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AULA05. CUSTOS de ARMAZENAGEM.SL

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	Custos são gastos que a entidade realiza com o objetivo de por o seu produto pronto para ser comercializado, fabricando-o ou apenas revendendo-o, ou o de cumprir com o seu serviço contratado. 
	
Prof. Charles Soares
	Uma diferença básica para a “despesa” é que "custo" traz um retorno financeiro e pertence à atividade-fim, pela qual a entidade foi criada (determinada no seu Contrato Social, na cláusula Do Objeto). Já despesa é um gasto com a atividade-meio e não gera retorno financeiro, apenas propicia um certo "conforto" ou funcionalidade ao ambiente empresarial.
	A razão para se classificar os gastos correntes de uma entidade em despesas e custos é que o primeiro vai direto para o resultado do período. Já custos irá formar um estoque (na produção de um bem) e, na sua realização (venda), serão finalmente levados ao resultado, o que poderá levar meses ou até anos.
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	A diminuição da necessidade de rateio deve-se ao fato de que no sistema de custeio variável, são alocados aos produtos e/ou serviços, somente os custos variáveis e, como na maioria dos casos, os custos variáveis também são diretos, não alocando os rateios dos custos indiretos. Ele é usado para eliminar qualquer distorção na apuração dos custos oriundos de problemas com rateios pois os custos fixos são tratados como despesas.
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Principais Métodos de Custeio
Custeio Direto (ou Variável): "o processo de apuração de custo que exclui os custos fixos“ - Lopes de Sá (1990, p. 108);
Segundo Meglioni "enquanto no custeio por absorção eles são rateados aos produtos, no custeio variável, são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado igualmente as despesas". 
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Custeio por absorção (ou integral): "o custeio por absorção é o método que consiste em atribuir aos produtos fabricados todos os custos de produção, quer de forma direta ou indireta. Assim todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, são absorvidos pelos produtos.” (Meglionni)
Prof. Charles Soares
Custo-padrão: são custos predeterminados, porém, diferentemente dos custos estimados, são calculados com base em parâmetros operacionais, e utilizados em operações repetitivas de produção, onde não compensaria calcular o custo individual de cada repetição.
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Custeio ABC: A alocação dos custos indiretos são baseadas nas atividades relacionadas.
GECON: GECON ou modelo Gestão Econômica é um modelo de mensuração de custos baseado em gestão por resultados econômicos. Também conhecido por Grid Economics and Business Models Work.
Prof. Charles Soares
Custo-meta: O custo-meta, também conhecido como Target Costing, é uma estratégia de gestão de custos que, a partir do preço de mercado e de uma margem de lucro desejada, estabelece um teto de custo para os produtos ou serviços.
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Quanto ao método de apuração dos custos
Custos Fixos: são os custos que, embora tenham um valor total que não se altera com a variação da quantidade de bens ou serviços produzidos, seu valor unitário se altera de forma inversamente proporcional à alteração da quantidade produzida. Ex.: O pagamento de aluguel.
Prof. Charles Soares
Custos Variáveis: são os custos que, em bases unitárias possuem um valor que não se altera com alterações nas quantidades produzidas, porém, cujos valores totais variam em relação direta com a variação das quantidades produzidas. Ex.: Matéria prima.
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Custos Totais: é a soma de Custos Variáveis mais Custos Fixos, representado pela fórmula CT=CF+CV.
Custos Diretos: são os custos suscetíveis de serem identificados com os bens ou serviços resultantes, ou seja, têm parcelas definidas apropriadas a cada unidade ou lote produzidas. Geralmente são representados por mão-de-obra direta e pelas matérias primas.
Prof. Charles Soares
Custos indiretos: todos os outros custos que dependem da adoção de algum critério de rateio para sua atribuição à produção. No jargão da contabilidade brasileira eles são chamados de CIF, de Custos Indiretos de Fabricação.
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	Na armazenagem os custos envolvidos são geralmente fixos e indiretos, percebendo-se desde logo a dificuldade da gestão das operações e principalmente o impacto dos custos. 
	Por outro lado, a alta parcela dos custos fixos na armazenagem potencia a que os custos sejam proporcionais à capacidade existente no armazém, isto é, independentemente deste estar vazio ou cheio, os custos continuarão os mesmos uma vez que o espaço, os trabalhadores, os equipamentos e outros investimentos continuam a existir. Na análise de custos deve-se começar pela identificação dos itens responsáveis, que podem ser equipamentos, alugueis de armazém e outros, e prosseguir com o cálculo dos mesmos (Dias, 2005, p. 191).
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Armazenagem por agrupamento : 
	Esta espécie de armazenagem facilita a arrumação e busca de materiais, podendo prejudicar o aprovisionamento do espaço. É o caso dos moldes, peças, lotes de aprovisionamento aos quais se atribui um número que por sua vez pertence a um grupo, identificando-os com a divisão da estante respectiva (Krippendorff, 1972, p. 110).
.1. Armazenagem em função das prioridades
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Armazenagem por tamanho, peso e característica do material :
	Neste critério o talão de saída deve conter a informação relativa ao sector do armazém onde o material se encontra. Este critério permite um melhor aprovisionamento do espaço, mas exige um controlo rigoroso de todas as movimentações.(Krippendorff, 1972, p. 110).
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Armazenagem por frequência
O controle através da ficha técnica permite determinar o local onde o material deverá ser colocado, consoante a frequência com que este é movimentado. A ficha técnica também consegue verificar o tamanho das estantes, de modo a racionalizar o aproveitamento do espaço (Krippendorff, 1972, p. 110).
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Armazenagem com separação entre lote de reserva e lote diário
		Esta armazenagem é constituída por um segundo armazém de pequenos lotes o qual se destina a cobrir as necessidades do dia-a-dia. Este armazém de movimento possui uma variada gama de materiais (Krippendorff, 1972, p. 110).
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“A mecanização dos processos de armazenagem fará com que o critério do percurso mais breve e de menor frequência seja implementado na elaboração de novas técnicas de armazenagem” (Krippendorf,HERBERT. 1972, p. 111).
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.2. Armazenagem por setores de montagem
	
	Neste tipo de armazenagem as peças de série são englobadas num só grupo, de forma a constituir uma base de uma produção por família de peças. Este critério conduz à organização das peças por prioridades dentro de cada grupo (Krippendorff, 1972, p. 111).
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Armazenagem temporária : Aqui podem ser criadas armações corridas de modo a conseguir uma arrumação fácil do material, colocação de estrados para uma armazenagem direta, pranchas entre outros. Aqui a força da gravidade joga a favor (Krippendorf, 1972, p. 59).
Prof. Charles Soares
Armazenagem permanente : É um processo predefinido num local destinado ao depósito de matérias. O fluxo de material determina (Krippendorf, 1972, p. 60):
A disposição do armazém - critério de armazenagem;
A técnica de armazenagem - espaço físico no armazém;
Os acessórios do armazém;
A organização da armazenagem.
Prof. Charles Soares
Armazenagem interior/exterior : A armazenagem ao ar livre representa uma clara vantagem a nível económico, sendo esta muito utilizada para material de ferragens e essencialmente material pesado (Krippendorf, 1972, p. 60).
Prof. Charles Soares
.3. Armazenagem em função dos materiais
A armazenagem deve ter em conta a natureza dos materiais de modo a obter-se uma disposição racional do armazém, sendo importante classificá-los (Krippendorff, 1972, p. 61-62):
Material diverso: O principal objetivo é agregar o
material em unidades de transporte e armazenagem tão grandes quanto possíveis, de modo a preencher o veiculo por completo.
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Material a granel : A armazenagem deste material deve ocorrer nas imediações do local de utilização, pois o transporte deste tipo de material é dispendioso. Para grandes quantidades deste material a armazenagem faz-se em silos ou reservatórios de grandes dimensões. Para quantidades menores utilizam-se latas e caixas.
Líquidos : Nos líquidos aplica-se a mesma lógica do material a granel. Estes têm a vantagem de poderem ser diretamente conduzidos do local de armazenagem para a fábrica através de condutas.
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Movimentação na armazenagem
A movimentação é um fator de extrema importância na armazenagem, da qual se destaca (Krippendorf, 1972, p. 60-61):
Ponte móvel ou ponte rolante sobre o armazém
Na ponte móvel o material é colhido verticalmente, o que ajuda nos acessos. É o caso do material metálico, que implica uma armazenagem de curta distância.
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Armazém munido de guindaste em rodas
Para o guindaste em rodas já são precisos acessos de maior dimensão, pois este guindaste não possui um grande alcance. O guindaste têm de estar bem firme, ao passo que o material necessita de carris ou pranchas para ser movimentado.
Movimentação por empilhador ao ar livre
Para a utilização do empilhador ao ar livre são necessários bons acessos. O material têm de ser previamente colocado em estrados, visto que o empilhador não tem ajudas. O solo deve ser firme e consistente.
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Atividades :
.1. calcule o custo de armazenagem de uma peça que teve seu estoque médio (Emi) em R$ 38,50, sabendo que seu valor unitário (PMUi) era de R$ 6,75, com custo de armazenagem unitário (Camu) de R$ 3,80 durante um tempo (T) de 6 meses em estoque.
Fórmula: CAmi = EMi x PMUi x T x CAmu 
.2. calcule o custo de armazenagem de uma peça que teve seu estoque médio em R$ 154,00, sabendo que seu valor unitário era de R$ 20,25, com custo de armazenagem unitário de R$ 15,20 durante um tempo de 9 meses em estoque.
.3. sabendo-se que o custo de armazenagem de uma peça foi de R$ 1.447.992,00 durante 15 meses, e que seu valor unitário era de R$ 13,00 e seu estoque médio de R$ 102,00, calcule o custo de armazenagem unitário desta peça.
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.4. um fornecedor fez um pedido(n) de 850 peças, cujos custos são: Custo de Pedido Administrativo unitário (CPAu) de R$ 35,60 e Custo de Pedido Variável unitário (CPVu) de 18,75. qual o custo de pedido (CP) desta peça?
Fórmula: CP = n x (CPAu + CPVu) 
.5. o CP de um material foi de R$ 4.539,00, sabendo que seu CPAu de R$ 7,12 e seu CPVu de R$ 3,75. quantas peças deste material foi o pedido (n)?
n = CP / (CPAu + CPVu) 
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Referências
CARVALHO, José Mexia Crespo de - Logística. Lisboa: Edições Sílabo, 1996. 
DIAS, João Carlos Quaresma - Logística Global e Macrologística. Lisboa: Edições Sílabo. 2005.
 
CASADEVANTE Y MÚJICA, José Luis Fernández – A armazenagem na prática. Lisboa: Editorial Pórtico, 1974.
KRIPPENDORFF, Herbert - Manual de Armazenagem Moderna. Lisboa: Editorial Pórtico, D.L. 1972.
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