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Alfredo Scheid Lopes Uma da ferramentas mais importantes a serem utilizadas, como base para a avali- ação da fertilidade do solo e recomenda- ção de doses adequadas de corretivos e fertilizantes para as lavouras, é a análise de solos. Dotado de uma ampla rede de laboratórios plenamente qualificados para a execução dessas análises nas mais di- ferentes regiões, o Brasil é um dos países do mundo mais avançados no diagnóstico do grau de fertilidade do solo. Para que a análise de solos realmente represente de maneira adequada a gleba a ser amostrada e que possa servir de ba- se para a definição da calagem e aduba- ção corretas, um dos pontos cruciais é que essas amostras sejam representati- vas e coletadas seguindo orientações da pesquisa. De nada adiantam a disponibili- dade de sofisticados laboratórios, o esfor- ço da pesquisa na calibração dos resulta- dos das análises de solos, o estabeleci- mento de sua relação com a fertilidade do solo e a possível resposta à adubação das mais diferentes culturas, se o processo de amostragem for malfeito. Nesse sentido, é importante que o técnico que orienta o agricultor e principalmente a pessoa en- carregada da coleta das amostras no campo estejam familiarizados com os pro- cedimentos associados a uma coleta ade- quada e representativa. Existem várias publicações que orien- tam o técnico ou agricultor sobre como proceder a uma adequada coleta de amostras de solo para avaliação da fertili- dade. Uma das mais completas e objeti- vas está contida no Manual de Adubação e de Calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, publica- do pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - Núcleo Regional Sul, em 2004, que, com pequenas alterações, constitui a base para este texto. ASPECTOS PRINCIPAIS As diferentes culturas ou métodos de plantio exigem formas de coleta diferenci- adas, mas muitos dos fundamentos para uma coleta adequada são aplicáveis a quase todas as situações de cultivo. A se- guir, são listados os principais pontos a se- rem considerados na etapa de amostra- gem do solo. Época da amostragem - Em geral, a amostragem pode ser feita em qualquer época do ano. Entretanto, como os labo- ratórios levam de duas a três semanas pa- ra preparar a amostra, realizar a análise e enviar os resultados, o ideal é que a amostragem seja feita pelo menos de dois a três meses antes do plantio das culturas anuais e do máximo crescimento vegetati- vo das pastagens já formadas. Para cultu- ras perenes, a melhor época de amostra- gem é após a colheita. Tipos de amostradores de solo - Existem vários tipos de amostradores de solo que podem ser utilizados para execu- tar essa tarefa (figura 1). Entretanto, a operação eficiente desses amostradores é muito dependente das condições locais de amostragem, sendo as mais importan- tes o grau de compactação, o tipo de solo (por exemplo, se arenoso ou argiloso) e o teor de água do solo. ANÁLISE DO SOLO DBO Agrotecnologia6 Coleta de amostras também tem os seus segredos Avaliar adequadamente a fertilidade da terra antes do plantio é o primeiro passo para garantir boa produção e lucros ao agricultor DBO Agrotecnologia 7 Subdivisão da propriedade em glebas homogêneas - Antes de proceder à coleta de amostra, o agricultor deve subdividir a propriedade em glebas homogêneas, cuja separação pode ser feita em função da tex- tura do solo (arenosa, média ou argilosa), topografia (solos de morro, encosta ou bai- xada), vegetação, cor, tipo de cultura, pro- dutividade da lavoura, tipo de rotação, cala- gem e adubação anteriores e histórico de uso, dentre outros, ou da combinação de todos esses fatores. Um exemplo dessa subdivisão é mostrado na figura 2. Mesmo em áreas de grandes proprieda- des rurais, como as das chapadas da re- gião dos cerrados, com solos relativamen- te planos e semelhantes, essa subdivisão é de fundamental importância no proces- so de diagnose da fertilidade do solo. Nes- se caso, os principais fatores a serem con- siderados passam a ser principalmente a produtividade das glebas e o histórico de calagem, adubação e manejo do solo. Em culturas perenes, levar em conta, tam- bém, a variedade e a idade das plantas. NÚMERO DE SUBAMOSTRAS Mesmo que se considere a subdivisão da propriedade em glebas homogêneas não se deve esquecer, ainda, que, dentro de cada gleba, persiste grande variabilida- de nos atributos necessários para uma adequada avaliação da fertilidade do solo. Assim, para se obter uma amostra com- posta que represente uma gleba, são ne- cessárias, segundo estudos estatísticos, de 10 a 20 suba- mostras ou amos- tras simples (15 em média), as quais, sempre que possí- vel, devem ser cole- tadas caminhando em ziguezigue para cobrir toda a gleba homogênea. Camada de solo a ser amostrada - Para a maioria dos casos, a camada do solo de 0 a 20 cm é a que deve ser coletada. Entretanto, para lavouras sob plantio direto consolidado, o ideal é amostrar a camada de 0 a 10 cm. Para al- gumas situações (culturas perenes, es- sências florestais e esporadicamente em outros casos), deve-se também coletar amostras representativas na camada de 20 a 40 cm, para avaliar a acidez do sub- solo, bem como os teores de cálcio, enxo- fre e potássio disponíveis. A tabela 1 apresenta um resumo a res- peito da camada a ser amostrada para os diferentes tipos de cultura, sistema de cul- tivo, assim como os tipos de amostrado- res de solo adequados. (1) Coletar de 10 a 20 subamostras ou amostras simples por gleba uniforme con- forme a lavoura. (2) A amostragem de 0 a 20 cm, com separação das frações de 0 a 10 e 10 a 20 cm constitui importante sub- sídio para fins de monitoramento, especi- almente em lavouras implantadas sem a correção da fertilidade do solo. (3) Proce- dimento alternativo ao da pá-de-corte. Procedimentos para coleta e análise do solo - Para culturas anuais (convenci- onal), forrageiras (campo natural e con- vencional), hortali- ças, raízes e tubér- culos e plantio de culturas perenes e essências flores- tais, remover da superfície a vege- tação, folhas, ra- mos, pedras, detri- tos e restos de culturas; proceder à amos- tragem na profundidade desejada (0 a 20 cm), conforme a tabela 1, utilizando-se um dos amostradores mostrados na figura 1; colocar o volume da subamostra num bal- de de 20 litros e repetir a operação de amostragem de 10 a 20 vezes na gleba considerada uniforme; ao final da coleta dispor todo o conteúdo do balde em uma lona plástica limpa, misturar bem para for- mar a amostra composta, da qual deverão ser retirados 500 g para envio ao laborató- rio, devidamente etiquetada e acompa- nhada de um relatório de informações per- tinentes à gleba. Caso sejam coletadas também subamostras referentes à cama- da de 20 a 40 cm, após a coleta da cama- da de 0 a 20cm, essas devem ser coloca- das em outro balde, misturadas ao final para formar a amostra composta, que também deverá ser enviada (500 g) para o laboratório, etiquetada e acompanhada de um relatório de informações pertinen- tes à gleba. Para culturas perenes e essências florestais - em formação ou produção, o local de coleta das subamostras deve ser na projeção da copa (área onde o adubo é aplicado). No sistema de plantio direto - as la- vouras, em função da sua variabilidade, decorrente das adubações na linha e da ausência de revolvimento do solo, exigem cuidados especiais tanto em relação ao ti- po de amostrador a ser utilizado quanto em relação ao procedimento de coleta. A pá-de-corte é o amostrador mais adequa- do para a amostragem do solo nesse sis- tema. Embora o trado de rosca seja o amostrador de mais fácil utilização para a coleta de amostras de solo, esse equipa- mento exigiria, em função da variabilidade já comentada, a necessidade de retirada de um grande número de subamostras (50 a 200), dependendodo espaçamento entre as linhas da cultura. Além disso, es- pecialmente em solos secos, ocorre a per- da da camada superficial (1 a 2 cm), que apresenta teores mais altos de matéria or- gânica e de nutrientes. Essas perdas po- dem ser de até 30% do teor de nutrientes, o que levaria a erros na recomendação de ANÁLISE DO SOLO CADA CULTURA, ASSIM COMO O MÉTODO DE CULTIVO, EXIGE UM PROCEDIMENTO DIFERENTE. Culturas Sistema Camada Amostradores de cultivo do solo (cm) (3) de solo Convencional 0 - 20 Plantio direto em implantação 0 - 20 Todos Culturas anuais (grãos) Plantio direto consolidado (2) 0 - 10 Pá-de-corte ou trado e outras culturas comerciais calador no sentido transversal às linhas (3) Campo natural 0 - 20 Todos Forrageiras Convencional 0 - 20 Todos Plantio direto (2) 0 - 10 Todos Hortaliças, raízes e tubérculos Convencional 0 - 20 Todos Culturas perenes e Plantio convencional 0 - 20 20 - 40 Todos essências florestais 0 - 20 20 - 40 Todos Profundidades de camadas, sistema de cultivo e amostradores(1) DBO Agrotecnologia8 adubação. O mesmo se aplica para o tra- do holandês. Em lavouras adubadas em linha - de- ve-se localizar na lavoura as linhas de adubação (linhas de plantas); remover da superfície a vegetação, folhas, ramos pe- dras, detritos e restos de culturas, cavar com a pá de corte uma pequena trinchei- ra (cova), conforme ilustrado na figura 3, com a largura correspondente ao espaça- mento entre linhas do último cultivo, ten- do-se o cuidado de que a linha em que foi aplicado o adubo esteja localizada na par- te mediana dessa cova; cortar com a pá uma fatia de 3 a 5 cm de espessura em to- da a parede da cova, na camada deseja- da (tabela 1); espalhar o material coletado sobre uma lona plástica limpa e homoge- neizar o melhor possível (umedecer um pouco se o solo apresentar muitos torrõ- es) e retirar uma porção do solo (cerca de 300 g), colocando em um balde de 20 li- tros; repetir o mesmo procedimento em aproximadamente 15 pontos na gleba ho- mogênea a amostrar; ao final, espalhar o material coletado em aproximadamente 15 pontos sobre uma lona plástica limpa e homogeneizar o melhor possível; retirar 500 g para envio ao laboratório, como amostra etiquetada e acompanhada de um relatório de informações pertinentes à gleba. Como procedimento alternativo para la- vouras adubadas em linha, a coleta com a pá-de-corte é bastante trabalhosa, princi- palmente em culturas com maior espaça- mento entrelinhas, como, por exemplo, o milho, devendo ser manuseado um gran- de volume de solo. Em vista disso, são apresentados dois procedimentos que uti- lizam o trado calador ou o trado caneca para coleta de amostras de solo. No procedimento chamado de coleta transversal à linha de adubação (figura 3), cada subamostra é composta por um ponto sobre a linha de adubação e vários pontos situados lateral e transversalmen- te às linhas de adubação, em número va- riável, de acordo com a distância das entrelinhas. Para culturas de pequeno espaça- mento (15 a 20 cm) de entrelinhas (por exemplo, trigo, ce- vada, aveia etc.), coletar um ponto na linha de adubação mais um ponto de cada lado, totalizando- se três pontos de coleta para cada suba- mostra. Para culturas de espaçamento médio (40 a 50 cm) de entrelinhas (por exemplo, soja), coletar um ponto na linha de aduba- ção mais três pontos de cada lado, totali- zando sete pontos de coleta para cada su- bamostra. Para culturas com espaçamento maior (60 a 80 cm) de entrelinhas (por exemplo, milho), coletar um ponto na linha de adu- bação mais seis pontos de cada lado, to- talizando 13 pontos de coleta para cada subamostra. O número de locais necessários para formar a amostra composta de cada gleba uniforme varia de 10 a 20 (15 em média). Os amostradores mais adequados para esse tipo de coleta são o trado calador, o trado caneca e o trado de rosca acoplado a uma furadeira movida à bateria com um dispositivo que evite a perda da camada superficial do solo. Coleta nas entrelinhas de adubação - Nesse procedimento, as subamostras são coletadas nas entrelinhas de adubação da cultura anterior ou da cultura em desen- volvimento. Com isso, a variabilidade dos atributos indicativos da fertilidade do solo é menor, podendo-se proceder à retirada de 10 a 20 subamostras por gleba homo- gênea. Deve-se, nesse caso, utilizar amostradores que não percam a camada superficial (1 a 2 cm) do solo. Esse procedimento é menos trabalho- so, mas, por não considerar o efeito da úl- tima adubação, pode subestimar os teo- res dos nutrientes no solo e superestimar a adubação, principalmente das faixas dos teores ”muito baixo” e “baixo”. Para os teores no solo nas faixas “altoîe ìmuito al- to”, isso provavelmente não implicará adu- bações maiores do que as adequadas ao desenvolvimento das culturas. Em lavouras adubadas a lanço, remo- ver da superfície a vegetação, folhas, ra- mos pedras, detritos e restos de culturas; coletar com a pá- de-corte, retirando- se, na cova em for- ma de cunha, uma fatia central de 3 a 5 cm de espessura e 7 a 10 cm de largu- ra na camada dese- jada (ver tabela 1); o trado caneca e o trado fatiador também podem ser usados; colocar a amostra em um balde de aproximadamente 20 litros; repetir o mesmo procedimento em aproxi- madamente 15 pontos na área homogê- nea a amostrar; ao final, espalhar o mate- rial coletado em aproximadamente 15 pon- tos sobre uma lona plástica limpa e homo- geneizar o melhor possível; retirar 500 g para envio ao laboratório, como amostra etiquetada e acompanhada de um relatório de informações pertinentes à gleba. Na agricultura de precisão - o número de amostras coletadas para análise nesse sistema é muito maior do que na amostra- gem feita tradicionalmente. Após a análise do solo, os dados são tabulados e transfe- ridos para softwares apropriados para o estudo da variabilidade espacial do grau de fertilidade do solo, por meio de uso de dados geo-referenciados. Esses apresen- PARA LAVOURA PERENE A MELHOR ÉPOCA PARA A ANÁLISE É LOGO DEPOIS DA COLHEITA ANÁLISE DO SOLO DBO Agrotecnologia 9 tam diversas opções de interpolação de dados para a geração de mapas de co- lheita e de avaliação da fertilidade do solo, usualmente um mapa para cada nutriente ou indicador de fertilidade. Também po- dem ser gerados mapas de recomenda- ções de adubação para os sistemas de distribuição de corretivos e fertilizantes a taxa variável. A delimitação da área a ser amostrada é efetuada percorrendo-a, coletando-se as amostras nas coordenadas geográfi- cas, em determinados intervalos de tem- po. A identificação dos pontos de referên- cia, como estradas, postes, matas, cursos d'água, benfeitorias etc., facilita a interpre- tação do mapa. Existem dois procedimentos básicos para a amostragem de solo quando se uti- lizam os conceitos de agricultura de preci- são: a amostragem sistemática em grades e a amostragem dirigida. Ambos utilizam os mesmos princípios, que são válidos pa- ra diferentes situações. A amostragem sistemática em grades é efetuada na forma de grade e, em geral, é mais aplicada no caso em que o uso e o manejo prévio da área tenham afetado de forma significativa o nível de nutrientes. Is- so pode ocorrer, por exemplo, quando la- vouras pequenas com históricos diferentes dão origem a uma única lavoura, ou quan- do se deseja elaborar um mapa detalhado da variabilidade da fertilidade da área. Nesse caso, deve-se proceder da seguin- te forma: com base num mapa geo-refe- renciado da área, fazer uma subdivisão em glebas menores, denominadas células ou subáreas que podem variar desde um a vários hectares; localizar os pontos de amostragem no centro de cada célula (fi- gura 4a) ou nas interseções (nós) da gra- de (figura 4b) ou ainda de forma aleatória dentro das células; para cada amostra,co- letar de 5 a 8 subamostras à profundidade desejada (ver tabe- la 1) e colocar em um balde de aproxi- madamente 20 li- tros. Essa coleta deve ser feita num raio máximo de 3 metros ao redor do ponto geo-referenciado (centro ou nó da grade), para reduzir o efeito da micro e me- so-variabilidade resultantes da aplicação de fertilizantes (grânulo ou linha de seme- adura) e aumentar o volume de solo amos- trado; espalhar o material coletado sobre uma lona plástica limpa e homogeneizar o melhor possível; retirar 500 g para envio ao laboratório, como amostra etiquetada e de- vidamente geo-referenciada. Os critérios para o estabelecimento do tamanho das grades dependem de vários fatores e ainda não foram estabelecidos na maioria dos estados no Brasil. O tamanho da grade diminui com o aumento da varia- bilidade espacial dos parâmetros indicati- vos da fertilidade do solo. No entanto, gra- des pequenas requerem um número ele- vado de amostras de solo e, conseqüente- mente, maior investimento. Nos Estados Unidos têm sido utilizadas grades de 1 a 5 hectares, variando, porém com a precisão desejada, o tamanho da lavoura e os cus- tos de amostragem e de análise do solo. A amostragem dirigida é indicada quan- do houver um conhecimento prévio da existência de áreas da lavoura em que o rendimento pode estar sendo limitado. Nesse caso, mapas de produtividade, imagens por sensoriamento remoto e ou- tras informações espaciais disponíveis de- vem ser utilizados. Com o mapa geo-refe- renciado e após a análise das informaçõ- es disponíveis, incluindo a experiência do interessado (técnico ou agricultor), dividir a lavoura em diferentes áreas de manejo. Em geral, a divisão da lavoura em 4 a 6 áreas tem-se mostrado adequada aos ob- jetivos da agricultura de precisão, proce- dendo-se à amostragem dentro de cada área de manejo. MANUSEIO DAS AMOSTRAS Contaminações podem ocorrer tanto durante a coleta das subamostras como durante o preparo e manuseio da amostra para envio ao laboratório. Alguns cuidados nesse sentido são como segue: Para amostras nas quais se pretende analisar micronutri- entes, usar amos- tradores de aço e evitar baldes de metal galvanizado; Evitar a coleta em pontos próxi- mos a formiguei- ros, casas, estradas, currais, estrume, depósitos de calcário e adubo ou man- chas de solo; Se ao final da coleta a amostra compos- ta estiver úmida deixar secar à sombra an- tes da remessa ao laboratório; Para a remessa da amostra composta ao laboratório, utilizar saco de plástico lim- po ou caixas de papelão apropriadas. USO DE CORRETIVOS E FERTILIZANTES É MEIO DE POTENCIALIZAR A PRODUÇÃO DAS CULTURAS ANÁLISE DO SOLO DBO Agrotecnologia10 Por fim, a amostragem de solo é uma etapa importante de qualquer progra- ma de monitoramento e manejo da fer- tilidade do solo. Se a coleta de solo não for realizada de acordo com os cuida- dos técnicos necessários, todas as ou- tras etapas do processo de calagem e adubação do solo ficam comprometi- das. Em tempos onde são crescentes os custos de produção, incluindo o da adubação, e menores os preços dos produtos colhidos, torna-se necessário uma correta definição de doses de cor- retivos e fertilizantes para as lavouras. A amostragem correta do solo é a eta- pa inicial de um bom programa de ma- nejo da fertilidade do solo, uma vez que o uso de corretivos e fertilizantes potencializa a produtividade das cultu- ras, protege o ambiente e aumenta a renda do agricultor. ANÁLISE DO SOLO O autor é agrônomo, professor emérito da Universidade Federal de Lavras, MG, e consultor técnico da Associação Nacional para Difusão de Adubos.
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