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LUXAÇÃO DO QUADRIL E FRATURA DA CABEÇA DO FEMUR CLUBE DO ASNO – 2016/2017 Jean Felipe Araujo Agner INTRODUÇÃO • Invasão bacteriana do espaço articular • Virulência e resposta imune determinam agressividade – Potencial de sérias complicações, especialmente se atraso no diagnóstico e tratamento VIAS DE CONTAMINAÇÃO • Hematogênica: secundária à Bacteremia (IVAS, amigdalite, otite) - MAIS COMUM • Contiguidade: osteomielite, erisipela, celulite – Disseminação da osteomielite • <2 anos (cruzamento de vasos pela fise) -> articulações com fise intra-articular • Adultos: extensão direta da metáfise para epífise • Inoculação direta: trauma, cirurgia, punção art. femoral ou articular VIAS DE CONTAMINAÇÃO • Articulações com metáfise intra-articular – Quadril – Úmero proximal – Rádio proximal – Fíbula distal EPIDEMIOLOGIA • Mais comum que osteomielite • É mais frequente em adultos – Porém sequelas mais graves ocorrem em crianças • Predomínio de 2:1 no sexo masculino • Nas crianças – 70% ocorrem entre 1 mês e 5 anos – Metade destas ocorrem antes dos 2 anos • 94% monoarticular – Quadril (41%) – Joelho (23%) – Depois: tornozelo, cotovelo, punho, ombro FATORES DE RISCO • Artrite reumatóide • Osteoartrose • Artroplastia • Baixo status socioeconômico • Uso de drogas intravenosas -> Pseudomonas • Alcoolismo • DM • Infiltração prévia com CTC intraarticular • Úlcera cutânea • Trauma • Outras causas de ↓ imunidade (câncer, cirrose, uremia) Polimicrobiana DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Causas de monoartrite – AS (sempre suspeitar) – Deposito de cristais, trauma, hemartrose (ex. hemofilia), osteomielite, sd. periarticulares (tendinite, bursite), cisto de Backer roto, TVP, sinovite vilonodular pigmentada, sinovite transitória • Outros (de acordo com a idade) – NAV, epifisiolise, , Perthes… • Sempre pensar em tumor – Neoplasia maligna mais comum da criança - LEUCEMIA CARACTERÍSTICAS Extremos de idade mais suceptíveis • Crianças novas e idosos • Principalmente se fator de risco associado CARACTERÍSTICAS Mais comum em adultos, porém com sequelas mais graves em crianças • Especialmente se envolvimento do quadril ou atraso no tratamento • Por variações anatômicas da idade, levando a destruição da epífise e ON associada por ↑ pressão intra-capsular e efusão séptica • Disseminação de foco de osteomielite metafisária em < 2 anos CARACTERÍSTICAS Articulações de carga dos MMII são mais afetadas (61-79%) • Porém pode envolver qualquer articulação, e pode ser múltipla (examinar) CARACTERÍSTICAS Diagnóstico difícil em neonatos – sinais inflamatórios menos evidentes • Febre, edema, eritema e dor podem ser mínimos ou ausentes • Únicos achados pode ser infecção em outro local (ex. cateter umbilical), irritabilidade, assimetria na posição dos membros, desconforto a manipulação (sinal da fralda), pseudoparalisia (MMSS) • 50% são multifocais FISIOPATOLOGIA • Invasão bacteriana da cavidade sinovial • Motivos da predileção – Receptores de colágeno do S. aureus – Falta de membrana basal nos capilares da sinóvia, permitindo migração do espaço intra p/ extravascular – Inibição da fagocitose pelos fibroblastos sinoviais FISIOPATOLOGIA • Após infecção, sinóvia se torna hiperemiada e é invadida por leucócitos polimorfonucleares – Após 3 semanas, substituição por monomorfonucleares e linfócitos • Destruição articular inicia em até 48h, devido a enzimas inflamatórias de fase aguda, toxinas bacterianas e estímulo dos linfócitos T – Liberação na articulação de IL-1β, IL-6, TNF-α, imunoglobulina G, enzimas lisossomais – Evento precoce: perda de proteoglicanos da matriz cartilaginosa FISIOPATOLOGIA • Destruição se torna aparente com 4-6 dias – Exposição do colágeno, sofrendo ação de colagenases e do próprio stress mecânico articular • Destruição completa da cartilagem em 4 semanas – Subluxação/luxação e osteomielite também podem ocorrer • Aumento da pressão intra-articular leva a isquemia, aumentando dano MICROBIOLOGIA MICROBIOLOGIA • Em todos os grupos, S. aureus é o mais comum, seguido por estreptococos do grupo A e enterobacter • Neonatos – S. aureus, estreptococos, BGN • Até 5 anos – S. aureus, H. influenzae (↓ com vacinação), Kingella kingae MICROBIOLOGIA • Adultos saudáveis sexualmente ativos -> Neisseria gonorrhoeae (75%) – <3% dos infectados fazem artrite – Frequentemente poliarticular, podendo ter rash papular associado – Culturas frequentemente negativas (PCR pode ajudar) – Evolução favorável, usualmente não precisa drenar se ATB adequado MICROBIOLOGIA • Adultos mais velhos com infecção não-gonocóccica – 50% por S. aureus, 50% por BGN e estrepto – Sepse poliarticular por S. aureus é grave em imunocomprometidos (AR, hemofilia) • Mortalidade de 56% • Anemia falciforme, lúpus -> salmonella • Drogas EV -> pseudomonas QUADRO CLÍNICO CLÁSSICO • Dor intensa e progressiva – Pela distensão cápsular – terminações nervosas • Limitação da mobilidade (uma das 1as queixas) – Dor piora com mobilização suave (diferencia de osteomielite) • Aumento de volume articular – Mais difícil de evidenciar no quadril, SI e coluna • Claudicação / posição de defesa – No quadril, membro em flexão, abdução e rotação externa • Edema, calor, rubor • Sintomas constitucionais - febre, queda do estado geral, irritabilidade, anorexia EXAMES LABORATORIAIS • Hemograma – Contagem de leucócitos não é confiável, pode estar normal – Diferencial mostra ↑ neutrófilos • VHS – Pico em 3-5 dias, normaliza em 3 semanas após início do tratamento • PCR – Sobe após 6h de infecção, pico em 2 dias, normaliza após 1 semana de tratamento -> Mais sensível e mais específico IDENTIFICAÇÃO DO PATÓGENO • Hemocultura – Pedir sempre – identifica bactéria em 30-60% dos casos • Punção articular – Sempre realizar se suspeita de AS, antes de iniciar ATB – De preferência guiado por US ou fluoroscopia – Preparo cuidadoso de pele – Enviar para gram, cultura, celularidade e cristais IDENTIFICAÇÃO DO PATÓGENO • Punção articular (cont.) – Características da AS •>50.000 leuc/mm3 (pode ser menor em imunocomprometidos •>90% neutrófilos •Glicose 50mg/dl menor que a glicemia sérica (ou <33%) •Alto conteúdo proteico – Até 75% das culturas podem ser negativas •Maioria dos estudos -> 18-48% •Principalmente se ATB prévio IDENTIFICAÇÃO DO PATÓGENO • Outras possibilidades – Detectar o antígeno – imunoeletroforese, testes de aglutinação – Diagnóstico molecular – DNA, RNA - PCR (polymerase chain reaction) •Em tempo real - pode dar o resultado em horas EXAMES DE IMAGEM • Ajudam a confirmar, mas não são diagnósticos – Radiografia – Ultrassom – Cintilografia – RNM – TAC RADIOGRAFIA • Nos primeiros dias -> normal – Pode mostrar edema de partes moles, deslocamento do coxim gorduroso ou aumento do espaço articular (derrame) • Com a evolução, diminuição do espaço pela destruição da cartilagem • Se não tratada adequadamente, destruição generalizada, artrose, osteomielite, perda óssea, luxação ULTRASSOM • Detecta precocemente pequenas coleções de fluido intra-articular • Realizar bilateral comparativo • Pode guiar punção inicial, e monitorar o status de compartimentos intra-articulares, cápsula, superfície óssea e tecidos adjacentes • Facil execução, baixo custo e sem radiação – Porém examinador-dependente e pouco específico CINTILOGRAFIA • Normalmente mostra área de inflamação – Acúmulo de isótopos, em áreas osteoblásticas ou com vascularização aumentada – Captação deve estar igualmente aumentada em ambos os lados daarticulação • Tecnécio 99, Gálio 67, Índio 111 • Pode estar normal nos primeiros dias (24-72h) TOMOGRAFIA • Mais sensível que o Rx • Mostra edema, derrame e abscessos • Pode guiar punção e acesso cirúrgico • Melhor resolução para estruturas ósseas RESSONÂNCIA MAGNÉTICA • Útil em infecções de difícil acesso • Melhor resolução para diferenciar infecção óssea e de partes moles, e mostrar derrame TRATAMENTO • Princípios – Drenagem adequada – Antibiótico para diminuir efeitos sistêmicos – Repouso em posição estável TRATAMENTO • ATB empírico até resultado das culturas – Baseado na idade e fator de risco – No nosso meio: OXACILINA + GENTAMICINA – Na gonocóccica: CEFTRIAXONA – Se culturas forem negativas, terapia empírica é continuada ANTIBIOTICOTERAPIA Baseado: Idade Fator de risco TRATAMENTO • Tempo de antibiótico – De maneira geral, EV 7-10 dias + VO 3 semanas • Se melhora do estado geral, afebril há pelo menos 24h, melhora da ADM e queda do VHS e PCR) – H. influenzae, Neisseria e Strepto precisam de menos tempo (2 semanas); Estáfilo e BGN precisam das 4-6 semanas – Período maior se quadril/ombro, imunocomprometidos ou resposta inadequada TRATAMENTO • Drenagem para todos (exceto gonoccócica) – Resultados satisfatórios nos 1os 4 dias (Tachdjian) – Artrotomia x artroscopia x punções múltiplas -> literatura controversa – Se articulação superficial (cotovelo, tornozelo), pode fazer punções e ATB -> se não melhorar em 24-48h, drenar aberto – Pus em articulação profunda (quadril, ombro) = drenagem cirúrgica – Artroscopia é boa alternativa em joelho, tornozelo, ombro e cotovelo • Na fase residual, corrigir deformidades e restaurar função CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS TORNOZELO • Edema torna difícil identificação de flutuação • Puncionar 2,5cm proximal e 1,3cm anterior a ponta do ML • Acesso postero-lateral é o melhor CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS JOELHO • Mais comum (na população geral) • Puncionar lateral, ao nível do polo superior da patela • Drenagem antero-medial (preferir artroscopia) • Se precisar abordar posterior – Acessos de Klein, Henderson ou Kelikian CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS QUADRIL • Grandes complicações em crianças – Maior risco de ONCF, subluxação, separação fisária, bilateralidade, osteomielite, abscesso pélvico (extensão pelo psoas) • Após drenagem em crianças, manter em abdução para evitar luxação CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS QUADRIL • Puncionar anterior, lateral ou medial • Crianças pequenas-> drenar anterior – Menor risco de lesão vascular ou luxação • Adultos -> drenar posterior???? – ACESSO MAIS FAMILIAR!!!!! • Girdlestone -> último recurso em infecções persistentes CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS QUADRIL • Punção lateral – Entra com agulha a 45º, logo inferior e anterior ao trocanter maior – Avança agulha medialmente por 5-10cm • Punção anterior – Palpa art. femoral junto ao lig. inguinal – Insere a agulha 2,5cm lateral e 2,5cm distal a este ponto, com angulação de 45º – Avança medial e proximal 5-7,5cm CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS OMBRO • Em adultos debilitados ou crianças – Complicação de osteomielite da metáfise proximal do úmero • Puncionar entre processo coracóide e acrômio CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS COTOVELO • Puncionar posterior, logo lateral ao olécrano COMPLICAÇÕES • Sepse sistêmica • Artrose precoce • ONCF • Fechamento fisário • Distúrbio de crescimento • Sinovite • Artrofibrose • Rigidez articular • Persistência da infecção • Luxação PIOR PROGNÓSTICO • Principal fator -> atraso no tratamento – Não existem resultados insatisfatórios se sintomas presentes há menos de 3 dias • Outros – Local -> Quadril pior – Presença de osteomielite adjacente – Tratamento inadequado – Prematuridade SINOVITE TRANSITÓRIA DO QUADRIL SINOVITE TRANSITÓRIA DO QUADIRL • QUADRIL EM OBSERVAÇÃO, COXITE FULGAZ, SINOVITE TÓXICA • Causa de dor mais comum no quadril e de claudicação não traumática na infância • Dos 9 meses a adolescência; Média de idade: 6 anos (3-8) • 1,1: 1000 pessoas/ano • 2 H :1 M • Mais comum em brancos • 95% unilateral ETIOLOGIA • Causa específica é desconhecida • Porém, existe consenso sobre a relação com – Infecção recente •Virais e bacterianas, principalmente foco amigdaliano •30 a 42% casos – Trauma – Hiperssensibilidade alérgica CLÍNICA • Semelhante a um quadro de artrite séptica, porém em uma criança SAUDÁVEL • Dor aguda monoarticular • Claudicação, diminuição da ADM • Membro em flexão / RE • Febre baixa, raramente > 38°C; • Sintomas podem durar: 1 a 10 dias EXAMES • Exames de imagem – Rx pode mostrar sombra muscular e edema capsular – USG pode mostrar efusão articular, porém não é diagnóstico – Cintilografia com diminuição da perfusão da cabeça na fase inicial • Pode ajudar no diagnóstico diferencial com Legg-Perthes • Laboratório inespecífico, geralmente normal ou próximo do normal • Leucócitos de 10 a 14 000 • VHS próximo de 20 mm • Auxiliam o dg diferencial DIAGNÓSTICO • Não existe teste diagnóstico para confirmação •É DE EXCLUSÃO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Artrite piogênica, Osteomielite (febre alta, dor mais intensa, sem melhora com repouso, progressivos, alteração laboratorial, punção aspirativa positiva) • Febre Reumática Aguda (sintomas migratórios, rubor articular, muito doloroso; 2 a 4 sem após infecção estreptocócica) • Artrite Tuberculosa, A R Juvenil, Perthes (fase inicial), Epifisiolise (geralmente são mais insidiosas e prolongadas, ADM com menor limitação) • Tumor • Critérios de Kocher – Temperatura> 38.5º – Incapacidade de apoiar o membro – VHS > 40mm – Leucocitose > 12.000 – PCR >2mg/dl Sinovite transitória x AS • Probabilidade de AS – 0 critérios – 2% – 1 critério – 9,5% – 2 critérios – 35% – 3 critérios – 72,8% – 4 critérios – 93% HISTÓRIA NATURAL • AUTOLIMITADA • Sintomas com resolução gradual e completa após 10 dias a 8 semanas • Recorrência de 4% – Até 10% • Sequelas/condições associadas (raras e leves) – Coxa magna (↑ 2mm da epífise) em 32% dos pacientes – Legg-Perthes – 1-3%, porém relação direta nunca foi comprovada – Alt. degenerativas cisticas leves no colo femoral TRATAMENTO • Sintomático – Repouso – Retirado apoio, até melhora da dor e retorno do movimento – AINES • Articulações sem repouso tem seus sintomas prolongados • Tração não é recomendada • Pressão articular – Quadril em extensão = máxima – Flexão 30-45º = mínima QUESTÕES • 44. Com relação à artrite séptica, é correto afirmar que: • a) é rara a ocorrência de “pseudo paralisia”; • b) no quadril e no ombro associa-se com a osteomielite; • c) o tratamento pela aspiração articular é seguro e eficaz; • d) o staphylococcus aureus e a pseudomonas são os germes mais freqüentes; • e) a lesão cartilaginosa decorre de ação direta das bactérias. • 44. Com relação à artrite séptica, é correto afirmar que: • a) é rara a ocorrência de “pseudo paralisia”; • b) no quadril e no ombro associa-se com a osteomielite; • c) o tratamento pela aspiração articular é seguro e eficaz; • d) o staphylococcus aureus e a pseudomonas são os germes mais freqüentes; • e) a lesão cartilaginosa decorre de ação direta das bactérias. • Lowell e winter pag 500 resposta • A) entre os sintomas esperados, a dor e consequentemente a recusa em andar,descarregar peso ou desuso de parte do corpo; são os mais comuns • b) articulaçõescom metáfise intra articular: fêmur proximal, úmero proximal, tíbia lateral distal, radio proximal • c) aspiração repetida é ineficaz na drenagem da articulação e deve ser repetida pelo menos 1 vez ao dia • d) stc sim( já visto em outra questão) • e) leucócitos liberam proteases, peptidases e colagenases- degradam a matriz e o colágeno da cartilagem articular • S aureue e bact gram negativas liberam enzimas proteolíticas extra celulares • Iniciam a perda de gicosaminoglicanos, destruição do colágeno ocorre mais tarde e essa e que e visível- o processo não requer permanebcia de organismos vivos para serem mantidos • • RESPOSTA: B • 30. Com relação à sinovite transitória do quadril, é correto afirmar que: • a) é a segunda maior causa de dor no quadril infantil; • b) há limitação dos movimentos, principalmente da rotação lateral; • c) o diagnóstico diferencial com a doença de PERTHES se faz pela cintilografia; • d) a tomografia computadorizada é o método de eleição para se avaliar o tipo de derrame articular; • e) a taxa de antiestreptolisina "O" está aumentada em 50% dos casos. • • 30. Com relação à sinovite transitória do quadril, é correto afirmar que: • a) é a segunda maior causa de dor no quadril infantil; • b) há limitação dos movimentos, principalmente da rotação lateral; • c) o diagnóstico diferencial com a doença de PERTHES se faz pela cintilografia; • d) a tomografia computadorizada é o método de eleição para se avaliar o tipo de derrame articular; • e) a taxa de antiestreptolisina "O" está aumentada em 50% dos casos. • • Idade media = 6 anos (3-8anos) / CLN = dor aguda na virilha e quadril, pode doer o joelho, restrição da abdução e RI. Atitude de flexo- RE do quadril.Pode ter febre baixae ex lab normais (só tachdjian fala que a ASO –anti estreptomicina O – esta normal) . DIAG É DE EXCLUSÃO. • Lowellwinter – cap de Perthes - pag 1067→ cinilografia com tecécio e colunação em pinhole pode ser útil nos estágios iniciais da doença de Perthes para fazer particularmente diag diferencial com sinovite transitoria do quadril. Alguns consideram a cintilo útil na determinação da extensão do envolvimento epifisário e no prog do Perthes. • • RESPOSTA: C 76. Na artrite séptica, o quadril encontra-se em flexão, abdução e rotação externa, pois esta posição é a que corresponde à maior capacidade volumétrica articular. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei 76. Na artrite séptica, o quadril encontra-se em flexão, abdução e rotação externa, pois esta posição é a que corresponde à maior capacidade volumétrica articular. ( X ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • Artrite séptica do quadril= Depois que um quadril infectado em lactente ou criança foi drenado cirurgicamente deve ser mantido em abdução para reduzir o risco de luxação patológica. O quadro clinico é limitação funcional grave do membro, pseudoparalisia (por dor), calor , aumento de volume local, a articulação assume posição de conforto que maximiza o volume articular para diminuir a tensão capsular e a dor. No caso do quadril há flexão, abdução e rotação lateral. Na maioria das outras articulações a posição de conforto é uma leve flexão. • Resposta = CERTO 85. A artrite piogênica secundária à osteomielite hematogênica é mais freqüente no joelho do que no quadril. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei 85. A artrite piogênica secundária à osteomielite hematogênica é mais freqüente no joelho do que no quadril. ( ) Certo ( X ) Errado ( ) Não sei • articulações com metáfise intra articular: fêmur proximal, úmero proximal, tíbia lateral distal, radio proximal • Resposta errado • 96. Na artrite séptica hematogênica, • A) o infiltrado inflamatório inicial é pobre em leucócitos mononucleares. • B) a degradação da cartilagem não tem relação com a concentração de linfócitos T. • C) a ausência de membrana basal nos capilares é fator predisponente. • D) a fagocitose da bactéria é estimulada pela presença de fibroblastos sinoviais. • 96. Na artrite séptica hematogênica, • A) o infiltrado inflamatório inicial é pobre em leucócitos mononucleares. • B) a degradação da cartilagem não tem relação com a concentração de linfócitos T. • C) a ausência de membrana basal nos capilares é fator predisponente. • D) a fagocitose da bactéria é estimulada pela presença de fibroblastos sinoviais. • A infecção hematogênicade uma articulação começa com uma bacteremia sistêmica qua afinal invade a junção sinovial-carilagem a partir do espaço intravascular, e aseguir dissemina-se por toda a sinovil e liquido sinovial. Não está esclarecido por que as articulações são afetadas e outros órgãos não. Entretanto, os receptores de colágeno encontrados no organismo S. Aureus (a causa mais comum de artrite séptica hematogênica não -gonocócica) podem desempenhar este papel. Por outro lado, a ausência de uma membrana basal limitante nos capilares da sinovial pode possibilitar qua as bactérias intravasculares atinjam o espaço extravascular do tecido sinovial através dos espaços entre as células endoteliais dos capilares. Além disso, os fibroblastos da sinovial inibem a fagocitose de bactérias. • Logo depois ter sido infectada, a sinovial torna-se hiperêmica e infiltrada com leucócitos polimorfonucleares que aumentam rapidamente durante os dias seguintes. Histologicamente, o aspecto muda de inflamação aguda para crônica com um aumento nos leucócitos mononucleares e linfócitos. Este se tornam as células inflamatórias predominantes pelas próximas 3 semanas. • A destruição da cartilagem articular, que resulta de degradação da substância fundamental, é aparente 4-6 dias depois da infecção. A depleção de substância fundamental, de acordo com Perry, começa aproximadamente 2 dias depois da inoculação e é causada pela ativação de enzimas pelas bactérias, e estimulação dos linfócitos T durante a resposta imune retardada. Antígenos bacterianos depositados na sinovial e toxinas específicas, como enterotoxina estafilococica, produzidas pelas bactérias estimula a proliferação de linfócitos T. À medida que os linfócitos T aumentam e degradam a dubstância fundamental, o colágeno fica exposto às colagenases e as propriedades mecânicas da cartilagem articular são alteradas, aumentando sua suscetibilidade ao desgaste. Destruição completa da cartilagem articular ocorre aproximadamente com 4 semanas. Luxação ou subluxação da articulação e osteomielite também pode ocorrer. • De acordo com a classificação de CHOI para seqüelas de artrite séptica consideramos o tipo IIIB relacionado à: • A.Coxa brevis com alterações articulares • B.Pseudo-artrose do colo • C.Pseudo-artrose do colo com alterações artrósicas • D.Destruição da cabeça e do acetábulo • De acordo com a classificação de CHOI para seqüelas de artrite séptica consideramos o tipo IIIB relacionado à: • A.Coxa brevis com alterações articulares • B.Pseudo-artrose do colo • C.Pseudo-artrose do colo com alterações artrósicas • D.Destruição da cabeça e do acetábulo Classificação de Choi • IA – quadril sem deformidade • IB – Quadril com discreta coxa Magna • IIA – Coxa Brevis com cabeça deformada • IIB – Coxa Valga ou Vara progressiva Classificação de Choi • III – deformidades provenientes da metáfise e da fise – OM do colo femural • IIIA – Deslizamento epifisário proximal do femur com coxa vara/valga com grande retro/anteversão • IIIB – Pseudartrose do colo femural Classificação de Choi • IV – Deformidades produzidas pela destruição da cabeça e do colo com ou sem luxação • IV A- Destruição cabeça e colo com pequeno fragmento medial remanescente • IVB – Cabeça e colo destruídos com luxaçãodo segmento restante • 60. Cerca de metade dos pacientes com sinovite transitória do quadril evoluirá para doença de LEGG - PERTHES. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • 60. Cerca de metade dos pacientes com sinovite transitória do quadril evoluirá para doença de LEGG - PERTHES. ( ) Certo ( X ) Errado ( ) Não sei • ERRADO; STQ 2H – 1 M, 3 a 8 anos, etio desc. Claudicação não traumática da infância. Relação com IVAS. Somente alguns casos de STP precedem DLCP. Correlação direta entre os dois nunca foi provada. Sizinio 303 • 30. Na pioartrite do joelho a drenagem por via posterior deve ser evitada pelo risco de disseminação da infecção pelos planos das fáscias da coxa e perna. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • 30. Na pioartrite do joelho a drenagem por via posterior deve ser evitada pelo risco de disseminação da infecção pelos planos das fáscias da coxa e perna. ( X ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • CERTO; PORÉM, SE A LOJA DE PUS FOR POSTERIOR OU FOR IMPOSSÍVEL DRENAR PELA FRENTE,PODE-SE DRENAR POSTERIOR; A ABORDAGEM PREFERENCIAL É ANTEROMEDIAL • 21. Na artrite piogênica, ocorre diminuição dos níveis de glicose e aumento das proteínas no líquido sinovial. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • 21. Na artrite piogênica, ocorre diminuição dos níveis de glicose e aumento das proteínas no líquido sinovial. ( X ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • 21 - CERTO; geralmente 50 mg/dl menor que a glicemia e há gde número de enzimas bacterianas; leucócitos aumentam bastante, sendo 90% PMN. • SBOT PED 42. • 29. A artrite séptica de ombro, secundária à osteomielite do úmero proximal, decorre da localização intra-articular da metáfise. • ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • 29. A artrite séptica de ombro, secundária à osteomielite do úmero proximal, decorre da localização intra-articular da metáfise. • ( X ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • CERTO; Metáfise no inferior da artic = artrite séptica no início do processo, porque o periósteo dentro da artic é fino e o pus rapidamente irrompe através dele. • Em crianças + velhas: fêmur prox, úmero prox, tíbia lat distal e rádio prox. • 33. Na artrite séptica do quadril do recém-nascido, o quadro clínico característico é de febre elevada, dor à mobilização e atitude em adução e rotação interna do membro. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • 33. Na artrite séptica do quadril do recém-nascido, o quadro clínico característico é de febre elevada, dor à mobilização e atitude em adução e rotação interna do membro. ( ) Certo ( X ) Errado ( ) Não sei • ERRADO • O neonato não apresenta resposta inflamatória usual que dá origem aos sinais e sintomas tão importantes para o diagnóstico precoce. Os achados mais comuns são inchaço, seguido por pseudoparalisia e dor à palpação. Frequentemente o diagnóstico é tardio. Radiografias, exames laboratoriais não apresentam grandes alterações. VHS está elevado porem não é específico. Hemocultura é positiva em 50 % dos casos comprovados de artrite séptica. • 75. A localização intra-articular da metáfise favorece a ocorrência de artrite séptica secundária a osteomielite aguda hematogênica. Isto ocorre nos seguintes locais: colo do fêmur, colo do úmero, extremidade proximal do rádio. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • 75. A localização intra-articular da metáfise favorece a ocorrência de artrite séptica secundária a osteomielite aguda hematogênica. Isto ocorre nos seguintes locais: colo do fêmur, colo do úmero, extremidade proximal do rádio. ( X ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei • CERTO • Quatro locais: • - Fêmur proximal, • - Úmero proximal, • - Tíbia lateral distal, • - Rádio proximal. • Uma criança prematura, afebril, não aceita bem a alimentação e apresenta pseudoparalisia do MID. A contagem de leucócitos é de 8400 com 40% de neutrófilos, 45% de linfócitos de 5% de monócitos. Exames radiográficos da pelve e MID são normais. A criança reage e chora ao se testar a mobilidade do quadril D. Recomenda-se: • A) hemocultura • B) cintilografia com Ga67 • C) cintilografia com Tc99m • D) punção do quadril • Uma criança prematura, afebril, não aceita bem a alimentação e apresenta pseudoparalisia do MID. A contagem de leucócitos é de 8400 com 40% de neutrófilos, 45% de linfócitos de 5% de monócitos. Exames radiográficos da pelve e MID são normais. A criança reage e chora ao se testar a mobilidade do quadril D. Recomenda-se: • A) hemocultura • B) cintilografia com Ga67 • C) cintilografia com Tc99m • D) punção do quadril
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