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AD1 AGENCIAMENTO 1

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AD1 – Agenciamento 1
AD1 – Agenciamento I 
Resenha Critica sobre Ética e Responsabilidade Social no Turismo
DALL´AGNOL, Rafael. Ética e Responsabilidade Social no Turismo.
ANDRADE, José Vicente de. Turismo - Fundamentos e Dimensões. São Paulo: Ática, 1995.
BACCIOTTI, Rui. Ethos e Ética: Breves Anotações Ethosa - União das Faculdades Claretianas de Rio Claro. Rio Claro: Uniclar, 1999.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 1992.
IRVING, Marta de Azevedo. Turismo e Ética: Premissa de um Novo Paradigma. Revista Arquivos Brasileiros de Psicologia. Vol. 50- n º04. São Paulo: Iniago Editora, 1998.
KORTE, Gustavo. Iniciação à Ética. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 1999.
MELO, Osvaldo Ferreira de. O pesquisador e a Ética. Curso de Capacitação sobre Ética em Pesquisa. Anais. Itajaí: UNIVALI, 2002.
OLIVEIRA, Fábio R. Moura de. Relações Públicas e a Comunicação com a Empresa Cidadã. Prêmio Ethos Valor. São Paulo: Editora Fundação Peirópolis, 2002.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO. Código Mundial de Ética do Turismo. Chile, 1999.
A ética é o principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade e muito se discute sobre a responsabilidade social das empresas, perante todos as partes interessadas. A preocupação com os princípios éticos e valores morais são necessários para que estabeleçam-se critérios e parâmetros adequados para atividades empresariais socialmente responsáveis.
O artigo de Rafael Dall´Agnol, em suas dez páginas, traz algumas questões que tentam elucidar a atual preocupação social de diversas áreas profissionais sobre a construção de um código de ética, citando os ditames da Organização Mundial do Turismo (OMT), utilizando-se do quadro – Relação entre empresas do ramo turístico, e citando o Código Mundial de Ética do Turismo, composto por 10 artigos, cada um deles retratando um princípio ético a ser seguido pelos profissionais do trade turístico no mundo inteiro. O autor, dividindo suas ponderações em cinco tópicos, aspira maior didática e dinamismo ao leitor, visando padronizar a conduta desse setor. 
O artigo aborda as questões éticas como fundamentais para a sobrevivência das organizações produtivas de bens e serviços turísticos; incentivando a releitura dos princípios éticos pelos executivos das empresas de todos os setores que envolvem o turismo, conceituando ética, moral e responsabilidade social conceitualmente, epistemologicamente, religiosamente, moralmente, juridicamente e socialmente. Conceitualmente ética é a parte da filosofia que se ocupa com o valor do comportamento humano. Investiga o sentido que o homem imprime à sua conduta para ser verdadeiramente feliz (COTRIM, 1992). Ética é o estudo dos valores, da relação entre o bem e o mal. Epistemologicamente, Melo (2002) afirma que a palavra ética vinda do latim ethos, expressa um significado de caráter, como sendo o lugar onde se situam os valores morais de uma pessoa. Esses valores dariam o balizamento do agir. A ética seria a moral em movimento, em realização. Para Korte (1999), a ética sempre esteve vinculada, de uma forma ou de outra, a religiosidade. Cotrim (1992) traça uma relação entre normas morais e jurídicas, onde as normas morais seriam as regras de conduta que têm como base a consciência moral das pessoas ou de um grupo social, já as regras jurídicas seriam as regras sociais de conduta, que têm como base o poder social do Estado sobre a população que habita seu território. O conceito de responsabilidade social, segundo Oliveira (2002), ainda não está definido, porém o que se pode afirmar é que para muitos ela é decorrência de obrigatoriedade legal (força de lei) e que para outros ela é apenas a expressão singela de um comportamento responsável no sentido ético. O termo responsabilidade social no empresariado, por muitas vezes, possui a conotação de prestação de contas, onde as organizações produtivas devem estar demonstrando à sociedade as suas atitudes em prol dela e do seu entorno.
O Texto aborda as questões éticas como fundamentais para a sobrevivência das organizações produtivas de bens e serviços turísticos; citando os princípios éticos aos CEO das empresas de todos os setores que envolvem o turismo demonstrando que, através de uma postura ética pautada nos princípios do Código Mundial de Ética do Turismo, da Organização Mundial do Turismo (OMT), as empresas do setor adquirem e incorporam os requisitos da responsabilidade social aos seus objetivos organizacionais, automaticamente cumprindo com sua responsabilidade social. 
As questões que permeiam as discussões acerca da ética aplicada em diversos âmbitos profissionais, atualmente, tornaram-se uma necessidade constante. A ética é um regulador fundamental do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade e muito se discute sobre a responsabilidade social das empresas, perante todos os stakeholds. 
Este artigo aborda, principalmente a questão do turismo em relação à responsabilidade social nas organizações participantes ou ligadas à atividade turística. Tem por finalidade abordar a intenção temática entre responsabilidade social e turismo, tomando como objeto de análise as iniciativas de organizações que prestam assistência a empresas turísticas ajudando a torná-las socialmente responsáveis. Toma como ponto de partida a real procura pelo conhecimento da gestão ética e de ações que contribuam e favoreçam a sociedade. Parafraseando Dall´Agnol, “Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.”
Acredito que as ideias do autor são dignas e validas, em sua maioria, afinal sua linha de raciocínio corrobora com os ideais propostos pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e pelo Código Mundial de Ética do Turismo, que só intentam, de boa fé, aprimorar e organizar os regimentos e conjunturas sócio politicas existentes, entretanto, seus pensamentos, a meu ver, são um tanto quanto utópicos, pois ainda não refletem a contemporaneidade do tema, pois o conceito de responsabilidade social, segundo Oliveira (2002), não está definido, porém para uns ela é decorrência de obrigatoriedade legal e para outros ela é apenas a expressão singela de um comportamento responsável no sentido ético. O termo responsabilidade social no empresariado, tem sim a conotação de prestação de contas. As organizações produtivas mostram à sociedade as suas atitudes em prol dela e do seu entorno, porém seu intuito está predominantemente no contexto de marketing institucional do que no conceito ético mais puro – ética é a parte da filosofia que se ocupa com o valor do comportamento humano, investiga o sentido que o homem imprime à sua conduta para ser verdadeiramente feliz (COTRIM, 1992). Veja bem, não é que eu preconize um futuro distópico, mas se olharmos em nosso entorno veremos exemplos bons e ruins, vide Samarco e Odebrecht, dois péssimos exemplos no que concerne a ética e responsabilidade social. Em compensação, cada vez mais vemos empresas como a Natura, Boticário, Itaú, McDonalds e outros, conduzindo suas atividades segundo padrões de responsabilidade social corporativa, seja por meio de ações sociais que agem diretamente sobre comunidades carentes, seja pela preocupação com o meio ambiente, pelo cuidado de não negociar com fornecedores que utilizam mão de obra infantil ou por meio de criação de fundos de investimento socialmente responsáveis, etc. 
Uma visão limitada do que geram princípios éticos e valores culturais a considerar a responsabilidade social corporativa é um conceito de difícil aceitação nos meios empresariais brasileiros, que ainda tenderiam a funcionar de acordo com traços culturais de oportunismo. No entanto, há uma preocupação crescente das empresas com responsabilidades social fazendo nascer uma mentabilidade empresarial diferente, uma boa mentalidade que valoriza a cultura de uma boa conduta empresarial para a
qual eficiência e lucro podem ser combinados com valores, cidadania, preservação ambiental e ética nos negócios. Em suma, não sejamos ingênuos, mas não deixemos de acreditar que é possível ter responsabilidade social sem segundas intenções, para tanto, como disse o Dr. Rafael Dall’ Agnol, basta ser ético. 
Para Ashley (2003, p. 6-7), a responsabilidade social pode ser definida como o compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atitudes (...) assume obrigações de caráter moral, além das estabelecidas em lei, que não diretamente vinculadas a suas atividades (...) é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. 
Para que as empresas e stakeholds envolvidos no trade turístico, dediquem parte de seus esforços administrativos ao estudo e aplicação de princípio ético, e assim, automaticamente, cumprindo com sua responsabilidade social, incentivo a leitura deste artigo, para que assim, os princípios éticos pautados tenham base e conhecimento de causa, conceituando ética, moral e responsabilidade social.
Rafael Dall´Agnol possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais, Direito pela Universidade Luterana do Brasil (1999) e em Administração de Empresas, Centro Universitário Estácio de Sá (2013), mestrado em Gestão Ambiental pela Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina (2000) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006); onde trabalhou a performance jurídico-ambiental das organizações produtivas. Atualmente é professor da Faculdade Municipal de Palhoça – FMP e do Centro Universitário Estácio de Sá Santa Catarina, advogado autônomo – Sócio-Proprietário da Dall´Agnol & Dall´Agnol Advogados Associados. Tem experiência na área jurídica, com ênfase em Direito Empresarial, Trabalhista e Ambiental, atuando principalmente nos temas de meio ambiente, turismo, hotelaria, planejamento e gestão pública. 
Valente, Charles. Acadêmico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ

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