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CITAÇÕES, SISTEMAS DE CHAMADA E NOTAS DE RODAPÉ “Menção, no texto , de uma informação extraída de outra fonte”. ◼Dar credibilidade ao trabalho científico; ◼Fornecer informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos na área de pesquisa; ◼Fornecer exemplos de pontos de vista semelhantes ou divergentes sobre o assunto objeto de sua pesquisa. ◼As fontes podem ser : ▪Primárias: quando é a obra do próprio autor que é objeto de estudo ou pesquisa; ▪Secundária: quando trata-se da obra de alguém que estuda o pensamento de outro autor ou faz referência a ele. ◼Quando usamos palavras ou ideias extraídas de: ▪livros, revistas, relatórios, programas de TV; ▪filmes, cartas, páginas web, e-mail, listas de discussão etc; ▪informações extraídas de entrevistas, palestras; ▪cópia exata de um parágrafo ou frases, diagramas, mapas, etc. ◼Suas próprias palavras ou ideias; ◼Conhecimento comum; ◼Informações contidas em Enciclopédias; ◼Observações do senso comum; ◼Informações históricas de conhecimento público: ▪Ex: Getulio Vargas suicidou-se em 1954. ◼Noticias cotidianas e corriqueiras publicadas em revistas ou jornais: ▪Ex: Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil. QUANTO AO TIPO: Diretas ou Textuais → transcrição literal (cópia) das palavras do autor; Indiretas ou Livres → comentário ou paráfrase das idéias do autor consultado, sem reprodução exata das palavras do original. Estas dispensam o uso das aspas, mas não a indicação da fonte consultada. ◼Exemplo 1: De acordo com Freitas (1989), a cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas. ◼Exemplo 2: A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas. Existem diferentes visões e comp reen sõe s com r e l a ç ão à c u l t u r a organizacional. O mesmo se dá em função das diferentes construções teóricas serem resultantes de opções de diferentes pesquisadores, opções estas que recortam a realidade, detendo-se em aspectos específicos (FREITAS, 1989). ◼Exemplo 3: ▪A expressão latina apud que significa: “citado por”, “conforme”, “segundo” e é utilizada quando se faz referência a uma fonte secundária. É na indústria têxtil de São Paulo que temos o melhor exemplo da participação da família na divisão do trabalho. A mulher, neste setor, tem uma participação mais ativa na gestão dos negócios e os filhos um envolvimento precoce com a operação da empresa da família. (DURAND apud BERHOEFTB, 1996). ◼Leia e releia o texto original até que seja capaz de reescrevê-lo com sua s p rópr i a s palavras; ◼Não use aspas nas c i t a çõe s i n d i r e t a s / p a r á f r a s e s , n e m indicação de supressão [...]; ◼Anote os dados referentes a fonte: sobrenome do autor seguido do ano de publicação da obra; ◼Confira a citação; ◼Faça a referência ao final do trabalho. QUANTO ÀS FORMAS DE APRESENTAÇÃO (VÁLIDA SOMENTE PARA AS CITAÇÕES DIRETAS): Citações Curtas → até 3 linhas em espaço normal, entre aspas; Citações Longas → mais de 3 linhas, em espaço 1, com recuo de 4cm da margem esquerda, sem aspas. ◼Exemplo 1: É neste cenário, que "[...] a AIDS nos mostra a extensão que uma doença pode tomar no espaço público“ (HERZLICH; PIERRET, 1992, p. 7). ◼Exemplo 2: Segundo Paulo Freire (1994, p. 161), "[...] transformar ciência em conhecimento usado apresenta implicações epistemológicas[...]". ◼Exemplo 3: Nóvoa (1992, p.16) se refere à identidade profissional da seguinte forma: "A identidade é um lugar de lutas e conflitos [...]." ◼Exemplo 4: O papel do pesquisador é o de servir como ''veículo inteligente e ativo'' (LÜDKE; A N D R É , 1 9 8 6 , p . 1 1 ) e n t r e e s s e conhecimento acumulado na área e as novas evidências que serão estabelecidas a partir da pesquisa. ◼Exemplo 1: O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos quais essa realidade se construiu. Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas autoras, vale ressaltar que: [...] para compreender o desencadeamento da abundante retórica que fez com que a AIDS se construísse como 'fenômeno social', tem-se freqüentemente atribuído o principal papel à própria natureza dos grupos mais atingidos e aos mecanismos de transmissão. Foi construído então o discurso doravante estereotipado, sobre o sexo, o sangue e a morte [...]. (HERZLICH; PIERRET, 1992, p.30). ◼Exemplo 2: A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qualitativa na linha exposta por Franco (1986, p.36), como sendo aquela que: [...] assentada num modelo dialético de análise, procura identificar as múltiplas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliação de um curso, a organização de uma escola, a repetência, a evasão, a profissionalização na adolescência, etc.) contrapondo os dados obtidos aos parâmetros mais amplos da sociedade abrangente e analisando-os à luz dos fatores sociais, econômicos, psicológicos, pedagógicos, etc. [...]. ◼Exemplo 3: Spendolini afirma que o benchmarking é um excelente exercício de quebra de barreiras e de estímulo à visão ampla, que respeita e considera o externo. Aprender a pensar para fora da caixa, por intermédio dessa tecnologia, é promover o fortalecimento do espírito sistêmico e da capacidade de enxergar para além do horizonte. (apud ARAUJO, 2001, p.205, grifo do autor). NESTES TIPOS DEVE-SE OBSERVAR: ▪Transcrever sempre como no original; ▪Erros de português e incoerrências, em geral devem ser destacados com o uso da palavra [sic] (assim mesmo); ▪Palavras ou expressões entre aspas, transformam-se em aspas simples (‘ ‘ - apóstrofo); ◼Pode-se acrescentar palavras ou expressões de uma citação a título de esclarecimento, desde que esteja entre [colchetes] ▪Pode-se suprimir palavras ou frases desde que não seja alterado o sentido e a mesma seja indicada por reticências no início ou final da frase e por [...] se for no meio do parágrafo; ▪A supressão de 1 ou mais parágrafos deve ser feita por uma linha pontilhada: ............................................................................ CITAÇÕES DIRETAS OU TEXTUAIS ▪Ao se destacar palavras de uma citação, deve- se grifa-la e colocar entre parênteses a expressão (sem grifos no original ou grifo nosso). ▪No caso de tradução, deve-se colocar entre parênteses a expressão (tradução nossa). ▪Nos casos de utilização de informação verbal, deve-se destacar essa modalidade. ▪Nos casos de trabalhos em fase de elaboração e/ou publicação, deve-se deixar isto claro. ◼Conforme a ABNT (NBR 6023), as citações podem ser registradas tanto em notas de rodapé chamadas de Sistema Numérico, como no corpo do texto, chamado de Sistema Alfabético. DEFINIÇÃO “Método que se utiliza para indicar, no texto, as fontes de onde foram extraídas as citações, remetendo o leitor para o rodapé (ao final da página) ou para as referências (ao final do trabalho)”. ✓ SISTEMA ALFABÉTICO E ✓ SISTEMA NUMÉRICO Qualquer que seja o método adotado, deve ser seguido consistentemente ao longo de todo o trabalho. ◼Neste sistema, a indicação da fonte é feita: ▪ pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsável até o primeiro sinal de pontuação,seguido(s) da data de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses; ◼No texto: A chamada “pandectística havia sido a forma particular pela qual o direito romano fora integrado no século XIX na Alemanha em particular.” (LOPES, 2000, p. 225). ◼Na lista de referências: LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. São Paulo: Max Limonad, 2000. ◼ No texto: Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar esta situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a validade do direito romano [...]”. ◼ Na lista de referências: BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, 1995. ◼ No texto: De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de conteúdos já previamente disponíveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA; METZ, 1976, p. 3). ◼ Na lista de referências: JOSSUA, Jean Pierre; METZ, Johann Baptist. Editorial: Teologia e Literatura. Concilium, Petrópolis, v.115, n. 5, p. 2-5, 1976. ◼No texto: Merriam e Caffarella (1991) observam que a localização de recursos tem um papel crucial no processo de aprendizagem autodirigida. ◼Na lista de referências: MERRIAM, S.; CAFFARELLA, R. Learning in adulthood: a comprehensive guide. San Francisco:Jossey-Bass, 1991. ◼ No texto: “Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstância, sem quaisquer restrições estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros.” (COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS, 1992, p. 34). ◼ Na lista de referências: COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS. A união européia. Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Européias, 1992. ◼ No texto: O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o chamado Contrato de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como forma de reduzir os investimentos públicos no ensino superior (BRASIL, 1995). ◼ Na lista de referências: BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995. ◼Neste sistema, a indicação da fonte é feita: ▪pela primeira palavra do título seguida de reticências, no caso das obras sem indicação de autoria ou responsabilidade, seguida da data de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses; ◼ No texto: “As IES implementarão mecanismos democráticos, legítimos e transparentes de avaliação sistemática das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e s e u s c o m p r o m i s s o s p a r a c o m a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55). ◼ Na lista de referências: ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Brasília, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987. ▪ Neste sistema, a indicação da fonte é feita: ▪se o título iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou monossílabo, este deve ser incluído na indicação da fonte. ◼ No texto: E eles disseram “globalização”, e soubemos que era assim que chamavam a ordem absurda em que dinheiro é a única pátria à qual se serve e as fronteiras se diluem, não pela fraternidade, mas pelo sangramento que engorda poderosos sem nacionalidade. (A FLOR..., 1995, p. 4). ◼ Na lista de referências: A FLOR Prometida. Folha de S. Paulo, São Paulo, p. 4, 2 abr. 1995. ◼No texto: “Em Nova Londrina (PR), as crianças são levadas às lavouras a partir dos 5 anos.” (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12). ◼Na lista de referências: NOS CANAVIAIS, mutilação em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O País, p. 12. ◼Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es) , instituição(ões) responsável(eis) estiver(em) incluído(s) na sentença,indica-se a data, entre parênteses, acrescida da(s) página(s), se a citação for direta. ▪Exemplos: Em Teatro Aberto (1963) relata-se a emergência do teatro do absurdo. Segundo Morais (1955, p. 32) assinala "[...] a presença de concreções de bauxita no Rio Cricon." ◼Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se mesmo assim existir coincidência, colocam-se os prenomes por extenso. ▪Exemplos: (BARBOSA, C., 1958) (BARBOSA, O., 1959) (BARBOSA, Celso, 1965) (BARBOSA, Cássio, 1965) ◼As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espacejamento, conforme a lista de referências. ▪Exemplos: De acordo com Reeside (1927a) (REESIDE, 1927b) ◼As citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, têm as suas datas separadas por vírgula. ▪Exemplos: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) (CRUZ; CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000) ◼ As citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética. ▪Exemplos: Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997). Diversos autores salientam a importância do “acontecimento desencadeador” no início de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991).
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