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* 1.Introdução à ciência do direito e seu caráter propedêutico ou enciclopédico. 2. Introdução à Ciência do Direito e epistemologia Jurídica. 3.O conceito de Direito e as origens do vocábulo. 3.1.Problemas de epistemologia jurídica. 3.2.Definição nominal e real. 3.3.Origem dos vocábulos “direito” e “jurídico”. 4.Pluralidade de significações do direito – Cinco realidades fundamentais. 4.1.Direito-Norma. 4.1.1.Direito Positivo e Direito Natural. 4.1.2.Direito estatal e não-estatal. 4.2.Direito-faculdade. 4.3. Direito-justo. 4.4. Direito-ciência. 4.5. Direito-fato social. 4.6. Outras acepções. 5. Conclusões. DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. 20a. ed São Paulo. Saraiva, 2009, p. 3-9. MONTORO, André Franco. Introdução à Ciência do Direito. 26a. ed. São Paulo. RT, 2005, p. 51-65, P. 78-86. * Introdução à ciência do direito e seu caráter propedêutico ou enciclopédico. → Matéria (sistema de conhecimentos) que tem por escopo fornecer uma noção global ou panorâmica da ciência que trata do fenômeno jurídico. Disciplina essencialmente preparatória ou propedêutica. . * → Propicia uma compreensão de conceitos jurídicos comuns a todas as disciplinas do currículo do curso de direito, além de introduzir o estudante e o jurista na terminologia técnico-jurídica. → Abrange não só os aspectos jurídicos, mas também os sociológicos e históricos. → Segundo M. H. Diniz constitui uma ponte entre o curso médio e o superior (CRÍTICA). * → Justificativa (objeto) da matéria no curso jurídico segundo Victor Cousin: Orientar os estudantes no labirinto da jurisprudência; b) Oferecer uma vista geral de todas as partes da ciência jurídica; c) Assinalar o objeto distinto e especial de cada uma das partes da ciência jurídica, e ao mesmo tempo, a recíproca dependência que as une; d) Estabelecer o método geral a seguir no estudo do direito, com as modificações particulares que cada ramo reclama; e) Conhecer as obras importantes que marcaram o progresso da ciência. * → Para M. H. Diniz além do caráter propedêutico, a disciplina constitui o saber que expõe as linhas fundamentais da ciência jurídica. → A disciplina já foi chamada de introdução ao direito, introdução às ciências jurídicas, enciclopédia jurídica, prolegômenos do direito, teoria geral do direito, etc. A Portaria 1886/94 define como INTRODUÇÃO AO DIREITO. M. H. Diniz adota introdução à ciência do direito (rigor técnico). * 2. Introdução à Ciência do Direito e epistemologia Jurídica. → A disciplina NÃO é uma ciência, mas uma enciclopédia por conter conhecimentos científicos, a saber: jurídicos, sociológicos, histórico, filosóficos, introdutórios ao estudo da ciência jurídica. * → Não pode ser considerada CIÊNCIA já que não possui objeto próprio nem uma unidade de objeto, nem um campo autônomo e próprio da pesquisa. Apresenta-se sobre vários prismas: a) FILOSOFIA JURÍDICA (Expõe os conceitos universais do direito); b) DOGMÁTICA JURÍDICA (Discute as normas vigentes e os problemas da aplicação jurídica); c) SOCIOLOGIA JURÍDICA (Analisa os fatos sociais que influenciam na seara jurídica, com intervenção na gênese e desenvolvimento do direito). Ver a Teoria Tridimensional do Direito - Reale. d) HISTÓRIA JURÍDICA (Considera o direito como um dado histórico-evolutivo através dos tempos). V.g. Execução em Roma e nos dias atuais * → Epistemologia (teoria do conhecimento) jurídica é a teoria da ciência jurídica. É o estudo sistemático dos pressupostos, objeto, método, natureza e validade do conhecimento jurídico-científico. Também verifica as relações com as demais ciências. → A nossa disciplina é uma epistemologia jurídica (Refere-se não ao direito, mas à ciência que trata dos fenômenos jurídicos). Não se confunde com o DIREITO (o seu objeto). * → A disciplina define e delimita os conceitos jurídicos fundamentais utilizados pelo jurista para a elaboração da ciência jurídica: a) relação jurídica, b) fonte jurídica, c) direito objetivo e subjetivo, d) direito público e privado, d) fato jurídico, e) aplicação da norma no tempo e no espaço. → A introdução ao direito apresenta (sistematicamente) a evolução das escolas científico-jurídicas que predominaram na histórica. Tem por escopo familiarizar o estudante com as correntes fundamentais do pensamento jurídico. → Um dos desafios da ciência do direito (através da epistemologia jurídica) é o conhecimento SISTEMÁTICO do ordenamento jurídico. * 3.3. Origem dos vocábulos “direito” e “jurídico”. → A palavra direito tem origem remota no latim – DIRECTUM (direito) ou RECTUM(reto) e encontra similar em todas as línguas ocidentais modernas, a saber: DROIT (francês); DIRITTO (italiano); DERECHO (espanhol); RECHT (alemão); RIGHT (inglês); DREPTU (romeno). * → Nas línguas modernas temos a NOÇÃO DE DIREITO como “jurídico”, “jurisconsulto”, “judicial”, “jurisprudência” etc. Em latim JUS (júris) significa direito. O vocábulo JUS sinaliza duas origens: a) Como significado de mandar, ordenar; b) Derivado de justum – aquilo que é justo ou conforme à justiça. → Para LACHANCE o vocábulo jus deriva de juvo, juvare (ajudar, proteger). O direito constitui uma proteção destinada a a defender os homens contra qualquer violência. * 4.Pluralidade de significações do direito – Cinco realidades fundamentais. → O estudo do direito para além do teórico. O ângulo das realidades fundamentais: b) “O direito não permite duelo”. Aponta para a NORMA, a lei, a regra social obrigatória; b) “O Estado tem o direito de legislar”. Significa FACULDADE, o poder, a prerrogativa que o Estado tem de criar leis”; * c) “A educação é direito da criança”. Apresenta-se como o JUSTO, o que é devido por justiça; d) “Cabe ao direito estudar a criminalidade”. Aqui o direito significa CIÊNCIA, ou mais precisamente, a ciência do direito. e) “O direito constitui um setor da vida social”. A visão do FATO SOCIAL, considerado como fenômeno da vida coletiva * 4.1.Direito-Norma. →Vinculação do Direito a LEI enquanto denominação de “direito objetivo”, em oposição ao “direito subjetivo”. → Segundo MONTORO a denominação é imprópria. Direito objetivo não é só lei. O direito como justo ou fato social é uma definição OBJETIVA. * → A acepção de NORMA enquanto regra, princípios e valores. → Direito enquanto lei apresenta realidades diferentes: a) direito positivo ao direito natural; b) direito estatal (público) ao direito não estatal (privado).
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