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Epstein_Barr[1]

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Vírus Epstein Barr 
Larissa Guedes Rodrigues – g.r.larissa.la@gmail.com
Rayane P. Machado da Silva – rayanemachado@id.uff.br
5º período - Biomedicina
Universidade Federal Fluminense
Campus Nova Friburgo/RJ
Departamento de Formação em Ciências Básicas (FCB)
Disciplina: Virologia
Histórico 
Cirúrgião inglês Denis Burkitt – observação de tumores nos maxilares de duas crianças 
da região de Kampala – Coleta das células do linfoma de uma das crianças – Linfoma de 
Burket (LB)
Patologista Anthony Epstein – produção e análise microscópica de linhagens celulares 
derivadas do LB – partículas virais semelhantes às dos herpesvírus;
Estudos soroepidemiológicos à partir dessas linhagens - antígenos (atg) detectados na 
presença de soros de pacientes com LB; 
Associação entre LB, Monunocleose Infecciosa e o EBV – acidentalmente – estudante 
Yvonne Barr apresentou a doença durante os estudos soroepidemiológicos: 
- Amostra sorologica obtida previamente à doença não reagiu com atg das linhagens 
celulares;
- Amostra sorologica obtida logo após após a manifestação clínica reagiu com atg das 
linhagens celulares;
Histórico 
Vírus biologicamente e antigenicamente diferente de outros vírus da família 
Herpesviridae;
Infecção restrita à humanos e alguns primatas;
Potencial oncogênico – classificado como o primeiro vírus candidato a induzir 
neoplasia;
Associado como possível causador de diversas outra patologias, dentre elas úlceras 
genitais e orais, lesões dermatológicas e/ou estomacais (líquen plano), pênfigo vulgar, 
carcinoma epidermóide, síndrome de Sjogren, doença periodontal e atividade do lúpus 
eritematoso; 
Histórico 
Classificação 
Também denominado HHV-4 (herpesvírus humano tipo 4); 
Família: Hespesviridae; Subfamília: Gamaherpesvirinae; Gênero: 
Lymphocryptovirus;
Morfologia 
 
DNA dupla fita linear 
Capsídeo icosaédrico 
 Envelope com espículas glicoproteicas 
Dois tipos de EBV: EBV 1 e EBV 2;
Diferença entre os dois: genes que codificam proteínas nucleares 
Biossíntese Viral
Células alvo: Células epiteliais e linfócitos B;
CD21 – Receptor da fração C3d do sistema complemento e também p/ o EBV;
Gp350: Principal ptna de superfície viral. Interage com o CD21;
Gp85: Fusão do vírus com a membrana da vesícula endocítica;
Interação do CD21 com a gp350 → capeamento do CD21 → Adsorção e fase inicial da 
penetração → Ação da gp85 → penetração total e liberação da partícula viral no 
citoplasma; 
Biossíntese Viral
 
Desnudamento e transporte citonuclear do genoma viral não são bem conhecidos;
Dentro do núcleo – DNA circular epissomal → Latência;
Replicação viral intranuclear; 
Nas céls epiteliais : replicação → lise celular → liberação das partículas infecciosas;
Nos linfócitos B : transformação → imortalização celular e capacidade de proliferar; 
indefinidamente → infecção persistente latente;
Patogênese 
Infecção: contato direto com secreções orais e com utensílios contaminados;
Indivíduos infectados podem eliminar o vírus na saliva durante a reativação, 
mesmo não apresentando sintomas;
Patogênese 
Infecção Latente
Resultado da infecção primária;
Genoma viral circular epissomal : Não há produção de progênies; 
Produção de pequenos fragmentos de RNA (trascritos por EBV, antígenos nucleares e 
ptns latentes de membrana - LMP); 
Reativação: expressão da proteína transativadora do EBV (ZEBRA);
Patogênese 
Infecção Latente
 
Três padrões de latência:
I - Expressão limitada de genes. – Observado em linfócitos circulantes de indivíduos 
saudáveis, linfoma de Burkitt e carcinoma gástrico; 
II – Expressão de LMP1 e LMP2 – ptns oncogênicas – Observado em doença de 
Hodgkin, carcinoma de nasofaringe e linfoma de céls T; 
III – Expressão total de genes – Observado em mononucleose infecciosa e desordens 
linfoproliferativas; 
Patogênese 
Estratégias para escapar do sistema imune(SI) :
IFN-γ e α – inibem o crescimento de céls infectadas por EBV;
Linf. T auxiliares: controle da proliferação dos linf. B infectados;
Fator de estimulação de colônia 1 (CSF-1) – potencializa a expressão de IFN-α
Ptn viral BCRF1 –evasão do sistema imune;
EBV codifica ptns que podem ser importantes p/ modulação do SI, permitindo a 
infecção persistente latente;
Patogênese 
Proteínas codificas pelo EBV que podem modular o SI:
BCRF1 - 70% de similaridade c/ a seq. de aminoácidos da IL-10 → Mimetismo → 
inibição da síntese de IFN-γ em células mononucleares do sangue – inibição dos linf. T 
auxiliares;
BARF1 - Receptor solúvel p/ CSF-1 – Competição p/ bloquear a ação do IFN-α; 
EBNA1 - Inibe a clivagem de ptnas virais, inibindo a ativação de linf. T citotóxicos;
Demais ptns – inibem a apoptose da célula hospedeira; Reduzem a expressão de ptns 
nos linf. B infectados importantes p/ a atividade dos linf. T citotóxicos; 
Manifestações Clínicas 
Cânceres Associados ao EBV
Carcinoma de Nasofaringe;
Linfoma de Burkitt;
Doença de Hodkin (Linfoma de Hodkin);
Outros Cânceres;
Linfoma Não-Hodgkin; 
Doença Linfoproliferativa Associada ao Cromossomo X;
Infecções em Pacientes Imunocomprometidos
Leocoplasia Pilosa Oral (LPO);
Pneumonite Intersticial Linfóide;
Desordens Linfoproliferativas;
Linfo-histiocitose Hemofagocítica (LHH);
Granulomatose Linfomatóide; 
Manifestações Clínicas 
Infecções em Pacientes Imunocomprometidos
Leocoplasia Pilosa Oral (LPO);
Pneumonite Intersticial Linfóide;
Desordens Linfoproliferativas;
Linfo-histiocitose Hemofagocítica (LHH);
Granulomatose Linfomatóide; 
Manifestações Clínicas 
Manifestações Clínicas 
Infecções por EBV em pacientes imunocompetentes 
Mononucleose Infecciosa (MI)
“Doença do Beijo”;
Bebês e crianças – infecção assintomática;
Adolescentes e adultos – manifestação clínica;
Tríade de síntomas: febre, linfadenopatia e faringite;
Esplenomegalia, petéquias no palato e hepatomegalia – em mais de 10% dos pacientes;
Complicações menos comuns: anemia hemolítica, trombocitopenia, anemia aplásica, 
miocardite, hepatite, úlcera genital, ruptura esplênica, exantema e complicações 
neurológicas ( síndrome de Guillain-Barré, encefalite e meningite); 
Manifestações Clínicas 
Diagnóstico Laboratorial
Diagnóstico clínico diferencial difícil;
MI- Presença de linfócitos atípicos (Céls de Downey) em alta concentração, linfocitose, 
ac. heterófilos e ac. específicos para atg. Virais;
Isolamento do vírus é difícil e pouco prático;
Testes sorológicos p/ detecção de ac. – Principal ferramenta p/ confirmação do 
diagnóstico;
Desordens linfoproliferativas – Biópsia p/ exame histológico e hibridização in situ;
Detecção do vírus – Imunohistoquímica, Imunocitoquímica, Microscopia eletrônica;
Epidemiologia
Muitos adultos soropositivos p/ EBV em torno dos 25 anos - risco de infecção;
90 - 95% da população adulta mundial esta infectada – capacidade do EBV de 
permanecer a vida toda do paciente na forma latente;
Em 15 a 20% dos indivíduos soropositivos assintomáticos é possível isolar o EBV da 
saliva;
Distribuição:
- EBV1: América do Norte e Europa;
- EBV2: Europa;
Prevenção e Tratamento
Não existe vacina disponível;
Prevenção: medidas de higiene; 
Terapia para MI : Paliativa -Antivirais disponíveis não eficientes
 - Utilização de analgésicos e antitérmicos e em alguns casos de faringite, 
antibióticos; 
 - Nos casos de esplenomegalia: Evitar prática de atividades físicas de 3 a 6 
meses após a recuperação;
Terapia para desordens linfoproliferativas – redução da dose de 
medicamentos imunossupressores; 
Referência Bibliográfica
SANTOS, Norma S. de Oliveira et al. - Introdução à Virologia Humana – 2ª 
edição – Guanabara Koogan;
Referência Bibliográfica
SANTOS,Norma S. de Oliveira et al. - Introdução à Virologia Humana – 2ª 
edição – Guanabara Koogan;
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	Introdução
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