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PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA Introdução Objetivos • Apresentar o panorama da prescrição farmacêutica em outros países; • Informar sobre a resolução do Conselho Federal de Farmácia que regulamenta a “Prescrição farmacêutica”; • Alertar para as responsabilidades inerentes à essa nova prática; • Mostrar alguns aspectos do complexo processo para se efetivar essa nova prática; • Trocar experiências. 2 Histórico Demanda por serviços, incorporação de tecnologias e desafios de sustentabilidade do financiamento da assistência à saúde Redefinição da divisão social do trabalho entre as profissões da saúde Fonte: Resol. CFF 586/13 - Preâmbulo 3 Histórico Com base nessa redefinição, foi estabelecida, entre outras, a autorização para que distintos profissionais possam selecionar, iniciar, adicionar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a terapia farmacológica NOVO modelo de prescrição como prática MULTIPROFISSIONAL Fonte: Resol. CFF 586/13 - Preâmbulo 4 Novo modelo de prescrição como prática multiprofissional 5 Específica para cada profissão, sendo efetivada de acordo com as necessidades de cuidado do paciente e com as responsabilidades e limites de atuação de cada profissional Favorece o acesso e aumenta o controle sobre os gastos, reduzindo os custos com a provisão de farmacoterapia racional e propiciando a obtenção de melhores resultados terapêuticos Tem celular ligado?!?! Coloque no modo SILENCIOSO! Ou... 6 O Panorama em outros países Estados Unidos da América • FDA entende ser importante ampliar o conceito de MIPs. Para verificar a viabilidade desta iniciativa → ampla consulta focada em discutir que tipos de provas seriam necessárias para demonstrar que determinados medicamentos podem ser usados com segurança nessa nova definição. 8 Estados Unidos da América • Alguns critérios que o FDA entende que podem ser estabelecidos para definir como categorizar os MIPs, garantindo o uso seguro e adequado: Antes de iniciar um tratamento medicamentoso, você pode ter que conversar com um farmacêutico ou realizar um teste diagnóstico; Em outros casos, você pode ter que visitar um médico para obter uma receita inicial, mas não seria necessária nova consulta para a receita do mesmo medicamento; 9 Estados Unidos da América • Alguns critérios que o FDA entende que podem ser estabelecidos para definir como categorizar os MIPs, garantindo o uso seguro e adequado: Alguns medicamentos poderiam estar em uma categoria mista, ou seja, ser um medicamento de prescrição em algumas condições e um MIP em outras condições, desde que garantisse a segurança ao paciente; Um cenário importante para melhorar o autocuidado é o envolvimento dos farmacêuticos para ajudar os consumidores a verificarem o seu diagnóstico, ou decidir se a medicação está certa. 10 Canadá • Categoriza os medicamentos em quatro listas: 1. Medicamentos de prescrição; 2. Medicamentos de dispensação farmacêutica → vendidos pelo farmacêutico e não necessitam de receita médica; devem ser mantidos em uma área da farmácia onde não haja acesso público e oportunidade para autosseleção; 3. Medicamentos de autosserviço → vendidos pelo farmacêutico e mantidos em uma área da farmácia onde haja acesso público e oportunidade para autosseleção. A farmácia deve estar licenciada para esse tipo de venda; 4. Medicamentos de prescrição farmacêutica → prescritos pelo farmacêutico, em conformidade com diretrizes previamente aprovadas. 11 Reino Unido • Os medicamentos podem estar disponíveis: – Sob prescrição (POM - Prescription Only Medicine). – Isento de Prescrição Médica, mas sob a supervisão do farmacêutico (P - Pharmacist). – Para venda geral (GSL – General Sales List) → vendido em lojas de varejo, sem a supervisão do farmacêutico. – Para essa classificação é necessário afirmar com segurança razoável que o medicamento pode ser fornecido sem a orientação de um farmacêutico. 12 Portugal • O medicamento – sujeito ou não à receita médica – não pode ser encarado como um bem de consumo qualquer e banalizá-lo representa riscos para a saúde pública, sendo necessário garantir a utilização racional, segura e efetiva. • Por esta razão, defende a elaboração de uma lista de medicamentos não sujeitos à receita médica (MNSRM), cuja dispensação seja exclusiva em farmácias comunitárias. 13 Posição da Ordem dos Farmacêuticos: Portugal • Esta posição é justificada pelo fato do conjunto de medicamentos disponíveis fora das farmácias, isto é, nos locais de venda de MNSRM, ter aumentado significativamente e, neste momento, incluir medicamentos de uso prolongado ou que contêm substâncias ativas que, por sua natureza, exigem aconselhamento e acompanhamento farmacêutico. 14 Posição da Ordem dos Farmacêuticos Classificação dos MIPs • Há que se salientar que existe um aspecto em comum entre esses outros países: – os MIPs estão subdivididos em diversas outras categorias, muitas das quais incluem a prescrição farmacêutica e aqueles que só podem ser dispensados sob a orientação farmacêutica. • Esta classificação dos MIPs é muito distinta da adotada no Brasil. 15 No Brasil • Ao contrário, cerceia o direito da população à assistência farmacêutica, direito este assegurado como parte integrante do direito à saúde, garantido pela Constituição Federal e reafirmado pela: – Lei Orgânica da Saúde, – Política Nacional de Medicamentos, e – Política Nacional de Assistência Farmacêutica. 16 O livre acesso aos MIPs através do autosserviço não contribui para a saúde pública No Brasil • Esta medida desestimula a população na busca de orientação profissional para aquisição de medicamentos que, embora isentos de prescrição, não devem ser isentos de orientação profissional. • É neste cenário que o papel do farmacêutico, enquanto profissional responsável pela orientação da utilização correta dos medicamentos, faz-se fundamental. 17 O livre acesso aos MIPs através do autosserviço Reflexões 18 Resolução CFF 586/2013 • Em 26 de setembro de 2013, o Conselho Federal de Farmácia publicou a Resolução nº 586, de 29 de agosto de 2013, que regulamenta a prescrição farmacêutica, e dá outras previdências. 19 Resolução CFF 586/2013 A resolução prevê dois tipos possíveis de prescrição farmacêutica: a) Medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica isentos de prescrição médica, no caso de doenças que não necessitam de diagnóstico prévio; b) Medicamentos tarjados, porém neste caso, existem alguns requisitos. 20Art. 5º e 6º da Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica Ato pelo qual o farmacêutico seleciona e DOCUMENTA terapias farmacológicas, não farmacológicas e outras intervenções relativas ao cuidado a saúde do paciente, visando a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde. 21 Art. 3º da Resolução CFF nº 586/13 Art. 2º da Resol. 586/13 CFF Art. 4º da Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica Poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde, desde que respeitado o princípio da confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento. Constitui prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado e registrado no CRF de sua jurisdição. 22 O QUE PODE PRESCREVER... Prescrição Farmacêutica 23 MIPs • Os MIPs, segundo o Ministério da Saúde, são “aqueles cuja dispensação não requerem autorização, ou seja, receitaexpedida por profissional”. • Sinonímia: – medicamentos de venda livre; – OTC (sigla inglesa de “over the counter”, cuja tradução literal é “sobre o balcão”) 24 MIPs O farmacêutico poderá prescrever medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo: – medicamentos industrializados e preparações magistrais alopáticas ou dinamizadas; – plantas medicinais; drogas vegetais; – outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. 25Art. 5º da Resol. 586/13 CFF O exercício deste ato deverá ser fundamentado em conhecimentos e habilidades clínicas que abranjam boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. O ato da prescrição de medicamentos dinamizados e de terapias relacionadas às práticas integrativas e complementares, deverá ser fundamentado em conhecimentos e habilidades relacionados a estas práticas. 26 MIPs § 1º e 2º do Art. 5º Resol. 586/13 CFF O livre acesso aos MIPs torna-os diretamente atrelados à AUTOMEDICAÇÃO, uma prática comum, devido à dificuldade de atendimento médico como por exemplo: demora na marcação de consultas médicas; atendimento precário em pronto-socorro; etc. 27 MIPs O QUE PODE PRESCREVER... MAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Prescrição Farmacêutica 28 Prescrição Farmacêutica O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e: 29 De medicamentos sob prescrição médica Art. 6º Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica – apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde; e –quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. 30 De medicamentos sob prescrição médica Art. 6º Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica • Para o exercício deste ato será exigido, pelo CRF o reconhecimento de título de especialista ou de especialista profissional farmacêutico na área clínica, com comprovação de formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. 31 De medicamentos sob prescrição médica § 1º do Art. 6º da Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica • Para a prescrição destes medicamentos, será exigido, pelo CRF, o reconhecimento de título de especialista em Homeopatia ou Antroposofia. 32 De medicamentos dinamizados § 2º do Art. 6º da Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica 33 De medicamentos sob prescrição médica • É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos do paciente, emitida por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de colaboração, sendo que, neste caso, a modificação, acompanhada da justificativa correspondente, deverá ser comunicada ao outro prescritor. § 1º do Art. 6º da Resol. 586/13 CFF ARGUMENTOS CONTRÁRIOS E FAVORÁVEIS Prescrição Farmacêutica - MIPs 34 Argumentos contrários Para esta mesma alegação, temos VÁRIAS explicações que servem como justificativas para a prescrição farmacêutica. Vamos a elas... 35 Alegação: a prescrição farmacêutica é antiética, pois o profissional irá prescrever e dispensar. Argumentos contrários • Explicação: o exercício profissional do farmacêutico NÃO corresponde a uma atividade comercial. A função essencial do farmacêutico é prestar serviços de caráter clínico-assistencial ao paciente e estes serviços devem ser fundamentados nas necessidades de saúde do paciente e no respeito à ética e na responsabilidade profissional. 36 Alegação: a prescrição farmacêutica é antiética... Argumentos contrários • Explicação: quando um paciente, voluntariamente, procura pelos serviços farmacêuticos com o intuito de ser auxiliado no tratamento de um problema de saúde autolimitado, p.ex., em que a prescrição de um medicamento de venda livre possa atender às suas expectativas, este ato não caracteriza conflito de interesses. • Por outro lado, qualquer atitude que leve o farmacêutico a ceder a pressões de ordem econômica constitui má conduta profissional passível das sanções disciplinares previstas no Código de Ética da profissão. 37 Alegação: a prescrição farmacêutica é antiética... Argumentos contrários • Explicação: atualmente os MIPs já podem ser indicados pelo farmacêutico (visto que são isentos de prescrição médica) e isso ocorre no dia a dia das farmácias e drogarias. • A diferença é que essa indicação ocorrerá de forma escrita e não somente verbal. Não é o fato de registrar o ato – isto é, de prescrever – que o tornará antiético. 38 Alegação: a prescrição farmacêutica é antiética... Argumentos contrários • Explicação: a documentação (prescrição) da recomendação do MIP trará mais segurança ao paciente e credibilidade ao trabalho do farmacêutico. • Isto trará: Aumento da credibilidade e Valorização profissional 39 Alegação: para que prescrever se é isento de prescrição? Argumentos contrários • Explicação: a prescrição dos MIPs não requer diagnóstico prévio, visto que os medicamentos serão utilizados para tratamento dos transtornos menores, conforme protocolos que veremos mais adiante. Pode- se utilizar como referência os algoritmos inseridos no Fascículo II do Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde. 40 Alegação: o farmacêutico não tem competência para fazer diagnóstico. Argumentos contrários Explicação: o farmacêutico é o profissional que mais entende de medicamento. Ele necessita desse conhecimento para atuar na dispensação e orientar adequadamente o paciente, para efetuar avaliação da prescrição médica (RDC nº44/09), realizar o acompanhamento farmacoterapêutico e não somente para prescrever. 41 Alegação: o farmacêutico não tem competência para fazer a indicação de medicamentos. O paciente adquire os MIPs por indicação de propagandas, amigos ou balconistas. Será que essas pessoas entendem mais de medicamentos do que o farmacêutico? Argumentos contrários Explicação: o CFF tem competência legal para regulamentar o âmbito da profissão e assim a prescrição farmacêutica, visto que o inciso “m” do art. 6º da Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, estabelece que cabe ao Conselho Federal de Farmácia “expedir resoluções, definindo ou modificando atribuições ou competência dos profissionais de Farmácia, conforme as necessidades futuras”. 42 Alegação: o CFF não tem competência para legislar sobre essa questão. Argumentos favoráveis Artigo 6º da Lei nº. 11.903, de 14 de janeiro de 2009, que dispõe sobre o rastreamento da produção e do consumo de medicamentos por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados, define as seguintes categorias de medicamentos: a) isentos de prescrição para a comercialização; b) de venda sob prescrição e retenção de receita, e c) de venda sob responsabilidade do farmacêutico, sem retenção de receita. 43 A possibilidade da prescrição por farmacêuticos está implícita em várias regulamentações. Exemplos: Argumentos favoráveis • RDC nº 44 da Anvisa, de 17 de agosto de 2009 – Art. 81, § 2º, alínea I, letra b indicação de medicamento isento de prescrição e a respectiva posologia, quando houver 44 A possibilidade da prescrição por farmacêuticos estáimplícita em várias regulamentações. Exemplos: Argumentos favoráveis • Item 5.17.2 da Resolução RDC nº 87 da Anvisa, de 21 de novembro de 2008 estabelece que a prescrição ou indicação, quando realizada pelo farmacêutico responsável, também deve obedecer aos critérios éticos e legais previstos. 45 A possibilidade da prescrição por farmacêuticos está implícita em várias regulamentações. Exemplos: Argumentos favoráveis • Responsabilidade compartilhada entre os profissionais de saúde pela qualidade de vida e bem estar do paciente; • Atuação na equipe multiprofissional em benefício do paciente; 46 Prescrição Farmacêutica Tarjados Argumentos favoráveis • Facilitar o acesso a medicamentos de uso contínuo por pacientes já diagnosticados e cuja doença esteja devidamente controlada pelo uso do medicamento; • Facilitar o acesso a medicamentos de uso emergencial. Ex: pílula do dia seguinte; • Obrigação legal do farmacêutico de avaliar a prescrição médica antes de efetuar a dispensação, conforme RDC Anvisa n° 44/2009 e Resolução CFF n° 357/2001. 47 Prescrição Farmacêutica Tarjados O PROCESSO DA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA MIPs e Sob Prescrição Médica 48 Prescrição Farmacêutica 49 O processo é constituído das seguintes etapas: Identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde Definição do objetivo terapêutico Seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base em sua segurança, eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado Incisos I, II e III do Art. 7º da Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica 50 No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que contribuam para a promoção da segurança do paciente, entre as quais se destacam: Basear suas ações nas melhores evidências científicas Tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente Considerar a existência de outras condições clínicas, o uso de outros medicamentos, os hábitos de vida e o contexto de cuidado no entorno do paciente Art. 8º e Incisos I, II e III da Resol. 586/13 CFF Modelo de Prescrição Farmacêutica 51 Observações: • Redação em vernáculo, por extenso, de modo legível; • Nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais; • Sem emendas ou rasuras. Art. 9º da Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica • SUS → necessariamente em conformidade com a DCB ou, em sua falta, com a DCI. • Âmbito privado → preferentemente em conformidade com a DCB ou, em sua falta, com a DCI. • É vedado ao farmacêutico prescrever sem a sua identificação ou a do paciente, de forma secreta, codificada, abreviada, ilegível ou assinar folhas de receituários em branco. 52Art. 10º, 11º e 12º da Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica 53 • Será garantido o sigilo dos dados e informações do paciente, obtidos em decorrência da prescrição farmacêutica, sendo vedada a sua utilização para qualquer finalidade que não seja de interesse sanitário ou de fiscalização do exercício profissional. Art. 13º da Resol. 586/13 CFF Prescrição Farmacêutica É vedado o uso da prescrição farmacêutica como meio de propaganda e publicidade de qualquer natureza. O farmacêutico manterá registro de todo o processo de prescrição na forma da lei. 54Art. 15º e 16º da Resol. 586/13 CFF ATRIBUIÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO 55 Resolução CFF nº 585/2013 • Em 26 de setembro de 2013, o Conselho Federal de Farmácia publicou a Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013, que regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico, e dá outras previdências. 56 Resolução CFF nº 585/2013 promoção, proteção e recuperação da saúde, além da prevenção de doenças e de outros problemas de saúde. proporcionar cuidado ao paciente, família e comunidade, de forma a promover o uso racional de medicamentos e otimizar a farmacoterapia, com o propósito de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida do paciente. 57 As atribuições clínicas do farmacêutico visam: Art. 2 e Parág. único da Resol. 585/13 CFF Atribuições Clínicas do Farmacêutico 58 O farmacêutico poderá solicitar exames somente para a finalidade de monitorização de resultados da farmacoterapia do paciente. É vedada a solicitação de exames com finalidade diagnóstico. A solicitação de exames por qualquer profissional da saúde, para serem pagos pelos planos de saúde, depende da vinculação e dos protocolos de trabalho que o profissional estabelecer com estes. Inciso XI do Art. 7º da Resol. 585/13 CFF Atribuições Clínicas do Farmacêutico 59 Prover as consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento. É possível a existência de consultório farmacêutico autônomo, porém são registrados e regulados pelos respectivos conselhos profissionais e órgão sanitário (municipal e estadual, conforme descentralização). Inciso VII do Art. 7º da Resol. 585/13 CFF Dúvidas Frequentes.... 60 Dúvidas Frequentes... 1) O farmacêutico que é RT na farmácia magistral poderá exercer duplicidade de atividade, ou seja, responsabilidade técnica e atribuição clínica dentro da farmácia? 61 Resposta • Sim, a atividade clínica poderá ser exercida em qualquer estabelecimento farmacêutico, pois constam descrita no âmbito do profissional, desde que o farmacêutico tenha condição para executar as duas atividades, pois tanto a atenção ao paciente, como a manipulação são atos privativos do farmacêutico. 62 Dúvidas Frequentes... 2) A Farmácia Magistral poderá manipular prescrições de farmacêuticos que atendam em drogarias, farmácias magistrais, ambulatórios, farmácias comunitárias, entre outros estabelecimentos farmacêuticos (autônomos inclusive)? 63 Resposta Sim, pois o ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde (artigo 4º da Resolução CFF nº 586/2013) e desde que a prescrição farmacêutica tenha todos os dados exigidos no artigo 9º da Resolução CFF 586/13. 64 Dúvidas Frequentes... 3) Ao realizar a prescrição farmacêutica, quais dados devo registrar? Os receituários poderão ser arquivados eletronicamente? Por quanto tempo devo manter estes registros? 65 Resposta De acordo com o artigo 9º da Resolução CFF nº 586/2013, a prescrição farmacêutica deverá ser redigida em vernáculo (português), por extenso, de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, sem emendas ou rasuras, devendo conter os seguintes componentes mínimos: I - identificação do estabelecimento farmacêutico ou do serviço de saúde ao qual o farmacêutico está vinculado; 66Continua... Continuação da resposta... II - nome completo e contato do paciente; III - descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as seguintes informações: a) nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização, forma farmacêutica e via de administração; b) dose, frequência de administração do medicamento e duração do tratamento; c) instruções adicionais, quando necessário. 67Continua... Continuação da resposta... IV - descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao cuidado do paciente, quando houver; V - nome completo do farmacêutico, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Farmácia; VI - local e data da prescrição. 68Continua... Continuação da resposta... Quanto ao arquivamento da documentação, a Resolução CFF nº586/2013, no artigo 7º, inciso VII, prevê como uma das etapas do processo de prescrição a documentação e no artigo 16 prevê que o farmacêutico deverá manter registro de todo o processo de prescrição na forma da lei, que no caso entendemos que pode ser aplicada a Resolução RDC 44/09, artigo 89: “Toda documentação deve ser mantida no estabelecimento por no mínimo 5 (cinco) anos.” 69 Dúvidas Frequentes... 4) Quanto ao trecho da Resolução CFF 585/13, “Prover consulta farmacêutica em consultório farmacêutico (...)”, este consultório poderia ser a sala de aplicação de injetáveis? 70 Resposta A consulta farmacêutica deve ser realizada em ambiente que demanda um atendimento individualizado e deve garantir a privacidade, confidencialidade para a coleta, avaliação, registro e arquivo das informações e o conforto do paciente. O artigo 15 da RDC 44/2009 da Anvisa estabelece os requisitos para o ambiente destinado aos serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. 71 Dúvidas Frequentes... 5) A consulta e a prescrição poderão ser cobradas? 72 Resposta A prescrição é um documento que pode ou não ser gerado durante a consulta. Não há proibição em legislação para a cobrança pela consulta, que é um serviço prestado e portanto, PODE ser cobrado, porém a prescrição, enquanto documento emitido, não deve ser cobrada. 73 Dúvidas Frequentes... 6) Com relação aos medicamentos homeopáticos dinamizados, os mesmos poderão ser prescritos e manipulados? 74 Resposta Sim, o farmacêutico poderá prescrever preparações magistrais homeopáticas dinamizadas isentas de prescrição médica e manipulá-las na própria farmácia. Essa prescrição deverá estar fundamentada em conhecimentos e habilidades relacionadas a estas práticas (artigo 5º, parágrafo 2º da Resolução CFF nº 586/2013). 75 Dúvidas Frequentes... 7) O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado a um diagnóstico prévio? 76 Resposta Sim, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. 77Continua... Resposta Porém, para o exercício deste ato, o CRF-SP exigirá o reconhecimento de título de especialista ou de especialista profissional farmacêutico na área clínica, com comprovação de formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica. E para a prescrição de medicamentos dinamizados também será exigido o reconhecimento de título de especialista em Homeopatia ou Antroposofia (artigo 6º, parágrafo 1º e 2º da Resolução CFF nº 586/2013). 78 Dúvidas Frequentes... 8) O farmacêutico que possui uma pós- graduação em Farmacologia e Toxicologia Clínica pode prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica? 79 Resposta A exigência de titulação está inserida no artigo 6º, parágrafo único da Resolução CFF 586/13. De acordo com o referido dispositivo legal, o farmacêutico deve possuir especialização na área clínica e durante o curso ter disciplinas de “conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica”. Tal comprovação ocorrerá mediante protocolo da documentação (certificado) junto ao CRF-SP para análise. 80 Dúvidas Frequentes... 9) Pode o farmacêutico sem especialização prescrever medicamentos isentos de prescrição? 81 Resposta • Sim, é permitido ao farmacêutico prescrever medicamentos, cuja dispensação não exija prescrição médica, como os medicamentos industrializados, as preparações magistrais (alopáticos e dinamizados), as plantas medicinais, as drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. 82Continua... Resposta Porém, o farmacêutico para o exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e habilidades clínicas que abranjam boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. E para a prescrição de medicamentos dinamizados e de terapias relacionadas às práticas integrativas e complementares, deverá estar fundamentado em conhecimentos e habilidades relacionados a estas práticas (artigo 5º, parágrafo 1º e 2º da Resolução CFF nº 586/2013). 83 Dúvidas Frequentes... 10) Gostaria de saber os requisitos para que o Conselho de Farmácia reconheça o meu título e me autorize a prescrever, porque já tenho os conhecimentos obtidos na graduação e na prática farmacêutica. 84 Resposta • A exigência de título de especialista é somente para o farmacêutico que deseja prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. 85Continua... Resposta Neste caso, para o exercício deste ato será exigido, pelo Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista ou de especialista profissional farmacêutico na área clínica, com comprovação de formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica (artigo 6º, parágrafos 1º e 2º da Resolução CFF nº 586/2013). 86 Dúvidas Frequentes... 11) Quais medicamentos a farmácia poderá manipular? Todos os fitoterápicos estão liberados? 87 Resposta De acordo com o artigo 5º da Resolução CFF nº 586/2013, o farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos, cuja dispensação não exija prescrição médica (MIP) incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. 88Continua... Resposta • Sendo assim, além de prescrever, o farmacêutico na farmácia, poderá manipular as preparações magistrais alopáticas, com base no Anexo da Resolução RDC n° 138/2003 que contém a lista de grupos e indicações terapêuticas especificadas que são de venda sem prescrição médica. Também poderá manipular os fitoterápicos de venda sem prescrição médica descritos no Anexo – Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado da IN n° 5/2008 e o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira RDC n° 60/2011 disponível para consulta no site da Anvisa. 89 Dúvidas Frequentes... 12) Como as farmácias de manipulação devem proceder com a prescrição farmacêutica de medicamentos manipulados (ordem de serviço e rotulagem)? 90 Resposta • A Resolução RDC 67/07 dispõe que a farmácia deve garantir que todos os produtos manipulados sejam rastreáveis, portanto, devem proceder normalmente como já ocorre com todas as formulações manipuladas, registrando a prescrição farmacêutica no Livro de Receituário, informatizado ou não, seguindo o número de ordem do livro e colocando onome do paciente, nome do prescritor farmacêutico e nº de registro no CRF-SP, descrição da formulação contendo todos os componentes e concentrações e a data do aviamento. 91Continua... Resposta E no rótulo deve colocar: nome do prescritor farmacêutico, nome do paciente; número de registro da formulação no Livro de Receituário; data da manipulação, prazo de validade, componentes da formulação com respectivas quantidades, número de unidades, peso ou volume contidos, posologia, identificação da farmácia, C.N.P.J, endereço completo, nome do farmacêutico responsável técnico com o respectivo número no Conselho Regional de Farmácia (Resolução RDC nº 67/07, item 8.3.2 e 12.1). 92 VOLTANDO AO QUE SE PODE PRESCREVER... Prescrição Farmacêutica 93 Prescrição Farmacêutica “Uma queixa de saúde com a qual, com ações simples, os pacientes podem lidar sozinhos. Ações simples, neste contexto incluem, o autocuidado que não envolve um médico, a procura de conselho em uma farmácia, pedir a conhecidos, tomar medicamentos OTC, ficar na cama, ou faltar ao trabalho usando uma justificativa própria.” 94 Transtornos Menores – uma definição Fonte: Noruega: Scandinavi an Journal of Primary Health Care. 2011; 29: 39-44 apud CORRER, C.J. em < http://pt.slideshare.net/CassyanoJCorrer/o-que-so-transtornos-menores> acessado em 13/12/3012 Prescrição Farmacêutica “enfermidade aguda de baixa gravidade, de breve período de latência, que desencadeia uma reação orgânica a qual tende a cursar sem dano para o paciente e que pode ser tratada de forma eficaz e segura com medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais ou com medidas não farmacológicas.” 95 Transtornos Menores = Problema de saúde autolimitado Fonte: Resolução CFF nº 585/2013 - Glossário Prescrição Farmacêutica Transtorno menor pode ser definido como um problema de saúde autolimitante e de cura espontânea. Apresenta sintomas há sete dias ou menos, não está relacionado com outra doença e não é causado por medicamento. 96 Transtornos Menores - resumo Fonte: Rinaldo Ferreira – Mesa Redonda 1º Cong. Bras. Far. Comunitária em < http://www.crfrs.org.br/crfrs/dados/prescricao.pdf > acessado em 13/12/2013 Prescrição Farmacêutica Problemas respiratórios (catarro, gripe, tosse, dor de garganta, rinite alérgica e outros sintomas); Problemas do trato gastrointestinal (úlceras bucais, azia, indigestão, náuseas e vômitos, obstipação, diarreia, hemorroidas) ; Enjoo por movimento e sua prevenção; Infecções cutâneas (eczema, dermatite, acne, pé de atleta, verrugas, sarna, erupções cutâneas na infância). 97 Exemplos de Transtornos Menores Dra. María José Martín Calero - Grupo de Investigación en Farmacoterapia y Atención Farmacéutica - Universidad de Sevilla, Espanha Prescrição Farmacêutica Problemas relacionados com a dor: cefaleias, odontalgias, otalgias, dores musculoesqueléticas; Afecções femininas: dismenorreia, cistite; Problemas oculares: olho seco, conjuntivite alérgica; Afecções infantis: dermatite da fralda, pediculose, verminoses, aftas. 98 Exemplos de Transtornos Menores Dra. María José Martín Calero - Grupo de Investigación en Farmacoterapia y Atención Farmacéutica - Universidad de Sevilla, Espanha Paciente de 34 anos que recorre a farmácia para tratar uma diarreia de 2 dias de evolução. Tem apresentado cinco evacuações líquidas sem exsudatos patológicos e sem febre. Refere dor abdominal leve. Protocolo de IF 99 Dra. María José Martín Calero - Grupo de Investigación en Farmacoterapia y Atención Farmacéutica - Universidad de Sevilla, Espanha Exemplo Paciente de 34 anos que recorre a farmácia para tratar uma diarreia de 2 dias de evolução. Tem apresentado cinco evacuações líquidas com sangue e muco. Apresenta febre e refere dor abdominal intensa. Encaminhamento ao médico Exemplo 100 Dra. María José Martín Calero - Grupo de Investigación en Farmacoterapia y Atención Farmacéutica - Universidad de Sevilla, Espanha Atribuições e competências do Farmacêutico na Prescrição Farmacêutica - Éverton Borges Farmacêutico Fiscal- Assessor de Relações Institucionais – CRF-RS Prescrição Farmacêutica A resolução RDC Anvisa nº 138, de 29 de maio de 2003, dispõe sobre os medicamentos de venda sem prescrição médica, legalmente identificados na Lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE). A dispensação dos medicamentos incluídos nesta lista NÃO requer a autorização do prescritor, ou seja, da receita emitida pelo médico ou odontólogo. 101 Prescrição Farmacêutica RDC Anvisa nº 138, de 29 de maio de 2003 102 GITE – Exemplos de Grupos e Indicações Terapêuticas RDC Anvisa Nº 26/2014 • Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. • Seu ANEXO I apresenta uma lista de espécies que não podem ser utilizadas na composição de produtos tradicionais fitoterápicos. RDC Anvisa nº 26, de 13 de maio de 2014 – Anexo I 103 Instrução Normativa n° 02/2014 • Publica a “Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado” e a “Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado” Instrução Normativa nº 02 de 13 de maio de 2014 104 ALGORITMO DE DECISÃO NOS TRANSTORNOS MENORES O processo de prescrição farmacêutica 105 Algoritmo – parte 1 106Fonte: http://www.farmaefarma.com.br/farma/arquivos/2007_08_15_10_42_449640.pdf Algoritmo – parte 2 107Fonte: http://www.farmaefarma.com.br/farma/arquivos/2007_08_15_10_42_449640.pdf Algoritmo – parte 3 final 108Fonte: http://www.farmaefarma.com.br/farma/arquivos/2007_08_15_10_42_449640.pdf http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/assistencia-farmaceutica/OTUKI- METODOCLINICOPARAATENCAOFARMACEUTICA.pdf Prescrição Farmacêutica 109 Anamnese • Cuidado!!! • Perguntas compostas, ou seja, duas ou mais perguntas feitas sem tempo de o paciente responder a cada uma delas; • Perguntas induzidas, que incluem uma possibilidade de resposta na pergunta, devem ser sistematicamente evitadas, a fim de manter a qualidade da entrevista. Só se acha o que se procura e só se procura o que se conhece... Só se acha o que se procura e só se procura o que se conhece... “ AUSÊNCIA DE EVIDÊNCIA nem sempre implica em EVIDÊNCIA DE AUSÊNCIA" Anamnese 110 Anamnese 111 Anamnese • Como o paciente refere o problema Queixa Principal • O que perguntar sobre o sintoma? História da doença atual • Focar em doenças ou medicamentos que podem causar o sintoma História médica pregressa 112 Anamnese • Destacar caso as situações clínicas tenham histórico na família História Familiar • Hábitos que podem ser a causa do sintoma História Social • Outros órgãos que podem ser afetados e que sinalizem casos de maior gravidade e complexidade Revisão por sistemas 113 Anamnese 1. O paciente NECESSITA de atendimento médico; 2. O paciente NÃO NECESSITA de atendimento médico. 114 Após a análise dos dados, o farmacêutico pode chegar a uma das conclusões: Uma das conclusões... Isso acontece se o paciente pertencer a um grupo de risco (gestantes, lactantes, recém-nascidos, crianças, idosos); Se o problema relatado não poder ser tratado pelo farmacêutico com a utilização de MIP; Se estiver ocorrendo reação adversa a outro medicamento que o paciente utiliza; Se os sintomas estiverem associados a outra doença. 115 O Paciente NECESSITA de atendimento médico Outra conclusão... • Uso de medidas não farmacológicas ou tratamento medicamentoso com MIP 116 O paciente NÃO NECESSITA de atendimento médico Da dispensação do MIP • Administração (como, quando, quanto) e modo de ação dos medicamentos; • Duração do tratamento; • Possíveis reações adversas, contraindicações e interações com outros medicamentos e/ou alimentos. 117 É essencial que o usuário receba as seguintes orientações CUIDADOS QUE DEVEM SER RESSALTADOS 118 Cuidados no ato de ESCREVER 119 I, II, III, IV, V ,125 mg 5,0 mg μg Colher de xxx 1/2 Tampinha 0,5 tampinha 1 medida 1, 2, 3, 4, 5 0,125 mg 5 mg mcg x ml 5 ml 5 ml x ml Maior risco Ideal Cuidados no ato de ESCREVER 120 Tomar conforme orientação Usar S/N VO Instilar 3 x dia 8 /8 h Cefaleia Mialgia MMII, MMSS, MID, MIE, MSE, MSD Pododáctilo, quirodáctilo, hálux Administrar sobre as escoriações Discriminar Usar se febre/ dor/ cólica Tomar por boca Pingar 3 x dia ≠ 8 em 8 horas 6, 14 e 22h - 8, 16 e 24h Dor de cabeça Dor muscular Pernas, perna esquerda, braço direito Dedos Aplicar no ferimento Expressões de risco Melhor MODELOS DE ALGORITMOS 121 FEBRE Algoritmo de Avaliação do Paciente 122 Algoritmo de avaliação do paciente Febre – parte 1/3 Encaminhar ao médico Encaminhar ao médico SIM NÃO SIM 1) A paciente está grávida ou amamentando? 2) Paciente tem menos de 6 meses de idade? Continua... NÃO Fonte: Adaptado de FINKEL, 2007 Algoritmo de avaliação do paciente Febre – parte 2/3 Encaminhar ao médico Encaminhar ao médico SIM NÃO SIM 3) A temperatura corporal do paciente excede 39,4°C? 4) A febre está presente por mais de três dias? Continua... NÃO Fonte: Adaptado de FINKEL, 2007 Algoritmo de avaliação do paciente Febre – parte 3/3 - FINAL Um antipirético apropriado à idade e corretamente dosado pode ser usado para deixar o paciente mais confortável. * Neste momento, escolher conforme orientações contidas no Fascículo de MIP Recomendar através de uma Prescrição! * Fonte: Adaptado de FINKEL, 2007 CEFALEIA Algoritmo de Avaliação do Paciente 126 Algoritmo de avaliação do paciente Cefaleia – parte 1/6 Encaminhar ao médico Encaminhar ao médico SIM NÃO SIM 1) A paciente está grávida ou amamentando? 2) Paciente tem menos de 7 anos de idade? Continua... NÃO Algoritmo de avaliação do paciente Cefaleia – parte 2/6 Encaminhar ao médico Encaminhar ao médico SIM NÃO SIM 3) O paciente identifica a dor de cabeça como enxaqueca (MIGRÂNEA)? 4) Esta é a primeira ou pior dor do paciente? Continua... NÃO Outras investigações... Algoritmo de avaliação do paciente Cefaleia – parte 3/6 Encaminhar ao médico Encaminhar ao médico SIM NÃO SIM 5) A cefaleia foi desencadeada por esforço ou exercício? É de início agudo? 6) O paciente apresenta o estado mental alterado de alguma forma? Continua... NÃO Algoritmo de avaliação do paciente Cefaleia – parte 4/6 Encaminhar ao médico Encaminhar ao médico SIM NÃO SIM 7) O paciente apresenta rigidez na nuca, sensibilidade à luz, náuseas ou vômitos? 8) O paciente apresenta cefaleia que gradualmente piora dos dias ou semanas? Continua... NÃO Algoritmo de avaliação do paciente Cefaleia – parte 5/6 Encaminhar ao médico Encaminhar ao médico SIM NÃO SIM 9) O paciente apresenta glaucoma associado com dor ao redor dos olhos? 10) A cefaleia está presente por um período superior a 10 dias? Continua... NÃO Algoritmo de avaliação do paciente Cefaleia – parte 6/6 - FINAL • Ácido acetilsalicílico • Dipirona • Cetoprofeno • Ibuprofeno • Naproxeno (base ou sódico) • Paracetamol * Neste momento, escolher conforme orientações contidas no Fascículo de MIP Recomendar através de uma Prescrição*! CASO CLÍNICO 133 Caso clínico • Uma jovem se apresenta à farmácia querendo um medicamento para uso nasal que melhore a coceira no nariz e a coriza. • O balconista a encaminha para atendimento farmacêutico que obtém a seguinte anamnese: – J.R.S. , mulher, 16 anos, apresenta prurido nasal intenso, espirros em salva, obstrução nasal e coriza hialina. Relata piora durante o período menstrual. Apresenta histórico familiar de alergias. 134 QUAL INTERVENÇÃO DEVERÁ SER REALIZADA? Caso clínico 135 AGRADEÇO A ATENÇÃO! secomas@crfsp.org.br 136
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