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Administração Geral em Teoria e Exercícios 
Auditor Fiscal do Trabalho 
Aula 02 – Evolução da Administração, Principais Abordagens e Modelo de Gespública 
Prof. LILIAN LIMA QUINTÃO 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. LILIAN LIMA QUINTÃO 3 
A alternativa está errada porque a Matriz Swot é uma ferramenta típica do 
Planejamento ESTRATÉGICO. 
Gabarito: ERRADO 
3. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) Acerca do BSC (Balance Scorecard), julgue os itens
subsequentes.
O BSC é uma ferramenta que traduz a missão e a estratégia das organizações
em um conjunto abrangente de medidas de desempenho que serve de base
para um sistema de medição e gestão estratégica.
Comentários: 
O Balance Scorecard (BSC) constitui uma ferramenta administrativa que traduz a 
estratégia empresarial num conjunto de objetivos e indicadores de desempenho 
que envolvem perspectivas que devem ser integradas e balanceadas para 
promover sinergia. 
Gabarito: CERTO 
4. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) O BSC é similar a todos os outros modelos de gestão,
diferenciando-se apenas quanto à quantidade de indicadores utilizados no nível
operacional.
Comentários: 
O BSC não é similar a todos os outros modelos de gestão, cada modelo tem sua 
particularidade. É errado fazer essa comparação. 
Gabarito: ERRADO 
5. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) A característica que singulariza o BSC é a ênfase nos
indicadores financeiros, que propiciarão o controle da organização em todos os
níveis.
Comentários: 
Não há ênfase nos indicadores apenas financeiros. O BSC constitui uma ferramenta 
administrativa que traduz a estratégia empresarial num conjunto de objetivos e 
indicadores de desempenho tanto financeiros quanto não financeiros. 
Gabarito: ERRADO 
Administração Geral em Teoria e Exercícios 
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6. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) O BSC é organizado em torno de quatro perspectivas distintas
— financeira; dos clientes; dos processos internos; do aprendizado e
crescimento —, que são padronizadas, o que permite a mesma utilização em
qualquer organização.
Comentários: 
BSC é elaborado de acordo com as quatro perspectivas criadas por Norton e 
Kaplan: financeira, clientes, processos internos, aprendizado e crescimento. 
Contudo, essa regra em casos específicos pode ser adaptada às peculiaridades do 
setor como, por exemplo, no serviço público. 
Gabarito: ERRADO 
7. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) Segundo a metodologia do BSC, os participantes da
organização devem acompanhar e monitorar cada aspecto ligado à estratégia,
para que haja sucesso na implementação do plano.
Comentários: 
Sim! É importante uma cooperação entre os funcionários da empresa para que o 
planejamento estratégico seja efetivamente implementado. 
São aspectos essenciais no BSC: 
 Fazer da estratégia a tarefa diária de cada pessoa, todos os funcionários
precisam compreender a estratégia.
 Fazer da estratégia um processo contínuo da organização.
 Mobilizar a mudança através da liderança de executivos. Os executivos deverão
motivar a organização a mudar e seguir os objetivos estratégicos.
Gabarito: CERTO 
8. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) Uma organização que vise implementar o BSC deve,
primeiramente, identificar os indicadores relevantes.
Comentários: 
Inicialmente a organização precisa fazer o diagnóstico estratégico para depois 
formular as estratégias e posteriormente implantá-las. 
O autor Djalma de Pinho Rebouças define as seguintes fases básicas para a 
elaboração e implementação do planejamento estratégico: 
FASE I – Diagnóstico Estratégico 
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Análise e verificação dos aspectos inerentes à realidade externa e interna da 
empresa. Subdivide-se nas etapas: 
FASE II – Missão da Empresa 
Neste ponto deve ser estabelecida a razão de ser da empresa, bem como seu 
posicionamento estratégico. 
FASE III – Instrumentos prescritivos e quantitativos 
FASE IV – Controle e avaliação 
Verifica-se como a empresa está indo. É a ação necessária para assegurar a 
realização dos objetivos, metas, estratégias e projetos estabelecidos. 
Gabarito: ERRADO 
 
9. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E 
GESTÃO/ 2008) No que tange ao foco nos recursos humanos, a adoção do BSC 
possibilita a utilização da remuneração variável. 
Comentários: 
A perspectiva de aprendizado e crescimento identifica qual a capacidade da 
organização para a melhoria contínua, aprendendo e se desenvolvendo para 
garantir o crescimento. Considera as pessoas em termos de capacidades, 
competências, motivação, alinhamento e estrutura organizacional em termos de 
investimentos no seu futuro. Dessa forma, a adoção do BSC possibilita a concessão 
de recompensas individuais variáveis como fator de incentivo. 
Gabarito: CERTO 
 
10. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E 
GESTÃO/ 2008) Um mapa estratégico deve contemplar os objetivos 
estratégicos, que poderão estar desdobrados em todas as perspectivas e temas 
previstos. 
Comentários: 
Montagem do mapa da estratégia significa desdobrar a estratégia nas perspectivas 
básicas (financeira, cliente, processos internos, inovação). O Balanced 
Scorecard inclui Mapas Estratégicos, recurso gráfico para ajudar a comunicar uma 
visão unificada da estratégia. Eles ajudam as pessoas a entenderem a lógica e a 
inteligência da estratégia e como os diferentes objetivos se relacionam. Os mapas 
estratégicos fornecem a cada unidade e indivíduo uma visão de como seus 
objetivos, projetos e realizações contribuem para o sucesso da estratégia global da 
empresa. 
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Gabarito: CERTO 
11. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) A cadeia de causa e efeito deve permear todas as perspectivas 
de um BSC, garantindo encadeamento entre os objetivos das perspectivas, de 
modo a refletir as relações de causa e efeito assumidas na formulação das 
estratégias. 
Comentários: 
Segundo Kaplan & Norton, o sistema de medição deve tornar explícitas as 
relações entre os objetivos nas várias perspectivas, para que elas possam ser 
gerenciadas e validadas. A cadeia de causa e efeito deve permear todas as quatro 
perspectivas de um BSC garantindo um encadeamento entre os objetivos das 
perspectivas, de modo a refletir as relações de causa e efeito assumidas na 
formulação das estratégias. 
Gabarito: CERTO 
12. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) De acordo com a metodologia do BSC, são os temas 
estratégicos que refletem os únicos grandes e importantes focos de atenção dos 
gerentes para implementação da estratégia da organização. Os temas 
estratégicos refletem os grandes e importantes focos de atenção dos gerentes 
para implementação da estratégia da organização, porém não são os únicos 
importantes. 
Comentários:Questão de mera interpretação. Inicialmente afirma que os únicos grandes e 
importantes focos de atenção dos gerentes são os temas estratégicos e, 
posteriormente, afirma que os temas estratégicos não são os únicos importantes. 
Gabarito: ERRADO 
13. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) Pode-se dar como exemplos de temas estratégicos para uma 
organização pública: na perspectiva de processos internos, a excelência 
operacional; na perspectiva do aprendizado e crescimento, a capacitação dos 
funcionários e o clima organizacional para a ação. 
Comentários: 
De acordo com as perspectivas a seguir, observamos que os temas estratégicos 
estão adequados: 
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 Perspectiva dos PROCESSOS INTERNOS – busca identificar quais os processos
de negócios em que a organização precisa ter EXCELÊNCIA e se os processos e
a operação estão alinhados. Exemplo: qualidade, inovação, produtividade,
logística, comunicação interna.
 Perspectiva do APRENDIZADO E CRESCIMENTO – Qual a capacidade da
organização para a melhoria contínua, aprendendo e se desenvolvendo para
garantir o crescimento. Considera as pessoas em termos de capacidades,
competências, motivação, alinhamento e estrutura organizacional em termos de
investimentos no seu futuro. Exemplos: índice de renovação de produtos,
motivação das pessoas.
Gabarito: CERTO 
14. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) Determinada organização pública encontra-se diante do 
seguinte quadro: 
 Servidores desmotivados para o desenvolvimento das atividades que lhe são
atribuídas;
 Perspectiva de corte do orçamento previsto para suas atividades;
 Servidores com alto grau de capacitação para o desenvolvimento das
atividades previstas em seus cargos;
 Instalações deficientes;
 Predisposição de parlamentares a apoiar a mudança da legislação, de modo a
conceder maior autonomia à organização.
Com referência à análise SWOT e à aplicação dessa análise à situação acima 
descrita, julgue os itens a seguir: 
O fato de os servidores estarem desmotivados para o desenvolvimento das 
atividades que lhe são atribuídas é um exemplo de ameaça à organização. 
Comentários: 
Querido aluno, a desmotivação dos servidores é uma variável interna ou externa a 
organização pública? INTERNA. Portanto, é um exemplo de uma FRAQUEZA da 
organização pública. 
Gabarito: ERRADO 
15. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) O fato de os servidores terem alto grau de capacitação para o 
desenvolvimento das atividades previstas em seus cargos é um exemplo de 
força da organização. 
Comentários: 
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O alto grau de capacitação dos servidores é uma variável interna ou externa da 
organização pública? INTERNA. Portanto, é uma FORÇA. A questão refere-se aos 
servidores públicos muito capacitados e isso é algo positivo para a organização, ou 
seja, é uma força. 
Relembrando: 
 Forças e fraquezas – São variáveis internas que a organização TEM CONTROLE
como, por exemplo, recursos financeiros adequados (Força) ou instalações
obsoletas (Fraquezas). Quando percebe-se um ponto forte, a organização deve
ressaltá-lo e quando há um ponto fraco é necessário corrigi-lo ou pelo menos
minimizar seus efeitos.
Gabarito: CERTO 
16. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) A predisposição parlamentar de apoio à mudança da legislação 
constitui um exemplo de força da organização. 
Comentários: 
Apoio à mudança na legislação é uma variável EXTERNA porque a organização 
pública não tem controle sobre essa variável. Como é apoio à mudança, considera-
se algo positivo e, por isso, é considerada uma oportunidade. 
 Ameaças e oportunidades – são fatores externos os quais a empresa NÃO PODE
CONTROLAR, mas é importante monitorá-los. Entre as ameaças e
oportunidades a serem consideras estão os fatores demográficos, econômicos,
históricos, políticos, sociais, tecnológicos, sindicais, legais, entre outros.
Gabarito: ERRADO 
17. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) A perspectiva de corte do orçamento previsto para o 
desenvolvimento das atividades da organização constitui exemplo de ameaça à 
organização. 
Comentários: 
Como se trata de organização pública, esta não tem controle sobre seu orçamento. 
Portanto, o corte do orçamento é considerado uma variável EXTERNA, ou seja, é 
uma AMEAÇA. 
Gabarito: CERTO 
18. (CESPE / TCU / ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E
GESTÃO/ 2008) A análise SWOT é obtida a partir da análise interna da 
organização, realizada ao longo de, no mínimo, um ano. 
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(E) diferenciação dificulta a obtenção de vantagens competitivas, porque cria 
lealdade do consumidor à marca, o que resulta em maior sensibilidade ao preço. 
Comentários: 
Vamos analisar as alternativas. 
O termo market share significa participação no mercado. A letra A está adequada. 
Para atingir uma posição de custo total baixo quase sempre exige uma alta parcela 
de mercado relativa (market share significativo) ou outras posições vantajosas, 
como, por exemplo, acesso favorável às matérias primas. Uma grande parcela de 
mercado permite que a empresa compre matéria prima em grande quantidade, o 
que reduz os custos de produção, além de permitir a venda dos produtos em larga 
escala. 
A letra B está errada. A estratégia de diferenciação permite a empresa atingir 
maiores margens de lucro. Os compradores tornam-se leais à marca o que permite 
cobrar mais devido à menor sensibilidade ao preço. 
A letra C está errada. O autor Michael Porter ressalta que a estratégia de 
diferenciação não permite à empresa ignorar custos, mas eles não são o alvo 
estratégico primário. 
A letra D está incorreta. Muita atenção nos detalhes! A estratégia de liderança em 
custo e a estratégia de diferenciação têm como meta atingir seus objetivos em 
toda a indústria; por outro lado, a estratégia de enfoque é construída visando a 
atender um alvo em particular. 
A letra E está errada porque a diferenciação não dificulta a vantagem competitiva. 
A diferenciação proporciona muita vantagem competitiva devido à lealdade dos 
consumidores com relação à marca e isso resulta em menor sensibilidade ao preço. 
A empresa pode aumentar ou reduzir os preços que os consumidores continuarão 
comprando os produtos da marca. 
Gabarito: letra A 
 
21. (CESGRANRIO/ PETROBRÁS/ ADMINISTRADOR/ 2010) A formulação 
estratégica abrange uma série de atividades que a alta administração deve 
realizar no sentido de alcançar resultados consistentes. O conjunto de atividades 
pode ser dividido em alguns passos, como os apresentados a seguir. 
I - Analisar oportunidades e ameaças do ambiente interno. 
II - Analisar os pontos fortes e fracos do ambiente externo. 
III - Estabelecer a missão organizacional e seus objetivos gerais. 
 IV - Formular estratégias a partir da análise dos ambientes interno e externo. 
Estão corretos APENAS os passos 
a) I e II. 
b) I e III.Administração Geral em Teoria e Exercícios 
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c) I e IV. 
d) II e III. 
e) III e IV. 
Comentários: 
I – O item está errado visto que as oportunidades e ameaças estão relacionadas ao 
ambiente externo. 
II – O item está errado porque os pontos fortes e fracos são fatores controláveis e 
estão no ambiente interno. 
III – Item correto. São definidos missão, visão, valores e objetivos da organização. 
IV – Após o diagnóstico dos ambientes interno e externo, são formuladas as 
estratégias da organização. 
Gabarito: letra E 
 
22. (CESGRANRIO/ ELETROBRÁS/ 2010) Na definição de BSC, os mapas 
estratégicos apresentam os 
a) objetivos da organização, relacionados por setas, que representam relações 
de restrição. 
b) objetivos da organização, relacionados por setas, que representam relações 
de causa e efeito. 
c) objetivos da organização, relacionados por setas, que representam relações 
cronológicas. 
d) indicadores da organização, relacionados por setas, que representam 
relações de restrição. 
e) indicadores da organização, relacionados por setas, que representam 
relações de similaridade. 
Comentários: 
Preste muito atenção nos conceitos. Os mapas estratégicos fornecem uma 
representação visual das relações de causa e efeito entre os componentes da 
estratégia de uma organização. É através desta cadeia de relações de causa e 
efeito que os melhoramentos específicos de uma ação criam os resultados 
desejados. Proporciona uma linguagem simples e de fácil entendimento para todos, 
procurando descrever a visão de futuro da organização, permitindo que os 
colaboradores dessa organização lidem com a incerteza. 
Gabarito: letra B 
 
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23. (CESGRANRIO/ BACEN/ ANALISTA – ÁREA 4/ 2010) Para diversos autores, as
metas estratégicas da organização, também denominadas metas oficiais, devem 
ser explicitadas de forma a resguardar a legitimidade de sua atuação frente aos 
públicos interno e externo, apresentando a racionalidade que será seguida pela 
organização em sua atuação futura. Sobre metas estratégicas, avalie as 
características abaixo. 
I - Representam desafios à organização, mas são realistas. 
II - Abrangem um período de tempo claramente definido. 
III - Definem, explicitamente, as responsabilidades pela condução das ações 
para alcance da meta. 
IV - Cobrem áreas-chave de resultado. 
V - Quantificam os recursos necessários à sua realização. 
Estão corretas APENAS as características 
(A) II e V. 
(B) I, II e IV. 
(C) I, II e V. 
(D) II, III e IV. 
(E) III, IV e V. 
Comentários: 
Segundo o autor Mintzberg, as metas (ou objetivos) estabelecem o que vai ser 
atingido e quando os resultados devem ser obtidos, mas não estabelecem como os 
resultados devem ser atendidos. 
Dessa forma, os itens III e V estão errados porque as metas não detalham as 
responsabilidades nem quantificam os recursos necessários à sua realização. 
Gabarito: letra B 
24. (ESAF/ CGU/ ÁREA ADMINSITRATIVA/ 2012) De acordo com o Guia
Referencial para Medição do Desempenho da Gestão, de lavra da Secretaria de 
Gestão do Ministério do Planejamento, indicadores de desempenho devem ser 
especificados por meio de métricas estatísticas, comumente formadas por 
porcentagem, média, número bruto, proporção e índice. Isso posto, a grandeza 
qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características, resultados e 
consequências dos produtos, processos ou sistemas refere-se ao seguinte 
componente básico de um indicador: 
a) Medida.
b) Fórmula.
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c) Índice.
d) Padrão de comparação.
e) Meta.
Comentários: 
Os componentes básicos de um indicador são: 
 MEDIDA: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as
características, resultados e consequências dos produtos, processos ou
sistemas;
 Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo;
 Índice (número): valor de um indicador em determinado momento;
 Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação
comparativa de padrão de cumprimento;
 Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão
de comparação a ser alcançado durante certo período.
Gabarito: letra A 
25. (ESAF/ SUSEP/ ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS/ 2010)
Concebe-se que um processo de administração estratégica tem como fases 
principais a Formulação da Estratégia, a Operacionalização da Estratégia e o 
Acompanhamento e Controle. Na última fase (acompanhamento e controle), 
podemos afirmar que: 
a) deve identificar os culpados por possíveis falhas.
b) deve fixar metas quantitativas e mensuráveis.
c) deve permitir a realimentação necessária à correção de rumos.
d) deve ter a imagem de um processo de auditoria, realizado de tempos em
tempos. 
e) deve controlar para que a execução seja rigorosamente de acordo com o
planejado. 
Comentários: 
A última fase de acompanhamento e controle do processo de administração 
estratégica procura analisar os desvios dos objetivos previamente estabelecidos e 
tomar as ações corretivas necessárias a fim de corrigi-los. 
A função do acompanhamento é verificar a implementação das atividades 
programadas, comparando o resultado com o previsto, identificando atrasos, 
insuficiência de meios e desvio de objetivos. 
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Em seguida, na realimentação, são feitas as correções na execução dos planos e 
modificações de políticas e, quando necessário, nas próprias estratégias. 
Gabarito: letra C 
 
26. (ESAF/ SUSEP/ ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS/ 2010) 
Segundo Matias-Pereira, o alcance de resultados positivos na implementação de 
planejamento estratégico, principalmente na administração pública, depende 
das condições e formas para a sua concretização. Destacam-se as abaixo 
listadas, com exceção de: 
a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em especial do 
processo de sensibilização. 
b) demonstração de vontade política para a implementação. 
c) a existência de mecanismos que monitoram tanto o plano quanto os 
elementos contextuais que lhe deram origem. 
d) capacidade de percepção das condições que sustentam e condicionam a 
viabilidade das ações planejadas. 
e) nível de consciência das potencialidades e debilidades que o grupo que 
planeja possui. 
Comentários: 
O erro da questão está na alternativa A, pois na implantação do planejamento 
estratégico TODA a organização deve compreender e se sensibilizar a fim de 
alcançar os objetivos organizacionais. A alta direção deverá motivar a organização 
a mudar e seguir os objetivos estratégicos. 
IMPLEMENTAÇAO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NO SETOR PÚBLICO 
 
O alcance de resultados positivos na implementação de planejamento 
estratégico, principalmente na Administração Pública e no terceiro setor dependemdas condições e formas para a sua concretização. 
Destacam-se, segundo Matias Pereira: 
 Forma de envolvimento dos atores, em especial do processo de 
sensibilização. Os atores devem ser mobilizados previamente por preocupações 
comuns e deve estar dispostos a debater conjuntamente as formas de 
enfrentamento das situações problemas. 
 Interação e qualidade na relação entre o conjunto de atores que planeja. 
 Nível de consciência das potencialidades e debilidades que o grupo que 
planeja possui. 
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 Capacidade de percepção das condições que sustentam e condicionam a 
viabilidade das ações planejadas. 
 Demonstração de vontade política para a implementação e a existência de 
mecanismos que monitoram tanto o plano quanto os elementos contextuais que lhe 
deram origem. 
 
Gabarito: letra A 
 
27. (ESAF/ ANA/ ANALISTA ADMINISTRATIVO – ADMINISTRAÇÃO/ 2009) 
Considere a seguinte definição: 
Indicadores são desenvolvidos e utilizados pelos gerentes visando atingir metas 
organizacionais. Analise as afirmativas que se seguem e selecione a opção que 
melhor representa o resultado de sua análise: 
( ) Uma das razões para que muitas empresas sejam incapazes de gerenciar a 
sua manutenção é a falta de indicadores de desempenho adequados; 
( ) A principal função dos indicadores de desempenho é indicar oportunidades de 
melhora dentro das organizações; 
( ) Medidas de desempenho devem ser utilizadas para apontar pontos fracos dos 
processos organizacionais. 
a) C, C, C 
b) C, C, E 
c) C, E, E 
d) E, E, E 
e) E, C, E 
Comentários: 
Todas as alternativas estão corretas. Os indicadores de desempenho são 
instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação 
das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois permitem 
acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade, 
correção de problemas, necessidades de mudança etc. O indicador de desempenho 
serve, principalmente, para contribuir na melhoria contínua dos processos 
organizacionais. 
Gabarito: letra A 
 
28. (ESAF/ STN/ AFC – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL/ 2008) Os 
indicadores de desempenho, como dados ou informações, preferencialmente 
Administração Geral em Teoria e Exercícios 
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numéricos, representam um determinado fenômeno e são utilizados para medir 
um processo ou seus resultados. Aqueles que focam as medidas de satisfação 
dos clientes e as características do produto/serviço (eficácia), medindo como o 
produto ou serviço é percebido pelos usuários e a capacidade do processo em 
atender aos requisitos desses usuários, são chamados: 
a) Indicadores estratégicos. 
b) Indicadores de produtividade. 
c) Indicadores de qualidade. 
d) Indicadores de capacidade. 
e) Indicadores operacionais. 
Comentários: 
Os indicadores da qualidade representam uma estimativa da percepção dos clientes 
a respeito do serviço prestado por uma empresa, medem a satisfação dos clientes. 
Em vista disso, para que tais métricas sejam eficazes é necessário, em primeiro 
lugar, compreender as necessidades e expectativas dos clientes. 
Já os indicadores de produtividade analisam o modo de utilizar os recursos, 
medindo a eficiência do processo. 
Os indicadores estratégicos são os que acompanham a informação do quanto a 
organização se encontra na direção da consecução de sua Visão. 
Os indicadores operacionais refletem o avanço, ou as discrepâncias entre o 
planejado e o executado, dos processos operacionais, subordinados a determinado 
macroprocesso. 
Os indicadores de capacidade medem a capacidade de resposta de um processo 
por meio da relação entre as saídas produzidas por unidade de tempo. 
Gabarito: letra C 
 
 
EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: PRINCIPAIS ABORDAGENS DA 
ADMINISTRAÇÃO. 
 
A tarefa da Administração é a de interpretar os objetivos propostos pela 
organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, 
organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e 
em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira 
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3. Os funcionários devem ser alocados em seus postos de trabalho 
segundo os métodos científicos, juntamente com os recursos para 
realizar as suas tarefas de forma adequada; 
4. Devem ser treinados segundo um método científico para aperfeiçoar 
suas aptidões e executar as suas tarefas de forma mais eficiente; 
5. A Administração deve criar uma atmosfera de íntima e cordial 
cooperação com os funcionários. 
 
É importante compreender que, no primeiro período de seus estudos, Taylor 
apresentou as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meio do Estudo 
de Tempos e Movimentos. Ele concluiu que se o operário mais produtivo percebe 
que obtém a mesma remuneração que seu colega menos produtivo, acabava se 
acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua 
capacidade. Daí a condição de pagar mais ao operário que produz mais. 
 
O segundo período é marcado pelo livro Princípios de Administração 
Científica. Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser 
acompanhada de uma estruturação geral da organização e que tornasse coerente a 
aplicação dos seus princípios. Ele, então, desenvolveu estudos sobre a 
Administração Geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar as 
preocupações com as tarefas operárias. Segundo Taylor, as organizações de sua 
época sofriam de três enfermidades: 
1. Vadiagem sistemática dos funcionários - reduziam a produção para 
aproximadamente um terço da sua capacidade real, para evitar a 
redução das tarifas de salários pela gerência. Havia três causas para esta 
vadiagem sistemática: 
 O falso conceito de que o maior rendimento do homem e da 
máquina provoca o desemprego; 
 O sistema deficiente de administração que força os operários à 
ociosidade no trabalho para proteger interesses pessoais. Receio à 
mudança; 
 Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os 
quais os operários desperdiçam grande parte de seus esforços e 
tempo. 
2. A gerência desconhecia as rotinas de trabalho e do tempo necessário 
para sua realização; 
3. Falta de padrão para as técnicas de métodos de trabalho. 
 
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Para sanar essas enfermidades, Taylor desenvolveu a administração científica 
ou racionalização científica do trabalho. Segundo o autor, a organização e a 
Administração devem ser tratadas cientificamente e não empiricamente. Ou 
seja, a improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo à ciência. 
Taylor verificou que os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas 
do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos. Contudo, Taylor 
visava àsubstituição desses métodos rudimentares de observação pela análise 
científica da realização das atividades, por meio do estudo de tempos e 
movimentos. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos 
métodos científicos recebeu o nome de organização racional do trabalho 
(ORT). 
 A organização racional do trabalho (ORT) se fundamenta em: 
 Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos – 
divisão de todos os movimentos necessários à execução de cada 
operação de uma tarefa. Os movimentos inúteis eram eliminados 
enquanto os movimentos úteis eram simplificados visando à 
economia de tempo e esforço, melhorando a eficiência do 
funcionário e o rendimento da produção. 
O estudo dos tempos e movimentos permite a racionalização dos 
métodos de trabalho do operário e a fixação dos tempos padrões na 
realização das atividades, eliminando todo o desperdício de esforço 
humano devido a especialização de atividades. 
 Estudo da fadiga humana – racionalizar os movimentos, 
eliminando os que produzem fadiga (a fadiga gera diminuição da 
produtividade e qualidade, perda de tempo, doenças, entre outros). 
 Divisão do trabalho e especialização do operário – Cada 
operário passou a ser especializado na execução de tarefas simples, 
repetitivas e padronizadas. 
 Desenho dos cargos e tarefas – cada operário ficaria restrito a 
uma específica tarefa que deveria ser executada cíclica e 
repetitivamente, para aumentar sua eficiência. 
 Incentivos salariais e prêmio de produção – a maior motivação 
para as pessoas seria o ganho material. Segundo Taylor, 
remuneração baseada em tempo não estimula ninguém a trabalhar 
mais e deve ser substituída por remuneração baseada em produção 
de cada operário. Assim, ganharia proporcionalmente a sua 
produção. 
O prêmio de produção é o estímulo salarial adicional para os 
operários que ultrapassassem a quantidade produzida no tempo 
médio. 
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 Conceito de Homo Economicus – toda pessoa é influenciada 
apenas por recompensas salariais, econômicas e materiais. Ou seja, 
o homem procura trabalho não porque gosta, mas como um meio 
de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho proporciona. 
 Cuidado com as condições do ambiente de trabalho - garantir 
o bem estar físico do trabalhador (iluminação, conforto) a fim de 
reduzir a fadiga e aumentar a eficiência. 
 Padronização de métodos e de máquinas – tem o intuito de 
reduzir a variabilidade no processo produtivo eliminando o 
desperdício. 
 Supervisão funcional – existência de diversos supervisores, cada 
qual especializado em determinada área e que tem autoridade 
funcional sobre os subordinados. 
 
É importante destacar que para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições 
e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir: 
 Principio de PLANEJAMENTO - substitui no trabalho o critério 
individual do operário, a improvisação e a atuação empírica prática, 
pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a 
improvisação pela ciência, através do planejamento. 
 Princípio do PREPARO - selecionar cientificamente os 
trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-
los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método 
planejado. Além do preparo da mão de obra, preparar também as 
máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e 
a disposição racional das ferramentas e materiais. 
 Princípio do CONTROLE - controlar o trabalho para se certificar de 
que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas 
estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar 
com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível. 
 Princípio da EXECUÇÃO - distribuir distintamente as atribuições e 
as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem 
mais disciplinada. 
 
Henry Ford foi outro precursor e contribuiu para a ampliação da 
Administração Científica. Iniciou sua vida como mecânico e, em 1899, fundou sua 
primeira fábrica de automóveis que logo depois foi fechada. Sem desanimar, 
fundou, em 1903, a Ford Motor com a ideia de vender o carro, antes destinado a 
milionários, a preços populares através da produção em massa. 
Ford observou que os operários perdiam muito tempo fazendo tarefas 
inúteis, principalmente a procura de peças e ferramentas que estavam em lugares 
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distantes de seus postos de trabalho. Fazendo uma cronometragem, verificou que 
em média um ciclo de produção, ou seja, o tempo de execução de todas as tarefas 
chegava a mais de oito horas. 
Para reduzir esse tempo, Ford introduziu uma linha de montagem móvel e 
mecanizada. Nessa linha de montagem, os funcionários não se movimentavam 
para pegar os insumos, mas os insumos chegavam a eles. Com isso, o tempo de 
ciclo foi reduzido para cerca de uma hora e meia. 
A racionalização da produção de Henry Ford proporcionou uma grande 
contribuição à administração científica com o surgimento da linha de montagem, 
que permite a produção em série. A linha de montagem é o processo de produção 
em que os componentes do produto a ser fabricado são transportados por meios 
mecânicos para os locais em que ficam os operários incumbidos de montá-los. Na 
produção em série ou em massa, o produto é padronizado, bem como o 
maquinário, material, mão de obra. 
Esta nova tecnologia reduziu a necessidade de investimentos, aumentou a 
produção, assim como diminuiu o custo de produção dos carros. Para motivar os 
funcionários, Ford aumentou os salários dos funcionários. 
 
 Seguem as principais críticas da Administração Científica: 
 Mecanicismo da Administração Científica. 
 Superespecialização robotizada do operário. 
 Visão microscópica do homem – cada empregado é tomado 
individualmente, ignorando que o trabalhador é um ser humano e 
social. 
 Ausência de comprovação científica. 
 Limitação do campo de aplicação – limita-se à fábrica, não 
considerando os demais aspectos como financeiro, comerciais, etc. 
 Abordagem de Sistema Fechado – visualiza somente aquilo que 
acontece dentro de uma organização, sem levar em conta o meio 
ambiente em que está situada. 
 
 
1.2. TEORIA CLÁSSICA - FAYOL 
 
Se por um lado a Administração Científica caracteriza-se pela excessiva 
ênfase nas tarefas realizadas pelos trabalhadores, por outro lado a Teoria Clássica 
caracteriza-se pela ênfase na ESTRUTURA e nos processos organizacionais. 
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com a divisão no nível dos órgãos que compõem a organização 
(departamentos, seções, unidades). 
A divisão do trabalho, segundo a Teoria Clássica, pode ser 
realizada: 
 Verticalmente – segundo os níveis de autoridade e
responsabilidade, definindo os diferentes escalões de poder
da organização.
 Horizontalmente – especialização segundo os diferentes tipos
de atividades 
2) Autoridade e responsabilidade - Autoridade é todo direito dos
superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas.
Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.Deve-se levar em
conta o direito de dar ordens e exigir obediência, chegando a um
bom equilíbrio entre autoridade e responsabilidade.
3) Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de
trabalho válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina
gera o caos na organização.
4) Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de
apenas um chefe, evitando contraordens.
5) Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a
aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos
objetivos.
6) Subordinação dos interesses individuais ao interesse geral -
Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os
interesses individuais.
7) Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos
funcionários e da própria organização.
8) Centralização - As atividades vitais da organização e sua
autoridade devem ser centralizadas no topo da hierarquia da
organização.
9) Linha de Comando (cadeia escolar) - É a linha de autorizada
que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do princípio
de comando.
10) Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando
um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. 
11) Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização,
justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. 
Direitos iguais. 
12) Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem
consequências negativas sobre desempenho da empresa e o moral 
dos funcionários. 
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 O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a 
psicologia. 
 As conclusões da Experiência de Hawthorne – suas conclusões 
são: o nível de produção não é determinado pela capacidade física ou 
fisiológica do empregado, mas por normas sociais e expectativas 
grupais; o comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo; 
e o conteúdo e natureza do trabalho têm influência sobre o moral do 
trabalhador. Trabalhos simples e repetitivos tornaram-se monótonos e 
maçantes afetando negativamente a atitude do trabalhador, reduzindo 
a sua satisfação. Além disso, o pagamento e a recompensa salarial, 
mesmo quando efetuado em base justa, não é o único fator decisivo na 
satisfação do trabalhador. 
Os primeiros estudos voltados ao homem nas organizações pelo contexto 
social foram efetuados pela americana Mary Parker Follet. No início do século XX, 
em seu livro Administração Dinâmica, Follet apresentou estudos sobre o trabalho 
em grupo e a responsabilidade individual, baseando-se nas pessoas como 
componente central das organizações, explorando os conceitos de gestão do 
conflito e de técnicas de liderança. A partir disso, desenvolveu os primeiros 
conceitos de gestão participativa e de responsabilização individual. 
Muitos autores consideram a Experiência de Hawthorne, de Elton Mayo, como 
o início da abordagem humanística e comportamental. Essa experiência consistiu 
em uma pesquisa desenvolvida na fábrica da Western Eletric Company, em 
Hawthorne (Chicago), e o principal objetivo era estabelecer as ligações entre a 
motivação e o resultado final do trabalho dos empregados, concluindo que fatores 
humanos influenciam decisivamente no desempenho das tarefas. 
O autor defende os seguintes pontos de vista: 
 O trabalho é uma atividade tipicamente grupal - o nível de 
produção é influenciado mais pelas normas do grupo do que pelos 
incentivos salariais e materiais da produção. 
 O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro 
de um grupo social. As mudanças tecnológicas tendem a romper 
os laços informais de camaradagem e de amizade dentro do 
trabalho e a privar o operário do espírito gregário. 
 A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de 
compreender e de comunicar, com chefes democráticos, 
persuasivos e simpáticos a todo o pessoal. 
 O ser humano é motivado pela necessidade de ser reconhecido, 
contrapondo à afirmação de Taylor (HOMO ECONOMICUS, lembra o 
que é? Homo economicus significa que a motivação básica do 
empregado era salarial). Para Mayo, a organização eficiente, por si 
só, não leva à maior produção, pois ela é incapaz de elevar a 
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produtividade se as necessidades psicológicas do trabalhador não 
forem descobertas, localizadas e satisfeitas. 
 O operário encontra na fábrica uma administração compreensiva 
e paternal, capaz de satisfazer suas necessidades psicológicas e 
sociais. 
 
Com o advento da Teoria das Relações Humanas novos termos passaram a 
dominar o repertório administrativo. Novas questões começaram a ser discutidas 
como: motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de 
grupo. Os princípios clássicos passam a ser duramente contestados. O engenheiro 
e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao sociólogo. O método e a máquina 
perdem a primazia em favor da dinâmica de grupo. A felicidade humana passa a 
ser vista sob um ângulo completamente diferente, pois o Homo Economicus cede 
lugar ao HOMEM SOCIAL. A ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela 
ênfase nas pessoas. 
 
A experiência de Hawthorne estabeleceu a definição do Homem Social: 
 Os trabalhadores são criaturas sociais complexas, com diferentes 
sentimentos, desejos e temores; 
 As pessoas são motivadas por certas necessidades e alcançam suas 
satisfações primárias por meio dos grupos com os quais interagem; 
 O comportamento dos grupos pode ser manipulado por um 
adequado estilo de supervisão e liderança; 
 As normas do grupo funcionam como mecanismos reguladores do 
comportamento dos membros. 
 
A compreensão da motivação do comportamento supõe o conhecimento das 
necessidades humanas. A Teoria das Relações Humanas constatou a existência das 
necessidades humanas básicas. 
O homem é considerado um animal dotado de necessidades que se alternam 
ou se sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade, surge outra 
em seu lugar e assim por diante. Os três estágios de motivação correspondem às 
necessidades fisiológicas, psicológicas e de autorrealização. 
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3. ABORDAGEM NEOCLÁSSICA 
 
Segundo Chiavenato, a abordagem neoclássica é considerada a Teoria 
Clássica atualizada com a contribuição de todas as outras teorias administrativas e 
baseia-se nos fundamentos: 
 Administração é um processo operacional composto de funções, 
como PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO e 
CONTROLE. 
 Como a Administração envolve uma variedade de situações 
organizacionais, ela precisa fundamentar-se em princípios básicos 
que tenham valor preditivo. 
 A Administração é uma arte que deve se apoiar em princípios 
universais. 
 Os princípios de administração, a exemplo dos princípios das 
ciências lógicas e físicas, são verdadeiros. 
 A cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do 
administrador. Como ciência ou de arte, a teoria da Administração 
não precisa abarcar todo o conhecimento para poder servir de 
fundamentação científica dos princípios de Administração. 
 
Para iniciaro estudo da teoria, vamos conhecer as principais características 
da Escola Neoclássica 
 Ênfase na prática da administração - Os neoclássicos procuram 
desenvolver seus conceitos de forma prática, visando 
principalmente à ação administrativa e resultados concretos e 
mensuráveis. 
 Reafirmação dos postulados clássicos - A Teoria Neoclássica é 
uma reação à influência das ciências do comportamento no campo 
da Administração, em detrimento dos seus aspectos econômicos e 
concretos. Retomam conceitos da Teoria Clássica, redimensionando-
o e reestruturando-o de acordo com as contingências da época atual 
e de forma mais ampla e flexível. 
 Ênfase nos princípios gerais de administração - Os princípios 
gerais: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar são apresentados 
como comuns a todo e qualquer tipo de empreendimento humano, e 
enfatizados como funções do administrador. 
 Ecletismo - A proposta Neoclássica é justamente abrigar diversas 
correntes do pensamento administrativo, como por exemplo, os 
conceitos de organização informal, liderança e autoridade; 
motivação e teoria da decisão. Drucker consegue, com essa 
postura, alimentar a gerência com o rigor da autocracia, do controle 
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e da racionalidade e ao mesmo tempo, oferecer uma configuração 
mais maleável aos defensores do humanismo. 
 Pragmatismo - Ênfase nos aspectos práticos da administração. 
Nenhuma teoria terá sentido ou validade se não trouxer resultados 
práticos e que realmente sejam operacionalizados pela 
administração. 
 Ênfase nos resultados e objetivos - A empresa deve definir 
claramente seus objetivos, assim a organização será dimensionada 
para produzir resultados práticos. Um dos melhores produtos desta 
Teoria é o modelo de Administração por Objetivos (APO). 
Contrapondo a Administração Científica que focava a racionalização 
do trabalho e a Teoria Clássica que enfatizava os princípios gerais 
da Administração, a Teoria Neoclássica considera os meios para 
atingir a eficiência e enfatiza os fins e resultados na busca de 
eficácia. 
 
Segundo autores neoclássicos, a Administração consiste em orientar, dirigir e 
controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum. O bom 
administrador é, naturalmente, aquele que possibilita ao grupo alcançar seus 
objetivos com o mínimo dispêndio de recursos e de esforço, e com menos atritos 
com outras atividades úteis. 
Observe que as funções da Administração definidas por Fayol eram prever, 
organizar, comandar, coordenar e controlas. Já na Teoria Neoclássica, as funções 
básicas do administrador sofreram atualizações e passaram se ser o 
PLANEJAMENTO, a ORGANIZAÇÃO, a DIREÇÃO e o CONTROLE. Quando 
consideradas de forma integrada, as funções administrativas formam o processo 
administrativo. 
Retornaremos o estudo das funções administrativas no decorrer do nosso 
curso. 
 
A partir da década de 1950, a Teoria Neoclássica deslocou a atenção das 
chamadas atividades meio para os objetivos ou finalidades da organização. O 
enfoque no processo e nas atividades (meios) passa para os resultados e objetivos 
alcançados (fins). A preocupação de como administrar passa à preocupação de por 
que ou para que administrar. 
A ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVO (APO) ou administração por 
resultados surgiu em 1954, quando Peter F. Druker publicou seu livro, 
caracterizando a Administração por Objetivos. Buscava-se uma forma de equilibrar 
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dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema 
em si mesmo. 
Para Max Weber, o conceito de burocracia é exatamente o contrário visto que 
a burocracia é a organização eficiente por excelência. Para conseguir eficiência, a 
burocracia explica os mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. 
Segundo o autor, a burocracia tem as seguintes características: 
 Caráter legal das normas e regulamentos – burocracia é uma 
organização ligada por normas e regulamentos previamente 
estabelecidos. 
 Caráter formal das comunicações – é uma organização ligada 
por comunicações escritas. 
 Caráter racional e divisão do trabalho – é uma organização que 
se caracteriza por uma sistemática divisão do trabalho. 
 Impessoalidade nas relações – a distribuição das atividades é 
feita impessoalmente, ou seja, em termos de cargos e funções e 
não de pessoas envolvidas. 
 Hierarquia de autoridade – estabelece os cargos segundo o 
princípio da hierarquia. Cada cargo inferior deve estar sob o 
controle e supervisão de um posto superior. 
 Rotinas e procedimentos – fixa as regras e normas técnicas para 
o desempenho de cada cargo. 
 Competência técnica e meritocracia – a escolha das pessoas é 
baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências 
pessoais. 
 Especialização da administração que é separada da 
propriedade – os administradores da burocracia não são seus 
donos, acionistas ou proprietários. 
 Profissionalização dos participantes. A burocracia considera 
cada funcionário um profissional, pois o funcionário é um 
especialista, é assalariado, é ocupante de cargo, é nomeado pelo 
superior hierárquico, possui mandato por tempo indeterminado (não 
existe uma regra que determine previamente o tempo de 
permanência), segue carreira dentro da organização, não possui a 
propriedade dos meios de produção, é fiel ao cargo e o 
administrador profissional tende a controlar cada vez mais as 
burocracias. 
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 Completa previsibilidade do funcionamento – tudo na
burocracia é estabelecido no sentido de prever antecipadamente
todas as ocorrências e rotinizar sua execução, para que a máxima
eficiência do sistema seja alcançada.
Para Max Weber, as consequências desejadas da burocracia se resumem na 
PREVISIBILIDADE do seu funcionamento, obtendo maior eficiência da 
organização. Todavia, outro autor conhecido como Robert Merton notou que 
também há as consequências IMPREVISTAS da burocracia, o que geram 
ineficiência e imperfeições. Essas consequências imprevistas, também 
denominadas disfunções da burocracia, são as anomalias de funcionamento 
responsáveis pelo sentido pejorativo que o termo burocracia adquiriu junto aos 
leigos no assunto. Vejamos cada uma das disfunções: 
 Internalizarão das regras e apego aos regulamentos – as
normas e regulamentos passam a ser absolutos e prioritários e
esquece que a flexibilidade é uma das características de qualquer
atividade racional.
 Excesso de formalismo e de papelório – a necessidade de
documentar e formalizar todas as comunicações gera excesso de
documentação.
 Resistência às mudanças – como tudo é padronizado, o
funcionário se acostuma com a estabilidade e repetição. Quando
algo precisa mudar, isso passa a ser indesejável e, na medida do
possível, ele passa a resistir a qualquer tipo de mudança.
 Despersonalização do relacionamento – pouca relação entre as
pessoas que são consideradas apenas ocupantes de cargos, com
direitos e deveres previamente especificados. Os funcionários
passam a conhecer as pessoas não pelos seusnomes pessoais, mas
pelos títulos dos cargos.
 Categorização como fase do processo decisório - existe uma
rígida hierarquização da autoridade e quem toma decisões em
qualquer situação será aquele que possui a mais elevada categoria
hierárquica.
 Superconformidade às rotinas e aos procedimentos – baseia-
se em rotinas e procedimentos a fim de garantir que as pessoas
façam exatamente aquilo que delas se espera.
 Exibição de sinais de autoridade – como a burocracia enfatiza a
hierarquia de autoridade, torna-se necessário um sistema capaz de
indicar aqueles que detêm o poder.
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conceito de autoridade formal e à posição rígida e macanística dos 
autores clássicos. 
4. Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia 
da Burocracia, aplicando o campo da teoria administrativa. 
Também com relação à Teoria Burocrática, mostra-se muito crítica, 
principalmente no que se refere ao "modelo de máquina" que 
aquela adota para representar a organização. 
5. Em 1947 surge um livro que marca o início da Teoria 
Comportamental na administração: O Comportamento 
Administrativo, de Herbert ª Simon. É um ataque aos princípios da 
Teoria Clássica e a aceitação – com os devidos reparos e correções 
- das principais ideias da Teoria das Relações Humanas. É o início 
da Teoria das Decisões. 
A Teoria Comportamental surge no final da década de 1940 com uma 
redefinição total dos conceitos administrativos. Estabelece críticas à teoria clássica 
e aos princípios gerais por ela estabelecidos, pela sua rigidez e mecanicismo. Ela 
também critica a teoria da burocracia pelo seu modelo de máquina. Essa escola 
trouxe um novo direcionamento às teorias da administração, com uma maior 
valorização do comportamento do indivíduo. 
Para explicar o comportamento organizacional, como as pessoas se 
comportam, a Teoria Comportamental estuda a motivação humana. O 
administrador precisa conhecer as necessidades humanas para entender o 
comportamento humano e utilizar a motivação humana como poderoso meio para 
melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. A partir disso, surgiram 
várias teorias importantes como a Hierarquia das Necessidades de Maslow, Teoria 
dos Dois Fatores de Herzberg, Teoria X e Teoria Y que serão estudadas 
detalhadamente no decorrer do nosso curso. 
 
Uma visão crítica da Teoria Comportamental mostra os seguintes aspectos: 
 Ênfase nas Pessoas - Na Teoria Comportamental é deixada de lado a 
estrutura organizacional, dando mais importância às pessoas, obtendo 
uma nova visão, mais democrática e humanista. 
 Abordagem mais descritiva e menos prescritiva - A análise 
descritiva, (que mostra o que é) e a análise prescritiva (que mostra o 
que deve ser) são aspectos importantes. Na teoria Comportamental, 
por adotar uma abordagem mais descritiva, há dificuldade de aplicação 
devido ao pouco caráter normativo. 
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 Profunda reformulação na filosofia administrativa - O novo 
conceito de organização é estruturado a partir de um sistema 
democrático (menos hierarquia, mais delegação de poderes), e 
humano (promoções de cargos, valorização, treinamento). 
 Dimensões bipolares da teoria comportamental - Na Teoria 
Comportamental, os principais temas são abordados em dimensões 
bipolares, vejamos: 
Análise Teórica X Empírica - A organização, em seu curso, precisa de 
uma equalização eficaz entre esses dois aspectos, pois se 
complementam. Enquanto a análise teórica (através do estudo de 
conceitos, proposições acerca das diversidades que envolvem o 
ambiente organizacional) define como deve ser uma organização; os 
resultados de pesquisas, experimentos, mostram, o que na prática, 
concretiza-se dessa teoria; daí a importância, que cabe ao 
administrador contemporâneo, em conjugar esses dois fatores. 
Preocupou-se mais, a Teoria Comportamental, com os aspectos 
empíricos em prejuízo da análise teórica. 
Análise Macro X Micro - O ambiente organizacional, no estudo do seu 
comportamento, pode ser enfocado sobre duas perspectivas: macro 
(foco na visão global da organização) e micro (foco nos indivíduos que 
a compõem). Para um melhor entendimento sobre os fenômenos 
humanos e comportamentais que acontecem numa organização, 
ambas as perspectivas devem ser valoradas. 
Organização Formal X Informal - Nas organizações existem, 
concomitantemente, relações formais e informais. Do primeiro aspecto 
observamos as normas, os regimentos, os tipos de relações 
previamente definidas; e do segundo, as relações e atividades 
decorrentes, naturais e espontâneas que ocorrem no ambiente interno 
ou externo à organização. Assim, nas organizações, os aspectos formal 
e informal interagem-se mutuamente. 
Análise Cognitiva X Afetiva - No momento da tomada de decisão, pode 
o indivíduo comportar-se de dois modos, de acordo com a natureza da 
situação que o envolve: 
Comportamento Cognitivo - Constituiu um comportamento racional, 
lógico e inteligente adotado pelo indivíduo quando este não sofre 
nenhum tipo de influência externa (pressões, tensões ou ansiedade em 
função do tempo ou de pessoas). 
Comportamento Afetivo- Caracteriza-se quando existe a influência de 
fatores externos que venham a interferir na decisão. Neste momento o 
comportamento passa a ser orientado pela emoção e afetividade. 
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representam atributos e objetos que muitas vezes só existem no 
pensamento das pessoas. 
Há uma complementaridade entre sistemas físicos e sistemas abstratos, pois 
os sistemas físicos (por exemplo, a máquina) precisam de um sistema abstrato 
para poder funcionar e desempenhar suas funções. A recíproca também é 
verdadeira. 
II. Quanto a sua natureza:
 Sistemas FECHADOS – são os sistemas que não apresentam
intercâmbio com o meio ambiente que os circunda. Não recebem
nenhum recurso externo e nada produzem que seja enviado para
fora.
 Sistemas ABERTOS – são os sistemas que apresentam relações de
intercâmbio com o ambiente, através de entradas e saídas. Trocam
matéria e energia regularmente com o meio ambiente e são
adaptativos, isto é, para sobreviver devem reajustar-se
constantemente às condições do meio.
Segundo Chiavenato, há diferenças fundamentais entre os sistemas abertos 
(como os sistemas biológicos e sociais, homem, organização, sociedade) e os 
sistemas fechados (como os sistemas físicos, como as máquinas, relógio): 
 O sistema aberto está em constante interação com o ambiente,
influenciando e sendo influenciado pelo ambiente. O sistema fechado
não interage.
 O sistema aberto tem capacidade de crescimento, mudança, adaptação
ao ambiente. O sistema fechado não tem essa capacidade. Portanto, o
estado atual, final ou futuro do sistema aberto não é, necessária nem
rigidamente, condicionado por seu estado original ou inicial, porque o
sistema aberto tem reversibilidade. Já o estado atual ou final do
sistema fechado será sempre o seu estado original ou inicial.
 É contingência do sistema aberto competir com outros sistemas, o que
não ocorre com o sistemafechado.
Seguem os principais CONCEITOS de sistemas: 
 Entrada (Input) – O sistema recebe entradas (inputs) ou insumos
para poder operar. A entrada de um sistema é tudo o que o sistema
importa ou recebe de seu mundo exterior. Pode ser constituída de
informação, energia e materiais.
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 Saída (Output) – É o resultado final da operação de um sistema. 
Todo sistema produz uma ou várias saídas. Através da saída, o 
sistema exporta o resultado de suas operações para o meio 
ambiente. É o caso de organizações que produzem saídas como 
bens ou serviços e uma infinidade de outras saídas (informações, 
lucros, pessoas aposentadas ou que se desligam, poluição, etc). 
 Caixa Negra (Black Box) – Refere-se a um sistema cujo interior 
não pode ser desvendado, cujos elementos internos são 
desconhecidos e que só pode ser conhecido “por fora”, através de 
manipulações externas. Utiliza-se conceito de caixa negra em duas 
circunstâncias: quando o sistema é impenetrável ou inacessível, por 
alguma razão ou quando o sistema é complexo, de difícil explicação 
ou detalhamento. 
 Retroação (Feedback) – Mecanismo segundo o qual uma parte da 
energia de saída de um sistema ou de uma máquina volta à 
entrada. Também chamada de retroalimentação, é um sistema de 
comunicação de retorno proporcionado pela saída do sistema à sua 
entrada, no sentido de alterá-la de alguma maneira. 
 Homeostasia – É o estado de equilíbrio dinâmico, obtido através 
da autorregularão, ou seja, através do autocontrole, que permite ao 
sistema manter seu funcionamento estável apesar das flutuações 
ambientais. É a capacidade que tem o sistema de manter certas 
variáveis dentro de limites, mesmo quando os estímulos do meio 
externo forçam essas variáveis a assumirem valores que 
ultrapassem os limites da normalidade. Todo mecanismo 
homeostático é um dispositivo de controle para manter certa 
variável dentro de limites desejados. 
 Informação – É o conjunto de dados com um significado, ou seja, 
que reduz a incerteza ou que aumenta o conhecimento a respeito 
de algo. 
Dado é um registro ou anotação a respeito de um evento ou 
ocorrência. 
Comunicação é quando uma informação é transmitida a 
alguém, sendo, então, compartilhada também por essa 
pessoa. Para que haja comunicação, é necessário que o 
destinatário da informação a receba e a compreenda. 
 Redundância – É a repetição da mensagem para que sua 
recepção correta seja garantida. A redundância introduz no sistema 
de comunicação uma certa capacidade de eliminar o ruído e 
prevenir distorções e enganos na recepção da mensagem. 
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 Entropia – Refere-se à perda de energia em sistemas isolados, 
levando-os à degradação, à desintegração e ao desaparecimento. 
Significa que partes do sistema perdem sua integração e 
comunicação entre si, fazendo com que o sistema se decomponha, 
perca energia e informação e degenere. 
 Entropia NEGATIVA – É o processo reativo de obtenção de 
reservas de energia e de informação. Para sobreviver o sistema 
precisa abrir-se e reabastecer-se de energia e de informação para 
manter a sua estrutura. 
 Sinergia – Significa trabalho conjunto. Quando duas ou mais 
causas produzem, atuando conjuntamente, um efeito maior do que 
a soma dos efeitos que produziriam atuando individualmente. 
 Morfogênese – É a capacidade de se modificar, de determinar o 
crescimento e as formas da organização, de se corrigir e de obter 
novos e melhores resultados. 
 Resiliência – é a capacidade de superar o distúrbio imposto por 
um fenômeno externo. É a resiliência que determina o grau de 
defesa ou de vulnerabilidade do sistema a pressões ambientais 
externas. As organizações, como sistemas abertos, apresentam 
capacidade de enfrentar e superar perturbações externas 
provocadas pela sociedade sem que desapareça seu potencial de 
auto-organização. 
 Equifinalidade – característica do sistema aberto pela qual pode 
chegar ao mesmo objetivo de maneiras diferentes e partindo de 
condições iniciais diferentes. 
 
A Teoria de Sistemas utiliza o conceito do HOMEM FUNCIONAL. O indivíduo 
comporta-se em um papel dentro das organizações, inter-relacionando-se com os 
demais indivíduos como um sistema aberto. Os indivíduos agem desempenhando 
papéis, mantém expectativas quanto ao papel dos demais participantes e procura 
enviar aos outros as suas expectativas de papel. 
 
 
7. ABORDAGEM CONTINGENCIAL 
 
Teoria segundo a qual não existe uma única maneira certa de montar a 
estrutura organizacional, mas sim várias alternativas, e a melhor depende de cada 
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caso. A teoria enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações, tudo é 
relativo. Além disso, as organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às 
condições ambientais. Destacam-se os aspectos básicos da Teoria da Contingência: 
 A organização é de natureza sistêmica, ou seja, é um sistema 
aberto. 
 As características organizacionais apresentam uma interação entre 
si e com o ambiente. 
 As características ambientais funcionam como variáveis 
independentes, já as características organizacionais são variáveis 
dependentes das características ambientais. 
 
CONTINGÊNCIA significa algo que pode ou não acontecer, mas quando 
acontece passa a influenciar o comportamento da organização. A abordagem 
contingencial salienta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um 
único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não existe uma forma única e 
melhor para organizar no sentido de se alcançar os objetivos variados das 
organizações dentro de um ambiente também variado. 
É com a Teoria da Contingência que há o deslocamento da visualização de 
dentro para fora da organização: a ênfase é colocada no AMBIENTE e nas 
demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional. Para a abordagem 
contingencial são as características ambientais que condicionam as características 
organizacionais. É no ambiente que estão as explicações causais das características 
das organizações. Assim, a forma de se organizar depende das características 
ambientais relevantes para a organização. 
 A Teoria da Contingência surgiu a partir de várias pesquisas feitas para 
verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados 
tipos de empresas. As pesquisas, cada qual isoladamente, verificaram se as 
organizações mais eficazes seguiam os pressupostos da Teoria Clássica, como 
divisão do trabalho, amplitude de controle, hierarquia de autoridade, etc. Como 
resultado, verificaram que não há um único e melhor jeito de organizar. 
Essas pesquisas foram contingenciais, no sentido em que procuraram 
compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em diferentes 
condições que variam de acordo com o ambiente ou contexto que a empresa 
escolheu como seu domínio de operação. Essas condições externas podem ser 
consideradas oportunidades e imperativos ou restrições e ameaças que influenciam 
a estrutura e os processos internos da organização.Administração Geral em Teoria e Exercícios 
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Segue um breve resumo das PRINCIPAIS PESQUISAS com suas 
respectivas conclusões: 
 PESQUISA DE CHANDLER sobre estratégia e estrutura 
organizacional
Realizou uma investigação envolvendo o processo histórico de quatro 
grandes empresas americanas. Chandler concluiu que, na história 
industrial dos últimos cem anos, a estrutura organizacional das empresas 
foi sendo gradualmente determinada pela sua estratégia de mercado. A 
estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, à 
forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos, 
enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação dos 
recursos para atender a uma procura do ambiente. As grandes 
organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro 
fases iniciais distintas: 
1) Acumulação de recursos
Neste momento as empresas preferiram ampliar suas instalações de 
produção a organizar uma rede de distribuição. A preocupação com as 
matérias primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e a 
aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de 
matérias primas. Daí o controle por integração vertical que permitiu o 
aparecimento das economias de escala. 
2) Racionalização do uso de recursos
Os custos precisavam ser contidos por meio da criação de uma 
estrutura funcional, com clara definição de linhas de autoridade e 
comunicação. Os lucros dependiam da racionalização da empresa e sua 
estrutura deveria ser adequada às oscilações do mercado. 
3) Continuação do crescimento
A reorganização geral das empresas possibilitou um aumento da 
eficiência nas vendas, compras, produção e distribuição, fazendo a 
diferença de custo entre as várias empresas diminuírem. Com isso, os 
lucros baixaram, o mercado foi se tornando saturado, diminuindo as 
oportunidades de reduzir ainda mais os custos. Daí a decisão para a 
diversificação e a procura de novos produtos e novos mercados. 
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4) Racionalização do uso dos recursos em expansão
A ênfase reside na estratégia de mercado para abranger novas linhas 
de produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de 
comunicação da estrutura funcional, inadequados para responder à 
complexidade crescente de produtos e operações, levaram à nova 
estrutura divisional departamentalizada. Cada linha principal de 
produtos passou a ser administrada por uma divisão autónoma e 
integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias. Daí a 
necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a 
preocupação crescente com o planeamento de longo prazo, a gestão 
voltada para objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão. 
CONCLUSÃO: Diferentes ambientes levam as empresas a adotar 
diferentes estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais. 
 PESQUISA DE BURNS E STALKER sobre organizações
Pesquisaram vinte indústrias inglesas para verificar a relação existente 
entre as práticas administrativas e o ambiente externo dessas 
organizações. Classificaram as indústrias pesquisadas em dois tipos: 
organização “mecanísticas” e “orgânicas”. Verificaram as práticas 
administrativas e as relações com o ambiente externo das organizações 
mecanicistas (burocrática, permanente, rígida, definitiva e baseada na 
hierarquia e no comando) e orgânicas (flexível, mutável, adaptativa, 
transitória e baseada no conhecimento e na consulta). 
As organizações MECANÍSTICAS apresentam as seguintes 
características: 
 Estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão
de trabalho.
 Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas com
atribuições fixas, definidas e delimitadas. Cada um executa sua
tarefa como se fosse distinta e separada das demais.
 Centralização das decisões na cúpula da organização.
 Hierarquia de autoridade rígida baseada no comando único.
 Sistemas rígido de controle: a informação ascendente sobre através
de uma sucessão de filtros e as decisões descem através de uma
sucessão de amplificadores.
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 Sistema simples de comunicação: o fluxo de informação quase 
sempre conduz mais ordens de cima para baixo do que dados e 
retorno de baixo para cima. 
 Predomínio da interação vertical entre superior e subordinado. 
 Amplitude de controle administrativo mais estreita. 
 Ênfase nas regras e procedimentos formais. 
 Ênfase nos princípios universais da Teoria Clássica. 
Já as organizações ORGÂNICAS apresentam as seguintes 
características: 
 Estrutura organizacional flexível e adaptável. 
 Os cargos são continuamente modificados e redefinidos. 
 Descentralização das decisões. 
 Hierarquia flexível, com predomínio da interação lateral sobre a 
vertical. 
 Amplitude de controle administrativa mais ampla. 
 Maior confiabilidade nas comunicações informais. 
 Ênfase nos princípios do bom relacionamento humano da Teoria das 
Relações Humanas. 
CONCLUSÃO: A forma mecanística de organização é apropriada para 
condições ambientais estáveis, enquanto a forma orgânica é apropriada 
para condições ambientais de mudança e inovação. Em resumo, há um 
imperativo ambiental: é o ambiente que determina a estrutura e o 
funcionamento das organizações. 
 
 PESQUISA DE LAURENCE E LORSCH sobre o ambiente 
Preocupados com as características que as empresas devem ter para 
enfrentar com eficiência as diferentes condições externas, tecnológicas e 
de mercado, fizeram uma pesquisa sobre a defrontação entre 
organizações e ambiente, envolvendo dez empresas em três diferentes 
meios industriais (plásticos, alimentos empacotados e recipientes). 
Concluíram que os problemas organizacionais básicos são: 
 Diferenciação 
As organizações apresentam a característica de diferenciação. É a 
divisão da organização em subsistemas ou departamentos cada qual 
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desempenham uma tarefa especializada em um contexto ambiental 
também especializado. Cada subsistema ou departamento tende a 
reagir unicamente àquela parte do ambiente que é relevante para a 
sua própria tarefa especializada. Se houver diferenciação ambiental, 
aparecerão diferenciações na estrutura organizacional e na abordagem 
empregada pelos departamentos. Do ambiente geral emergem assim 
ambientes específicos, a cada qual correspondendo um subsistema ou 
departamento da organização. 
 Integração 
Refere-se ao processo oposto, isto é, ao processo gerado por pressões 
vindas do ambiente global da organização para alcançar unidades de 
esforços e coordenação entre os vários departamentos. As partes de 
uma empresa constituem um todo indissolúvel e nenhuma parte pode 
ser afetada sem afetar as outras partes. 
 Conceito de inregração requerida e de diferenciação requerida 
A diferenciação e integração

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