Buscar

Infancia e Educacao

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL: PERCURSOS E PERCALÇOS
 
Djanira Ribeiro Santana
djanira-santana@hotmail.com
Pedagoga e Especialista em Educação Infantil
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) – Itapetinga. Brasil 
Data de recebimento: 02/05/2011 - Data de aprovação: 31/05/2011
RESUMO
O presente artigo é fruto de uma pesquisa bibliográfica que teve como referência a 
leitura de autores relevantes para o tema em estudo como: Àries, Rousseau, Nunes, 
Kuhlmann Júnior, Farias , Arce, Bastos, dentre outros. O seu objetivo é apresentar 
uma breve análise da história da Infância e Educação Infantil brasileira abordando as 
diferentes etapas desde a implantação da Pedagogia Jesuítica, passando pelo 
assistencialismo prestado pela Roda dos Expostos, pela criação das creches e dos 
jardins de infância, pelo movimento de luta em prol da redemocratização política até 
a promulgação da Constituição de 1988 quando a criança passou a ser considerada 
como cidadã possuidora de direitos. Durante esse percurso é percebível o descaso 
para com a educação das crianças pequenas, a formação, qualificação e valorização 
dos professores que atuam nessa área. Outro fato relevante aqui apresentado foi a 
inauguração de uma nova concepção de infância surgida na Europa, nos séculos 
XVII e XVIII, pelos autores Froebel, Rousseau e Pestalozzi, na qual a criança passa 
a ser vista como um ser bom por natureza e a sua inocência, liberdade e direito de 
brincar precisam ser respeitados. Espera-se que, ao ser socializado, esse artigo 
possa contribuir para fomentar o debate acerca da necessidade de se oferecer 
formação de qualidade para os professores que atuam na Educação Infantil.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Infantil. História Social da Infância. Formação de 
Professores. 
 
INFANCY AND EARLY CHILDHOOD EDUCATION IN BRAZIL: PATHWAYS AND 
PITFALLS
ABSTRACT
This article is the result of a bibliographic reference was to the reading of authors 
relevant to the topic under study as: Aries, Rousseau, Nunes, Kuhlmann, Jr., f, Arce, 
Bastos and others. Its purpose is to present a brief analysis of the history of Children 
and Early Childhood Education Brazilian addressing the various stages of 
deployment the sediment Jesuit pedagogy, through the welfare provided by the 
Wheel of Exposed, by the creation of nurseries and kindergartens, the movement of 
struggle for democratization of politics until the promulgation of the 1988 Constitution 
when the child came to be regarded as citizens having rights. During this course is 
noticeable disregard for the education of young children, training, qualification and 
development of teachers working in this area. Another important fact presented here 
was the inauguration of a new conception of childhood that emerged in Europe in the 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 1
seventeenth and eighteenth centuries, the authors Froebel, Pestalozzi and 
Rousseau, in which the child comes to be seen as a being good by nature and your 
innocence, freedom and right to play must be respected. It is hoped that by this 
article may be socialized to deepen the debate about the need to offer quality training 
for teachers working in kindergarten.
KEYWORDS: Early Childhood Education. Social History of Childhood. Teacher 
Education. 
 
 
INTRODUÇÃO
Tradicionalmente, a educação infantil tem sido tratada com descaso pelo 
poder público e vista pela sociedade como uma fase na qual a criança vai para a 
escola apenas para usufruir de uma assistência social (em creches) e para brincar 
ou para ser preparada para o ingresso no Ensino Fundamental (na pré-escola). Vista 
sob esse prisma os profissionais que atuam nessa área “não precisam” de formação 
específica.
Percebe-se, então, que no Brasil a formação dos profissionais da educação 
infantil é insuficiente para preparar o professor oferecendo-lhes os subsídios teóricos 
necessários a um conhecimento da criança em seus aspectos biológico, psicológico, 
afetivo, histórico e sócio-culturais. Esses conhecimentos são essenciais para que o 
professor compreenda a relevância do seu papel na formação cidadã dessas 
crianças reconhecendo-as como seres sociais e contribuindo para o 
desenvolvimento e a construção da identidade e autonomia das mesmas. 
É de fundamental relevância que o professor da educação infantil tenha uma 
formação que o coloque em contato com outras áreas do conhecimento que 
estudam e conhecem a criança. Tais conhecimentos favorecerão o desenvolvimento 
de suas atividades com as crianças pequenas reconhecendo suas necessidades 
desde bebês, auxiliando-o na organização e planejamento de ambientes promotores 
de desenvolvimento, socialização e aprendizagem das crianças de zero a cinco 
anos. Segundo CARVALHO (2003) é necessário que o professor conheça 
Antropologia, Sociologia e outras ciências que lhes favoreçam uma visão ampla da 
criança enquanto sujeito sócio-cultural. 
 Esse artigo tem por objetivo abordar um pouco da História da Educação 
Infantil Brasileira e a dificuldade encontrada pela maioria dos professores de 
educação infantil em desempenhar um trabalho de qualidade com as crianças 
pequenas devido à escassez de políticas públicas direcionadas à formação desses 
profissionais, bem como sua desvalorização enquanto profissional da educação.
O trabalho aqui apresentado é resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre 
a História da Educação Infantil Brasileira. Para isso, foram realizadas várias leituras 
acerca da temática sobre Formação de Professores para a Educação Infantil no 
Brasil: percursos e percalços, tomando como referência o Referencial Curricular 
Nacional para a Educação Infantil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
e autores consagrados na área da Infância como: Áries, Rousseau, Farias, 
kuhlmann Júnior, Arce, Nunes, Carvalho, dentre outros. Assim, inicialmente, será 
apresentada a trajetória histórica da criança no Brasil desde a época colonial com a 
chegada dos portugueses, passando pelo primeiro sistema educacional criado pelos 
padres jesuítas até o surgimento das primeiras formas de atendimento à criança 
carente através da Roda dos Expostos em 1726. 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 2
Em seguida, trata das formas diferenciadas de educação infantil surgidas no 
Brasil, de um lado a criação dos Jardins de Infância para as crianças da elite, do 
outro a creche como instituição filantrópica para prestar atendimento assistencialista 
às crianças oriundas da população pobre, cujas mães precisavam trabalhar fora de 
casa. 
Posteriormente, será abordada a questão da dicotomia entre o cuidar e o 
educar presentes nas Instituições de Educação Infantil e que determinam as 
relações de poder entre professoras e auxiliares. Outros fatos importantes também 
serão discutidos aqui como: os movimentos das décadas de 70 e 80; Constituição 
de 1988; promulgação da Lei nº. 9394/96 e o Referencial Nacional para a Educação 
Infantil.
Espera-se que a temática aqui refletida ao ser socializada possa contribuir 
para uma reflexão acerca da melhoria na qualidade da Educação Infantil através da 
conscientização sobre a importância de se investir em políticas públicas de formação 
e valorização dos profissionais que atuam nessa área. 
UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A CRIANÇA E A EDUCAÇÃO INFANTIL
A trajetória da Criança e da Educação Infantil Brasileira tem sido 
estigmatizada pelo descaso, desde a chegada dos portugueses ao Brasil. As 
primeiras embarcações que aqui chegaram traziam crianças e adolescentes 
marcadas pela violência que sofriam nessas viagens. Elaseram vítimas de assédio 
sexual, estupros, fome, trabalhos forçados e toda espécie de humilhações e castigos 
físicos. Além disso, segundo LOPES (2005), em caso de naufrágios não havia 
prioridade para salvar as crianças, e aquelas que sobreviviam corriam sérios riscos 
de serem escravizadas ou vendidas no caso da embarcação ser atacada por piratas.
Segundo LOPES (2005), as crianças que embarcavam para o Brasil eram 
divididas de acordo com sua classe social em três grupos: grumetes, órfãs do rei, e 
pajens. Os grumetes eram recrutados entre as famílias de menor poder aquisitivo, 
realizavam os piores trabalhos e sofriam os castigos mais severos; as órfãs do rei 
eram enviadas para o casamento devido à escassez de mulheres brancas no Brasil, 
e com freqüência eram violentadas pela tripulação; e os pajens, por serem 
originários de famílias médias e urbanas, desfrutavam de melhores condições de 
trabalho e usufruíam de proteção a bordo.
Com o início do processo de colonização do Brasil e a chegada dos padres 
jesuítas em 1549, nasce sob a égide portuguesa o primeiro sistema educacional 
brasileiro. A pedagogia jesuítica é direcionada pelo Ratio Studiorum (conjunto de 
regras e métodos educacionais que rege as práticas pedagógicas dos jesuítas), 
fundamentada no cristianismo e tem uma concepção de criança santificada que 
deve imitar o menino Jesus. Os jesuítas tinham como objetivo principal divulgar o 
catolicismo e converter os nativos à fé cristã. Por isso, eles preferiram catequizar as 
crianças pequenas para que elas influenciassem seus familiares. Na visão jesuítica, 
segundo FARIAS (2005), a alma infantil era considerada um “papel em branco”, 
uma “tabula rasa”, uma “cera virgem”, facilmente moldável, na qual qualquer coisa 
poderia ser escrita.
A instrução que os jesuítas destinavam aos curumins era muito mais 
aculturação do que educação propriamente dita. Esta era oferecida aos filhos dos 
colonizadores que além de aprender a ler, escrever e contar cursava Letras, 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 3
Ciências e Filosofia; aqueles que desejavam seguir a carreira religiosa estudavam 
Teologia e os demais iriam para a Universidade de Coimbra em Portugal.
Enquanto que à criança indígena era oferecido algum tipo de instrução, 
mesmo que fosse apenas para impregná-la da cultura portuguesa, às crianças 
escravas nenhum tipo de educação lhes era oferecido. A estas estava destinado o 
trabalho a partir dos cinco a seis anos. Época em que a criança branca iria para a 
escola, as negras começavam a realizar pequenos trabalhos.
É notável o descaso desse primeiro sistema educacional implantado no 
Brasil Colônia para com a educação das crianças pequenas, em especial as de 
classe social menos favorecida, que foram por ele excluídas ou simplesmente 
usadas em prol de seus interesses. Sua pedagogia caracterizada pela rígida 
disciplina agostiniana e marcada pelos castigos físicos e psicológicos 
desconsiderava a criança em seus aspectos afetivo, social, histórico-cultural para 
considerá-la apenas como ser puramente cognitivo. A criança era ignorada como um 
ser intelectualmente capaz de produzir conhecimentos, entretanto vista como 
receptora das informações transmitidas pelos jesuítas.
Todo o período colonial brasileiro foi marcado pela ausência de uma 
concepção de infância que assegurasse às crianças o direito de serem efetivamente 
crianças, vivendo em companhia de suas famílias e tendo acesso à alimentação de 
qualidade, moradia digna, saúde e educação sem distinção social ou racial. Ainda 
nesse período, segundo FARIAS (2005) surge a primeira forma de assistência à 
criança abandonada. Era um auxílio prestado à criança enjeitada pelas câmaras 
municipais através da contratação das amas - de leite que cuidavam delas. Em 
seguida, foi fundada em 1726 a primeira Roda ou Casa dos Expostos que recebia 
crianças ainda bebês sem discriminação racial.
 Apesar da Casa dos Expostos ter sido uma instituição do Brasil Colonial 
que acolhia as crianças enjeitadas e tinha como princípio de educação a 
subalternização do trabalho infantil, seus resquícios estiveram presentes durante 
muitas décadas em leis que foram criadas para a proteção de crianças e 
adolescentes. Apenas deram nova roupagem ao modelo educacional da Casa dos 
Expostos, mas continuaram reconhecendo e aceitando a exploração do trabalho 
infantil como um meio de retirar das ruas brasileiras as crianças e adolescentes 
consideradas menores abandonadas evitando, assim, que elas se transformassem 
numa ameaça para a sociedade.
Uma dessas leis segundo NUNES (2005), foi o Código de Menores de 
1927 ele era higienista e via o menor como um incômodo à sociedade, daí a 
necessidade de se realizar uma assepsia social e racial através da mercantilização 
do trabalho infantil como forma de proteção para os menores abandonados e da 
reclusão social para os vadios e delinquentes que representavam um perigo para a 
sociedade burguesa. Ao serem vistos sob o rótulo de abandonados e delinquentes, 
essas crianças e adolescentes não eram respeitados como cidadãos de direito e, 
portanto, estavam excluídos do sistema educacional. 
Enquanto na Europa entre 1843 e 1844 surgiram os primeiros Kindergarten 
(jardim de infância) na Alemanha fundados por Froebel, e se espalharam por todo o 
continente europeu, no Brasil ainda não se falava em instituições escolares 
direcionadas a crianças menores de sete anos. Contudo, em 1875, segundo 
BASTOS (2001), surgiu o primeiro Jardim de Infância no Rio de Janeiro fundado 
pelo médico Joaquim José Meneses Vieira e sua esposa D.Carlota. Essa instituição 
era inspirada na concepção educacional froebeliana e direcionada às crianças da 
elite, do sexo masculino de três a seis anos.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 4
No Brasil, quem primeiro direcionou o olhar para a infância foram os 
médicos higienistas, devido ao alto índice de mortalidade infantil. A partir daí, a 
educação infantil esteve ao longo de sua trajetória aliada às questões de saúde e ao 
assistencialismo. As creches começaram a ser implantadas sob direção filantrópica 
e inspiradas nas creches francesas. Sua finalidade era prestar assistência às 
crianças pobres de zero a dois anos, cujas mães trabalhavam fora do lar. Ao saírem 
das creches essas crianças ingressavam nas salas de asilos onde permaneciam 
sendo socialmente assistidas até os sete anos. Portanto, vista sob essa ótica, não 
se requeria formação específica para as pessoas que cuidavam das crianças. 
Percebe-se claramente o paradoxo entre o jardim de infância ofertado à criança de 
classe alta, na qual lhe era ensinado música, ginástica, cálculo, leitura, escrita dentre 
outras atividades desenvolvidas, enquanto que à criança oriunda das classes 
populares era ofertada apenas uma assistência social. 
Até o final do século XIX e início do século XX não houve nenhuma 
intenção genuinamente educacional voltada para as crianças de zero a seis anos. 
De fato o que existia era um grupo de profissionais de diferentes áreas como: 
médico-higienista, jurídico-policial e religiosa que aliadas a uma associação de 
senhoras caridosas estavam preocupadas em oferecer assistência às crianças 
pobres, mães trabalhadoras, gestantes e nutrizes. Raramente é mencionada a 
presença de profissionais da educação envolvidos nesses eventos e projetos 
direcionados para a infância. Fato esse que denota a desvinculação entre as 
instituições que atendem a criança pequena e os professores.Segundo KUHLMANN (1998), os preconizadores das creches as 
consideravam um mal necessário e viam a pobreza como uma ameaça às elites. O 
que torna evidente a existência de uma política de segmentação em relação à 
pobreza, na qual lhes era negado os direitos básicos do cidadão como: habitação, 
saneamento básico, saúde, educação e cultura dentre outros. Essa carência de 
políticas sociais que promovessem condições de vida digna às classes menos 
favorecidas precipitava essas classes às margens da sociedade contribuindo para o 
aparecimento da infância abandonada.
Em 1896 foi criado pelo então governador de São Paulo, Bernardino de 
Campos, de acordo com KUHLMANN (1998), o primeiro jardim da infância público 
do país denominado Jardim da Infância Caetano de Campos. O mesmo era situado 
em anexo ao prédio da Escola Normal que oferecia formação em magistério 
inspirada na concepção de educação de Pestalozzi. Embora esse jardim de infância 
tenha sido público, a elite foi favorecida ao ter prioridade nas matrículas de modo 
que essa escola durante muitos anos foi considerada modelo e frequentada 
prioritariamente pelas crianças da elite paulistana. Tal fato denota uma escassez 
histórica de políticas públicas direcionadas ao atendimento das classes menos 
favorecidas, além do abuso de poder na administração dos recursos públicos, uma 
vez que atendia a minoria da população. 
A Educação Infantil tem sido marcada pelo dualismo. De um lado encontra-
se um problema de natureza política externo à instituição, é a segregação social que 
delimita um modelo de educação para as crianças de classe alta e outro para as 
crianças de classes populares (o público e o privado). Do outro o problema é de 
ordem pedagógica e acontece no interior das instituições escolares infantis, é a 
divisão entre o cuidar e o educar (a professora e a auxiliar). 
Quanto a este último problema, é importante salientar que há uma 
discriminação quanto à função da professora e da auxiliar de classe que devem ser 
analisadas. O cuidado e a educação de crianças pequenas ao longo de sua 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 5
constituição histórica estiveram diretamente ligados a maternagem, ou seja, para ser 
professora da educação infantil bastava ser mulher dispensando assim a 
necessidade de uma formação específica para o exercício do magistério. Em seu 
romance Leonardo e Gertrudes, Pestalozzi exalta o papel da mãe na educação dos 
filhos, esta era vista por ele como a rainha do lar e a única apta para educar as 
crianças (ARCE, 2002, p.115).
[...] Como se viu, a figura de Gertrudes representa muito bem o ideal de 
mulher/mãe preconizado pela burguesia, adaptado à situação das classes 
mais pobres. Gertrudes possui muitas funções, mas as principais residem 
na de esposa de moral inabalável e de mãe educadora perspicaz e nata 
para a primeira infância, sendo o amor angelical/maternal e a temperança 
os alicerces de sua personalidade. [...] A criança também aparece como um 
ser importante, e sua educação, o centro da vida do casal, principalmente 
da mulher que, aqui, efetivamente se ocupa da educação da primeira 
infância. 
Esse fato teve como consequência a existência de uma dicotomia entre o 
cuidar e o educar no interior das Instituições de Educação Infantil, em especial nas 
creches, onde as atividades ligadas ao cuidado com o corpo como alimentar, dar 
banho, trocar a fralda e colocar para dormir são desvalorizadas. Enquanto que as 
atividades consideradas pedagógicas são reconhecidas como mais importantes e 
merecedoras de maior atenção. Essa diferenciação entre cuidado e educação 
passou a determinar as relações de poder nessas instituições. De um lado, estão as 
professoras que por serem formadas se ocupam exclusivamente das atividades 
pedagógicas exercendo função educativa com carga horária menor e salário melhor. 
Do outro lado, estão as auxiliares que desempenham as atividades do cuidado com 
a criança, as quais apresentam um nível menor de escolaridade e recebem um 
salário menor do que o das professoras. 
Segundo ANGOTTI (2008), é notável a existência de uma supervalorização 
por parte dos professores ao ato de educar como aquisição de escrita e leitura em 
detrimento da importância do ato de cuidar das crianças. Sendo a Educação Infantil 
reconhecida como primeira etapa da Educação Básica cuja finalidade é promover o 
desenvolvimento integral da criança de zero a seis anos e a criança um ser que 
possui necessidades biológicas, sociais, afetivas e cognitivas dentre outras, ela não 
pode ser atendida apenas em sua dimensão cognitiva. Cuidar e educar deve 
caminhar simultaneamente e de modo indissociável, promovendo o atendimento 
integral à criança. Faz-se necessário a existência de uma política nacional séria e 
comprometida com a educação infantil e com a formação dos profissionais que 
atuam nessa área. Os mesmos devem estar preparados para prestar à criança um 
atendimento educacional de qualidade que respeite a integração entre o cuidar e o 
educar na formação cidadã dessa criança. 
A educação sistemática ou assistemática oferecida à criança menor de sete 
anos tem passado por transformações ao longo de seu percurso de acordo o 
contexto histórico e com a concepção de infância na qual está inserida. Na Idade 
Média, por exemplo, era inexistente o sentimento de infância, segundo ÁRIES 
(1981) as crianças eram vistas como adultos em miniatura, às quais lhes eram 
oferecidos apenas os cuidados necessários à sua sobrevivência como descendente 
do ser humano. 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 6
UM NOVO OLHAR SOBRE A INFÂNCIA E A EDUCAÇÃO INFANTIL
Nos séculos XVII e XVIII com o declínio da sociedade medieval e o advento 
das idéias iluministas que alicerçariam a ideologia política da Revolução Francesa 
houve uma mudança de paradigma na sociedade feudal européia. Foram 
estabelecidos novos modelos de família, religião e educação, o divórcio passou a 
ser aceito, a moral religiosa foi reduzida e a educação ganhou importância, pois ela 
seria a grande responsável pela formação do novo cidadão. A partir daí, conforme 
ARCE (2002), novas concepções de infância surgiram na Europa com autores como: 
Rousseau, Pestalozzi e Froebel que foram precursores de uma educação 
direcionada às crianças em idade pré-escolar.
Em uma época anterior à Psicologia esses três autores desenvolveram 
papel de fundamental importância para o conhecimento e a compreensão da criança 
enquanto ser humano em seus aspectos psicológicos, afetivos e cognitivos. 
Rousseau, Pestalozzi e Froebel viam a criança como um ser genuinamente bom por 
natureza e consideravam a infância como uma fase importante para o 
desenvolvimento da criança e a sua formação enquanto futuro cidadão. Daí, a 
importância de uma educação que respeite sua liberdade, preserve sua inocência e 
lhes assegure o direito de brincar e viver sua infância. Rousseau em seu livro Emílio 
ou Da Educação diz (ROUSSEAU, 1995 p. 61):
Amai a infância; favorecei seus jogos, seus prazeres, seu amável instinto. 
Quem de vós não se sentiu saudoso, às vezes, dessa idade em que o riso 
está sempre nos lábios e a alma sempre em paz? Por que arrancar desses 
pequenos inocentes o gozo de um tempo tão curto que lhes escapa, de um 
bem tão precioso de que não podem abusar?
Pestalozzi e Froebel valorizavam a brincadeira na infância considerando-a 
essencial para o desenvolvimento humano e auxiliador na educação ao contribuir 
significativamente para a aprendizagem das crianças. ARCE (2002), discutindo a 
obra de Froebel Pedagogia dosjardins-de-infância, argumenta que ele criou alguns 
brinquedos, chamados por ele de “dons”, para facilitar a brincadeira entre as 
crianças sem interferir em seu desenvolvimento natural. 
Percebe-se o quanto esses autores tiveram um papel relevante para a 
educação infantil ao revolucionarem a visão de infância da sua época e 
apresentarem àquela sociedade uma criança que precisa ter a sua infância 
respeitada e valorizada como uma importante etapa para o seu desenvolvimento. 
Enquanto que na Europa, em países como a França, há mais de um século 
vem se desenvolvendo uma visão de infância como uma etapa importante da vida 
humana através da popularização dos jardins- de- infância que prestam atendimento 
público e gratuito a todas as crianças independentemente de sua condição social, 
assegurando às mesmas o direito a uma educação cidadã. No Brasil, ainda estamos 
dando os primeiros passos em busca dessa conquista. 
Entre o final da década de 70 e início de 80, após mais de dez anos de 
ditadura militar marcada pela prioridade da política econômica em detrimento das 
políticas sociais houve um crescimento dos movimentos populares. A sociedade civil 
se organizou e foi para as ruas lutar pelo fim da ditadura militar e exigir direitos 
sociais, entre eles, segundo Carvalho (2003), o Movimento de Luta por Creches, 
reivindicando a participação do Estado na criação e na manutenção dessa 
instituição.
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 7
A partir daí surgiu um novo olhar sobre a criança e a educação infantil. A 
primeira deixou de ser vista como objeto de benevolência, e passou a ser vista como 
cidadã que tem seus direitos assegurados pela Constituição. Enquanto que a 
segunda passou a ser reconhecida pelo Estado como um direito a ser ofertado pelo 
mesmo através de creches e pré-escolas para todas as crianças de zero a seis 
anos.
Segundo a Revista editada pelo MEC de 1982, a criança resulta de uma 
combinação entre o biológico e o ambiente no qual vive. Considerando que os 
primeiros anos de vida são determinantes na formação da personalidade da criança, 
o estado de carência alimentar, afetiva, médica e sócio-cultural em que viviam 
milhares de crianças brasileiras e o alto índice de mortalidade infantil o governo se 
comprometeu em ofertar assistência social às crianças menores de sete anos 
através da Educação Pré-Escolar. 
Para isso, o atendimento ao pré-escolar passou a ser responsabilidade de 
uma ação integrada dos setores de educação-saúde-alimentação e assistência 
social. Ao analisar esse mesmo documento encontra-se certa ausência de clareza, 
pois a autora afirma que o profissional para atuar na pré-escola necessita ter 
conhecimentos sobre as fases do desenvolvimento infantil para saber quando e 
como melhor interferir ao propor atividades para as crianças. Além disso, deve 
conhecer as características físicas, psicológicas e emocionais de seus alunos. No 
entanto, no documento não está explícito como se dará a formação do professor que 
irá atuar na pré-escola. Veja o que diz o documento (BRASIL, 1982, p 06, 07): 
Quanto menor a criança, melhor tem que ser o educador. Não 
necessariamente no grau de escolaridade, mas pela qualificação para esse 
atendimento. Diante “de um programa de educação pré-escolar de massa, 
vamos exigir o” “especialista” com formação a nível de 2º grau ou superior, 
ou vamos qualificar pessoas da comunidade para participarem do 
atendimento educacional aos pré-escolares? [...], eis outro grande desafio 
para as agências envolvidas no programa nacional de educação pré-escolar
—capacitar corretamente os monitores que vão atender nossas crianças.
Diante disso, ficam as perguntas: O que significa melhor educador não 
necessariamente no grau de escolaridade? Por que a autora usou o termo 
“programa de educação pré-escolar de massa”? Como o professor irá desempenhar 
bem sua função se não estiver bem preparado profissionalmente? Nota-se o 
descaso para com a formação dos profissionais da educação infantil, uma vez que, 
não há por parte do poder público um compromisso com a qualidade da educação 
oferecida às crianças de zero a seis anos provenientes das classes populares, elas 
não são vistas nem tratadas como cidadãs. Para o Estado, qualquer pessoa 
independente de sua formação, poderá assumi a sala de aula na pré-escola, pois a 
preocupação dele é promover o assistencialismo e não a cidadania dessas crianças.
Várias mobilizações foram realizadas pelos diversos segmentos da 
sociedade civil em defesa do direito da educação das crianças de zero a seis anos. 
Com a crescente industrialização e urbanização do país, as mulheres ingressaram 
em massa no mercado de trabalho, fato este que também contribuiu para a luta em 
prol da concretização dos direitos dessas crianças a terem uma educação de 
qualidade e desvinculada do assistencialismo. Apesar de tudo isso, só em 1988, 
com a promulgação da Constituição a educação infantil passou a ser reconhecida 
como um direito das crianças. Mas a sua efetivação não seria tão simples assim, 
pois não havia uma política nacional voltada para o investimento em recursos 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 8
financeiros, técnicos, formação e valorização dos profissionais que atuavam na 
educação infantil.
A partir daí, outros documentos e leis foram elaborados tendo por finalidade 
refletir sobre a educação infantil. Em 1990, foi publicado o Estatuto da Criança e do 
Adolescente- ECA; em 1994 o MEC elaborou um documento intitulado Política 
Nacional de Educação Infantil que relatava a real situação da educação infantil no 
país, em 1996 foi promulgada LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
na qual o trabalho pedagógico na educação infantil ganhou nova dimensão no 
âmbito educacional e em 1998 foi criado o Referencial Curricular Nacional para a 
Educação Infantil com o objetivo de discutir sobre a educação infantil e investir em 
políticas públicas destinadas à aplicação de recursos financeiros que viabilizassem 
uma educação infantil de qualidade. Segundo o Referencial Curricular Nacional para 
a Educação Infantil (1998. p. 39).
Embora não existam informações abrangentes sobre os profissionais que 
atuam diretamente com as crianças nas creches e pré-escolas do país, 
vários estudos têm mostrado que muitos destes profissionais ainda não têm 
formação adequada, recebem remuneração baixa e trabalham sob 
condições bastante precárias. Se na pré-escola, constata-se ainda hoje, 
uma pequena parcela de profissionais considerados leigos, nas creches 
ainda é significativo o número de profissionais sem formação escolar 
mínima cuja denominação é variada: berçarista, auxiliar de desenvolvimento 
infantil, babá, pajem, monitor, recreacionista etc. 
Essas realizações embora tenham representado um avanço significativo na 
conquista dos direitos das crianças pequenas, não apresentaram propostas 
concretas para a formação e qualificação dos professores da Educação Infantil. A Lei 
nº. 9.394/96 integrou a Educação Infantil à Educação Básica e em seu Art. 29 
determina que:
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade 
o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus 
aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação 
da família e da comunidade (BRASIL, 1996). 
Percebe-se que não há uma obrigatoriedade do Estado em garantir que as 
crianças de zero a seis anos estejam efetivamente na escola, a lei é claracabe ao 
Estado complementar a ação da família e da comunidade; bem diferente da 
seriedade com que é tratado o Ensino Fundamental. Em relação ao Ensino 
Fundamental veja o que diz a LDB em seu Art.32 “O ensino fundamental, com 
duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública [...]”. Mais uma 
vez se evidencia o descaso com a Educação Infantil ao ser colocada à margem das 
demais etapas da Educação Básica. Embora, esse artigo tenha sido revogado pela 
Lei nº 11.274, de 06 de fevereiro de 2006 que institui o ensino fundamental de nove 
anos as crianças de zero a cinco anos continuaram excluídas da obrigatoriedade do 
ensino público e gratuito.
De acordo com a nova lei a criança de seis anos passa a ser inserida no 
Ensino Fundamental que teve sua duração ampliada de seis para nove anos de 
escolaridade obrigatória. Mas para que essa lei se torne legítima e efetiva faz-se 
necessário que a escola esteja preparada enquanto espaço educativo, 
administrativo, formação de professores e demais profissionais envolvidos no 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 9
processo pedagógico que garantam a essa criança de seis anos o sucesso de seu 
ingresso na escola e a permanência da mesma. 
Com a implementação da Lei nº 11.274/2006, haverá uma inclusão em 
massa das crianças oriundas das classes populares no sistema educacional, mas 
essa não poderá ser mais uma lei no cenário educacional brasileiro para engrossar 
os dados dos censos escolares. É preciso que essas crianças sejam consideradas 
em seus aspectos sociais, psicológicos, culturais, cognitivos, emocionais e 
intelectuais, e que seus direitos enquanto pequenas cidadãs sejam respeitadas. 
No Brasil, antes da Constituição de 1988, a criança ainda não era 
reconhecida como cidadã possuidora de direitos assegurados por lei, enquanto na 
França por volta de 1870 as salas de asilo eram abertas ao público independente 
das mães trabalharem ou não fora de casa e já havia intenção de elevar a criança 
oriunda da classe proletária à categoria de cidadã. Segundo PARDAL (2005), a 
França já atingiu seu objetivo, mas o Brasil ainda está caminhando em direção a 
essa importante conquista social. Muitos são os desafios que precisam ser 
superados na busca por uma Educação Infantil de qualidade, um dos maiores 
problemas presente nessa etapa educacional é a escassez de políticas de formação 
específica para os professores de creches e pré-escolas. Apesar de todos os 
esforços no sentido de transformar essa realidade, ainda não foi possível sanar 
todas as dificuldades, mas as realizações até aqui conquistadas representaram um 
avanço significativo na conquista dos direitos das crianças de zero a cinco anos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer da realização desse trabalho pode-se perceber o quanto a 
infância brasileira tem sido negligenciada no transcorrer de sua história. Tratada com 
indiferença desde a chegada dos portugueses, ignorada não só pelo Estado, mas 
também pela sua própria família que na maioria das vezes lhes ofereciam apenas os 
cuidados necessários à sobrevivência. O fato da Educação Infantil ter sido desde 
sua gênese marcada pela segregação social e racial tem contribuído muito para que 
ela continue sendo, ainda hoje, uma educação dualista, na qual a maioria das 
crianças provenientes das camadas populares continua excluída do direito a uma 
educação infantil de qualidade. 
È interessante observar que nas últimas duas décadas, Leis e documentos 
importantes foram criados visando assegurar o direito das crianças de zero a seis 
anos à educação infantil. Todavia, esses documentos não determinam a 
obrigatoriedade do governo de ofertar escolas gratuitas a todas essas crianças, nem 
apresentam programas de formação específica para os professores das creches e 
pré-escolas. 
Nesse sentido, é necessário que a Educação Infantil e a formação de seus 
profissionais sejam reconhecidas de fato como prioridade das políticas de educação 
nacional. Apesar de conquistas importantes terem sido alcançadas no campo da 
educação infantil, ainda há um longo caminho a ser percorrido na busca de uma 
política educacional verdadeiramente comprometida com a formação, qualificação e 
valorização dos profissionais que atuam na educação de crianças de zero a cinco 
anos. 
 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 10
REFERÊNCIAS
ANGOTTI, Maristela (Org.). Educação Infantil: para que, para quem e por quê? 
Campinas: Alínea, 2008.
ARCE, Alessandra. A Pedagogia na “era das revoluções”: uma análise do 
pensamento de Pestalozzi e Froebel. Campinas: Autores Associados, 2002.
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Traduzido por Dora. 
Flaksman. Rio de Janeiro: LTC, 1981. 
BASTOS, Maria Helena Camara. Jardim de Crianças: o pioneirismo do Dr. Menezes 
Vieira (1875-1887). In: MONARCHA, Carlos (Org.). Educação da infância 
brasileira (1875-1983). São Paulo: Autores Associados, 2001. 
BRASIL. Ministério da Educação. Em aberto. MEC/INEP. Brasília, Mar.1982. 
_________ Ministério da educação. Secretaria de Educação Básica. Política 
Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à 
Educação. Brasília: MEC/SEC, 2006. 
_________ Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
_________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: 
MEC/SEF, 1998.
_________Ministério da Educação. Ensino fundamental de nove anos: 
orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. BEAUCHAMP, 
Jeanate, PAGEL, Sandra Denise, NASCIMENTO, Aricélia. R. do (Orgs). Brasília: 
FNDE, Estação Gráfica, 2006.
CARVALHO, Eronilda Maria Góis de. Educação infantil: percursos, percalços, 
dilemas e perspectivas. Ilhéus: Editus, 2003. 
FARIAS Mabel. Infância e educação no Brasil nascente. In: VASCONCELLOS, Vera 
Maria Ramos de (Org.). Educação da infância: história e política. Rio de Janeiro: 
DP&A, 2005. 
 
KUHLMANN JÚNIOR, Moysés. Infância e Educação Infantil: uma abordagem 
histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998. 
LOPES, Jader Janer Moreira. Grumetes, pajens, órfãs do rei e outras crianças 
migrantes. In: VASCONCELLOS, Vera Maria Ramos de (Org.). Educação da 
infância: história e política. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 11
NUNES, Deise Gonçalves. Reconhecimento social da infância no Brasil: da 
menoridade à cidadania. In: VASCONCELLOS, Vera Maria Ramos de (Org.). 
Educação da infância: história e política. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. 
 
PARDAL, Maria Vitória de Carvalho. O cuidado às crianças pequenas no Brasil 
escravista. In: VASCONCELLOS, Vera Maria Ramos de (Org.). Educação da 
infância: história e política. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. 
 
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio, ou Da educação. Tradução de Elia Ferreira 
Edel. 3 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 12

Outros materiais