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AD1 4 Fundamentos Geográficos do Turismo

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AD1 4 Fundamentos Geográficos do Turismo
	Por que os estadunidenses fazem mais turismo que os brasileiros baseados em questões de relacionadas a Geografia Política e Desenvolvimento Geográfico e Desigual Combinado? Explique. 
	A pobreza será sempre um empecilho ao cidadão pleno, Milton Santos (1986). 
	A globalização do mundo contemporâneo vive um processo contraditório em relação às fronteiras. Pois verifica-se o aumento das trocas comerciais e maior fluidez dos capitais, favorecidos pelo afrouxamento das fronteiras nacionais e potencializadas pela formação de grandes blocos econômicos. Entretanto, verifica-se o endurecimento de certas fronteiras, quando o assunto é a migração. Resumindo, os capitais e mercadorias circulam com maior facilidade e o movimento das pessoas se vê dificultado. 
	O Brasil possui uma fronteira bastante maleável. Já as fronteiras dos EUA é das mais duras, dada a dificuldade imposta ao ingresso de turistas brasileiros e migrantes latinos, o motivo alegado é o medo de acolher migrantes em excesso, mas durante as décadas de 1960 a 1980 esses migrantes foram bem-vindos pois preenchiam postos de trabalho que os nativos antes desprezavam. Nos últimos 20 anos, devido a uma duradoura crise econômica, a tendência é a do fechamento das fronteiras, afetando assim o turismo, principalmente quando o viajante é oriundo de países pobres e com tradição de emigração.
	A dinâmica econômica do sistema capitalista pressupõe um Desenvolvimento Geográfico Desigual e Combinado, assumindo profundas diferenciações constituídas espacialmente sob o aspecto do desenvolvimento e subdesenvolvimento. O Desenvolvimento Geográfico Desigual e Combinado significa uma perspectiva de debate entre moderno e atrasado, na efetivação de áreas voltadas para visitantes mais ricos e outras para turistas mais pobres. 
	Podemos observar estas desigualdades do desenvolvimento turístico no espaço geográfico quando notamos a discrepância de lugares demarcados para classes sociais diferentes (ricos e pobres); quando percebemos as exigências internacionais para a mobilidade de turistas, é muito mais fácil ser turista proveniente de país central rumo a país periférico; e quando analisamos a imagem que se constrói das nações menos desenvolvidas, que ficam estigmatizadas como fonte de diversão para turistas ricos, que usufruem de suas belezas e amenidades e, por vezes, tratam a população local como subalternas econômica, cultural e intelectualmente.
	Os países periféricos acabam por se adaptar as necessidades dos países centrais: quando, dentre outras várias vantagens de cunho socioeconômico, ainda ofertam roteiros turísticos, para a diversão dos visitantes provenientes das nações mais ricas. 
	Fazendo uma análise em escala mundial, perceberemos que há uma imensa dificuldade de entrada de turistas em determinadas nações, já que a lista de exigências a cumprir é extensa e complexa. É muito mais fácil, por exemplo, um turista americano fazer turismo no Brasil do que um brasileiro adentrar em solo norte-americano ou europeu. Enquanto para um norte-americano ingressar no Brasil bastam alguns documentos e formulários com as intenções de viagem, para o brasileiro ou latino conseguir o visto de entrada nos Estados Unidos é necessário um grande número de documentos e, após os atentados de 11 de setembro, as atividades de vigilância a todo e qualquer estrangeiro oriundo de nação menos desenvolvida se tornaram ainda mais complexas e frequentes nos Estados Unidos. 
	Há uma profunda dissociação de classes no desenvolvimento das atividades turísticas. Então, a riqueza e a pobreza coexistem em par sim, mas neste caso, a meu ver, malético.

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