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Educação Ambiental

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Educação Ambiental
	         
	 
	Conceito
	 
	Estratégias de Ensino
	 
	Noções Básicas em Educação Ambiental Urbana
	 
	Atividades
	 
	Legislação
Conceito              ��
No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente a todos.
A população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem mais pontos de referência na atual sociedade moderna.
A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.
O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais.
Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.
Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.
É subdividida em formal e informal:
Formal é um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino; 
Informal se caracteriza por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.).
	Estratégias de Ensino para a Prática 
da Educação Ambiental 
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Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório, o metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país, o continente e o planeta.
A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e professor.
  
	Estratégia
	Ocasião para Uso
	Vantagens/Desvantagens
	Discussão em classe (grande grupo)
	Permite que os estudantes exponham suas opiniões oralmente a respeito de determinado problema. 
	Ajuda o estudante a compreender as questões; 
Desenvolve autoconfiança e expressão oral;
Podem ocorrer dificuldades nos alunos de discussão
	Discussão em grupo (pequenos grupos com supervisor-professor)
	Quando assuntos polêmicos são tratados. 
	Estímulo ao desenvolvimento de relações positivas entre alunos e professores 
	Mutirão de idéias (atividades que envolvam pequenos grupos, 5-10 estudantes para apresentar soluções possíveis para um dado problema, todas as sugestões são anotadas. Tempo limite de 10 a 15 min.)
	Deve usado como recurso para encorajar e estimular idéias voltadas à solução de um certo problema. O tempo deve ser utilizado para produzir as idéias e não para avaliá-las. 
	Estímulo à criatividade, liberdade; 
Dificuldades em evitar avaliações ou julgamentos prematuros e em obter idéias originais
	Trabalho em grupo: envolve a participação de grupos de 4-8 membros que se tornam responsáveis pela execução de uma tarefa
	Quando se necessita executar várias tarefas ao mesmo tempo. 
	Permite que os alunos se responsabilizem por uma tarefa por longos períodos (2 a 5 semanas) e exercitem a capacidade de organização; 
Deve ser monitorada de modo que o trabalho não envolva apenas alguns membros do grupo 
	Debate: requer a participação de dois grupos para apresentar idéias e argumentos de pontos de vista opostos 
	Quando assuntos controvertidos estão sendo discutidos e existam propostas diferentes de soluções. 
	Permite o desenvolvimento das habilidades de falar em público e ordenar a apresentação de fatos e idéias; 
Requer muito tempo de preparação
	Questionário: desenvolvimento de um conjunto de questões ordenadas a ser submetido a um determinado público
	Usado para obter informações e/ou amostragem de opinião das pessoas em relação à dada questão 
	Aplicado de forma adequada, produz excelentes resultados 
Demanda muito tempo e experiência para produzir um conjunto ordenado de questões que cubram as informações requeridas
	Reflexão: o oposto do mutirão de idéias. É fixado um tempo aos estudantes para que sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema específico
	Usado para encorajar o desenvolvimento de idéias em resposta a um problema. Tempo recomendado de 10 a 15 min. 
	Envolvimento de todos; 
Não pode ser avaliado diretamente
	Imitação: estimula os estudantes a produzir sua própria versão dos jornais, dos programas de rádio e Tv
	Os estudantes podem obter informações de sua escolha e levá-las para outros grupos. Dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado, podem ser distribuídos na escola, aos pais e à comunidade. 
	Forma efetiva de aprendizagem e ação social 
	Projetos: os alunos, supervisionados, planejam, executam, avaliam e redirecionam um projeto sobre um tema específico
	Realização de tarefas com objetivos a serem alcançados a longo prazo, com envolvimento da comunidade 
	As pessoas recebem e executam o próprio trabalho, assim como podem diagnosticar falhas nos mesmos 
	Exploração do ambiente local: prevê a utilização/exploração dos recursos locais próximos para estudos, observações, caminhadas etc.
	Compreensão do metabolismo local, ou seja, da interação complexa dos processos ambientais a sua volta 
	Agradabilidade na execução; 
Grande participação de pessoas envolvidas;
Vivência de situações concretas;
Requer planejamento minuncioso.
	
Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP
Noções Básicas em Educação Ambiental              ��
Sistemas de vida
A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra. O dever de reconhecer as similaridades globais, enquanto se interagem efetivamente com as especificidades locais, é resumido no seguinte lema: Pensar globalmente, agir localmente.
Há três níveis ou sistemas distintos de existência: 
Físico: planeta físico, atmosfera, hidrosfera (águas) e litosfera (rochas e solos), que seguem as leis da física e da química;
Biológico: a biosfera com todas as espécies da vida, que obedecem as leis da física, química, biologia e ecologia; 
Social: o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem, governos e economias, artes, religiões e culturas, que seguem leis da física, da química, da biologia, da ecologia e também leis criadas pelo homem. 
Ciclos
O material necessário para a vida (água, oxigênio, carbono, nitrogênio, etc.) passa através de ciclos biogeoquímicos que mantêm a sua pureza e a sua disponibilidade para os seres vivos. O ser humano está apenasn começando a planejar uma economia industrial complexa, moderna e de alta produtividade que asseguraa necessidade de reciclagem no planeta. Nos ecossistemas, os organismos e o ambiente interagem promovendo trocas de materiais e energia através das cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos.
  
Crescimento Populacional e Capacidade de Suporte
A capacidade de suporte para a vida humana e para a sociedade é complexa, dinâmica e variada de acordo com a forma segundo a qual o homem maneja os seus recursos ambientais. Ela é definida pelo seu fator mais limitante e pode ser melhorada ou degradada pelas atividades humanas.
Desenvolvimento Socialmente Sustentável
A chave para o desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o fortalecimento das pessoas. O desenvolvimento sustentado não é centrado na produção, e sim nas pessoas. Deve ser apropriado não só aos recursos e ao meio ambiente, mas também à cultura, história e sistemas sociais do local onde ele ocorre.
Características dos Ecossistemas Urbanos
	Ecossistemas Naturais
	Ecossistemas Humanos
	ENERGIA 
	São sustentados por uma fonte ilimitada de energia: radiação solar
	Atualmente sustentados por uma fonte finita de energia: combustíveis fósseis.
	Não acumular energia em excesso
	O consumo excessivo de combustíveis fósseis libera muito calor para a biosfera e altera a temperatura.
	Nas cadeiras alimentares, cerca de 10 calorias de um organismo são necessárias para produzir 1 caloria do outro
	Nas cadeias alimentares são necessárias 100 calorias de combustível fóssil para produzir 10 calorias de alimentos que irão gerar 1 caloria no homem.
	EVOLUÇÃO
	A evolução biológica adapta todos os organismos e os seus sistemas de suporte aos processos que sustentam a vida
	A evolução cultural atualmente subordina os organismos e os sistemas de suporte da Terra aos processos que sustentam a tecnologia.
	POPULAÇÃO
	Mantém os níveis de população de cada espécie dentro dos limites estabelecidos pelos controles e balanços naturais, incluindo fatores como alimento, abrigo, doenças e presença de inimigos naturais.
	Permite que as populações cresçam tão rapidamente quando podem aumentar a disponibilidade de alimentos e abrigo, e elimina inimigos naturais e doenças via biocidas e medicamentos.
	COMUNIDADE
	Apresenta uma grande diversidade de espécies que vivem nos limites do local dos recursos naturais
	Tende a excluir a maioria das espécies e é sustentada por recursos provenientes de áreas além das áreas locais.
	INTERACÃO
	As comunidades são organizadas em torno das interações de funções biológicas e processos. A maioria dos organismos interage com uma grande variedade de outros organismos
	As comunidades são organizadas de modo crescente, em torno de interações de funções e processos tec
ológicos.
	EQUILÍBRIO
	São imediatamente governados por processos comuns, naturais, de controle e equilíbrio, incluindo a disponibilidade de luz, alimentos, água, oxigênio, habitat e a presença ou ausência de inimigos naturais e doenças.
	São imediatamente governados por um conjunto de competições de controle cultural e equilíbrio, inclusive de ideologia, costumes, religião, leis, políticas e economias. Esse acordo considera um pouco, ou não considera os requerimentos para a sustentação da vida, que não seja humana.
	
Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP 
Atividades              ��
 
 
	          
	 
	Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas Florestais)
	 
	Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental
	 
	Para Comunidades Agrícolas em Geral
Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas Florestais)            ��
A atividade florestal deverá participar cada vez mais no desenvolvimento do país, não apenas pelo lado econômico, como geradora de divisas, mas também do lado social, como componente indispensável à manutenção da qualidade de vida.
São programas de educação ambiental, especialmente aqueles que se destinam às comunidades internas e externas e às instituições florestais, devem centrar-se no tema florestas e na interdependência da sociedade com as mesmas.
Ambas as formações, naturais e implantadas, possuem uma importância ecológica e sócio-econômica de grande relevância para a sociedade. Esta importância justifica a implantação de programas de educação ambiental que, no mínimo, despertem as pessoas para sua significância.
O mais importante nestes programas é saber relacionar as florestas com o cotidiano das pessoas, seja demonstrando que móveis, materiais de construção, papel, fósforos e outros elementos são produtos originariamente florestais ou, evidenciando que o microclima, a presença de pássaros, a água de consumo e o lazer são seus produtos indiretos.
Outros aspectos importantes são os que dizem respeito à segurança das áreas de florestas de propriedade da empresa e com relação aos incêndios florestais.
 
	Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental            
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Visitas a Museus, criadouro científico de animais silvestres.
Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as trilhas são interpretativas; apresentam percursos nos quais existem pontos determinados para interpretação com auxílio de placas, setas e outros indicadores, ou então pode-se utilizar a interpretação espontânea, na qual monitores estimulam as crianças à curiosidade a medida que eventos, locais e fatos se sucedem. Feitos através da observação direta em relação ao ambiente, os desenhos tornam-se instrumentos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a percepção ambiental do observador.
Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios: formando Clubes de Ciências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente). Os temas mais trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente.
Ecoturismo:  quando da existência de parques ecológicos ou mesmo nos locais onde estão localizadas as trilhas, há a extensão para a comunidade em geral. Os visitantes são orientados na chegada por um funcionário e a visitação é livre, com acesso ao Museu, ao Criadouro de Animais e as trilhas. 
Publicações periódicas: abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais da região e às atividades da área de ambiência da empresa.
Educação ambiental para funcionários: treinamento aplicado aos funcionários da área florestal da empresa, orientado-os quanto aos procedimentos ambientalmente corretos no exercício de suas funções, fazendo com que eles se tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família. 
Atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental: com o intuito de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos ao conhecimento e melhoria de seu próprio ambiente, são organizadas e incentivadas diversas atividades que envolvem a comunidade da região, como caminhadas rústicas pela região.
Programas de orientação ambiental: a empresa desenvolve ainda outros programas para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos legais de caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e cartões com motivos ambientalistas. 
Para Comunidades Agrícolas em Geral            ��
Tem como finalidade principal a orientação aos pequenos produtores (silvicultores ou agricultores), quanto ao uso correto de agrotóxicos, suas aplicações, noções sobre atividades modificadoras do meio ambiente, técnicas agroflorestais, permacultura e a legislação pertinente. Interage como uma contribuição para a formação da consciência social e agroecológica da população destas comunidades.
Acontece através de visitas às famílias, dias de campo e palestras realizadas em escolas ou centros comunitários da região, onde são demonstradas práticas e técnicas agrícolas de conservação do solo, de pesquisa e novas alternativas que se conciliemcom as práticas tradicionais de agricultura da comunidade.
Além destas ações, promover atividades educativas para as crianças nas escolas e oficinas de trabalhos para as mulheres, sempre com o objetivo de demonstrar que se bem aproveitados e preservados, os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para a comunidade.
As práticas de Educação Ambiental são uma busca freqüente no Website do Projeto Vida – Educação Ambiental (hoje Projeto APOEMA - Educação Ambiental). Cabe esclarecer que estas práticas não podem ser estanques, determinando um período específico para o seu desenvolvimento, mas devem estar inseridas nas diferentes formas de trabalho na rotina escolar. Outro ponto fundamental é o de cada docente inserir a visão ambientalista aos conteúdos e temáticas a serem desenvolvidos durante o período letivo. 
Muitos educadores apresentam dificuldades ou, até mesmo, uma certa resistência quanto à inserção da Educação Ambiental em suas práticas educacionais, em suas atividades rotineiras. Isto se deve ao fato de termos poucas referências sobre práticas educativas ambientalistas. Com esta falta de referenciais, os/as professores/as, em geral, sentem-se “perdidos/as” em relação à Educação Ambiental. 
Inserir a Educação Ambiental às atividades escolares rotineiras nada mais é do que tomar como foco principal de toda e qualquer atividade, a questão ambiental que esteja inserida no contexto do conteúdo que está sendo desenvolvido. Não é necessário ser um biólogo ou engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, cientista, para falar em Educação Ambiental. Na verdade, todos nós somos (ou deveríamos ser) Educadores Ambientais, só nos falta a prática. Esta prática vamos adquirir na medida em que tivermos coragem de ousar. Aquilo que não soubermos, iremos aprender junto com as crianças, pois o nosso direcionamento é a curiosidade delas. Apontamos as temáticas para despertar o interesse nos assuntos. O nosso desafio maior é desafiarmos nossas crianças. São elas que nos levarão às práticas seguras. Basta seguirmos na mesma direção despertando sempre o desejo do aprender através de uma aprendizagem real e significativa. 
As sugestões que serão apresentadas foram realizadas em atividades do “Projeto Vida – Educação Ambiental” (hoje Projeto APOEMA - Educação Ambiental) e obtiveram resultados muito positivos e satisfatórios. Cabe salientar que elas poderão ser adaptadas para diferentes enfoques ou temas que aqui estão abordados. 
Sugestões de Atividades 
Atividade 1 – Criando e recriando com palavras... 
1. a) Levantar com os/as educandos/as uma listagem dos principais problemas ambientais locais, com alguns comentários sobre os mesmos, diagnosticando o grau de preocupação e esclarecimento dos mesmos; 
1. b) Apresentar o quadro abaixo e propor o preenchimento com palavras, em grande grupo: (preencher com palavras associadas à: 
Problemas ambientais Espaço Animais Plantas Personagens heróicos de algum conto ou lenda Personagens vilões de algum conto ou lenda Elementos de cenário 
Ex:Poluição Cidade Rato; Flores; Fada; Bruxa Castelo 
(Esta atividade foi realizada no quadro “negro”, podendo ser em um painel de papel pardo). 
1. c) Depois de preenchido o quadro, dividir o grande grupo em pequenos grupos de no máximo 5 participantes e propor elaboração uma história utilizando 2 a 3 palavras de cada quadro. Tempo estimado para a atividade: 20 minutos, com tolerância... 
1. d) Depois de concluída a história, trocar as histórias entre os grupos; 
1. e) Cada grupo deverá representar a história, utilizando materiais que estão à disposição (sucata em geral) – tempo: 15 minutos; 
1. f) Para fechamento, pedir que cada um relate o que foi trabalhado na atividade desenvolvida e o que sentiu em relação a ela. 
Atividade 2 – Discutindo sobre o lixo 
2. a) Formação de um grande grupo em círculo; 
2. b) Exposição de lixo seco no meio do grande grupo (o lixo deverá ter materiais que se sub-agrupem e que contenham o mesmo número que os participantes, por exemplo: 5 tampas plásticas, 5 garrafas PET, 5 caixas de suco longa vida, 5 potes de vidro, 5 copos descartáveis). 
2. c) A sala já deverá estar previamente preparada como descrito anteriormente; 
2. d) Inicia-se a aula com um texto reflexivo sobre lixo, de escolha do/a professor/a, podendo ser uma notícia, artigo ou história sobre o assunto “Lixo”. Podemos fazer uso de uma boa música para o fundo da leitura. 
2. e) Propor a observação do lixo que está à frente, no centro do grupo; 
2. f) Cada participante é convidado a escolher um dos elementos do lixo; 
2. g) Distribuição em grupos de acordo com o lixo escolhido – o grupo das tampinhas, o grupo das garrafas, etc... 
2. h) Levantar as seguintes questões para análise em grupo: 
- Tempo de decomposição; 
- Impacto causado pela produção da embalagem; 
- Análise do rótulo da embalagem; 
- Qual o slogan do produto e apelo publicitário; 
- Qual seria a opção para a reutilização do material. 
2. i) Apresentação das análises ao grande grupo. 
Atividade 3 - Confecção de cartões com sucata: 
3. a) Apresentar diversos tipos de lixo de papel e papelão: revistas, jornais, caixas de embalagens, caixas de papelão... 
3. b) Cada participante escolhe materiais para elaborar um cartão ambiental utilizando técnicas sugeridas pelo/a professor/a: 
- Dobradura; 
- Recorte e colagem; 
- Rasgadura... 
3. c) Confecção do cartão propriamente dita; 
3. d) Exposição e relato da confecção do cartão ao grande grupo; 
Atividade 4 - Confecção de carimbos de cordão com restos de madeira 
4. a) Colocar à disposição dos/as educandos/as os materiais necessários para a confecção dos 
carimbos: tocos de madeira (que podem ser solicitados em madeireiras ou fábricas de molduras, móveis) e cordão de algodão ou lã (o cordão é melhor). 
4. b) Apresentar alguns modelos de carimbos com formatos variados (estrela, árvore, sol, lua, etc.). 4. c.) Confecção dos carimbos propriamente ditos. 
4. d) Confecção de um painel em grupos, utilizando os carimbos confeccionados. 
Atividade 5 – Confecção de máscaras com massa de papel 
5. a) Preparo da massa de papel para modelar: liquidificar o papel picado – para cada três punhados de papel picado, meio copo do liquidificador com água – bater e despejar em uma bacia e ir fazendo até ter bastante polpa. Espremer o excesso de água e adicionar uma colher de sopa de cola ou grude para cada “bolo” de massa de papel espremido e ir colocando em uma bacia. Quando tiver massa suficiente, é só começar a confeccionar a máscara. 
5. b) Para confeccionar a máscara, fazer uma bola de papel jornal amassando várias folhas até formar uma esfera de forma ovalada. Sobre esta esfera, confeccionar a máscara. 
5. c) Dias depois a máscara estará seca e poderá ser pintada, de preferência com tinta plástica ou acrílica. 
5. d) Pode ser sugerida a confecção de potes, formas geométricas, além das máscaras, com os mesmos procedimentos. 
Atividade 6 – Confecção de um minhocário 
Materiais necessários para cada minhocário: Uma garrafa pet de 2 litros e uma menor de água mineral brita ou pedrinhas, terra, saco de lixo preto, minhocas. 
Procedimentos: Corte a garrafa pet tirando o bocal. No fundo da garrafa pet coloque brita (não há necessidade de furar o fundo da pet). Sobre a brita coloque a garrafa menor (com água e tampa) dentro da garrafa pet. Ao redor, despeje a terra e largue as minhocas. Após terminar, utilize um saco de lixo escuro para envolver a garrafa, pois as minhocas não são acostumadas com claridade. Não é necessário molhar, pois a garrafinha com água fornece umidade para a terra, a não ser que seja uma região de excessivo calor, molhe de vez em quando, podendo colocar alguns lixos orgânicos sobre a terra para alimento das minhocas. Depois de dias, ao tirar o saco de volta da garrafa poderemos observar os caminhos das minhocas bem definidos. Volte a cobris com o saco de lixo evitando a luz para as minhocas.Atividade 7 – Confecção de mini-hortinhas com garrafas pet 
Materiais necessários: garrafas pet, tesoura, terra, mudinhas ou sementes. 
Procedimentos: Deite a garrafa pet e corte um dos lados da “barriga” da garrafa, sem atingir o fundo nem a boca da garrafa. Faça pequenos furinhos no fundo e coloque terra. Em seguida, plante as sementes ou as mudas e é só cultivar com cuidado. Como suporte podemos usar caixas de ovos para que não fiquem diretamente no chão e, de tempos em tempos, estes suportes poderão ser substituídos, pois podem apodrecer com a umidade que escorre do excesso da água pelos furinhos da garrafa. 
Atividade 8 – Planejamento da EA integrado para Educação Infantil Exercício de estudo para o/a professor/a 8. a) Levantar a seguinte questão: Como globalizar a Educação Ambiental aos conteúdos curriculares e às atividades desenvolvidas rotineiramente na escola? 
Para professores da Educação Infantil poderemos apresentar alguns exemplos: 
Exemplo 1: Quando trabalhamos o tema TERRA, poderemos trabalhar noções de espaço, tamanho, cor, motricidade fina em atividades práticas com argila ou desenhos, plantio, observação, expressão oral, etc, realizando atividades que envolvam e desperte o interesse da criança sobre o assunto trabalhado. É importante disponibilizar materiais como livros e revistas para manuseio das crianças, onde podem encontrar gravuras referentes ao tema em questão. 
Exemplo 2: Quando trabalhamos o tema NATUREZA poderemos realizar atividades que desenvolvam noções de tamanho, forma, cor, espessura, sensibilidade - tato, olfato, visão, audição, paladar... 
8. b) Atividade: Com base nestes exemplos, escolha um assunto e elabore um planejamento ou projeto para uma unidade de estudo (dependendo a denominação referente em sua escola) a ser trabalhado num período de uma a duas semanas, de forma a globalizar às diferentes áreas a serem trabalhadas na Educação Infantil. 
Atividade 9 – Apresentação de sugestões sobre confecção de materiais diversos para Educação Infantil Sugestões de materiais confeccionados pelo professor ou pelas crianças, para desenvolver atividades que possibilitem trabalhar as áreas (o ideal é trabalhar de forma interdisciplinar onde diversas áreas são envolvidas nas atividades - os exemplos são separados por área apenas por uma questão de classificação a qual estamos acostumados e habituados - ao mesmo tempo: afetiva, vivência em grupo, comunicação...): 
Afetiva: Confecção de cartões para datas comemorativas utilizando: caixas de leite ou suco e papelão de caixas enfeitando-os com cola e serragem, cola e palitinhos, colagem com papel de revista, colagem com retalhos de tecido, etc... 
Vivência em Grupo: Confecção de painéis sobre papel pardo utilizando colagens de gravuras, confecção de quebra-cabeças e jogos de memória, bolas de meia para brincadeiras de “ovo podre” ou “o limão entrou na roda...”. 
Comunicação: Confecção de microfones, confecção de fichas com gravuras grandes de pessoas realizando alguma tarefa, as quais as crianças deverão interpretar o que elas estão fazendo e imita-las... Movimento: Confecção de paus com fitas de papel ou de tecido, confecção de bambolês com pedaços de mangueira velha, confecção de pesos com garrafas descartáveis cheias de areia para realizar diversas atividades de educação Física, confecção de chocalhos e tambores com latas... Necessidades: Confecção de cartazes que apresentem as necessidades básicas dos seres vivos: alimentação, moradia, higiene. 
Criatividade: Atividades artísticas utilizando sucata: forrar potes com materiais variados, colagens em painéis, recorte de embalagens e montagem de álbum. 
Área Cognitiva: Atividades de observação de elementos naturais com registro após observação. Exemplo: observação de sementes germinando (utilizar sementes variadas que poderão ser plantadas em potes de embalagens); observação da vegetação da escola percebendo classificando quanto a grande/pequeno, alto/baixo, fino/grosso, liso/áspero - o registro oral ou gráfico destas observações é muito importante. 
Área Sensorial: Confecção de saquinhos de pano contendo objetos diferentes para brincar de descobrir - pelo tato - o que está no saquinho, confecção do livrinho do tato (várias fichas de papelão com elementos colados), realizar atividades de mímicas (imitando animais, profissões, atividades de higiene), colocar em potes alguns elementos com cheiro para as crianças descobrirem o que está no pote (pote com café, com vinagre, com ervas cheirosas). 
Área Espacial: Confecção de fitas com unidades de medidas (ex: 10 palmas da mão) e medir objetos diversos, medir crescimento de plantas com dedinhos, inventar mapas de tesouro (esconder algo no pátio do colégio e apresentar o mapa previamente preparado para as crianças procurarem o tesouro), contar quantos passos dados de um determinado lugar até outro, deitar no chão da sala e desenhar com giz o perfil da criança e da professora e medir... 
Área Temporal: Atividades que utilizem ontem, hoje e amanhã - Confecção de cartazes de como estava o tempo ontem, como está o tempo hoje e como as crianças acham que estará o tempo amanhã. Confecção de um calendário mensal para ser apresentado a cada início do mês. Observar a hora do relógio (confeccionado) quando as crianças entram em sala de aula e como está o relógio na hora em que saem (a professora o modifica). 
Área de Análise e de Síntese: Confecção de dobraduras simples e observar: “era assim e ficou assim”, confeccionar um cartaz de animais filhotes e outro de animais adultos observando como eram e como ficaram (pode ser com gravuras de crianças e de adultos) e fazer comparações. Confeccionar jogos com seqüência lógica classificando por tamanho, por fatos. Coletar sucata em geral e classificá-la quanto ao seu material: plástico, papel, papelão, etc. 
Figura fundo: Confecção de um painel contendo diversas gravuras e brincar de procurar um determinado elemento ou objeto. 
Área Psico-Motora: Confeccionar jogos de memória, quebra-cabeças, realizar atividades de recorte, colagens, montagens em espaços predeterminados pela professora, confeccionar fichas com ordens esclarecidas às crianças e apresentá-las seqüencialmente para que as crianças executem (ex: fichas de bater palmas, bater o pé, piscar os olhos, emitir algum som pela boca, etc.). 
Esquema Corporal: Confeccionar um boneco com roupas velhas preenchendo-as com jornal, confeccionar máscaras de papel para a cabeça, confeccionar um grande quebra-cabeça com as partes do corpo. Brincar, de dois a dois, de espelho (o que um faz o outro imita). 
Motricidade Ampla: Realizar atividades de corrida, competições, rodas cantadas, utilizando objetos confeccionados com sucata: corrida com garrafas de peso leve (dependendo o tamanho da criança por pouco peso na garrafa) - jogos com bolas de meia. 
Motricidade Fina: Confeccionar contas com canudinhos e enfiar em cordões para fazer colares, rasgar e picar papel de revista colado-os em espaços pré-determinados, executar bordados com retalhos de lã em cartões perfurados pela professora. 
Atividade 10 - sugestões de materiais didáticos gerais com sucata: 
Confecção do professor: 
- Fantoches com caixas, massa de papel jornal, bolas de jornal forradas com meia de nylon, pés de meias velhas
. Os fantoches podem ser confeccionados utilizando os materiais já citados para formar a cabeça do personagem. Utiliza-se retalhos de tecido para o corpo dos fantoches. 
Fantoches com vara utilizando copinhos de iogurte, sacos de papel, caixinhas. 
- Livros com cartolina usada ou papelão de caixas contendo: gravuras, números e respectivas quantidades, materiais naturais para tato (areia, folhas, raízes...), linhas e formas geométricas. 
- Brinquedos com caixas, garrafas plásticas, embalagens em geral - bilboquês, carrinhos, chocalhos, caixas enfeitadas. 
- Cartazes com cola (ou grude) com pó de café passado seco, areia, serragem. 
- Quebra-cabeças com gravuras de jornais ou revista.- Mini-hortinhas com garrafas descartáveis. 
- Minhocário com garrafas descartáveis. 
- Jogo de boliche com bolas de meia e garrafas descartáveis. 
- Massinha de modelar caseira. 
- Maquetes de casas. 
- Pincéis com lã, corda, esponja, algodão, penas de galinha. 
- Televisão de caixa de papelão. 
- Quadrinhos "negros" para uso das crianças - é só pintar um retalho de chapa de eucatex com tinta preta ou verde. 
- Marionetes com a parte interna do rolo de papel higiênico. 
- Carimbos com madeira e cordão; e móbiles com elementos naturais. 
Atividade 11 – Atividade criadora - Confeccionar brinquedos com sucata 
Disponibilizar para os/as educandos/as sucatas em geral (lixo seco limpo) bem como materiais básicos como cola, tesoura, arame, cordão, etc., e deixa-los livres para criarem brinquedos com sucata. Depois, realizar uma exposição. 
- Estas atividades foram desenvolvidas em oficinas do Projeto Vida – Educação Ambiental (hoje Projeto APOEMA - Educação Ambiental), quando a autora participava de eventos e simpósios educacionais. Os resultados eram surpreendentes e animadores. 
É permitida a reprodução deste material desde que conste a fonte e a autoria. 
Fonte:
Projeto Apoema - Educação Ambiental
www.apoema.com.br 
Estimular os alunos a prepararem um código de ética ambiental, ou seja, eles mesmos, devem escrever o que acham que as pessoas devem fazer em relação ao ambiente. 
Questionário de Ecologia 
1. Você costuma pensar sobre a natureza e o meio ambiente? O que é que você pensa? 
2. A sua família costuma conversar com você sobre o meio ambiente? O que vocês conversam? 
3. Você ou sua família atualmente faz algo para ajudar o meio ambiente? Que tipo de coisa você ou sua família faz e como faz isso? 
4. O que você pensa sobre a questão da Amazônia e sua preservação ou desmatamento? 
5. O que você pensa sobre a questão da poluição industrial? 
6. O que você pensa sobre a utilização de agrotóxicos na agricultura? 
7. O que você pensa sobre a utilização da energia nuclear? 
8. O que você pensa sobre a extinção de espécies tais como baleias e outros? 
9. Você acha que a qualidade da água do Rio Guaíba e seus afluentes interfere na sua vida? De que forma isso ocorre? 
10. Você se acha responsável pelos danos à natureza mencionados neste questionário? Por quê? 
(Ângela Biaggio, Peter Kahn, & Luciana Karine de Souza, 1995) 
 
Apêndice B 
Exemplos de dilemas de conteúdo ecológico 
"O caso dos moranguinhos com agrotóxicos" 
João é um vendedor de frutas que tem uma banca na Rua da Praia. Na época dos moranguinhos, ele soube que eles estavam contaminados com agrotóxicos. Mas, como a Secretaria de Saúde não havia proibido sua venda, João os estava vendendo. Um freguês comprou dois quilos de moranguinhos, mas, chegando na esquina, leu no jornal que estavam contaminados por pesticidas, que poderiam ser cancerígenos. O freguês voltou à banca de João para devolver os morangos e receber o dinheiro de volta. 
1. Você acha que João tem obrigação de devolver o dinheiro? Por quê? 
2. Você acha que João deveria vender os moranguinhos, sabendo que estavam contaminados? Por quê? 
3. E se João precisasse muito do dinheiro, para sustentar a si próprio e a família, estaria justo em vender os morangos? 
4. Você acha que o agricultor deve vaporizar as plantações com pesticidas, a fim de obter maiores lucros, mesmo sabendo que são prejudiciais à saúde? 
"O dilema da capivara" 
Um homem chamado Otávio trabalha muito durante a semana, e gosta de ir caçar no fim-de-semana para relaxar. Numa noite, depois da refeição de carne de capivara - um animal que ele tinha caçado durante a temporada de caça do ano passado, ele comentou sobre o quanto ele estava ansioso pela próxima estação de caça. Um amigo que estava visitando sua casa perguntou se ele achava certo atirar em animais só por esporte ou para comer a carne só por prazer. Esse amigo afirmou, por exemplo, que era possível manter-se em boa saúde sem comer carne. Otávio começou a pensar sobre essas questões. 
Otávio tem um problema. Ele gosta de ir caçar para relaxar e de comer carne de capivara, mas o fato de ele continuar caçando vai fazer os animais sofrerem e morrerem. 
1a. Otávio tem que tomar uma decisão. O que você acha que ele deveria fazer? 
1b. Por quê? (Explique suas razões em detalhes). 
2a. Animais morrerão por causa da caça. Qual seria a importância desse fato para se tomar uma decisão? (muito importante/importante/não é importantOtávio vai relaxar quando caçar. Qual seria a importância desse fato para se tornar uma decisão? (muito importante/importante/não é importante). 
3a.Otávio vai relexar quando caçar. Qual seria a importância desse fato para tornar uma decisão?(muito importanteimportante/nao é importante). 
4a. Em geral, está certo tirar a vida de um animal para que uma pessoa possa relaxar? 
4b. Por quê?

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