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OAB 1ª FASE 
DIREITO TRIBUTARIO 
JOSIANE MINARDI 
 
1 
Princípio da Isonomia 
 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios instituir tratamento 
desigual entre contribuintes que se encontrem 
em situação equivalente, 
proibida qualquer distinção em razão de 
ocupação profissional ou função por eles 
exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos 
ou direitos (art. 150, II da CF). 
Princípio da Irretroatividade 
 
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios cobrar tributos em 
relação a fatos geradores ocorridos antes do 
início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado. (art. 150, III, “a” da 
CF). 
A lei tributária NÃO pode retroagir, salvo em 
três situações: 
 
Princípio da Anterioridade 
 
O tributo que for instituído ou majorado nesse 
exercício financeiro, (coincide com o ano civil, 
inicia no dia 1º de janeiro e se encerra no dia 
31 de dezembro), 
somente poderá ser exigido no próximo 
exercício e desde que tenham transcorridos 90 
dias da data da publicação da lei que houver 
instituído ou majorado o tributo. (art. 150, III, 
“b” e “c” da CF). 
Nem todos os tributos precisam respeitar o 
princípio da anterioridade, temos várias 
exceções a esse princípio. As exceções 
encontram-se nos arts. 150, § 1º, 155, § 4º, IV, 
“c” e 177, § 4º, I, “b” e 195,§ 6º da CF. 
a) Temos tributos que não precisam aguardar 
o próximo exercício e nem 90 dias, ou seja, o 
tributo pode ser cobrado: IMEDIATAMENTE!!!! 
São eles: 
- Imposto extraordinário guerra (IEG) 
 
- empréstimo Compulsório Guerra ou 
Calamidade Pública, 
 
- Imposto sobre importação (II), 
 
- Imposto sobre exportação (IE) 
- Imposto sobre operações financeiras (IOF) 
b) Existem tributos que não precisam aguardar 
o próximo exercício MAS precisam aguardar 
90 dias, para poder ser exigido, são: 
- IPI 
- casos de redução e restabelecimento das 
Alíquotas da CIDE Combustível e do ICMS 
Combustível (155, § 4º, IV, “c” e 177, § 4º, I, “b” 
da CF. 
Contribuição Social (195,§ 6º da CF) 
Existem tributos que devem respeitar o 
Princípio da Anterioridade (do Exercício), mas 
não precisam respeitar 90 dias, são: 
-IR 
- alteração de Base de cálculo do IPTU e do 
IPVA 
Princípio do não-confisco 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO TRIBUTARIO 
JOSIANE MINARDI 
 
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O tributo não pode inviabilizar o direito de 
propriedade. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
(...) 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
O STF tem frequentemente demonstrado 
avesso às multas com caráter confiscatório. 
Princípio da Capacidade Contributiva 
 
O princípio da capacidade contributiva é 
princípio basilar do Direito Tributário e está 
preceituado no art. 145, §1º da Constituição 
Federal: 
Art. 145 - (...) 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão 
caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a 
esses objetivos, 
identificar, respeitados os direitos individuais e 
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos 
e as atividades econômicas do contribuinte 
Princípio da Liberdade de Tráfego 
 
O princípio da liberdade de tráfego está 
previsto no art. 150, V da CF e veda os Entes 
Federativos instituírem tributos interestaduais 
ou intermunicipais que visam estabelecer 
limitações ao tráfego de pessoas ou bens, 
ressalvadas, 
contudo, a exigência do pagamento de 
pedágio pela utilização das vias conservadas 
pelo Poder Público. 
Princípio da uniformidade Geográfica 
 
O princípio da uniformidade geográfica veda a 
União “instituir tributo que não seja uniforme 
em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a Estado, 
ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, 
admitida a concessão de incentivos fiscais 
destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento sócio-econômico entre as 
diferentes regiões do País”. (art. 151, I da CF). 
Princípio da proibição das isenções 
heterônomas 
 
A União não pode conceder isenção para 
tributos que não estejam em sua competência 
tributária. Conforme dispõe o inciso III do artigo 
151 da CF: 
Art. 151. É vedado à União: 
(...) 
III – instituir isenções de tributos da 
competência dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios. 
A União não pode conceder isenções de 
tributos estaduais ou municipais, sob pena de 
violar o princípio do pacto federativo. 
Assim, só pode oferecer isenção de 
determinado tributo o Ente Federativo que tem 
competência para a sua instituição. 
Quando um Ente Federativo diferente daquele 
que detém a competência para instituir o 
tributo concede a isenção, tem-se a isenção 
heterônoma. 
 
 
 
 
 
 
 
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A imunidade tributária é, em resumo, quando a 
CONSTITUIÇÃO veda a criação e a cobrança 
de tributos sobre determinadas situações ou 
sobre determinados sujeitos. 
Principais diferenças entre imunidade e 
isenção: 
 
IMUNIDADES GENÉRICAS 
As imunidades genéricas estão previstas no 
art. 150, VI da CF e referem-se apenas aos 
Impostos. As pessoas e situações previstas no 
artigo 150, VI da CF não devem pagar apenas 
os impostos, devendo pagar as demais 
espécies tributárias, 
como as taxas, contribuição de melhoria, 
contribuições e empréstimo compulsório. Por 
isso, é possível afirmar que quem tem 
imunidade genérica tem SORTE na vida, sorte 
de NÃO pagar IMPOSTO!! 
IMUNIDADES RECÍPROCAS 
 
A imunidade tributária recíproca, prevista no 
art. 150, VI, “a” da CF, consequência do 
modelo Federal de Estado, cujas bases 
repousam na necessária igualdade política-
jurídica entre as unidades que compõe O 
Estado Federal, veda a União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios 
instituírem impostos sobre o patrimônio, renda 
e serviços um dos outros. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos 
outros; 
De acordo com o § 2º, § 3º do art. 150 da CF a 
imunidade recíproca é extensiva às 
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
desde que cumpram 4 requisitos: 
 
O Supremo Tribunal Federal tem entendido 
que algumas empresas públicas, bem como 
algumas sociedades de economia mista são 
merecedoras da regra imunizante, quando 
prestam serviço público de caráter obrigatório 
e de forma exclusiva.

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