamado de Ensino. 
A partir do conceito de Bordenave, o qual considera que: 
“[...] o ensino tradicional é denominado de 
pedagogia de transmissão – assim, se a opção 
pedagógica valoriza, sobretudo os conteúdos educativos, 
isto é, o conhecimento e os valores a serem transmitidos, 
isto caracteriza um tipo de Educação Tradicional.” 
(BORDENAVE, 1984, p. 41) 
É possível verificar-se a ênfase dada às informações selecionadas, 
deixando à parte a vontade do aluno. 
 21
Baseando-se em conceitos dos teóricos em análise, essa pedagogia 
forma alunos passivos e produzir cidadãos obedientes com o propósito de 
continuar atendendo as exigências impostas pelo capitalismo. Diante disso, o 
aluno fica oprimido e perde o direito de intervir enquanto cidadão para requerer 
seus direitos e pensar na possibilidade de uma futura ascensão social, 
deixando-o sempre na condição dos miseráveis. 
Enquanto Libâneo (1982:12) denomina essa abordagem como 
pedagogia liberal em sua versão conservadora, ressaltando que o papel da 
escola é para formação intelectual e moral dos alunos, a fim de que estes 
possam assumir seu lugar na sociedade, afirma que “na versão conservadora, 
a pedagogia liberal se caracteriza por acentuar o ensino humanístico, de 
cultura geral, no qual o aluno é educado para atingir, pelo próprio esforço, sua 
plena realização como pessoa. Os conteúdos, os procedimentos didáticos, a 
relação professor-aluno não tem nenhuma relação com o cotidiano do aluno e 
muito menos com as realidades sociais”. 
Na versão de Saviani (1984:9) identifica essa abordagem como 
pedagogia tradicional. Ensina que “a escola surge como um antídoto à 
ignorância, logo, um instrumento para equacionar o problema da 
marginalidade. Seu papel é difundir a instrução, transmitir conhecimentos 
acumulados pela humanidade e sistematizados logicamente”. Com base nesse 
conceito, a escola é vista como a salvação da humanidade de modo que as 
pessoas possam obter informações, sistematicamente, para formar seus 
conhecimentos e estar inseridos na sociedade. 
Partindo desses conceitos, pode-se afirmar que a concepção 
tradicional não permite o diálogo e a reflexão como meios de construir o 
conhecimento teórico, confrontando-o com a realidade vivenciada pelo aluno e 
professor, no cotidiano. Trata-se apenas de memorizar e transmitir as 
informações prontas que lhe foi passada. 
 
 
 
 
 22
2.2 – Método tradicional em sala de aula: aula expositiva 
A aula expositiva ocorre na sala de aula, é o método mais utilizado que 
consiste na transmissão de informações culturais impostas como modelos 
acabados pela classe dominante. 
O professor repassa o conteúdo ao aluno, que só ouve sem poder 
hesitar para depois repeti-lo. A aprendizagem é constatada a partir da 
memorização adquirida pelo aluno, deixando-o impossibilitado de 
opinar,acrescentar ou até mesmo alterar o conteúdo, ou seja, o aluno diante 
desse método fica impossibilitado de (re)construir seu conhecimento a fim de 
alcançar sua autonomia. 
Diante dessa perspectiva, o magistério recebe uma visão errônea, 
visando o professor como o centro da arte de ensinar e, no entantosabe-se 
que o centro é o aluno. 
A relação entre professor e aluno inexiste, devido à ausência de 
diálogo. Pois só o professor fala e o aluno é apenas ouvinte. 
Esse método não atende as diferenças individuais, cada aluno deve ter 
um atendimento de acordo com suas dificuldades e/ou facilidades, mas essa 
questão não é levada em consideração. É exclusiva em todo o processo de 
ensino tradicional, independente dos conteúdos e objetivos propostos. 
A avaliação consiste na reprodução fiel do aluno sobre as informações 
transmitidas em sala de aula. 
Em relação à escolha do método de ensino, Libâneo afirma que: 
“[...] os métodos são determinados pela relação objetivo-
conteúdo, e referem-se aos meios para alcançar objetivos 
gerais e específicos do ensino, ou seja, ao 
 “como do processo de ensino, englobando as ações a serem 
realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir os 
objetivos e conteúdos.” (LIBÂNEO, 1994:149) 
De acordo com essa proposta, faz-se necessário variar a metodologia 
para atender diversos conteúdos e alcançar o objetivo traçado. Porém a 
 23
pedagogia tradicional não pensa dessa maneira, aplica sempre o mesmo 
método. 
O produto final almejado na pedagogia tradicional e nas demais é a 
aprendizagem, no entanto nesse contexto a aprendizagem restringe-se no ato 
de memorização e repetição. Libâneo considera que metodologia segue além 
de um simples procedimento, pois: 
[...] antes de constituírem em passos, medidas e 
procedimentos, os métodos de ensino se fundamentam num 
método de reflexão e ação sobre a realidade educacional, 
sobre a lógica interna e as relações entre os objetos, fatos e 
problemas dos conteúdos de ensino, de modo a vincular a todo 
momento o processo de conhecimento e a atividade prática 
humana do mundo.” (LIBÂNEO, 1994, p. 151) 
Não havia preocupação em relação à realidade educacional e muito 
menos ao cotidiano, já que o conteúdo vinha pronto para o professor, que o 
repassava para os alunos, sem questionamentos. 
Nesse processo, o autoritarismo predominava por diversos fatores, 
dentre eles: a decisão do professor sobre as aulas; a obediência do aluno não 
questionar o professor, o qual era o único possuidor do saber, etc. 
A iniciativa em sala era sempre do professor, que era o único capaz de 
levar o aluno à aprendizagem, enquanto o método tradicional priorizava a 
quantidade de informações e entendia a disciplina como característica de 
respeito que consiste na passividade. 
O uso desse método tradicional, a escola tinha o aluno como um 
recipiente vazio, que devia ser preenchido gradativamente, desconsiderando 
suas vivências e experiências adquiridas fora da escola. Freire discorda dessa 
idéia e evidencia que 
“[...] por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais 
amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes 
com que os educandos, sobretudo os das classes populares, 
chegam a ela – saberes socialmente construídos na prática 
comunitária – mas também, como há mais de trinta anos venho 
sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns 
 24
desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos.” 
(FREIRE, 1996, p. 33) 
Essas ideias trazem consigo um forte desejo de conscientizar a 
sociedade sobre sua vivência e questionar os privilégios entre dominantes e 
dominados e como mudar essas situações. Em contra partida, o método 
tradicional induz o aluno aceitar passivamente tudo que é repassado pelo 
professor. 
Nessa abordagem, o questionamento feito pelo aluno é entendido 
como falta de respeito. Freire (1996:13) fala da importância e grandeza do 
diálogo entre professor e aluno, indivíduo e indivíduo, independente da classe 
social, religião,etc. Ele indica essa concepção ao declarar o seguinte 
 “[...] me sinto seguro, porque não há razão para me 
envergonhar, por desconhecer algo. Testemunhar a abertura 
aos outros, a disponibilidade curiosa à vida, a seus desafios, 
são saberes necessários à prática educativa. Viver a abertura 
respeitosa aos outros e, de quando em vez, de acordo com o 
momento, tomar a própria prática de abertura ao outro como 
objeto da reflexão crítica deveria fazer parte da aventura 
docente. A razão ética da abertura, seu fundamento político, 
sua referência pedagógica; a boniteza que há nela como 
viabilidade do diálogo.” (FREIRE, 1996, p. 153). 
Constata-se que o diálogo é um meio de expandir o conhecimento, 
desde que não haja limitações e preconceitos que inviabilize a compreensão. 
No tradicionalismo, o diálogo não fazia parte do processo educativo. 
A aula expositiva, assim como qualquer método, possui características 
positivas e negativas, nesse contexto a lógica de análise e reflexão aponta 
pontos positivos e negativos. Considerando que o processo ensino-
aprendizagem deve considerar uma relação professor-aluno para que tenha 
êxito, considerando que não há turmas homogêneas, e que o professor não é 
detentor do saber, deve-se ressaltar que conhecimento é uma verdade passível 
de questionamentos e alterações, sendo crível afirmar que na aula expositiva, 
segundo Lopes: 
 25
“[...] a economia de tempo, por exemplo, é bastante 
ressaltada. Isso significa que determinado assunto poderá ser 
sintetizado de tal forma por uma exposição que, previsto para 
ser estudado em quatro horas, por exemplo, poderá ser 
apresentado em apenas uma hora.” (LOPES, 1991, p. 40) 
No entanto, essa economia de tempo só será apropriada em 
determinados conteúdos, pois existem outros que necessitam de uma 
explicação minuciosa com exemplificações para que sejam assimilados. 
Outro fator importante é que essa metodologia pode suprir a ausência 
de uma referência bibliográfica para o aluno. Nesse sentido, Lopes afirma que: 
“[...] outra vantagem citada é que esta técnica supre a falta de 
bibliografia para o aluno em duas situações: quando 
determinado assunto ainda não foi amplamente divulgado e 
quando há dificuldade de acesso às publicações existentes.” 
Torna-se necessário ressaltar, porém, que somente em algumas 
situações se torna possível suprir a ausência do referencial bibliográfico do 
aluno, visto que, é mais adequado ter um material concreto para estudar, 
estimular a pesquisa, e relembrar as atividades realizadas no espaço de sala 
de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
CAPÍTULO III – A (RE) CONSTRUÇÃO DO 
CONHECIMENTO A PARTIR DE UMA NOVA 
CONCEPÇÃO 
Educar é compreendido como ato de formar um cidadão, para que este 
possa (re) conhecer seus direitos e cumprir seus deveres. Porém esse conceito 
está mascarado pela classe dominante. Segundo eles o fato de colher 
informações prontas e incumbir o indivíduo chamado “educador” de transmitir 
os conteúdos, sem a flexibilidade de alterá-los, esse processo é chamado de 
educação. 
A partir dessa concepção, é importante que se pense numa reforma 
profunda na infra-estrutura do ensino com a perspectiva de modificar os 
métodos tradicionais em vigor. 
Inicialmente, deve haver uma atenção especial a fim de despertar o 
interesse no aluno à pesquisa. Essa atitude deve ser espontânea, permitindo o 
poder desconstruir e reconstruir toda verdade encontrada. 
O papel do professor é de criar situações-problemas com o propósito 
de incentivar o aluno a pesquisar livremente, através de seu próprio esforço e 
encontrar soluções para o problema proposto, e não o simples ato de receber 
informações prontas. O professor é um elemento de suma importância no 
processo ensino-aprendizagem, logo este tem o dever de manter se atualizado 
nos conhecimentos inerentes sobre as peculiaridades do pensamento das 
crianças e adolescentes. 
É necessário esseaprofundamento psicopedagógico, pois este é uma 
ferramenta para o bom desempenho do processo ensino educacional, 
momento que o professor ocupará o cargo de mediador do aluno, para que 
este tenha êxito na aprendizagem. 
O profissional da Educação deve conhecer a realidade do cotidiano dos 
alunos, a partir dessas informações é mais fácil elaborar o planejamento de 
aula atendendo às diferenças individuais e assim obtendo sucesso no ensino. 
O foco almejado nesse estudo é despertar nos indivíduos o ato de criar 
e não só de repetir. De acordo com Dewey (2006/148) 
 27
...Praticou obediência e submissão até então cultivadas nas escolas. 
Ele as considerava verdadeiros obstáculos à educação. 
Através dos princípios da iniciativa, originalidade e cooperação, 
pretendia liberar as potencialidades do indivíduo... (Dewey, 2006) 
 Em consonância à crítica acima, verifica-se a necessidade da iniciativa, 
originalidade e cooperação do indivíduo. Esses elementos são favoráveis no 
ensino, pois o aluno original é aquele que tem a iniciativa de expor suas ideias, 
as quais serão debatidas em sala, havendo a contribuição dos demais, 
momento em que cada aluno coopera com uma parte e somando as partes, o 
professor forma um todo (visão holística) criando e/ou reconstruindo a partir de 
pensamentos reflexivos dentro de um contexto. Essa situação nova permite ao 
aluno dialogar e (re) construir seu conhecimento. 
 A reformulação de uma nova prática da educação deve atender os 
seguintes princípios: o ato de expressar e o cultivo da individualidade; a 
atividade livre; aprender por experiência; a sua aquisição como meia para 
atingir fins que respondam a apelos diretos e vitais do aluno; aproveitar ao 
máximo das oportunidades do presente; a tomada de contato com um mundo 
em mudança (...) (Dewey, 2006) Dentro desse fragmento, o aluno mediante o 
interesse, sente-se curioso para aprender através de suas práticas no 
cotidiano, que facilitam o acesso às informações, assim levando o à percepção 
de um novo saber, o qual é (re) formulado com base nos seus conceitos 
relevantes à sua cultura e, logo despertando sua atenção para o contato direto 
com as mudanças decorrentes do mundo. 
 Consequentemente, a tarefa da nova professora tornou-se mais delicada 
e mais séria. (Montessori, 2006). O papel da professora assume uma nova 
versão no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que depende dela 
incentivar o aluno, diante de seu esforço, encontrar seu caminho rumo à 
aquisição da construção do conhecimento, havendo a necessidade da 
professora perceber a importância da mudança de seus atos e atitudes 
pedagógicas, investindo no autodesenvolvimento do aluno, para que o mesmo 
alcance o produto sem sua interferência. No entanto, a professora deve estar 
atenta para atender as diferenças individuais demonstrando dedicação e amor. 
 28
 Para Clarapéde (2006, 154), “a educação deve visar o desenvolvimento 
das funções intelectuais e morais, e não encher a cabeça de um mundo de 
conhecimentos que, quando não logo esquecidos, são quase conhecimentos 
mortos, parados na memória como corpos estranhos, sem relação com a vida.” 
Dentro dessa concepção, fica visível a importância da educação atribuir uma 
ênfase no ato de estimular o indivíduo, para despertar seu cognitivo e conceitos 
morais. A nova função do professor é estimular o interesse nos alunos que 
encontram respostas para suas necessidades intelectuais. 
 Segundo a concepção de Puente (1980:107), “a metodologia e as 
técnicas científicas devem ser postas a serviço do subjetivo pessoal de cada 
indivíduo”, o aluno é a parte central no processo de ensino-aprendizagem, 
portanto deve ser considerada sua subjetividade e experiência de vida. A partir 
de tal experiência, há um contato direto com os significados importantes que 
contribuem para a aquisição do conhecimento. 
O processo de educação centrada no sujeito leva à valorização da 
busca progressiva de autonomia em oposição à anomia e à heteronomia. 
(MIZUKAMI, 1986, p. 45) 
A primazia no sujeito contribui no autodesenvolvimento, pois o 
indivíduo sente-se curioso, logo traça metas para atingir seu objetivo e formar o 
conhecimento. Esse processo age ao encontro da anomia (ausência de regras) 
e da heteronomia (normas dadas por outros). 
A mola da educação deve ser não o temor do castigo, nem mesmo o 
desejo da recompensa, mas o interesse, o interesse profundo pela coisa de 
assimilar ou de executar. O aluno não deve trabalhar e portar-se bem para 
obedecer, e sim porque sinta que essa maneira de agir é desejável. Numa 
palavra, a disciplina interior deve substituir a disciplina exterior. (Gadotti, 
2006/154) A descrição acima revela o produto adquirido no método tradicional, 
no entanto deve ser repensada a mudança não só no processo ensino-
aprendizagem, mas também na relação professor-aluno. O aluno, parte 
principal, deve sentir interesse e ter certeza de que sua ida à escola é um fator 
contribuinte para construir o conhecimento acerca do mundo que vive, e por 
 29
muitas vezes por falta desse conhecimento, torna-se um indivíduo alienado, ou 
seja, manipulado pela classe dominante. 
Na Educação há uma interferência política partidária que engloba 
diversos fatores, como: autoridade, liberdade, disciplina, avaliação, os quais 
estão associados ao autoritarismo. 
Diante disso, surge a dúvida: qual é o papel do educador hoje? O 
educador não pode ser visto como algo imutável deve pensar que este está a 
serviço da sociedade. Porém há aqueles que prestam serviço para a classe 
dominante enquanto outros para a classe dominada. 
Há o professor revolucionário e o professor reacionário; o 
revolucionário age para investigar e construir o conhecimento junto ao 
educando, não se preocupa em seguir a metodologia e não se sente o 
possuidor do conhecimento. Em contra partida, o professor reacionário assume 
a postura daquele que detém o conhecimento, segue rigorosamente a 
metodologia e considera a transferência um método eficaz para obter o 
conhecimento. Ambos demonstram eficiência, mas seguem caminhos opostos. 
Nessa nova concepção, o professor revolucionário coopera de forma 
mais positiva instigando o interesse no educando para que este pesquise e 
construa seu conhecimento acerca da informação. 
Dentre essa situação, é necessário repensar numa revolução no papel 
do professor, que deve assumir um compromisso com a classe popular. Esta 
deve lutar em função de uma utopia na sociedade. 
Essa revolução implica na tomada do poder da burguesia, que por sua 
vez impõe normas à Educação a seu favor, sempre atendendo seus interesses. 
De acordo com Freire (1985), “Nesse sentido é que eu acho que o 
problema é tomar e reinventar o poder, mas não ficar no tomar. 
*Nessa reinvenção do poder, ou as massas populares têm uma participação 
ativa e crescentemente crítica no processo de aprendizagem de serem críticas, 
ou o poder não será reinventado”. 
Para Freire a reinvenção do poder forneceria às classes populares seus 
direitos e a burguesia perderia a liderança, com isso haveria uma mudança no 
 30
processo de aprendizagem, o qual deixaria de atender os interesses da 
burguesia. 
 A partir dessa mudança, o professor revolucionário trabalharia em prol da 
classe popular, a fim de não só ensinar, mas aprender também. 
 Em relação ao conteúdo trabalhado, deve haver uma unificação para 
abranger tanto as crianças da periferia quanto aqueles que estudam nas 
escolas burguesas, isso lhes dariam a oportunidade da luta e busca de uma 
oportunidade de chegar aonde desejar. 
 Deseja-se que atue no processoensino-aprendizagem um educador 
dirigente (soma do técnico e do político) e não um instrutor, que simplesmente 
usa o guia que o leva a nada. 
 Segundo Gadotti ( ), “ os problemas da educação brasileira já foram 
suficientemente equacionados pelos próprios professores e o que faltaria seria 
um projeto político novo, que não depende só dos educadores mas da 
sociedade como um todo”. Com base nessa afirmação, verifica-se a 
importância da intervenção de todos para agir contra o governo e exigir que 
seja feito algo para modificar o sistema atual de ensino. Até o presente 
momento, há a impressão de que a educação atual, ainda que apresente um 
péssimo resultado, principalmente na classe popular, é conveniente para que o 
poder não seja alterado. Caso haja uma mudança na Educação, certamente 
atingirá a burguesia. 
 De acordo com Freire (1985), “se o povo brasileiro, se as classes populares 
têm sido proibidas de falar, a experiência histórica desse país é a do silêncio 
dessas classes, acho que é exatamente”gritando” que elas vão obter o direito 
de falar.” 
É possível analisar no pensamento de Freire e perceber que o povo deve 
reivindicar por uma educação sistemática, digna e igualitária para todos. 
 Educação é política, portanto quando se pensa na mudança metodológica, 
logo se verifica a importância da reflexão do professor e estes fatores estão 
relacionados à burguesia. 
 
 31
Considerações Finais 
O trabalho docente é decorrente dos princípios oriundos da Didática, 
que por sua vez é uma ferramenta importantíssima para a execução do 
trabalho docente. 
Quando se fala em aprendizagem, sabe-se que envolve os seguintes 
elementos: aluno, professor, sala de aula e metodologias de ensino. O aluno é 
a parte central desse processo, no entanto não deve ser passivo. O professor 
precisa refletir sobre sua postura profissional, para inovar e/ou dinamizar sua 
aula, despertando dessa forma o interesse no aluno, a fim de que este obtenha 
êxito na construção do seu conhecimento. A interação entre professor e aluno 
torna a aprendizagem eficaz, pois onde há troca de informações aumenta a 
possibilidade de aquisição de conhecimento para ambos. 
É fundamental a percepção do aluno no seu papel em sala de aula, 
certamente, esse envolvimento contribuirá positivamente no produto do 
processo ensino-aprendizagem. 
O professor deve conscientizar-se de que a diversificação dos métodos 
utilizados em sala de aula despertará o interesse no aluno, deixando-o com 
prazer de participar daquela aula; atualizar-se, constantemente, para ter 
segurança no momento que explanar o conteúdo, atitude que gerará um 
comprometimento profissional eficiente. 
Dentre os aspectos abordados até aqui, percebe-se que não é 
valorizado o ato de pesquisar, embora constata-se que o ensino exige pesquisa 
e vice-verso. O momento da pesquisa desperta a curiosidade, a qual exige 
análise e reflexão sobre o objeto estudado, cuja conseqüência é a aquisição do 
conhecimento. 
O ato de ensinar deve proporcionar ao aluno a criação e não a 
transmissão de informações, como ocorre na metodologia atual. A partir dessa 
prática de ensino, o aluno tende a agir e pensar como um ser político, aquele 
que ouve, argumenta e critica. 
 32
A mudança desejada nessa pesquisa deve ser decorrente da 
sociedade e do Estado, afinal os interesses atendidos até agora, visam 
somente à classe dominante, desfavorecendo a classe popular. 
A abordagem tradicional determina a transmissão de conteúdos pelo 
professor ao aluno, que ocorre em sala de aula, lugar onde os alunos são seres 
passivos diante da autoridade imposta pelo outro. 
Enquanto na abordagem comportamentalista, a escola é algo que pode 
ser substituído pelo ensino à distância. O aluno deve enfrentar circunstâncias 
da realidade e solucioná-las, nesse processo o professor age como mediador, 
quem seleciona, organiza os conteúdos que atendam o desejado na 
aprendizagem. 
Para os humanistas, a escola é o ambiente democrático que deve 
oferecer o ensino e o professor age como o facilitador do ensino. Há 
preocupação na seleção de conteúdos, os quais são organizados de acordo 
com o interesse dos alunos. 
Já a abordagem cognitivista, a escola é um ambiente que deve 
proporcionar condições para o aluno construir seu conhecimento com 
autonomia. O papel do professor é elaborar situações desafiadoras para 
estimular ações no aluno, por meio de trabalhos em grupo. 
Na abordagem sociocultural considera o aluno como um ser que pode 
lidar com mudanças da realidade e o professor é o condutor no processo 
ensino-aprendizagem. 
Com a chegada da Revolução Industrial houve uma necessidade de 
aumentar a escolarização, com intuito de atender a demanda exigida no 
mercado de trabalho. 
Diante disso, surge o método tradicional utilizado na maioria das 
instituições de ensino, atualmente. Esse método tem a função de transmitir 
conteúdos, que são selecionados e organizados pela classe dominante para 
destinar ao professor o papel de transmissor. 
Nesse contexto o aluno não tem oportunidade para pensar, refletir e 
criar um determinado conceito. O professor não pode alterar o conteúdo para 
 33
adaptá-los à realidade dos alunos e não existe preocupação em selecioná-los 
mediante o interesse discente. 
O positivismo almejava por uma reforma social que permitisse um 
Ensino para atender todos em igualdade. A teoria comteana acorda em alguns 
aspectos com a abordagem tradicional, como: transmissão de conteúdos, 
obediência ao professor, memorização, etc. 
Na pedagogia tradicional o método mais empregado é a aula 
expositiva, que o professore transmite os conteúdos, o aluno anota e ouve as 
informações sobre as regras impostas por outros; não há atendimento 
individual, uma vez que nem todos têm a mesma facilidade para assimilar as 
informações. 
Nessa abordagem, o homem é visto como um ser acabado enquanto o 
aluno é visto como um homem em miniatura que precisa receber informações 
para ser preenchido. Esse armazenamento de informações é chamado de 
Inteligência. 
O processo de Ensino deve ocorrer restritamente na escola, sem que 
haja preocupação em atender a realidade dos alunos. Essa abordagem impede 
aos alunos de ascender socialmente, deixando-os incapacitados para 
reivindicar seus direitos enquanto cidadão. 
Educar não é transmitir informações e sim formar um cidadão crítico e 
consciente de seus deveres e direitos. É necessário repensar nas atitudes 
docentes, para inová-las com o objetivo de atrair a atenção dos alunos. 
Um fator de suma importância é elaborar um planejamento levando em 
consideração a vivência e a experiência de cada aluno. Esse fator é relevante 
para o bom desempenho na aprendizagem. 
O ato de repetir deve ser substituído pelo ato de criar. O professor deve 
despertar o interesse no aluno para criar, nesse processo o diálogo entre 
professor e aluno é fundamental, cujo papel docente será estimulá-lo para 
pesquisar e construir seu conhecimento. 
Esse estudo busca inovar a metodologia de ensino e a relação 
professor e aluno, o aluno como parte principal no processo ensino-
 34
aprendizagem, deve perceber a importância no momento que passa na escola 
e que sua formação de conhecimento lhe possibilitará atingir um novo 
Universo. 
Com base nos estudos, verifica-se a influência da política centrada no 
Ensino, que busca atender somente o interesse da classe dominante. Dentro 
desse contexto, é necessário que inicie uma mudança no ambiente escolar, 
conscientizando os professores e alunos de sua responsabilidade diante de tal 
fato. Uma integração entre as partes citadas previamente e a sociedadedeve 
gritar para o Estado e exigir uma igualdade de ensino para todos, independente 
de ser da classe dominante ou da classe popular. 
Essa nova concepção deseja ter em sala de aula um professor 
revolucionário que assuma essa responsabilidade junto a classe popular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática 
educativa. 22 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
_______. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 
LARROYO, Francisco. História Geral da Pedagogia. 2. ed. São Paulo: Mestre 
Jou, 1974. 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 19. ed. São Paulo: Cortez, 1994. 
________. Adeus Professor, Adeus Professora? Novas Exigências 
Educacionais e Profissão Docente. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1998. 
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. 15. ed. São Paulo: Cortez, 
1994. 
________. O papel da didática na formação do educador: In: CANDAU, Vera 
Maria. (Org.) A Didática em Questão. 20. ed. Petrópoles,RJ: Vozes, 2001, p. 
25-34. 
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: As Abordagens do Processo. São 
Paulo: EPU, 1986. 
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 15. ed. São Paulo, SP: Cortez, 
1987. 
PERRENOULD, Philippe. Construir as competências desde a Escola. Porto 
Alegre, Artmed, 1999. 
 
 
	SUMÁRIO
	CAPÍTULO I: A IMPORTÂNCIA DOS MÉTODOS E TÉCNICAS PARA O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM..........................................
	CAPÍTULO II: ABORDAGEM PEDAGÓGICA
	CAPÍTULO III: MUDANÇA CULTURAL DOS DOCENTES
	CONCLUSÃO.................................................................................................. 25
	BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................... 29

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