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CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

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RESPONSABILIDADE SOCIAL – Profª. Lorreny Barretos 
 
 
2º Semestre de Ciências Contábeis. 
 
 
Dimensões da Responsabilidade Ambiental e Social e as práticas nas organizações. 
 
Desenvolvimento e Sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paranaíba, 2018. 
 
 
 
 
FACULDADES INTEGRADAS DE PARANAÍBA 
CEVITA – Centro Educacional Visconde de Taunay 
Rua Machine de Queiroz, 270 - Jardim Redentora, Paranaíba MS 
✆ (67) 3668.1945 
http://www.fipar.edu.br ✉ secretaria@fipar.edu.br 
 
INTRODUÇÃO - CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
BREVE HISTÓRICO 
 
Em 1998, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World Business 
Council for Sustainable Development - WBCSD), primeiro organismo internacional puramente empresarial 
com ações voltadas à sustentabilidade, definiu Responsabilidade socioambiental como "o compromisso 
permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento 
econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da 
comunidade local e da sociedade como um todo". Pode ser entendida também como um sistema de gestão 
adotado por empresas públicas e privadas que tem por objetivo providenciar a inclusão 
social (Responsabilidade Social) e o cuidado ou conservação ambiental(Responsabilidade Ambiental). 
É adotado por empresas e escolas. As principais ações realizadas são: inclusão social, inclusão digital, 
coleta seletiva de lixo, educação ambiental, dentre outras. 
Este tipo de prática ou política tem sido adotado desde a década de 1990, entretanto a luta pela 
sociedade e principalmente pela natureza é mais antiga, por volta da década de 1920. 
O ápice da luta ambiental se deu por volta dos anos 70 quando organizações não 
governamentais ganharam força e influência no mundo. 
Com a internacionalização do capital (globalização), o uso dos recursos naturais pelas empresas de 
maneira intensa e quase predatória, ou seja, sem a devida preocupação com os possíveis danos, foi 
fortemente combatida desde a década de 1970 pelos movimentos ambientalistas. As empresas, no intuito de 
ganhar a confiança do novo público mundial (preocupado com a preservação e o possível esgotamento 
dos recursos naturais), procuraram se adaptar a essa nova tendência com programas de preservação 
ambiental - utilização consciente dos recursos naturais. Muitas buscam seguir as regras de qualidade 
idealizadas pelo programa ISO 14000 e pelo Instituto Ethos. 
A partir da Revolução Industrial ocorrida na Europa no século XIX, a utilização de materiais, 
dos recursos naturais e a emissão de gases poluentes foram desenfreados. Em contrapartida, no inicio do séc. 
XX alguns estudiosos e observadores já se preocupavam com a velocidade da destruição dos recursos 
naturais e com a quantidade de lixo que a humanidade estava produzindo. O movimento ambientalista 
começou a engatinhar na década de 1920. Passados os anos, este movimento ganhou destaque na década de 
1970 e tornou-se obrigatório na vida de cada cidadão no momento atual. Conceitos como Gestão Ambiental, 
Desenvolvimento Regional Sustentável, Biodiversidade, Ecossistema, Responsabilidade Socioambiental 
ganharam força e a devida importância. 
Responsabilidade socioambiental (RSA) é um conceito empregado por empresas e companhias que 
expressa o quão responsáveis são as mesmas para com as questões sociais e ambientais que envolvem a 
produção de sua mercadoria ou a realização de serviços, para com a sociedade e o meio ambiente, buscando 
reduzir ou evitar possíveis riscos e danos sem redução nos lucros. 
A Responsabilidade Socioambiental corresponde a um compromisso das empresas em atender à 
crescente conscientização da sociedade, principalmente nos mercados mais maduros. Diz respeito à 
necessidade de revisar os modos de produção e padrões de consumo vigentes de tal forma que o sucesso 
empresarial não seja alcançado a qualquer preço, mas ponderando-se os impactos sociais e ambientais 
conseqüentes da atuação administrativa da empresa. 
São exemplos de programas e projetos de Responsabilidade Socioambiental: inclusão social, inclusão 
digital, programas de alfabetização, ou seja, assistencialismo social, coleta de lixo, reciclagem, programas de 
coleta de esgotos e dejetos, e questões que envolvem: lixo industrial, reflorestamento X desmatamento, 
utilização de agrotóxicos, poluição, entre outros. 
Em 1987, o documento Our Common Future (Nosso Futuro Comum), também conhecido como 
Relatório Brundtland, apresentou um novo conceito sobre desenvolvimento definindo-o como o processo 
que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas 
próprias necessidades”. Assim fica conhecido o conceito de desenvolvimento sustentável. 
 
Linha do Tempo - Crescimento do Conceito de Responsabilidade Social e Responsabilidade 
Ambiental 
 1929- Constituição de Weimar (Alemanha) – Função Social da Propriedade; 
 1960- Movimentos pela Responsabilidade Social (EUA); 
 1971- Encontro de Founex (Suíça) 
 1972- Singer publica o que foi reconhecido como o primeiro balanço social do mundo; 
 1972- ONU – resolução 1721 do Conselho Econômico e Social – estudos sobre o papel das grandes 
empresas nas relações internacionais; 
 1973- PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Genebra) 
 1977- determinação da publicação do balanço social - relações do trabalho (França); 
 1992- ECO 92 ou CNUMAD (Conferencia das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento) – Criação do Projeto Agenda 21; 
 1997- Betinho de Souza e IBASE incentivam publicação do balanço social; 
 1999- Criação do Selo “Empresa Cidadã”; 
 1999- 1ª Conferência Internacional do Instituto Ethos; 
 2000- ONU e o Pacto Global;
[1]
 
Sustentabilidade começa a ser vista como algo presente no dia a dia da empresa, pois além das 
atividades produtivas, envolve o tratamento dado ao meio ambiente e sua influência e relacionamento com 
fornecedores, público interno e externo e com a sociedade, práticas de governança corporativa, transparência 
no relacionamento interno e externo, postura obrigatória para as empresas de âmbito mundial, cuja imagem 
deve agregar o mais baixo risco ético possível. 
Não é correto confundir responsabilidade socioambiental com filantropia, pois esta se realiza de forma 
aleatória e não sistematizada ao contrario da RSA ou do DRS que busca contribuir de forma acertiva em 
seus projetos. 
 
CONCEITO 
Apesar de ser um termo bastante utilizado, é comum observarmos erros na conceituação de 
responsabilidade socioambiental, ou seja, se uma empresa apenas segue as normas e leis de seu setor no 
que tange ao meio ambiente e a sociedade esta ação não pode ser considerada responsabilidade 
socioambiental, neste caso ela estaria apenas exercendo seu papel de pessoa jurídica cumprindo as leis que 
lhe são impostas. 
O movimento em prol da responsabilidade socioambiental ganhou forte impulso e organização no 
início da década de 1990, em decorrência dos resultados da Primeira e Segunda Conferências Mundiais da 
Indústria sobre gerenciamento ambiental, ocorridas em 1984 e 1991. 
 
PARAMETROS 
Nos anos subseqüentes às conferências surgiram movimentos cobrando por mudanças sócias, 
científicas e tecnológicas. Muitas empresas iniciaram uma nova postura em relação ao meio ambiente 
refletidas em importantes decisões e estratégias práticas, segundo o autor Melo Neto (2001) tal postura 
fundamentou-se nos seguintes parâmetros: 
 Bom relacionamento com a comunidade; 
 Bomrelacionamento com os organismos ambientais; 
 Estabelecimento de uma política ambiental; 
 Eficiente sistema de gestão ambiental; 
 Garantia de segurança dos empregados e das comunidades vizinhas; 
 Uso de tecnologia limpa; 
 Elevados investimentos em proteção ambiental; 
 Definição de um compromisso ambiental; 
 Associação das ações ambientais com os princípios estabelecidos na carta para o desenvolvimento 
sustentável; 
 A questão ambiental como valor do negócio; 
 Atuação ambiental com base na agenda 21 local; 
 Contribuição para o desenvolvimento sustentável dos municípios circunvizinhos. 
 
 CONCEITO DE GESTÃO AMBIENTAL. 
A Gestão Ambiental é um conjunto de ferramentas utilizadas na administração de atividades 
econômicas e sociais, de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais, renováveis ou não. 
A Gestão Ambiental deve visar o uso de práticas que garantam a conservação e preservação da 
biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades humanas 
sobre os recursos naturais. 
Entre as ferramentas utilizadas na Gestão Ambiental, podemos destacar: 
 Técnicas para a recuperação de áreas degradadas; 
 O estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação 
de atividades produtivas. 
A Gestão Ambiental, quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos - pela diminuição do 
desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e 
energia - e de custos indiretos - representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio 
ambiente ou à saúde de funcionários e da população de comunidades que tenham proximidade geográfica 
com as unidades de produção da empresa. 
A gestão sócio ambiental é o caminho para as organizações que decidiram assumir responsabilidade 
social e adotar as melhores práticas para tornar mais sustentáveis seus processos produtivos. 
As crescentes restrições dos mercados exigentes e as aparentes ameaças da legislação ambiental 
podem ser fonte de maior competitividade, de inovação, de implantação de novas técnicas de gestão e 
melhoria de processos, de produtos e serviços. Essa obra trata de como é possível conciliar sustentabilidade 
econômica com sustentabilidade social e ambiental 
Para compreendermos melhor qual o real significado deste termo, temos que entender os conceitos de 
Gestão e de Ambiente. Assim podemos dizer que por GESTÃO entendemos como sendo o ato ou efeito de 
gerir, administrar envolvendo os processos de planejar, organizar, liderar e controlar. Ainda, podemos dizer 
que administrar ou gerir um negócio está ligado ao ato de observar, fiscalizar e agir sobre o que está sendo 
feito para que se atinjam os objetivos propostos e desejados. 
 
 
 
Na figura acima a descrição de como uma organização ou empresa está estruturada e quais setores 
estão subordinados à administração geral. 
Como AMBIENTAL/ AMBIENTE podemos definir como um conjunto de condições em que existe 
determinado objeto ou que ocorre determinada ação. 
Porém o termo aplica-se a muitos campos de trabalho em nosso caso, podemos dizer que se refere a 
todo meio ambiente, aos aspectos naturais, incluindo a luz, o ar, a água, o solo ou os seres vivos e suas 
interelações. 
Desta maneira, podemos entender que GESTÃO AMBIENTAL é um conjunto de políticas, 
programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde, a segurança das pessoas e a 
proteção ao meio ambiente, através da eliminação ou minimização de impactos ambientais decorrentes do 
planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de empreendimentos ou 
atividades, incluindo-se todas as fases de produção de um produto. 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL. 
 
Os fundamentos da administração ambiental é a base, ou seja, os motivos que levam uma empresa a 
adotar práticas ambientais corretas. Esses motivos podem ser: ideológicos, administrativos, comerciais, 
legais e outros. 
Abaixo alguns motivos que levam as empresas a pensarem em gestão ambiental consciente em: 
 Matérias primas escassas e caras. 
 Crescimento da população nas grandes regiões metropolitanas tem grande influencia sobre o meio 
ambiente. 
 Legislação ambiental rígida. 
 A fiscalização por parte da comunidade local. 
 Exigência dos clientes e investidores. 
 
IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL PARA AS EMPRESAS E SEUS 
FUNCIONÁRIOS. 
 
É preocupante o rumo que o nosso planeta está tomando. A destruição 
gratuita promovida pelo homem está acelerando processos destrutivos, como o 
aquecimento global. Um cenário lamentável, mas que não pode e nem deve 
continuar. Acredita-se que existam diversas formas de conscientizar as pessoas 
sobre os malefícios desta destruição. E uma delas, sem dúvida, é promover 
a Educação Ambiental dentro das empresas com a participação dos funcionários. 
Por sua comprovada relevância para a sociedade, a Educação Ambiental 
tornou-se Lei em Abril de 1999, a chamada “Lei da Educação Ambiental” (Lei 
n° 9.795), com o objetivo de levar a conscientização para as escolas e 
universidades, a fim de construir um pensamento saudável nas novas gerações. 
Medida extremamente válida, mas que não pode estagnar nos bancos das escolas. É necessário que ela 
continue também nas empresas, sejam elas multinacionais ou empresas de porte menor. 
A Educação ambiental, quando voltada especificamente para os funcionários de uma empresa, pode 
trazer diversos benefícios para a organização como um todo. Este processo pode ser feito através da 
implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), da realização de mini-cursos, palestras e até 
mesmo através da contratação de consultorias que se encarregam de gerenciar estes processos 
educativos. Porém, é preciso destacar que as pessoas dentro da organização precisam estar alinhadas a estes 
princípios de conservação ambiental. Elas precisam pensar e agir de forma comprometida com o meio 
ambiente e, principalmente, com os impactos que suas atitudes equivocadas podem gerar no ecossistema em 
que vivem. 
Os funcionários precisam conhecer os indicadores ambientais da empresa, as metas de redução de 
emissão de gases, as áreas que mais precisam de cuidados para evitar a poluição involuntária de rios, 
córregos etc, e tantas outras informações que são indispensáveis para que o colaborador crie 
uma consciência ambiental voltada não só para a preservação do meio-ambiente como para o benefício da 
própria empresa. 
Assim, quando as equipes de trabalho estão conscientizadas da importância de se rever alguns 
processos, de realizar manutenções períodicas em equipamentos-chave, de promoverem ações internas e 
externas de divulgação de práticas sócio-ambientais responsáveis para outras empresas, escolas, 
universidades, centros comunitários etc, a empresa começa a perceber diversas mudanças positivas em suas 
práticas. 
Tais mudanças, práticas e de pensamento, trazem benefícios, de curto, médio ou longo prazo, para as 
empresas, como: 
 Funcionários comprometidos com os ideais da empresa; 
 Boa imagem da empresa frente aos clientes e sociedade em geral; 
 Apelo forte de marketing junto à marca da empresa; 
 Vantagem competitiva frente aos concorrentes; 
 Aumento da lucratividade decorrente do melhor posicionamento de sua empresa e 
produtos/serviços no mercado; 
 Chances reduzidas de provocar um acidente ambiental e com isso manchar a imagem da empresa; 
 Melhor relacionamento com as comunidades vizinhas, desenvolvendo parcerias na preservação 
ambiental local; 
 Ter uma empresa comprometida com ações que preservam o meio ambiente egarantem um futuro 
mais saudável para as próximas gerações. 
 E tantos outros benefícios óbvios advindos da preservação ambiental. 
Como se pode notar são muitos os benefícios tanto para a empresa quanto para a sociedade. Mas é 
válido dizer que a empresa não deve se preocupar com as questões ambientais apenas por motivos de 
marketing empresarial, mas como uma consciência verdadeira do que se quer. O planeta mais do que nunca 
precisa de ajuda e não se pode tratar com desdém esta questão. 
O termo gestão ambiental é bastante abrangente. Ele é freqüentemente usado para designar ações 
ambientais em determinados espaços geográficos, como por exemplo: gestão ambiental de bacias 
hidrográficas, gestão ambiental de parques e reservas florestais, gestão de áreas de proteção ambiental, 
gestão ambiental de reservas de biosfera e outras tantas modalidades de gestão que incluam aspectos 
ambientais. 
A gestão ambiental empresarial está essencialmente voltada para organizações, ou seja, companhias, 
corporações, firmas, empresas ou instituições e pode ser definida como sendo um conjunto de políticas, 
programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança das pessoas e 
a proteção do meio ambiente através da eliminação ou minimização de impactos e danos ambientais 
decorrentes do planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de 
empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida de um produto. 
À medida que avançamos para um novo milénio, damo-nos conta da crescente preocupação das 
empresas em relação às questões ambientais. Em países como o Japão, EUA ou Alemanha as empresas, 
apercebendo-se desta tendência mundial, têm vindo a alterar os seus métodos de trabalho bem como os seus 
produtos tentando satisfazer a vontade de um novo consumidor, disposto a mudar a sua atitude perante o 
Ambiente. 
Neste campo não será alheia a pressão que o governo exerce nos diversos sectores empresariais de 
forma a coincidir com as expectativas, não só do mercado mas também com o intuito da preservação 
ambiental. 
Embora a legislação possa não ser eficaz, desenvolvem-se fórmulas que incentivam ao seu 
cumprimento, tais como: contratos de adaptação ambiental, EMAS, sistema comunitário de atribuição de 
rótulo ecológico, Ponto Verde ou "produtos verdes". 
Neste sentido, é determinante a focagem de dois pontos essenciais: 
 A relação empresa-Ambiente (a nível administrativo e econômico); 
 O papel do consumidor na progressiva adaptação ambiental das empresas. 
 
 
FINALIDADES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL E EMPRESARIAL 
Servir de instrumentos de gestão com vistas a obter ou assegurar a economia e o uso racional de 
matérias-primas e insumos, destacando-se a responsabilidade ambiental da empresa: 
 Orientar consumidores quanto à compatibilidade ambiental dos processos produtivos e dos seus 
produtos ou serviços; 
 Subsidiar campanhas institucionais da empresa com destaque para a conservação e a preservação da 
natureza; 
 Servir de material informativo a acionistas, fornecedores e consumidores para demonstrar o 
desempenho empresarial na área ambiental; 
 Orientar novos investimentos privilegiando setores com oportunidades em áreas correlatas; 
 Subsidiar procedimentos para a obtenção da certificação ambiental nos moldes da série de normas 
ISO 14.000; 
 Subsidiar a obtenção da rotulagem ambiental de produtos. 
 O máximo de rendimento com o mínimo de utilização dos recursos naturais; 
 Designar investimentos para áreas como oportunidades de melhorias ambientais. 
Os objetivos e as finalidades inerentes a um gerenciamento ambiental nas empresas evidentemente 
devem estar em consonância com o conjunto das atividades empresariais. Portanto, eles não podem e nem 
devem ser vistos como elementos isolados, por mais importantes que possam parecer num primeiro 
momento. Vale aqui relembrar o trinômio das responsabilidades empresariais: 
 Responsabilidade ambiental 
 Responsabilidade econômica 
 Responsabilidade social 
 
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL DAS EMPRESAS 
 
Os principais agentes do desenvolvimento econômico de um país são as empresas, onde seus avanços 
tecnológicos e a grande capacidade de geração de recursos fazem com que cada vez mais precisem de ações 
cooperativas e integradas onde possam desenvolver processos que tem por objetivo a Gestão Ambiental e a 
Responsabilidade Social. 
As empresas socialmente responsáveis, têm uma postura ética onde o respeito da comunidade passa a 
ser um grande diferencial. O reconhecimento destes fatores pelos consumidores e o apoio de seus 
colaboradores faz com que se criem vantagens competitivas e, conseqüentemente, atinja maiores níveis de 
sucesso. 
A responsabilidade empresarial frente ao meio ambiente é centrada na análise de como as empresas 
interagem com o meio em que habitam e praticam suas atividades, dessa forma, uma empresa que possua 
um modelo de Gestão Ambiental já está correlacionada à responsabilidade social. Tais eventos irão, de certa 
forma, interagir com as tomadas de decisões da empresa, tendo total importância na estratégia empresarial. 
Assim, a Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social são atualmente condicionadas pela pressão de 
regulamentações e pela busca de melhor reputação perante a sociedade. A sociedade atual está reconhecendo 
a responsabilidade ambiental e social como valor permanente, consideradas fatores de avaliação e 
indicadores de preferência para investidores e consumidores. Os investimentos destinados a Gestão 
Ambiental e a consciência da Responsabilidade Social pelas empresas são aspectos que fortalecem a 
imagem positiva das organizações diante dos mercados em que atuam, dos seus colaboradores, concorrentes 
e fornecedores. 
O mundo Global, a despeito de todos os males causados aos mais fracos, trouxe uma inovação 
interessante: A responsabilidade Social e Ambiental como diferenciais de mercado. 
A Responsabilidade Social em uma corporação representa o compromisso contínuo da empresa com 
seu comportamento ético e com o desenvolvimento econômico, promovendo ao mesmo tempo a melhoria da 
qualidade de vida de sua força de trabalho e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um 
todo, sendo hoje um fator tão importante para as empresas como a qualidade do produto ou do serviço, a 
competitividade nos preços, marca comercialmente forte etc. Estudos mostram que atualmente mais de 70% 
dos consumidores preferem marcas e produtos envolvidos em algum tipo de ação social. 
A Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a 
torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela 
que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de 
serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no 
planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou 
proprietários. 
A atuação baseada em princípios éticos elevados e a busca de qualidade nas relações são 
manifestações da responsabilidade social empresarial. Numa época em que os negócios não podem mais se 
dar em segredo absoluto, à transparência passou ser a alma do negócio: tornou-se um fator de legitimidade 
social e um importante atributo positivo para a imagem pública e reputação das empresas. Empresas 
socialmente responsáveis estão mais bem preparadas para assegurar a sustentabilidade em longo prazo dos 
negócios, por estarem sincronizadas com as novas dinâmicas que afetam a sociedade e o mundo empresarial. 
As enormes carências edesigualdades sociais existentes em nosso país dão à responsabilidade social 
empresarial relevância ainda maior. A sociedade brasileira espera que as empresas cumpram um novo papel 
no processo de desenvolvimento: sejam agentes de uma nova cultura, sejam atores de mudança social, sejam 
construtores de uma sociedade melhor. 
A empresa é sócio-ambientalmente responsável quando vai além da obrigação de respeitar as leis, 
pagar impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores, e faz isso por 
acreditar que assim será uma empresa melhor e estará contribuindo para a construção de uma sociedade mais 
justa, agregando valor à imagem da empresa. 
As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o 
comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um 
lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido 
que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos 
recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social e 
ambiental. 
A responsabilidade social e ambiental nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia 
produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é 
de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim 
como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus 
códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos. 
Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma 
atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas 
também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao 
ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um 
todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e 
possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais. 
A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais nos bastam mais os livros 
contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos 
de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, 
empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes 
modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que 
relatórios sócio-ambientais serão compulsórios num futuro próximo. 
No Brasil, o movimento de valorização da responsabilidade social empresarial ganhou forte impulso 
na década de 90, através da ação de entidades não governamentais, institutos de pesquisa e empresas 
sensibilizadas para a questão. 
A obtenção de certificados de padrão de qualidade e de adequação ambiental, como as normas ISO, 
por centenas de empresas brasileiras, também é outro símbolo dos avanços que têm sido obtidos em alguns 
aspectos importantes da responsabilidade sócio-ambiental. 
 
Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo afora, mas o 
Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca por estratégias de 
inclusão social através do setor privado. 
O índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI) foi criado em 1999 e, neste ano, 81 empresas 
mundiais do setor de petróleo e gás e 20 brasileiras tentaram seu ingresso O questionário aborda questões de 
sustentabilidade, como governança corporativa, gestão da marca e de risco, até as mais específicas para a 
indústria de petróleo e gás, como mudança climática, padrões para fornecedores e gestão de projetos sociais. 
A Petrobrás conquistou o direito de compor, o Índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI), 
o mais importante índice internacional de sustentabilidade, usado como parâmetro para análise dos 
investidores sócios e ambientalmente responsáveis. 
No Brasil integram Índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI): Aracruz Celulose, Banco 
Bradesco, Banco Itaú, Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG). No setor de petróleo e gás estão 
incluídas: BG Group, BP PLC, EnCana, Nexen Inc, Repsol YPF, Royal Dutch Shell, Shell Canada Ltd., 
Statoil, Suncor Energy Inc., Total S.A. 
O levantamento da Market Analysis de 2007 aponta as dez melhores corporações em 
Responsabilidade Social atuantes no Brasil. Entre as melhores avaliadas estão Petrobras, Nestlé, Coca-Cola, 
Rede Globo, Unilever, Natura, Vale do Rio Doce, AmBev, Bom Preço e Azaléia. 
 
 
Ecossistemas 
 
Os Ecossistemas são sistemas complexos formados por dois grupos de componentes: os organismos 
vivos (plantas, animais, microorganismos), que constituem a Biótica e os organismos não vivos (ar, água, 
solo, vento), que constituem a Abiótica. Esses dois grupos são inseparavelmente inter-relacionados e são 
muito importantes, porque é dos serviços ambientais produzidos pelos ecossistemas que o homem obtém os 
benefícios para a vida em sociedade. 
Os serviços ambientais são os benefícios que os seres humanos obtêm da natureza e que são 
produzidos pelas interações que ocorrem dentro dos ecossistemas. Muitos desses serviços são essenciais à 
sobrevivência do homem, outros aumentam o seu bem estar. Os alimentos e a água que nos mantêm vivos, a 
madeira que nos fornece abrigo e móveis, e até mesmo o clima e o ar que respiramos, todos são produtos dos 
sistemas vivos deste planeta. 
O estado atual da natureza e sua utilização pelo homem tem sido tema de intensos estudos pelo 
mundo todo. Em 2005 a Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu um inventário sobre o estado 
de uso da natureza pelos seres humanos. Este documento é chamado de Avaliação Ecossistêmica do Milênio 
(AEM) e sua finalidade é fornecer as bases científicas para que governos, sociedade civil e empresas 
assumam ações que propiciem a conservação, o manejo sustentável e o uso dos ecossistemas e seus serviços. 
Neste estudo foram consideras questões como: clima, biodiversidade, desertificação e áreas úmidas. 
A mensagem síntese da Avaliação Ecossistêmica do Milênio descreve o preocupante estágio em que se 
encontra o suporte dos recursos naturais utilizados pelos empreendimentos e pela sociedade como um todo, 
alertando que o mundo pode sofrer um colapso ambiental ainda este século. Mas, o mesmo relatório também 
indica que ainda há uma possibilidade de mudar este rumo se forem tomadas medidas quanto ao uso 
indiscriminado dos serviços ambientais. 
Estudos recentes da ONU revelam que nos últimos 50 anos o homem modificou os ecossistemas 
mais rápida e extensivamente que em qualquer outro intervalo de tempo equivalente na história da 
humanidade e, na maioria das vezes, fez isto para suprir rapidamente a crescente demanda por alimentos, 
água doce, madeira, fibras e combustível. 
Esta modificação dos ecossistemas apontada pela ONU acarreta uma crescente degradação 
ambiental, pois como alerta a Avaliação Ecossistêmica do Milênio, 60% dos serviços ambientais essenciais 
à sobrevivência do homem estão em estágio acelerado de degradação. 
O que se pode observar diante desses estudos relatados é que, em nome do desenvolvimento, os 
serviços naturais encontram-se severamente ameaçado. 
O custo total dessas perdas ambientais é de difícil mensuração, mas é alto e continua a crescer, e 
embora a capacidade da ciência de entender e prever esses processos tenhaaumentado muito, eles ainda são 
imprevisíveis e surgem na forma de novas epidemias de doenças (Aids, gripe suína), mudanças climáticas 
(tsunamis, terremotos), extinção de espécies, perda da qualidade da água, e em um futuro breve os serviços 
ambientais não estarão disponíveis gratuitamente. 
Políticas futuras devem ter por objetivo satisfazer as necessidades humanas a um preço menor sobre 
os sistemas naturais. Sem esta mudança, os sistemas naturais não mais poderão prover nossas necessidades 
em longo prazo. 
 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
Responsabilidade Social - Responsabilidade Social diz respeito ao cumprimento dos deveres e obrigações 
dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral. 
Meio ambiente - É a realidade física e orgânica de um determinado espaço, que pode compreender tanto um 
ecossistema como toda a biosfera. 
Ecossistemas - São sistemas complexos, formados por dois grupos de componentes: os organismos vivos, 
constituintes da Biótica (plantas, animais, bactérias), e os organismos não vivos, constituintes da abiótica 
(ar, água, solo, vento). 
Serviços ambientais - São os benefícios que os seres humanos obtêm da natureza e que são produzidos 
pelas interações que ocorrem dentro do ecossistema. 
A Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM) - Inventário lançado em 2005 pela Organização das Nações 
Unidas (ONU) sobre o estado de uso da natureza pelos seres humanos, incluindo questões como o clima, a 
biodiversidade, a desertificação e as áreas úmidas. 
ONU - Organização das Nações Unidas. Fundada oficialmente em 24 de outubro de 1945, em São 
Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o final da Segunda Guerra Mundial. Sua atual sede é na 
cidade de Nova York. 
 
Sustentabilidade 
 
A partir da Revolução Industrial a humanidade preocupou-se muito com a produção em massa, 
superestimando a capacidade do planeta de assimilar a exploração ilimitada dos recursos naturais e o poder 
dos ecossistemas de se reciclarem após a devastação. 
Até o final do século XX, o mundo capitalista se preocupou com o progresso e o desenvolvimento, 
criando várias fábricas, incentivando o consumo e descobrindo formas eficientes de explorar a matéria prima 
dos sistemas naturais. O resultado disso foi um impacto ambiental nunca antes visto, que culminou na 
degradação do meio ambiente. 
A Avaliação Ecossistêmica do Milênio expressa a necessidade de uma mudança radical e em curto 
prazo dos padrões de desenvolvimento, para que não ocorra uma tragédia em escala global. É necessário 
também equilibrar o planeta, as pessoas e o progresso, o que gera uma responsabilidade tripla entre 
governos, sociedades e empresas. Todos têm que fazer a sua parte. 
Diante da iminência de efeitos danosos à economia mundial, como a perda de até 20% do Produto 
Mundial Bruto, fica evidente que estruturas empresariais, sociais e políticas terão que se adaptar para uma 
economia dentro dos parâmetros da sustentabilidade. 
O conceito de sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos 
naturais de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e o homem e toda a 
biosfera que deles depende para existir. 
As empresas, obviamente, não podem ficar alheias a esse movimento voltado à sobrevivência da 
civilização. As empresas devem pensar em projetos que gerem resultados além da filantropia, bem como 
inserir a gestão ambiental em seu planejamento de longo prazo. 
As empresas têm que incluir em seu conceito de lucro as noções de Sustentabilidade e 
Sobrevivência. Uma empresa sustentável é aquela que tem o foco no capital financeiro sem perder de vista o 
capital natural e social. 
A credibilidade de uma empresa está atrelada ao grau de responsabilidade que ela assume diante 
dos problemas que prejudicam o mundo. Isto é conhecido por responsabilidade moral da empresa. 
As sociedades estão cada vez mais atentas às necessidades de preservação e sustentabilidade do 
mundo. Isto requer das empresas uma atitude de maior responsabilidade e transparência, bem como o 
desenvolvimento de projetos que atendam aos parâmetros de sustentabilidade. 
Torna-se relevante que as empresas façam negócios sustentáveis e entendam e pratiquem a inclusão 
social, a melhoria de qualidade de vida e o uso consciente dos recursos naturais. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
Sustentabilidade - Um meio de configurar a civilização e as atividades humanas, de tal forma que a 
sociedade e as suas economias possam suprir as suas necessidades e, ao mesmo tempo, preservar os 
ecossistemas naturais. Resumidamente, sustentabilidade significa promover o uso dos recursos naturais de 
forma a não prejudicar o seu equilíbrio. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade. 
Acessado em: 03/07/09. 
Desenvolvimento Sustentável – É um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado, 
que satisfaz as necessidades das gerações atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de 
satisfazer suas próprias necessidades. Disponível em: 
http://www.catalisa.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=30&Itemid=59. Acessado 
em: 18/06/2009. 
Responsabilidade Tripla – É a interação entre a sociedade civil, governo e empresas para a promoção da 
sustentabilidade. 
Stakeholder – Termo utilizado para se referir àqueles que podem afetar ou são afetados pelas atividades de 
uma empresa. 
Projetos Sustentáveis – São projetos que devem atingir um nível satisfatório de desenvolvimento social e 
econômico fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos naturais e preservando as espécies. 
Economia Sustentável - Fazer negócios ambientalmente responsáveis e socialmente inclusivos de modo a 
beneficiar a comunidade de baixa renda e a empresa envolvida no empreendimento. 
Gestão Sustentável – É a gestão que atinge um nível satisfatório de desenvolvimento social, econômico e 
cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos naturais e preservando as espécies. 
1ª Revolução Industrial – Consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no 
processo produtivo em níveis econômico e social. Iniciou na Inglaterra em meados do século XVIII e 
expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Sua principal característica foi a substituição do trabalho 
artesanal pelo trabalho fabril decorrente da invenção da máquina a vapor, que possibilitou a produção em 
massa. 
Produto Interno Bruto - O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores do potencial da 
economia de um país. Ele revela o valor (soma) de toda a riqueza (bens, produtos e serviços) produzida por 
um país em um determinado período, geralmente um ano. Disponível em: 
http://www.mundovestibular.com.br/articles/725/1/PIB---PRODUTO-INTERNO-
BRUTO/Paacutegina1.html. Acessado em: 03/07/2009. 
 
7.0 – Qualidade de vida 
 
Qualidade de vida é o método usado para medir as condições de vida de um ser humano. Envolve o 
bem espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e 
amigos e também a saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias 
da vida. Não deve ser confundida com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade e quantidade 
de bens e serviços disponíveis. 
 
Avaliação 
 
A Organização Mundial da Saúde desenvolveu um questionário para aferir a qualidade de vida, que 
possui duas versões validadas para o português, o 100 (composto por 100 questões) e o composto por 26 
questões. 
É composto por seis domínios: o físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações 
sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos. 
 
8.0 – O impacto ambiental 
 
Oambiente é entendido como um espaço geográfico / território ou lugar, com distintas escalas de 
ocupação, dinamizado pelos movimentos geofísicos, biológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos 
que interagem em um processo histórico evolutivo. 
Riscos ambientais para a saúde são todos os fatores ou situações que sob determinados contextos e 
condições podem afetá-la. 
Saúde e qualidade de vida são conceitos estreitamente associados. Segundo Dubos “o binômio saúde 
/doença pode ser avaliado como o maior ou menor sucesso que o homem venha a ter em suas relações com o 
meio ambiente”. 
Fazer saúde é melhorar a qualidade de vida e melhor qualidade de vida leva o indivíduo a ter mais 
saúde. Não esquecer que qualidade de vida depende de um referencial que muitas vezes é pessoal, e a 
importância cada vez maior que o emprego do conhecimento e de tecnologias assume em todos os diferentes 
componentes da qualidade de vida/saúde. 
Na apresentação do “Livro Verde” publicado pelo Ministério da Ciência e 
Tecnologia, no início do primeiro parágrafo lê-se: “O conhecimento tornou-se, hoje mais do que no 
passado, um dos principais fatores de superação de desigualdades, de agregação de valor, criação de 
emprego qualificado e de propagação do bem-estar”. 
Os impactos ambientais chegam com mais força do que a infra estrutura necessária para o 
desenvolvimento sustentável/qualidade de vida/saúde. 
Aqui, a disponibilidade de energia é insuficiente para instalar as diversas instâncias dos procedimentos 
da tecnologia atual, quase toda ela dependente de eletricidade (saúde a distância, etc.). Os transportes são 
insuficientes para ligar internamente os espaços regionais, são caros e não contemplam a vocação ribeirinha 
da região. 
A comunicação representada por telefone e ou rádio é precária, precisa interligar grandes espaços 
pouco povoados e não tem se beneficiado dos avanços tecnológicos do setor. 
 
9.0 – Gestão ambiental 
 
A gestão ambiental nada mais é que o reconhecimento da organização de que a gestão do ambiente é 
prioritária e fator determinante do desenvolvimento sustentável. A partir deste reconhecimento são 
estabelecidas políticas, programas e procedimentos para conduzir suas atividades de modo ambientalmente 
seguro. 
 
Como nasceu a gestão ambiental? 
A partir de conferências mundiais iniciadas na década de 70 foram discutidos temas ambientais e a 
necessidade das nações estabelecerem políticas de controle da poluição ambiental. Na década de 80 os 
conceitos de proteção ao Meio Ambiente começaram a se ampliar, tendo a década de 90 
se caracterizado pela globalização dos conceitos e pela sistematização das ações, e as indústrias incorporado 
em seus planejamentos estratégicos a variável ambiental. 
 
O que é passivo ambiental? 
Consiste na responsabilidade ambiental referente a impactos presentes, gerados na produção de bens, 
atividades desenvolvidas ou serviços prestados. 
 
O que é sistema de gestão? 
Um sistema de gestão pode ser definido como a estrutura organizacional, suas atividades, responsabilidades, 
práticas, procedimentos e processos, bem como os recursos necessários para implementar a gestão de 
qualidade de um produto, atividade ou serviço, de acordo com a política estabelecida pela organização. 
 
Como devem ser desenvolvidos os produtos e serviços numa organização que possui um sistema de 
gestão ambiental? 
A organização deve desenvolver e fornecer produtos ou serviços que não produzam impacto indevido sobre 
o ambiente, sejam seguros em sua utilização, e ao mesmo tempo apresentem o menor consumo de energia e 
de recursos naturais, que sejam reciclados, reutilizados e sua disposição final não seja perigosa. 
 
O que é política ambiental? 
Declaração de uma organização expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho 
ambiental global, que prevê uma estrutura para ação e definição de objetivos e metas ambientais. 
 
 
 
 
O que é desempenho ambiental? 
Resultados mensuráveis do sistema de gestão ambiental, relativos ao controle de uma organização sobre 
seus aspectos ambientais, com base na sua política, seus objetivos e metas ambientais. 
 
O que é auditoria do Sistema de Gestão Ambiental (SGA)? 
Instrumento de gestão da organização que compete a avaliação objetiva, sistemática e periódica do sistema 
de gerenciamento ambiental, incluindo tanto a estrutura organizacional, como o desempenho dos sistemas e 
equipamentos de controle da poluição existentes na organização. 
 
Quem realiza as auditorias? 
A organização propicia treinamento através de empresas credenciadas para formar auditores internos que 
serão responsáveis pela avaliação periódica do atendimento à legislação e regulamentos ambientais 
pertinentes. Auditores externos são contratados para realizar as auditorias iniciais para Certificação, e, 
semestralmente para manutenção do Certificado. 
 
Quais itens são avaliados na auditoria ambiental? 
Política ambiental, treinamento, comunicação, controle de documentação, registro e auditoria interna. 
 
O que é objetivo ambiental? 
Propósito ambiental global, decorrente da política ambiental, que uma organização se propõe a atingir, 
sendo quantificado sempre que exeqüível. 
 
O que é certificação? 
A certificação de produtos, sistemas ou serviços consiste em um atestado, fornecido por organismos 
públicos ou privados, de conformidade a um determinado referencial. A certificação tem por objetivo 
demonstrar que um determinado produto, serviço ou sistema se distingue dos seus concorrentes. A 
certificação traz ao consumidor uma garantia da qualidade do bem ou serviço adquirido. 
 
Qual a diferença entre certificação de um produto e de um sistema de gestão? 
Quando é demonstrada a existência de sistema de gestão de produção de bens ou serviço o certificado é 
conferido ao Sistema de Gestão; quando é demonstrada a existência de produtos que cumprem os requisitos 
de um referencial é selo é conferido ao produto. 
 
 
O que é a série ISO-14000? 
Com a função de harmonizar padrões de Gestão Ambiental, a ISO, entidade privada com sede em Genebra, 
instalou em 1993, um comitê (TC-207) com o objetivo de elaborar normas de Gestão Ambiental e suas 
ferramentas. Foi criada uma série de normas, dentre elas a NBR-ISO14001, que trata da gestão ambiental 
das organizações. 
 
Quais são as regras para implementar um sistema de gestão? 
1. Registrar o que deve ser feito através de documentos; 
2. Cumprir o que está documentado; 
3. Acompanhar através de auditorias internas se o que foi documentado está sendo cumprido, adotando 
medidas preventivas e corretivas se necessário; 
4. Conservar os registros de todas as ações através de documentos diversos (atas de reunião, 
certificados etc). 
 
 
10.0 – Principais leis de proteção ambiental no Brasil 
 
 - Novo Código Florestal Brasileiro - Lei nº 4771/65 (ano 1965) 
- promulgada durante o segundo ano do governo militar, estabeleceu que as florestas existentes no território 
nacional e as demais formas de vegetação, ...são bens de interesse comum a todos os habitantes do País. 
- Política Nacional do Meio Ambiente - Lei nº 6938/81 (ano 1981) 
- tornou obrigatório o licenciamento ambiental para atividades ou empreendimentos que possam degradar o 
meio ambiente. Aumentou a fiscalização e criou regras mais rígidas para atividades de mineração, 
construção de rodovias, exploração de madeira e construção de hidrelétricas. 
- Lei de Crimes Ambientais - Decreto nº 3179/99 (ano 1999) 
- instituiu punições administrativas e penais para pessoas ou empresas que agem de forma a degradar a 
natureza. Atos como poluição da água, corte ilegal de árvores, morte de animaissilvestres tornaram-se 
crimes ambientais. 
- Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SUNC) - Lei nº 9985/2000 (ano 2000) 
- definiu critérios e normas para a criação e funcionamento das Unidades de Conservação Ambiental. 
- Medida Provisória nº 2186-16 (ano 2001) 
- deliberou sobre o acesso ao patrimônio genético, acesso e proteção ao conhecimento genético e ambiental, 
assim como a repartição dos benefícios provenientes. 
- Lei de Biossegurança - Lei nº 11105 (ano 2005) 
- estabeleceu sistemas de fiscalização sobre as diversas atividades que envolvem organismos modificados 
geneticamente. 
- Lei de Gestão de Florestas Públicas - Lei nº 11284/2006 (ano 2006) 
- normatizou o sistema de gestão florestal em áreas públicas e criou um órgão regulador (Serviço Florestal 
Brasileiro). Esta lei criou também o Fundo de Desenvolvimento Florestal. 
- Medida Provisória nº 458/2009 (ano 2009) 
- estabeleceu novas normas para a regularização de terras públicas na região da Amazônia. 
 
11.0 – Auditoria Ambiental 
 
A Auditoria Ambiental é vista de uma forma bastante abrangente, para González-Malaxechevarria 
(1995), um componente ou compartimento da auditoria social, e deve ser independente, sistemático, 
periódico, documentado e objetivo; realizado por uma equipe interdisciplinar de auditores ambientalistas, 
estes, especializados nos campos contábil-financeiro-econômico-ambiental. Ele vai mais além, quando 
sugere que os profissionais desta auditoria devem possuir conhecimento de biologia, de engenharia, de 
direito, de ciências sociais e da indústria e principalmente do Governo Nacional, capacitados na aplicação 
dos respectivos procedimentos de auditoria financeira e de gestão. 
Um instrumento de gestão, como a Auditoria Ambiental, deve permitir fazer esta avaliação não só nos 
sistemas de gestão mas também, como indica Valle (1995), sobre o 
desempenho dos equipamentos instalados em um estabelecimento de uma empresa, para fiscalizar e limitar 
o impacto de suas atividades sobre o Meio Ambiente. 
Para a Comissão Europeia, a Auditoria Ambiental, além de contribuir para salva guardar o meio avalia 
o cumprimento de diretrizes da empresa, o que incluiria o atendimento da exigências de órgãos reguladores 
e normas aplicáveis. 
Quanto à sua periodicidade, nos lembra Malheiros (1996), os procedimentos de auditoria podem ser 
também ocasionais, principalmente quando relacionados às atividades ambientais de uma empresa, sendo 
considerados como instrumentos de aprimoramento de seu desempenho ambiental e das ações relativas a 
essa questão. 
Esses procedimentos, conforme assinala a Environmental Protection Agency — EPA, devem ser 
utilizados, principalmente, por entidades regulamentadas relacionadas com o atendimento aos requisitos 
ambientais. 
As Auditorias Ambientais são consideradas ainda, segundo Antunes (1997), instrumentos voluntários 
de gestão ambiental que permitem verificar a compatibilidade da atividade empresarial com a melhoria 
constante dos padrões ambientais e com o atendimento das normas aplicáveis. 
No Brasil, as normas para Auditoria Ambiental foram publicadas pela ABNT (1997) e define 
Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental — SGA como um processo sistemático e documentado de 
verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se o sistema de 
gestão ambiental de uma organização está em conformidade com os critérios de auditoria do sistema de 
gestão ambiental estabelecido pela organização, e para comunicar os resultados desse processo à 
administração. 
Segundo a NBR ISO 14001:1996 (ABNT, 1997), uma organização deve estabelecer e manter 
procedimentos para identificar os aspectos ambientais (produtos ou serviços) de suas atividades, a fim de 
determinar aqueles que possam ter impacto da elaboração para as normas série ISO 14000. 
Auditoria Ambiental, para o Tribunal de Contas da União — TCU, é o conjunto de procedimentos 
aplicados ao exame e avaliação dos aspectos ambientais envolvidos em políticas, programas, projetos e 
atividades desenvolvidas pelos órgãos e entidades sujeitos ao seu controle (Manual de Auditoria Ambiental. 
Brasília, TCU: 2001). Os Tribunais de Contas também exercem o controle externo das ações de 
responsabilidade do Governo Federal, assim como da aplicação de recursos federais em atividades 
relacionadas à proteção do meio ambiente. 
O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento — BIRD, em suas normas operacionais, 
assim define a auditoria ambiental: "Auditoria ambiental: um instrumento para determinar a natureza e a 
extensão de todas as áreas de impacto ambiental de uma atividade existente. A auditoria identifica e justifica 
as medidas apropriadas para reduzir as áreas de impacto, estima o custo dessas medidas e recomenda um 
calendário para a sua implementação. Para determinados projetos, o Relatório de Avaliação Ambiental 
consistirá apenas da auditoria ambiental; em outros casos, a auditoria será um dos componentes do 
Relatório." (World Bank, 1999). 
Segundo a Organização Internacional das Entidades Superiores de Fiscalização — INTOSAI, a 
Auditoria Ambiental requer um critério totalizador, compreensivo, holístico e, para o caso das Entidades 
Fiscalizadoras Superiores (no Brasil, os Tribunais de Contas), necessariamente um enfoque governamental. 
São algumas fontes de critérios geralmente aceitos pela INTOSAI: Organização Mundial de Saúde — OMS, 
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente — PNUMA, a norma inglesa BS7750, dentre outras. 
Enfim, a Auditoria Ambiental nada mais é do que um processo de auditoria convencional, mas que 
também inclui em seus objetivos, escopo e critérios de avaliação, o quesito ambiental. Sendo assim, este tipo 
de auditoria segue o mesmo processo de uma auditoria operacional. 
 
Objetivos da auditoria Ambiental 
 
Auditorias Ambientais têm como objetivo detectar problemas ou oportunidades em áreas ou atividades 
como: 
 fontes de poluição e medidas de controle e prevenção 
 uso de energia e água e medidas de economia 
 processos de produção e distribuição 
 pesquisas e desenvolvimentos de produtos 
 uso, armazanagem, manuseio e transporte de produtos controlados 
 subprodutos e desperdícios 
 estações de tratamento de águas residuárias (esgoto) 
 sítios contaminados 
 reformas e manutenções de prédios e instalações 
 panes, acidentes e medidas de emergência e mitigação 
 saúde ocupacional e segurança do trabalho 
 
Tipos de Auditoria 
 
Tipo Objetivos 
Auditoria de 
conformidade 
Verificar o grau de conformidade com a legislação ambiental. 
Auditoria de 
desempenho ambiental 
Avaliar o desempenho de unidades de produção com relação à geração de poluentes 
e ao consumo de energia, água e materiais. 
Due diligence 
Verificação das responsabilidades de uma empresa perante acionistas, credores, 
fornecedores, clientes. Muito usada no processo de fusão/cisão/aquisição para 
identificação dos passivos ambientais. 
Auditoria de 
desperdícios e de 
emissões 
Avaliar os desperdícios e seus impactos ambientais e econômicos com intenção de 
melhoria dos processos ou equipamentos. 
Auditoria pós-acidente Verificar quem é o responsável, quais os danos, e as causas do acidente. 
Auditoria de 
fornecedor 
Avaliar o desempenho de um fornecedor atual ou provável. 
Auditoria de sistema 
de gestão ambiental 
Avaliar o desempenho de SGA, o grau de conformidade com os requisitos da norma 
utilizada e se está de acordo com a política da empresa. 
 
 Selo Verde 
 
O QUE É SELO VERDE 
O selo verde pode ser reconhecido internacionalmente pelos consumidores de madeira e produtores 
derivados, como móveis e estruturas para a construçãocivil. Desta forma o comprador pode ter certeza que 
adquiriu um produto que não agride as florestas tropicais. 
O Selo verde surgiu a partir da crescente preocupação ambiental dos consumidores, principalmente do 
mercado europeu. Foi quando governos e organizações não governamentais (ONGs) de vários países 
formularam um conjunto de normas para regular o comércio de produtos provenientes das florestas tropicais 
através de acordos internacionais. Ficou definido que as madeireiras que possuem o selo verde deveriam 
comercializar apenas produtos retirados das florestas de forma ambientalmente correta e enquadrados em 
um plano de manejo certificado por organismos internacionalmente reconhecidos. 
 
A Identificação Dos Geradores e suas Responsabilidades. 
 
A RDC ANVISA n.º 306/04, juntamente com a RDC CONAMA n.º 358/05, define como geradores 
todos os serviços que prestem atendimento a saúde humana, animal, programas de serviço de saúde 
domiciliar, indústrias e serviços ambulatórios de atendimento médico e odontológico, serviços de 
acupuntura, tatuagem, serviços de atendimento de radiologia, de radioterapia e medicina nuclear. 
Vejamos o que o CONAMA, juntamente com a ANVISA, define como estabelecimentos de 
assistência à saúde: 
• Os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; 
• Laboratórios analíticos de produtos para saúde; 
• Necrotérios, funerárias e serviços onde se realizam atividades de embalsamento (tanatopraxia e 
somatoconservação); 
• Serviços de medicina legal; 
• Drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; 
• Estabelecimentos de ensino e pesquisas na área de saúde; 
• Centros de controle de zoonoses 
• Distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e 
controles para diagnóstico in vitro; 
• Unidades movéis de atendimento à saúde; 
• Serviços de acupuntura; 
• Serviços de tatuagem, dentre outros similares; 
Os estabelecimentos considerados Geradores são também poluidores, pois o art.3.°, II, da Lei 
6.938/81, considera poluição como sendo “ A degradação da qualidade ambiental resultante de atividades 
que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população” de forma que 
as atividades desenvolvidas pelos geradores se coadunam perfeitamente com o disposto neste artigo. 
Todos os estabelecimentos que de alguma maneira produzem qualquer espécie de RSS são geradores 
e devem observar as normas a respeito do gerenciamento dos mesmos, para que não danifiquem o meio 
ambiente, sendo que os mesmos tiveram um prazo de um ano, a partir da publicação da RDC 358/2005, para 
se amoldarem às normas, e passado o prazo podem os geradores ser punidos, cabendo aos órgãos municipais 
e estaduais de vigilância sanitária fiscalizá-los. 
Como dissemos acima, atualmente os Geradores dos RSS são responsáveis por seu gerenciamento 
cabendo aos mesmos elaborarem um plano de gestão dos RSS para evitar a poluição. A necessidade de um 
plano de gerenciamento decorre de dois princípios: o da Precaução e o do Poluídor Pagador, neste sentido, o 
objetivo da política atual dos RSS e prevenir danos e imputar ao gerador os custos desta prevenção. Vejamos 
o art. 3.° da Res. 358/05 do CONAMA: 
Art. 3.° Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao responsável legal, referidos no art. 
1.º desta Resolução, o gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a atender 
aos requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional, sem prejuízo de responsabilização 
solidária de todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar 
degradação ambiental, em especial os transportadores e operadores das instalações de tratamento e 
disposição final, nos termos da Lei n.° 6.938/81. 
Contudo, apesar da responsabilidade direta pelos RSS ser dos geradores, pelo que dispõe o art. 225 
da C.F, o poder público e as empresas de coleta, tratamento e disposição final também são responsáveis 
pelos mesmos, vez que é dever de todos proteger o meio ambiente, buscando o bem estar social. 
Vários municípios brasileiros ainda não estão preparados para realizar o devido tratamento dos 
resíduos, bem como realizar uma política de precaução e fiscalização. Como dispõe o art. 14 da lei n.º 
6.938/81, o poluidor é obrigado a arcar com os danos causados. Vejamos: 
Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não 
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela 
degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: 
... § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, 
independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a 
terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para 
propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. 
Segundo artigo publicado no jornal A TARDE em 05/09/06, muitos geradores não concordam com a 
delegação da responsabilidade pelo gerenciamento dos RSS, seja por falta de recurso ou em razão dos 
custos, seja em razão de sua cidade muitas vezes não possuir empresas especializadas e eles precisarem ir 
em busca de uma, ou mesmo por entenderem que esta responsabilidade deveria ser do poder público. 
Vale ressaltar que a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, ou seja, não é preciso provar que 
houve culpa do infrator, basta a comprovação do dano ao meio ambiente, da autoria e a demonstração do 
nexo causal para que o infrator seja obrigado a reparar o dano e ressarcir a coletividade do prejuízo. 
Neste contexto, atualmente os geradores são responsáveis pela minimização da geração de RSS, pela 
elaboração de um plano de gerenciamento dos RSS de acordo com o que estabelece a RDC n.° 358/05 do 
CONAMA, visando atender ao bem estar de todos e respeitar as normas que regulamentam os RSS. 
Desta forma, fica clarividente a responsabilidade dos geradores para com o gerenciamento dos RSS, 
pois como veremos abaixo, em consonância com o Princípio do Poluidor Pagador, quem polui tem 
obrigação de arcar com o ônus de sua poluição. Nada mais correto, que os geradores sejam responsáveis 
pelos RSS que produzem, buscando diminuir sua produção e gerenciá-los de forma adequada. 
 
 
 
 
PRINCIPIO DA PREVENÇÃO (PRECAUÇÃO) OU CAUTELA 
 
Os princípios são pilares do direito Ambiental, que ajudam a entender a disciplina e buscam orientar 
a aplicação das normas que têm como objetivo proteger o meio ambiente. Neste sentido : 
O Direito não é mero somatório de regras avulsas, produto de actos de vontade, ou mera 
concatenação de fórmulas verbais articuladas entre si. O Direito é ordenamento ou conjunto significativo e 
não conjunção resultante de vigência simultânea; implica coerência ou, talvez mais rigorosamente, 
consistência; projecta-se em sistema; é unidade de sentido, é valor incorporado em regra. E esse 
ordenamento, esse conjunto, essa unidade, esse valor projecta-se ou traduz-se em princípios, logicamente 
anteriores aos preceitos. (MIRANDA, 2003, p. 431) 
O Princípio ora estudado busca um comportamento efetuado com o intuito de afastar o risco 
ambiental, antecipando medidas para evitar agressões ao meio ambiente, sendo que precaução significa 
cuidado, vigilância ou seja, “prevenir é melhor que remediar”. Evitando os danos o meio ambiente estará 
protegido e nós, assim como nossos filhos, poderemos usufruir de um meio ambiente equilibrado. 
A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente n.º 6.938/81 em seu art. 4º, I e IV, bem como a C.F em 
seu art.225, § 1.°, IV, quando dispõe sobreo estudo de impacto ambiental antes de realização de qualquer 
projeto, fundamenta legalmente o que dispõe o Principio da Prevenção, pois o mesmo sugere cuidados 
antecipados ao meio ambiente.Vejamos: 
Com o fim de proteger o meio ambiente, o Principio da Prevenção vela que caso não se tenha certeza 
das conseqüências de uma intervenção no meio ambiente é melhor não realizar tal medida, ou sendo 
imprescindível a intervenção que se encontre uma medida que não prejudique o meio ambiente, pois o 
objetivo da prevenção é justamente proteger o meio ambiente. ( SIRVINSKAS, 2003, p. 35) 
Percebemos aqui o quão importante é este princípio para o assunto ora abordado, já que a intenção 
dos órgãos ambientais ao elaborar normas para regulamentar os RSS é justamente a prevenção, ou seja, 
evitar que estes resíduos venham degradar o meio ambiente, sendo necessário se antecipar e prevenir o 
provável dano causado pelos mesmos. Vejamos: 
As agressões ao meio ambiente são, em regra, de impossível, improvável ou de difícil reparação. 
Uma vez que consumada a lesão ambiental, sua reparação é sempre incerta e, quando possível, onerosa. Daí 
que o direito Ambiental deva orientar-se muito mais por uma atuação de antecipação e cautela, a fim de 
evitar a ocorrência dos potenciais danos. A reparação e a indenização devem ser o ultimo recurso. Esta 
noção está na base do principio da prevenção, há muito reconhecido como um dos alicerces do Direito 
ambiental. ( NOGUEIRA, 2006, p. 289) 
Sabe-se que o Principio da Prevenção é que norteia as ações realizadas pela administração pública, 
quando a mesma exige a realização de estudo de impactos ambientais, bem como quando analisa se um 
determinado estabelecimento possui ou não os requisitos necessários para ser licenciado. 
Existe uma divergência doutrinária quanto à diferença entre os princípios da Precaução e Prevenção. 
Enquanto alguns doutrinadores os tratam como sinônimos, outros os diferenciam. Vejamos: 
Há diferenças significativas entre ambos, pois a prevenção se aplica a impactos ambientais já 
conhecidos, informando tanto o estudo de impacto e o licenciamento ambiental; enquanto a precaução diz 
respeito a reflexos ao ambiente, ainda não conhecidos cientificamente. ( ANTUNES, 2002, p. 118) 
Já outros autores, como Rodrigues (2002), fundamentam a diferença entre os dois princípios por 
conta de considerar que a precaução antecede a prevenção, sendo a preocupação do mesmo evitar além dos 
danos os riscos ambientais. 
Destarte, Milaré ( 2001) entende que o Principio da Prevenção engloba o da Precaução vez o seu 
caráter genérico, considerando que a precaução tem um caráter especifico. Vejamos: 
De início, convém ressaltar que há juristas que se referem ao princípio da prevenção, enquanto outros 
reportam-se ao princípio da precaução. Há, também, os que usam ambas as expressões, supondo ou não 
diferença entre elas. Com efeito, há cambiantes semânticos entre estas expressões, ao menos no que se refere 
à etimologia. Prevenção é substantivo do verbo prevenir, e significa ato ou efeito de antecipar-se, chegar 
antes; induz uma conotação de generalidade, simples antecipação no tempo, é verdade, mas com intuito 
conhecido. Precaução é substantivo do verbo precaver-se (do Latim prae = antes e cavere = tomar cuidado), 
e sugere cuidados antecipados, cutela para que uma atitude ou ação não venha a resultar em efeitos 
indesejáveis [...].( Milaré, 2001, págs. 117 e 118) 
O posicionamento de Milaré é facilmente entendido quando percebemos que as características dos 
dois princípios são semelhantes sem contar que o objetivo é o mesmo: prevenir antes do meio ambiente ser 
de alguma forma afetado, deixando, desta forma, a reparação bem como o ressarcimento do dano para 
último caso. 
Segundo Sampaio (2003) o esforço que é feito para distinguir o principio da Prevenção do da 
precaução é louvável, mas necessária é a inter-relação e a forma complementar de ambos os princípios, 
sendo que mesmo perante a certeza dos danos que causam ao meio, a autoridade pode utilizar-se de medidas 
antecipatórias e preventivas, do Principio da Precaução, sendo assim, o Principio da Prevenção, elemento de 
concretização da Precaução. 
Assim, podemos perceber que os Princípios da prevenção e da precaução se não são sinônimos ao 
menos se assemelham bastante, pois seus objetivos são semelhantes. Neste sentido: 
Não há como negar que as noções de precaução e prevenção têm fundamentos e objetivos muito 
próximos, ensejando a adoção de medidas de natureza semelhante. Por isso, no caso concreto, nem sempre 
será fácil identificar qual o principio a ser aplicado ou concluir a priori que a utilização de um ou de outro 
possa acarretar conseqüências diversas. ( NOGUEIRA,2006, p. 291) 
Também a Constituição do Estado da Bahia no sentido de evitar os danos que podem ser causados ao 
meio ambiente pelos RSS, em seu art. 226, VII, dispõe que é proibido a disposição dos mesmos em locais 
inadequados. 
Assim, o conceito de prevenção diz respeito ao conhecimento antecipado dos sérios danos que 
podem ser causados ao bem ambiental em determinada situação e a realização de providências para evitá-
los. Já se verifica um nexo de causalidade cientificamente demonstrável entre uma ação e a concretização de 
prejuízos ao meio ambiente. 
Conclui-se, então, que a aplicação do princípio da prevenção configura um complexo sistema de 
conhecimento da devida importância da proteção ao meio ambiente, bem como uma forte política de 
vigilância do cumprimento das normas ambientais, que visam regulamentar o direito a um meio ambiente 
equilibrado. Assim, vê-se claro a importância deste princípio como orientador para o devido planejamento 
dos geradores de RSS, de forma a evitar os danos ambientais que esta espécie de resíduo causa. 
 
PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR ( PPP) 
 
Com a instituição deste princípio, pela Declaração do Rio/92, estabeleceu-se que o poluidor deve 
arcar com o ônus necessário ao combate da poluição, ou seja, com os custos que a poluição por ele gerada 
tenha causado, sendo estes custos determinados pelo Poder Público para manter o meio ambiente em estado 
equilibrado, e promover a sua melhoria. 
O Princípio do Poluidor Pagador ( PPP) foi utilizado como base para a elaboração da RES. 358/05 do 
CONAMA, que instituiu aos geradores de Resíduos de Serviços de Saúde a responsabilidade por sua gestão 
desde sua origem até a sua disposição final, pois o referido princípio busca fazer com que o estado elabore 
normas para que os poluidores sejam responsabilizados, pelos danos causados ao meio ambiente, bem como 
que os mesmos sejam penalizados através de indenizações ao poder público pelo mal causado a coletividade. 
Em nossa legislação bem nos lembra Milaré que: 
A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, de 1981, acolheu o princípio do “poluidor-pagador”, 
estabelecendo, como um de seus fins, “a imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar 
e/ou indenizar os danos causados.Em reforço a isso assentou a Constituição Federal que “as condutas e 
atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a 
sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.(Milaré, 
2001) 
Os danos causados ao meio ambiente muitas vezes são pagos pela sociedade, sendo injusto tal fato. 
Por isso, nossa legislação recebeu o PPP, pois notou que quem polui tem a obrigação de arcar com o 
prejuízo causado por seus atos, bem como tem que evitar a poluição e minimizar a produção dos resíduos 
que venham a degradar o meio ambiente, levando em conta a proteção da sadia qualidade de vida. Vejamos 
o que dispõe a Declaração do Rio/92, em seu principio 16 dispõe: 
Tendo emvista que o poluidor deve em principio, arcar com o custo decorrente da poluição, as 
autoridades nacionais devem procurar promover a internacionalização dos custos ambientais e o uso de 
instrumentos econômicos, levando na devida conta o interesse público, sem distorcer o comércio e os 
investimentos internacionais. 
Segundo Antunes ( 2002,) o PPP busca afastar o ônus do custo econômico das costas da coletividade 
e direcioná-lo para quem obtém os lucros causando danos ao meio ambiente, ou seja, basta dos geradores 
ganharem rios de dinheiro, poluindo o meio ambiente e desrespeitando a Carta Magna e não terem 
responsabilidade para com os danos causados ao meio ambiente. Neste sentido: 
Desse modo num primeiro momento, impõe-se ao poluidor o dever de arcar com as despesas de 
prevenção dos danos ao meio ambiente que a sua atividade possa ocasionar. Cabe a ele o ônus de utilizar 
instrumentos necessários à prevenção dos danos. Numa segunda órbita de alcance, esclarece este principio 
que, ocorrendo danos ao meio ambiente em razão da atividade desenvolvida, o poluidor será responsável 
pela sua reparação. (ANTUNES, 2005, p. 42 ) 
Como já foi dito acima a responsabilidade para com danos causados ao meio ambiente é objetiva, ou 
seja, não é necessário que se prove a culpa do gerador. Assim dispõe SIRVINSKAS ( 2003, p. 36 ) “Vê-se 
que o poluidor deverá arcar com o prejuízo causado ao meio ambiente da forma mais ampla possível. 
Impera, em nosso sistema, a responsabilidade objetiva, ou seja, basta à comprovação do dano ao meio 
ambiente, a autoria e o nexo causal, independente de culpa”. 
Vejamos o que diz WOLD, neste sentido: 
Não se pode perder de vista, todavia, que o principio do poluidor pagador permite que o processo de 
internalização de custos ambientais encontre-se associado a diferentes patamares de otimização da proteção 
do meio ambiente, o que não apenas reforça a idéia de que sua função essencial consiste em permitir aos 
Estados alocar custos ambientais, como também torna impossível uma determinação precisa da extensão em 
que tais custos se transferem aos consumidores por intermédio da formação dos preços no mercado. Não por 
outra razão, os tribunais têm entendido que, o Principio do Poluidor Pagador não deveriam propriamente 
obrigações ambientais, pois ele configura, tão – somente, um instrumento econômico de política ambiental 
empregado pelos estados para estabelecer de que modo os custos ambientais serão distribuídos entre os 
atores econômicos.(WOLD,2003, p. 24) 
O PPP não deixou sua origem econômica de lado. Como podemos ver ele visa direcionar o custo do 
dano ou ainda da prevenção deste dano ao poluidor ou possível poluidor, é um princípio importantíssimo 
para o direito ambiental, bem diz Antunes (2002) quando ocorre a poluição da água, do ar ou de outros 
recursos ambientais, isso traz ao poder público, em função de sua natureza pública, custo para que se possa 
tratá-los, sendo este custo suportado pela sociedade. Ora, os geradores ganham dinheiro com suas atividades 
e a sociedade deve pagar pelos danos que estes causam ao meio ambiente? Não isto não é correto! E é 
justamente isto que visa o PPP : eliminar ou reduzir tal subsídio a valores mínimos. 
Vejamos WOLD: 
O Principio do Poluidor Pagador induz os Estados a promover uma melhor alocação dos custos de 
prevenção e controle, razão pela qual sua aplicação é considerada como parte integrada da orientação geral 
do direito Ambiental de se evitar episódios de degradação do meio ambiente. ( WOLD, 2003, p. 25): 
Podemos ver na maioria dos doutrinadores ambientalistas a concordância com o PPP, vez que se o 
meio ambiente equilibrado é direito e dever de todos estes principio veio dizer que o poluidor deve arcar 
com os custos relativos às mediadas de prevenção e precaução, bem nos lembra Machado ( 2006, 53) 
quando diz: “ o PPP é aquele que obriga o poluidor a pagar a poluição que pode ser causada ou que já foi 
causada.” 
Assim, percebemos que o CONAMA nada mais fez que seguir a orientação deste princípio quando 
delegou aos geradores o ônus do gerenciamento, visando estabelecer medidas de prevenção e responsabilizar 
aqueles que não as realizam. 
Machado (2006) deixa bem claro que o PPP não é uma punição, pois mesmo que não tenha cometido 
a poluição o PPP pode ser implementado, que é o caso das medidas preventivas. Sendo que para tornar 
obrigatório o pagamento pelo uso do recurso ou pela sua poluição não precisa ser provado o cometimento de 
faltas, basta o órgão ambiental responsável provar o efetivo uso do recurso ambiental ou de sua poluição, 
pois a autorização administrativa para poluir, não isenta o Poluidor de pagar pela poluição causada. 
Como podemos perceber, o princípio ora estudo é não pode impedir que os RSS sejam produzidos, 
mas pode-se fazer uma gestão dos mesmos para que estes sejam produzidos em menor quantidade e sejam 
adequadamente gerenciados, como dispõe a RES. 358/05 do CONAMA.

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