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INSS - Direito Previdenciario - 2011

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Livraria Multimarcas 
Legislação Previdenciária 1 
Direito Previdenciário 
 
01. Assinale a alternativa incorreta: 
a) A Previdência social é um seguro social, mediante contribuições previdenciárias, com a finalidade de prover subsistência 
ao trabalhador, em caso de perda de sua capacidade laborativa. 
b) A Previdência Social é administrada pelo Ministério da Previdência Social e as políticas referentes a essa área são 
executadas pela autarquia federal denominada Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 
c) Todos os trabalhadores formais recolhem, diretamente ou por meio de seus empregadores, Contribuições 
Previdenciárias para o Fundo de Previdência. 
d) No caso dos servidores públicos brasileiros, existem sistemas previdenciários próprios. O artigo 213 da Constituição 
Federal brasileira prevê o Regime Geral da Previdência Social. 
e) Originalmente uma competência do poder público, esta também é oferecida comumente por iniciativa de organizações 
não-governamentais (ONGs) e organizações religiosas. 
 
02. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a Seguridade Social, com base nos seguintes objetivos ou 
princípios: 
 universalidade da cobertura e do atendimento; 
 uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
 irredutibilidade do valor dos benefícios; 
 equidade na forma de participação no custeio; 
 diversidade da base de financiamento; 
 caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos 
trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
Quantos itens estão corretos? 
a) 7 
b) 6 
c) 5 
d) 4 
e) 3 
 
03. Já, a Previdência Social, organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, 
obedece aos seguintes princípios e diretrizes: 
 universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante contribuição; 
 valor da renda mensal dos benefícios, substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado, 
não inferior ao do salário-mínimo; 
 cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente; 
 preservação do valor real dos benefícios; 
 previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional. 
Quantos itens estão corretos? 
a) 3 
b) 4 
c) 6 
d) 2 
e) 5 
 
04. O mecanismo de Previdência Social possui importantes papéis na sociedade: 
a) social: proteção e dignidade, com redução da pobreza. 
b) econômico: em mais de 67% dos municípios brasileiros, os recursos pagos pela previdência são maiores do que os do 
Fundo de Participação dos Municípios. 
c) político: paz social. 
d) a, b e c estão corretos 
e) nenhuma das respostas anteriores 
 
05. A previdência Social abrange a cobertura, mediante contribuição, de riscos decorrentes de doença, invalidez, velhice, 
morte, proteção à maternidade; concedendo auxílio-doença, aposentadoria e pensão por morte. Portanto, é um sistema 
estatal cuja principal função é a proteção social de trabalhadores que se aposentam ou que, por algum dos motivos já 
citados, ficam impossibilitados de trabalhar. Infelizmente, nos últimos anos, houve um sucateamento do aparato que 
protege o tabalhador. Mesmo levando em consideração que inúmeras contratações foram feitas para esse órgão, o 
atendimento à população é péssimo, forçando trabalhadores de avançada idade ou lesionados, a enfrentarem filas e mais 
filas para atendimento, além de uma burocracia sem fim para concessão dos benefícios. 
Quanto ao enunciado acima podemos afirmar que: 
a) está parcialmente correto 
b) está totalmente correto 
c) está totalmente incorreto 
d) nada podemos afirmar com tais dados 
Livraria Multimarcas 
Legislação Previdenciária 2 
06. A saúde é de relevância pública e sua organização obedecerá a princípios e diretrizes, na forma da Lei nº 8212/91. 
Assinale a alternativa correta no que se refere a esses princípios e diretrizes. 
A) Participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os preceitos constitucionais. 
B) Centralização, com direção única na esfera do Governo Federal. 
C) Participação da comunidade na gestão, no acompanhamento e não na fiscalização das ações e serviços de saúde. 
D) Provimento das ações e serviços através de rede nacional e hierarquizada, integrados em sistema único. 
E) Atendimento seletivo e parcial, com prioridade para as atividades preventivas. 
 
07. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, ob-
servados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá a 
I. proteção ao trabalhador em situação de desemprego voluntário; 
II. proteção à maternidade, não incluída a proteção a gestante, paternidade e a infância; 
III. cobertura de eventos de doença, invalidez, morte excetuada a idade avançada; 
IV. salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de qualquer renda; 
V. pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. 
A) as assertivas I e III estão corretas. 
B) as assertivas III e V estão corretas. 
C) as assertivas II e IV estão corretas. 
D) as assertivas II e V estão corretas. 
E) as assertivas I e IV estão corretas. 
 
08. São segurados obrigatórios da Previdência Social, na forma do determinado pela Lei nº 8213/91, as seguintes pessoas 
físicas: 
A) como empregado: o brasileiro civil e militar que trabalhar para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros, 
excluídos os estrangeiros, dos quais o Brasil seja membro efetivo ou temporário, ainda que lá domiciliado e contratado, 
salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio. 
B) como empregado: o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em 
sucursal ou agência de empresa nacional no exterior. 
C) como empregado: aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, prestar 
serviço para atender a necessidade de substituição de pessoal transitório ou a acréscimo extraordinário de serviços de 
outras empresas. 
D) como empregado: aquele que prestar serviço de natureza urbana, excetuada a rural, à empresa, em caráter não eventu-
al, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado. 
E) como empregado: como empregado doméstico: aquele que prestar serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no 
âmbito residencial desta, mesmo em atividades com fins lucrativos. 
 
Em relação ao Instituto Nacional do Seguro Social, a seu histórico e estrutura, julgue os itens a seguir. 
 
09. As gerências executivas são órgãos descentralizados da estrutura administrativa do INSS; entretanto a escolha e a 
nomeação dos gerentes executivos são feitas diretamente pelo ministro da Previdência Social sem necessidade de obser-
vação a critérios especiais de seleção. 
 
10. A fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária centralizou em apenas um órgão 
a arrecadação da maioria dos tributos federais. Contudo, a fiscalização e a arrecadação das contribuições sociais destina-
das aos chamados terceiros — SESC, SENAC, SESI, SENAI e outros — permanecem a cargo do INSS. 
 
11. O Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal atualmente vinculada ao Ministério da Previdência Social, sur-
giu, em 1990, como resultado da fusão do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e o 
Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS) 
 
Acerca do processo administrativo, julgue os itens subseqüentes. 
 
12. Suponha-se que Francisca, servidorado INSS, ao atender um segurado e receber dele um requerimento de benefícios, 
tenha constatado que ele não havia incluído um item a que tinha direito. Suponha-se, ainda, que ela tenha decidido não lhe 
dizer nada a esse respeito. Nessa situação, a atitude de Francisca não pode ser reprovada, pois o servidor do INSS pode 
omitir de segurado a existência de direito a verba de benefício que não tenha sido explicitamente requerida. 
 
13. Para que sejam efetivas, as funções administrativas de planejamento, direção, organização e controle devem ser im-
pessoais. 
 
14. Um plano que abranja o procedimento de recepção de segurados do INSS e as programações de tempo de espera para 
cada caso, visando à melhoria da qualidade do serviço de atendimento, é exemplo de planejamento estratégico. 
 
15. O balanço e o relatório financeiro são exemplos de controle estratégico. 
 
16. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recur-
sos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribui-
ções sociais: 
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Legislação Previdenciária 3 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe pres-
te serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
Estão corretas: 
a) I e II 
b) II e III 
c) I, II e IV 
d) Todas estão corretas 
 
17. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema úni-
co, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
a) descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
b) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
c) participação da comunidade. 
d) todas estão corretas 
 
18. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, ob-
servados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 
§ 2º. 
Estão corretas: 
a) I, II e III 
b) II, III e V 
c) Todas estão corretas 
d) Quatro delas estão corretas 
e) Nenhuma das respostas anteriores 
 
19. Assinale a alternativa incorreta: 
a) É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regi-
me geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei com-
plementar. 
b) Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal 
inferior ao salário mínimo. 
c) Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da 
lei. 
d) É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme crité-
rios definidos em lei. 
e) É facultada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante 
de regime próprio de previdência. 
 
20. É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condi-
ções: 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para 
os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes 
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
Podemos afirmar que: 
a) somente a I está correta 
b) somente a II está correta 
c) ambas estão corretas 
d) ambas estão incorretas 
 
21. Julgue os tópicos a seguir: 
1. A Previdência Social no Brasil possui mais de 100 anos de história. A primeira legislação pertinente ao tema é datada 
de 1888, quando foi regulamentado o direito à aposentadoria para empregados dos Correios. 
2. O fato considerado como ponto de partida da Previdência Social propriamente dita no País, contudo, é a Lei Elói Chaves 
(Decreto n° 4.682) de 1923. Ela criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões para empregados de empresas ferroviárias, 
Livraria Multimarcas 
Legislação Previdenciária 4 
estabelecendo assistência médica, aposentadoria e pensões, válidos inclusive para seus familiares. Em três anos, a lei 
seria estendida para trabalhadores de empresas portuárias e marítimas. 
3.Na década de 30, através da promulgação de diversas normas, os benefícios sociais foram sendo implementados para a 
maioria das categorias de trabalhadores, dos setores público e privado. Foram criados, também, seis institutos de previdên-
cia, responsáveis pela gestão e execução da seguridade social brasileira. 
4. Em 1960, foi criada a Lei Orgânica de Previdência Social, unificando a legislação referente aos institutos de aposentado-
rias e pensões. A esta altura, a Previdência Social já beneficiava todos os trabalhadores urbanos. Os trabalhadores rurais 
passariam a ser contemplados em 1963. 
5. Em 1966, com a alteração de dispositivos da Lei Orgânica da Previdência Social, foram instituídos o Fundo de Garantia 
por Tempo de Serviço - " FGTS, uma indenização para o trabalhador demitido que também pode ser usada para quem 
quiser comprar sua casa própria, e o Instituto Nacional de Previdência Social - " INPS (atualmente a sigla é INSS), que 
reuniu os seis institutos de aposentadorias e pensões existentes. 
6. Em 1974, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social. Até então, o tema ficava sob o comando do Ministé-
rio do Trabalho e Emprego (na época chamado Ministério do Trabalho e Previdência Social). 
7. A extensão dos benefícios da previdência a todos os trabalhadores se dá com a Constituição de 1988, que passou a 
garantir renda mensal vitalícia a idosos e portadores de deficiência, desde que comprovada a baixa renda e que tenham 
qualidade de segurado. 
8. Em 1990, o INPS mudou de nome, passando a ser chamado de INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social. 
9. Em dezembro de 1998, o governo mudou as regras da previdência passando a exigir uma idade mínima para a aposen-
tadoria, que, no caso das mulheres, é de 55 anos e do homem, 60 anos. Anteriormente, a aposentadoria valia para quem 
contribuísse por 25 a 30 anos, no caso das mulheres, e 30 a 35 anos, no caso dos homens, sem limite mínimo de idade. 
Quantos itens estão corretos? 
a) 5 
b) 7 
c) 9 
d) 8 
e) 6 
 
22. São tipos de segurados 
1.Empregado – São os trabalhadores com carteira assinada, temporários, diretores-empregados, ministros e secretários 
públicos, quem trabalha em empresa brasileira fora do Brasil, bem como multinacionais e outros organismos internacionais 
que estejam instalados no país. 
2. Empregado doméstico - Como o próprionome diz, são os empregados que trabalham em domicílios (faxineiros, jardinei-
ro, caseiro, etc...). 
3. Trabalhador avulso - São empregados por sindicatos ou gestores de mão-de-obra, que prestam serviços em outras em-
presas (nesta categoria estão estivadores e carregadores de embarcação, por exemplo). 
4. Contribuinte individual - São os famosos autônomos, que trabalham por conta própria ou que prestam serviços de natu-
reza eventual em outras empresas. Estão nessa categoria vários trabalhadores que margeiam o mercado informal como 
motoristas de táxi, diaristas, ambulantes e associados de cooperativas. 
5. Segurado especial - É quem trabalha em família, sem o rigor da carteira assinada. Nessa categoria encontram-se cônju-
ges, filhos maiores de 14 anos, pescadores artesanais e índios. 
6. Segurado facultativo - Esta categoria é destinada a qualquer cidadão que não exerce atividade profissional remunerada, 
mas que deseja contribuir para garantir uma aposentadoria (como donas-de-casa, síndicos, estudantes, desempregados e 
presidiários, entre outros). 
Quantos itens estão corretos? 
a) 5 
b) 6 
c) 4 
d) 3 
e) 2 
 
Nas questões que se seguem, assinale: 
C – se a proposição estiver correta 
E – se a mesma estiver incorreta 
 
23. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
a) universalidade da cobertura e do atendimento; 
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios; 
e) eqüidade na forma de participação no custeio; 
f) diversidade da base de financiamento; 
g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a participação da comunidade, em especial de tra-
balhadores, empresários e aposentados. 
 
24. A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, prote-
ção e recuperação. 
Livraria Multimarcas 
Legislação Previdenciária 5 
 
25. As atividades de saúde são de relevância pública e sua organização obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
a) acesso universal e igualitário; 
b) provimento das ações e serviços através de rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sistema único; 
c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
d) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; 
e) participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento das ações e serviços de saúde; 
f) participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os preceitos constitucionais. 
 
26. A organização da Previdência Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
a) universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante contribuição; 
b) valor da renda mensal dos benefícios, substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado, 
não inferior ao do salário mínimo; 
c) cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente; 
d) preservação do valor real dos benefícios; 
e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional. 
 
27. A organização da Assistência Social obedecerá às seguintes diretrizes: 
a) descentralização político-administrativa; 
b) participação da população na formulação e controle das ações em todos os níveis. 
 
28. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas: 
I - receitas da União; 
II - receitas das contribuições sociais; 
III - receitas de outras fontes. 
 
29. Constituem contribuições sociais: 
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; 
b) as dos empregadores domésticos; 
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição; 
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; 
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
30. Considera-se: 
I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrati-
vos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional; 
II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. 
Parágrafo único. Equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe 
presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomáti-
ca e a repartição consular de carreira estrangeiras. 
 
31. A contribuição do empregador doméstico é de 10% (dez por cento) do salário-de-contribuição do empregado doméstico 
a seu serviço. 
 
32. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de 
produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para pres-
tação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documen-
tos. 
 
33. Consideram-se concursos de prognósticos todos e quaisquer concursos de sorteios de números, loterias, apostas, 
inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal. 
 
34. Para efeito do disposto neste artigo, entende-se por renda líquida o total da arrecadação, deduzidos os valores destina-
dos ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com a administração, conforme fixado em lei, que inclusive 
estipulará o valor dos direitos a serem pagos às entidades desportivas pelo uso de suas denominações e símbolos. 
 
35. Durante a vigência dos contratos assinados até a publicação desta Lei com o Fundo de Assistência Social-FAS é asse-
gurado o repasse à Caixa Econômica Federal-CEF dos valores necessários ao cumprimento dos mesmos. 
 
36. Constituem outras receitas da Seguridade Social: 
I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; 
II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros; 
III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens; 
IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras; 
V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais; 
VI - 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição 
Federal; 
VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; 
Livraria Multimarcas 
Legislação Previdenciária 6 
VIII - outras receitas previstas em legislação específica. 
37. As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores 
de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinqüenta 
por cento) do valor total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da assistência 
médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito. 
38. O empregador doméstico poderá recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a parcela a seu cargo 
relativas à competência novembro até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente ao 13
o
 (décimo ter-
ceiro) salário, utilizando-se de um único documento de arrecadação. 
39. A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção fica obrigada a fornecer ao segurado 
especial cópia do documento fiscal de entrada da mercadoria, parafins de comprovação da operação e da respectiva con-
tribuição previdenciária. 
40. Quando o grupo familiar a que o segurado especial estiver vinculado não tiver obtido, no ano, por qualquer motivo, 
receita proveniente de comercialização de produção deverá comunicar a ocorrência à Previdência Social, na forma do regu-
lamento. 
41. Quando o segurado especial tiver comercializado sua produção do ano anterior exclusivamente com empresa adquiren-
te, consignatária ou cooperativa, tal fato deverá ser comunicado à Previdência Social pelo respectivo grupo familiar. 
42. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho tem-
porário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em 
nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da emissão 
da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, 
observado o disposto no § 5
o
 do art. 33 desta Lei. 
43. O valor retido de que trata o caput, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, será 
compensado pelo respectivo estabelecimento da empresa cedente da mão-de-obra, quando do recolhimento das contribui-
ções destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos segurados a seu serviço. 
44. O valor retido de que trata o caput deste artigo, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de ser-
viços, poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhi-
mento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. 
45. Na impossibilidade de haver compensação integral na forma do parágrafo anterior, o saldo remanescente será objeto 
de restituição. 
46. Para os fins desta Lei, entende-se como cessão de mão-de-obra a colocação à disposição do contratante, em suas 
dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim 
da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação. 
47. Enquadram-se na situação prevista no parágrafo anterior, além de outros estabelecidos em regulamento, os seguintes 
serviços: 
I - limpeza, conservação e zeladoria; 
II - vigilância e segurança; 
III - empreitada de mão-de-obra; 
IV - contratação de trabalho temporário na forma da Lei n
o
 6.019, de 3 de janeiro de 1974. 
48. O cedente da mão-de-obra deverá elaborar folhas de pagamento conjunta de todos os contratantes. 
49. Em se tratando de retenção e recolhimento realizados na forma do caput deste artigo, em nome de consórcio, de que 
tratam os arts. 278 e 279 da Lei n
o
 6.404, de 15 de dezembro de 1976, aplica-se o disposto em todo este artigo, observada 
a participação de cada uma das empresas consorciadas, na forma do respectivo ato constitutivo. 
50. A empresa é também obrigada a: 
I - preparar folhas-de-pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo 
com os padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social; 
II - lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as 
contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; 
III – prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de seu inte-
resse, na forma por ela estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização; 
IV – declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
– FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cál-
culo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador 
do FGTS. 
 
Nas questões que se seguem, assinale: 
C – se a proposição estiver correta 
E – se a mesma estiver incorreta 
 
51. Previdência social é a medida de proteção social, exercida por um conjunto de instituições públicas, que tem a finalida-
de de substituir ou complementar a remuneração, quando ela deixa de ser recebida por doença, velhice ou morte, ou 
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Legislação Previdenciária 7 
quando se torna insuficiente para despesas essenciais, como tratamento médico. A rigor, a previdência social beneficia 
pessoas que exercem atividade remunerada, como trabalhadores em empresas privadas e servidores públicos, o que a 
distingue da assistência social, que se caracteriza pelo atendimento a qualquer pessoa que dela necessite. 
52. De modo geral, a previdência social atua em cinco ramos principais: invalidez, velhice (ou tempo de serviço) e morte; 
doença e maternidade; acidentes de trabalho; desemprego; e encargos familiares. Em praticamente todos os países 
onde existe, a previdência social é custeada pelas contribuições dos trabalhadores, das empresas e do estado, em 
proporções variáveis. De modo geral, o sistema de previdência mantém serviços de assistência médica e hospitalar pa-
ra seus associados. 
53. A história da previdência social é um registro de sucessivos fracassos do indivíduo em proteger-se dos riscos da exis-
tência humana. A ajuda aos que não podiam prover a própria subsistência ou a de suas famílias, por incapacidade físi-
ca, desemprego ou doença, era dada inicialmente pelos parentes e vizinhos. Aos poucos, com a progressiva aceitação 
da noção de risco social, houve a transferência da responsabilidade da assistência para organizações mais amplas, 
como as associações religiosas ou corporações de ofício (guildas). Os hospitais eram religiosos, como as atuais santas 
casas de misericórdia, construídas no Brasil de acordo com o modelo de Portugal. 
54. Os serviços de previdência social no Brasil estão unificados num ministério, responsável pela prestação do atendimen-
to ao segurado e pelo recolhimento dos recursos dos trabalhadores e dos empregadores, de acordo com a lei. Como 
na maioria dos países, a previdência social é custeada pelas contribuições dos empregados, das empresas e do esta-
do, em proporções variáveis. 
55. As primeiras medidas de previdência social no Brasil surgiram em 1933, com as caixas de aposentadorias e pensões 
previstas na Lei Elói Chaves, que beneficiava os trabalhadores de empresas ferroviárias particulares, direito que logo 
foi ampliado aos empregados nas ferrovias oficiais e trabalhadores portuários. A lei foi sancionada em 24 de janeiro, 
dia em que se comemora o dia da previdência social. 
56. A matéria previdenciária passou a ser ordenada, controlada e fiscalizada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Co-
mércio, criado em 1930, e seu campo de aplicação estendeu-se a outras categorias profissionais. Na década de 1930, 
novas caixas de aposentadorias e pensão surgiram, nos moldes das primeiras, algumas delas aglutinadas em institu-
tos. Mais tarde foram agrupadas numa caixa única, a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Emprega-
dos em Serviços Públicos, posteriormente transformada em instituto. Nesse período, consagrou-se a prática de consi-
derar a previdência uma conquista das diversas categorias de trabalhadores, com o abandono gradual da elaboração 
de contratos de seguridade social por empresas isoladas, o que é atestado pela criação dos institutos, como o dos ma-
rítimos, comerciários, industriários e outros. Na década de 1940 acentuou-se a tendência para a unificação, com a cri-
ação de serviços complementares de alimentação e assistência médica, depois extintos. 
57. Com a promulgação da Lei Orgânica da Previdência Social em 1960, a previdência social, organizadaem cinco gran-
des institutos e uma caixa, elevada também à condição de instituto, passou a abranger a quase totalidade dos traba-
lhadores urbanos brasileiros. Em 1966, todas as instituições previdenciárias foram unificadas no Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS). Em 1974, o Ministério do Trabalho e Previdência Social foi desdobrado e criou-se o Ministé-
rio da Previdência e Assistência Social, que passou a ter todas as atribuições referentes à previdência social. O INPS 
ficou responsável pela concessão de benefícios, assim como pela readaptação profissional e amparo aos idosos. 
58. Um sistema especial foi estabelecido para atender o trabalhador do campo, com o Estatuto do Trabalhador Rural, de 
1963, que criou o Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (Funrural) e o Programa de Assistência ao 
Trabalhador Rural (Prorural) de 1972. 
59. Em 1979, foram regulamentadas as entidades de previdência privada. As instituições fechadas, como fundos de pen-
sões e montepios, foram postas na alçada do Ministério da Previdência e Assistência Social; as abertas ao público su-
bordinam-se ao Ministério da Indústria e do Comércio. Como em todos os países onde existem, os fundos das entida-
des de previdência privada são uma poderosa força econômica, com participação ativa nos mercados acionários. 
60. Na última década do século XX, a previdência social brasileira se encontrava mergulhada em profunda crise e atendia 
mal às necessidades dos segurados. As perdas por sonegação e fraude, apesar de medidas ocasionais dirigidas a coi-
bir essas práticas, se aliavam ao alto custo operacional de uma instituição burocratizada para determinar sua virtual fa-
lência. A relação entre o número de contribuintes e o contingente beneficiário havia ascendido a dois para um, ou seja, 
para cada trabalhador inativo havia apenas dois ativos. Essa situação de difícil solução se devia, paradoxalmente, à 
melhora das condições de saúde da população trabalhadora e a seu conseqüente envelhecimento, o que acarretava o 
pagamento de benefícios por mais tempo. Para corrigir essas distorções, propôs-se uma reforma estrutural da previ-
dência pela qual a concessão dos benefícios passaria a depender da combinação de duas variáveis: o tempo de con-
tribuição, que seria estendido, e a idade do trabalhador. Assim, se evitaria a aposentadoria ou ao menos a concessão 
de benefícios integrais a pessoas ainda jovens, que houvessem trabalhado desde muito cedo, e a de pessoas que, 
embora idosas, tivessem contribuído por pouco tempo devido ao ingresso tardio ao mercado de trabalho. 
61. As principais críticas ao desempenho da previdência do Brasil tinham por alvo o teto das aposentadorias, situado em 
geral muito abaixo do nível salarial do trabalhador ativo; o atraso no pagamento dos benefícios; a não-incorporação de 
reajustes devidos; as intermináveis filas a que era submetida a maioria dos beneficiários para receber seus proventos; 
as aposentadorias especiais, como as que beneficiavam parlamentares com apenas oito anos de serviços prestados, 
situadas em patamares muito mais altos que a média; e o precário atendimento médico prestado aos contribuintes de-
vido à degradação geral dos hospitais públicos. 
62. A seguridade social é um conceito bastante amplo, que envolve todo um conjunto de políticas públicas que visam 
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Legislação Previdenciária 8 
assegurar a proteção social do indivíduo. 
63. Foi a partir do final da Segunda Guerra Mundial, após a proclamação da Carta dos Direitos do Homem, em 10 de de-
zembro de 1948, que a segurança social, um conceito de política já existente desde o princípio do século XX, passou a 
ser incrementada. Como relata Patrão Neves, desenvolveram-se vários modelos de segurança social nacional, com 
uma dupla tendência: a universalização, no sentido de alcançar toda a população, e a gratuidade, com a finalidade de 
garantir o acesso amplo e indiscriminado aos cuidados sanitários. 
64. A Seguridade Social é, pois, um pressuposto de cidadania das sociedades modernas e democráticas, a que as pesso-
as têm direito desde antes do nascimento até depois de sua morte: pré-natal (saúde), serviços de parto (saúde), aces-
so à creche e assistência financeira às famílias carentes (assistência social), direitos previdenciários relativos ao traba-
lho e emprego, acesso à aposentadoria (previdência), salário-idoso (assistência social), pensão aos viúvos (previdên-
cia) e auxílio às famílias carentes (assistência). 
65. Deve-se, pois, considerar Seguridade Social, a saúde, a previdência e assistência social, que são caracteristicamente 
indissolúveis e complementares entre si na garantia social do indivíduo, ou seja, os princípios básicos da seguridade 
social são a universalidade, a solidariedade, a eqüidade e a redistribuição. Daí porque o Estado deve se responsabili-
zar como órgão regulador, co-financiador e garantidor do sistema de seguridade social. 
66. O marco da criação da Assistência Social encontra-se na Irlanda e data de 1601, com a edição da Lei dos Pobres 
(Poor Relief Act), que regulamentou a instituição de auxílios e socorros públicos aos necessitados. 
Podem-se distinguir pelo menos três períodos na evolução do seguro social: 
67. fase inicial — da origem a 1920; caracteriza-se pela criação dos regimes securitários em vários países europeus; 
68. fase intermediária — 1920 a 1950; é a fase da expansão geográfica do seguro social pelo mundo, com sua instituição 
em diversos países da América Latina, Ásia e Oceania; 
69. fase contemporânea — 1950 até os dias atuais; marcada peLa universalização do acesso às prestações de 
previdência e pela ampliação qualitativa dos benefícios. 
70. Em nosso país, as primeiras manifestações de preocupação com a necessidade de implantação de seguro social 
deram-se através das santas casas de misericórdia, como a de Santos (1543), montepios e sociedades beneficentes, 
todos de cunho mutualista e particular. Também se registra a instituição do Montepio para a Guarda Pessoal de D João 
VI (1808), bem como o pagamento de pensões às viúvas dos militares falecidos na Guerra do Paraguai Em 1836, foi 
criado o Montepio Geral dos Servidores do Estado (Mongeral), primeira entidade privada a funcionar no pais 
71. Em 1930, foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que tinha a tarefa de supervisionar a Previdência 
Social. A década de 30 foi marcada pela unificação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (que à época já somavam 
183) em Institutos Públicos de Aposentadoria e Pensão. Os IAPs não estavam ligados a empresas — congregavam 
classes e categorias de trabalhadores, de âmbito nacional. 
72. Surgiram assim o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos (IAPM) em 1933, o Instituto de Aposentadoria e 
Pensão dos Comerciários (IAPC) em 1934, o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários (tAPE) em 1934, o 
IAP dos Industriários (IAPI) em 1936 e o IAP dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPTEC) em 1938. Esse 
processo de unificação e criação dos Institutos avançou até o início dos anos 50 quando praticamente toda a 
população urbana assalariada já se encontrava coberta pela Previdência, exceto os trabalhadores domésticos e 
autônomos. 
73. A Constituição de 1934 estabeleceu a tríplice forma de custeio (ente público, trabalhador e empregador) no art. 121. A 
Carta de 1937, outorgada em pleno Estado Novo, empregou a expressão ―seguro social’. 
74. Somente na Carta de 1946 surgiu, pela primeira vez, a expressão ―previdência social’, elencando, como riscos sociais, 
a doença, a velhice, a invalidez e a morte. 
75. Em 1947, o Deputado Aluízio Alves apresentou o Projeto que deu origem á Lei Orgânica da Previdência Social — 
LOPS — Lei na 1807, de 26/8/1960, marco de unificação dos critérios de concessão dos benefícios pelos diversos 
Institutos. A partir da LOPS, apesar decontinuarem a existir, os IAPs passaram a ser norteados pelas mesmas regras. 
76. A unificação dos Institutos somente veio a ocorrer em 21/11/1971, através do Decreto-Lei na 72, que criou o Instituto 
Nacional da Previdência Social (INPS). 
77. A Lei Complementar nº 11 instituiu o PRÓ-RURAL. 
78. A Constituição Federal de 1988 trouxe-nos uma completa estruturação da Previdência, Saúde e Assistência Social, 
unificando esses conceitos sob a moderna definição de ―seguridade social‖. 
79. A Emenda Constitucional no 20, de 16/12/1998, trouxe substanciais mudanças à seguridade, normatizando as regras 
previdenciárias dos servidores públicos, determinando a destinação especifica à previdência e assistência social do 
produto arrecadado pelo INSS com as contribuições, impondo ao Juizes do Trabalho a execução das contribuições 
previdenciárias oriundas de suas sentenças, extinguindo a aposentadoria por tempo de serviço, criando a 
aposentadoria por tempo-contribuição e tornando mais rigorosos os requisitos exigidos para a fruição de alguns 
benefícios, além de outras alterações. 
80. Em 6 de maio de 1999, foi editado o Decreto no 3.048, Regulamento da Previdência Social, reunindo normas sobre o 
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Legislação Previdenciária 9 
custeio da previdência social e prestações previdenciárias. 
81. Poderíamos, com apoio na lição de Alonso Caldas Brandão,
 
dividir a evolução do seguro social no Brasil em três fases: 
a) período de formação, que vai da lei de indenização por acidentes do trabalho e da Lei nº 4.68
2
, de2S de janeiro de 
1923— caixa dos ferroviários— a 30 de setembro de 1931, marco das grandes reformas introduzidas na previdência 
social; b) período de expansão, que data da primeira lei Orgânica da Previdência Social, o Decreto nº 20.465, de 1º de 
outubro de 1931, alterado pelo Decreto nº 21.465, de 24 de fevereiro de 1932, até nosso dias; c) período de 
centralização, coordenação e unificação da previdência social, tendência natural, lógica e racional, consubstanciada no 
Decreto-lei nº 7626, de 7 de maio de 1945 (Lei Orgânica dos Serviços Sociais), posteriormente também a LOPS. Mais 
duas fases ainda podem ser adicionadas por nós: d) período de organização da seguridade social, como gênero dos 
direitos à previdência social, saúde e assistência, com a delimitação das ações estatais em cada setor, a partir da 
Constituição de 1988, e, e) o fortalecimento de sistemas de previdência privada, complementar à atuação do Estado 
(art. 202 da CRFB/88, após a EC nº 20/98) e Leis Complementares nº 108 e 109 de 2001. 
82. Quanto à evolução da Previdência Social no Brasil, sempre atuais são os comentários de Viana e Silva:
 
A história da 
Previdência Social no Brasil oferece ricas ilustrações da evolução perversa de um remoto Estado do Bem-Estar social 
(Welfare State). Iniciado nos anos 20, o sistema previdenciário brasileiro ganhou estruturação no bojo da reformulação 
administrativa operada pelo Estado Novo. O padrão cooptativo de incorporação de classes baixas orientou a 
concepção das políticas sociais sob um regime autoritário; este padrão encontrou campo fértil no populismo que com a 
democratização ocorrida em 1945 substituiu a ditadura Vargas. Entre 1950 e 1964 consolidou-se a rede de 
patronagem sob a qual o modelo de cooptação adquiriu força: sindicatos, partidos políticos (em especial o PTB), 
agências de seguridade social e o Ministério do Trabalho. Neste período, aprofunda-se também a contradição expressa 
no caráter dúplice da cooptação, representando ao mesmo tempo incorporação e controle dos setores populares. O 
movimento trabalhista tornar-se-á crescentemente dependente do sistema de privilégios administrado pelo Estado, 
mas a incorporação criará igualmente os meios para a mobilização dos extratos subalternos. 
Princípios constitucionais 
83. 1º Princípio. UNIVERSALIDADE DE COBERTURA E DO ATENDIMENTO. 
A universalidade da cobertura, significa que a Seguridade deve contemplar todas as contingências sociais que geram 
necessidade de proteção social das pessoas, tais como: maternidade; velhice; doença; acidente; invalidez; reclusão e 
morte. Já a universalidade do atendimento, significa dizer que todas as pessoas serão indistintamente acolhidas pela 
Seguridade Social. A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públi-
cos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência. Convém escla-
recermos um ponto que pode suscitar dúvidas. Não podemos confundir, previdência social com seguridade social, a-
quela é espécie dessa. Assim, quando o princípio assegura universalidade de atendimento, não significa dizer que 
qualquer pessoa tenha direito aos benefícios previdenciários, já que, a Previdência Social tem caráter contributivo, ou 
seja, somente aqueles que contribuem para o sistema é que terão direito aos benefícios. 
84. 2º Princípio. UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES URBANAS E 
RURAIS. 
Equivale dizer, que as mesmas contingências (morte, velhice, maternidade,...) serão cobertas tanto para os trabalhado-
res urbanos como para os rurais. Além disso, deverão possuir o mesmo valor econômico. Observe que este princípio 
da Seguridade Social coaduna-se com o disposto no artigo 7º, da CF/88, que garante direitos sociais idênticos aos tra-
balhadores urbanos e rurais. 
85. 3º Princípio. SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS. 
Esse princípio apregoa que nem todos os segurados terão direito a todas as prestações que o sistema pode fornecer. 
Por exemplo, os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão pagos àqueles segurados que tenham renda 
mensal inferior a R$468,47. O sistema objetiva distribuir renda, principalmente para as pessoas de baixa renda, tendo, 
portanto, caráter social. 
86. 4º Princípio. IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS. 
O artigo 201, parágrafo 4º, da CF/88, assegura o reajustamento dos benefícios para preservar-lhe, em caráter perma-
nente, o valor real, conforme critérios a serem definidos em lei. Para quem já estudou Direito Constitucional essa é 
uma norma de eficácia ilimitada. 
87. O Não Filiado é todo aquele que não possui forma de filiação definida no art. 39, mas se relaciona com a Previdência 
Social na condição de dependente, representante legal, procurador, titular, bem como o titular ou componente de grupo 
familiar em requerimentos dos benefícios de prestação continuada da Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS. 
88. A Legislação define o empregado utilizando, a principio, um conceito genérico, enquadrando-o inicialmente conforme 
conceito derivado do Direito do Trabalho, para, a seguir, especificar situações casuísticas em relação às quais a 
Previdência confere o mesmo efeito jurídico. 
89. O empregado doméstico presta serviço com vinculo semelhante ao empregado (caráter não eventual, mediante 
remuneração mensal, subordinado), a pessoa física ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fim 
lucrativo. 
90. Contribuinte individual é classe de trabalhador criada pela Lei nº 9.876/99, reunindo as antigas espécies de segurados 
empresário, autônomo e equiparado a autônomo. Caracteriza-se como segurado obrigatório responsável pelo 
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Legislação Previdenciária 10 
recolhimento das próprias contribuições previdenciárias e disso difere do empregado e do avulso, que as têm retidas e 
recolhidas pela empresa. 
Empregado 
A Legislação define o empregado utilizando, a principio, um conceito genérico, enquadrando-o inicialmente conforme 
conceito derivado do Direito do Trabalho, para, a seguir, especificar situações casuísticas em relação às quais a 
Previdência confere o mesmo efeito jurídico. 
Assim, empregado é aquele que presta serviço de natureza urbana ou ruralà empresa, em caráter não eventual sob 
sua subordinação e mediante remuneração. O serviço de caráter não eventual é entendido como aquele relacionado 
direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa. 
91. A partir dai, são também compreendidos nesta subespécie: 
a) o trabalhador temporário, contratado por prazo não superior a três meses, prorrogável, na forma da legislação 
trabalhista; 
b) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil como empregado em sucursal ou agência de empresa 
nacional no exterior ou empresa domiciliada no exterior; 
c) o que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a ela 
subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no 
Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do pais da respectiva missão diplomática ou repartição 
consular; 
d) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja 
membro efetivo (ONIJ, OEA etc.), ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação 
vigente no pais de domicilio ou do sistema previdenciário do respectivo organismo internacional; 
e) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e 
contratado, inclusive o auxiliar local de que trata a Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, desde que, em razão de 
proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; 
f) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei nº 6.494/77. A legislação abraça a 
situação de desvirtuamento de estágio e bolsa, bastante comum, onde o aluno acaba por prestar serviço de 
empregado à empresa, sob o manto do estágio e sem reconhecimento dos direitos subjetivos advindos do vínculo 
trabalhista. Se o estágio for regular, poderá o bolsista filiar-se como facultativo, como veremos mais adiante; 
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com os Entes Federativos (União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios), autarquias e fundações públicas. Esta situação não abrange o servidor efetivo que se 
encontra ocupando cargo comissionado, mas somente os que mantêm vínculo com o serviço público exclusivamente 
de natureza comissionada (art. 40, § 13, da Constituição da República). Incluem-se o ocupante de cargo de Ministro de 
Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vinculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações. também o contratado pela União, autarquias 
e fundações, por prazo determinado, de acordo com a permissão prevista no inciso IX do art. 37 da Constituição. 
Eventualmente, o servidor público contratado pelo Ente Federativo como empregado, nos termos da CLT; 
h) o servidor do Estado, do Distrito Federal ou do Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, 
ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não seja filiado a regime próprio de previdência social. O 
parágrafo único do art. 149 da OBrE permite que os outros entes federativos instituam plano de previdência social para 
seus servidores. Se não houver tal instituição ou, havendo, for excluído algum tipo de servidor, este será considerado 
empregado para o RGPS e o ente como empresa, com todas as obrigações consectárias desta relação jurídica. 
Também o contratado pelo ente federativo, autarquias e fundações públicas por prazo determinado, nos termos do art. 
37, IX, da CRFB 
i) o magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho ou da Justiça Eleitoral (arts. 119,11, e 120, § 1º, III, da 
OBFB/88) que, antes da investidura na magistratura, era vinculado ao RGPS. Se antes encontrava-se na condição de 
aposentado por qualquer regime, será equiparado a trabalhador autônomo e não empregado; 
j) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 2 1/11/1994, bem como o 
contratado antes dessa data e que tenha optado pelo RGPS; o empregado de organismo oficial internacional ou 
estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social. 
92. Trabalhador Avulso - Aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural a diversas 
empresas, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de 
mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630/93. 
93. Segurado Especial - É o produtor, parceiro, meeiro ou arrendatário rurais, o pescador artesanal e seus assemelhados, 
que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem auxílio eventual de 
terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de dezesseis anos de idade ou a 
eles equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar respectivo. 
94. O § 1º do art. 201 da Constituição dispôs que "qualquer pessoa poderá participar dos benefícios da previdência social, 
mediante contribuição na formados planos previdenciários". A idéia do constituinte foi de que outras pessoas pudes-
sem ser filiadas ao sistema da Seguridade Social, desde que houvesse contribuição, pretendendo enquadrar nesse 
dispositivo a situação da dona-de-casa, que exerce um trabalho. Assim, se ela passar a contribuir, na condição de fa-
cultativa, terá direito aos benefícios previdenciários. Não importa que não exerça atividade remunerada. 
95. É segurado facultativo o maior de 14 anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social mediante 
contribuição, desde que não esteja incluído entre os segurados obrigatórios (art. 14 da Lei 8.212). 
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Legislação Previdenciária 11 
96. O menor de 14 anos não pode trabalhar, salvo na condição de aprendiz (art. 7º, XXXIII da Constituição).Logo, não 
pode se inscrever como segurado da Previdência Social. 
97. Podem ser filiados como facultativos, entre outros: a dona-de-casa, o síndico de condomínio, o estudante, aquele que 
deixou de ser segurado obrigatório da Previdência Social. Os residentes no exterior ou estrangeiros, se o desejarem, 
também poderão se inscrever como facultativos. O mesmo se diz dos servidores federais, estaduais e municipais. 
Qualquer pessoa, portanto, que não exercer atividade remunerada pode se inscrever como facultativo, o mesmo ocor-
rendo com o presidiário que não exerça atividade remunerada. 
98 A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei 
orçamentária anual. 
99. A União não é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decor-
rentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária A-
nual. 
100. Para pagamento dos encargos previdenciários da União, poderão contribuir os recursos da Seguridade Social referidos 
na alínea "d" do parágrafo único do art. 11 desta Lei, na forma da Lei Orçamentária anual, assegurada a destinação de 
recursos para as ações desta Lei de Saúde e Assistência Social. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 
I - até 55% (cinqüenta e cinco por cento), em 1992; 
II - até 45% (quarenta e cinco por cento), em 1993; 
III - até 30% (trinta por cento), em 1994; 
IV - até 10% (dez por cento), a partir de 1995. 
 
Nas questões que se seguem, assinale: 
C – se a proposição estiver correta 
E – se a mesma estiver incorreta 
 
101. O empregador doméstico contribui de maneira diferenciada para a Previdência Social. Ele paga mensalmente 12% 
sobre o salário de contribuição de seu(s) empregado(s) doméstico(s), enquanto os demais patrões recolhem sobre a folha 
salarial. Cabe ao empregadorrecolher mensalmente à Previdência Social a sua parte e a do trabalhador, descontada do 
salário mensal. 
102. Depois de assinar a Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado doméstico, o patrão deverá fazer inscri-
ção do trabalhador na Previdência Social pela Internet ou em uma agência. Para fazer a inscrição é preciso apresentar a 
carteira de trabalho do empregado com o registro, documentos pessoais do trabalhador e do empregador. 
103. Quando a empregada doméstica estiver em licença maternidade, o empregador deverá pagar à Previdência Social 
somente a quota patronal. 
Para regularização da obra de construção civil, o proprietário, o dono da obra, o incorporador ou a empresa cons-
trutora contratada para executar obra por empreitada total deverá apresentar, em qualquer Agências da Previdên-
cia Social ou Unidades Móvel de Atendimento da Gerência-Executiva circunscricionante de seu estabelecimento 
centralizador: 
104. Declaração e Informação Sobre Obra (DISO), conforme modelo previsto no Anexo XVI da IN/INSS/DC Nº 100, de 
18/12/2004, devidamente preenchida e assinada pelo responsável pela obra ou representante legal da empresa, em duas 
vias; 
105. Planilha com Relação de Prestadores de Serviços, Anexo XVIII da IN/INSS/DC Nº 100, de 18/12/2003 assinada pelos 
responsáveis pela empresa, em duas vias; 
106. Alvará de concessão de licença para construção ou projeto aprovado pela prefeitura municipal, este quando exigido 
pela prefeitura ou, na hipótese de obra contratada com a Administração Pública, não-sujeita à fiscalização municipal, o 
contrato e a ordem de serviço ou a autorização para o início de execução da obra; 
107. Habite-se ou certidão da prefeitura municipal ou projeto aprovado ou, na hipótese de obra contratada com a Adminis-
tração Pública, termo de recebimento da obra ou outro documento oficial expedido por órgão competente, para fins de veri-
ficação da área a regularizar; 
108. Quando houver mão-de-obra própria, documento de arrecadação comprovando o recolhimento de contribuições soci-
ais previdenciárias e das destinadas a outras entidades e fundos, com vinculação inequívoca à matrícula CEI da obra e, a 
partir de janeiro de 1999, também a respectiva GFIP específica identificada com a matrícula CEI da obra e, quando não 
houver mão-de-obra própria, a GFIP com declaração de ausência de fato gerador; 
109. Não será exigida comprovação de apresentação de GFIP de pessoa física responsável por execução de obra 
de construção civil, quando a regularização se der integralmente por aferição indireta ou em relação à eventual 
diferença apurada no ARO 
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Legislação Previdenciária 12 
110. A empresa, o sindicato ou entidade de aposentados devidamente legalizada poderá, mediante convênio, encarregar-
se, relativamente a seu empregado ou associado e respectivos dependentes, de processar requerimento de benefício, 
preparando-o e instruindo-o de maneira a ser despachado pela previdência social. 
111. Somente poderá optar pelo encargo de pagamento, as convenentes que fazem a complementação de benefícios, 
observada a conveniência administrativa do INSS. 
112. A concessão e manutenção de prestação devida a beneficiário residente no exterior devem ser efetuadas nos termos 
do acordo entre o Brasil e o país de residência do beneficiário ou, na sua falta, nos termos de instruções expedidas pelo 
Ministério da Previdência e Assistência Social. 
113. Os convênios, credenciamentos e acordos da linha do seguro social deverão ser feitos pelos setores de acordos e 
convênios do Instituto Nacional do Seguro Social. 
114. O Instituto Nacional do Seguro Social poderá ainda colaborar para a complementação das instalações e equipamentos 
de entidades de habilitação e reabilitação profissional, com as quais mantenha convênio, ou fornecer outros recursos mate-
riais para a melhoria do padrão de atendimento aos beneficiários. 
115. A prestação de serviços da entidade que mantém convênio, contrato, credenciamento ou acordo com o Instituto Na-
cional do Seguro Social não cria qualquer vínculo empregatício entre este e o prestador de serviço. 
116. Os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
poderão, mediante convênio com a previdência social, encarregar-se, relativamente aos seus funcionários, de formalizar 
processo de pedido de certidão de tempo de contribuição para fins de contagem recíproca, preparando-o e instruindo-o de 
forma a ser despachado pelo Instituto Nacional do Seguro Social. 
117. O Instituto Nacional do Seguro Social, de acordo com as possibilidades administrativas e técnicas das unidades exe-
cutivas de reabilitação profissional, poderá estabelecer convênios e/ou acordos de cooperação técnico-financeira, para 
viabilizar o atendimento às pessoas portadoras de deficiência. 
118. Nos casos de impossibilidade de instalação de órgão ou setor próprio competente do Instituto Nacional do Seguro 
Social, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e atendimento adequado à 
clientela da previdência social, as unidades executivas de reabilitação profissional poderão solicitar a celebração de convê-
nios, contratos ou acordos com entidades públicas ou privadas de comprovada idoneidade financeira e técnica, ou seu 
credenciamento, para prestação de serviço, por delegação ou simples cooperação técnica, sob coordenação e supervisão 
dos órgãos competentes do Instituto Nacional do Seguro Social. 
119. A divulgação dos atos e decisões dos órgãos e autoridades da previdência social, sobre benefícios, tem como objetivo: 
I - dar inequívoco conhecimento deles aos interessados, inclusive para efeito de recurso; 
II - possibilitar seu conhecimento público; e 
III - produzir efeitos legais quanto aos direitos e obrigações deles derivados. 
 
120. O conhecimento da decisão do Instituto Nacional do Seguro Social deve ser dado ao beneficiário por intermédio do 
órgão local, mediante assinatura do mesmo no próprio processo. 
 
121. Quando a parte se recusar a assinar ou quando a ciência pessoal é impraticável, a decisão, com informações precisas 
sobre o seu fundamento, deve ser comunicada por correspondência sob registro, com Aviso de Recebimento. 
 
122. É segurado na categoria de trabalhador avulso, conforme o inciso VI e § 7º do art. 9º do RPS, aquele que, sindicaliza-
do ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermedia-
ção obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da 
categoria, assim considerados: 
I - o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embar-
cação e bloco; 
II - o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; 
III - o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); 
IV - o amarrador de embarcação; 
V - o ensacador de café, cacau, sal e similares; 
VI - o trabalhador na indústria de extração de sal; 
VII - o carregador de bagagem em porto; 
VIII - o prático de barra em porto; 
IX - o guindasteiro; e 
X - o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos. 
 
Para efeito do disposto no inciso I do caput, entende-se por: 
 
123. capatazia: a atividade de movimentação de mercadorias nas instalações de uso público, compreendendo o 
recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para conferência aduaneira, manipulação, arrumação e 
entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário; 
 
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124. estiva: a atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principaisou 
auxiliares, incluindo transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga das mesmas, 
quando realizados com equipamentos de bordo; 
 
125. conferência de carga: a contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou destino, verificação 
do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços correlatos, nas operações 
de carregamento e descarga de embarcações; 
 
126. conserto de carga: o reparo e a restauração das embalagens de mercadoria, nas operações de carregamento e des-
carga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para visto-
ria e posterior recomposição; 
 
127. vigilância de embarcações: a atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atra-
cadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plata-
formas e em outros locais da embarcação; 
 
128. bloco: a atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de 
ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos. 
 
129. É segurado na categoria de empregado doméstico, conforme o inciso II do art. 9º do RPS, aquele que presta serviço 
de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial dessas, em atividades sem fins 
lucrativos, a partir da competência abril de 1973, em decorrência da vigência do Decreto nº 71.885, de 9 de março de 1973, 
que regulamentou a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972. 
 
130. Podem filiar-se como segurados facultativos os maiores de dezesseis anos, mediante contribuição, desde que não 
estejam exercendo atividade remunerada que os enquadre como segurados obrigatórios do RGPS ou de RPPS, enqua-
drando-se nesta categoria, entre outros: 
I - a dona-de-casa; 
II - o síndico de condomínio, desde que não remunerado; 
III - o estudante; 
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; 
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da Previdência Social; 
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 1990, quando não remunerado e desde que 
não esteja vinculado a qualquer regime de Previdência Social; 
VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, de acordo com a Lei nº 11.788, de 2008; 
VIII - o bolsista que se dedica em tempo integral à pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou douto-
rado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de Previdência Social; 
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de Previdência Social; 
X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil 
mantenha acordo internacional. 
XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora 
da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou 
que exerce atividade artesanal por conta própria; e 
XII - o beneficiário de auxílio-acidente ou de auxílio suplementar, desde que simultaneamente não esteja exercendo ativi-
dade que o filie obrigatoriamente ao RGPS. 
 
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuição: 
 
131. sem limite de prazo, para aquele em gozo de benefício, inclusive durante o período de recebimento de auxílio-acidente 
ou de auxílio suplementar; 
 
132. até qunze meses após a cessação de benefícios por incapacidade ou após a cessação das contribuições, para o se-
gurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado 
sem remuneração; 
 
133. até treze meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de segregação compulsória; 
 
134. até quinze meses após o livramento, para o segurado detido ou recluso; 
 
135. até cinco meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; 
 
136. até oito meses após a cessação das contribuições, para o segurado facultativo. 
 
137. Os dependentes do segurado, considerados beneficiários do RGPS são: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou 
inválido; 
II - os pais; ou 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido. 
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Legislação Previdenciária 14 
 
138. Os dependentes de uma mesma classe concorrem entre si em igualdade de condições, sendo que a existência de 
dependentes, respeitada a sequência das classes, exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 
 
139. A dependência econômica das pessoas de que trata o inciso I do caput é presumida e a das demais deve ser compro-
vada. 
 
140. A dependência econômica pode ser parcial ou total, devendo, no entanto, ser permanente. 
 
141. Considera-se por companheira ou companheiro a pessoa que mantém união estável com o segurado ou a segurada, 
sendo esta configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com inten-
ção de constituição de família, observando que não constituirá união estável a relação entre: 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. 
 
142. Não se aplica a incidência do inciso VI do caput no caso de a pessoa casada se achar separada de fato, judicial ou 
extrajudicialmente. 
 
143. Filhos de qualquer condição são aqueles havidos ou não da relação de casamento, ou adotados, que possuem os 
mesmos direitos e qualificações dos demais, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação, nos ter-
mos do § 6º do art. 227 da Constituição Federal. 
 
144. Os nascidos dentro dos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal por morte são considerados 
filhos concebidos na constância do casamento, conforme inciso II do art. 1.597 do Código Civil. 
 
145. Equiparam-se aos filhos, mediante comprovação da dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob a 
tutela do segurado, desde que este tutelado não possua bens aptos a garantir-lhe o sustento e a educação. 
 
146. Para caracterizar o vínculo deverá ser apresentada a certidão judicial de tutela do menor e, em se tratando de entea-
do, a certidão de nascimento do dependente e a certidão de casamento do segurado ou provas da união estável entre o(a) 
segurado(a) e o(a) genitor(a) do enteado. 
 
147. O filho ou o irmão inválido maior de vinte e um anos somente figurará como dependente do segurado se restar com-
provado em exame médico-pericial, cumulativamente, que: 
I - a incapacidade para o trabalho é total e permanente, ou seja, diagnóstico de invalidez; 
II - a invalidez é anterior a eventual ocorrência de uma das hipóteses do inciso III do art. 26 ou à data em que completou 
vinte e um anos; e 
III - a invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos os requisitos de elegibilidade ao benefício. 
 
148. A emancipação ocorrerá na forma do parágrafo único do art. 5º do Código Civil Brasileiro: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independente de homologação 
judicial ou por sentença de juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - peloexercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em ensino de curso superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor 
com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
 
149. A união estável do filho ou do irmão entre os dezesseis e antes dos dezoito anos de idade não constitui causa de e-
mancipação. 
 
150. A perda da qualidade de dependente ocorrerá: 
I - para o cônjuge pela separação judicial ou o divórcio, desde que não receba pensão alimentícia, pela anulação do casa-
mento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado; 
II - para a companheira ou o companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, desde que não 
receba pensão alimentícia; 
III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos, desde que a 
invalidez tenha ocorrido antes: 
a) de completarem vinte e um anos de idade; 
b) do casamento; 
c) do início do exercício de emprego público efetivo; 
d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função 
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou 
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Legislação Previdenciária 15 
e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independen-
temente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
IV - pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, observando que a adoção produz 
efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença que a concede, conforme inciso IV do art. 114 do RPS; e 
V - para os dependentes em geral: 
a) pela cessação da invalidez; ou 
b) pelo falecimento. 
 
151. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a Previdência Social e esta, do qual decor-
rem direitos e obrigações. 
 
152. A filiação à Previdência Social decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada para os segurados 
obrigatórios, inclusive do aposentado por este Regime, em relação a atividade exercida, observado o disposto no § 2º deste 
artigo, e da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o segurado facultativo. 
 
153. A filiação do trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física por prazo de até dois meses dentro do perío-
do de um ano, para o exercício de atividades de natureza temporária, decorre automaticamente de sua inclusão na Guia de 
Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, mediante identifica-
ção específica. 
 
154. O segurado que exerce mais de uma atividade é filiado, obrigatoriamente, à Previdência Social em relação a todas 
essas atividades, obedecidas as disposições referentes ao limite máximo de salário-de-contribuição. 
 
155. Observado o disposto no art. 76, o limite mínimo de idade para ingresso no RGPS do segurado obrigatório que exerce 
atividade urbana ou rural, do facultativo e do segurado especial, é o seguinte: 
I - até 14 de março de 1967, véspera da vigência da Constituição Federal de 1967, quatorze anos; 
II - de 15 de março de 1967, data da vigência da Constituição Federal de 1967, a 4 de outubro de 1988, véspera da pro-
mulgação da Constituição Federal de 1988, doze anos; 
III - a partir de 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal de 1988 a 15 de dezembro de 1998, 
véspera da vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, quatorze anos, exceto para menor aprendiz, que conta com 
o limite de doze anos, por força do art. 7º inciso XXXIII da Constituição Federal; e 
IV - a partir de 16 de dezembro de 1998, data da vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, dezesseis anos, exce-
to para menor aprendiz, que é de quatorze anos, por força do art. 1º da referida Emenda, que alterou o inciso XXIII do art. 
7º da Constituição Federal de 1988. 
 
156. A partir de 25 de julho de 1991, data da publicação da Lei nº 8.213, de 1991, não há limite máximo de idade para o 
ingresso no RGPS. 
 
157. O segurado, ainda que tenha trabalhado para empregador rural ou para empresa prestadora de serviço rural, no perí-
odo anterior ou posterior à vigência da Lei nº 8.213, de 1991, será considerado como filiado ao regime urbano como em-
pregado ou contribuinte individual, conforme o caso, quando enquadrado, dentre outras, nas seguintes categorias: 
I - carpinteiro, pintor, datilógrafo, cozinheiro, doméstico e toda atividade que não se caracteriza como rural; 
II - motorista, com habilitação profissional, e tratorista; 
III - empregado do setor agrário específico de empresas industriais ou comerciais, assim entendido o trabalhador que pres-
ta serviços ao setor agrícola ou pecuário, desde que tal setor se destine, conforme o caso, à produção de matéria-prima 
utilizada pelas empresas agroindustriais ou à produção de bens que constituíssem objeto de comércio por parte das agro-
comerciais, que, pelo menos, desde 25 de maio de 1971, vigência da Lei Complementar nº 11, de 25 de maio de 1971, 
vinha sofrendo desconto de contribuições para o ex-Instituto Nacional de Previdência Social - INPS, ainda que a empresa 
não as tenha recolhido; 
IV - empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial que presta serviço, indistintamente, ao setor agrário e ao setor 
industrial ou comercial; 
V - motosserrista; 
VI - veterinário, administrador e todo empregado de nível universitário; 
VII - empregado que presta serviço em loja ou escritório; 
VIII - administrador de fazenda, exceto se demonstrado que as anotações profissionais não correspondem às atividades 
efetivamente exercidas. 
 
158. A caracterização do trabalho como urbano ou rural, para fins previdenciários, depende da natureza das atividades 
efetivamente prestadas pelo empregado ou contribuinte individual e não do meio em que se inserem, cujo rol de profissões 
estabelecido no caput do presente artigo afigura-se meramente exemplificativo. 
 
159. A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo e depende da inscrição formalizada perante a 
Previdência Social, ressalvado, no que couber, o disposto no inciso V, § 1º do art. 39, gerando efeitos a partir do primeiro 
recolhimento sem atraso, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas às competências 
anteriores ao início da opção pela qualidade de segurado facultativo. 
 
160. O segurado em percepção de abono de permanência em serviço que deixar de exercer atividade abrangida, obrigato-
riamente, pelo RGPS, poderá filiar-se na condição de facultativo. 
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161. A filiação na condição de facultativo não poderá ocorrer dentro do mesmo mês em que cessar o exercício da atividade 
sujeita à filiação obrigatória ou pagamento do beneficio previdenciário. 
 
162. A partir de 16 de dezembro de 1998, data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, é vedada a filiação 
ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de RPPS, salvo na hipótese de afastamento sem 
vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. 
 
163. A partir de 15 de maio de 2003, data da publicação da Lei nº 10.667, de 14 de maio de 2003, é vedada a filiação ao 
RGPS, na qualidade de segurado facultativo, do servidor público efetivo civil da União, de suas respectivas Autarquias ou 
Fundações, participante de RPPS, inclusive na hipótese de afastamento sem vencimentos. 
 
164. Ressalvado o disposto no caput e no § 1º deste artigo, a partir de 16 de dezembro de 1998, data da vigência da E-
menda Constitucional nº 20, de 1998, são irregulares as contribuições vertidas como segurado facultativo por pessoa

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