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slides polo cloroquimico

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PÓLO CLOROQUÍMICO DE ALAGOAS
O Pólo de alagoas foi fruto de uma política para promoção do desenvolvimento econômico e regional, tendo como característica a implantação de pólos de desenvolvimento.
 
 Originado da SALGEMA Indústrias Químicas S/A. Aprovado em janeiro de 1967, o projeto, apresentado pela PETROQUISA, previa a construção de uma indústria de cloro/soda, por meio do aproveitamento de uma extensa mina de sal-gema, situada sob a cidade de Maceió.
O QUE FOI ?
A fim de que o cloro fosse aproveitado, considerou-se a possibilidade de transformação de produtos clorados. Foi então, iniciado a criação de um Complexo Químico Integrado, que teria a SALGEMA como a empresa fornecedora dos produtos básicos. Tal idéia combinou com os objetivos de descentralização industrial e substituição de importação propostas no II PND. 
OBJETIVO:
O II PND tinha como principio básico a integração e complementaridade da indústria química nacional.
 Alagoas se insere no eixo petroquímico do Nordeste devido a sua abundância de matérias-primas: a cana-de-açúcar, o sal-gema e o gás natural. 
O III PND (1979-1984) reenfatizou a necessidade de criar pólos de desenvolvimento para que o objetivo de descentralização industrial fosse atingido. 
A SALGEMA esta localizada no Pontal da Barra, sua localização foi dada graças às facilidades portuárias, pois se encontra próximo ao porto do Jaraguá e o da SALGEMA, e também a proximidades das minas de sal-gema, sem falar na abundancia de água.
O PCA foi instalado no Tabuleiro de Marechal Deodoro . Além da proximidade com a indústria base – SALGEMA – contava com uma infraestrutura já existente. O sistema viário é composto por duas rodovias estaduais e uma federal, que são de fácil acesso ao PCA, facilitando o escoamento de produtos e o eventual recebimento de matérias-primas. 
LOCALIZAÇÃO
O PCA é composto por quatro empresas: a SALGEMA, a ALCLOR, a CPC e a CINAL. 
As empresas para se instalarem junto ao PCA contaram com incentivos fiscais e financeiros, tanto pelo lado federal quanto o estadual. 
Como:
A isenção do imposto de renda (IR), incidente sobre o lucro de exploração, por um prazo de 10 anos, sendo ate prorrogado por mais 5 anos; 
Redução de 50% do imposto sobre importação (II) e de 80% do imposto sobre produtos industrializados (IPI), 
Recursos do Fundo de Investimento do Nordeste (FINOR), que pode ser ate 50% do investimento total; 
Financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB);
Redução do imposto sobre circulação de mercadoria (ICM)-- sendo mais tarde substituído por (ICMS); 
Capital de giro a custo subsidiado, com recursos provenientes dos depósitos das empresas que gozam de redução do ICM; 
Com relação aos beneficiamentos estaduais: 
 O Nordeste brasileiro caracteriza-se pela presença de desemprego estrutural, e portanto quando são implementadas políticas de desenvolvimento regional a expectativa gerada é de redução da taxa de desemprego. 
O que se verificou nas experiências de desenvolvimento, através da implantação das indústrias, é que estas são, em sua maioria, intensivas em capital, em conseqüência dos padrões de competitividade e da gama de tecnologia disponíveis. Dessa forma, o tipo de industrialização implantada na região possui pouca capacidade de absorção de mão-de-obra.
Mão- de- obra empregada:
O SENAI e a Escola Técnica Federal de Alagoas são os grandes responsáveis pela qualificação dos técnicos. Pretende-se, assim, que a maior parte dos funcionários seja de origem local, fazendo com que o PCA venha a contribuir para a melhoria da qualidade da força de trabalho alagoana. 
A exemplo, o curso de Engenharia Química, UFAL, foi criado em função da existência do PCA. 
ANO
TOTALDE EMPREGADOS
1978
524
1980
621
1981
593
1983
615
1984
646
1885
654
1986
658
1987
774
1989
819
Mão-de-obra permanente da SALGEMA
EMPRESA
SETOR
SALGEMA
CINAL
CPC
ALCLOR
TOTAL
ADMINISTRAÇÃO
353
72
116
75
616
PRODUÇÃO/
0PERAÇÃO
251
227
285
112
875
MANUTENÇÃO
193
145
138
69
545
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
22
-
-
02
24
TOTAL
819
444
539
258
2060
MÃO-DE-OBRA EMPREGADA NO PCA, POR SETORES E EMPRESAS( 1989)
EMPRESA
SETOR
SALGEMA
CINAL
CPA
ALCLOR
TOTAL
ALFABETIZAÇÃO
–
17
–
–
17
4°SÉRIE
–
08
10
02
20
1ºGRAU
24
19
38
31
112
2º GRAU
162
170
35
174
541
TÉCNICO
459
180
378
–
1.017
SUPÉRIOR
174
50
78
51
353
TOTAL
819
444
539
258
2.060
O NÍVEL DE INSTRUÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DIRETAMENTE EMPREGADA PELO PCA,POR EMPRESA(1989)
Portanto, tem-se que o PCA frustrou as expectativas daqueles que viam em sua implantação a redução dos níveis desemprego no Estado. Por outro lado, ele trouxe uma maior qualificação e treinamento para mão-de-obra local, ou seja, a sua contribuição não foi quantitativa, mas certamente qualitativa. E essas mão-de-obra qualificada podia se tornar uma atração para as novas indústrias, gerando economias externas. 
O compromisso da Braskem de contribuir para o desenvolvimento das comunidades em que está inserida vai além das questões econômicas, estendendo-se também aos aspectos socioambientais. Entre os projetos apoiados pela Companhia, figuram:
RELAÇÃO SOCIAL E AMBIENTAL
CINTURÃO VERDE
Cinturão Verde
Área de Preservação Ambiental (APP), criada em 1987, constitui uma reserva ecológica de 50 hectares localizada na restinga do bairro do Pontal da Barra, entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Mundaú, em Maceió (AL). O objetivo é o pleno desenvolvimento e a reprodução natural da fauna e flora locais, transformando a área em refúgio ecológico.
Programa de Educação Ambiental Lagoa Viva
Programa de Educação Ambiental Lagoa Viva
Iniciado em 2001, no bairro do Pontal da Barra, que abriga uma comunidade vizinha à Unidade Industrial de Cloro-Soda da Braskem, em Maceió (AL), o projeto ganhou motivação e formas alternativas para a geração de renda por meio do incentivo às práticas sustentáveis. Cursos de música, inglês, apicultura e pós-graduação, entre outros, proporcionam qualificação e diversificação de ocupações que acabam fomentando a mobilidade social da comunidade. 
A proposta na época era que uma vez instalada a espinha dorsal do setor plástico ao seu redor se desenvolvessem as empresas de transformação afins em função da matéria-prima fornecida pela indústria química.
POR QUE O PCA NÃO DEU CERTO ?
No entanto, durante os quase 30 anos que se seguiram à implantação da então SALGEMA, o Estado de Alagoas permaneceu como no século XVIII; dependente da monocultura da cana-de-açúcar, defendendo interesses oligárquicos. As chamadas indústrias de transformação afins nunca chegaram.
Estrategicamente, a SALGEMA passou a se dedicar a exportar a matéria-prima que um dia se sonhou ser transformada em bens de consumo no Estado, levando para além das fronteiras alagoanas os empregos que poderiam ser gerados aqui.
Seguindo orientação governamental, no sentido de reduzir a participação direta do Estado na economia, foi privatizada a SALGEMA( em 1981) , levando o nome de Trikem S/A, e hoje denominada Braskem S/A criada em 2002 e controlada pelos grupos Odebrecht-Mariani.
Dos fornecedores o nordeste participa com 80% e o sudeste com aproximadamente 20%. Ou seja, não existe uma dependência em relação a regiões mais desenvolvidas do Brasil.
Entretanto, um dos principais insumos- a energia elétrica- para a produção de cloro e soda, a base do PCA, é fornecida pela CHESF e não pela CEAL.
Porem há uma forte dependência em relação a outros estados.
Essa situação não é nada favorável ao PCA, pois a utilização de sua capacidade produtiva e sua dinâmica de crescimento tornam-se função de mercados extra regionais.
Pouca participação de empresários alagoanos no capital das empresas .
Apesar de não poder ser classificado como pólo, mais sim como um complexo industrial, o PCA não deixou de contribuir com a acumulação de capital. Ou seja, houve crescimento
econômico a partir de sua existência, entretanto questiona se houve um desenvolvimento. 
Conclusão:
 Avaliando que os complexos industrias demoram para consolidar e seus efeitos multiplicadores e as economias externas provenientes deles surgem lentamente. Claro que os índices poderiam ser bem maiores se tivesse tido políticas de implantação de indústria, se não tivesse tido problemas estruturais no estado. 
SE O PCA TIVESSE DADO CERTO, O QUE IRIA ACONTECER COM A ECONOMIA ALAGOANA?
Porem não vamos analisar o que poderia ter acontecido,mais o que pode ser feito.
Hoje, quase três décadas depois, o governo voltou a depositar na química as esperanças do desenvolvimento industrial do Estado.
Após atestar a viabilidade econômica de uma cadeia produtiva do plástico, com suporte da Braskem, o governo propôs a criação de um Arranjo Produtivo Local (APL) do setor químico e de plástico. O objetivo é formar toda a cadeia produtiva do plástico.

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