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MATERIAL COMPLEMENTAR OAB DIREITO CIVIL PARTE 3

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OAB XIV EXAME – PROJETO UTI 60 HORAS 
Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
1 
Roteiro Parte Geral 
UTI 
Pessoa Física ou Natural 
Tema I 
 
1) Para o Código Civil a aquisição da 
personalidade “começa do nascimento com 
vida” (art. 2°, CC). Adota, portanto, a teoria 
natalista. 
 
2) O registro da pessoa natural consiste em ato 
meramente declaratório, pois a personalidade 
foi adquirida desde o nascimento com vida. 
Retroage, portanto, o registro, à data do 
nascimento. 
 
3) A Lei Civil trata do nascituro quando, posto 
não o considere pessoa, coloca a salvo os 
seus direitos desde a concepção (art. 2º, CC). 
 
4) Capacidade de Direito, Jurídica ou de Gozo: 
é uma capacidade genérica, adquirida 
juntamente com a personalidade. Assim, 
adquirida a personalidade jurídica, toda pessoa 
passa a ser capaz de direitos e deveres na 
ordem jurídica (art. 1 do CC). 
 
5) Capacidade de Fato, Exercício ou Ação: 
consiste na capacidade de pessoalmente 
praticar atos da vida civil, agindo de forma 
autônoma. Logo, malgrado todos possuírem 
capacidade de direito, nem todos detém 
capacidade de exercício, a exemplo dos 
recém-nascidos. 
 
6) Quando a pessoa física cumula a soma das 
duas capacidades, afirma-se que ela possui 
capacidade jurídica plena ou geral. Todavia, 
embora uma pessoa física possua a 
capacidade jurídica geral, há determinados 
atos que ela não poderá praticar sem uma 
legitimação, ou seja: sem uma autorização 
específica. Verificam-se como exemplo a vênia 
conjugal: A Outorga Uxória e Marital. O art. 
1647 do CC elenca o rol de hipóteses que 
demandam a outorga: I - alienar ou gravar de 
ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como 
autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval e IV - fazer doação, 
não sendo remuneratória, de bens comuns, ou 
dos que possam integrar futura meação. Caso 
o cônjuge, isoladamente, venha a praticar o ato 
que necessite da outorga (vide art. 1647 do 
CC), sem a respectiva autorização, a hipótese 
é de anulabilidade do ato, no prazo 
decadencial de 2 (dois) anos, contados do 
término da sociedade conjugal (vide art. 1649 
do CC). Tal outorga não será exigida nos 
regimes de separação absoluta e no da 
participação final no aquestos se o pacto 
antenupcial autorizar a venda de bens imóveis 
particulares sem a referida autorização (arts. 
1647 e 1656 do CC). 
 
7) Atenção: são absolutamente incapazes (art. 
3°, CC): I. Menores de 16 Anos, II. Aqueles que 
por enfermidade ou doença mental não tiverem 
o necessário discernimento para a prática 
desses atos. III. Aqueles que mesmo por causa 
transitória não puderem exprimir a sua 
vontade. 
 
8) Por outro lado, são relativamente incapazes 
(art. 4º, CC): I. Os maiores de 16 (dezesseis) e 
menores de 18 (dezoito) anos. II. Ébrios 
habituais, viciados em tóxico e os que por 
doença mental tenha discernimento reduzido. 
III. Os excepcionais que não tenham 
desenvolvimento mental completo. IV. 
Pródigos. 
 
9) O suprimento da incapacidade absoluta dá-
se através da representação, quando o 
representante age no interesse do incapaz. De 
outro modo, na incapacidade relativa dá-se por 
meio da assistência, vale dizer, o relativamente 
incapaz pratica o ato jurídico juntamente com 
seu assistente, sob pena de anulabilidade. Na 
prova, RIA. 
 
10) São hipóteses que cessam a incapacidade: 
 
I - Maioridade (18 anos completos), 
II – Melhora psíquica, 
III - Emancipação (ato irretratável e irrevogável. 
 
Pode ser: voluntária, judicial e legal. 
 
• Voluntária: aquela concedida por ambos 
os pais, ou por um deles na falta do 
outro, mediante instrumento público. 
Atente-se para a questão usual da 
prova: se a mãe detiver a guarda, ainda 
que unilateral, não poderá sozinha 
conceder a emancipação, pois guarda 
não extingue o poder familiar. 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XIV EXAME – PROJETO UTI 60 HORAS 
Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
2 
• Judicial: ocorre em duas situações 
apenas. É aquela concedida pelo tutor 
ao pupilo, com dezesseis anos 
completos, mediante decisão judicial 
ou, ainda, aquela determinada pela 
Justiça em casos de divergência entre 
os genitores (art. 1.631 do CC). 
• Legal: São as hipóteses previstas no 
art. 5º, parágrafo único, II e ss. do CC: 
 
a) Pelo casamento. Recordando que a 
dissolução posterior não vai interferir na 
emancipação; 
 
b) Exercício de emprego público efetivo; 
 
c) Colação de grau em ensino superior; 
 
d) O estabelecimento civil ou comercial, ou a 
existência de relação de emprego, desde que o 
menor, com 16 (dezesseis) anos completos 
tenha economia própria. 
 
12) Extinção da Pessoa Física ou Natural: 
termina a existência da pessoa natural com a 
morte. A morte no direito nacional pode ser: 
 
a) Real 
b) 
c) Presumida: são hipóteses em que há 
impossibilidade de localização do 
cadáver. 
 Sem procedimento de ausência (art. 7º, CC): 
há incidência normativa em duas hipóteses: a) 
quando extremamente provável a morte de 
quem estava em perigo de vida; b) na hipótese 
de desaparecimento em decorrência de 
campanha ou prisão, quando o desaparecido 
não for encontrado após 2 (dois) anos do 
término da guerra. 
 
 Com procedimento de ausência: processo 
desdobrado em três fases: 
 
1ª Fase – Curadoria de Bens do Ausente: O 
curador não será necessariamente quem 
iniciou o procedimento, havendo uma ordem 
preferencial estabelecida no artigo 25 do CC: 
 
a) O cônjuge, desde que não esteja separado 
judicialmente e nem de fato há mais de dois 
anos; 
 
b) Os pais; 
 
c) Os descendentes, preferindo os mais 
próximos em relação aos mais remotos; 
 
d) Curador dativo, à escolha do Juiz. 
 
2ª Fase – Sucessão Provisória: começa após 1 
(um) ano contado da data da decisão que 
mandou arrecadar os bens, ou 3 (três) anos 
após tal decisão, caso o ausente tenha deixado 
procurador (art. 26, CC). 
 
3ª Fase – Sucessão Definitiva: inicia-se 10 
(dez) anos após o trânsito em julgado da 
sentença que declarou aberta a sucessão 
provisória, ou 5 (cinco) anos depois das últimas 
notícias do ausente, se maior de 80 (oitenta) 
anos, como pontuam os artigos 37 e 38 do CC. 
Nesta fase há transmissão dos bens, em 
caráter definitivo. 
 
13) Atenção: a morte presumida com 
decretação de ausência (art. 6º) dissolve o 
casamento (art. 1.571 do CC/02). 
 
Pessoa Jurídica 
Tema II 
 
1) A existência da pessoa jurídica começa com 
a inscrição do ato constitutivo desta no registro 
competente, ex vi do artigo 45 do Código Civil. 
O registro tem, portanto, natureza constitutiva. 
 
2) Tal registro gera a incidência da separação, 
independência ou autonomia. Assim, em regra, 
a pessoa física não poderá ser atingida por 
dívidas da pessoa jurídica. 
 
3) Desconsideração da Personalidade Jurídica 
da Pessoa Jurídica (“Disregard Doutrine”): 
Objetiva o superamento episódico, e por via de 
exceção, da personalidade jurídica da pessoa 
jurídica, objetivando a satisfação do terceiro 
lesado junto ao patrimônio dos próprios 
integrantes da pessoa jurídica. O legislador 
civilista optou pelo o que denomina a doutrina 
de uma teoria maior, ao passo que elencou 
alguns requisitos, quais sejam: 
 
a) Pedido Expresso: Da Parte ou do Ministério 
Público, quando couber intervir no Processo – 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
3 
é vedada no Código Civil a desconsideração de 
ofício pelo juiz. 
 + 
b) Abuso da Personalidade: seja através do 
desvio de finalidade ou confusão patrimonial. 
 
Direitos da Personalidade 
Tema III 
 
1) São direitos subjetivos que tem como 
características o fato de serem 
intransmissíveis, irrenunciáveis, indisponíveis,absolutos, extrapatrimoniais, inatos, 
imprescritíveis e vitalícios (interpretação 
elástica do art. 11 do CC). 
 
2) Direitos da personalidade da pessoa jurídica: 
aplica-se no que couber os direitos da 
personalidade da pessoa física. É possível que 
a violação destes enseje danos morais ou 
patrimoniais (art. 52 do CC e Sumula 227 do 
STJ). 
 
Bens Jurídicos 
Tema III 
 
1) Os bens jurídicos possuem diversas 
classificações. A mais importante: 
 
I. Imóveis e Móveis. 
 
São bens imóveis: 
 
a) Naturalmente imóveis: o solo e tudo quanto 
se lhe incorporar natural ou artificialmente (art. 
79 do CC). 
 
b) Por força da lei (arts. 80 e 81 do CC): I - os 
direitos reais sobre imóveis e as ações que os 
asseguram; II - o direito à sucessão aberta; III - 
as edificações que, separadas do solo, mas 
conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local e IV - os materiais 
provisoriamente separados de um prédio, para 
nele se reempregarem. 
 
São bens móveis: 
 
a) Naturalmente móveis (art. 82 do CC): os 
bens suscetíveis de movimento próprio 
(semoventes), ou de remoção por força alheia, 
sem alteração da substância ou da destinação 
econômico-social. 
b) Móveis por Força da Lei (arts. 83 e 84 do 
CC): I - as energias que tenham valor 
econômico; II - os direitos reais sobre objetos 
móveis e as ações correspondentes; III - os 
direitos pessoais de caráter patrimonial e 
respectivas ações; IV - Os materiais destinados 
a alguma construção, enquanto não forem 
empregados e V - conservam sua qualidade de 
móveis; readquirem essa qualidade os 
provenientes da demolição de algum prédio. 
 
Negócio Jurídico 
Tema V 
 
1) O art. 104, CC elenca os requisitos 
necessários à validade do negócio jurídico. 
Quais sejam: I) Agente Capaz; II) Objeto Lícito, 
Possível, Determinado ou Determinável; III) 
Forma Prescrita ou Não Defesa em Lei. 
 
2) As hipóteses de nulidade absoluta estão 
elencadas nos artigos 166 e 167 do CC. Possui 
as seguintes características: 
 
• Pode ser arguida pelas partes, por 
terceiro interessado, pelo Ministério 
Público, quando lhe couber intervir, ou, 
até mesmo, pronunciada de ofício (ex 
oficio) pelo Juiz; 
• A ação declaratória de nulidade é 
decidida por sentença com efeitos ex 
tunc (retroativos) e contra todos (erga 
omnes); 
• A nulidade pode ser reconhecida a 
qualquer tempo, não se sujeitando a 
prazo prescricional (imprescritível) ou 
decadencial. 
• O ato nulo pode ser convertido em um 
válido (art. 170 do CC/02). 
 
3) As hipóteses de nulidade relativa estão 
elencadas no art. 171 do CC, sendo elas: 
 
I - por incapacidade relativa do agente; 
 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, 
estado de perigo, lesão ou fraude contra 
credores. 
 
4) O negócio jurídico anulável possui as 
seguintes características: 
Somente pode ser arguida pelos legítimos 
interessados; 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
4 
A anulabilidade somente pode ser arguida, pela 
via judicial, em prazos decadenciais de 4 (regra 
geral) ou 2 (regra supletiva) anos, salvo norma 
específica em sentido contrário (art. 178 e 179, 
CC). 
 
O ato anulável pode ser convalidado, de forma 
expressa ou tácita e sem atingir o interesse de 
terceiros (art. 172 do CC). 
 
5) Condição, termo, modo ou encargo são 
elementos acidentais ou acessórios do negócio 
jurídico. 
 
6) Condição é evento futuro e incerto que 
condiciona o negócio jurídico e deriva da 
vontade humana das partes envolvidas no ato 
(art. 121, CC). 
 
7) A condição suspensiva torna os efeitos do 
negócio jurídico pendentes. 
 
8) A condição resolutiva, de seu turno, é aquela 
que, quando implementada, coloca fim ao 
negócio jurídico (resolve). 
 
9) O Termo relaciona-se a um evento futuro e 
certo. Consiste no dia ou momento em que o 
negócio começa (termo inicial ou dies a quo) 
ou extingue a sua eficácia (termo final ou dies 
ad quem). 
 
10) Modo ou Encargo é um ônus (restrição) 
imposto para que a parte usufrua benefício. 
 
11) São defeitos do negócio jurídico: 
 
A) Erro ou Ignorância (arts. 138 a 144, CC): 
falsa percepção da realidade. O erro há de ser 
essencial. 
 
B) Dolo (Art. 145 a 150, CC): consiste no 
induzimento malicioso de alguém à prática de 
um ato que lhe seja prejudicial, mas proveitoso 
ao autor do dolo ou a terceiro. 
 
C) Coação Moral (arts. 151 a 155, CC). 
 
D) Estado de Perigo (art. 156, CC): configura-
se o estado de perigo quando alguém, premido 
da necessidade de salvar-se, a pessoa de sua 
família, ou até mesmo terceiro, de grave dano, 
conhecido pela outra parte, assume obrigação 
excessivamente onerosa. Difere-se da lesão 
por ser subjetivo (o estado de perigo é 
subjetivo e exige dolo de aproveitamento). 
 
E) Lesão (art. 157, CC): dois são os requisitos 
da lesão em destaque: i) Objetivo: manifesta 
desproporção entre as prestações 
estabelecidas no negócio; ii) Subjetivo: 
inexperiência ou premente necessidade de 
uma das partes, a qual é percebida pelas 
condições pessoais do contratante. 
 
12) A lesão e a simulação são vícios sociais. 
Sendo a simulação uma causa de nulidade 
absoluta do negócio jurídico. 
 
Prescrição e Decadência 
Tema VI 
 
1) Inércia do titular + decurso do tempo + 
pretensão = prescrição. 
 
2) Inércia do titular + decurso do tempo + 
potestade = decadência. 
 
3) A decisão fundada em prescrição gera 
extinção do processo com a resolução de 
mérito (art. 269, CPC) de modo que não será 
mais possível renovar a pretensão, sob pena 
de violência à coisa julgada material. 
 
3) A decisão fundada em prescrição gera 
extinção do processo com a resolução de 
mérito (art. 269, CPC) de modo que não será 
mais possível renovar a pretensão, sob pena 
de violência à coisa julgada material. 
 
5) Para o CC/02 são causas impeditivas ou 
suspensivas do prazo prescricional (art. 197 a 
201 do CC): I - entre os cônjuges, na 
constância da sociedade conjugal; II - entre 
ascendentes e descendentes, durante o poder 
familiar; III - entre tutelados ou curatelados e 
seus tutores ou curadores, durante a tutela ou 
curatela; IV - contra os incapazes de que trata 
o art. 3o; V - contra os ausentes do País em 
serviço público da União, dos Estados ou dos 
Municípios; VI - contra os que se acharem 
servindo nas Forças Armadas, em tempo de 
guerra;VII - pendendo condição suspensiva; 
VIII - não estando vencido o prazo; IX - 
pendendo ação de evicção e X - Quando a 
ação se originar de fato que deva ser apurado 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
5 
no juízo criminal, não correrá a prescrição 
antes da respectiva sentença definitiva. 
 
6) “não corre a prescrição contra os incapazes 
de que trata o art. 3º” do CC/02, ou seja, contra 
os absolutamente incapazes. Contudo, quanto 
aos relativamente incapazes a prescrição 
corre, a teor do artigo 195 do CC/02. 
 
7) Causas Interruptivas (art. 202) zeram o 
prazo, interrompendo-o para impor nova 
contagem, desde o início. A interrupção só 
poderá ocorrer uma única vez, como determina 
o caput do artigo 202. São suas causas: I - por 
despacho do juiz, mesmo incompetente, que 
ordenar a citação, se o interessado a promover 
no prazo e na forma da lei processual; II - por 
protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial; IV - pela 
apresentação do título de crédito em juízo de 
inventário ou em concurso de credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em 
mora o devedor; VI - por qualquer ato 
inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe 
reconhecimento do direito pelo devedor. 
 
8) Lembre-se que a prescrição, na ótica do 
Código Civil, pode seralegada em qualquer 
grau de jurisdição pela parte a quem aproveita 
(art. 193 do CC). 
 
9) O prazo decadencial pode ser legal 
(decorrente da lei, a exemplo dos 
supramencionados arts. 178 e 179) ou 
convencional (decorrente do próprio negócio 
por ato de vontade), pois assim autoriza a lei 
(art. 211, CC). 
 
10) A prescrição por ser uma defesa do 
devedor, pode ser renunciada, nos termos do 
artigo 191 CC; na mesma linha, a decadência 
convencional que também pode ser 
renunciada, não se admitindo, porém, a 
renúncia ao prazo decadencial legal (art. 209, 
CC). 
 
11) Assim como a prescrição, a decadência 
legal pode ser reconhecida de ofício pelo juiz (a 
convencional não) – arts. 210 e 211 do CC/02. 
 
12) A decadência, em regra, não se impede, se 
suspende ou se interrompe, salvo disposição 
legal em contrário. Vaticina o Código Civil que 
não corre decadência, assim como prescrição, 
em face dos absolutamente incapazes (arts. 
207 e 208 do CC).

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