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Regimes de Bens no Casamento

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CURSO DE PRÁTICA EM FAMÍLIA E SUCESSÕES 
Responsabilidade Civil nas Relações Familiares 
Luciano Figueiredo 
1 
Curso de Prática em Família e Sucessões 
 1. Introdução: O Pacto Antenupcial e 
a Mudança de Regime de Bens. 
 
 Casa-se e divorcia-se como nunca no 
Brasil. É verdade? 
 
 Dados do IBGE: 
 
 Fazendo um paralelo da pesquisa do 
IBGE de 2007, com a pesquisa de 2010, 
infere-se que persiste o crescimento do 
número de casamentos e divórcios. 
 A taxa geral de divórcio atingiu em 
2010 o seu maior valor, 1,8% (1,8 divórcios 
para cada mil pessoas de 20 anos ou mais), 
desde o início da série histórica das 
Estatísticas do Registro Civil, em 1984. 
Verifica-se um acréscimo de 36,8% no 
número de divórcios em relação a 2009. 
Lembra-se que em 2007 já havia sido 
registrado um acréscimo de 200%. 
 Na análise da série, vê-se que a cada 
época em que ocorreram alterações na 
legislação sobre divórcios, houve elevação 
das taxas. 
 Por outro lado, houve um incremento 
de 4,5% no número de casamentos em 
relação a 2009. Já os recasamentos 
totalizaram 18,3% das uniões, 11,7% a mais 
que em 2000. 
 Em 2011, embora tenham sido 
realizados 1 026 736 casamentos no Brasil, 
5,0% a mais do que em 2010, o número de 
dissoluções (soma dos divórcios diretos 
sem recurso e separações) chegou a 351 
153, 45,6% no total de divórcios no País. Ou 
seja, para cada quatro 
casamentos foi registrada uma dissolução. 
 Qual a relação disto com o pacto 
antenupcial e o regime de bens? 
 2. Premissa: O que é o Regime de 
Bens e quais são as suas Espécies? 
 
 Espécies: 
 
 a) comunhão universal; 
 b) comunhão parcial; 
 c) separação convencional; 
 d) separação legal ou obrigatória; 
e) participação final nos aquestos. 
Passa-se a verificação, um a um, dos 
regimes. 
a) Regime da Comunhão Parcial de Bens ou 
Regime Supletivo 
 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, 
comunicam-se os bens que sobrevierem ao 
casal, na constância do casamento, com as 
exceções dos artigos seguintes. 
 
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja 
aquisição tiver por título uma causa anterior 
ao casamento. 
O que não entra (não-comunica) na 
comunhão parcial (art. 1659 do CC): 
 
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao 
casar, e os que lhe sobrevierem, na 
 
 
 
 
 
 
 
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constância do casamento, por doação ou 
sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens adquiridos com valores 
exclusivamente pertencentes a um dos 
cônjuges em sub-rogação dos bens 
particulares; 
III - as obrigações anteriores ao casamento; 
IV - as obrigações provenientes de atos 
ilícitos, salvo reversão em proveito do 
casal; 
V - os bens de uso pessoal, os livros e 
instrumentos de profissão; 
VI - os proventos do trabalho pessoal de 
cada cônjuge; 
VII - as pensões, meios-soldos (rendimento 
militar), montepios (pensão militar) e outras 
rendas semelhantes. 
O que entra (comunicam – aquestos) na 
comunhão parcial (art. 1660 do CC): 
 
Art. 1.660. Entram na comunhão: 
I - os bens adquiridos na constância do 
casamento por título oneroso, ainda que só 
em nome de um dos cônjuges; 
II - os bens adquiridos por fato eventual, 
com ou sem o concurso de trabalho ou 
despesa anterior; 
III - os bens adquiridos por doação, herança 
ou legado, em favor de ambos os cônjuges; 
IV - as benfeitorias em bens particulares de 
cada cônjuge; 
V - os frutos dos bens comuns, ou dos 
particulares de cada cônjuge, percebidos na 
constância do casamento, ou pendentes ao 
tempo de cessar a comunhão . 
 
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, 
presumem-se adquiridos na constância do 
casamento os bens móveis, quando não se 
provar que o foram em data anterior. 
b) Regime da Comunhão Universal de Bens. 
 
Art. 1.667. O regime de comunhão universal 
importa a comunicação de todos os bens 
presentes e futuros dos cônjuges e suas 
dívidas passivas, com as exceções do 
artigo seguinte. 
 
Bens excluídos (não comunicam) da 
comunhão universal (art. 1668 do CC): 
 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: 
I - os bens doados ou herdados com a 
cláusula de incomunicabilidade e os sub-
rogados em seu lugar; 
II - os bens gravados de fideicomisso e o 
direito do herdeiro fideicomissário, antes de 
realizada a condição suspensiva; 
III - as dívidas anteriores ao casamento, 
salvo se provierem de despesas com seus 
aprestos (presentes de casamento), ou 
reverterem em proveito comum; 
IV - as doações antenupciais feitas por um 
dos cônjuges ao outro com a cláusula de 
incomunicabilidade; 
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do 
art. 1.659. 
Dúvida: Crédito trabalhista comunica nos 
regimes de comunhão (parcial ou 
universal)? 
 
 
 
 
 
 
 
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Pela dicção literal do art. 1659, VI e art. 
1668, V, ambos do CC, a resposta seria 
negativa. Porém, vale observar a 
jurisprudência. O STJ tem sustentado que, 
em caso de separação do casal, créditos 
trabalhistas devem ser incluídos na partilha 
dos bens no regime de comunhão parcial 
ou total, em vista de uma interpretação 
sistemática. Cita-se: 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
ESPECIAL. CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. 
REGIME DE BENS DO CASAMENTO. 
COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. CRÉDITOS 
TRABALHISTAS ORIGINADOS NA 
CONSTÂNCIA DO CASAMENTO. 
COMUNICABILIDADE. 
1. A jurisprudência da Terceira Turma é 
firme no sentido de que integra a comunhão 
a indenização trabalhista correspondente a 
direitos adquiridos na constância do 
casamento. 
2. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO. 
(AgRg no REsp 1250046 / SP. AGRAVO 
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 
2011/0057459-5. Relator Ministro PAULO DE 
TARSO SANSEVERINO. T3 - TERCEIRA 
TURMA. Data do Julgamento: 06/11/2012. 
Publicação: DJe 13/11/2012). 
Direito civil. Família. Recurso especial. 
Divórcio direto. Embargos de declaração. 
Multa prevista no art. 538, parágrafo único, 
do CPC, afastada. Partilha de bens. Crédito 
resultante de execução. Ausência de 
interesse recursal. Eventuais créditos 
decorrentes de indenização por danos 
materiais e morais proposta por um dos 
cônjuges em face de terceiro. 
Incomunicabilidade. Créditos trabalhistas. 
Comunicabilidade. Fixação dos alimentos. 
Razoabilidade na fixação. 
Comprovação da necessidade de quem os 
pleiteia e da possibilidade de quem os 
presta. 
- A multa imposta à recorrente em face da 
interposição de embargos de declaração 
deve ser afastada, porquanto neste aspecto 
destoou o acórdão impugnado do quanto 
vem decidindo esta Corte, que possibilita, 
para fins de prequestionamento, o manejo 
dos embargos declaratórios, que, em tais 
hipóteses, não apresentam intuito 
protelatório. 
- Quanto à partilha do crédito resultante da 
execução, da qual consta registro de 
penhora sobre imóvel em favor do 
recorrido, carece a recorrente de interesse 
recursal, porquanto ficou decidido que fará 
ela jus à meação da importância dali 
advinda, destacando-se que os fatos e 
provas do processo são tomados, na via 
especial, conforme delineados no acórdão 
impugnado, de modo que a discussão 
acerca da ocorrência ou não de adjudicaçãodo imóvel, tal como deduzida pela 
recorrente, 
 nesta via não pode ser tratada, 
quando do acórdão consta expressamente 
que "ausente prova de que o bem tenha 
sido adjudicado pela parte credora". 
- No que concerne aos créditos decorrentes 
de ação de reparação civil movida pelo ex-
cônjuge em face de terceiro, considerando 
que não há, no acórdão impugnado, 
qualquer elucidação a respeito do que teria 
gerado a pretensão reparatória fazendo 
apenas alusão a "eventuais valores 
provenientes de ações de dano moral e 
patrimonial" (fl.. 389), deve ser mantida a 
incomunicabilidade de possíveis valores 
advindos do julgamento da referida ação, 
 
 
 
 
 
 
 
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porque, conforme declarado no acórdão 
recorrido, os prováveis danos sofridos 
unicamente pelo ex-cônjuge revestem-se de 
caráter "personalíssimo". 
- Segue mantido, portanto, o acórdão 
impugnado, quanto à incomunicabilidade de 
créditos oriundos de ação de reparação civil 
ajuizada pelo recorrido, porque 
expressamente declarado pelo TJ/RS que se 
cuida de dano de "cunho personalíssimo" 
(fl.. 389). 
- Ressalve-se, apenas como esclarecimento 
"a latere", eventual condenação de 
pagamento de lucros cessantes e de danos 
que hipoteticamente teriam o condão de 
atingir o patrimônio comum, circunstâncias 
em que haveria resultado de acréscimo 
patrimonial ao casal ou mera reposição do 
patrimônio existente à época do dano. 
- O ser humano vive da retribuição 
pecuniária que aufere com o seu trabalho. 
Não é diferente quando ele contrai 
matrimônio, hipótese em que marido e 
mulher retiram de seus proventos o 
necessário para seu sustento, contribuindo, 
proporcionalmente, para a manutenção da 
entidade familiar. 
- Se é do labor de cada cônjuge, casado sob 
o regime da comunhão parcial de bens, que 
invariavelmente advêm os recursos 
necessários à aquisição e conservação do 
patrimônio comum, ainda que em 
determinados momentos, na constância do 
casamento, apenas um dos consortes 
desenvolva atividade remunerada, a 
colaboração e o esforço comum são 
presumidos, servindo, o regime matrimonial 
de bens, de lastro para a manutenção da 
família. 
- Em consideração à disparidade de 
proventos entre marido e 
mulher, comum a muitas 
famílias, ou, ainda, frente à opção do casal 
no sentido de que um deles permaneça em 
casa cuidando dos filhos, muito embora 
seja facultado a cada cônjuge guardar, 
como particulares, os proventos do seu 
trabalho pessoal, na forma do art. 1.659, inc. 
VI, do CC/02, deve-se entender que, uma vez 
recebida a contraprestação do labor de 
cada um, ela se comunica. 
- Amplia-se, dessa forma, o conceito de 
participação na economia familiar, para que 
não sejam cometidas distorções que 
favoreçam, em frontal desproporção, aquele 
cônjuge que mantém em aplicação 
financeira sua remuneração, em detrimento 
daquele que se vê obrigado a satisfazer as 
necessidades inerentes ao casamento, tais 
como aquelas decorrentes da manutenção 
da habitação comum, da educação dos 
filhos ou da conservação dos bens. 
- Desse modo, se um dos consortes suporta 
carga maior de contas, enquanto o outro 
apenas trata de acumular suas reservas 
pessoais, advindas da remuneração a que 
faz jus pelo seu trabalho, deve haver um 
equilíbrio para que, no momento da 
dissolução da sociedade conjugal, não 
sejam consagradas e referendadas pelo 
Poder Judiciário as distorções surgidas e 
perpetradas ao longo da união conjugal. 
- A tônica sob a qual se erige o regime 
matrimonial da comunhão parcial de bens, 
de que entram no patrimônio do casal os 
acréscimos advindos da vida em comum, 
por constituírem frutos da estreita 
colaboração que se estabelece entre marido 
e mulher, encontra sua essência definida no 
art. 1.660, incs. IV e V, do CC/02. 
- A interpretação harmônica dos arts. 1.659, 
inc. VI, e 1.660, inc. V, do CC/02, permite 
concluir que, os valores obtidos por 
qualquer um dos cônjuges, a título de 
retribuição pelo trabalho que desenvolvem, 
 
 
 
 
 
 
 
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integram o patrimônio do casal tão logo 
percebidos. Isto é, tratando-se de 
percepção de salário, este ingress 
mensalmente no patrimônio comum, 
prestigiando-se, dessa forma, o esforço 
comum. 
- "É difícil precisar o momento exato em que 
os valores deixam de ser proventos do 
trabalho e passam a ser bens comuns, 
volatizados para atender às necessidades 
do lar conjugal." 
- Por tudo isso, o entendimento que melhor 
se coaduna com a essência do regime da 
comunhão parcial de bens, no que se refere 
aos direitos trabalhistas perseguidos por 
um dos cônjuges em ação judicial, é aquele 
que estabelece sua comunicabilidade, 
desde o momento em que pleiteados. Assim 
o é porque o "fato gerador" de tais créditos 
ocorre no momento em que se dá o 
desrespeito, pelo empregador, aos direitos 
do empregado, fazendo surgir uma 
pretensão resistida. 
- Sob esse contexto, se os acréscimos 
laborais tivessem sido pagos à época em 
que nascidos os respectivos direitos, não 
haveria dúvida acerca da sua comunicação 
entre os cônjuges, não se justificando 
tratamento desigual apenas por uma 
questão temporal imposta pelos trâmites 
legais a que está sujeito um processo 
perante o Poder Judiciário. 
- Para que o ganho salarial insira-se no 
monte-partível é necessário, portanto, que o 
cônjuge tenha exercido determinada 
atividade laborativa e adquirido direito de 
retribuição pelo trabalho desenvolvido, na 
constância do casamento. Se um dos 
cônjuges efetivamente a exerceu e, 
pleiteando os direitos dela decorrentes, não 
lhe foram reconhecidas as vantagens daí 
advindas, tendo que buscar a via judicial, a 
sentença que as reconhece 
é declaratória, fazendo retroagir, seus 
efeitos, à época em que proposta a ação. 
O direito, por conseguinte, já lhe pertencia, 
ou seja, já havia ingressado na esfera de 
seu patrimônio, e, portanto, integrado os 
bens comuns do casal. 
- Consequentemente, ao cônjuge que 
durante a constância do casamento arcou 
com o ônus da defasagem salarial de seu 
consorte, o que presumivelmente 
demandou-lhe maior colaboração no 
sustento da família, não se pode negar o 
direito à partilha das verbas trabalhistas 
nascidas e pleiteadas na constância do 
casamento, ainda que percebidas após a 
ruptura da vida conjugal. 
- No que se refere aos alimentos arbitrados 
em favor da recorrente, ao analisar a prova 
e definir como ocorreram os fatos, que se 
tornam imutáveis nesta sede especial, 
constou do acórdão a conclusão, pautada 
no binômio necessidades da alimentanda e 
possibilidades do alimentante, bem como 
esquadrinhando residual capacidade para o 
trabalho da recorrente, que o percentual de 
25% sobre os proventos auferidos pelo 
recorrido junto ao INSS coaduna-se com a 
realidade social vivenciada pelas partes, de 
modo que não merece reparo, 
nesse aspecto, o julgado. Recurso especial 
parcialmente provido. 
(REsp 1024169 / RS. RECURSO ESPECIAL 
2008/0012694-7. Relatora: NANCY 
ANDRIGHI. TERCEIRA TURMA. Data de 
Julgamento: 13/04/2010. Publicação: DJe 
28/04/2010). 
c) Regime da Separação Convencional de 
Bens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Neste regime cada conjugue possui 
patrimônio próprio e separado, podendo 
administrar, livremente, os seus bens (art. 
1687) 
 
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, 
estes permanecerão sob a administração 
exclusiva de cada um dos cônjuges, que os 
poderá livremente alienar 
(independentemente de outorga uxória) ou 
gravar de ônus real. 
 
Malgrado a separação, as despesas do 
casal devem ser custeadas por ambos os 
cônjuges, na proporção dos seus 
rendimentos, salvo estipulação em 
contrário do pacto antenupcial (art. 1688). 
 
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são 
obrigados a contribuir para as despesas do 
casal na proporção dos rendimentos de seu 
trabalho e de seus bens, salvo estipulação 
em contrário no pacto antenupcial. 
d) Separação Obrigatória de Bens 
 
Situações em que o legislador impõe o 
regime de separação obrigatória: 
 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da 
separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com 
inobservância das causas suspensivas da 
celebração do casamento; 
II - da pessoa maior de setenta anos; 
III - de todos os que dependerem, para 
casar, de suprimento judicial. 
Segundo súmula do STF, a separação 
obrigatória de bens incide nos bens 
presentes à época do casamento, e não nos 
aquestos futuros – bens adquiridos 
onerosamente na constância do casamento 
(súmula 377, STF): 
 
Súmula 377, STF: no regime de separação 
legal de bens, comunicam-se os adquiridos 
na constância do casamento. 
Assim é que o STJ, mesmo com a 
publicação do NCC, continua aplicando a 
referida súmula. Transcreve-se: 
 
Incide a súmula 377 do STF que, por sinal, 
não cogita do esforço comum, presumido, 
neste caso, segundo o entendimento 
pretoriano majoritária 
(STJ, 4 T, REsp 154.896/RJ, Rel. Min. 
Fernando Gonçalves. Julgado. 20.11.03) 
 
Mesmo entendimento: (STJ, 3 T, REsp 
736.627/PR, Rel. Min. Carlos Alberto 
Menezes Direto. Julgado. 11.04.06) 
Aplica-se este regime a união estável? 
 
DIREITO DE FAMÍLIA. UNIÃO ESTÁVEL. 
COMPANHEIRO SEXAGENÁRIO. 
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS. 
ART. 258, § ÚNICO, INCISO II, DO CÓDIGO 
CIVIL DE 1916. 
1. Por força do art. 258, § único, inciso II, do 
Código Civil de 1916 (equivalente, em parte, 
ao art. 1.641, inciso II, do Código Civil de 
2002), ao casamento de sexagenário, se 
homem, ou cinquentenária, se mulher, é 
 
 
 
 
 
 
 
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imposto o regime de separação obrigatória 
de bens. Por esse motivo, às uniões 
estáveis é aplicável a mesma regra, 
impondo-se seja observado o regime de 
separação obrigatória, sendo o homem 
maior de sessenta anos ou mulher maior de 
cinquenta. 
2. Nesse passo, apenas os bens adquiridos 
na constância da união estável, e desde que 
comprovado o esforço comum, devem ser 
amealhados pela companheira, nos termos 
da Súmula n.º 377 do STF. 
3. Recurso especial provido. 
(REsp 646259 / RS. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO. Quarta Turma. DJ 22/06/2010) 
DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. ALIMENTOS. 
UNIÃO ESTÁVEL ENTRE SEXAGENÁRIOS. 
REGIME DE BENS APLICÁVEL. DISTINÇÃO 
ENTRE FRUTOS E PRODUTO. 
1. Se o TJ/PR fixou os alimentos levando em 
consideração o binômio necessidades da 
alimentanda e possibilidades do 
alimentante, suas conclusões são infensas 
ao reexame do STJ nesta sede recursal. 
2. O regime de bens aplicável na união 
estável é o da comunhão parcial, pelo qual 
há comunicabilidade ou meação dos bens 
adquiridos a título oneroso na constância 
da união, prescindindo-se, para tanto, da 
prova de que a aquisição decorreu do 
esforço comum de ambos os 
companheiros. 
3. A comunicabilidade dos bens adquiridos 
na constância da união estável é regra e, 
como tal, deve prevalecer sobre as 
exceções, as quais merecem interpretação 
restritiva, devendo ser consideradas as 
peculiaridades de cada caso. 
4. A restrição aos atos praticados por 
pessoas com idade igual ou 
superior a 60 (sessenta) anos representa 
ofensa ao princípio da dignidade da pessoa 
humana. 
5. Embora tenha prevalecido no âmbito do 
STJ o entendimento de que o regime 
aplicável na união estável entre 
sexagenários é o da separação obrigatória 
de bens, segue esse regime temperado pela 
Súmula 377 do STF, com a comunicação 
dos bens adquiridos onerosamente na 
constância da união, sendo presumido o 
esforço comum, o que equivale à aplicação 
do regime da comunhão parcial. 
6. É salutar a distinção entre a 
incomunicabilidade do produto dos bens 
adquiridos anteriormente ao início da união, 
contida no § 1º do art. 5º da Lei n.º 9.278, de 
1996, e a comunicabilidade dos frutos dos 
bens comuns ou dos particulares de cada 
cônjuge percebidos na constância do 
casamento ou pendentes ao tempo de 
cessar a comunhão, conforme previsão do 
art. 1.660, V, do CC/02, correspondente ao 
art. 271, V, do CC/16, aplicável na espécie. 
7. Se o acórdão recorrido categoriza como 
frutos dos bens particulares do ex-
companheiro aqueles adquiridos ao longo 
da união estável, e não como produto de 
bens eventualmente adquiridos 
anteriormente ao início da união, opera-se a 
comunicação desses frutos para fins de 
partilha. 
8. Recurso especial de G. T. N. não provido. 
9. Recurso especial de M. DE L. P. S. 
provido. 
REsp 1171820 / PR. RECURSO ESPECIAL 
2009/0241311-6. Relator: SIDNEI BENETI. 
Relator para Acordão: NANCY ANDRIGHI. 
T3 - TERCEIRA TURMA. Data de 
Julgamento: 07/12/2010. Publicação: 
27/04/2011. 
e) Participação Final nos Aquestos 
 
 
 
 
 
 
 
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Neste novo regime, cada cônjuge possui 
patrimônio próprio (como no regime da 
separação), cabendo, todavia, à época da 
dissolução da sociedade conjugal, direito à 
metade dos bens adquiridos pelo casal, a 
título oneroso, na constância do casamento 
(arts. 1672 e 1673 do CC). 
 
Art. 1.672. No regime de participação final 
nos aqüestos, cada cônjuge possui 
patrimônio próprio, consoante disposto no 
artigo seguinte, e lhe cabe, à época da 
dissolução da sociedade conjugal, direito à 
metade dos bens adquiridos pelo casal, a 
título oneroso, na constância do casamento. 
 
 
Art. 1.673. Integram o patrimônio próprio os 
bens que cada cônjuge possuía ao casar e 
os por ele adquiridos, a qualquer título, na 
constância do casamento. 
Parágrafo único. A administração desses 
bens é exclusiva de cada cônjuge, que os 
poderá livremente alienar, se forem móveis. 
 
Não entram no patrimônio comum (art. 1674 
do CC): 
 
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da 
sociedade conjugal, apurar-se-á o montante 
dos aqüestos, excluindo-se da soma dos 
patrimônios próprios: 
I - os bens anteriores ao casamento e os 
que em seu lugar se sub-rogaram; 
II - os que sobrevieram a cada cônjuge por 
sucessão ou liberalidade; 
III - as dívidas relativas a esses bens. 
Parágrafo único. Salvo prova em contrário, 
presumem-se adquiridos durante o 
casamento os bens móveis. 
3. Princípios Norteadores do Regime de 
Bens 
 
a) Liberdade de escolha 
b) Mutabilidade 
a) Liberdade de Escolha 
 
- Pacto Antenupcial: 
 
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se 
não for feito por escritura pública, e ineficaz 
se nãolhe seguir o casamento. 
 
Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, 
realizado por menor, fica condicionada à 
aprovação de seu representante legal, salvo 
as hipóteses de regime obrigatório de 
separação de bens. 
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula 
dela que contravenha disposição absoluta 
de lei. 
Art. 1.657. As convenções antenupciais não 
terão efeito perante terceiros senão depois 
de registradas, em livro especial, pelo 
oficial do Registro de Imóveis do domicílio 
dos cônjuges. 
 
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou 
sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto 
 
 
 
 
 
 
 
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aos bens entre os cônjuges, o regime da 
comunhão parcial. 
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no 
processo de habilitação, optar por qualquer 
dos regimes que este código regula. Quanto 
à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela 
comunhão parcial, fazendo-se o pacto 
antenupcial por escritura pública, nas 
demais escolhas. 
Dúvidas: 
 
- Apenas posso escolher um regime já 
tratado no Código Civil ou é possível a 
criação de um novo regime? 
 
- Se o casamento for inválido, o pacto o 
será? E o casamento putativo? E o inverso? 
 
- Caso não haja casamento e passem os 
nubentes a viver em união estável, como 
companheiros, o pacto pode ser 
aproveitado? (TJ/RS AC. 8 Cam, Civ. ApCiv 
70016647547. Comarca de Porto Alegre. Rel. 
Des. José Ataídes Siqueira Trindade. J. 
28.9.06. DJRS 4.10.06). 
 
- O pacto pode versar sobre questões 
outras não relacionadas a regime de bens? 
Tipo: 
Religião da prole? 
 
Rotina doméstica? 
 
Consenso sobre formas reprodutivas? 
 
Dispensa do dever de fidelidade recíproca? 
 
Dispensa da coabitação? 
 
Dispensa da mútuo assistência? 
 
Cláusula penal pelo término do 
relacionamento? 
 
Cláusula penal para a hipótese de traição? 
 
Retirar o cônjuge como herdeiro 
necessário? 
 
b) Mutabilidade 
 
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de 
celebrado o casamento, estipular, quanto 
aos seus bens, o que lhes aprouver. 
§ 1º O regime de bens entre os cônjuges 
começa a vigorar desde a data do 
casamento. 
§ 2º É admissível alteração do regime de 
bens, mediante autorização judicial em 
pedido motivado de ambos os cônjuges, 
apurada a procedência das razões 
invocadas e ressalvados os direitos de 
terceiros. 
 
O CC, no §2º do art. 1639, permite a 
mudança do regime de bens, sendo 
necessário: 
 
 
 
 
 
 
 
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a) Pedido conjunto e motivado de ambos os 
cônjuges 
b) Procedimento de jurisdição voluntária 
(não pode haver lide). 
c) O juízo competente é o juízo de família. 
d) Não pode vim a prejudicar terceiros. Por 
isso devem publicar editais e tem efeitos ex-
nunc. 
Motivos usuais: 
 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar 
sociedade, entre si ou com terceiros, desde 
que não tenham casado no regime da 
comunhão universal de bens, ou no da 
separação obrigatória. 
 
Art. 1.523. Não devem casar: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do 
cônjuge falecido, enquanto não fizer 
inventário dos bens do casal e der partilha 
aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se 
desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até 
dez meses depois do começo da viuvez, ou 
da dissolução da sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido 
homologada ou decidida a partilha dos bens 
do casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus 
descendentes, ascendentes, irmãos, 
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa 
tutelada ou curatelada, enquanto não cessar 
a tutela ou curatela, e não estiverem 
saldadas as respectivas contas. 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes 
solicitar ao juiz que não lhes sejam 
aplicadas as causas 
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV 
deste artigo, provando-se a inexistência de 
prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, 
para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada 
ou curatelada; no caso do inciso II, a 
nubente deverá provar nascimento de filho, 
ou inexistência de gravidez, na fluência do 
prazo. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da 
separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com 
inobservância das causas suspensivas da 
celebração do casamento; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
(Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010) 
III - de todos os que dependerem, para 
casar, de suprimento judicial. 
Dúvidas: 
 
É possível a mudança daqueles regimes 
referentes a casamentos celebrados na 
vigência do CC/ 1916? 
 
Art. 2.035. A validade dos negócios e 
demais atos jurídicos, constituídos antes da 
entrada em vigor deste Código, obedece ao 
disposto nas leis anteriores, referidas no 
art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos 
após a vigência deste Código, aos preceitos 
dele se subordinam, salvo se houver sido 
prevista pelas partes determinada forma de 
execução. 
 
Art. 2.039. O regime de bens nos 
casamentos celebrados na vigência do 
Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de 
janeiro de 1916, é o por ele estabelecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. 
DIREITO DE FAMÍLIA. REGIME 
MATRIMONIAL DE BENS. MODIFICAÇÃO. 
CASAMENTO CELEBRADO NA VIGÊNCIA 
DO CÓDIGO CIVIL DE 1916. DISPOSIÇÕES 
TRANSITÓRIAS DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. 
CONJUGAÇÃO DO ART. 1.639, § 2º, COM O 
ART. 2.039, AMBOS DO NOVEL DIPLOMA. 
CABIMENTO EM TESE DA ALTERAÇÃO DE 
REGIME DE BENS. INADMISSIBILIDADE 
QUE JÁ RESTOU AFASTADA. 
PRECEDENTE JURISPRUDENCIAL. 
ALTERAÇÃO SUBORDINADA À PRESENÇA 
DOS DEMAIS REQUISITOS CONSTANTES 
DO ART. 1.639, § 2º, DO CC/2002. 
NECESSIDADE DE REMESSA DOS AUTOS 
ÀS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS 
APRECIAÇÃO DO PEDIDO. 
RECURSO ESPECIAL CONHECIDO A QUE 
SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO PARA, 
ADMITIDA A MUDANÇA DE REGIME, COM A 
REMESSA DOS AUTOS À INSTÂNCIA DE 
ORIGEM. (REsp 868.404/SC, Rel. Ministro 
HÉLIO QUAGLIA BARBOSA, QUARTA 
TURMA, julgado em 12.06.2007, DJ 
06.08.2007 p. 519); (Grifos nossos) 
 
Direito civil. Família. Casamento celebrado 
sob a égide do CC/16. Alteração do regime 
de bens. Possibilidade. 
- A interpretação conjugada dos arts. 1.639, 
§ 2º, 2.035 e 2.039, do CC/02, admite a 
alteração do regime de bens adotado por 
ocasião do matrimônio, desde que 
ressalvados os direitos de terceiros e 
apuradas as razões invocadas pelos 
cônjuges para tal pedido. 
- Assim, se o Tribunal Estadual analisou os 
requisitos autorizadores da alteração do 
regime de bens e concluiu pela sua 
viabilidade, tendo os 
cônjuges invocado como 
razões da mudança a cessação da 
incapacidade civil interligada à causa 
suspensiva da celebração do casamento a 
exigir a adoção do regime de separação 
obrigatória, além da necessária ressalva 
quanto a direitos de terceiros, a alteração 
para o regime de comunhão parcial é 
permitida. 
- Por elementar questão de razoabilidade e 
justiça, o desaparecimento da causa 
suspensiva durante o casamento e a 
ausência de qualquer prejuízo ao cônjuge 
ou a terceiro, permite a alteração do regime 
de bens, antes obrigatório, parao eleito 
pelo casal, notadamente porque cessada a 
causa que exigia regime específico. 
- Os fatos anteriores e os efeitos pretéritos 
do regime anterior permanecem sob a 
regência da lei antiga. Os fatos posteriores, 
todavia, serão regulados pelo CC/02, isto é, 
a partir da alteração do regime de bens, 
passa o CC/02 a reger a nova relação do 
casal. 
- Por isso, não há se falar em retroatividade 
da lei, vedada pelo art. 5º, inc. XXXVI, da 
CF/88, e sim em aplicação de norma geral 
com efeitos imediatos. Recurso especial 
não conhecido (REsp 821.807/PR, Rel. 
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 19.10.2006, DJ 
13.11.2006 p. 261); (Grifos nossos) 
CIVIL - REGIME MATRIMONIAL DE BENS - 
ALTERAÇÃO JUDICIAL - CASAMENTO 
OCORRIDO SOB A ÉGIDE DO CC/1916 (LEI 
Nº 3.071) - POSSIBILIDADE - ART. 2.039 DO 
CC/2002 (LEI Nº 10.406) - CORRENTES 
DOUTRINÁRIAS - ART. 1.639, § 2º, C/C ART. 
2.035 DO CC/2002 - NORMA GERAL DE 
APLICAÇÃO IMEDIATA. 
1 - Apresenta-se razoável, in casu, não 
considerar o art. 2.039 do CC/2002 como 
óbice à aplicação de norma geral, constante 
 
 
 
 
 
 
 
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do art. 1.639, § 2º, do CC/2002, concernente 
à alteração incidental de regime de bens 
nos casamentos ocorridos sob a égide do 
CC/1916, desde que ressalvados os direitos 
de terceiros e apuradas as razões 
invocadas pelos cônjuges para tal pedido, 
não havendo que se falar em retroatividade 
legal, vedada nos termos do art. 5º, XXXVI, 
da CF/88, mas, ao revés, nos termos do art. 
2.035 do CC/2002, em aplicação de norma 
geral com efeitos imediatos. 
2 - Recurso conhecido e provido pela alínea 
"a" para, admitindo-se a possibilidade de 
alteração do regime de bens adotado por 
ocasião de matrimônio realizado sob o pálio 
do CC/1916, determinar o retorno dos autos 
às instâncias ordinárias a fim de que 
procedam à análise do pedido, nos termos 
do art. 1.639, § 2º, do CC/2002. (REsp 
730.546/MG, Rel. Ministro JORGE 
SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 
23.08.2005, DJ 03.10.2005 p. 279) (Grifos 
nossos);

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