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Resumo AFO

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Direito Financeiro
Ramo do Direito Público que disciplina as atividades financeiras do Estado.
	Compete à União, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro. 
Aos municípios cabe legislar sobre interesse local e suplementar a legislação federal e estadual quando couber.
Lei Complementar do art. 165 CF/88
As normas gerais de Direito Financeiro estão na Lei n.º 4320/64, recepcionada no novo ordenamento constitucional como Lei Complementar (Originalmente é uma lei ordinária). Essa lei está vigente, uma vez que não foi promulgada a Lei Complementar do art. 165, §9º, da CF/88).
Cabe à lei complementar: 
I - Dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentarias e da lei orçamentaria anual; 
II - Estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166 (emendas impositivas).
	As disposições gerais que deveriam ser estabelecidas nessa Lei Complementar são muitas vezes estabelecidas na LDO.
Os prazos das peças orçamentárias estão na ADCT.
Falhas de Mercado
Orçamentos
Histórico
1824: Constituição Imperial – pioneira nas exigências para elaboração de orçamentos formais. A competência da proposta era do Executivo e a aprovação do Legislativo;
1891: Com essa constituição, a elaboração do orçamento ficou privativa do Congresso Nacional;
1934: O orçamento passa a ter destaque. Presidente da República elabora e Legislativo vota, porém sem limites para emendas.
1937: Orçamento elaborado por um departamento administrativo e votado pela Câmara.
1946: Elaboração pelo executivo, votação pelo legislativo com possibilidade de emenda.
1967: Executivo elabora e legislativo aprova, mas sem possibilidade de emendas. Nesse período surgiu no Brasil a ideia de orçamento-programa, por meio da Lei 4.320/1964 e do Decreto-lei 200/1967.
1988: Retomada a aprovação do legislativo com emenda. Estabelecimento do ciclo orçamentário.
Princípios
	Princípios
	Definição
	Observação
	Exceção
	Totalidade (Unidade)
	Unidade: O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Não podem existir orçamentos paralelos.
Totalidade: Há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação.
	A existência do orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimento não viola o princípio da Unidade. Não necessariamente significa um documento único, mas sim obrigatoriamente compatibilizados entre si.
	Entidades da administração indireta dotadas de autonomia financeira (Plano de Dispêndios Globais).
	Universalidade
(Globalização)*
	Deve conter todas as receias e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, Órgãos e entidades da Administração direta e indireta.
	
	Despesas de custeio e de operação das empresas estatais não dependentes não estão na LOA.
Ingressos Extraorçamentários.
	Anualidade ou Periodicidade
	Anualidade: O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano.
Periodicidade: Orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro (que coincide com o ano civil art. 34, L4320/64).
	O PPA não é exceção do princípio da anualidade, pois é um plano estratégico, necessitando da LOA para operacionalização.
Anualidade Orçamentária ≠ Anterioridade Tributária (não existe mais anualidade tributária)
	Créditos Suplementares
Crédito Extraordinários
	Orçamento Bruto
	Os valores devem ser inseridos nas peças orçamentárias pelo seu valor total bruto, sem descontos ou deduções (art. 6º, L4320/64).
	
	
	Exclusividade
	A LOA não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação de despesa.
	Uma autorização para o aumento de remuneração de uma determinada carreira, por exemplo, não pode constar unicamente na LOA. A LOA vai refletir o aumento da despesa (pois toda despesa deve estar na LOA), mas esse aumento tem que ser criado por um instrumento legal prévio.
	Autorização de crédito suplementar e 
Operações de Crédito (incluso ARO) na LOA
	Especificação, (Especialização, Discriminação)
	As receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos (Veda as despesas globais). Visa facilitar o controle do gasto público.
	* No PPA e LDO não precisa conter o detalhamento, mas na LOA é obrigatório.
Esse princípio não tem status constitucional.
	Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de capital e chamadas de investimento em regime de execução especial (Ex. programa de proteção á testemunha).
Reserva de Contingência
* Podem ser atendidas por dotação global, mas não ilimitado.
	Não Vinculação ou afetação da Receita
	Nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.
	Caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro.
Outros impostos podem ser vinculados, mas somente por EC (não pode por lei complementar, ordinária ou infraconstitucional).
	Repartição Constitucional dos impostos (FPE e FPM);
Destinação de recursos para a Saúde;
Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;
Prestação de garantias às AROs;
Garantia, contragarantia à União e Pagamento de débitos para com esta;
Para entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica (nos Estados e DF).
	Equilíbrio
	Assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas na lei orçamentária anual.
	Formalmente e Contabilmente o orçamento sempre está equilibrado. A Reserva de Contingência é um instrumento para garantir o equilíbrio.
Esse princípio não tem status constitucional.
	
	Princípio do Estorno
	O administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos, entre categorias de programação ou órgão, sem autorização legislativa.
	
	Ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa, poderá transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programação no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.
	Quantificação dos Créditos Orçamentários
	Veda a concessão de créditos ilimitados. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
	
	Legalidade
	Todas os instrumentos de planejamento e orçamento, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo Congresso Nacional. Serão objeto de Lei (Ordinária).
	
	Publicidade
	As decisões sobre orçamento só têm validade após a sua publicação em Órgão da imprensa oficial. A publicidade é condição de eficácia dos atos orçamentários.
	
	Transparência
	A LRF exige ampla divulgação, inclusive em meio eletrônico, dos instrumentos de planejamento e orçamento, da prestação de contas e de diversos relatórios e anexos.
	
	Programação
	O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada e planejada. Vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do PPA e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento.
	
	Uniformidade ou Consistência
	O orçamento (de cada ente) deve manter uma mínima padronização ou uniformidadena apresentação de seus dados, de forma a permitir que os usuários realizem comparações entre os diversos períodos.
	
	Clareza ou Inteligibilidade
	O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa.
	
	Sinceridade (Exatidão)
	As leis orçamentárias devem apresentar de maneira sincera (exata) o conjunto dos recursos e dos encargos do Estado
	
* A doutrina fala que as exceções do princípio da universalidade se aplicam às previsões de receitas, e não em relação às fixações de despesas.
Funções do Orçamento (Funções Fiscais)
Função alocativa: Oferecimento de bens e serviços ou mecanismos de fomento (externalidades positivas) ou proibições (externalidades negativas). Visa à promoção de ajustamentos na alocaçãoo de recursos quando no setor privado não há a necessária eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios.
Função distributiva: Correção das falhas de mercado para ajustamento na distribuição de renda, por meio de tributos e transferências. Refere-se a Equidade. A função distributiva é implementada no país por meio de políticas públicas que visam conceder benefícios às famílias de menor poder aquisitivo. Ou exemplo é aplicação de imposto de renda progressivo.
Função estabilizadora: Visa a estabilidade econômica e não tem objetivo de destinar os recursos. Afeta a demanda agregada. Está diretamente associada às políticas fiscal e monetária realizadas pelo governo, tanto por meio do aumento dos gastos do governo como pela redução dos tributos e manutenção de elevado nível de emprego.
Natureza Jurídica do Orçamento
É uma lei formal (lei de efeitos concretos) porque é emanada de um órgão com competência legislativa; entretanto, não é material (se compara a ato administrativo), pois apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos, não tendo a necessária abstração e generalidade que caracteriza as leis materiais.
Como a lei é formal, o administrador não é obrigado a realizar determinada despesa.
O Orçamento é uma lei:
Formal
Ordinária
Temporária
Especial
STF: O STF pode exercer o controle abstrato de constitucionalidade de normas orçamentárias.
	O orçamento ainda pode ser classificado como:
Orçamento impositivo (adotado só para emendas parlamentares): despesa deve ser necessariamente executado.
Orçamento autorizativo (adotado no Brasil quase na totalidade): Não existe obrigatoriedade de execução de despesas.
Aspectos do Orçamento
Político: tem a característica do grupo partidário que detém a maioria, consoante a escolha dos cidadãos.
Econômico: racionalizar o processo de alocação de recursos, zelando pelo equilíbrio das contas públicas.
Jurídico: é regido por normas legais.
Financeiro: entrada de receitas e saída de despesas.
Técnico: conjunto de regras e formalidades para elaboração, aprovação, execução e controle do orçamento.
Tipos de Orçamento
Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal de 1891.
Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são competências do Poder Executivo. É típico de regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937.
Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a atual Constituição Federal de 1988. 
Espécies de OrçamentoFoco na Gerência
Foco no Planejamento
Foco no Controle
	Espécie
	Descrição
	Tradicional (Clássico)
	Objeto é a Despesa (peça meramente contábil)
Classificação por unidade administrativa e elementos;
Mero instrumento Contábil e enfatiza atos passados;
Não existe sistema de acompanhamento, não existe controle econômico (somente político);
Utiliza o orçamento do ano anterior ajustado em algum percentual discricionário (Predomina o incrementalismo);
Dissociação (ausência) de planejamento e programação.
	Desempenho
(Por realizações)
	Duas dimensões (quesitos): objeto do gasto (secundário) e programa de trabalho (resultado).
Não tem planejamento (ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do Governo);
Desvinculação entre planejamento e orçamento.
	Orçamento base zero
(Por estratégia)
	Análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais.
Cada ano tem que justificar a totalidade do gasto;
Todas as atividades e operações sejam identificadas e classificadas em ordem de importância;
Faz-se uma análise dos incrementos pela ponderação de custos e benefícios;
Aumenta a participação dos gerentes de todos os níveis.
Desvantagens: dificuldade de elaboração, lentidão e alto custo.
	Orçamento-Programa
	Conceito: Sistema que foca nas coisas que o governo realiza mais do que as coisas que adquire.
Privilegia aspectos gerenciais e o alcance de resultados;
Visa objetivos e metas;
Controle visa eficiência, eficácia e efetividade.
	
	Elementos Essenciais
Objetivos e propósitos;
Programas (elemento básico): instrumento de integração de esforços para concretizar objetivos;
Custos: medidos por meio de meios e insumos;
Medidas de desempenho: Mediar as realizações.
	
	Técnicas
Definição dos objetivos e análises de alternativas;
Estrutura programática: Estruturação e agrupamento de programas;
Mensuração e os custos: Níveis de mensuração (Função, Programa e Atividade ou Projeto) e sistemas de custos.
	Orçamento Participativo
	Objetiva a participação real da população no processo de elaboração.
Não contrapõe o orçamento-programa.
Como tem que conciliar muitos interesses (diferentes regiões) pode considerar que há uma perda da flexibilidade e maior rigidez na programação de investimentos.
 Grupos menos favorecidos podem ficar relegados.
LFR fala que deve haver participação popular, mas na CF as iniciativas de lei são privativa do Poder Executivo. Então, o Executivo não é obrigatório a seguir as sugestões da população, mas deve ouvi-las.
Orçamento com teto fixo (teto burro): estabelecer um quantitativo financeiro fixo, geralmente obtido mediante a aplicação de percentual único sobre as despesas realizadas em determinado período;
Orçamento com teto móvel (teto inteligente): trabalha com percentuais diferenciados, procurando refletir um escalonamento de prioridades entre programações, órgãos e unidades.
Orçamento-Programa
Cada programa deverá conter:
Objetivo;
Órgão responsável;
Valor global;
Prazo de conclusão;
Fonte de financiamento;
Indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim modificar;
Metas correspondentes aos bens e serviços necessários para atingir o objetivo;
Ações não integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à consecução do objetivo; e 
Regionalização das metas por Estado.
Os programas constituídos predominantemente de ações continuadas deverão conter metas de qualidade e de produtividade, a serem atingidas em prazo definido.
Para orientar a formulação e a seleção dos Programas que deverão integrar o Plano Plurianual e estimular a busca de parcerias e fontes alternativas de recursos, serão estabelecidos previamente, para o período do Plano, os objetivos estratégicos e a previsão de recursos.
Federalismo Fiscal
Federalismo fiscal como o conjunto de providências constitucionais, legais e administrativas orientadas ao financiamento dos diversos entes federados, seus órgãos, serviços e políticas públicas tendentes à satisfação das necessidades públicas nas respectivas esferas de competência.
Estrutura de governo a mais descentralizada possível.
Unidades
Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.
Peças Orçamentárias
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto não for editada a lei complementar prevista na CF/1988, a qual deveversar sobre o tema.
* A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO.
Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar, respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas.
Todas as peças orçamentárias (PPA, LDO, LOA, créditos adicionais) serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
PPA
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas (DOM) da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (art. 165, § 1º)
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade (art. 167, § 1º).
* Assim como a LDO, é inovação da CF/1988.
Planos Nacionais. Regionais e Setoriais
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional (art. 165 § 4º).
LDO
Competências da LDO
Metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo despesa de capital para exercício subsequente;
Orientar elaboração da LOA;CF/88
Dispor sobre alterações na legislação tributária;
Estabelecer Política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento;
Equilíbrio entre receitas e despesas; 
Critério para limitação de empenho;LRF
Normas relativas a controle de custo e à avaliação dos resultados de programas (com recurso orçamentário)
Condições e exigências para transferência de recursos para entidades públicas e privadas;
A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual).
	A CF/1988 determina que a lei de diretrizes orçamentárias considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.
LOA
O orçamento anual (Lei de Meios) constitui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio prazo.
LOA é o orçamento propriamente dito.
A LOA deve conter apenas matérias atinentes à previsão das receitas e à fixação das despesas, sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorizações para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária.
O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
O envio da proposta orçamentária anual ao Poder Legislativo independe da aprovação e publicação do PPA e da LDO.
Orçamento Fiscal
O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Também contém o orçamento das empresas públicas e sociedades de economia mista em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que recebam desta quaisquer recursos que não sejam provenientes de:
Participação acionária;
Pagamento de serviços prestados; e 
Transferências para aplicação em programas de financiamento.
Orçamento de Investimento
O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (ou seja, as controladas).
	Dependentes
	Orçamento Fiscal e Seguridade Social
	Não dependentes
	Orçamento de Investimento
Não são todas as despesas, mas somente os investimentos. Despesas de custeio e operacionais das empresas não dependentes estão fora da LOA.
Orçamento da Seguridade Social
O orçamento da seguridade social (saúde, assistência social, previdência social), abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
O Orçamento da Seguridade Social não tem a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
O orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos ou entidades vinculadas Seguridade Social, ou seja, vinculados aos Ministérios correspondentes a essas Áreas, independentemente da natureza da despesa. Assim, ainda que alguma despesa desses órgãos não seja finalística para a Seguridade Social, como por exemplo, o pagamento de um empréstimo utilizado para a construção de um novo prédio do Ministério da Saúde, ela comporá o orçamento da seguridade social, já que será considerada como um meio para se atingir um fim relacionado Seguridade Social.
Para os outros órgãos, apenas as despesas típicas desses órgãos estarão no orçamento da Seguridade Social. Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social; as demais despesas não relacionadas à seguridade social estarão no orçamento fiscal.
Ciclo Orçamentário
O ciclo (ou processo) orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. Mas, o exercício financeiro coincide com o ano civil.
Exercício Financeiro ≠ Ciclo Orçamentário
Elaboração e Planejamento
(1°) fixação da meta fiscal: metas de resultado fiscal para o período são definidas.
(2°) projeção das receitas: não financeiras são as receitas administradas (impostos e contribuições em geral), a arrecadação líquida do INSS e as receitas não administradas (dividendos, receitas próprias etc.).
(3°) projeção das despesas obrigatórias: obrigações constitucionais ou legais da União.
(4°) apuração das despesas discricionárias: Projetada a receita líquida, descontado o montante de recursos correspondente à meta de resultado primário e da previsão das despesas obrigatórias, tem-se então o montante de recursos que os órgãos setoriais poderão manejar para alocação no seu conjunto de programas para o período do plano.
O Poder Executivo, no mínimo de 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias encaminhará aos órgãos e Poderes os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
	Poder
	Ação
	Considerações
	Poder Executivo
	Tem a competência exclusiva para envio das peças orçamentárias, mas deve consolidar todas as propostas de orçamento dos outros poderes.
	Todos as propostas dos poderes devem respeitar os limites da LDO.
	Poder Judiciário
	União Presidentes do STF e Tribunais Superiores
Estados e DF Presidente dos TJ
	Caso os poderes não encaminhem as respectivas propostas dentro do prazo, o Poder Executivo considerará os valores aprovados na lei orçamentária vigente.
	
	Ministério Público
	PGR
	
	
	Defensorias Públicas
	Uma proposta para cada esfera: União, Estadual e DF
	
	SOF
	Orçamento Fiscal e Seguridade Social
	DEST
	PDG e Orçamento de investimento
* A proposta do TC está junto com o do Legislativo e é considerado juntos para fins de limite da LRF.
Discussão e Aprovação
Todas as peças orçamentárias (PPA, LDO, LOA, créditos adicionais) serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum (em sessão conjunta).
* Sessão Conjunta: Discussão conjunta, mas votação simultânea na CD e SF (sessão conjunta e votação bicameral). Na sessão unicameral a votação é por cabeça.
Como são leis ordinárias, a aprovação é por maior simples.
Executivo
CMO
CN
PR
Mesa CN
Envio da PLOA
Competência Exclusiva
Parecer
Encaminha para Sanção
Sanção
Seo Executivo não mandar o PLOA
1) PLeg: Usa a LOA Vigente como proposta.
(incorre em Crime de Responsabilidade do PR)
Se a lei atrasar:
1) Segue o que está na LDO (para as despesas essenciais)
Se LOA rejeitada Total
2) Execução será feita por crédito adicional especial ou extraordinário
Se LOA não for sancionada até 31/dez
1) Execução provisória do projeto de LOA1
PExec pode solicitar a modificação de projeto, desde que não iniciada votação da matéria na CMO.
1 A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária – PLOA não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano corrente, parte da programação dele constante poderá ser executada até o limite de 1/12 do total de cada ação prevista no referido projeto de lei, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva lei. Por exemplo, se o PLOA não for sancionado até o fim de março (três meses) do ano que deveria estar em vigor, algumas despesas consideradas inadiáveis poderão ser executadas em 3/12 do valor original. Mas o limite de 1/12 não se aplica a algumas despesas e a outro grupo de despesas que não pode ser executado sem LOA.
Emendas Parlamentares
Individual
(Deputado ou Senador)
Comissão
Bancada
Estadual
CMO
Apresenta
CN
Parecer
Aprovação
Sessão Conjunta*
PPA: Não pode aumentar a despesa.
LDO: Não pode ser incompatível com o PPA.
LOA (ou modificações): Desde que:
Compatível com PPA e LDO;
Indique a Fonte
Anulação de despesa, excluídos: 
Dotações para pessoal e seus encargos;
Serviço da Dívida;
Transferências Tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF.
Relacionadas com:
Correção de erros ou omissões (de ordem técnica ou legal)
Dispositivos do texto do Projeto de lei (emendas de redação).
É possível o Poder Legislativo reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder Executivo. No entanto, deve ser comprovado que houve erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
As emendas individuais serão aprovadas no limite de 1,2% da RCL prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde (art. 166, § 9º).
	Esse montante de aplicação na saúde é contado para fins de cumprimento do inciso I do §2º do art. 198 (o percentual mínimo de 15% da RCL do respectivo exercício financeiro para aplicação da União em ações e serviços públicos de saúde).
	Essas emendas para ações e serviços públicos de saúde não podem ser destinadas para pagamento de pessoal e encargos sociais.
A EC 86/2015 (Orçamento Impositivo): Emendas individuais devem ser executadas pelo Poder Executivo até 1,2% do RCL do exercício anterior. (Deve ocorrer conforme critérios de execução equitativa).
A partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas individuais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do IPCA de 12 meses (com término dos doze meses em junho do ano de elaboração da LOA).
Na execução dessas emendas impositivas, quando houver transferência da União para os outros entes (Estados, DF e municípios), o ente não precisa estar adimplente.
Ainda, tais recursos não integram a RCL para fins de aplicação de limite de despesa de pessoal definidos na LR (deve haver abatimento do valor das emendas individuais nas transferências).
No caso de impedimento de ordem técnica, as emendas impositivas não precisam ser executadas, mas devem ser realocadas conforme abaixo.
Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória de emendas individuais, desde que no limite de 0,6% da RCL do exercício anterior.
Caso a meta de resultado fiscal da LDO não seja cumprida (verificação bimestral), desde que por frustração de receia (e não excesso de despesa) as emendas impositivas podem ser limitadas, mas na mesma proporção da limitação das despesas discricionárias.
Execução
Até 30 dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
As receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação. Tais metas bimestrais são utilizadas como parâmetros para a limitação de empenho e movimentação financeira.
Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos Órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na forma da lei complementar, que ainda não foi editada.
	Relatórios da execução
	Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO)
	Relatório de Gestão Fiscal
	Bimestral (em até 30 dias o encerramento)
	
	Publicado pelo Poder Executivo
	
Julgamento STF de ADIn (art. 9, §3º da LRF): No caso de limitação de empenho, atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não promovam a limitação no prazo estabelecido. Há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio.
Avaliação e Controle
A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a eficácia e a eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos de juízo aos responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas tendentes à consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos colocados à sua disposição, o que contribui para realimentar o processo de Administração Orçamentária.
Controle da Execução Orçamentária:
I – A legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – A fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III – O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
Caberá ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação. 
Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente estabelecidos para cada atividade.
Envolve o Controle Interno e Externo.
Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuías a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que for instituído para esse fim.
Ciclo Orçamentário ampliado
Formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
Apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
Proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo Executivo;
Apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
Elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
Apreciação, adequação e autorização legislativa;
Execução dos orçamentos aprovados;
Avaliação da execução e julgamento das contas.
Créditos Adicionais
	Crédito orçamentário inicial ou ordinário: Crédito aprovado pela lei orçamentária anual, constante no orçamento fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.
	Crédito Orçamentário
	Autorização legislativa do gasto.
	Dotação Orçamentária
	Quantia autorizada.
	Crédito Adicionais: Autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária. Deve ser aberta por:
Decreto;Indicará a importância, a espécie e classificação da despesa, até onde for necessário
Medida Provisória;
Lei.
Créditos Adicionais
Suplementares
Especiais
Extraordinários
Destinados a reforço de dotação orçamentária.
Despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Despesas urgentes e imprevisíveis (Guerra, comoção intestina ou calamidade pública).
* O reforço de um crédito especial ou extraordinário,deve ocorrer por um novo crédito adicional especial ou extraordinário, respectivamente. Não pode ser aberto do crédito suplementar.
	Votação do projeto de lei dos créditos adicionais: Aprovação nas duas Casa do CN (Assim como PPA, LDO e LOA), na forma do regimento comum.
	Um mesmo projeto de Lei não pode versar ao mesmo tempo sobre créditos suplementares e especiais. Mas pode haver a solicitação de vários créditos suplementares (ou especiais) na mesma lei (uma única autorização para tudo).
	Para emendas parlamentares, aplica-se a mesma regra dos créditos iniciais.
	Características
	Suplementar
	Especial
	Extraordinário
	Finalidade
	Reforço
	Não haja Dotação
	Urgentes e imprevisíveis
	Autorização
	Por lei (na LOA ou lei específica)
	Por Lei específica (Não pode ser na LOA)
	Independente de autorização legislativa (mas deve ser dado conhecimento ao PLeg)
	Abertura
	Decreto do Poder Executivo †
	MP (entes que não tem MP é por decreto do Executivo)
	Indicação da Origem dos Recursos
	Obrigatória
	Facultativa
	Vigência
	Exercício em que foi autorizada
	Exercício em que foi autorizado. Mas se aberta nos últimos 4 meses, pode ser aberta no próximo exercício.
† Na União, se for por Lei Específica (segundo dispõem as LDOs a cada ano) aprovado pelo CN é considerado aberto e autorizado com sanção e publicação da lei.
	Os créditos suplementares e especiais destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário, MP e Defensoria Pública, serão entregues em duodécimos, até dia 20 de cada mês. Será na forma da Lei Complementar (que não existe ainda).
Todos os créditos devem ter dotação especificada, sendo proibido a determinação de valores indeterminados (Princípio da quantificação dos créditos orçamentários).
Suplementares
Requisitos:
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados;
Depende da existência de recursos disponíveis;
Exposição que a justifique.
A LOA poderá conter autorização ao Poder Executivo para abertura de créditos suplementares até determinada importância ou percentual, sem a necessidade de submissão do crédito ao Poder Legislativo.
Crédito suplementar é a única espécie de crédito que é exceção ao princípio orçamentário da exclusividade, o qual determina que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa (Operação de Crédito, incluso ARO, também é exceção).
Compete à SOF, no âmbito federal, a elaboração do projeto de lei que dispõe sobre os créditos suplementares dependentes de autorização legislativa.
* Janela orçamentária: má utilização do mecanismo de crédito adicional suplementar dotação simbólica, na lei orçamentária, em valor significativamente inferior ao custo da ação correspondente, com a finalidade de viabilizar, mediante pressões políticas, futuras suplementações.
Especiais
	Requisitos:
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, salvo se aberta nos últimos 4 meses;
Depende da existência de recursos disponíveis;
Exposição que a justifique.
Terão vigência restrita ao exercício em que foi autorizado, com exceção de autorização promulgada nos últimos 4 meses. Nessa exceção, deverá haver novo ato para reabertura do crédito (ato facultativo), nos limites do saldo remanescente, até o fim do exercício financeiro subsequente.
* O crédito suplementar se incorpora ao orçamento, adicionando-se dotação orçamentária que deva reforçar. Entretanto, os créditos especiais e extraordinários conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas realizadas à conta destes, separadamente. Assim, reforço de dotação deve seguir a regra do respectivo crédito ou, se omisso, pela abertura de novo crédito especial/extraordinário.
Extraordinário
	Os créditos extraordinários podem reforçar dotações orçamentárias (como os suplementares) ou criar novas dotações (como os especiais).
	Abertura:Deverá ser dado imediato conhecimento do Poder legislativo.
Federal: Por Medida Provisória
Outros entes: Por MP (caso tenham) ou Decreto do Poder executivo
Terão vigência restrita ao exercício em que foi autorizado, com exceção de autorização promulgada nos últimos 4 meses. Nessa exceção, deverá haver novo ato para reabertura do crédito (optativo), nos limites do saldo remanescente, até o fim do exercício financeiro subsequente.
Não depende da existência de recurso orçamentários disponíveis. Mas deve especificar o limite da dotação (princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários).
Jurisprudência
	Jurisprudência do STF:
A lei de conversão não convalida os vícios existentes na medida provisória.
Compete ao STF verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em medida provisória.
Fontes para abertura de créditos adicionais
	A abertura do crédito ainda deve ser precedida de exposição de justificativa.
Fontes
O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior.
Os provenientes de excesso de arrecadação.
Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei.
O produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.
Superávit financeiro: Diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.
Déficit não abate outras fontes.
Excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
Ressalta-se, ainda, que para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
Veto, emenda ou rejeição de projeto na LOA (CF)
Reserva de Contingência da LOA, desde que definido na LDO (DL 200/67)
Reserva do RPPS, com objetivo de atender compromisso desse regime.
ARO não pode ser utilizado.
* O superávit financeiro, excesso de arrecadação e operação de crédito aumenta o valor global da LOA, as outras fontes não.
Recursos que não constituem fontes de recursos:
Despesa contingenciada não é fonte de recursos.
Cancelamento de Restos a Pagar que não contribua para superávit financeiro.
Economia de despesa
	Fontes de Recurso Créditos Adicionais ≠ Fonte de Recurso de Emenda Parlamentar
Créditos adicionais podem ser aberto por outros Poderes. Nesses casos, são ainda maiores as restrições: deve ser aberto pelas autoridades citadas, ser do tipo suplementar, autorizado na respectiva LOA, com indicação de recursos compensatórios, e observar as normas da SOF.
Solicitações da Justiça e MP devem passar pelos Conselhos (CNJ, CNMP), com exceção do STF e próprios Conselhos.
Vedações Orçamentárias
Regras prevista no art. 167 da CF:
Início de programas ou projetos não incluídos na LOA;
Realização de despesa ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
A realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (Regra de Ouro);
Vinculação de receita de imposto a órgão, fundo ou despesa (princípio da não vinculação da despesa), ressalvados:
Repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159;
Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde
Manutenção e desenvolvimento do ensino;
Realização de atividades da administração tributária.
Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita.
Abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
Transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outraou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa (princípio da proibição do estorno);
Exceção é as atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação para viabilizar projetos. Mediante ato do Executivo, sem necessidade de autorização prévia do legislativo.
Concessão ou utilização de créditos ilimitados (princípio da quantificação dos créditos ilimitados);
Utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;
Instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa;
Transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
	Regra prevista na LRF:
Vedação a aplicação da receita de capital decorrente da alienação de bens e direitos que integrem o patrimônio público para financiar despesas correntes, salvo as destinadas por lei ao RGPS ou ao regime próprio do servidor público.
Orçamento de despesa com pessoal
Os aumentos de despesas com pessoal (aumento, vantagem, novos cargos), independentemente da forma ou do órgão, só poderão ser feitos:
I – Se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – Se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Entendimento STF: Não é exigível prévia dotação orçamentária quando se tratar de recomposição salarial orientada pela reposição do poder aquisitivo em virtude da inflação. 
A ausência de dotação orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a declaração de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão somente a sua aplicação naquele exercício financeiro.
Exemplo: caso uma lei conceda um aumento a servidores sem dotação suficiente na LOA ou sem autorização na LDO, ela não será declarada inconstitucional. A única restrição é que ela não poderá ser aplicada naquele exercício financeiro. Caso no exercício seguinte exista dotação na LOA e autorização na LDO, a lei que concedeu o aumento poderá ser aplicada.
Limites da LRF
	Se não cumprir os limites dentro do prazo estabelecido pela LRF, qualquer repasse da União ou Estado fica imediatamente suspenso.
	Esfera/poder
	Executivo
	Legislativo
	Judiciário
	Ministério Público
	Total
	União
	40,90
	2,50
	6,00
	0,60
	50,00
	Estados
	49,00
	3,00
	6,00
	2,00
	60,00
	Municípios
	54,00
	6,00
	-
	-
	60,00
	No prazo fixado pela LRF, os entes devem adotar a seguinte providência para cumprimento dos limites:
Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; 
Exoneração dos servidores não estáveis. 
Caso as duas anteriores não for suficiente, o servidor estável poderá perder o cargo:
Desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
Fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
 
Receita X Despesa
	Tipo de Bens
	Receita Pública
	Despesa Pública
	AFO (Enfoque Orçamentário)
L4320 e LRF
	Caixa
(Arrecadação)
	Competência (Empenhadas)
* Liquidação para a STN
	CPU (Enfoque Patrimonial)
NBCT16.5 e MCASP
	Competência (Lançamento - FG)
	Competência
(Fato Gerador – Liquidada1)
1 Em alguns casos, o fato gerador poderá ocorrer antes da liquidação, como, por exemplo, na aquisição de um seguro com vigência de 12 meses.
Receita Pública
	Enfoque Orçamentário
	
	Enfoque Patrimonial (CASP)
	Aumento de Orçamento
	Receita
	Variação Patrimonial Aumentativa (VPA)
	Diminuição do Orçamento
	Despesa
	Variação Patrimonial Diminutiva (VPD)
	Uma receita/despesa orçamentária pode ou nãos ser VPA ou VPD.
Classificações
Forma de Ingresso
	Segundo o MTO essa classificação é obrigatória para todos os entes.
	Orçamentárias
(Ingressos Orçamentários)
	Extraorçamentária
	São todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento.
	São receitas temporárias do Estado (é mero agente depositário), que não afetam o patrimônio e não integram o orçamento público.
	Geralmente prevista na LOA (tem aprovação legislativa)
	Não integram a LOA
	Transitam pelo patrimônio e aumentam o saldo financeiro
	Geralmente não afeta PL, pois não transitam no patrimônio público.
	Definição receita orçamentária MCASP: as receitas orçamentárias são disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício orçamentário e constituem elemento novo para o patrimônio público.
Exemplos de Receita Extraorçamentária:
Antecipação de receitas orçamentárias – ARO;
Emissão de moeda;
Outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.
Depósito em caução;
Fiança;
Consignações diversas;
Superávit do Orçamento Corrente;
Cancelamento de restos a pagar (reestabelece o saldo de disponibilidade comprometida).
Superávit Financeiro (é apenas saldo, não é nova receita).
Operações de crédito ≠ operações de crédito por ARO
As operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias.
	Receita extraorçamentária pode virar orçamentário, como no caso do depósito em caução quando o compromisso não é honrado pelo contratado.
Natureza (Por categorias)
	Busca identificar a origem do recurso segundo seu fato gerador.
	C
	O
	E
	DDDD
	T
	Categoria Econômica
	Origem
	Espécie
	Desdobramento para identificação de peculiaridade da receita
	Tipo
Categoria Econômica
	Obedece o critério econômico e é utilizado para mensurar o impacto do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimento).
1. Receitas correntes: Aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido.
2. Receitas de capital: Aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, mas são mutações patrimoniais que não acrescentam ao patrimônio público
7. Receitas correntes intraorçamentárias:
8. Receitas de capital intraorçamentárias.
Receitas (ingressos) intraorçamentários: São receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo (Não inclui o Orçamento de Investimento das Estatais).
As classificações intraorçamentárias incluídas não constituem novas categorias econômicas de receita, mas sim meras especificações das categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas.
* O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita orçamentária.
Na nova classificação, explora-se a sequência lógico-temporal de determinada receita.
 
Origem
Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas.
	Receitas Correntes
	1. Receita Tributária
	Imposto
Taxa e 
Contribuição de Melhoria.
	
	2.Receita de Contribuições
	Contribuição Social, 
Contribuição Econômica (CIDE)
Contribuições para Entidades Privadas de Serviço Social e de Formação Profissional (SENAI, SESC, SEBRAE)
Contribuição para Iluminação Pública
* Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas
	
	3. Receita Patrimonial
	Aluguéis
Arrendamentos
Foros
Laudêmios
Tarifa (taxa) de Ocupação
Concessão, Permissão, Autorização e Licença
Cessão do direito de uso de bens
Dividendos
Participações
Aplicações de disponibilidade (remunerações, rendimento, juros e correções monetárias)
Compensações Financeiras e Royalties
	
	4. Receita Agropecuária
	
	
	5. Receita Industrial
	
	
	6. Receita de Serviços
	Juros recebidos de empréstimos dados
	
	7. Transferências Correntes*
	
	
	9. Outras Receitas Correntes
	Dívida Ativa (tributária e não tributária)
Multas administrativas, Contratuais e judiciais;
Indenizações, 
Restituições
Ressarcimentos
	Receita de Capital
	1. Operações de Crédito
	Emissão de títulos da Dívida Pública
	
	2. Alienação de Bens
	
	
	3. Amortização de Empréstimos
	
	
	4. Transferências de Capital*
	
	
	5. Outras Receitas de Capital
	Resultado do Banco Central, 
Remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional, 
Resgate do título do tesouro,
Integralização do Capital Social.
* O que interessa para as Transferências Correntes/ de Capital é a aplicação da receita e não sua procedência.
	Não é receita orçamentária nem Corrente nem de Capital
	Ganho na alienação de imobilizado
	Cancelamento de Dívida Passiva
	Recebimento em doação de imóveis
	Cancelamento (parcial) de dotação orçamentária
	Abertura de crédito adicional
Espécie
	É o desdobramento da Origem e permite qualificar com maior detalhe o fato gerador das receitas.
A Receita Tributária, por exemplo, pode ser desdobrada em imposto, taxa ou contribuição de melhoria.
Desdobramento para identificação de peculiaridade da receita 
Pode ou não ser utilizado.
Serve para identificar as peculiaridades de cada receita.
No caso de receitas exclusivas de Estados e Municípios, o quarto dígito utilizará o número “8” (Ex.: 1.9.0.8.xx.x.x – Outras Receitas Correntes exclusivas de Estados e Municípios), respeitando a estrutura dos três dígitos iniciais. Assim, os demais dígitos (quinto, sexto e sétimo) serão utilizados para atendimento das peculiaridades e necessidades gerenciais dos entes.
Tipo
	É obrigatório.
	Tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza.
A natureza agregada (dígito 0) também é chamada de não valorizável.
	A categoria econômica não define em definitivo o tipo de receita
	Corrente
	Que tenha o primeiro dígito como 1 (receita corrente)
Que tenha o primeiro dígito 2 (receita de capital) e cujo 8º dígito (tipo) seja 2 (multas e juros) ou 4 (multas e juros da dívida ativa)
	Capital
	Que tenha o primeiro dígito 2 (receita de capital) e cujo 8º dígito (tipo) seja 1 (principal) ou 3 (Dívida Ativa)
Fonte (ou destinação de recursos)
	Serve tanto para a receita como para a despesa.
	Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados
1ºDígito . 2º Dígito . 3º Dígito
	1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS
	1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente
	2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente
	3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores
	6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores
	9 – Recursos Condicionados
	2 e 3 º DÍGITO:
	00
	Recursos Ordinários
	100
	12
	Recursos Destinados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
	112
	52
	Resultado do Banco Central
	252
	50
	Recursos Próprios Não Financeiros
	250
A destinação da receita poder ser: 
Destinação vinculada: é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. 
Destinação ordinária (não vinculada): é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades.
O controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários.
Identificador de Resultado Primário
Não é obrigatório para os entes, mas é para União.
A receita é classificada, ainda, como:
Primária (P), quando seu valor é incluído na apuração do resultado primário. Ex: tributos, contribuições sociais, concessões, dividendos recebidos pela União, cota-parte das compensações financeiras, do próprio esforço de arrecadação das UA, doações e convênios. Também há receitas primárias de capital, decorrentes de alienação de bens e transferências de capital.
Não primária ou financeira (F), são aquelas receitas que não são consideradas na apuração do resultado primário, pois não alteram o endividamento líquido do Governo, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou da rolagem, operação de crédito, emissão de títulos públicos, privatizações, amortização de empréstimos concedidos e entre outras.
Outras Classificações (doutrinárias)
Coercitividade ou Procedência:
Originárias (economia privada ou direito privado): Correspondem àquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores.
Derivadas (economia pública ou direito público): Correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela exigência do Estado para que o particular entregue de forma compulsória uma determinada quantia na forma de tributos, de contribuições ou de multas.
Poder de tributar: 
Classifica as receitas de acordo com o poder de tributar que compete a cada ente da Federação, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal.
Afetação patrimonial:
Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes, com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato permutativo e, assim, é não efetiva.
Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao patrimônio público, pois se referem às entradas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem. São não efetivas todas as receitas de capital, com exceção do recebimento de transferências de capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é efetiva.
Regularidade ou periodicidade:
Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com arrecadação regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e possuem característica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR, ICMS, IPVA, IPTU etc.
Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as provenientes de guerras, doações, indenizações em favor do Estado etc.
Receita Pública
Derivada
(Compulsória)
Originária
(Facultativa)
Tributária
Imposto
Uti Universi
Serviço Geral
Taxa
Uti Singuli
Específico e Divisível
Pago pelo uso efetivo ou potencial
Contribuição de Melhoria
Por valorização de obra pública
Empréstimo Compulsório
Receita de Capital
Só a União pode instituir
Contribuição Especial
Lei Complementar
Não Tributária
Por sanção
Ex: Multa de Trânsito
Pode ser fiscalizado pelo particular.
De Serviço Público
De polícia (pelo exercício do poder de polícia)
Especial
Extraordinário
Creditício
Operação de Crédito
Exploração econômica dos meios
Venda de bem inservível
Tarifa (Preço Público)
Uti Singuli
Específico e divisível
Pago só pelo efetivo
Não tem autorização orçamentária
Contribuições Sociais
Contribuição de intervençãono domínio econômico (CIDE)
Contribuição de interesse
Categoria Profissional
Categoria Econômica
Para Seguridade Social
Para outros Direitos Sociais
(Contribuição para o sistema S)
Saúde
Assistência Social
Contribuição Previdenciária
(CSLL, Pis/Pasep, Cofins)
p/ RGPS
p/ RPPS
Custeio de Serviço de Iluminação Pública
Etapas da Receita
	Conforme a doutrina dominante, os estágios da receita são:
Previsão;
Lançamento;
Arrecadação;
Recolhimento.
Nem todos os estágios ocorrem para todas as receitas.
Previsão
	É a estimativa de arrecadação da receita constante na LOA resultante da metodologia de projeção de receitas orçamentárias.
Previsão
Demonstrativo da evolução
(art. 12 LRF)
2 anos
3 anos
A previsão de receita deve ser acompanhada de:
	São parâmetros para essa estimativa: alterações na legislação; alteração de alíquotas; desonerações fiscais, concessão de créditos tributários, variações dos índices de preço, crescimento econômico ou outro fator relevante.
Projeção = Base de Cálculo x índice de preço x índice de quantidade x efeito legislação
Base de cálculo, leva em consideração a séria histórica. O índice de quantidade fornece a variação média na quantidade de bens.
Pode haver receita arrecada e não prevista.
Lançamento
	É ato da repartição competente, que verifica o fato gerador, a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
	São objeto de lançamento os impostos diretos ou rendas com vencimento em lei, regulamento ou contrato. Ou seja, há receitas que não passam pelo lançamento (Ex. Doação).
	Tipos de lançamentos tributários:
Lançamento por declaração ou misto: sujeito passivo ou terceiro declara espontaneamente e agente fazendário efetiva o ato. Ex: ITCD;
Lançamento por homologação ou autolançamento: o pagamento e as informações prestadas são realizadas sem exame prévio da autoridade administrativa. Ex: IR, ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS;
Lançamento de ofício ou direto: administração já tem os dados fáticos para lançamento do tributo e não precisa de participação do sujeito passivo. Ex: IPVA e IPTU.
Arrecadação
É a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente. É a quitação do débito tributário por parte do contribuinte.
Recolhimento
É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, pelos caixas ou bancos arrecadadores.
Deve obedecer ao Princípio da Unidade de Tesouraria (ou de Caixa), ou seja, é vedada a criação de caixas especiais.
Renúncias de Receita
Tipos de Renúncias de Receita (LRF, art. 14, §1º):
Anistia: Perdão de multa anterior à vigência de lei (não abrange crédito tributário já em cobrança);
Remissão: Perdão de dívida (por valor pequeno, sujeito passivo não consegue solver o crédito, alto custo de cobrança, etc.);
Subsídio;
Crédito Presumido: Visa neutralizar o efeito de recuperação de imposto não cumulativo, por exemplo, com o objetivo de ressarcir exportador das contribuições para PIS/Pasep e Confins (o crédito real ou tributário do ICM não é considerado);
Concessão de isenção em caráter não geral;
Alteração de alíquota;
Modificação da base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuição;
Outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
As renúncias de receita devem ser acompanhadas de (essas providencias são taxativas):
Demonstração da estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício que iniciar e nos 2 seguintes,
Atendimento da LDO e 
Pelo menos a seguintes condições:
De que a renúncia foi considerada na estimativa da receita e não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo da LDO OU;
Estar acompanhado de medidas de compensação por meio do aumento de receita (elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição).
Não é considerado como renúncia (LRF, art. 14, §3º) e, portanto, não são necessárias as compensações previstas nas LRF:
Alteração na alíquota dos impostos: 
Imposto de importação (II);
Imposto de Exportação (IE);
Imposto sobre produto industrializados (IPI);
Imposto sobre operação de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou valores mobiliários (IOF)
Cancelamento de débito cujo montante seja inferior aos custos de cobrança.
O PLOA será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.
A matéria de renúncia de receita (subsídio, isenção, redução da base de cálculo, etc.) deve ser feita mediante lei específica (federal, estadual ou municipal), que regule exclusivamente a matéria.
Imposto de Renda Retido na Fonte
	O imposto de Renda (já retido na fonte) e proventos incidentes na fonte, pago pelos entes (DF, estado e município), incluso suas autarquias e fundações, é receita dos próprios entes.
Dívida Ativa
A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. São registrados no Ativo.
São receitas do exercício que forem arrecadadas, nas respectivas rubricas orçamentárias.
Corresponde a um crédito da fazenda pública, de natureza tributária ou não tributária, que é cobrado por meio da emissão de certidão de dívida ativa da fazenda pública da União, e equivale a um título executivo (garante liquidez).
Tributário: relativo a tributos e respectivos adicionais e multas;
Não Tributário: empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza (exceto as tributárias), foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais
	Responsabilidade
	Administração Direta
	Administração Indireta
	A competência para a gestão administrativa e judicial (apuração e inscrição) da dívida ativa da União é da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN.
	As autarquias e fundações públicas federais devem manter cadastro e controle próprio dos créditos inerentes às suas atividades. A competência para a apuração de certeza e liquidez, inscrição em dívida ativa e gestão administrativa e judicial desses créditos é da Procuradoria-Geral Federal – PGF.
* Excetuam-se a essa regra as contribuições sociais previdenciárias e a representação do Banco Central do Brasil
	As demais esferas governamentais, estados, Distrito Federal e municípios, disporão sobre competências de órgãos e entidades para gestão administrativa e judicial da dívida ativa pertinente.
As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser classificadas como “outras receitas correntes”, nas respectivas rubricas orçamentárias.
O envio dos valores para o órgão ou unidade competente para inscrição é tratado como uma transferência de gestão de créditos, ainda no âmbito de um mesmo ente federativo.
A inscrição é controle administrativo da legalidade, realizado pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição para todos os efeitos (por 180 dias ou até distribuição da execução fiscal, o que acontecer primeiro).
A presunção de certeza e liquidez da dívida ativa: É relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo.
Atualização monetária, juros, multa e demais encargos é natural. Mas ficam dispensados os pagamentos de emolumentos e custas.
As inscrições na dívida ativa da Fazenda Pública não estãosubmetidas a sigilo fiscal.
No órgão ou entidade de origem é baixado o crédito a receber contra uma variação patrimonial diminutiva (VPD) e no órgão ou entidade competente para inscrição é reconhecido um crédito de dívida ativa contra uma variação patrimonial aumentativa (VPA). Dessa forma, considerando-se o ente como um todo, há apenas a troca do crédito a receber não inscrito pelo crédito inscrito em dívida ativa, sem alteração do valor do patrimônio líquido.
	Forma de Liquidação
	Espécie
	A receita relativa à dívida ativa tem caráter orçamentário, e pertence ao exercício em que for realizada (arrecadada), no enfoque orçamentário.
	Bens
	Caso haja previsão de receita orçamentária específica para esta transação, haverá registro de receita orçamentária mesmo que não tenha havido o ingresso de recursos financeiros, bem como a incorporação do bem ou direito correspondente com reconhecimento de despesa orçamentária.
	Compensação
	De créditos inscritos em dívida ativa com créditos contra a Fazenda Pública, porém não resulta em ingresso de valores ou bens, configurando fato permutativo dentro do patrimônio do ente público.
	Abatimento ou anistia
	Autorização por intermédio de lei, servindo como instrumento de incentivo em programas de recuperação de créditos.
	Cancelamento
	Representa a sua extinção e provoca diminuição na situação líquida patrimonial.
	Dívida Ativa em moeda estrangeira: a conversão em moeda nacional ocorrerá na data da notificação ou da intimação do devedor. Na falta desses, ocorrerá na data de inscrição na dívida ativa.
	Os débitos e multas impostas pelo Tribunal de Contas não necessitam inscrição prévia na Dívida Ativa, pois têm eficácia de título executivo. No entanto, podem ser inscritos na Dívida Ativa para a utilização de um rito de execução privilegiado, bem como um acompanhamento mais apurado acerca dos créditos da Fazenda Pública. 
Fundos
Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação. A Lei não pode ser LOA ou de créditos adicionais.
Constitui fundo especial de natureza contábil ou financeira a modalidade de gestão de parcela de recursos do Tesouro Nacional, vinculados por lei à realização de determinados objetivos de política econômica, social ou administrativa do Governo:
Fundos especiais de natureza contábil: são os constituídos por disponibilidades financeiras evidenciadas em registros contábeis, destinados a atender a saques a serem efetuados diretamente contra o caixa do Tesouro Nacional.
Fundos especiais de natureza financeira: são os constituídos mediante movimentação de recursos de caixa do Tesouro Nacional para depósitos em estabelecimentos oficiais de crédito, segundo cronograma aprovado, destinados a atender aos saques previstos em programação específica.
É vedado levar a crédito de qualquer fundo recursos orçamentários que não lhe forem especificamente destinados em orçamento ou em crédito adicional.
O saldo positivo do fundo especial apurado em balanço será transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo, salvo determinação em contrário da lei que o instituiu.
O fundo especial inativo por mais de dois exercícios financeiros será extinto.
Despesa Pública
A despesa pública é a “aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para execução de um fim a cargo do governo.Classificação
Orçamentária da 
Despesa
	Classificação
	Busca responder...
	Esfera
	Em qual esfera
	Institucional
	Quem é o responsável (agente encarregado)
	Funcional
	Em que
	Programática
	Para que (finalidade)
	Elementos da Despesa
	O que será pago ou adquirido (natureza)
	Categoria Econômica
	Qual o efeito econômico da realização da despesa
	Fonte de Recursos
	Qual é a origem dos recursos
Estrutura da Programação Orçamentária da Despesa
	As programações orçamentárias estão organizadas em programas de trabalho com informações qualitativas e quantitativas (que podem ser físicas ou financeiras)
A estrutura está dividida em:
Programação Qualitativa: o Programa de Trabalho define qualitativamente a programação orçamentária. É composto pelas seguintes classificações: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura Programática.
Programação Quantitativa: Compreende a programação física e financeira. Identificado por: por meio da natureza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de resultado primário, dotação e justificativa.
	Institucional e natureza
	
	Orçamento tradicional ou clássico (unidimensional)
	Anterior + Programa de Trabalho (ações desenvolvidas)
	
	Orçamento desempenho ou funcional (bidimensional)
	Anterior + objetivo das ações
	
	Orçamento-Programa (tridimensional)
Classificações
	Algumas das classificações da despesa estão previstas na Portaria MOG nº 42/1999.
Formas de Ingresso
	Orçamentárias
	Extraorçamentárias
	São as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos adicionais, instituídas em bases legais. 
Assim, dependem de autorização legislativa. 
Obedecem aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias, pagamento de servidores etc.
	São as despesas não consignadas no orçamento ou nas leis de créditos adicionais.
Correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos.
Como as restituições de cauções, os pagamentos de restos a pagar, o resgate de operações por antecipação de receita orçamentária etc.
* Atenção: o resgate (pagamento) de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária é despesa extraorçamentária. Entretanto, os encargos referentes a tais despesas são orçamentários, classificados no elemento de despesa “25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita”.
Esfera Orçamentária
Institucional (ou Departamental)
A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos créditos orçamentários. Aponta “quem faz” a despesa. E permite comparar as dotações recebidas por cada órgão ou unidade orçamentária.
1º Dígito
2º Dígito
3º Dígito
4º Dígito
5º Dígito
Órgão Orçamentário
Unidade Orçamentária
* Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os “órgãos”, “transferências a estados, Distrito Federal e municípios”, “encargos financeiros da União”, “operações oficiais de crédito”, “refinanciamento da dívida pública mobiliária federal” e “reserva de contingência”.
Funcional
Essa classificação é obrigatória para todos os entes, pois permite a consolidação Nacional dos gastos do setor público.
	Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificas em termos de: funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais.
1º Dígito
2º Dígito
3º Dígito
4º Dígito
5º Dígito
Função
Subfunção
	A função é o maior nível de agregação. Está relacionada com a missão institucional do órgão (cultura, educação, saúde, defesa, etc.).
* Existe a função “encargos especiais” (função 28), que não pode ser associado a nenhum bem ou serviço (dívidas, ressarcimentos, indenizações, cumprimento de sentenças judicias). Apresenta agregação neutra. Estão associados a programas do tipo “operações especiais”. As suas subfunções típicas só podem ser utilizadas conjugadas.
	A subfunção deve evidenciar cada área de atuação do governo, agregando determinado subconjunto de despesas.
As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes.
Mas as Ações devem sempre estar conectadas às subfunções que representam sua área específica (Não temmatricialidade).
Programática
	A finalidade essencial dessa classificação é demonstrar as realizações do Governo e a efetividade do seu trabalho em prol da população. É a finalidade do gasto.
	É a mais moderna classificação orçamentária da despesa.
	1.º
	2.º
	3.º
	4.º
	1.º
	2.º
	3.º
	4.º
	5.º
	6.º
	7.º
	8.º
	Programa
	Ação
	Subtítulo
	
	1º Dígito
	Tipo de Ação
	
	
	1, 3, 5 ou 7
	Projeto
	
	
	2, 4, 6 ou 8
	Atividade
	
	
	0
	Operação Especial
	
Programa
Programas temáticos: retratam no PPA a agenda de governo organizada pelos Temas das Políticas Públicas e orienta a ação governamental. Sua abrangência deve ser a necessária para representar os desafios e organizar a gestão, o monitoramento, a avaliação, as transversalidades, as multissetorialidades e a territorialidade. O programa temático se desdobra em objetivos e iniciativas.
Programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado: são instrumentos do plano que classificam um conjunto de ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental, bem como as ações não tratadas nos programas temáticos por meio de suas iniciativas.
Ação
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, financiamentos etc.
As exceções são: aquisição ou produção de insumos estratégicos; e uma única ação de meios ou de insumos compartilhado por unidade orçamentária e vinculada ao programa de gestão do órgão (Ação 2000 – Administração da Unidade). 
	Tipos de Ações
	Atividade
	É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo
	Projeto
	É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo.
	Operação Especial
	Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços (Ex. Cumprimento de Sentenças Judiciais, Amortização e refinanciamento e encargos de financiamento da dívida contratual e imobiliária interna e externa; Contribuição à previdência privada; Subvenções econômicas e subsídios; Ressarcimentos; Pagamento de aposentadorias e pensões).
* As operações especiais caracterizam-se por não retratar a atividade produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes.
	Para a execução das ações serão definidos:
A finalidade expressa o objetivo a ser alcançado pela ação, ou seja, o porquê do desenvolvimento dessa ação. 
O produto é o bem ou serviço que resulta da ação, destinado ao público-alvo, ou o investimento para a produção deste bem ou serviço. Cada ação deve ter um único produto, como “servidor treinado” e “estrada construída”. 
A unidade de medida é o padrão selecionado para mensurar a produção do bem ou serviço.
	Não pode haver alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas, a não ser que se altere a LOA).
É notório que algumas ações orçamentárias têm uma singular dificuldade em serem planejadas sob a perspectiva territorial antes do início de sua execução, principalmente considerando sua estratégia de implementação. São exemplos as ações que dependam da adesão prévia de entes subnacionais a editais ou processos seletivos.
Para os casos em que não seja possível a regionalização durante o processo de elaboração orçamentária, foi criado um atributo que permitirá se fazer a regionalização na execução. Quando o campo “Regionalizar na execução” for marcado, o módulo de Acompanhamento solicitará, a partir de 2013, a execução física e também a região onde a despesa ocorreu.
		Ação padronizada, é a que envolve mais de uma UO, com organização institucional da União. A padronização pode ser:
Setorial (alteração de atributo pelo próprio órgão): São implementadas por UOs do mesmo órgão.
Multisetorial (alteração de atributo pela SOF): Por UOs de diferentes órgãos.
Da União: ações que perpassam diversos órgãos e/ou UOs sem contemplar as especificidades do setor ao qual estão vinculadas (Pagamento de Aposentadorias e Pensões, Auxílio-Alimentação, etc.).
Subtítulo (Localizador do Gasto)
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental.
A LDO da União veda que na especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados.
Plano Orçamentário
É uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível mais detalhado do que o do subtítulo (localizador de gasto) da ação.
Em regra, é opcional, mas é obrigatório para as ações que requerem acompanhamento intensivo.
Os PO serão vinculados aos subtítulos/localizadores do gasto da ação.
Uma ação de um mesmo programa, mas com duas UOs diferentes, terá dois cadastros de PO, um para cada UO (isso também vale para esfera, função, subfunção e programa).
O PO poderá ser apresentado de 3 maneiras:
Produção pública intermediária: para identificação de produtos ou serviços intermediários ou aquisição de insumos utilizados na geração do bem ou serviço final.
Etapas de projeto: Marcar as diferentes fases de um projeto (pode ser marcado como obrigatório pela SOF).
Mecanismos de acompanhamento intensivo: quando utilizado para acompanhar um segmento específico da ação orçamentária.
Natureza (por Categorias)
	1.º
	2.º
	3.º
	4.º
	5.º
	6.º
	7.º
	8.º
	Categoria Econômica
	Grupo de Natureza de Despesa
	Modalidade de Aplicação
	Elemento de Despesa
	Desdobramento Facultativo do Elemento
Art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001: Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
Art. 15º da Lei 4320/64: Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. § 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
Categoria Econômica
Obedece ao critério econômico. Permite analisar o impacto dos gastos públicos na economia do país.
3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital;
* Obras de conservação, manutenção e adaptação bens imóveis é custeio.
4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
9 – Reservas: as reservas não são classificadas como despesas correntes nem como despesas de capital. Para efeito de classificação, as reservas do RPPS e de contingência serão identificadas como grupo “9”, todavia, não são passíveis de execução, servindo de fonte para abertura de créditos adicionais.
Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor – RPPS: os ingressos previstos que ultrapassarem as despesas orçamentárias fixadas em um determinado exercício constituem o superávit orçamentário inicial,

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