Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE DIREITO DISCIPLINA: SOCIOLOGIA GERAL E DO DIREITO PROFESSOR: JULIANA CRISTINA ROSA ALUNO: José Fabrício da Silva Nascimento “Resenha crítica: Capítulo IV O Direito como condicionante da vida social” Breve histórico sobre o autor: FELIPPE AUGUSTO DE MIRANDA ROSA, jurista e sociólogo foi durante cerca de trinta anos magistrado e professor universitário. Além de colaborar com numerosos artigos para publicações científicas, é autor de diversos livros, entre eles Patologia social; Poder, Direito e sociedade; Justiça e autoritarismo; Criminalidade e Violência Global; e co-autor de Direito e conflito social; Direito e mudança social e Jurisprudência e mudança social. Após a leitura deste capitulo pode-se compreender que o direito possui bases na sociedade e ao mesmo tempo não pode ser separado da mesma, porque essas duas coisas estão pelo âmago, ligadas. A sociologia jurídica busca compreender qual a dimensão dessa relação: Sociedade x Direito, buscando perceber de que forma a sociedade é condicionada pelo direito e em que circunstâncias e situações o direito é condicionado pela sociedade. “O fenônemo jurídico é, assim, reflexo da realidade social subjacente, mas também fator condicionante dessa realidade” (Rosa, 1984. pp 67). Na verdade para continuarmos no entendimento da proposta do autor é preciso ir mais à fundo do significado do termo “condicionante” nessa relação. Condicionar se entende por influir, intervir, fazer com que o meio social ou o Direito atuam numa determinada forma, já que entendemos que as normas jurídicas nos impõem determinados padrões de comportamento, da mesma forma podemos compreender a partir da leitura do autor que a realidade social e/ou tudo aquilo que acontece na sociedade acaba por estabelecer condicionantes para o Direito. A partir desse entendimento, o autor nos propicia compreender que, esta relação estando posta, a cultura, a ética, os costumes e etc, passam a ser positivados, deixando de estar no universo das práticas informais, deixando de ser características meramente sociais, passando a serem normas. Na medida em que esses caracteres passam a compor o ordenamento jurídico, podemos notar que a qualquer modificação que ocorra na sociedade há uma influencia direta ou indireta nas bases normativas. “É a norma jurídica o instrumento institucionalizado mais importante de controle social.” (Rosa, 1984. pp 69). Alem de ser condicionante e ser condicionado pela sociedade, o Direito possui outras funções: educativa, conservadora e transformadora. A função educativa pode até parecer obvia, mas nada mais é do que o fato da existência de normas jurídicas no meio social resultar no entendimento de quem está sujeito à elas, de que se deve obedecê-las, ou seja, educando os sujeitos destinatários da norma. Já a função conservadora é tal qual básica de se entender, que seria da normatização jurídica manter a regulação o controle e a proteção sociais. A norma jurídica representa a relação de poder entre as classes sociais. Por fim a função transformadora se refere ao meio social, ou seja, o Direito a partir dessa condição de ser condicionante e condicionado, tem a incumbência de modificar relações quando as mesmas são necessárias, à titulo de manter o controle social, mitigar possibilidades de conflitos dentre outras variantes que podem influenciar o equilíbrio entre Direito e Sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS No meu entendimento não teria tanta convicção de que essa relação de condicionante e condicionado que o Direito tem com a sociedade se dá de forma tão amena ou direta como o autor busca demonstrar, entendo sim que o Direito está sempre atrás de se moldar às constantes modificações da sociedade, então dessa forma não seria de forma igualitária a relação e talvez então que a sociedade é muito mais condicionante ao Direito do que o inverso. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA MIRANDA ROSA, F.A., Sociologia do Direito: O fenômeno jurídico como fato social. 8 edição. Rio de Janeiro: 1981
Compartilhar