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Sistema Cardiovascular

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Sistema Cardiovascular 
 
 
A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio                         
às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o                       
exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba                     
percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha                     
por toda a rede vascular. 
  
O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sangüíneos.                     
Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas,                         
ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sangüíneos. O coração                     
é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros                           
de vasos sangüíneos. 
  
Circulação Pulmonar e Sistêmica 
 
Circulação Pulmonar ­ leva sangue do ventrículo direito do coração para os                     
pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em                           
oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe                         
oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração                     
para ser bombeado para circulação sistêmica. 
  
Circulação Sistêmica ­ é a maior circulação; ela fornece o suprimento sangüíneo                     
para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes                     
vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. 
   
 
 
 
 
 
  
Estruturas do 
Sistema Cardiovascular 
  
Sangue 
  
Coração 
  
Vasos Sangüíneos 
  
Sistema Arterial 
  
Sistema Venoso 
  
 
 
Sangue 
As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo                           
vital, os quais são levados até elas pelo sangue. 
  
Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura, desdobrados em                           
suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas. 
  
 
Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que                                 
elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e uréia, que deve ser                             
eliminado pelos rins. 
  
  
O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituido de substâncias nutritivas e elementos                             
residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os elementos figurados,                         
que são os glóbulos sangüíneos e as plaquetas. 
  
Os glóbulos dividem­se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, células sem                           
núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio                       
e de gás carbônico. Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da                           
defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. 
  
 
  
Hemácias são de 5 milhões por milímetro cúbico. 
  
Leucócitos são de 5 a 9 mil por milímetro cúbico. 
  
Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no processo                         
de coagulação sangüínea. São em número de 100 a 400 mil por milímetros cúbicos. 
 
 
O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sangüíneos), impulsionados pelo coração.                           
Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua                                   
vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração. 
  
Ao nível dos capilares o plasma é acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode                             
extravasar para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é reabsorvida pelos capilares                           
linfáticos passando aos vasos linfáticos e então as veias, sendo reintegrada à circulação. 
  
O coração é o ponto central da circulação. Partindo dele temos dois circuitos fechados distintos: 
  
Circulação pulmonar ou direita ou pequena circulação: vai do coração aos pulmões e retorna ao coração.                               
Destina­se à troca de gases (gás carbônico por oxigênio). 
  
Circulação sistêmica ou esquerda ou grande circulação: vai do coração para todo o organismo e retorna ao                                 
coração. Destina­se à nutrição sistêmica de todas as células. 
 
 
Coração 
  
 
Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente                             
do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla                                     
e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens                                   
adultos. 
 
O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a                               
massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos                               
pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do                                 
coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e                         
limites. 
 
 
A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção                                   
mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita. 
  
  
 
 
Limites do Coração​: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das                       
costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa                           
sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda                         
direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base;                           
a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão                     
esquerdo, estendendo­se da base ao ápice. Como limite superior encontra­se os                   
grandes vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta                         
descendente. 
  
  
  
LIMITES DO CORAÇÃO 
 
  
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
  
  
Camadas da Parede Cardíaca​: 
 
 
Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no                               
mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O                       
pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. 
  
 
  
 
 
O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico.                       
Assemelha­se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. 
 
 
O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla                               
camada, circundando o coração.A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao                           
pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio,                       
adere fortemente à superfície do coração. 
  
  
SACO PERICÁRDIO 
 
  
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
  
  
Epicárdio​: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a                                   
partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do                             
pericárdio seroso. 
  
Miocárdio​: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É                                   
esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para                                     
o interior dos vasos sangüíneos. 
  
Endocárdio​: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio                                 
pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o                               
sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento                                 
dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração. 
  
  
  
Configuração Externa: o coração apresenta três faces e quatro margens: 
  
  
FACES 
Face Anterior (Esternocostal) ­ Formada principalmente pelo ventrículo direito. 
 
Face Diafragmática (Inferior) ­ Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo                     
ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma. 
 
Face Pulmonar (Esquerda) ­ Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão                       
cárdica do pulmão esquerdo. 
  
MARGENS 
Margem Direita ­ Formada pelo átrio direito e estendendo­se entre as veias cavas superior e inferior. 
 
Margem Inferior ­ Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo. 
 
Margem Esquerda ­ Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula                     
esquerda. 
 
Margem Superior ­ Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista anterior; a parte                                 
ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu                                   
lado direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma                                   
o limite inferior do seio transverso do pericárdio. 
  
  
Externamente os óstios atrioventriculares correspondem ao sulco coronário, que é ocupado por artérias e                         
veias coronárias, este sulco circunda o coração e é interrompido anteriormente pelas artérias aorta e pelo                             
tronco pulmonar. 
 
O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco interventricular anterior e na face                         
diafragmática ao sulco interventricular posterior. 
 
O sulco interventricular termina inferiormente a alguns centímetros do à direita do ápice do coração, em                             
correspondência a incisura do ápice do coração. 
 
 
O sulco interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores. 
 
Este sulco é ocupado pelos vasos interventriculares posteriores. 
 
 
O sulco interventricular posterior parte do sulco coronário e desce em direção à incisura do ápice do                               
coração. 
 
  
 
 
 
Configuração Interna​:  
 
 
 
O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores) recebem                             
sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração. 
 
 
Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula                             
(semelhante a orelha do cão). 
 
 
O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito                               
é separado do esquerdo pelo septo interventricular. 
  
 
 
  
CONFIGURAÇÃO CARDÍACA INTERNA 
   
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
  
ÁTRIO DIREITO 
 
O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três                                       
veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. 
 
A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior recebe sangue das                                     
partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que                                 
nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito. 
 
Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido a presença de cristas                                     
musculares, chamados músculos pectinados. 
 
O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada                               
por três folhetos ­ válvulas ou cúspides). 
 
Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, encontramos uma depressão que                               
é a fossa oval. 
 
Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve                         
para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio. 
 
Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas. 
 
O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e encontramos                               
também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário que é denominada de                                     
válvula do seio coronário. 
  
 
ÁTRIO ESQUERDO 
 
O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores lisas, que recebe o                                   
sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o                                 
ventrículo esquerdo, através da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides. 
 
O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula esquerda. 
  
 
VENTRÍCULO DIREITO 
 
O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O seu interior apresenta uma série                                   
de feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas carnosas. 
 
No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado valva tricúspide que serve para impedir que                             
o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas,                                 
esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido                             
para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos. 
 
 
    
Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra septal. 
 
 
O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados cordas tendíneas, as quais se inserem empequenas colunas cárneas chamadas de músculos papilares. 
 
 
A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em                             
concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita). 
 
No centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos                             
das válvulas semilunares (pulmonares). 
  
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
 
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular esquerdo, encontramos a valva                             
atrioventricular esquerda, constituída apenas por duas laminas denominadas cúspides (anterior e posterior).                       
Essas valvas são denominadas bicúspides. Como o ventrículo direito, também tem trabéculas carnosas e                           
cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos músculos papilares. 
 
O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo                             
onde localiza­se a valva bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do                                 
corpo, a aorta ascendente, passando pela valva aórtica ­ constituída por três válvulas semilunares: direita,                             
esquerda e posterior. Daí, parte do sangue flui para as artérias coronárias, que se ramificam a partir da aorta                                     
ascendente, levando sangue para a parede cardíaca; o restante do sangue passa para o arco da aorta e                                   
para a aorta descendente (aorta torácica e aorta abdominal). Ramos do arco da aorta e da aorta                                 
descendente levam sangue para todo o corpo. 
 
O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo. A principal função do ventrículo                           
esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A parede ventricular esquerda é mais                             
espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença se deve à maior força necessária para bombear sangue                                 
para a circulação sistêmica. 
 
 
GRANDES VASOS CARDÍACOS 
  
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
  
 
Ciclo Cardíaco 
 
Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. No ciclo cardíaco                               
normal os dois átrios se contraem, enquanto os dois ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole                                 
designa a fase de contração; a fase de relaxamento é designada como diástole. 
 
 
 
Quando o coração bate, os átrios contraem­se primeiramente (sístole atrial), forçando o sangue para os                             
ventrículos. Um vez preenchidos, os dois ventrículos contraem­se (sístole ventricular) e forçam o sangue                           
para fora do coração. 
  
  
 Valvas na Diástole Ventricular    Dinamismo das Valvas  Valvas na Sístole 
Ventricular 
   
 
 
 
Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é necessário mais que a contração                               
rítmica de suas fibras musculares. A direção do fluxo sangüíneo deve ser orientada e controlada, o que é                                 
obtido por quatro valvas já citadas anteriormente: duas localizadas entre o átrio e o ventrículo ­                             
atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas localizadas entre os ventrículos e as grandes                         
artérias que transportam sangue para fora do coração ­ semilunares (valva pulmonar e aórtica). 
 
    
 
 
Complemento: As valvas e válvulas são para impedir este comportamento anormal do sangue, para                         
impedir que ocorra o refluxo elas fecham após a passagem do sangue. 
 
Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os                             
ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a                             
aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares                         
abertas a passagem de sangue. 
 
  
SÍSTOLE VENTRICULAR ­ AÇÃO DAS VALVAS ÁTRIO­VENTRÍCULARES 
   
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
  
Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste                               
momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas. 
 
  
DIÁSTOLE VENTRICULAR ­ AÇÃO DAS VALVAS ÁTRIO­VENTRICULARES 
  
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
  
Em conclusão disso podemos dizer que o ciclo cardíaco compreende: 
                        1­ Sístole atrial 
                        2­ Sístole ventricular 
                        3­ Diástole ventricular 
 
 
 
  
Vascularização​: a irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio coronário. 
 
As artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda. Elas têm este nome porque ambas percorrem                                 
o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aortas. 
 
Esta artéria, logo depois da sua origem, dirige­se para o sulco coronário percorrendo­o da direita para a                                 
esquerda, até ir se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo terminal da artéria coronária                                 
esquerda que faz continuação desta circundado o sulco coronário. 
 
A artéria coronária direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita e a parte posterior do                                       
coração, são ela artéria marginal direita e artéria interventricular posterior. 
 
A artéria coronária esquerda, de início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para atingir o sulco                                     
coronário, evidenciando­se nas proximidades do ápice da aurícula esquerda. 
 
Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que da origem a artéria                                 
marginal esquerda. 
 
Na face diafragmática as duas artéria se anastomosam formando um ramo circunflexo. 
 
O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia magna do coração, que inicia ao                                   
nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior e segue o sulco coronário da esquerda para                                   
a direita passando pela face diafragmática, para ir desembocar no átrio direito. 
 
A porção terminal deste vaso, representada por seus últimos 3 cm forma uma dilatação que recebe o nome                                   
de seio coronário. 
 
O seio coronário recebe ainda a veia média do coração, que percorre de baixo para cima o sulco                                   
interventricular posterior e a veia pequena do coração que margeia a borda direita do coração. 
 
Há ainda veias mínimas, muito pequenas, as quais desembocam diretamente nas cavidades cardíacas. 
  
 
Inervação​: 
 
A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos situados fora do                                 
coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu                                   
interior. 
 
A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e parassimpático. 
 
Dosimpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três cervicais e quatro ou cinco                               
torácicos. 
 
As fibras parassimpáticas que vão ter ao coração seguem pelo nervo vago (X par craniano), do qual derivam                                   
nervos cardíacos parassimpáticos, sendo dois cervicais e um torácico. 
 
Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos. 
 
A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos batimentos contínuos do coração.                                 
É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina em uma rede de fibras musculares cardíacas                                 
especializadas, chamadas células auto­rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto­excitáveis. 
 
A excitação cardíaca começa no nodo sino­atrial (SA), situado na parede atrial direita, inferior a abertura da                                 
veia cava superior. Propagando­se ao longo das fibras musculares atriais, o potencial de ação atinge o                               
nodo atrioventricular (AV), situado no septo interatrial, anterior a abertura do seio coronário. Do nodo AV, o                                 
potencial de ação chega ao feixe atrioventricular (feixe de His), que é a única conexão elétrica entre os                                   
átrios e os ventrículos. Após ser conduzido ao longo do feixe AV, o potencial de ação entra nos ramos direito                                       
e esquerdo, que cruzam o septo interventricular, em direção ao ápice cardíaco. Finalmente, as miofibras                             
condutoras (fibras de Purkinge), conduzem rapidamente o potencial de ação, primeiro para o ápice do                             
ventrículo e após para o restante do miocárdio ventricular. 
 
 
 
  
SISTEMA ELÉTRICO DO CORAÇÃO 
  
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
Vasos Sangüíneos 
Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta                                     
ao coração. Os vasos sangüíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso: 
 
Sistema Arterial​: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando, cada ramo                               
em menor calibre, até atingirem os capilares. 
  
Sistema Venoso​: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em ramos de                                 
maior calibre até atingirem o coração. 
 
 
  
 
 
    
 
 
Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as artérias. Estas se ramificam                               
muito, tornam­se progressivamente menores, e terminam em pequenos vasos determinados arteríolas. 
 
 
 
 
A partir destes vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de nutrição e de absorção atravessando                                 
uma rede de canais microscópicos, chamados capilares, os quais permitem ao sangue trocar substâncias                         
com os tecidos. 
 
 
 
 
Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das veias de diâmetro maior, alcança                               
de novo o coração. Esta passagem de sangue através do coração e dos vasos sanguíneos é chamada de                                 
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA. 
 
 
Estrutura dos Vasos​:  
 
 
1­ ​Túnica externa​: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos                       
filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas                             
grandes artérias somente. 
 
 
 
 
2­ ​Túnica média​: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade de                             
tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo. 
 
 
 
3­ ​Túnica íntima​: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São constituídas por                           
células endoteliais. 
    
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os vasos sangüíneos são compostos por várias anastomoses, principalmente nos vasos cerebrais. 
 
  
Anastomose​: significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais estabelecem uma comunicação entre                         
si. A ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes duas                               
artérias de pequeno calibre se anastomosam para formar um vaso mais calibrosos. Freqüentemente a                         
ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, assegurando uma circulação colateral. 
  
  
O Polígono de Willis (melhor estudado em "Vascularização do SNC") é um exemplo de vasos que se                               
anastomosam, formando um polígono. Esse processo ocorre no cérebro para garantir uma demanda                       
adequada de oxigênio as células nervosas, ou seja, caso ocorra a obstrução de uma artéria cerebral, a                               
região irrigada pelo vaso lesado ainda receberá sangue proveniente de outra artéria do polígono,                         
preservando o tecido nervoso.

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