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Letícia Nano- Medicina Unimes Patologias ovarianas Revisão anatomia e histologia do ovário: - Os ovários são em par, e sua vascularização depende de pares de vasos que entram pelos hilos. Os folículos primordiais já estão prontos ao nascimento do bebê, e serão utilizados no período fértil de cada ciclo menstrual da mulher, quando maturados ( ovulação ). - São compostos por: -Epitélio mülleriano superficial ( serosa ) -Células germinativas -Células do cordão sexual - estromal: células da teca, granulosa , de Sertoli e de Leydig. Patologias ovarianas: Os tipos mais comuns de lesões encontradas nos ovários são cistos funcionais benignos e tumores. Raros são as inflamações intrínsecas do ovário ( ooforites ). Cistos funcionais e não neoplásicos Cistos foliculares : os cistos funcionais são tão comuns que praticamente podem ser chamados de fisiológicos. Ocorrem devido ao não rompimento de folículos de Graaf ou de folículos que romperam e imediatamente se fecharam. Podem ocasionar dores no período pós ovulação. Obs.: o folículo de Graaf é o maturo propriamente dito, pois possui antro repleto de estrogênio e possui demais camadas como a coroa radiata, circundando o ovócito. Macroscopia: múltiplos, até 2 cm e conteúdo seroso Microscopia : revestidos por células da granulosa e teca Cistos lúteos: os cistos luteos da granulosa estão normalmente presentes no ovário. O corpo luteo permanece no ovário até a fertilização. Quando presente, se transforma em corpo lúteo gravídico, que produz hormônios necessários à gravidez. São revestidos por uma camada de tecido lúteo brilhante amarelo que contém as células da granulosa luteinizadas. As vezes se rompem e podem causar reação peritoneal. Macroscopia : borda de tecido amarelo vivo Microscopia: células luteinizadas, citoplasma amplo e claro Lesões não neoplásicas Luteoma da gravidez : quando em gravidez, o corpo lúteo pode aumentar bastante de tamanho. É chamado um pseudotumor ovariano, mas é funcional, regride após o parto. É assintomático, as vezes somente é detectado como um achado no ultrassom. Doença ovariana policística ( DOPC ) ou Síndrome de Stein-Leventhal: Acomete 3 a 6 % mulheres em idade reprodutiva. A fisiopatologia está relacionada ao desequilíbrio enzimático na biossíntese dos andrógenos, e aumento da resistência à insulina. Há aumento da espessura da cápsula ovariana, que impede a ovulação, retendo os folículos. Clínica: anovulação persistente – oligomenorréia, obesidade (40%), hirsutismo (50%) e virilismo Macroscopia: Ovários ↑↑, córtex externo liso, espesso e esbranquiçado, múltiplos cistos de 0,5 até 1,5 cm Figura 1- luteoma da gravidez Letícia Nano- Medicina Unimes Microscopia: múltiplos cistos foliculares com hipertecose e ausência de corpo lúteo. Ultrassonografia: “imagem em colar “ *Endometriose: Presença de glândulas e estroma endometrial em localizações anormais, fora do útero. Locais: ovários, ligamentos uterinos, septo retovaginal, peritôneo pélvico, cicatrizes de laparotomia, umbigo, vagina, vulva e apêndice. Clínica: sangramento e reação peritoneal: fibrose Teorias: regurgitação tubária, origem direta do epitélio celomático e disseminação linfática ( ex: endometriose no pulmão). Há também a endometriose por implantação, como na cicatriz da cesárea, que formará um pequeno nódulo azulado, e sangrará juntamente ao período menstrual. Cisto endometriótico ovariano ( endometrioma ): Cisto formado por causa da endometriose. Conteúdo: líquido “achocolatado” Tumores ovarianos Diversos tipos de tumores ovarianos (benignos, limítrofes e malignos), em que 80% são benignos, acometendo mulheres mais jovens, de 20 a 45 anos. Os malignos normalmente acometem mulheres mais velhas, de 45 a 65 anos. Os tumores ovarianos representam 3% dos cânceres em mulheres, responsável por metade das mortes por aparelho genital feminino. É a 5ª causa de morte por câncer em mulheres (EUA). A maioria não produz hormônio, portanto em geral descobertos em estágios avançados. Clínica: dor, distensão abdominal, sangramento vaginal, compressão do TGI ( constipação ) ou sistema urinário( polaciúria ). Classificação de Neoplasias Ovarianas da OMS - Podem ser divididos em: tumores de epitélio de superfície e de estroma, tumores derivados dos cordões sexuais e estroma, e tumores das células germinativas, malignos sem especificação definida, ou câncer metastático não ovariano. →Tumores epiteliais do ovário ( Mulleriano ) São os mais frequentes. A extensão da proliferação epitelial, define o comportamento biológico da neoplasia: Benigna: mínima > camada única de célula do revestimento do tumor. - Limítrofe: moderada> pseudoestratificado mas sem invasão estromal, certo grau de atipia ( border line ) - Maligno: acentuada, com INVASÃO ESTROMAL> pseudoestratificação, glândula dentro de glândula, polimorfismo e hipercromasia. Patogenia: não completamente esclarecida. Acontece de acordo com transformação do epitélio celômico (ductos de Müller) que podem diferenciar-se em epitélio seroso (tubário), endometrióide (endometrial) e mucinoso (cervical). Classificação do Ca Ovariano de acordo com a patogenia: (1) Origem nos tumores limítrofes ou boderlines ( progressão ) Figura 2 e 3- endometrioma Letícia Nano- Medicina Unimes (2) Origem “de novo”( surge já maligno) Podem ser ( em ordem de frequência ): 1. Tumores serosos ( semelhante ao epitélio ciliado da tuba uterina ) 2. Tumores mucinosos ( semelhante ao epitélio mucoso da gl. endocervix) 3. Tumores endometrioides ( semelhante as céls. do endométrio ) 4. Adenocarcinoma de células claras 5. Tumor de Brenner 1- Tumores serosos É o câncer de ovário mais comum. Mais prevalente acima de 60 anos. Constitui 40% dos tumores ovarianos epiteliais. 70% são benignos ou limítrofes (aos 20 – 45 anos de idade), e 30% são malignos. São neoplasias císticas revestidas por células colunares, ciliadas e não-ciliadas com líquido seroso claro (semelhante ao tecido encontrado nas tubas uterinas). Tipos: benigno (= cistoadenoma), limítrofe (= tumor boderline seroso) e maligno (= cistoadenocarcinoma) Fatores de risco: - História familiar -Disgenesia gonadal na criança ( Sd. de Klinefelter) -Nuliparidade Patogenia molecular -Mutações: - BRCA1, BRCA2 e p53: tumor seroso de alto grau 20 a 60% - acima de 70 anos KRAS, BRAF e rara no p53: tumor seroso de baixo grau Macroscopia: Lesão cística com projeções papilíferas para a superfície do ovário ou revestimento dos cistos. -Benignos: parede cística lisa e brilhante ou com poucas projeções papilares. -Limítrofes: maior número de projeções papilares. -Malignos: aumento de projeçõespapilares e áreas sólidas. **Bilateralidade: 20% dos benignos; 30% dos boderlines e 66% dos malignos Microscopia : Originados do epitélio de superfície do ovário ou do revestimento dos cistos. -Benigno: Revestimento de epitélio colunar simples com cílios e papilas. -Boderline: maior complexidade das papilas, estratificação do epitélio, leve atipia nuclear. -Maligno: papilas complexas e blocos celulares sólidos, estratificação e atipia nuclear acentuada, anaplasia, infiltração de cápsula e estroma. Figura 4- cistadenoma seroso Figura 5- projeções papilíferas no borderline Figura 6- cistadenocarcinoma seroso Letícia Nano- Medicina Unimes Propensão a disseminação para peritônio e omento. Os implantes peritoneais ( forma de metástase) podem ser “não invasivos” ou “invasivos”, podem recorrer depois de muitos anos. A CLASSIFICAÇÃO PATOLÓGICA DO TUMOR E O ESTADIAMENTO É FUNDAMENTAL PARA O PROGNÓSTICO E TERAPIA O CA125 é o marcador tumoral. Se no seguimento oncológico ele continuar a se elevar, se faz o “ second look”, uma laparatomia exploratória de prevenção. *Sobrevida / 5 anos para tumores confinados ao ovário: -Tumores boderline – 100% e Maligno – 70% →Sobrevida -Para tumores envolvendo peritônio: Tumor boderline – 90% e Maligno – 25% 2- Tumores mucinosos São relativamente raros, 5% dos cânceres de ovário, e 30% dos tumores epiteliais ovarianos. 80% são benignos e limítrofes, e 15% são malignos. Possuem relação com o tabagismo. Patogenia molecular Mutação no proto-oncogene KRAS→ Benigno (58%), Boderline (75 – 85%) e Maligno (85%) Macroscopia: - Geralmente maiores, grandes massas císticas (até 25 kg), multilobulados com fluido pegajoso e gelatinoso, com grandes áreas sólidas, papilares, brilhante e gelatinosa, que favorecem a MALIGNIDADE. Somente 5 % são bilaterais, é raro o envolvimento da superfície ovariana. São semelhantes a células da endocérvix. Classificação: - Cistadenoma mucinoso - Cistadenoma mucinoso limítrofe - Cistadenocarcinoma mucinoso Microscopia: Benigno: cistadenoma mucinoso-revestimento de epitélio cilíndrico alto com mucina apical a ausência de cílios. Crescimento lento, e grandes tamanhos. Subtipos: endocervical e intestinal (int. grosso ) Limítrofes: cistadenoma mucinoso limítrofe - crescimento glandular ou papilar, com discreta estratificação e atipias nucleares. SEM INVASÃO ESTROMAL. Maligno: cistadenocarcinoma mucinoso- crescimento sólido, papilas, glândulas complexas, áreas de necrose, acentuada estratificação epitelial e atipias nucleares. PRESENÇA DE INVASÃO ESTROMAL. Obs.: a classificação e microscopia são iguais ao do seroso, o que muda é a célula, e bilateralidade -limitado ao ovário: 90% sobrevida em 10 anos. Geralmente fatal quando disseminado extra ovariano. **Pseudomixoma peritoneal: ascite mucinosa, é a cavidade peritoneal repleta por muco, com implantes na superfície peritoneal, obstrução intestinal e morte. Não há atipia franca, mas pode acontecer mesmo em estágio de cistadenoma ovariano .Tumores bilaterais são raros e devem ser diferenciados de neoplasia metastática, proveniente do trato gastrointestinal (estômago ou intestino grosso) TUMOR DE KRUKEMBERG. Ex: cistoadenocarcinoma mucinoso do tipo intestinal deve ser diferenciado de tumores primários do TGI, por imunohistoquímica, como o marcador CDX2 ( só de TGI ). Figura 7-cistadenoma mucinoso Figura 8-cistadenocarcinoma mucinoso Figura 9- cistadenoma mucinoso com PAS marcando o muco Letícia Nano- Medicina Unimes 3- Tumores endometrioides São mais raros, e as formas benignas e limítrofes são raras.* São concomitantes aos carcinomas do endométrio*. 15 a 30% concomitante a Ca do endométrio uterino. 15 a 20% coexistem com focos endometrióticos. Patogenia Molecular Mutação do gen supressor PTEN e p53 ( oncogênese do carcinoma endometrial também ),mutação do oncogene KRAS e β-catenina , e instabilidade de microssatélites. Macroscopia :combina áreas sólidas e císticas, 40% bilateral Microscopia: constituídos por glândulas tubulares semelhantes ao endométrio Grau I - bem diferenciado, Grau 2 - moderadamente diferenciado, Grau 3 - pouco diferenciado 4- Adenocarcinoma de células claras Raros (3%), variante do Adenocarcinoma endometrióide. Patologia molecular: desconhecida Macroscopia : sólida ou cística Microscopia: células epiteliais grandes com citoplasma, grande, claro e abundante “hobnail cell” (aspecto em tachinha )→ endométrio gestacional hiperssecretor Prognóstico: agressivo. Sobrevida de 5 anos rara. 5- Tumor de Brenner 2% dos tumores. É um tumor fibrótico e epitelial ( MISTO) , sendo este representado por “ninhos” de células epiteliais transicionais( lembram epitélio da bexiga ). O comportamento é incerto, benigno ou maligno? Macroscopia: Sólido (mais frequente) ou sólido-cístico, unilaterais, medindo de 1 cm até 20- 30cm Microscopia: Ilhotas de células transicionais (bexiga urinária) com glândulas mucinosas no centro . Estroma fibrótico semelhante as células da teca. Curso clínico e prevenção dos tumores epiteliais ovarianos Dor abdominal baixa, aumento abdominal, alteração hábito intestinal e disúria. -Neoplasias malignas: fraqueza progressiva, ascite por “semeadura” peritoneal ( epitélio celomático produz o líquido ) e caquexia. -Metástases: linfonodos pélvicos, ovário contralateral (50% casos), fígado, pulmões, TGI. Em geral diagnóstico tardio - prognóstico ruim. Quando bom, retirada e rastreamento tardio. Rastreamento: CA-125 (80% - Ca seroso e endometrióide) e osteopontina . “Second look” ,reabordagem cirúrgica após 5 anos. Figura 10- tumor endometrióide Figura 11- epitélio transicional Letícia Nano- Medicina Unimes → Tumores de células germinativas do ovário 15-20% das neoplasias ovarianas Infância e adolescência - comportamento maligno. Podem ser: 1. Teratoma 2. Disgerminoma 3. Tumor do seio endométrico 4. Coriocarcinoma Obs.: se observado cistos complexos, sólidos e císticos, com áreas de calcificação em adolescentes → acompanhar ou retirar. 1- Teratoma Manifesta crescimento de células dos 3 folhetos embrionários. Podem ser: a. Maduros (benignos) b. Imaturos (malignos) c. Monodérmicos (especializados) A. Teratoma maduro (benigno), apresenta os três folhetos embrionários. Frequente, mulheres jovens em período reprodutivo. Em geral assintomáticos, descobertos em rotina. Podem ser bilaterais em 10-15% dos casos. Somente 1% maligniza( muito raro ) para Ca escamoso, câncer de tireoide ou melanoma. Macroscopia : cistos contendo pelos, material sebáceo, esboços dentários e calcificação Microscopia : tecidos maduros de 1 ou mais folhetos embrionários B. Teratoma imaturo ( maligno ), se encontra até restos de notocorda. São raros, idade média 18 anos. Constituídos por tecidos embrionários ou fetais imaturos. Macroscopia : sólidos e volumosos com superfície lisa, áreas de necrose e hemorragia. Podem tertambém pelos, sebo, cartilagem e osso. Microscopia : grau I, II e III – quantidade variável de neuroepitélio imaturo, misturado com tecidos dos 3 folhetos germinativos. Crescimento rápido – tratamento por cirurgia + quimioterapia, e se necessário radioterapia.*Células pequenas redondas e azuis. C. Teratoma monodérmico (especializado ) 1.B.1. Struma ovarii não é tecido ovariano, só de tireoide. Composto de tecido tireoideano maduro – pode evolui p hipertireoidismo 1.B.2. Carcinóide, produz 5-hidroxitriptamina ( serotonina ) – Sd. Carcinóide. É maligno, com comportamento benigno. Figura 12- teratoma maduro Letícia Nano- Medicina Unimes 2- Disgerminoma 2% dos tumores ovarianos; 80% unilaterais. Frequentes na 2ª e 3ª décadas. Associados a disgenesia gonadal. Macroscopia: tumor sólido macio, branco-acinzentado. É maligno. Microscopia: grandes células com citoplasma claro e vesiculoso, com núcleos regulares e nucléolos evidentes. Formam blocos e entre eles, estroma fibroso com infiltrado de linfócitos. Expressam Oct3; Oct4 e c-KIT Bom prognóstico – sensíveis a quimioterapia Obs.: em outros tecidos (não ovário) pode se chamar germinoma, com características iguais. 3- Tumor do seio endodérmico ( saco vitelínico ): Raro, origem em células germinativas derivadas de remanescentes do saco vitelínico. Clínica: criança ou mulher jovem com dor e massa pélvica. Macroscopia: pequenos, consistência gelatinosa Microscopia: rosetas de Schiller-Duvall ( possui um vaso ) e presença de gotículas hialinas citoplasmáticas. PAS positivas. Expressam α-fetoproteína ( é usado como marcador no pós op.)e α1-antitripsina. Crescimento rápido e agressivo – sensível a quimioterapia. 4-Coriocarcinoma: de origem placentária ou da diferenciação extraembrionária de células germinativas malignas Concomitantes a outros tumores de céls. germinativas. Muito agressivos, mesmo em pequeno tamanho metastatizam. Macroscopia: pequenos, vinhosos e hemorrágicos. Sangrante, lembra uma placenta. Microscopia: células atípicas do sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto, sem vilosidades coriais. Expressam gonadotrofina coriônica (HCG). Mulher não gravida com ↑ HCG – tumor. Metástases em pulmões, fígado e ossos. Insensíveis a QT, agressivos e fatais. → Tumores do estroma e cordão sexual Neoplasia do estroma ovariano derivado dos cordões sexuais da gônada embrionária. Nesta fase pode produzir células da gônada masculina (=Sertoli-Leydig) e da gônada feminina (= Teca-Granulosa) 1. Tumores de células da granulosa 2. Fibromas, tecomas e fibrotecomas 3. Tumores de células de Sertoli- Leydig 1- Tumor de células da granulosa: representam 5% das neoplasias ovarianas. 2/3 ocorrem pós-menopausa, causando hiperplasia endometrial. Elaboram estrógenos e raramente andrógenos. O potencial de malignização é de 5 a 25% . Nível sérico de Inibina – monitorização no pós op. Macroscopia: unilaterais, massas solido-císticas, de coloração amarelada. Microscopia: células cubóides ou poligonais pequenas “ células em grãos de café “, crescem em cordões ou blocos. “corpos de Call-Exner” é uma pseudo roseta, pois não possui vaso no centro. Figura 13- disgerminoma Figura 3- roseta de Schiller-Duvall Figura 13-coriocarcinoma Figura 14- corpos de Call Exner Letícia Nano- Medicina Unimes 2- Fibroma/tecoma/ fibrotecoma : representam 4% dos tumores de ovário. São produtor de hormônio (=Tecoma). Inativo, sem formar hormônio (=Fibroma), mais comum após menopausa. *Síndrome de Meigs: tumor ovariano+ ascite+ hidrotórax. Macroscopia: unilateral, massa sólida, branco-amarelada, dura Microscopia : composto por fibroblastos ou células fusiformes com gotículas lipídicas Se faz diagnóstico diferencial com leiomioma seroso. A diferença é a localização, fibroma- ovário, leiomioma- útero. Ou se diferencia por tricrômio de Masson: fibroblasto de uma cor ( azul ), músculo de outra. Obs.: o tecoma é mais amarelado pois produz hormônio. 3- Tumor de célula de Sertoli e Leydig ( androblastoma ): São raros, são remanescentes das gônadas masculinas. Causam masculinização pois produzem andrógeno. Mais frequente na 2ª ou 3ª décadas de vida. Só se houver metástase se considera maligno. Macroscopia: unilateral, sólido, castanho-dourado ( por causa do hormônio ) Microscopia túbulos compostos por células de Sertoli ou Leydig Recorrência ou metástase em menos de 5% → Tumores metastáticos no ovário -Útero e Tuba uterina (origem Mülleriana)→ carcinoma do endométrio principalmente! -Mama -Trato gastro-intestinal (Estômago, Cólon, Trato Biliar e Pâncreas) >Pseudomixoma peritoneal – Apêndice >Tumor de Krukenberg ( origem primária do estômago, cólon e apêndice ): células em anel de sinete embebidas no estroma ovariano que imitam um sarcoma ( tumor sólido ). A consistência do tumor é diagnostico diferencial de cistadenocarcinoma tipo intestinal ( glandular ), primário do ovário. Estadiamento dos tumores ovarianos: -Estádio I - Tumor limitado ao ovário (ovários), com lavado peritoneal e líquido ascítico negativos para células tumorais. Ausência de doença clínica, radiológica ou histológica fora dos ovários. Marcadores tumorais normais. Bilateralidade não muda o estadiamento. -Estádio II - Restos microscópicos ou linfonodos positivos (< 2 cm pela medida da patologia). Lavado peritoneal ou líquido ascítico negativo. Marcadores tumorais podem ser positivos ou negativos. -Estádio III - Linfonodos ou nódulos metastáticos comprometidos (> 2 cm); massa residual ou biópsia apenas; envolvimento de vísceras contíguas (omento, intestino, bexiga); e/ou lavado peritoneal ou líquido ascítico positivos para células tumorais. Marcadores tumorais podem ser positivos ou negativos. -Estádio IV - Metástase a distância, incluindo fígado. Figura 14 e 15- fibroma Figura 16 e 17- tecoma Figura 18-tumor de célula de Sertoli Figura 19- tumor de Krukenberg
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