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Regras de segurança em laboratório

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Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Curitiba
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Química e Biologia
	
REGRAS DE SEGURANÇA E CUIDADOS PARA PREVENIR ACIDENTES NO LABORATÓRIO:
ATENDIMENTO AMBULATORIAL UTFPR Ecoville- Paulo Silva- 12h-21h, Sala 131 - Bloco B (3279 4560) ou
LIGUE PARA PLUS SANTE (CONVÊNIO DA UTFPR): 3342 2525
Utilize guarda-pó: comprido (abaixo do joelho), com mangas compridas e sempre abotoado.
Utilize calçados fechados e calças compridas.
Caso tenha cabelo comprido, mantenha-o preso durante a realização dos experimentos.
Recomenda-se a não utilização de lentes de contato sempre que possível.
Use luvas de procedimento e máscaras sempre que for necessário. 
Use óculos de proteção, sempre que necessário.
Não pipete nenhum tipo de líquido com a boca. Utilize os pipetadores.
Nunca fume ou alimente-se dentro de um laboratório.
Nunca trabalhe sozinho no laboratório.
Tenha completa consciência da localização e correta utilização do chuveiro de emergência, lavadores de olhos e extintores do laboratório.
Não brinque no laboratório.
Nunca prove substâncias ou soluções.
Encare todos os produtos químicos como potencialmente tóxicos e perigosos. 
Leia os rótulos dos frascos antes de usar as substâncias neles contidas.
Verifique a voltagem de equipamentos antes de ligá-los.
Em caso de acidente, dirigir-se imediatamente ao professor, mesmo que não haja danos pessoais ou materiais. Em casos que necessitem de assistência ambulatorial – vide rodapé.
Mantenha o local organizado e limpo: não deixe obstáculos que atrapalhem a execução das análises (tanto na bancada quanto na área de circulação do laboratório).
Não coloque sobre a bancada do laboratório bolsas, agasalhos ou qualquer material estranho ao trabalho que estiver sendo realizado.
Ao diluir ácidos, junte ácido à água com cuidado, nunca faça o procedimento ao contrário.
Não retorne os reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido usados. Coloque os sólidos e líquidos em recipientes adequados e destinados a resíduos químicos.
 Não descarte nenhum reagente na pia. Em caso de dúvida, solicite auxílio ao professor.
Lubrificar os tubos de vidro, termômetros, etc, antes de inseri-los em rolha ou dispositivo que ofereçam resistência a sua passagem; proteger as mãos com luvas apropriadas ou enrolar a peça de vidro em uma toalha para executar essa operação.
Tenha cautela ao verificar odor de produtos químicos: não aproxime demasiadamente o rosto do recipiente, proceda com movimentos manuais suaves “trazendo” o odor no sentido do rosto.
Use sempre a capela ao trabalhar com produtos que liberam vapores irritantes, cáusticos ou fumos tóxicos.
Sempre acompanhe atentamente qualquer operação que envolva aquecimento ou reação fortemente exotérmica.
Não improvise. Utilize apenas materiais adequados. 
Não altere o roteiro de uma experiência, em caso de dúvida, consulte o professor.
Ao utilizar o bico de Bunsen, observe:
– antes de acender a chama, certifique-se de que não há escapamento de gás;
– nunca use chama direta para aquecer substâncias inflamáveis. 
– ao terminar o aquecimento apague a chama, fechando com cuidado o bico de gás e o registro da bancada.
- ao término de um período de trabalho, feche o registro geral de gás do laboratório.
- apague sempre os bicos de gás que não estiverem em uso.
Não deixe vidrarias quentes sobre superfícies e afaste-se, pois outros podem pegá-la inadvertidamente. O vidro quente tem exatamente a mesma aparência do vidro frio.
Não trabalhe com produtos inflamáveis próximos a resistências elétricas ligadas.
Nunca trabalhe ou aqueça tubos de ensaio com a abertura voltada para si ou para outra pessoa. Dirija-o para o lado oposto ou trabalhe dentro da capela.
Não aqueça reagentes em sistemas completamente fechados.
Antes de realizar um procedimento experimental novo, para o qual não sabe totalmente os resultados, faça-o dentro da capela.
Localize e conheça o funcionamento dos extintores de incêndios (ver ANEXO 1).
Quando sair do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos os aparelhos, deixe todo o material limpo e lave as mãos.
NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros Socorros é o atendimento imediato, com tratamento provisório, em caso de acidente ou doença imprevista. Normalmente se presta no local do acidente, com exceção dos casos leves, até que o paciente receba o tratamento definitivo a cargo de um médico. 
Saber o que fazer permite às vezes salvar uma vida, ou evita a agravação de um ferimento ou doença, reduzindo o sofrimento do acidentado, colocando-o em condições melhores para receber o tratamento definitivo. 
FERIMENTOS (corte, escoriações, incisões, lacerações, etc.)
Todos os ferimentos, logo que ocorrem: causam dor, originam sangramentos e são vulneráveis as infecções.
Em qualquer forma de atendimento a ferimentos provocados por qualquer tipo de acidente, sempre conduzir da seguinte forma:
1. Lavar as mãos com água corrente e sabão antes de manipular o ferimento
2. Parar ou controlar qualquer tipo de hemorragia 
3. Cuidar e prevenir o estado de choque
4. Procurar auxílio especializado com urgência, nos casos de lesões graves, e encaminhar o acidentado para atendimento especializado.
Cuidados essenciais:
Não tocar no ferimento diretamente com os dedos.
Ter em mente a necessidade de cobrir o ferimento com compressa limpa e encaminhar o acidentado para atendimento especializado.
Os ferimentos podem inflamar e infeccionar muito rapidamente, dependendo do grau de limpeza e dos cuidados que forem tomados para prevenir a contaminação.
O sangramento deve ser controlado por compressão direta e aplicação de curativo e bandagens.
Quando ocorre descolamento da pela (avulsões), recomenda-se colocar o retalho em sua posição normal e efetuar a compressão direta da área, para controlar o sangramento. Se o descolamento for completo, transportar o retalho ao hospital. A preparação do retalho consiste em lavá-lo com solução salina, evitando o uso de gelo diretamente sobre o tecido; transportar em isopor, envolvido em gaze estéril e envolto em bolsa de gelo.
1.1. Ferimento na Cabeça:
· Deitar o acidentado de costas (em caso de inconsciência ou inquietação).
· Afrouxar as roupas do acidentado.
· Colocar compressa ou pano limpo sobre o ferimento (em caso de hemorragia).
· Prender a compressa com esparadrapo ou tira de pano.
Lesões Oculares
Podem ser produzidas por agentes físicos; tais como: corpos estranhos, queimaduras por exposição ao calor, luminosidade excessiva e agentes químicos; lacerações e contusões.
Primeiros socorros:
1. Irrigação ocular com soro fisiológico, durante vários minutos 
2. Não utilizar medicamentos tópicos (colírios ou anestésicos) sem parecer oftalmológico.
3. Não tentar remover corpos estranhos. Estabilizá-los com curativos adequados.
4. Oclusão ocular bilateral, com gaze umedecida, mesmo em lesões unilaterais. Esta conduta objetiva reduzir a movimentação ocular e o agravamento da lesão.
Lesões dos Tecidos Moles (pele, tecido adiposo, músculos e órgãos internos)
Limpeza de ferimentos superficiais:
Lavar bem as mãos com água e sabão
Lavar o ferimento abundantemente com água limpa e sabão; se possível, lavar com água morna
Não esfregar o ferimento para remoção de sujeira; não remover possíveis coágulos
Cobrir com gaze estéril para secar; limpando a ferida de dentro pra fora, evitando assim carrear microrganismos para seu interior
Colocar compressas de gaze sobre o ferimento; não utilizar algodão, pois desmancha e prejudica a cicatrização
Somente retirar farpas ou outros corpos estranhos (pedaços de vidro ou metal) se saírem facilmente
Fazer uma atadura ou bandagem sobre o ferimento com curativo.
Contusões (“pancadas”): podem ser tratadas de maneira simples, desde que não apresentem gravidade. Normalmente, bolsa de gelo ou compressa de água gelada nas primeiras 24 horas e repouso da partelesada são suficientes.
Escoriações (“arranhões”): São lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, com sangramento discreto, mas costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco à vítima quando isoladas, mas podem complicar se não forem tratados adequadamente.
Para atender a estes tipos de ferimentos deve-se fazer uma assepsia pessoal, lavando as mãos com água e sabão. O ideal para estes casos é lavar o ferimento com bastante água limpa e sabão. Se a área atingida for grande, cobrir com gaze ou curativo improvisado, deixando sempre espaço para ventilação, trocando uma vez por dia, pelo menos. O objetivo é mantê-lo sempre limpo e seco.
Lesão por objetos perfurantes: proceder da seguinte forma: 1.Expor a lesão; 2.Nunca remover objetos encravados. Existe o risco significativo de precipitar hemorragia, devido ao destamponamento de vasos sangüíneos; 3.Estabilizar o objeto com curativo apropriado; 4.Não tentar partir ou mobilizar o objeto, exceto nos casos em que isto seja essencial para possibilitar o transporte.
Queimaduras:
Classificação geral:
Queimaduras térmicas – procedimentos gerais:
Nas queimaduras identificadas como sendo de primeiro grau, deve-se limitar à lavagem com água corrente, na temperatura ambiente, por no máximo um minuto. Este tempo é necessário para o resfriamento local, para interromper a atuação do agente causador da lesão, aliviar a dor e para evitar o aprofundamento da queimadura. Não aplicar gelo no local, pois causa vasoconstrição e diminuição da irrigação sangüínea. 
Em todos os casos de queimaduras: manter o local lesado limpo e protegido contra infecções.
As queimaduras de segundo grau requerem outros tipos de cuidados: além do procedimento imediato de lavagem do local lesado, proteger o mesmo com compressa de gaze ou pano limpo, umedecido, ou papel alumínio. Não furar as bolhas que venham a surgir no local. Não aplicar pomadas, cremes ou ungüentos de qualquer tipo.
O atendimento para queimaduras de terceiro grau também consiste na lavagem do local lesado e na proteção da lesão. Se for possível, proteger a área com papel alumínio. O papel alumínio separa efetivamente a lesão do meio externo; diminui a perda de calor; é moldável, não aderente e protege a queimadura contra microrganismos.
Queimaduras químicas – procedimentos gerais:
Queimaduras químicas superficiais: Lavar abundantemente a área afetada com água corrente e sabão (no mínimo por 15 minutos), o que facilita a remoção de produtos químicos, usando o chuveiro de emergência. Remover o vestuário contaminado. As queimaduras com ácidos ou com bromo devem ser posteriormente lavadas com uma solução de bicarbonato de sódio a 5%. As queimaduras com bases devem ser lavadas com ácido acético a 5%. Cobrir a área afetada com gaze esterilizada, sem apertar. Procurar atendimento médico.
Contato de reagentes químicos com os olhos: lavar abundantemente com água ou solução fisiológica (manter as pálpebras afastadas com auxílio de dois dedos, esguichando tangencialmente ao globo ocular); procurar serviço médico da Universidade;
Outros casos de acidentes pessoais:
exposição a gases ou vapores tóxicos: retirar-se do local imediatamente (ou retirar a pessoa exposta) para respirar ar puro, afastar vestuário do pescoço e peito. Se o acidentado ficar inconsciente: deitar a pessoa e manter a cabeça voltada para baixo, mantê-la aquecida e providenciar transporte para unidade médica mais próxima (pessoas treinadas podem fazer procedimentos de reanimação).
ingestão de reagentes: se a contaminação for apenas bucal, bochechar abundantemente água, sem ingerir; se tiver ocorrido ingestão: beber água ou leite em abundância e procurar serviço médico imediatamente.
choques elétricos: desligar a corrente no quadro de eletricidade (no corredor, próximo ao laboratório) antes de tentar afastar o acidentado, ou colocar embaixo dos pés material isolante ou utilizar cabo de vassoura ou cadeira de madeira para afastar o acidentado; não utilizar materiais úmidos ou metálicos.
 estado de choque (sintomas: prostração, palidez, pele úmida e fria, debilidade física, tontura, distúrbios de visão): A vítima deve ser colocada em posição horizontal, com os pés apoiados em nível ligeiramente superior ao restante do corpo; procurar tranquilizar a pessoa; procurar serviço médico da Universidade.
Em qualquer situação: não perder a calma dentro de um laboratório.
Referências:
Pereira, Mariette M.; Estronca, Teresa M. R.; Nunes, Rui M. D. R. Guia de segurança no laboratório de química. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, 2006.
Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Vice Presidência de Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança – NUBio. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
Chaves, José C. F. Noções Básicas de Primeiros Socorros. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 2005.
Anexo 1

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